Prévia do material em texto
Universidade Veiga de Almeida Engenharia de produção Nateley Alves de Freitas (20213301677) AVA2 Engenharia de métodos Rio de Janeiro 2023 Conceitos relativos ao estudo dos tempos O trabalho consiste na apresentação dos conceitos relacionados ao estudo dos tempos nos processos produtivos. 1. Você está tranquilamente na sua casa, sentado no sofá e apreciando uma música de alta qualidade, relaxando a mente e o corpo, quando toca a campainha, que se encontra a 10 metros do seu sofá. Você se levantará para abrir a porta e caminhará cinco metros até onde encontra-se a chave. Irá pegá-la e colocá-la na porta, para finalmente abrir a porta. Você poderia dividir esta atividade em quantos elementos? R: 1 – levantar; 2 – caminhar 5m; 3 – pegar a chave; 4 – caminhar mais 5m; 5 – colocar a chave na porta; 6 – abrir a porta. 2. O que você entende por tolerância para alívio da fadiga? R: A fadiga no trabalho é proveniente não somente do trabalho realizado, mas também das condições ambientais do local de trabalho. Ambientes de trabalho com excesso de ruído (mais que 80 db), iluminação insuficiente, condições de conforto térmico inadequadas, vibrações, desrespeito à ergonomia nos postos de trabalho, entre outros, geram fadiga. As tolerâncias concedidas para a fadiga têm um valor entre 10% (trabalho leve em um bom ambiente) e 50% do tempo (trabalho pesado em condições inadequadas). Porém geralmente utiliza-se uma tolerância entre 15% e 20% (fator tolerância entre 1,15 e 1,20) do tempo para trabalhos normais em um ambiente normal, para as empresas industriais. A tolerância também pode ser calculada em função dos tempos de permissão que a empresa se dispõe conceder. Nesse método determina-se a porcentagem de tempo p concedida em relação ao tempo de trabalho diário e calcula- se o fator de tolerâncias. 3. Qual a finalidade de se dividir uma operação em elementos? R: Os elementos de uma operação são as partes menores em que a operação pode ser dividida. Essa divisão tem como principal finalidade verificar a compatibilidade do método visando à obtenção de medidas precisas e confiáveis, uma vez que o erro relativo deve ser o menor possível. Portanto, deve-se ter muito cuidado para não dividir a operação em poucos elementos, o que pode acarretar a diminuição da precisão, ou em muitos elementos, levando aumento nos custos. 4. Defina tempo médio, tempo normal e tempo-padrão. Tempo médio: Para determinar o tempo médio, faz-se o somatório de todas as tomadas de tempo e divide-se pelo número de vezes que o cronometrista realizou as cronometragens. Tempo normal: Para Barnes (1997), o tempo normal representa o tempo que um operador qualificado e treinado, trabalhando a um ritmo normal, levaria para completar um ciclo de operação. Tempo padrão: Para Barnes (1977), tempo padrão é o tempo necessário para a produção de um determinado item, peça ou unidade; é um indicador para análise de crescimento de produtividade. 5. Um dos estudos fundamentais é a avaliação da velocidade do operador, já que é determinante para o levantamento dos tempos-padrão. Como devemos proceder de modo a termos a melhor avaliação possível? R: A velocidade V do operador é determinada subjetivamente pelo cronometrista e será comparada com a velocidade normal de operação, à qual é a tribuído um valor 100 (ou 100%). Assim, para evitar erros, é prática habitual o treinamento e o retreinamento sistemático e contínuo da equipe de cronometristas, utilizando-se operações padronizadas (distribuição de um baralho de 52 cartas, andar 15 metros no plano) ou operações realizadas dentro da empresa e para as quais se tenha convencionado o tempo que representa a velocidade normal 100. A velocidade avaliada deve ser registrada na folha de observações. 6. A amostragem do trabalho permite atestar a ocupação de um funcionário dentro de um processo produtivo, bem como as atividades que desempenha. Em que se baseia essa amostragem? R: Se baseia na ociosidade de máquinas e funcionários, na determinação das tolerâncias que devem ser aplicadas em estudo de tempo, no estudo da proporção de tempo gasto em atividade não sequenciais/repetitivas. 7. Você é o engenheiro responsável pela operação de uma fábrica de laticínios e necessitou fazer um estudo para verificar se seus trabalhadores estão realmente ocupados. Para tal, de 10 em 10 minutos você entra no setor e verifica o número de trabalhadores que ali se encontram e o que estão fazendo. Faça um comentário a respeito do procedimento que você adotou em relação à técnica de amostragem do trabalho. R: Não é uma técnica muito adequada pois não irá conseguir enxergar o problema de ociosidade ou sobrecarga de cada trabalhador individualmente. O ideal é usar o Quadro de Distribuição do Trabalho, onde será possível analisar as atividades que consomem o tempo de cada trabalhador individualmente, definir as atribuições e responsabilidades de cada um dos trabalhadores alocados na execução da tarefa, definir o total de horas que cada funcionário deverá disponibilizar para o trabalho, definir as prioridades, identificação dos retrabalhos e tarefas superpostas, levantamento desobrecargas e ociosidades, verificação do nível de capacitação, competência e habilidade dos trabalhadores, necessários para que sejam produtivos na execução das tarefas que estão sob sua responsabilidade. 8. Suponha que você é o gerente de produção em um processo em que o produto, para ser fabricado, passa obrigatoriamente pelos recursos na sequência mostrada na figura a seguir. Pergunte-se qual a capacidade produtiva do sistema e identifique qual o recurso “gargalo”? Considerando que temos no total 4 operadores, um para cada posto de trabalho e convertendo o total de unidades por hora em minutos por unidade, temos: Processo A = 60 / 60 = 1 min/unid Processo B = 60 / 40 = 1,5 min/unid Processo C = 60 / 51 = 1,1764 min/unid Processo D = 60 / 66 = 0,9090 min/unid O posto do Processo B é considerado o gargalo, pois leva mais tempo na finalização de uma unidade. Referências: ALBERTIN, R.M. Administração da produção e operações. São Paulo: Intersaberes, 2016. ISBN 9788544302354. Biblioteca Virtual. AMOSTRAGEM DE TRABALHO ANÁLISE DAS ATIVIDADES DO TRABALHO. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP,1968. Disponível em: https://www.eco.unicamp.br/neit/images/stories/CTAE_CD2/amostragem_d e_trabalho_analise_das_atividades_de_trabalho.pdf Acessado em: 06 de set. 2023. BARNES, R. M. Estudo de movimentos e de tempos: projeto e medida do trabalho. São Paulo: Blucher, 1977. Biblioteca Virtual e Minha Biblioteca. MILHOMEM, D.A.; PORTO, M.L.; MACHADO, A.A; L IMA, A.C; TEIXEIRA, A.A. Aplicação do estudo de tempos e movimentos para fins de melhorias no processo produtivo de uma fábrica cerâmica vermelha. XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, Fortaleza, 2015. Disponível em: https://abepro.org.br/biblioteca/tn_stp_206_220_27155.pdf Acessado em: 06 de set. 2023 MOTA, R.E.A.B.S.; FERREIRA, A.P.H.; COSTA, B.T. utilização do estudo de tempos cronometrados para obter o tempo padrão da operação de fabricação de massa de brownies. XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, João Pessoa, 2016. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STP_226_317_30260.pdf Acessado em: 06 de set. 2023. SARQUIS, An tônio Carlos da Fonseca. Engenharia de métodos [livro ele trônico] – Rio de Janeiro: UVA, 2020. SANTOS, Virgílio Marques. O que é e como fazer um estudo de tempos e métodos? BLOG FM2S, 2018. Disponível em: https://www.fm2s.com.br/como-fazer-um-estudo-de-tempos-e-metodos/ Acessado em: 06 de set. 2023. https://www.eco.unicamp.br/neit/images/stories/CTAE_CD2/amostragem_de_trabalho_analise_das_atividades_de_trabalho.pdfhttps://www.eco.unicamp.br/neit/images/stories/CTAE_CD2/amostragem_de_trabalho_analise_das_atividades_de_trabalho.pdf https://abepro.org.br/biblioteca/tn_stp_206_220_27155.pdf http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STP_226_317_30260.pdf https://www.fm2s.com.br/como-fazer-um-estudo-de-tempos-e-metodos/