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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
PÓS-GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA
DIREITO MATRIMONIAL E PROCESSUAL CANÔNICO 
ANA PAULA BENTO FERREIRA DE SOUZA
DIREITO E IGREJA
Resende- RJ – 2023
ANA PAULA BENTO FERREIRA DE SOUZA
2
DIREITO E IGREJA 
Dissertação apresentada ao curso de Pós-graduação em Direito Matrimonial e Processual Canônico do Centro Universitário Claretiano, para cumprimento do 4º Ciclo da disciplina, Introdução ao Direito Canônico sob a orientação do Prof Ricardo Gaiotti Silva
Resende-RJ – 2023
DIREITO E IGREJA
INTRODUÇÃO 
Quais são os Códigos de Direito Canônico existente na Igreja?
Os códigos de direito canônico atual é composto por dois documentos: Codex Iuris Canonici (CIC) que, em português, traduz-se por código de direito canônico; o Codex Canonum Ecclesiarum Orientalium(CCEO) ou Código dos Cânones das Igrejas Orientais
 BREVE HISTÓRICO
Segue uma divisão geral da História do Direito na Igreja Católica:
Idade Antiga – das origens até o Decreto de Graciano (séc. I – séc. XII)
Idade Média – do Decreto de Graciano até o Concílio de Trento (séc. XII – séc. XVI)
Idade Moderna – do Concílio de Trento ao Código de 1917 (séc. XVI – séc. XX)
Idade Contemporânea – a partir do Código de 1917 (desde séc. XX)
Em 1904, o Papa Pio X, seguindo a proposta do Concílio Vaticano I, promoveu a preparação de um código que reunisse toda a realidade jurídica vigente na Igreja. A conclusão deste projeto se deu em 1917, quando seu sucessor, o Papa Bento XV, promulgou o Código. Esta codificação é conhecida como o Código de Direito Canônico de 1917, também chamado de Código Pio-Beneditino.
Com a promulgação de todos os documentos do Concílio Vaticano II em meados da década de 1960, surgiu a necessidade rever toda a legislação canônica, seguindo as novas orientações conciliares. A conclusão destes estudos foi apresentada ao Papa S. João Paulo II, que promulgou o novo Código de Direito Canônico, em 1983. Por fim, em 1990, considerando a realidade própria das Igrejas de ritos orientais, foi promulgado o Código dos Cânones das Igrejas Orientais.
O código de direito canônico
Promulgado em 25 de janeiro de 1983 pelo Papa S. João Paulo II, o Código de Direito Canônico substituiu o Código de 1917, como consequência das atualizações eclesiológicas introduzidas pelo Concílio Vaticano II.
O Código de Direito Canônico de 1983 é composto de 7 livros:
· Das normas gerais
· Do Povo de Deus
· Da missão de ensinar da Igreja
· Da missão de santificar da Igreja
· Dos bens temporais da Igreja
· Das sanções na Igreja
· Dos processos
 Como eles são organizados?
O Concílio Vaticano II teve um profundo impacto na renovação da Igreja Católica, de aproximação entre a hierarquia e os fiéis e de abertura ao mundo.
De entre os efeitos mais visíveis conta-se a utilização das línguas vulgares nas missas, em vez do tradicional latim, ou a sua celebração com o padre virado para a assistência e não para o altar.
Além da documentação específica produzida durante o Concílio, contendo recomendações sobre a proteção da vida, a salvaguarda da paz e a promoção da concórdia e harmonia entre todos os humanos, ficou assinalada uma nova era na relação da Igreja com o mundo exterior, pautada pelo pacifismo, o ecumenismo e o respeito pela liberdade religiosa e de opinião.
É neste sentido que muitas vezes se invoca o “Espírito do Vaticano II” para assinalar uma nova atitude de renovação e de modernização. Assinale-se, porém, que este novo rumo causou igualmente roturas e divisões junto dos setores mais tradicionalistas e conservadores, alguns dos quais romperam definitivamente com a Igreja Católica pós-Vaticano II.
 Qual a influência do Concilio Vaticano II no processo de codificação?
O Direito Canônico e sua evolução até os dias atuais. Desde sua origem, o Direito Canônico influenciou e foi influenciado pela sociedade na qual estava contido. As condutas da igreja e sua relação direta com a comunidade atendida por essa foram sempre norteadas por códigos e determinações eclesiásticas. O trabalho, por meio de um levantamento bibliográfico e releitura de artigos e doutrinas busca apresentar uma melhor explanação do assunto, com uma síntese dos principais pontos de interesse acadêmico. O principal objetivo do trabalho é delimitar a origem e evolução do direito e normas da igreja. Nas últimas décadas, pode-se perceber um movimento para que haja a reaproximação da igreja com seu rebanho e, em especial, neste momento de regência do Papa Francisco, é possível notar pontos notáveis de mudança de conduta que, motivada por uma busca de igualdade social e compaixão, apresenta notórias transformações, sejam em pontos administrativos ou que versem diretamente sobre a vida das pessoas, como é o caso do matrimônio católico.
A formação do Direito, como hoje o conhecemos, com suas peculiaridades e estruturas basilares, passou ao longo dos séculos por grandes transformações. Tais mudanças deram-se em especial pela evolução social dos indivíduos e anseios da sociedade de cada época.
Ao falar de construção histórica e social, a Igreja será sempre lembrada como estrutura de suma importância, sendo inclusive a responsável por grande parte do período de governo direto na Idade Média. Porém, como norteadora de costumes e tradições, com o intuito de guiar a sociedade por caminhos preparados por seus ensinamentos cristãos, a mesma também necessita de normas e regimentos internos para sua composição como organismo vivo, de capacidade organizacional e de interferência no contexto jurídico daqueles que a representam ou participam.
Na seara de necessidade de normas regulatórias nasce o chamado Direito Canônico, uma unidade de normas jurídicas, nascidas e com aprovação de autoridade eclesiástica competente e cuja finalidade é a regulamentação de matérias de competência da Igreja. É tal ramo do Direito, verdadeiramente um ordenamento jurídico autônomo, o mais antigo, cultivado e debatido depois do Direito Romano, sabida base de todos os outros. Possui características próprias, como a exclusividade atribuída aos fiéis da Igreja Católica, ou seja, só́ os católicos são sujeitos de direitos e de deveres consagrados no Direito Canônico.
O Direito Canônico o conjunto de normas jurídicas oriundas da Revelação ou emanadas pela autoridade da Igreja Católica, que têm por objetivo a disciplina do governo da Igreja e da relação dela com seus fiéis, bem como da relação dos fiéis entre si. O autor ainda explica que o qualificativo “canônico” tem origem na palavra latina cânon, recebida do grego kánon (guia, norma de medida), referindo-se a toda prescrição ou diretriz emanada da autoridade eclesial (RENAN VICTOR BOY BACELAR, 2018).
As principais mudanças na legislação da Igreja, através do pontífice do Papa Francisco e, como tema principal do último tópico, foi explorada a questão da nova postura em relação aos matrimônios e dissolução na Igreja Católica. Conhecer o embasamento do Direito Canônico e sua transformação ao longo de sua aplicação e desenvolvimento da própria Igreja, proporciona ao leitor uma compreensão de seu sentido e necessidade de existência.
Assim como a primeira codificação completa das leis da Igreja Católica foi realizada há 100 anos, "totalmente dominada pela preocupação pastoral", hoje suas emendas e aplicações devem prover um cuidado ordenado ao povo cristão, disse o papa em uma mensagem, em 6 de outubro, para uma conferência de direito canônico em Roma.
Os principais canonistas, bem como professores e estudantes de todas as faculdades de direito canônico de Roma, encontraram-se de 4 a 7 de outubro para marcar o 100º aniversário do primeiro Código sistemático de Direito Canônico, promulgado pelo Papa Bento XV em 1917.
O código começou a ser trabalhado durante o pontificado de São Pio X e foi uma resposta não apenas à necessidade de examinar, sistematizar e reconciliar normas conflitantes das Igrejas, disse o Papa Francisco. Após a perda de poder temporal do Vaticano, segundo o papa, São Pio sabia que era hora de ir de "uma lei canônicacontaminada por elementos da temporalidade a uma lei canônica em maior conformidade à missão espiritual da Igreja".
O centenário do código, que foi atualizado por São João Paulo II em 1983, deve ser um momento de reconhecimento da importância do direito canônico a serviço da Igreja, afirmou.
Quando São João Paulo promulgou a nova lei, segundo o papa, declarou que resultava de um esforço para "traduzir em linguagem canônica... a eclesiologia conciliar", isto é, a visão da Igreja do Concílio Vaticano II, sua estrutura e relação com seus membros e com o mundo.
"A afirmação expressa a mudança que, após o Concílio Vaticano II, marcou a passagem de uma eclesiologia baseada na lei canônica para uma lei canônica em conformidade com a eclesiologia", disse o Papa Francisco.
A lei da Igreja deve ser sempre aperfeiçoada para melhor servir à missão da Igreja e à vida cotidiana dos fiéis, o que, segundo ele, foi o objetivo das emendas à lei canônica, agilizando o processo de anulação de um matrimônio pela Igreja.
O direito canônico, disse ele, pode e deve ser um instrumento de implementação da visão do Concílio Vaticano II.
Mais especificamente, o Papa Francisco observou que deveria promover a "colegialidade; a sinodalidade na governança da Igreja, a valorização das igrejas particulares, a responsabilidade de todos os fiéis cristãos na missão da Igreja, o ecumenismo, a misericórdia e a proximidade como principal princípio pastoral; liberdade religiosa individual, coletiva e institucional; um secularismo saudável e positivo; (e) uma colaboração saudável entre Igreja e sociedade civil nas suas várias expressões".
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 A quem o Código de Direito Canônico é destinado?
 O Código de Direito canônico é destinado a toda a igreja sendo fiéis da Santa Igreja, como instrumento norteador da vida de fé são todos que por meio do batismo foram incorporados à Cristo formando um princípio destinado a ser proposta ao Sínodo dos Bispos.
O Direito Canônico é a organização jurídica que se caracteriza pela conjunção de regras, cuja autoridade compete à Igreja Católica, que a determina ou faz valer. Tem várias ramificações, como por exemplo o Direito Administrativo Canônico, o Direito Patrimonial Canônico e o Direito Penal Canônico, de entre outros. No Código de Direito Canônico, encontram-se organizadas quer sejam normas materiais, quer sejam normas processuais.
Por meio da Carta Apostólica em forma de Motu Proprio Omnium in Mentem, datada do dia 26 do mês de outubro do ano de 2009, com pareceres dos Padres da Congregação para a Doutrina da Fé e do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, como também das Conferências Episcopais, foram modificadas algumas normas do direito canônico. Estas, designadamente, são os cânones 1008, 1009, 1086, 1117 e 1124 do Código de Direito Canônico, que trata acerca da aprovação e definição dos requisitos necessários para a validade dos sacramentos da ordem e do matrimônio e sobre o ato formal da separação[footnoteRef:1] da Igreja. [1: 
Quais são os principais direitos e deveres presente no Código de Direito Canônico?] 
Caso novas mudanças ocorram na sociedade humana e isso exija nova revisão do Código, a Igreja é permitida de tomar o caminho da renovação, tal como é registrada na história as adaptações feitas pela Instituição às novas circunstâncias de forma adequada. Como reconhecia o Papa João XXIII, “o mundo tem os seus problemas e a Igreja sempre tomou a peito esses problemas. A doutrina da Igreja abarca o homem todo, no seu corpo e na sua alma, e pede-nos que sejamos, na terra, peregrinos a caminho da pátria celeste”.
Com o intuito de se adequar às novas demandas sociais, o código canônico tem recebido aportes dos últimos Papas, como forma de se modernizar em seu contexto, seja como instituição ou ainda em relação aos seus fiéis.
Não se pode negar o valor da leitura e do estudo. Atualmente, quase todo conhecimento pode ser encontrado por escrito. Na fé, não é totalmente diferente, e o aprendizado não precisa se traduzir, exclusivamente, na Palavra Sagrada. A Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus revelada aos homens e pela qual cada um de nós pode se aproximar da santidade. Para Moisés, Deus entregou os Dez Mandamentos por escrito. São Paulo escreveu cartas para orientar o povo de Deus. A Igreja Católica Apostólica Romana organiza os cânones no Código de Direito Canônico, para que sejam observados pelos sacerdotes e pelos fiéis.
O Código de Direito Canônico trata das leis eclesiásticas, dos direitos e deveres dos fiéis e dos clérigos, da constituição hierárquica da Igreja, dos institutos de vida consagrada, das comunidades de vida apostólica, das obrigações da Igreja de ensinar e santificar, dos sacramentos, do culto divino, dos templos sagrados e até mesmo dos delitos, das sanções e dos processos da Igreja. Não é uma leitura fácil; em razão disso, a Reunião Geral do Sínodo dos Bispos aprovou alguns princípios que esclarecem a leitura e a interpretação do texto.
Na renovação dos cânones, o Código de Direito Canônico reconhece que o objetivo das normas é guiar os cristãos quanto aos seus direitos e deveres uns com os outros e para com a comunidade eclesiástica. É esse o mais puro caminho da vida cristã, procurar a santificação para si e para os outros e conhecer suas obrigações com a comunidade. O cristão que carrega consigo o amor ao próximo em sua vida se torna luz em todo lugar, sendo reconhecido como fiel seguidor de Jesus Cristo: “Se vocês tiverem amor uns para com os outros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos” (João 13,35).
No acervo do site do Vaticano, podemos encontrar a Bíblia Sagrada, o Catecismo da Igreja Católica, o Concílio Vaticano II e o Código de Direito Canônico como textos fundamentais, disponíveis em formato digital e em português, para que possa ser acessado por todos e se propague o conhecimento sobre a Palavra de Deus e as normas e determinações da Igreja. É que um dos princípios do Código de Canônico é manter uma harmonia entre o foro externo (foro social e em face a Igreja) e o foro interno (perante a consciência e Deus). O cristão não pode manter dentro de si um conflito entre a obediência à lei e à vontade de Deus.
Muitas vezes, a rigidez do coração do homem o faz acreditar que a lei escrita deve prevalecer sobre o amor. O Código considera ainda as virtudes da justiça, da caridade, da temperança, da humanidade e da moderação no momento de fazer a lei agir na comunidade. Não raro àquele que age pelo amor pode ser alvo de críticas pela própria comunidade que tiver uma visão severa da aplicação das leis, assim como foi com Jesus Cristo, que em Sua sabedoria instruiu o povo: “Não pensem que eu vim abolir a Lei e os profetas. Não vim abolir, mas lhe dar pleno cumprimento” (Mateus 5,17).
O exemplo que melhor clareia essa ideia é dado por Jesus Cristo, quando questionado pelos fariseus, porque teria profanado o dia de sábado. Jesus lhes questiona: “Suponham que um de vocês tem uma só ovelha, e ela cai num buraco em dia de sábado. Será que ele não a pegaria e não a tiraria de lá?” (Mateus 12,11). A mensagem final dessalição não poderia ser mais clara: “É permitido fazer uma boa ação em dia de sábado” (Mateus 12,12).
O Código de Direito Canônico trata das leis eclesiásticas, dos direitos e deveres dos fiéis e dos clérigos, da constituição hierárquica da Igreja, dos institutos de vida consagrada, das comunidades de vida apostólica, das obrigações da Igreja de ensinar e santificar, dos sacramentos, do culto divino, dos templos sagrados e até mesmo dos delitos, das sanções e dos processos da Igreja. Não é uma leitura fácil; em razão disso, a Reunião Geral do Sínodo dos Bispos aprovou alguns princípios que esclarecem a leitura e interpretação do texto.
Na renovação dos cânones, o Código de Direito Canônico reconhece que o objetivo das normas é guiar os cristãos quanto aos seus direitos e deveres, uns com os outros e para com a comunidade eclesiástica. É esse o mais puro caminho da vida cristã, procurar a santificação para si e para os outros e conhecer suas obrigações com a comunidade. O cristão que carrega consigo o amor ao próximo em sua vida se torna luz em todo lugar, sendo reconhecido como fiel seguidor de Jesus Cristo: “Se vocês tiverem amor uns para com os outros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos” (João 13,35).
No acervo do site do Vaticano, podemos encontrar a Bíblia Sagrada, o Catecismo da Igreja Católica, o Concílio Vaticano II e o Código de Direito Canônico como textos fundamentais, disponíveis em formato digital e em português, para que possa ser acessado por todos e se propague o conhecimento sobre a Palavra de Deus e as normas e determinações da Igreja. É que um dos princípios do Código de Canônico é manter uma harmonia entre o foro externo (foro social e em face a Igreja) e o foro interno (perante a consciência e Deus). O cristão não pode manter dentro de si um conflito entre a obediência à lei e à vontade de Deus.
Muitas vezes, a rigidez do coração do homem o faz acreditar que a lei escrita deve prevalecer sobre o amor. O Código considera ainda as virtudes da justiça, da caridade, da temperança, da humanidade e da moderação no momento de fazer a lei agir na comunidade. Não raro àquele que age pelo amor pode ser alvo de críticas pela própria comunidade que tiver uma visão severa da aplicação das leis, assim como foi com Jesus Cristo, que em Sua sabedoria instruiu o povo: “Não pensem que eu vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim abolir, mas lhe dar pleno cumprimento” (Mateus 5,17).
O exemplo que melhor clareia essa ideia é dado por Jesus Cristo, quando questionado pelos fariseus, porque teria profanado o dia de sábado. Jesus lhes questiona: “Suponham que um de vocês tem uma só ovelha, e ela cai num buraco em dia de sábado. Será que ele não a pegaria e não a tiraria de lá?” (Mateus 12,11). A mensagem final dessa lição não poderia ser mais clara: “É permitido fazer uma boa ação em dia de sábado” (Mateus 12,12).
CONCLUSÃO
O presente trabalho versou sobre o Direito Canônico em sua origem e suas atuais transformações. A igreja católica e suas normativas sempre tiveram um papel de importância, seja na constituição do Direito secular, influenciando diretamente ou ainda com interferência direta na vida civil de seus representantes e fiéis.
Através de uma revisão e releitura de artigos científicos e atualidades que já exploraram de alguma maneira o tema, acrescentando assuntos atuais, como a nulidade do casamento católico, como uma das mais importantes mudanças na legislação da Igreja na atualidade foi apresentada. Tais mudanças resultaram num processo mais rápido por parte dos representantes do clero, facilitando a vida dos interessados e possibilitando que esses tenham uma reaproximação com a Igreja e a religião.
O Papa Francisco busca em seu pontífice atualizar leis defasadas e reconstruir de certa forma algumas relações que outrora vinham se defasando com a ausência dos fiéis que se sentiam desfavorecidos. Também se pode observar uma nova postura organizacional e a abordagem de novos temas, que irá gerar com certeza novas reformulações.
A Igreja Católica de maneira alguma perdeu sua importância como organismo social. Suas instituições legislativas ainda possuem muito valor para àqueles que participam ativamente do seu contexto comunitário. O que se pode avaliar agora é que o novo pontífice busca a reintegração dessa importância, além de maior transparência, inclusão e reativação de seus valores verdadeiramente cristãos.
O Direito, como é sabido, acompanha a evolução da sociedade. O Direito Canônico, ao que parece, também passa a acompanhar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://pisdc.org.br/direito-canonico-definicao/
https://soucatequista.com.br/os-principios-do-cogigo-de-direito-canonico.html
BACELLAR, Renan Victor Boy. Direito Canônico: Vivencias Históricas. Disponível em http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUOS-AY5LA5/bacelar__direito_can_nico.pdf?sequence=1. Acesso em 08 de dezembro de 2018
FELICIANI, Giorgio. As Bases do Direito da Igreja. São Paulo: Paulinas, 1994.
GILISSEN, John. Introdução Histórica ao Direito. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1995.
JOÃO PAULO II. Constituição Apostólica Sacra e Disciplina e Lages.  em: ˂http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_constitutions/documents/hf_jp- ii_apc_25011983_sacrae-disciplinae-leges_po.html˃. Acesso em 07 de dezembro de 2018

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