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Fundos de Investimento e Previdência Complementar

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Página inicial 
FUNDOS DE 
INVESTIMENTO: 
FUNDAMENTOS 
Professor (a) : 
Dr. Marcelo de Jesus D. Perossi 
Objetivos de aprendizagem 
• Conceituar fundos de investimentos; 
• Discutir aspectos gerais relacionados a fundos de investimento; 
• Apresentar a classificação dos fundos regulamentados pela Instrução CVM 409/04; 
• Apresentar os demais tipos de fundos de investimento; 
• Analisar os fatores que impactam a rentabilidade de um fundo. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Aspectos gerais relacionados à gestão de fundos de investimento 
• Classificação dos fundos 
• Demais tipos de fundos de investimento 
• Fatores que impactam a rentabilidade dos fundos de investimento 
Introdução 
Caro(a) aluno(a), 
Você provavelmente já ouviu falar sobre fundos de investimento. Mas afinal, sabe realmente o que são? 
Nesta unidade apresentaremos os aspectos gerais sobre fundos de investimento, os tipos de fundos existentes e discutiremos os 
fatores que impactam sua rentabilidade. 
Mas será que é seguro investir em fundo de investimento? Do ponto de vista da regulamentação do produto, a resposta é sim. 
Vamos imaginar um fundo de investimento de uma gestora de recursos de um banco. Como os recursos que compõem o 
patrimônio do fundo pertencem exclusivamente aos seus cotistas, mesmo que o banco seja liquidado, o patrimônio do fundo só 
será afetado se tiver alguma exposição a ativos desse banco. 
Situação diferente, por exemplo, do investidor que adquire um CDB desse mesmo banco com valor superior a cobertura do FGC – 
Fundo Garantidor de Crédito, pois em caso de liquidação do banco, o investidor não receberá seus recursos no vencimento da 
operação. 
Por se tratar de um produto financeiro em que pode haver perdas e não há rentabilidade assegurada, a proteção ao investidor de 
fundos de investimento se d por meio da regulamentação e ação de fiscalização dos órgãos reguladores. 
Os fundos de investimento são regulamentados e fiscalizados pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM através da Instrução 
CVM nº 409/04, que dispõe sobre a sua constituição, administração, funcionamento e divulgação de informações. 
É importante que você saiba que a CVM é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda, criada em 1976 para 
fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. Esse mercado é representado por um conjunto de produtos de 
investimento oferecidos ao público, entre eles, os fundos de investimento. Essa autarquia tem como finalidade disciplinar e 
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fiscalizar o mercado de valores mobiliários, aplicando punições àqueles que descumprem as regras estabelecidas. 
Adicionalmente, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais – ANBIMA promove a auto 
regulação dos fundos de investimento, estabelecendo os princípios e parâmetros que gestores e administradores de fundos devem 
adotar. 
A ANBIMA reúne as instituições que atuam no mercado de capitais com o objetivo de representa-las junto ao governo, ao próprio 
mercado e à sociedade, servir como fonte de informação, promover iniciativas para o desenvolvimento da educação financeira, 
além de promover a auto regulação, criando as condições necessárias para que os agentes do mercado estabeleçam regras, 
parâmetros e princípios de funcionamento, assim como supervisionar o cumprimento dessas normas. 
Quais os tipos de fundos disponíveis para investimento? Quais os fatores que impactam a rentabilidade de um fundo? Essas são 
algumas das dúvidas frequentes sobre fundos de investimento que tentaremos esclarecer ao longo desta unidade. 
Avançar 
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ASPECTOS GERAIS RELACIONADOS À 
GESTÃO DE FUNDOS DE 
INVESTIMENTO 
Nesta primeira aula da unidade, você será apresentado aos aspectos gerais sobre fundos de investimento, tais como os conceitos 
de fundos de investimento, de cota e Chinese Wall, além conhecer as principais atividades envolvidas na prestação de serviço de 
gestão de recursos de terceiros. 
Definição 
Você provavelmente já ouviu em fundos de investimento. Mas afinal, sabe do que se trata? 
A Instrução CVM nº 409/04 define fundo de investimento como uma comunhão de recursos, constituída sob a forma de 
condomínio, destinado à aplicação em títulos e valores mobiliários, bem como em quaisquer outros ativos disponíveis no mercado 
financeiro e de capitais. 
Como o fundo de investimento funciona no regime de condomínio, pode ser comparado a um condomínio habitacional, onde 
investidores, também conhecidos como cotistas, correspondem aos condôminos, e o gestor seria equivalente ao síndico, que teria 
como atribuição, decidir como aplicar os recursos dos investidores do fundo, de acordo com o seu regulamento, que equivaleria às 
normas do condomínio. 
De acordo com o Boletim ANBIMA de Fundos de Investimento de janeiro de de 2014, a indústria de fundos 
encerrou 2013 com um Patrimônio Líquido de R$ 2,41 trilhões. 
O boletim completo pode ser acessado através do link http://portal.anbima.com.br/informacoes- 
tecnicas/boletins/fundos-de-investimento/Documents/Boletim%20FI_093_jan2014.pdf 
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Cotas de Fundo 
Você sabe o que são cotas de fundo de investimento? 
De acordo com a Instrução CVM nº 409/04, as cotas de um fundo de investimento correspondem a frações ideais de seu 
patrimônio, sendo escriturais e nominativas. 
Os investidores, também chamados cotistas, possuem uma parcela do patrimônio líquido - PL do fundo proporcional ao número de 
cotas adquiridas. O valor da cota do fundo é calculado pela divisão entre o PL do dia e o número de cotas do fundo, e deve ser 
fornecido diariamente pelo administrador do Fundo. 
Para entender melhor o conceito de cota de fundo, vamos utilizar um exemplo numérico: 
Um investidor que aplica $2.000 em cotas de um fundo que, na data do investimento, possui um patrimônio líquido de $500.000 e 
100.000 cotas. A partir destas informações, é possível calcular: 
• o valor da cota na data da aplicação: $500.000 / 100.000 = $5 
• o número de cotas adquiridas pelo investidor: $2.000 / $5 = 400 
Supondo que, num determinado intervalo de tempo, o patrimônio líquido sofra um aumento de 20% e o número de cotas aumente 
9%. Neste caso, o valor da cota aumentará ($600.000 / 109.000 = $5,5), da mesma forma como o valor a resgatar (400 x $5,5 = 
$2.200). 
E se quisermos calcular a rentabilidade no período, basta dividir o valor da cota no resgate pelo valor na data da aplicação e ajustar 
para percentual: $5,5 / $5 = 1,1 ou 10%. 
A ideia básica de um fundo de investimento é a aplicação em condomínio por um grupo de investidores onde 
os resultados são distribuídos proporcionalmenteà quantidade de cotas detidas por cada um. 
Chinese Wall 
Você provavelmente já ouviu falar na muralha da China ( Chinese Wall , em inglês), construída para garantir a proteção contra 
possíveis invasões. Mas o que isso tem haver com fundos de investimento? 
O conceito de Chinese Wall diz respeito à obrigatoriedade de as instituições financeiras e demais instituições autorizadas pelo 
Banco Central estabelecer um conjunto de políticas e procedimentos internos para garantir a segregação das atividades de gestão 
de ativos de terceiros ( asset management ) da gestão dos recursos próprios (tesouraria) da instituição financeira. 
A regra conhecida como Chinese Wall teria sido criada para evitar situações de potenciais conflitos de 
interesse? 
Tal segregação foi estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional – CMN por meio das Resoluções 2.451/97 e 2.486/98 e, 
posteriormente também pela Instrução CVM 306/99, buscando garantir que os recursos de terceiros sejam geridos de forma 
independente das demais atividades do banco, inclusive mediante a designação de diretor ou sócio-gerente para responder, 
exclusivamente, pela gestão de ativos de terceiros. 
Segregação de Funções e Responsabilidades 
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Você sabe quais os tipos de serviços que envolvem a prestação de serviços de gestão de recursos de terceiros? Qual a 
responsabilidade de cada um? 
A atividade de gestão de recursos de terceiros (asset management) envolve a participação de diferentes prestadores de serviços 
cujas funções e responsabilidades devem ser claramente segregadas. 
Apesar da necessidade de segregação das atividades dos diferentes prestadores, com exceção da auditoria independente, as 
demais podem ser exercidas por uma mesma instituição financeira. 
Administração 
Em que consiste a atividade de administração do fundo? Quais as responsabilidades do administrador? 
De acordo com a Instrução CVM nº 409, a atividade de administração do fundo compreende o conjunto de serviços relacionados 
direta ou indiretamente ao funcionamento e à manutenção do fundo, que podem ser prestados pelo próprio administrador ou por 
terceiros por ele contratados. 
Além do serviço obrigatório de auditoria independente, o administrador pode contratar, em nome do fundo, com terceiros 
devidamente habilitados e autorizados, os seguintes serviços: 
• Gestão da carteira do fundo; 
• Consultoria de investimentos; 
• Atividades de tesouraria, de controle e processamento dos títulos e valores mobiliários; 
• Distribuição de cotas; 
• Escrituração da emissão e resgate de cotas; 
• Custódia de títulos e valores mobiliários e demais ativos financeiros; e 
• Auditoria independente. 
• Classificação de risco por agência especializada constituída no País. 
Gestão 
Quando falamos sobre gestão de ativos de terceiros, logo no vem a cabeça a figura do gestor de fundos. Mas o que exatamente fez 
o gestor? 
A Instrução CVM nº 409 define gestão da carteira de um fundo de investimento como a gestão profissional, conforme estabelecido 
no seu regulamento, dos títulos e valores mobiliários dela integrantes, desempenhada por pessoa natural ou jurídica credenciada 
como administradora de carteira de valores mobiliários pela CVM, tendo o gestor poderes para negociar, em nome do fundo de 
investimento, os referidos títulos e valores mobiliários. 
O gestor é o responsável pelas decisões de investimento do fundo, sempre dentro dos parâmetros definidos 
no seu regulamento. O administrador e o gestor podem ser ou não a mesma instituição. 
Distribuição 
Agora que já vimos que o gestor é o responsável pelas decisões de investimento do fundo, a quem cabe oferecer esse serviço aos 
investidores? Esse é o papel do distribuidor. 
A atividade de distribuição consiste em colocar ou vender as cotas do fundo de investimento, sendo o distribuidor quem 
estabelece o contato direto com os investidores. 
Custódia 
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Caro aluno, agora você pode se perguntar: como as operações realizadas pelo gestor são efetivadas? Toda negociação de ativos 
financeiros, seja em operações de compra ou de venda de ativos é finalizada quando ocorre a troca de propriedade entre o ativo 
negociado e o dinheiro envolvido na transação. Essa atividade é de responsabilidade da custódia. 
O Código de Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais da ANBIMA define o serviço de custódia como a liquidação física e 
financeira dos ativos, sua guarda, bem como a administração e informação de eventos associados a esses ativos. 
O serviço de custódia compreende também a liquidação financeira de derivativos, contratos de permutas de fluxos financeiros – 
swap e operações a termo, bem como o pagamento das taxas relativas ao serviço prestado, tais como, mas não limitadas a, taxa de 
movimentação e registro dos depositários e câmaras e sistemas de liquidação. 
Controladoria 
A esta altura, você já percebeu a complexidade que envolve o serviço de gestão de ativos de terceiros, bem como a quantidade de 
prestadores envolvidos em torno da atividade. 
Já parou para pensar que até o momento não citamos quem é o responsável pelos procedimentos contábeis relativos aos fundos 
de investimento? Esse é o papel da controladoria. 
De acordo com o Código de Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais da ANBIMA, o Serviço de Controladoria compreende a 
execução dos processos que compõem a controladoria dos ativos e passivos, bem como a execução dos procedimentos contábeis, 
conforme a legislação em vigor e as normas estabelecidas pela ANBIMA. 
Auditoria Externa 
Além da ANBIMA e da CVM, alguém mais fiscaliza os fundos? Essa função cabe à auditoria externa. 
O serviço de auditoria externa deve obrigatoriamente ser contratado pelo administrador do fundo. De acordo com a Instrução 
CVM 206, o administrador deve divulgar as demonstrações financeiras do fundo semestralmente, que são verificadas por auditor 
independente registrado na CVM. 
Cabe ao auditor independente verificar se a posição patrimonial e financeira do fundo está compatível com os princípios 
fundamentais de contabilidade e as normas contábeis aplicáveis, bem como deve constatar se os atos praticados pelo 
administrador do fundo atendem aos preceitos da legislação vigente. 
O auditor independente deve emitir parecer sobre as demonstrações contábeis do fundo, que deverá ser publicado junto às 
referidas demonstrações no prazo máximo de 60 dias após os meses de junho e dezembro. 
Investidor Qualificado e Superqualificado 
Você acha que todos os investidores tem o mesmo nível de conhecimento sobre o mercado financeiro? Provavelmente você 
respondeu que não. 
Pensando nisso, a CVM introduziu uma categoria de investidores, que pressupõe-se, detém um nível de conhecimento sobre o 
mercado financeiro superior ao investidor comum. São os chamados investidores qualificados e superqualificados, cujos fundos 
destinados a esse público apresentam regras diferenciadas das regras gerais. 
A Instrução CVM nº 409/04 considera investidor qualificado: 
• Instituições financeiras; 
• Companhias seguradoras e sociedades de capitalização; 
• Entidades abertas e fechadas de previdência complementar; 
• Pessoas físicas ou jurídicas que possuem investimentos financeiros em valor superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão) e que, 
adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidos qualificado mediante termo próprio; 
• Fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores qualificados; e 
• Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios. 
Além dos investidores qualificados, a CVM introduziu também o conceito de investidor superqualificado, com investimento inicial 
superior a R$ 1.000.000,00, e cujos limites da Instrução CVM nº 409/04 de concentraçãopor emissor e por modalidade de ativo 
não se aplicam. 
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Em agosto de 2004, a CVM editou a Instrução nº 409, introduzindo mudanças significativas na legislação 
que disciplinava os fundos de investimento no Brasil. Antes da Instrução nº 409, parte dos fundos de 
investimento era regulada por normas editadas pelo Banco Central e parte regulada por normas baixadas 
pela CVM. Para conhecer mais sobre fundos de investimento, acesse a Instrução CVM nº 409/04 no site da 
CVM: < www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/Atos/Atos/inst/inst409consolid.doc >. 
CLASSIFICAÇÃO DOS FUNDOS 
Você já aprendeu que um fundo de investimento pode alocar os recursos investidos por seus cotistas em diferentes tipos de ativos, 
tais como ações, títulos públicos, crédito privado, dentre outros, de acordo com a política de investimento descrita em seu 
regulamento. 
Para facilitar o entendimento do investidor sobre as características dos fundos de investimento que ele tem a disposição para 
investir seus recursos, foram criados diferentes categorias e tipos de fundos respectivamente pela CVM e pela ANBIMA. 
Como podemos classificar os fundos de investimento? As diferentes classificações de fundos dizem respeito ao tipo de fundo, 
estratégia de gestão, além da composição e prazo da carteira. 
Segundo dados da ANBIMA, os fundos de renda fixa (considerando os tipos Curto Prazo, Referenciado DI e 
Renda Fixa) representavam até agosto de 2014, aproximadamente metade do patrimônio líquido da 
indústria de fundos. 
Fonte: ANBIMA. Consultar em < http://portal.anbima.com.br/informacoestecnicas/boletins/fundos-de- 
investimento/Documents/BoletimFI_201409.pdf > 
https://sites.google.com/fabrico.com.br/posfdiepc1/p�gina-inicial/unidade-1
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.cvm.gov.br%2Fasp%2Fcvmwww%2FAtos%2FAtos%2Finst%2Finst409consolid.doc&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEsGZlVuqSMmmTkdnNPIwCg2stWRA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fportal.anbima.com.br%2Finformacoestecnicas%2Fboletins%2Ffundos-de-investimento%2FDocuments%2FBoletimFI_201409.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEy6Ayujb3peQyoHrwEWuvQDouHuA
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Quanto ao Tipo 
Os fundos de investimento regulamentados pela Instrução CVM nº 409/04 possuem duas estruturas distintas: os Fundos de 
Investimento – FIs e os fundos de investimento em cotas de fundos de investimento – FIC FI. 
Fundo de Investimento – FI e FIC FI 
Os FIs são fundos de investimento regulamentados pela Instrução CVM nº 409/04, que investem diretamente o seu patrimônio em 
títulos e valores mobiliários disponíveis no mercado financeiro e de capitais. 
O Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento – FIC FI adquire cotas de FIs para a sua carteira e deve manter, no 
mínimo, 95% de seu patrimônio investido em fundos de uma mesma classe, exceto os fundos da categoria multimercado, que 
podem investir em cotas de fundos de classes distintas. 
Fundos de Investimento Abertos e Fechados 
Os fundos de investimento abertos são aqueles constituídos por prazo indeterminado, cujas aplicações ou resgates de cotas 
podem ocorrer a qualquer momento, de acordo com os prazos de conversão de cotas previstos em regulamento. 
Nos fundos fechados, as cotas somente podem ser resgatadas ao término do prazo de duração do fundo. 
Fundos Com Carência e Sem Carência 
Enquanto nos fundos de investimento sem carência, o resgate pode ser solicitado a qualquer momento, para os fundos com 
carência o cotista deve respeitar o prazo mínimo para resgate previsto em regulamento. 
Fundos Exclusivos 
Os fundos exclusivos são destinados a investidores qualificados e constituídos para receber aplicações de apenas um único cotista. 
Fundos Com Gestão Ativa e Com Gestão Passiva 
De acordo com a estratégia de investimento estabelecida, um fundo pode ser classifica como sendo de gestão passiva ou gestão 
ativa. 
Nos fundos com estratégia de gestão passiva o gestor busca acompanhar a rentabilidade de um índice de referência ( benchmark ), 
investindo em ativos para manter aderência ao seu comportamento. 
A gestão ativa de fundos busca obter uma rentabilidade que supere o benchmark . 
Classificação de Fundos Dada Pela Instrução CVM nº 409 
A Instrução CVM nº 409/04, classifica os fundos de investimento (FI) e os fundos de investimento em cotas (FIC), conforme a 
composição de sua carteira, em sete categorias: 
Quadro 1: Classificação de fundos de investimento regulamentados pela ICVM n º 
409 
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Fonte: Instrução CVM nº 409/04. 
Elaborado pelo autor 
Os fundos classificados como “Referenciado”, “Renda Fixa”, “Cambial”, “Dívida Externa” e “Multimercado” poderão ser 
adicionalmente classificados como “Longo Prazo” quando o prazo médio de sua carteira superar 365 dias e seja composta por 
títulos privados ou públicos federais, pré-fixados ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de juros, a índices de preço ou à 
variação cambial, ou, ainda, por operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais. 
Você foi apresentado ao longo desta aula aos fundos de investimentos regulamentados pela ICVM nº 409. Existem outras 
categorias de fundos que que possuem regulamentação específica, como veremos na aula seguinte. 
DEMAIS TIPOS DE FUNDOS DE 
INVESTIMENTO 
Depois de ser apresentado aos fundos regulamentados pela Instrução CVM nº 409/04, você verá agora diversos outros tipos de 
fundos regulamentados por outras instruções da CVM. Vamos começar pelos chamados Fundos Mútuos de Privatização – FMP. 
FMP – Fundo Mútuo de Privatização 
Você já ouviu falar em FMP? Sabe o que significa? Vamos um pouco sobre ele agora. 
Como trabalhador com carteira de trabalho assinada você tem os seus recursos depositados no Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço - FGTS rendendo 3% ao ano mais variação da Taxa Referencial – TR. 
Contudo, no fim dos 1990 e início dos anos 2000 foi criada uma lei que permitia aos trabalhadores comprarem ações de empresas 
cujo governo tinha participação acionária. Eram os chamados fundos mútuos de privatização. 
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O Fundo Mútuo de Privatização – FGTS - FMP-FGTS é um fundo de investimento criado para aplicar os recursos captados em 
ações de empresas que estavam sendo privatizadas, ou vendendo participações acionárias de propriedade da União, dos Estados 
ou dos Municípios. 
Com o objetivo de pulverizar a base acionária dessas empresas, os FMP-FGTS foram constituídos para permitir aos trabalhadores 
participar desse processo de privatização e venda de participação acionária. 
Dois casos clássicos desses fundos foram os de alienação de ações da Petrobrás– que não chegou a ser privatizada na época, mas 
teve uma forte colocação de seus papéis no mercado por parte do governo – e da Vale (na época ainda conhecida como Vale do Rio 
Doce), esta sim foi privatizada. 
Fundo Previdenciário 
Como o próprio nome já nos dá uma pista, os Fundos Previdenciários são fundos de investimento destinados exclusivamente aos 
planos de previdência complementar ou a seguros de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência, estruturados na 
modalidade de contribuição variável. 
A Instrução CVM nº 459/07 dispõe sobre a constituição, a administração, o funcionamento e a divulgação de informações dessa 
categoria de fundos, cuja criação teve o objetivo de permitir a segregação da aplicação das contribuições dos beneficiários dos 
planos de previdência ou seguros de vida em veículos cujo patrimônio dos recursos próprios das operadoras dos planos de 
previdência. 
ETF - Exchange TradedFunds 
Você já ouviu fala em ETF? O Exchange Traded Fund – ETF é um tipo de fundo de investimento cujas cotas são negociadas em 
Bolsa como se fossem ações, e que buscam reproduzir o retorno obtido por um determinado índice de referência (benchmark). 
No Brasil, os ETFs foram chamados de Fundos de Índice, e são regulamentados através da Instrução CVM nº 359/2002. 
Cada vez mais os ETFs se fazem presentes nos principais mercados financeiros do mundo, como Hong Kong, 
Alemanha, Japão, Espanha, Cingapura e México. De acordo com a BM&FBOVESPA, segundo dados da 
World Federation of Exchanges – WFE , o número de ETFs no mundo apresentou no período entre 2004 e 
2009 de 887,20% equivalente a 58,10% ao ano. 
Fonte: BM&FBOVESPA, os dados podem ser consultados em 
< http://www.bmfbovespa.com.br/etf/infograficos-etfs.aspx?idioma=pt-br > 
FIDC - Fundo de Investimento em Direito Creditório 
Imagine um fundo de investimento que aplica seus recursos preponderantemente em recebíveis de crédito. Essa a ideia de um 
FIDC. 
Regulamentado pela Instrução CVM nº 356/01, o FIDC é uma modalidade de fundo de investimento oferecida apenas a 
investidores qualificados, que investe preponderantemente em direitos creditórios, também chamados recebíveis. 
Os recebíveis são os direitos e títulos representativos destes direitos, como duplicatas, cheques, contratos de aluguel entre outros, 
originários de operações realizadas nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de hipotecas, de arrendamento 
mercantil e de prestação de serviços. 
Em fevereiro de 2013 a CVM editou a Instrução CVM nº 531, alterando a Instrução CVM nº 356/01, que 
dispõe sobre FIDC. O principal objetivo da nova Instrução foi aperfeiçoar as regras da Instrução anterior 
relativas aos controles que deveriam ser mantidos pelo administrador e pelo custodiante, com a definição 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.bmfbovespa.com.br%2Fetf%2Finfograficos-etfs.aspx%3Fidioma%3Dpt-br&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHI_spdBuzgDPRfEmVTHGUxU4Wqcg
mais clara da atuação e de responsabilidades dos participantes desse mercado. 
A nova Instrução também procurou aperfeiçoar as regras em relação à mitigação de estruturas para evitar a 
ocorrência de conflito de interesses, em que a concentração indevida de funções por um mesmo 
participante ou por partes a ele relacionadas comprometessem a boa governança dos FIDCs. 
Para conhecer mais sobre as novas regras acesse a Instrução CVM nº 531/13 no site da CVM: 
< http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/Atos/Atos/inst/inst531.doc >. 
Os FIDCs podem ser fundos abertos ou fechados e geralmente possuem duas classes de cotas com riscos e remuneração distintos: 
cota sênior e cota subordinada. 
A cota sênior que possui uma remuneração alvo é aquela que tem preferência sobre as demais classes de cotas no recebimento de 
amortizações e resgates e distribuição de rendimentos. 
O investidor detentor de cotas subordinadas somente receberá o pagamento pelo resgate ou amortização de suas cotas após o 
cotista detentor de cota sênior ter recebido. 
FII – Fundo de Investimento Imobiliário 
Se você é um investidor que gosta de aplicar seus recursos em empreendimentos imobiliários, talvez o FII seja uma alternativa de 
investimento adequada ao seu perfil. 
Os Fundos de Investimento Imobiliário – FII, regulamentados pela Instrução CVM nº 472/08 são fundos destinados à aplicação em 
empreendimentos imobiliários e constituídos sob a forma de condomínios fechados. 
O patrimônio de um FII pode ser composto por empreendimentos imobiliários com fins comerciais, residenciais, rurais ou urbanos, 
construídos ou em construção, para posterior alienação, locação ou arrendamento. 
Um FII também pode investir em títulos e valores mobiliários que tenham como lastro principal operações do mercado imobiliário 
como LCI, LH, CRI entre outros. 
Fundo de Investimento em Participações - FIP 
Destinados a investidores qualificados e regulamentados pela Instrução CVM nº 391/03, os Fundos de Investimento em 
Participações – FIPs, também conhecidos como fundos de Private Equity, são constituídos sob a forma de condomínio fechado e 
seus recursos investidos em ações, debêntures, bônus de subscrição, ou outros títulos e valores mobiliários conversíveis ou 
permutáveis em ações de emissão de companhias, abertas ou fechadas. 
O FIP influencia a definição da política estratégica e a gestão das companhias investidas, participando ativamente do processo 
decisório, indicando membros para o Conselho de Administração. 
Classificação ANBIMA de Fundos de Investimento 
A ANBIMA também construiu uma classificação própria de fundos a partir da política de investimento e dos fatores de risco. 
O Quadro 1 mostra a classificação ANBIMA para os fundos de renda fixa. Observe que a ANBIMA dividiu os fundos da categoria 
renda fixa da CVM, em subcategorias e subtipos, diferenciando-os pelo tipo de risco e estratégias de investimento. 
Quadro 1: Classificação ANBIMA para os fundos de renda fixa 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.cvm.gov.br%2Fasp%2Fcvmwww%2FAtos%2FAtos%2Finst%2Finst531.doc&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNE813mtFPlhXLYMCMQ3kISowaFelw
Fonte: ANBIMA. Elaborado pelo autor 
O Quadro 2 apresenta a classificação ANBIMA para os fundos multimercado. Assim como fez para os fundos de renda fixa, a 
ANBIMA também dividiu os fundos da categoria CVM, em subcategorias e subtipos, diferenciando-os pelo tipo de risco e 
estratégias de investimento. 
Quadro 2: Classificação ANBIMA para os fundos 
multimercado 
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Fonte: ANBIMA. Elaborado pelo autor 
Quadro 3: Classificação ANBIMA para outras 
categorias de fundos 
Fonte: ANBIMA. Elaborado pelo autor 
O Quadro 4 mostra a classificação ANBIMA para os chamados fundos estruturados, que são os FIDC, FIP e FII. Também foram 
subdivididos em subcategorias e subtipos, sendo diferenciados pelo tipo de risco e estratégias de investimento. 
Quadro 4: Classificação ANBIMA para os fundos 
estruturados 
Fonte: ANBIMA. Elaborado pelo autor 
O Quadro 5 mostra a classificação ANBIMA para os fundos de ações. Observe que a ANBIMA dividiu os fundos da categoria ações 
da CVM, em subcategorias e subtipos, diferenciando-os pelo tipo de risco e estratégias de investimento. 
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Quadro 5: Classificação ANBIMA para os fundos 
de ações 
Fonte: ANBIMA. Elaborado pelo autor 
O Quadro 6 mostra a categoria de fundos ANBIMA Previdência, bem como os respectivos 
Tipos ANBIMA diferenciando-os pelo tipo de risco e estratégias de investimento. 
Quadro 6: Classificação ANBIMA para os fundos 
de previdência 
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Fonte: ANBIMA. Elaborado pelo autor 
Foram apresentados ao longo deste tópico diferentes tipos e categorias de fundos que não regulamentados pela ICVM nº 409. 
Depois de conhecer as categorias e tipos de fundos existentes, você deve estar interessado em saber quais os fatores que 
impactam a rentabilidade desses fundos. Esse é o assunto da nossa próxima aula. 
FATORES QUE IMPACTAM A 
RENTABILIDADE DOS FUNDOS DE 
INVESTIMENTO 
Depois conhecer as categorias e tipos de fundos de investimento, agora, você verá quais os principais fatores que impactam a sua 
rentabilidade. Dentre esses fatores, podemos destacar: 
• A composição da carteira do fundo; 
• A marcação a mercado dos preços dos ativos; 
• As taxas e despesas do fundo; 
• A tributação do fundo. 
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Composição da Carteira 
Como você achaque é apurada a rentabilidade de um fundo de investimento? 
A rentabilidade de um fundo de investimento reflete o desempenho dos títulos que compõem sua carteira, descontadas as 
despesas e custos fixos e variáveis inerentes ao fundo. 
A composição da carteira do fundo deve estar adequada ao objetivo de investimento declarado no regulamento do fundo e 
prevista em sua política de investimento. 
Todo fundo de investimento é regido pelo seu regulamento, onde é declarado o objetivo de investimento do fundo e são 
estabelecidas todas as informações e regras essenciais relacionadas, entre outras, à gestão da carteira, política de investimento e 
composição de carteira. 
De acordo com o Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para fundos de investimento, os gestores de fundos de 
investimento devem possuir uma política formal de decisão de investimentos e de seleção e alocação de ativos. 
Essa política de investimento deve descrever de que maneira o fundo pretende atingir o seu objetivo de investimento, 
identificando as principais estratégias de investimento a serem utilizadas, os tipos de títulos e valores mobiliários nos quais o 
fundo pode investir, políticas de seleção e alocação de ativos, além de limites de concentração, e se for o caso, a possibilidade de 
alavancagem. 
Marcação a Mercado 
Você será apresentado agora a um dos conceitos mais importantes relacionados aos fundos de investimento: a marcação a 
mercado. 
Um dos principais fatores que impactam a rentabilidade diária de um fundo de investimento é a regra conhecida como marcação a 
mercado. 
Trata-se da obrigatoriedade de contabilizar a preço de mercado todos os ativos que compõem a carteira dos fundos de 
investimento. Contudo, a maioria dos fundos de investimento, até maio de 2002, utilizava como critério de precificação dos títulos 
de renda fixa, o custo de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos. 
Apesar da regra já ser prevista pela Resolução 2.183 do Banco Central desde 1995, somente em 31 de maio de 2002, em ação 
conjunta do Banco Central com CVM, quando a CVM passa oficialmente a regular a indústria de fundos de investimento. 
O procedimento de marcação a mercado consiste em avaliar por qual preço seria possível vender todos os títulos da carteira, ou 
seja, qual o preço de negociação de cada título que compõe a carteira do fundo num determinado dia. 
O objetivo da marcação a mercado é evitar a transferência de riqueza entre os cotistas dos fundos. 
Dez anos da crise de marcação a mercado 
Em maio de 2012, Alfredo Costa, 42 anos, gestor de fundos de investimento de renda fixa com mais de vinte 
anos de experiência, em conversa informal com o colega Ricardo Bianco, 22 anos, recém-formado e 
trabalhando na área de gestão há seis meses, relembrou os dez anos da crise de marcação a mercado vivida 
pelos fundos de investimento. De acordo com Alfredo, a ocorrência de um desastre ou uma tragédia, 
geralmente está associada a uma série de fatores conjugados, e não apenas a uma causa isolada. Foi o que 
aconteceu em 2002 com os fundos de investimento, no episódio que ficou conhecido como a crise da 
marcação a mercado. Ele explicou que a marcação a mercado é um procedimento contábil que consiste em 
avaliar por qual preço seria possível vender todos os títulos da carteira de um fundo de investimento numa 
determinada data. 
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Fatores como ambiente econômico conturbado, avaliações de risco equivocadas, procedimentos duvidosos 
de algumas gestoras, além da baixa educação financeira dos investidores, segundo Ricardo, contribuíram 
naquele ano para uma volatilidade jamais vista em fundos de investimento conservadores. Ricardo também 
lembrou que assustados, os investidores sacaram recursos em massa, com o saldo da indústria de fundos, no 
acumulado de 2002 dando uma dimensão do estrago: saída líquida de R$ 65 bilhões dos fundos, o 
equivalente a 19% do patrimônio líquido da indústria naquele ano. 
Adaptado de: ANAYA, Márcio. Dias que marcaram o mercado. Revista Valor Investe, maio/2012, ano 10, n. 
61, pp. 26-29. Disponível em: < http://www.revistavalor.com.br/home.aspx? 
pub=1&edicao=61&autenticado=True >. 
Acesso em: 13 fev. 2014. 
Custos dos Fundos de Investimento 
É importante que você saiba que além dos fatores já descritos acima, outro fator que impacta a rentabilidade de um fundo de 
investimento diz respeito às despesas que incorrem sobre ele. 
Vale lembrar que a rentabilidade do fundo divulgada pelo administrador já é líquida da cobrança de taxas de administração e 
outras despesas. 
Taxa de Administração 
A taxa de administração é outro fator que você precisa considerar na hora de apurar a rentabilidade de um fundo de investimento. 
Trata-se da porcentagem sobre o patrimônio líquido cobrada dos fundos de investimento e representa a remuneração da asset 
management pela prestação dos serviços, dentre outros, de gestão, administração e distribuição. 
A taxa de administração dos fundos de investimento tem apresentado, na média, comportamento 
decrescente nos últimos anos. De acordo com o Relatório de Taxas de Administração de abril de 2014 da 
ANBIMA, as taxas dos fundos de varejo da categoria Referenciado DI recuaram de uma média de 1,49% ao 
ano em 2009 para 1,14% ao ano em 2014. 
Fonte: ANBIMA, informação disponível em < http://portal.anbima.com.br/informacoes- 
tecnicas/relatorios/fundos/taxa-de-administracao/Documents/201404.pdf >. 
Taxa de Performance 
É importante que você saiba que alguns gestores cobram, além da taxa de administração, uma taxa de performance quando a 
rentabilidade do fundo supera um benchmark estabelecido para o fundo. 
A cobrança da taxa de performance é permitida desde que supere 100% do parâmetro de referência, que deve ser compatível com 
a política de investimento do fundo. O período de cobrança deve ser no mínimo semestral e deve ocorrer apenas após a dedução 
de todas as despesas, inclusive da taxa de administração. Deve também respeitar o conceito de linha d’água, isto é, só é permitida 
quando no momento da cobrança o valor da cota for superior ao que era seu valor na cobrança anterior. 
Para fundos classificados como curto prazo, renda fixa e referenciado, sua cobrança é vedada quando não forem destinados a 
investidor qualificado. 
Taxa de Ingresso e Saída 
Lembre-se também que, apesar de não ser muito comum, a legislação vigente prevê que, além das taxas de administração e de 
performance, os fundos de investimento também podem cobrar taxa de ingresso e saída. 
Tributação dos Fundos de Investimento 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.revistavalor.com.br%2Fhome.aspx%3Fpub%3D1%26edicao%3D61%26autenticado%3DTrue&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHtiRIZAjEY-iedxfGMM6hBxULSGQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.revistavalor.com.br%2Fhome.aspx%3Fpub%3D1%26edicao%3D61%26autenticado%3DTrue&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHtiRIZAjEY-iedxfGMM6hBxULSGQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fportal.anbima.com.br%2Finformacoes-tecnicas%2Frelatorios%2Ffundos%2Ftaxa-de-administracao%2FDocuments%2F201404.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEulupYepn0mSTVwzjbNWBtRxcvWQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fportal.anbima.com.br%2Finformacoes-tecnicas%2Frelatorios%2Ffundos%2Ftaxa-de-administracao%2FDocuments%2F201404.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEulupYepn0mSTVwzjbNWBtRxcvWQ
Apesar de não impactar diretamente na rentabilidade do fundo de investimento, você precisa ter em mente que a tributação 
também tem impacto na rentabilidade final do cotista, já que a rentabilidade líquida divulgada não considera o imposto de renda 
que incide sobre a rentabilidade do fundo. 
A tributação em fundos de investimento depende de dois aspectos: a composição da carteira e o prazo de permanência do cotista 
no fundo. Os impostos que podem incidir sobrefundos são o Imposto de Renda - IR e o Imposto sobre Operações Financeiras - IOF. 
O IR, tributo cobrado pela Receita Federal das pessoas físicas e jurídicas, incide sobre o rendimento recebido em aplicações de 
renda fixa ou sobre o ganho de capital, em investimento em renda variável. 
Para determinação da incidência de alíquota de IR, a Receita Federal, classifica os fundos de investimentos em três categorias: 
fundos de curto prazo, fundos de longo prazo e fundos de renda variável. 
A alíquota de imposto de renda que incide sobre os fundos de investimento varia de 22,5% a 15% de acordo com o tipo de fundo, a 
composição da carteira, prazo da carteira e prazo de aplicação. 
Tributação dos Fundos de Curto Prazo 
Para fins de tributação, são considerados fundos de investimento de curto prazo, os fundos de renda fixa cuja carteira de títulos 
tenha prazo médio igual ou inferior a 365 dias, e estão sujeitos à incidência de IR na fonte conforme as seguintes alíquotas: 
Quadro 1: Alíquotas de Tributação de 
Curto Prazo 
Fonte: Receita Federal. Elaborado pelo 
autor. 
Lembre-se que mesmo se o investidor permanecer com os recursos investidos por prazo superior a um ano, nos fundos de curto 
prazo não há a alíquota abaixo de 20%. 
Fundos com Tributação de Longo Prazo 
Para fins de tributação, você deve considerar como fundos de investimento de longo prazo aqueles cuja carteira de títulos tenha 
prazo médio igual ou superior a 365 dias e estão sujeitos à incidência de IR na fonte conforme as seguintes alíquotas: 
Quadro 2: Alíquotas de Tributação de 
Longo Prazo 
Fonte: Receita Federal. Elaborado pelo 
autor 
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Nesta categoria de fundo, se você deixar sua aplicação por um período superior a dois anos, pagará 15% de imposto de renda sobre 
o rendimento do fundo nesse período. Esses fundos, por terem uma carteira de ativos com títulos de prazo médio superior a 365 
dias, podem ter uma maior oscilação no valor da cota, se comparada aos fundos similares com prazo mais curto. 
Tanto para fundos de curto prazo quanto para os de longo prazo, a Receita Federal estabelece a cobrança de IOF sobre 
rendimentos brutos nos resgates feitos em período inferior a 30 dias após a aplicação. A aliquota varia entre 96% a 0%, de acordo 
com o periodo de permanência do investidor no fundo, sendo que após 30 dias o investidor está isento da cobrança, conforme 
tabela a seguir: 
Quadro 3: Tabela Regressiva de IOF 
Fonte: Decreto Presidencial nº 
6.306/07 
Recolhimento do IR e “Come-Cotas” 
Um conceito muito importante que você precisa conhecer sobre a tributação de fundos de investimento é o chamado “come-cotas” 
O IR dos fundos de investimentos de curto prazo, DI renda fixa e multimercado, é recolhido no último dia útil dos meses de maio e 
novembro, em um sistema denominado “come-cotas”. Para esse recolhimento é usada a menor alíquota de cada tipo de fundo: 20% 
para fundos de tributação de curto prazo e 15% para fundos de tributação de longo prazo. Assim, a cada 6 meses os fundos 
automaticamente deduzem esse IR dos cotistas, em função do rendimento obtido pelo fundo nesse período. Além disso, no 
momento do resgate da aplicação do investidor, se for o caso, será feito o recolhimento da diferença, de acordo com a alíquota final 
devida, conforme o prazo de permanência desse investimento no fundo. 
Tributação dos Fundos de Renda Variável 
Observe agora que a tributação para os fundos de renda variável possui regras distintas das utilizadas para os fundos de renda fixa. 
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Os fundos de renda variável devem ter, no mínimo, 67% da carteira alocada em ações negociadas em Bolsa de Valores. Esses 
fundos contam com alíquota única de IR, de 15%, seja qual for o prazo em que o investidor permanecer com os recursos investidos. 
Para fundos de renda variável não há come-cotas e o imposto é cobrado sobre o rendimento bruto do fundo somente no momento 
do resgate da aplicação. 
Vimos ao longo desta aula que diversos fatores afetam a rentabilidade de um fundo de investimento, e que dentre os principais 
estão composição da carteira, a marcação a mercado dos preços dos ativos, as taxas e despesas do fundo, além da tributação. 
Diante disso, ao selecionar um fundo de investimento, além de procurar uma alternativa compatível com o seu perfil de risco, o 
investidor deve estar atento às despesas do fundo e ao seu regime de tributação ao qual se submete. 
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ATIVIDADES 
1. Na atividade de gestão de fundos de investimento, Chinese Wall representa: 
a) a segregação entre gestão ativa e gestão passiva. 
b) a vedação para realizar investimentos em ativos cujos emissores sejam chineses. 
c) segregação das atividades da área de gestão de terceiros ( asset management ) da gestão dos recursos próprios da instituição 
financeira. 
d) segregação entre os investimentos realizados no mercado local e no mercado chinês. 
e) segregação entre os investimentos de renda fixa e de renda variável. 
2. O gestor de um fundo de investimento é responsável: 
a) pelo conjunto de serviços relacionados direta ou indiretamente ao funcionamento e à manutenção do fundo, que podem ser 
prestados pelo próprio administrador ou por terceiros por ele contratados. 
b) pelas decisões de investimento do fundo, sempre dentro dos parâmetros definidos no seu regulamento, tendo poderes para 
negociar, em nome do fundo de investimento, os referidos títulos e valores mobiliários que compõem a carteira do fundo. 
c) por colocar ou vender as cotas do fundo de investimento, sendo o quem estabelece o contato direto com os investidores. 
d) pela liquidação física e financeira dos ativos dos fundos, sua guarda, bem como a administração e informação de eventos 
associados a esses ativos. 
e) pela execução dos processos que compõem a controladoria dos ativos e passivos, bem como a execução dos procedimentos 
contábeis, conforme a legislação em vigor e as normas estabelecidas pela ANBIMA. 
3. O tipo de fundo de investimento regulamentado pela Instrução CVM nº 409/04 que adquire cotas de FIs para a sua carteira e 
que deve manter, no mínimo, 95% de seu patrimônio investido em fundos de uma mesma classe, (exceto os fundos da categoria 
multimercado), é chamado: 
a) Fundo Aberto. 
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b) Fundo Fechado. 
c) Fundo Exclusivo. 
d) FI. 
e) FIC FI. 
4. A gestão ativa de fundos busca: 
a) obter uma rentabilidade que supere o benchmark . 
b) investir em ativos para manter aderência ao comportamento do benchmark . 
c) receber aplicações de apenas um único cotista. 
d) oferecer uma alternativa de investimento cujas aplicações ou resgates de cotas podem ocorrer a qualquer momento. 
e) permitir o resgate das cotas somente ao término do prazo de duração do fundo. 
5. De acordo com a classificação de fundos dada pela Instrução CVM nº 409, o fundo de: 
a) curto prazo deve possuir, no mínimo, 67% da carteira em ações negociadas no mercado à vista de bolsa de valores ou entidade 
do mercado de balcão organizado. 
b) ações investe exclusivamente em títulos públicos federais ou privados de baixo risco de crédito com prazo máximo de 375 dias e 
prazo médio da carteira inferior a 60 dias. 
c) renda fixa tem no mínimo 95% da sua carteira composta por títulos que acompanham direta ou indiretamente o benchmark do 
fundo. 
d) cambial deve aplicar, no mínimo, 80% de seuPL em títulos representativos da dívida externa de responsabilidade da União. 
e) multimercado pode investir em diversos fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum fator em especial. 
6. O tipo de fundo de investimento cujas cotas são negociadas em Bolsa como se fossem ações, e que buscam reproduzir o retorno 
obtido por um determinado índice de referência ( benchmark ), é chamado: 
a) FIP – Fundo de Investimento em Participações. 
b) ETF - Exchange Traded Fund . 
c) FIDC - Fundo de Investimento em Direito Creditório. 
d) FII – Fundo de Investimento Imobiliário. 
e) Fundo de ações. 
7. A modalidade de fundo de investimento oferecida apenas a investidores qualificados, que investe preponderantemente em 
direitos creditórios é conhecida como: 
a) ETF - Exchange Traded Fund . 
b) FII – Fundo de Investimento Imobiliário. 
c) FIP – Fundo de Investimento em Participações. 
d) Fundo Previdenciário. 
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e) FIDC - Fundo de Investimento em Direito Creditório. 
8. Os Fundos de Investimento Imobiliário – FII, são fundos: 
a) destinados à aplicação em empreendimentos imobiliários e constituídos sob a forma de condomínios fechados. 
b) também conhecidos como fundos de Private Equity . 
c) que investem somente em ações de empresas com histórico de dividend yield . 
d) destinados exclusivamente a planos de previdência complementar ou a seguros de vida com cláusula de cobertura por 
sobrevivência. 
e) fundos que investem somente em empresas que apresentam bons níveis de governança corporativa. 
9. Todos os fatores abaixo impactam a rentabilidade dos fundos de investimento, exceto: 
a) composição da carteira do fundo. 
b) marcação a mercado dos preços dos ativos. 
c) as taxas e despesas do fundo. 
d) a tributação do fundo. 
e) o público-alvo do fundo. 
10. A taxa de administração de um fundo de investimento: 
a) é cobrada quando a rentabilidade do fundo supera um benchmark estabelecido para o fundo. 
b) é a porcentagem sobre o patrimônio líquido cobrada dos fundos pelos serviços de gestão, administração e distribuição. 
c) só é cobrada se o fundo superar 100% do parâmetro de referência, que deve ser compatível com a sua política de investimento. 
d) só é permitida quando no momento da cobrança o valor da cota for superior ao que era seu valor na cobrança anterior. 
e) tem sua cobrança vedada para fundos classificados como curto prazo, renda fixa e referenciado. 
11. Assinale a alternativa incorreta: 
a) um dos principais fatores que impactam a rentabilidade diária de um fundo de investimento é a regra conhecida como marcação 
a mercado. 
b) a marcação a mercado consiste na obrigatoriedade de contabilizar a preço de mercado todos os ativos que compõem a carteira 
dos fundos de investimento. 
c) a regra de marcação a mercado adota como critério de precificação dos títulos de renda fixa, o custo de aquisição acrescido dos 
rendimentos; 
d) o procedimento de marcação a mercado consiste em avaliar qual o preço de negociação de cada título que compõe a carteira do 
fundo num determinado dia. 
e) o objetivo da marcação a mercado é evitar a transferência de riqueza entre os cotistas dos fundos. 
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RESUMO 
Ao longo desta unidade, revisitamos os principais fundamentos relacionados aos fundos de investimento. Também foram 
apresentadas as classificações de fundos de investimento utilizadas pelo mercado, bem como os fatores que impactam a sua 
rentabilidade. 
A grande quantidade de categorias de fundos disponíveis permite ao investidor encontrar aquela que atenda melhor às suas 
necessidades considerando o objetivo de rentabilidade, o risco tolerado e o horizonte de tempo do investimento. 
É importante que você compreenda que através de um fundo de investimento o investidor pode acessar uma carteira de ativos 
diversificada realizando a aquisição de um único ativo: a cota do fundo. 
Além disso, os fundos de investimento são instrumentos financeiros que democratizam o acesso ao mercado financeiro e de 
capitais, já que podem atender tanto as necessidades de grandes investidores, tais como grandes empresas, fundos de pensão e 
pessoas físicas endinheiradas, quanto de pequenos investidores. 
Para o pequeno investidor, a principal vantagem de se investir através de um fundo de investimento é que ao reunir num mesmo 
veículo financeiro um grande número de investidores, os fundos podem acessar mercados que sozinhos investidores individuais 
não teriam condições de acessar. 
Adicionalmente, por reunir um grande volume financeiro, os fundos de investimentos conseguem, em muitas vezes, condições 
mais favoráveis de negociações do que investidores individuais. 
Outro aspecto relacionado aos fundos de investimento é a comodidade no momento de investir, já que acompanhar a dinâmica do 
mercado financeiro é um desafio cada vez mais presenta na vida das pessoas, dadas as diferentes alternativas disponíveis. 
Compreender os fatores que impactam os preços dos ativos financeiros ajuda o investidor a tomar melhores decisões em relação 
aos investimentos adequados ao seu perfil de risco. 
Se por um lado os investidores têm à disposição muito mais informações para embasar a sua tomada de decisão, por outro, muitos 
deles, por falta de tempo para acompanhar os mercados financeiros, ou mesmo por conveniência, preferem delegar essa tarefa aos 
gestores de recursos de terceiros. 
Por fim, para dar maior segurança aos investidores, a regulação e fiscalização da CVM combinada à auto regulação da ANBIMA 
estabelecem as regras de governança pertinentes aos fundos de investimento e garantem a transparência dos investimentos 
realizados por eles. 
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Material Complementar 
Leitura 
Fundos de Investimento: conheça Antes de Investir 
Autor: Luiz Roberto Calado 
Editora: Elsevier – Campus 
Sinopse : Nesta obra o autor mostra como funcionam os fundos de 
investimento e de que forma escolher o fundo mais adequado às 
necessidades do investidor. 
Na Web 
Na Web 
Para ver mais sobre fundos de investimento, acesse: 
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/10/1348800-video-vale- 
a-pena-investir-emfundos-de-investimentos-de-bancos-menores.shtml 
The Wolf of Wall Street - O Lobo de Wall Street 
Diretor: Martin Scorsese 
Ano: 2013 
Sinopse: É a adaptação para o cinema da autobiografia do ex corretor de 
valores de Wall Street, Jordan Belfort, que construí uma fortuna no 
mercado financeiro, mas acabou sendo condenado a prisão a partir nos 
anos 1990 por num caso de fraude bancária envolvendo corrupção em 
Wall Street. 
Comentário: O filme é interessante pois mostra um caso verídico de 
fraude bancária ocorrida nos EUA nos anos 1990 traduzindo para o 
espectador pouco familiarizado com o mercado financeiro como era o 
ambiente em Wall Street nessa época. 
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REFERÊNCIAS 
ANBIMA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS ENTIDADES DOS MERCADOS FINANCEIRO E DE CAPITAIS: Disponível em: 
< http://www.anbima.com.br > 
BACEN – BANCO CENTRAL DO BRASIL: Disponível em: < http://www.bcb.gov.br > BRASIL. Comissão de Valores Mobiliários. 
Instrução Normativa nº 409 de 18.08.2004. Dispõe sobre a constituição, a administração, o funcionamento e a divulgação de 
informações dos Fundos de Investimentos. 
BRASIL. Comissão de Valores Mobiliários. Instrução Normativa nº 356 de 17.12.2001. Regulamenta a constituição e o 
funcionamento de fundos de investimento em direitos creditórios e de fundos de investimento em cotas de fundos de 
investimento em direitos creditórios. 
BRASIL. Comissão de Valores Mobiliários. Instrução Normativa nº 391 de 16.07.2003, alterada pelas Instruções Normativas nº 
435/06; 450/07; 453/07; 496/11; 498/11; 535/13 e 540/13. Dispõe sobre a constituição, o funcionamento e a administração dos 
Fundos de Investimento em Participações. 
BRASIL. Comissão de Valores Mobiliários. Instrução Normativa nº 359 de 22.01.2002, alterada pela Instrução Normativa nº 
537/2013. Dispõe sobre a constituição, o funcionamento e a administração dos Fundos de Índice, com cotas negociáveis em bolsa 
de valores ou mercado de balcão organizado. 
CVM – COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS: Disponível em: < http://www.cvm.gov.br > 
FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro: produtos e serviços. 17ª ed., rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2010. 833 
p. 
PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de Capitais: Fundamentos e técnicas. São Paulo: ATLAS, 2014 
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APROFUNDANDO 
A Rentabilidade do Fundo e o Impacto do Come-Cotas no Seu 
Retorno 
Fundado em 1998 pelo gestor de recursos de terceiros Peter Fontelles, o fundo multimercado Blue, com cerca de dez bilhões de 
reais sob gestão, é o maior em sua categoria no Brasil e um dos maiores hedge funds do mundo. 
Como a reunião anual com os principais investidores do fundo está se aproximando, Peter começa a preparar a apresentação 
sobre os resultados do fundo. 
Ao atualizar a análise de desempenho do fundo até 2014, Peter observa que o fundo vem apresentando uma performance 
consistente ao longo de toda a sua existência acumulando uma rentabilidade superior a 8.000%. Observa também que benchmark 
utilizado para comparação de desempenho do fundo, o CDI, rendeu no mesmo período algo em torno de 1200%. 
Para ilustrar o do desempenho do fundo no longo prazo, Peter calcula que um cotista que tivesse ingressado no fundo no seu inicio 
e aplicado R$ 20.000,00 teria acumulado até meados de 2014 aproximadamente R$ 1.600.000,00, desconsiderando o efeito da 
cobrança do imposto de renda. 
Contudo, ao realizar uma análise mais minuciosa para encontrar a rentabilidade que o cotista efetivamente deve receber, o gestor 
incorpora em seus cálculos os efeitos da cobrança do chamado come-cotas, que é o imposto de renda cobrado semestralmente dos 
fundos de investimentos de curto prazo, DI renda fixa e multimercado, recolhido no último dia útil dos meses de maio e novembro. 
Para a sua surpresa, com a incidência do come-cotas, pesar do resultado do fundo continuar excepcional, a rentabilidade para o 
cotista é afetada consideravelmente, podendo ser reduzida em cerca de 50%. 
Ao ser questionado por um membro de sua equipe de gestão sobre as causas dessa queda na rentabilidade final para o cotista, 
Peter pondera que esse efeito sobre a rentabilidade ocorre devido à forma de cobrança do come-cotas. Como o imposto de renda 
é cobrado antecipadamente do cotista e esse valor deixa de ser capitalizado ao longo do tempo, reduzindo assim o rendimento 
para o investidor, ressalta Peter. 
Peter destaca ainda que apesar de impactar a rentabilidade dos cotistas, o come-cotas não tem impacto sobre a rentabilidade do 
fundo, pois a sua cobrança se dá por meio da redução da quantidade de cotas que o investidor possui no fundo. 
A cobrança do come-cotas sobre os fundos de investimento de renda fixa e multimercado incomoda Peter, pois ele considera que 
causa uma desvantagem competitiva aos fundos em relação a outras categorias de investimentos de renda fixa que não sofrem a 
incidência semestral de impostos. 
A questão tributária no Brasil é extremamente complexa, conclui Peter, que considera que o ideal seria que os fundos de renda fixa 
e multimercado tivessem as mesmas condições tributárias que as demais alternativas de investimento em renda fixa. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
REFERÊNCIA 
O relato e os dados apresentados são fictícios, mas baseados em fatos reais apresentados em matéria que pode ser acessada pelo 
link: D’AGOSTO, Marcelo. Ganho do fundo Verde acelera as metas de investimento. ValorInveste [online], 14 fev. 2012. Disponível 
em: < http://www.valor.com.br/valor-investe/o-consultor-financeiro/2530402/ganho-do-fundo-verde-acelera-metas-de- 
investimento >. Acesso em: 23 set. 2014. 
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EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; PEROSSI, Marcelo de Jesus D. 
Fundos de Investimentos e Previdência Complementar. 
Marcelo de Jesus D. Perossi. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
48 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Fundo de Investimento 2. Previdência 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 330 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
Diretoria de Design Educacional 
Equipe Produção de Materiais 
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PREVIDÊNCIA 
COMPLEMENTAR: 
FUNDAMENTOS 
Professor (a) : 
Dr. Marcelo de Jesus D. Perossi 
Objetivos de aprendizagem 
• Discutir aspectos gerais relacionados à previdência complementar no Brasil. 
• Apresentar os fundamentos e as regras aplicadas às Entidades Fechadas de Previdência Complementar. 
• Apresentar os fundamentos e as regras aplicadas às Entidades Abertas de Previdência Complementar. 
• Conceituar e apresentar as principais características e regras dos planos de benefícios. 
• Definir o conceito de Plano de Benefício. 
• Mostrar os tipos de planos de benefícios. 
• Apresentar as principais características e regras de cada um. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• A estrutura geral do sistema previdenciário no Brasil 
• Os fundamentos e as regras aplicadas às Entidades Fechadas de Previdência Complementar 
• Os fundamentos e as regras aplicadas às Entidades Abertas de Previdência Complementar 
• Os Planos de Benefícios oferecidos pelas Entidades Abertas e Fechadas de Previdência Complementar 
Introdução 
Caro(a) aluno(a), 
Você já deve ter parado para pensar que diversas são as razões que levam uma pessoa a começar a contribuir em planos de 
previdência complementar, desde garantir uma renda complementar na aposentadoria, passando pela possibilidade de fazer uma 
programação financeira e, até mesmo, para obter os benefícios tributários da modalidade. 
Nesta unidade, discutiremos os principais aspectos relacionados à previdência complementar no Brasil, apresentando as regras 
aplicadas às Entidades Abertas de Previdência Complementar – EAPC e as Entidades Fechadas de Previdência Complementar – 
EFPC. 
Na aula um, você verá a estrutura geral do sistema previdenciário brasileiro, em que serão apresentados os três regimes 
previdenciários que compõem a previdência no Brasil: o Regime Geral de Previdência Social, os Regimes Próprios de Previdência 
dos Servidores Públicos e o Regime de Previdência Complementar. 
A aula dois abordará os aspectos mais relevantes relacionados à previdência complementar fechada no Brasil, quando você será 
apresentado às principais características das Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC e verá como se dá a sua 
fiscalização e a fiscalização pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC, uma autarquia vinculada ao 
Ministério da Previdência Social. 
Em seguida, na terceira aula, falaremos sobre as Entidades Abertas de Previdência Complementar – EAPC, bem como sobre a sua 
supervisão e fiscalização, que é realizada pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, órgão vinculado ao Ministério da 
Fazenda e normatizado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP. 
Por fim, encerrando a unidade, na aula quatro, serão apresentados a você os planos de benefícios, tanto os oferecidos pelas 
Entidades Fechadas de Previdência Complementar, classificados em três modalidades distintas: Benefício Definido - BD, 
Contribuição Definida - CD e Contribuição Variável - CV; quanto aqueles oferecidos pelas Entidades Abertas de Previdência 
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Complementar, classificados em duas modalidades distintas: Vida Gerador de Benefício Livre – VGBL e Plano Gerador de 
Benefício Livre – PGBL. 
Apesar de apresentar grande crescimento da previdência privada nos últimos anos, o assunto ainda desperta dúvidas nas pessoas 
sobre como são as regras e qual o melhor plano para atender as suas necessidades. Ao longo desta unidade, buscaremos esclarecer 
essas e outras dúvidas. 
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A ESTRUTURAGERAL DO SISTEMA 
PREVIDENCIÁRIO NO BRASIL 
Você sabe qual a diferença entre previdência social e previdência privada? Nesta aula, você será apresentado à estrutura geral do 
sistema previdenciário brasileiro, o que ajudará a responder a essa e outras questões sobre o tema. 
Estrutura Geral do Sistema Previdenciário Brasileiro 
Certamente, mesmo que ainda falte muito tempo para que isso ocorra, em algum momento da sua vida você já pensou sobre o seu 
futuro financeiro, sobre sua aposentadoria. 
Mas será que você realmente conhece suficientemente a estrutura do sistema previdenciário brasileiro para tomar a melhor 
decisão sobre essa questão? 
É importante que você saiba que a previdência no Brasil é composta por três regimes: o Regime Geral de Previdência Social, os 
Regimes Próprios de Previdência dos Servidores Públicos e o Regime de Previdência Complementar, como mostra a figura abaixo: 
Figura 1: Estrutura da Previdência no Brasil 
Fonte: Abrapp. Disponível em < http://www.abrapp.org.br/Documentos%20Pblicos/GuiaDoParticipante.pdf > 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.abrapp.org.br%2FDocumentos%2520Pblicos%2FGuiaDoParticipante.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNERNm6QVjEXNL2FDU_1t5Xt1kpF5Q
O Regime Geral de Previdência Social - RGPS, cujas políticas são elaboradas pelo Ministério da Previdência Social e executadas 
pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), possui caráter contributivo e de filiação obrigatória para empregadores, 
empregados assalariados, domésticos, autônomos, contribuintes individuais e trabalhadores rurais, constituindo-se como um 
seguro que garante a renda do contribuinte e de sua família, em caso de perda de sua capacidade de trabalho. 
O Regime Próprio de Previdência Social - RPPS é instituído por entidades públicas, que podem ser Institutos de Previdência ou 
Fundos Previdenciários e de filiação obrigatória para servidores públicos titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios. 
O Regime de Previdência Complementar – RPC é um regime de previdência privado, operado por Entidades Abertas e Fechadas 
de Previdência Complementar, com filiação facultativa, criado com a finalidade de proporcionar uma renda adicional ao 
participante, que complemente a sua previdência oficial. 
A previdência complementar no Brasil foi regulamentada através da lei nº. 6.435, de 1977. 
Fonte: Câmara Legislativa. Disponível em: < http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-6435- 
15-julho-1977-366382-norma-pl.html >. 
Acesso em: 30 out. 2014. 
O RPC baseia-se na constituição de reservas e tem como objetivo principal recompor perdas do nível de renda do participante ou 
de seus dependentes, ocasionadas por aposentadoria, invalidez ou morte. 
O Plano de Previdência Complementar divide-se em dois momentos: período de acumulação e período de concessão de 
benefícios. 
No período de acumulação, quando são realizadas as contribuições, formam-se as reservas financeiras necessárias para a 
concessão do benefício. 
No período de concessão dos benefícios, as reservas acumuladas transformam-se em renda. 
Você planeja seu futuro? Já pensou em suas finanças pessoais? E em sua aposentadoria? Por mais que a 
situação no momento esteja tranquila, é preciso planejar o futuro. 
Cabe às entidades que administram o regime de previdência complementar recolher as contribuições dos participantes, investir 
esses valores e pagar os benefícios. 
Mas quais são os modelos de previdência complementar disponíveis aos brasileiros? 
No Brasil,existem dois modelos de previdência complementar: a previdência fechada e a previdência aberta. Ambas funcionam de 
modo similar, em que o participante contribui periodicamente com uma quantia, de acordo com as suas disponibilidades, e o saldo 
acumulado pode ser resgatado integralmente ou recebido mensalmente como aposentadoria ou pensão. 
Mas será que a legislação brasileira trata de forma específica a questão da previdência privada? 
A lei complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, que dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar, determina que as 
entidades de previdência complementar só podem instituir e operar planos de benefícios para os quais tenham autorização 
específica, segundo as normas aprovadas pelo órgão regulador e fiscalizador. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww2.camara.leg.br%2Flegin%2Ffed%2Flei%2F1970-1979%2Flei-6435-15-julho-1977-366382-norma-pl.html&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGNZ3kFkvVpW_ZG1v1TNlccwopGTg
A essa altura, você pode estar se perguntando: mas será que existem padrões mínimos exigidos dos planos de benefícios para 
assegurar os direitos dos participantes dos planos? 
Os planos de benefícios devem atender a padrões mínimos fixados pelo órgão regulador e fiscalizador, com o objetivo de assegurar 
transparência, solvência, liquidez e equilíbrio econômico-financeiro e atuarial. 
Compete ao órgão regulador e fiscalizador das entidades de previdência complementar normatizar planos de benefícios nas 
modalidades de benefício definido, contribuição definida e contribuição variável, assim como outras formas de planos de 
benefícios que reflitam a evolução técnica e possibilitem flexibilidade ao regime de previdência complementar. 
As entidades de previdência complementar constituem reservas técnicas, provisões e fundos dos planos que administram, 
conforme os critérios e normas fixados pelo órgão regulador e fiscalizador. 
A aplicação dos recursos correspondentes às reservas, às provisões e aos fundos do plano de benefícios deve ser feita conforme 
diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional – CMN, sendo vedado o estabelecimento de aplicações compulsórias 
ou limites mínimos de aplicação. 
Devem constar nos regulamentos dos planos de benefícios, nas propostas de inscrição e nos certificados de participantes 
condições mínimas a do plano de benefícios. 
Para assegurar compromissos assumidos junto aos participantes e assistidos de planos de benefícios, as entidades de previdência 
complementar podem contratar operações de resseguro, por iniciativa própria ou por determinação do órgão regulador e 
fiscalizador, observados o regulamento do respectivo plano e demais disposições legais e regulamentares. 
OS FUNDAMENTOS E AS REGRAS 
APLICADAS ÀS ENTIDADES FECHADAS 
DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR 
Quando falamos em previdência complementar, é importante que você tenha em mente que no Brasil existem dois modelos: 
previdência fechada e previdência aberta. 
Nesta aula, você verá os aspectos relacionados à previdência complementar fechada. 
Mas antes de falarmos propriamente sobre os planos de previdência fechada, é importante compreendermos quem opera esses 
planos no Brasil. 
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O segmento de previdência complementar fechada é operado pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC, 
também chamadas de fundos de pensão. Essas entidades são constituídas sob a forma de entidade civil ou fundação sem fins 
lucrativos. 
As EFPC têm como objeto a administração e execução de planos de benefícios de natureza previdenciária, para grupos específicos 
de trabalhadores, vinculados a empregadores ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista 
ou setorial, sendo vedada a prestação de quaisquer serviços que não estejam no âmbito de seu objeto. 
Em dezembro de 2009, foi publicada na Edição Extra do Diário Oficial da União a lei que dispunha sobre a 
criação da Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC e sua estrutura. A Previc 
substituiu a Secretaria de Previdência Complementar – SPC. 
Para saber mais sobre a criação da PREVIC, acesse: 
< https://www.portalprev.com.br/cpprev_antigo/Home/CMS/Default.aspx?q=5012 > 
Mas quem fiscaliza e supervisiona as Entidades Fechadas de Previdência Complementar? 
A fiscalização e supervisão das atividades das Entidades Fechadas de Previdência Complementar são realizadas pela 
Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC, uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social. 
A PREVIC também é responsável pela execução das políticas para o regime de previdência complementar operado pelas entidades 
fechadas de previdência complementar, observando, inclusive, as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional – 
CMN e pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar- CNPC. 
Como são reguladas as relações entre EFPC e as demais partes interessadas? 
Todo plano de previdência complementar possui um regulamento, que é o instrumento jurídico que disciplina as relações entre 
EFPC, patrocinador, participantes e assistidos, no qual são definidas as regras de contribuição, os benefícios oferecidos e as 
condições de acesso a esses benefícios. Esse conjunto de regras é chamado de Plano de Benefícios e possui independência 
patrimonial, contábil e financeira. 
O patrocinador é a pessoa jurídica que oferece aos seus empregados um plano de previdência complementar e se propõe a 
contribuir, em conjunto com seu empregado em atividade, para o custeio do plano de benefícios, na formação do recurso 
necessário para sustentar a aposentadoria do participante ou a pensão aos seus dependentes, na ocorrência de sua morte. 
O instituidor é uma pessoa jurídica de caráter profissional, classista ou setorial que institui planos de previdência complementar 
para os seus filiados ou associados. Diferentemente do patrocinador, o instituidor não necessariamente paga parte da 
contribuição. 
Participante é a pessoa física, que, em razão do seu contrato de trabalho com a Patrocinadora, aderiu ao plano de benefícios. 
Assistido é o pensionista dependente que recebe do fundo de pensão o benefício em decorrência do falecimento do participante. 
Esse benefício pago mensalmente ao pensionista é chamado de pensão. 
A EFPC pode ser classificada em relação aos planos que administra ou em relação aos seus patrocinadores e instituidores. 
Em relação aos planos de benefícios que administra, uma EFPC pode ser classificada como: 
• De plano comum, quando administra um plano ou conjunto de planos acessíveis ao universo de participantes. 
• De multiplano, quando administra um plano ou conjunto de planos para diversos grupos de participantes, com independência 
patrimonial. 
Sob a ótica dos seus patrocinadores ou instituidores, a EFPC pode ser classificada como: 
• Singular, quando estiver vinculada a apenas um patrocinador ou instituidor. 
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• Multipatrocinada, quando congregar mais de um patrocinador ou instituidor. 
Constituição das Entidades Fechadas de Previdência Complementar 
Você saberia dizer quais as condicionantes para a criação de uma Entidade Fechada de Previdência Complementar? 
A criação de uma EFPC está condicionada à motivação do patrocinador ou instituidor em oferecer aos seus empregados ou 
associados planos de benefícios de natureza previdenciária,

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