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Avaliações de equilíbrio https://www.avaliacaoemfisioterapia.com.br/ Como se avalia o equilíbrio? Dentre os testes clínicos para avaliação do equilíbrio, os mais comumente utilizados e encontrados na literatura são: Teste de Alcance Funcional (TAF) Teste de Performance Física (TPF) Functional Reach Test – (FRT) Mini best test Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) teste “Timed Up and Go” (TUG) ÍNDICE DA MARCHA DINÂMICA - Dynamic Gait Index (DGI) Teste de Equilíbrio de Tinetti (Performance Oriented Mobility Assessment - POMA) MINI BEST TEST Mini BES Test e a sua importância na prática clínica: as quedas são um evento muito comum e que podem ter consequências graves. As quedas afetam significativamente a autonomia do indivíduo, interferindo diretamente em sua qualidade de vida, consequentemente é uma questão de saúde pública, pois as quedas são responsáveis por lesões e fraturas. O equilíbrio, por definição, é o processo o qual a posição do corpo se mantém estabilizada, tanto quanto o corpo está em movimento, quanto está em repouso. É um conceito complexo que envolve a contribuição de vários sistemas fisiológicos. A alteração do equilíbrio e da marcha são os principais fatores de risco de quedas, sendo assim, a identificação dos déficits nos sistemas de controle postural é importante para melhorar a prevenção de quedas nas populações. Para isso, existem algumas ferramentas para identificar esse risco de queda nas populações. O Balance Evaluation Systems Test (BESTest) é um instrumento muito utilizado e possui o objetivo de identificar os fatores que podem ser responsáveis pela alteração do equilíbrio funcional, ele possui uma versão mais curta, o Mini BES Test, com o intuito de facilitar a utilização do instrumento na prática clínica. Inclui somente o equilíbrio dinâmico, para que as abordagens de reabilitação sejam mais específicas para aquele indivíduo. Pode ser aplicado em indivíduos com desordens vestibulares, AVC ou Doença de Parkinson. Possui 14 itens que são agrupados em quatro seções, sendo elas ● Ajustes posturais antecipatórios ● Respostas posturais reativas ● Orientação sensorial ● Estabilidade na marcha com e sem uma tarefa cognitiva Cada item é pontuado em uma escala de três pontos: de zero (pior desempenho) a dois (melhor desempenho). O escore total é de 28 pontos (indicando que não há déficit no equilíbrio dinâmico), caso o indivíduo pontue abaixo de 28 pontos, significa que há déficit no equilíbrio dinâmico. Pontuações e Qualificador da CIF De 104 a 108 pontos - Nenhuma limitação (0-4%) De 82 a 103 pontos - Limitação leve (5-24%) De 55 a 81 pontos - Limitação moderada (25-49%) De 7 a 54 pontos - Limitação grave (50-94%) De 0 a 6 - Limitação completa (95 a 100%) PONTUAÇÃO POR ITEM https://www.avaliacaoemfisioterapia.com.br/ BERG A Escala de Equilíbrio de Berg é um teste clínico que avalia o equilíbrio e para determinar os fatores de risco para perda da independência e para quedas em idosos. Ele consiste em 14 tarefas com 5 itens, que envolvem o equilíbrio estático e dinâmico: como levantar-se, permanecer em pé, transferir-se, girar e alcançar. O teste é utilizado para avaliar o risco de quedas em idosos e pessoas com distúrbios neurológicos. A escala é pontuada de 0 a 4 para cada tarefa, com uma pontuação máxima de 56. Pontuação de 0 a 20 representa prejuízo do equilíbrio, 21 a 40 equilíbrio aceitável e 41-56 um bom equilíbrio. Uma pontuação mais baixa indica maior risco de quedas. Os pontos são baseados no tempo em que uma posição pode ser mantida, na distância que o membro superior é capaz de alcançar à frente do corpo e no tempo para completar a tarefa. Pontuações e Qualificador da CIF De 54 a 56 pontos - Nenhuma limitação (0-4%) De 43 a 53 pontos - Limitação leve (5-24%) De 29 a 42 pontos - Limitação moderada (25-49%) De 4 a 28 pontos - Limitação grave (50-94%) De 0 a 3 - Limitação completa (95 a 100%) PONTUAÇÃO POR ITEM TINETTI O Teste de Tinetti é um teste clínico comum para avaliar as habilidades de equilíbrio estático e dinâmico de uma pessoa. Ele consiste em 16 itens, dos quais 9 são para o equilíbrio do corpo e 7 para a marcha. O teste classifica os aspectos da marcha, como a velocidade, a distância do passo, a simetria e o equilíbrio em pé, o girar e também as mudanças com os olhos fechados. O teste é realizado por um avaliador e nas mesmas condições de terreno. Para auxiliar na aplicação do teste, são utilizados uma fita métrica Coats Corrente de 1m para medir a largura da base de apoio e uma cadeira fixa secretária simples sem braço para o teste de sentar e levantar TUG Tem como objetivo avaliar a mobilidade e o equilíbrio funcional. O teste quantifica em segundos a mobilidade funcional por meio do tempo que o indivíduo realiza a tarefa de levantar de uma cadeira (apoio de aproximadamente 46 cm de altura e braços de 65 cm de altura), caminhar 3 metros, virar, voltar rumo à cadeira e sentar novamente. No TUG, o idoso parte da posição inicial com as costas apoiadas na cadeira. A cronometragem é iniciada após o sinal de partida e parada somente quando o idoso se colocar novamente na posição inicial, sentado com as costas apoiadas na cadeira. Bischoff et al. consideram que a realização do teste em até 10 segundos é o tempo considerado normal para adultos saudáveis, independentes e sem risco de quedas; valores entre 11-20 segundos é o esperado para idosos com deficiência ou frágeis, com independência parcial e com baixo risco de quedas; acima de 20 segundos sugere que o idoso apresenta déficit importante da mobilidade física e risco de quedas. Os mesmos autores determinam um desempenho de até 12 segundos como tempo normal de realização do teste para idosos comunitários. DGI É um teste que avalia a marcha, o equilíbrio e o risco de queda. Ele avalia não apenas a caminhada normal em estado estacionário, mas também a caminhada durante tarefas mais desafiadoras. Avalia a capacidade do indivíduo de modificar o equilíbrio ao caminhar na presença de demandas externas. É altamente recomendado a utilização na reabilitação para indivíduos com AVC. Recomendado para pacientes com esclerose múltipla e traumatismo crânio encefálico. Pouco recomendado ou não recomendado para utilização em indivíduos com doença de Parkinson. Há recomendação para uso em lesão medular, porém atualmente há um instrumento de medida de independência funcional específica para a lesão medular que é mais sensível em alguns domínios e traz mais informações do que a MIF. Tem alguns estudos de propriedades de medida em populações idosas e indivíduos com condições musculoesqueléticas, mas nenhuma informação de recomendação específica para essas populações. Pontuações e Qualificador da CIF De 23 a 24 pontos - Nenhuma limitação (0-4%) De 19 a 22 pontos - Limitação leve (5-24%) De 13 a 18 pontos - Limitação moderada (25-49%) De 2 a 12 pontos - Limitação grave (50-94%) De 0 a 1 - Limitação completa (95 a 100%)
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