Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Varia o da Normalidade • São variações dos aspectos normais da cavidade bucal, não representando processos patológicos. • Compreendem alterações de formação e/ou de crescimento durante os períodos embrionários e fetal, ou durante a formação do órgão. Invaginações no Vermelhão dos Lábios, nos ângulos da boca. CAUSA: falha da fusão do processo embrionário maxilar e mandibular. CARAC. CLÍNICA: fístulas cegas (1 a 4 mm de profundidade), podem drenar saliva. TRAT: assintomático, não há necessidade de tratamento. Invaginações do lábio inferior. CARAC. CLÍNICA: fístulas cegas (~1,5 cm de profundidade), podem drenar saliva. Frequentemente, se observa um infiltrado inflamatório crônico no tecido conjuntivo circundante. TRAT: excisão (questões estéticas) Crescimento exuberante de tecido. CAUSAS: persistência do sulco, Síndrome de Ascher ou traumas. TRAT: não há necessidade de tratamento, mas em casos graves, esteticamente, por excisão. Glândulas Sebáceas na mucosa oral. Consideradas ECTÓPICAS (no lugar errado). CARAC. CLÍNICA: múltiplas pápulas amareladas/branco-amar. Mais encontradas na Muc. Jugal e vermelhão de lábio sup. TRAT: assintomáticos, nenhum tratamento. Aparência difusa, opalescente e branco-acinzentada leitosa da mucosa, frequente em NEGRO e em TABAGISTAS. Estrias esbranquiçadas/rugosidades. CARAC. CLÍNICA: Acomete mucosa jugal e pode se estender até a mucosa labial. Aspecto esbranquiçado diminui/desaparece quando a mucosa é distendida. TRAT: nenhum tratamento é necessário. FAZER ESTIRAMENTO PARA DESCARTAR POSSÍVEIS PATOLOGIAS! ERITÉMA MIGRATÓRIO ou LÍNGUA GEOGRÁFICA ou GLOSSITE MIGRATÓRIA BENIGNA Lesões erosivas avermelhadas (eritematosas) com bordas irregulares, cinzento- esbranquiçadas, um pouco salientes, que fazem lembrar os contornos de um mapa geográfico e podem migrar de uma área para outra da língua. CAUSA: DESCONHECIDA CARAC. CLÍNICA: múltiplas zonas bem-demarcadas de eritema concentradas na ponta e bordas laterais da língua. ERITEMA devido à ATROFIA das papilas filiformes, com bordas sinuosas/festonadas, branco-amareladas levemente elevadas. LESÕES SURGEM COM RAPIDEZ EM ALGUMA ÁREA E REGRIDEM APÓS DIAS/SEMANAS, E ENTÃO SE DESENVOLVEM EM OUTRAS ÁREAS. Lesão inicia com placa branca (correlação com língua fissurada). SENSAÇÃO DE ARDÊNCIA/SENSIBILIDADE. CARAC. CLÍNICA: Várias fissuras/sulcos no dorso da língua. CAUSA: incerta. CARAC. HISTO.: hiperplasia das projeções epiteliais e perda dos “pelos” de queratina das papilas filiformes, infiltrado inflamatório está presente na lâmina própria. TRAT: não há. Deve ser indicado a escovação lingual para remover alimentos e não causar irritação. Veias dilatadas/tortuosas. CAUSA: perda do tônus do TC que suporta os vasos. CARAC. CLÍNICA: + comum variz sublingual, +60 anos, apresentam-se como vesículas papulares/elevadas múltiplas. Pode ocorrer varizes solitárias nos lábios e muc. Jugal, só são notadas após sofrerem trombose. TRAT: não há, exceto com a solitária, pode realizar excisão (estética). Exostose (cresc. Ósseo). CAUSA: origem genética/ambiental (estresse mastigatório). CARAC. CLÍNICA: podem aumentar lentamente. TRAT: excisão. Lesões Fundamentais • São alterações que ocorrem na mucosa oral e assumem características próprias, individualizadas e padronizadas. • O conhecimento das lesões fundamentais auxilia na elaboração do diagnóstico. • As manobras semiotécnicas são essenciais na avaliação das lesões, entre elas: inspeção visual, palpação, percussão, raspagem, auscultação, olfação e a vitropressão. A descrição deve ser completa: ✓ Localização ✓ Textura ✓ Tamanho ✓ Contorno ✓ Limites ✓ Margens ✓ Cor ✓ Número ✓ Forma ✓ Superfície ✓ Inserção ou base ✓ Consistência Altera es do Epit lio de Revestimento da Mucosa Oral : É o espessamento da camada espinhosa do epitélio. : É a diminuição do número de células e da espessura do epitélio. : Perda de contato entre as células, onde há formação da fenda intraepitelial. : Presença de células inflamatórias no epitélio. Edema intercelular. : Edema intracelular. : Espessamento da camada de ceratina/queratina do epitélio. • : espessamento da camada de paraceratina (células com núcleos) • : espessamento da camada de ortoceratina (células sem núcleos) : Formação de camadas concêntricas de ceratina dentro do Epitélio. : É a perda de uniformidade individual das células do epitélio, assim como a perda de arquitetura dos tecidos. Quando ocorre de forma generalizada no tecido, é conhecida como . Mancha e mácula são alterações de cor da mucosa bucal ou da pele sem causar elevação ou depressão no tecido. O que diferencia a mancha da mácula é o tamanho. A cor depende do tipo de comprometimento estrutural do epitélio ou devido à presença de um pigmento (por exemplo: melanina, hemossiderina, depósito de metais pesados (prata) etc.). Petéquias: quando em formatos puntiformes e circular Equimose: área de hemorragia não elevada, maior que 2cm •Lesão elevada em relação ao tecido normal • Altura é menor em relação a sua extensão • Consistente à palpação (coureácea) • Superfície pode ser lisa, rugosa... • Elevação sólida, circunscrita, geralmente superficial. • Tamanho não ultrapassa 5mm • Lesão sólida, circunscrita, pode ser superficial ou profunda (nódulo submucoso) • Seu tamanho tem que ser maior que 5mm • Aumento volumétrico difuso. • Lesões maiores de 2cm. • Elevação circunscrita, contendo líquido no interior. • Localizada no epitélio. • Tamanho da lesão não ultrapassa 3mm • Elevação circunscrita, contendo líquido no interior. • Localizada no epitélio ou subepitelial. • Tamanho da lesão maior que 5mm • Perda parcial do epitélio sem atingir o tecido conjuntivo. • Regeneração rápida sem cicatriz. • Decorrência de processos patológicos, predominantemente ou sistêmicos. • Perda parcial do epitélio e exposição do tecido conjuntivo. • “ÚLCERA” – Caráter crônico • “ÚLCERAÇÃO” – Caráter agudo • Branca, Vermelha (eritematosa), Azul, Castanho, Rósea • Mole, Elástica, Firma, Dura, Friável • Plana, Elevada, Regular, Irregular, Definida, Indefinida Lesões brancas Alteração COMUM da mucosa jugal, geralmente associada a pressão, irritação por fricção ou trauma de sucção das superfícies vestibulares dos dentes. CARAC. CLÍNICA: linha branca bilateral, localizada na altura da linha de oclusão (dentes posteriores). TRAT: não há necessidade, regressão espontânea ou remover hábitos. Morsicatio Buccarum (MASTIGAÇÃO CRÔNICA DA BOCHECHA). Mordiscadas crônicas que podem causar lesões na mucosa jugal, mucosa labial e língua. Maior prevalência em pessoas com quadros de estresse e alterações psicológicas. CARAC. CLÍNICA: Áreas brancas espessadas e fragmentadas, podem ter áreas eritematosas e de erosão/ulceração traumática focal. TRAT.: não há necessidade. PRÓTESE ACRÍLICA BILATERAL. Hiperceratose friccional/traumática. Placa Branca, intimamente, relacionada à uma irritação mecânica. Próteses mal adaptadas, restaurações com excesso, dentes quebrados. Aspirina, perborato de sódio, peróxido de hidrogênio, gasolina, terebintina, fricção com álcool e ácido de bateria são apenas alguns dos exemplos mais interessantes. Crianças e pacientes em tratamento psiquiátricos podem mantes os medicamentos na boca e não engoli-los = DANO NA MUCOSAA necrose na região deixa um aspecto clínico “mucosa descamando”, pode ser facilmente removido se remover esse epitélio, logo o tecido conjuntivo fica exposto dando uma coloração eritematosa. Associada ao fumo de tabaco, desenvolve-se em resposta ao CALOR, não é pré- maligna. CARAC. CLÍNICA: a mucosa palatina se torna difusamente cinza/branca, numerosas pápulas levemente elevadas são observadas. Essas pápulas representam glândulas salivares menores inflamadas e seus orifícios ductais. TRAT: Lesão reversível, desaparece entre 1 e 2 semanas após sessar o hábito de fumar. Infecção fúngica causada pela Candida Albicans (levedura); Pode se apresentar de duas formas (dimorfismo), quando ainda levedura acredita que ela seja inócua, e na forma de hifa está geralmente associada à invasão tecidual do hospedeiro; C. albicans pode ser um componente da microflora oral normal, e 30% a 50% das pessoas simplesmente possuem o micro-organismo na cavidade oral. A sua frequência na cavidade oral aumenta conforme o paciente for envelhecendo; Pelo menos três fatores podem ser considerados para avaliação clínica da candidíase: (1) Estado imunológico do paciente, (2) O ambiente da mucosa oral, (3) A cepa da C. Albicans. Conhecida também por ser uma infecção oportunista (paciente debilitados); • Por exemplo: pode ser o primeiro sinal clínico de um paciente HIV+ É o tipo de candidíase oral mais comum, também conhecida como “sapinho” Caracterizadas por placas brancas espalhadas por toda a mucosa com aspectos que lembram “queijo cottage” ou “leite coalhado”; Placas facilmente removidas com uma espátula de madeira ou uma gaze. Pode ser iniciada devido uso de antibiótico de amplo espectro (diminui a quantidade de bactéria competidoras) Pacientes com algum quadro de imunossupressão, por ex. paciente internados em UTI, leucemia e linfomas (quimioterapia) e pacientes HIV+; Crianças de até 2 anos podem desenvolver – sistema imunológico “pouco desenvolvido”. Manifestação crônica da candidíase oral; Não raspável; Tratamento antifúngico resolve; Caso não regredir, precisa fazer biópsia. Placa branca, exclusivamente localizada em borda lateral de língua; Estritamente associada à infecção oportunista pelo vírus Epstein-Barr (VEB); Comumente diagnosticada em pacientes HIV+, pacientes com transplante de medula óssea, quimioterapia (imunossupressão induzida por medicamento); Placa branca, de superfície variada: Corrugada, papilar... SETA VERDE: colar de pérolas, o vírus está ali... O papiloma escamoso é um nódulo macio, indolor, exofítico, geralmente pediculado, com numerosas projeções superficiais digitiformes que lhe conferem uma aparência de “couve- flor” ou verrucosa; É uma proliferação benigna do espitélio escamoso estratificado que resulta em aumento de volume papilar ou verruciforme; Estudos mostram associação com HPV de baixo risco (Tipo 6/11), aproximadamente 50%; Meio de transmissão: Objetos compartilhados, contato sexual, saliva, leite materno; Sítios orais mais comuns: Língua, palato mole e lábio. TRAT: remoção total da lesão (biópsia excisional) É definida segundo a Organização Mundial da saúde (OMS) como “uma placa ou mancha branca que não pode ser caracterizada clínica ou patologicamente como nenhuma outra lesão branca”; Critério diagnóstico: EXCLUSÃO!! É considerada como uma lesão pré-maligna; Histopatologia pode variar de uma hiperplasia, displasia epitelial ou ca. In situ O risco para a transformação maligna é de aproximadamente 5%, dependendo dos aspectos clínicos e patológicos (podem chegar a 47%); Geralmente encontradas em homens que fumam (60 anos); Podem ser encontradas em todos os sítios da cavidade oral, quando em lábio chamamos de queilite actínica; Tipo homogêneo: lesão plana, fina, de cor branca uniforme; Tipo não homogêneo: lesão branca com áreas avermelhadas (eritroleucoplasia), nodular, verrucosa; Diferente das outras leucoplasias a LVP acometem mais pacientes do gênero feminino e não fumantes; Esse tipo de leucoplasia não tendem a regredir, geralmente progridem para um carcinoma; Alta taxa recorrência e transformação maligna (> 70%) TRAT: Em casos de hiperceratose ou displasia leve – bloquear o hábito de fumar e acompanhar; • Em casos moderados a severos – REMOÇÃO DE TODA A LESÃO; • Em casos de ca. In situ (displasia da camada basal à superfície) – encaminhamento para o oncologista/CEP. Assim como a LEUCOPLASIA, a Eritroplasia, é uma lesão que não pode ser clínica/patologicamente diagnosticada como qualquer outra lesão. CARACT. CLÍNICA: mucosa apresenta-se como uma mácula/placa eritematosa bem delimitada, com textura macia e aveludada. Geralmente ASSINTOMÁTICA. HIST. : 90% há displasias epiteliais severas. Epitélio com ausência de ceratina e frequentemente atrófico, porém pode ser hiperplásico. TC apresenta inflamação crônica. TRAT: biopsia deve ser realizada. Lesões com displasia moderadas/graves devem ser removidas completamente Transformação em 17x maior que a leucoplasia Doença mucocutânea crônica, relativamente comum; Parece existir uma associação com o estresse e ansiedade; Pacientes adultos de meia idade (mulheres mais afetadas 3:2), raro em crianças; Linhas brancas com aspecto rendilhado “Estrias de Wickham; Líquen plano reticular ou erosivo; Forma reticular é mais comum, forma mais branda – sintomatologia. Afetam comumente mucosa jugal BILATERALMENTE; Nesse contexto, as lesões já apresentam sintomatologia; Clinicamente, observam-se áreas eritematosas, atróficas, com graus variáveis de ulceração central. A periferia das regiões atróficas geralmente é circundada por finas estrias brancas irradiadas. TRAT: Nesses casos se não tiver sintomatologia associada, acompanhar apenas; Casos com candidíase sobreposta, tratamento com antifúngico; Casos sintomáticos, corticóide tópico (fluocinonida, betametasona, cIobetasol em gel); Lesões em pele – comunicação com o dermatologista (tratamento sistêmico). A reação liquenóide oral, pode ser induzida pelo material restaurador conhecido como amálgama – contém mercúrio na sua composição; Também podemos encontrar essa hipersensibilidade com o contato com a canela; A localização mais comum geralmente é onde a mucosa está em contato com o amálgama, a mucosa afetada pode ser branca ou eritematosa. Sem sintomatologia; Para realizar o diagnóstico diferencial com o líquen plano oral, deve avaliar a presença de amálgama ou perguntar se teve contato com canela; Histopatologia indistinguível do líquen plano oral; • Tratamento: troca da restauração. Desordens Potencialmente Malignas Orais Alteração PRÉ-MALIGNA comum no vermelhão de lábio inferior. LUZ SOLAR (exposição ao sol). CARAC. CLÏNICA: lesão se desenvolve lentamente, atrofia da borda do verm. Do lábio inf., caracterizada por superfície lisa e áreas de manchas pálidas. Lesão progredida: áreas ásperas e cobertas de escamas (podem se assemelhar a leucoplasia). HIST: epitélio escamoso estratificado atrófico. Produção marcante de ceratina. Graus variados de displasia epitelial, infiltrado de células inflamatórias e TC com alterações das fibras colágenas e elásticas (elastose solar) Cessando a exposição solar, o quadro de displasia epitelial da quelite actínica é sempre reversível. TRAT: várias das alterações podem ser reversíveis, porem os pacientes devem utilizar bálsamos para os lábios e protetores (chapéus). Casos mais graves: vermelhonectomia + acompanhemento. (carcinoma pode se desenvolver ao longo do tempo) LESÃO MALIGNA Em cerca de 5 a 8% dos casos, aparece nas fases iniciais como uma placa branca assintomática idêntica a uma leucoplasia. Nesses casos, a biópsia e o exame histopatológico são importantes para o diagnóstico. LESÃO MALIGNA Variante do CEC de baixo grau. HPV (Papiloma Vírus Humano) está envolvido.Apresenta-se como uma massa branca verrucosa/lobulada. -Mucosa jugal; Palato; Mucosa Alveolar Fumantes +60 anos. Tratamento: excisão cirúrgica. Les es Infecciosas SÍFILIS PRIMÁRIA / CANCRO • Inoculação: 30 a 90 dias. • Causada pelo Treponema pallidum (BACTERIANA) • Assintomático, maioria lesão solitária e indolor (genitália > ânus > cavidade oral). • Lábio > Língua > Palato > Gengiva > Amigdalas. • Se não tratada, cicatriza dentro de 3 a 8 semanas • Cavidade oral é o sítio extragenital mais comum. • Lesão: úlcera de base clara e indolor SÍFILIS SECUNDÁRIA / DISSEMINADA • Primária --- latência --- secundária • Placas mucosas - sensíveis e esbranquiçada (30% dos casos) • Comum em língua, lábio, mucosa jugal e palato. • Condiloma Lata: nódulos que lembram os papilomas virais • Lues Maligna: imunocomprometido (HIV) (Lesões múltiplas são típicas, resolução em 3 a 12 semanas) SÍFILIS TERCIÁRIA / TARDIA (30% dos casos) • Após a sífilis secundária, latência por 1 até 30 anos. • Sistemas nervoso e central afetados. • Focos de inflamação granulomatosos (GOMA= lesão endurecida, nodular ou ulcerada = extensa destruição tecidual) (Glossite atrófica) DIAGNÓSTICO: esfregaço do exsudato da lesão (micro- organismos espiralados em campo escuro) TESTES SOROLÓGICOS: • testes de triagem inespecíficos = VDRL, RPR • testes específicos e altamente sensíveis - FTA-ABS - TPHA - TPPA - MHA-TP TRATAMENTO: Abordagem terapêutica individualizada 1ª linha: Penicilina 2ª linha: Doxiciclina / Tretaciclina / Eritrocimina • Lesão fúngica profunda • Fungo dimórfico: Paracoccidioides Brasiliensis • Fator de risco: atividades rurais em solo contaminado (tatu de 9 listras) • TRANSMISSÃO: Vias aéreas, por inalação por fungo. • PATOGENIA: Foco primária: pulmão Disseminação: linfática/hematogênica Focos secundários: mucosa, pele, glândulas, SNC. MANIFESTAÇÕES ORAIS • Ulcerações moriformes • Gengiva e palato • Mais de um local é afetado • Doloroso ao toque • Sangrantes • Abalamento dentário • Hiperplasia pseuepiteliomatosa DIAGNÓSTICO • BIÓPSIA • Exame microscópico direto • Cultura do micro-organismo • Biópsia • Provas sorológicas • RX do tórax HISTOPATOLÓGICO • Diagnóstico diferencial: CARCINOMA ESP.C. • Inflamação granulomatosa • Presença de Macrófagos • Células gigantes multinucleadas • Leveduras (brotamento) “Mickey Mouse” TRATAMENTO: (antifúngico) Derivados da Sulfonamidas Casos graves: Anfotericina B intravenosa Sem risco de morte: itraconazol oral INFECÇÃO PRIMÁRIA SINTOMÁTICA: • Gengivoestomatite Herpética Primária Aguda (GHPA) SINTOMATOLOGIA: • Linfadenopatia cervical • Febre (40) • Náusea • Perda de peso • Irritabilidade • Lesões orais dolorosas • Faringotonsilites (adultos) (dor de garganta) • Vesículas puntiformes que rapidamente se rompem • Ulcerações recobertas por uma pseudomembrana amarela • Gengivas inchadas e eritematosas (dor) Caso brando – 5 a 7 dias (CICATRIZAÇÃO Caso grave – 2 semanas (CICATRIZAÇÃO) Imagem: disseminou o vírus presente nas vesículas REATIVAÇÃO HSV (SECUNDÁRIA) • Idade avançada • Estresse emocional • Gravidez • Alergia • Trauma • Doenças sistêmicas (neoplasias) • Vesículas que se rompem dentro de 2 dias, formando crostas em seguida TRATAMENTO • Tratamento sintomático/Aciclovir suspensão • Orientações • Anestésicos tópicos • Anti-inflamatórios • Laserterapia TRATAMENTO SECUNDÁRIO • Aciclovir • Franciclovir • Valaciclovir • Vesículas que se rompem dentro de 2 dias, formando crostas em seguida • Normalmente 2 episódios por ano • Cicatrização 7 a 10 dias • VÍRUS VARICELA-ZOSTER • Estágio de eritema, vesícula, pústula e crosta • Exantema pruriginoso – “uma gota de orvalho em uma pétala de rosa” • Vesículas branco-opacas Lábio > Palato > Mucosa Jugal VÍRUS VARICELA – INATIVA – SE ATIVAR NOVAMENTE: HERPES- ZOSTER Fases: • Prodrômica: necrose neural e neuralgia grave (1 a 4 dias) • Aguda: vesículas em base eritematosa (2 a 3 semanas) • Dentro de 3 a 4 dias, as vesículas começam a pustular e ulcerar, e a formação de crostas desenvolve- se após 7 a 10 dias. As lesões tendem a seguir o trajeto do nervo afetado e terminam na linha média. • Crônica: neuralgia pós-herpética (regride em 1 ano) HERPES-ZOSTER • REATIVAÇÃO DA VARICELA- ZOSTER • O VÍRUS FICA EM NERVOS • IMAGEM: NERVO TRIGÊMIO • Sarcoma de Kaposi (neoplasia multifocal que tem origem nas células endoteliais vasculares) • SK – Múltiplas lesões de pele e mucosa oral • Linfoma Não-Hodgkin: segunda neoplasia maligna mais comum nos indivíduos com HIV • Doença Periodontal (PUN e GUN) Com PUN: perda rápida e progressiva da inserção periodontal. Com GUN: necrose gengival interproximal, sangramento, dor e halitose. • Diagnóstico diferencial: Eritroleucoplasia • Placas brancas ausentes ou não proeminentes • Sensação de queimação • Manifestação rápida • CAUSA: antibióticos de amplo espectro e xerostomia • SINTOMA: queimação ATROFIA PAPILAR CENTRAL / “glossite romboidal mediana” • Normalmente assintomática • Candidose multifocal crônica – “Lesão Beijada” QUEILITE ANGULAR • Comissura labial bilateral • Associada a perda da dimensão vertical ESTOMATITE PROTÉTICA / CANDIDOSE ATRÓFICA CRÔNICA • Área de contato com prótese removível (não há remoção noturna) • Má higiene / Má higiene da prótese • Sintomas são incomuns (surgimento lento) • Lesão reativa/inflamatória mais comum da cavidade oral • Semelhante a um tumor, porém sua etiologia descarta sua natureza neoplásica e assume uma natureza reativa/inflamatória. • Hiperplasia reacional do TV fibroso em resposta à irritação crônica local de baixa intensidade CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS • Qualquer localização (+ frequente Mucosa Jugal – mucosa labial, língua e gengiva) • Nódulos de superfície lisa, coloração semelhante a mucosa oral circunjacente • SEM SINTOMATOLOGIA DOLOROSA E SANGRAMENTO • EM MÉDIA 1,5 CM TRATAMENTO E PROGNÓSTICO • Remoção do possível agente etiológico • REMOÇÃO COMPLETA DA LESÃO (biópsia excisional) • Recidiva é rara • Encaminhamento para o exame histopatológico • Hiperplasia Fibrosa Inflamatória (termo mais adequado) • Lesão reativa/inflamatória que se desenvolve na região da borda de uma prótese mal adaptada • + comum em pacientes idosos CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS • Prega única/múltiplas de tecido hiperplásico afetando a região de rebordo alveolar • Geralmente duas pregas acompanhando o formato das bordas da prótese, se encaixa perfeitamente no formato da prótese • Desenvolve na face vestibular do rebordo alveolar, poucas lesões aparecem por palatina/lingual • Tecido tem uma consistência mais firma a palpação • A coloração da mucosa pode estar eritematosa, com áreas ulceradas. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS • Presença de infiltrado inflamatório crônico TRATAMENTO E PROGNÓSTICO • Remoção do possível agente etiológico • Remoção completa da lesão (biópsia excisional) • Recidiva é rara • Encaminhamento para o exame histopatológico • Crescimento de tecido reacional que usualmente, embora nem sempre, desenvolve abaixo de uma prótese total • Conhecida também como “Estomatite por Dentadura” • Fatores associados ao seu desenvolvimento: prótese mal adaptada, má higiene da prótese, uso 24 horas... • Associação com Candida Albicans • A lesão ocorre em Palato Duro abaixo da base de uma prótese TRATAMENTO E PROGNÓSTICO • Remoção da prótese durante a noite e higienização adequada da mesma • Terapia antifúngica (nistanina “tópico”; fluconazol“sistêmico”) • Troca da prótese • Remoção cirúrgica – apenas casos avançados/ lesões colagenizadas. • Lesão inflamatória, facilmente confundível com uma neoplasia • Hiperplasia – resposta a um irritante local crônico de baixa intensidade • Quando afetar gestante: GRANULOMA GRAVÍDICO CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS • Aumento de volume (nódulo) com superfície lisa ou lobulada • Usualmente seu crescimento é pediculado • A superfície da lesão pode se apresentar ulcerada • Coloração varia entre eritematosa ou violácea • Pode variar de pequenos mm a grandes cms • Indolor, SANGRAMENTO AO MÍNIMO TOQUE devido a alta vascularização da lesão • Localização mais comum é em GENGIVA (75%), seguido de lábio, língua e mucosa jugal • Desenvolvimento relacionado a má higienização bucal (irritação/inflamação gengival) • Pode haver história prévia de TRAUMA • Pacientes adolescentes e adultos jovens • Mais comum em MULHERES – hormônios? (efeitos vasculares dos hormônios femininos) GRANULOMA GRAVÍDICO • Tais lesões podem começar a se desenvolver durante o primeiro trimestre, e sua incidência aumenta a partir do sétimo mês de gravidez • O crescimento gradual no desenvolvimento destas lesões durante a gravidez pode estar relacionado ao aumento dos níveis de estrogênio e progesterona com a progressão da gravidez • Após a gravidez, com o retorno dos níveis hormonais normais, alguns destes granulomas piogênicos resolvem-se sem tratamento TRATAMENTO E PROGNÓSTICO • Remoção do possível agente etiológico • Remoção completa da lesão (biópsia excisional), O GRAVÍDICO APENAS APÓS O PARTO • Recidiva é rara • Encaminhamento para o exame histopatológico • Granuloma Piogênico de Células Gigantes • Lesão inflamatória, facilmente confundida com uma neoplasia • Hiperplasia – resposta a um irritante crônico de baixa intensidade CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS • Ocorre exclusivamente em GENGIVA/REBORDO ALVEOLAR (edêntulos) • Aumento de volume (nódulo) com coloração avermelhada/vermelho-azulado • Tamanho <2cm • Diagnóstico diferencial mais comum: GRANULOMA PIOGÊNICO GENGIVAL • Pode afetar qualquer faixa etária • SEXO FEMININO • Mais comum em MANDÍBULA • Embora afete tecido mole, essa lesão pode causar uma reabsorção óssea em forma de “taça” TRATAMENTO E PROGNÓSTICO • Remoção do possível agente etiológico • Remoção completa da lesão (biópsia excisional • Recidiva é rara • Encaminhamento para o exame histopatológico • Considerado um crescimento gengival comum • Lesão de natureza reacional • Contém conteúdo mineralizado no TC – possivelmente originado do periósteo/ligamento periodontal • Nódulo que surge geralmente na papila interdental • Coloração rósea/avermelhada • Superfície geralmente ulcerada, mas não em todos os casos • Tamanho <2 cm • Tempo de evolução longo (meses até o diagnóstico) • Pacientes jovens (10 a 19 anos) 2/3 em mulheres • Mais comum em MAXILA TRATAMENTO E PROGNÓSTICO • Remoção do possível agente etiológico • Remoção completa da lesão (biópsia excisional atingindo região subperiosteal • Recidiva é rara • Encaminhamento para o exame histopatológico • É um cisto que se desenvolve na coroa dentária de um dente incluso. • É o cisto mais comum • Envolve a coroa de um dente impactado e se conecta ao dente pela junção amelocementária • A patogênese deste cisto é incerta, mas aparentemente, ele se desenvolve pelo acúmulo de fluido entre o Epitélio Reduzido do Esmalte e a coroa do dente. • Mais comum em Terceiros Molares Inferiores (38 e 48) • Faixa etária mais comum: 10-30 anos • Leve predileção pelo sexo masculino • Lesões assintomáticas e encontradas em exames radiográficos CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS • O revestimento epitelial consiste em 2 a 4 camadas de células achatadas não ceratinizadas • Interface entre o epitélio e o TC é plana TRATAMENTO E PROGNÓSTICO • O tratamento usual para um cisto dentígero é a cuidadosa enucleação do cisto juntamente com a remoção do dente não erupcionado. • Cisto de erupção é a contraparte em tecido mole do cisto dentígero; • Se desenvolve como resultado da separação do folículo dentário da coroa de um dente em erupção que já está posicionado nos tecidos moles que recobrem o osso alveolar. • Provavelmente, se desenvolvem devido a uma deposição de colágeno no TC gengival, o que resulta em um teto pericoronário mais espesso e menos penetrável. • Aumento de volume de consistência mole, frequentemente translúcido, na mucosa gengival que recobre a coroa de um dente decíduo ou permanente em erupção; • Mais comum em crianças de 10 anos • Trauma em sua superfície pode resultar em uma quantidade considerável de sangue no fluido cístico, o que concede uma cor azul a marrom-arroxeada ao cisto. • Cisto odontogênico do desenvolvimento que merece consideração especial devido às suas características histopatológicas e comportamento clínico específicos; • Surge a partir dos restos celulares da lâmina dental; • Afeta pacientes de todas as idades, 60% dos casos são diagnosticados em pessoas de 10-40 anos de idade; • Predileção: homens • Mais comum em corpo posterior e ramo da mandíbula; • Possui um crescimento anteroposterior, não causam expansão óssea, dessa forma conseguimos diferenciar de outros cistos que causam expansão das corticais ósseas; • Os QO exibem uma área radiolúcida, com margens escleróticas frequentemente bem definidas. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS • Geralmente a parede cística (capsula) é delgada; • Lúmen cístico pode conter um líquido claro; • Revestimento epitelial é composto por uma camada de epitélio escamoso estratificado, contendo de 6-8 células de espessura; • Interface epitélio-tecido conjuntivo é plana; • A superfície luminal exibe células epiteliais paraceratóticas achatadas, que exibem um aspecto ondulado ou corrugado; • A camada basal epitelial é composta por uma camada em paliçada de células epiteliais coloidais ou colunares, que frequentemente são hipercromáticas. TRATAMENTO E PROGNÓSTICO • Enucleação ou curetagem; • Cistos de maiores diâmetros tem necessidade de realizar descompressão prévia; • Frequência de recidiva varia dependendo do estudo (5-62%), mas vários estudos demonstram 30% aproximadamente; • O cisto periodontal lateral é um cisto odontogênico incomum, que ocorre ao longo de uma superfície radicular lateral de um dente; • Acredita que surja a partir dos restos da lâmina dental; • Pode ser confundido com um cisto inflamatório devido sua apresentação radiográfica e localização anatômica; • Ocorre comumente em paciente com 5a a 7a década de vida; • Cerca de 80% dessa lesão ocorre na região de pré-molares; caninos e incisivos laterais inferiores; • Radiograficamente, o cisto aparece como uma área radiolúcida localizada lateralmente à raiz ou raízes de dentes com vitalidades. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS • Cápsula fibrosa delgada, geralmente sem inflamação; • Revestimento epitelial com 3 camadas de espessura; TRATAMENTO E PROGNÓSTICO • Enucleação ou curetagem cuidadosa; • Sem causar danos aos dentes adjacentes; • A recidiva não é comum; • Cisto odontogênico mais comum; • Associado a um dente desvitalizado, parece que a reposta inflamatória do local favorece a produção de fatores de crescimento -> formando um cisto verdadeiro revestido por epitélio; • A fonte epitelial é formada pelos restos epiteliais de Malassez. • Os cistos periapicais são caracterizados por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso revestida por epitélio com um lúmen contendo líquido e restos celulares;• A maioria dos cistos periapicais cresce lentamente e não atinge um tamanho grande; • O tecido inflamatório periapical que não foi curetado no momento da extração do dente pode dar origem a um cisto inflamatório chamado de cisto periapical residual. • Essa lesão ocorre devido um processo inflamatório que resultou em morte celular (necrose – polpa); • As lesões são assintomáticas, e o dente envolvido não responde ao teste de sensibilidade (térmico ou elétrico); • Imagem radiolúcida arredondada (bem delimitada) circunda o ápice do dente acometido; CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS • O cisto é revestido por epitélio escamoso estratificado, o qual pode apresentar exocitose, espongiose ou hiperplasia; • O lúmen do cisto pode ser preenchido por fluido e restos celulares; • Algumas vezes, o revestimento epitelial pode apresentar calcificações lineares ou em forma de arco, conhecidas como corpúsculos de Rushton; • Calcificações distróficas, cristais de colesterol com células gigantes multinucleadas, hemácias e áreas de pigmentação por hemossiderina podem estar presentes no lúmen, na cápsula ou em ambos; • Cápsula do cisto consiste em tecido conjuntivo fibroso denso, muitas vezes com infiltrado inflamatório contendo linfócitos variáveis, permeados por neutrófilos, plasmócitos; TRATAMENTO E PROGNÓSTICO • Quando as características clínicas e radiográficas apontam para uma lesão inflamatória periapical, a extração ou o tratamento endodôntico conservador não cirúrgico deve ser realizado; • Cisto inflamatório que ocorre na margem cervical, lateralmente à raiz, relacionado com dentes em erupção ou parcialmente erupcionados com acúmulo de biofilme como agente causador da inflamação e estimulo à formação do cisto; CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS • Cavidade cística contornada por tecido epitelial estratificado pavimentoso não ceratinizado hiperplásico. • A cápsula de tecido conjuntivo subjacente exibe vasos sanguíneos, hemorragia, infiltrado inflamatório crônico difuso (Seta B). ➢ Tumor odontogênico mais comum. ➢ Podem surgir de restos da lâmina dentária, de um órgão do esmalte em desenvolvimento, do revestimento epitelial de um cisto odontogênico ou das células basais da mucosa oral. ➢ Tem crescimento lento, localmente invasivos, que apresentam um curso BENIGNO na maioria dos casos. CLASSIFICAÇÃO ➢ Sólido convencional ou multicístico (cerca de 86% de todos os casos) ➢ Unicístico (cerca de 13% de todos os casos) ➢ Periférico (extraósseo) (cerca de 1% de todos os casos) SÓLIDO/MULTICÍSTICO ➢ Ampla faixa etária. RARO em crianças <10 anos ➢ Sem predileção por gênero ➢ 80 a 85% ocorrem na mandíbula (região posterior) ➢ Frequentemente assintomático ➢ Apresentação clínica mais comum é de uma TUMEFAÇÃO INDOLOR ou EXPANSÃO DOS OSSOS GNÁTICOS ➢ RADIOGRAFICAMENTE: lesão radiolúcida multilocular ➢ Aspecto radiográfico descrito como “BOLHAS DE SABÃO” (quando as loculações são grandes) ou como “FAVOS DE MEL” (quando as loculações são pequenas), podem causar reabsorção radicular. PADRÃO FOLICULAR ➢ Padrão histológico mais comum do ameloblastoma ➢ Ilhas de epitélio lembram o epitélio do órgão do esmalte em meio a um estroma maduro de TC fibroso ➢ Os ninhos epiteliais consistem em uma região central de células angulares arranjadas frouxamente, lembrando o retículo estrelado do órgão do esmalte ➢ Uma única camada de células cilíndricas altas, semelhantes a ameloblastos, cerca essa região central. O núcleo dessas células está localizado no polo oposto à membrana basal (POLARIDADE REVERSA) PADRÃO PLEXIFORME ➢ Consiste em cordões longos e anastomosantes ou lençóis maiores do epitélio odontogênico ➢ São delimitados por células cilíndricas ou cúbicas, semelhantes a ameloblastos ➢ O estroma de suporte tende a ser vascular e arranjado frouxamente ➢ A formação de cistos é incomum nessa variante PADRÃO ACANTOMATOSO ➢ Quando ocorre METAPLASIA ESCAMOSA EXTENSIVA, frequentemente associada à formação de CERATINA (nas regiões centrais das ilhas epiteliais do ameloblastoma) ➢ Curso clínico mais agressivo para a lesão ➢ Pode ser confundido com CARCIONA EC. ou TUMOR ODONTOGÊNICO ESCAMOSO PADRÃO DE CÉLULAS GRANULARES ➢ Os ameloblastomas podem, às vezes, exibir transformação de grupos de células epiteliais lesionais em células granulares ➢ Essas células apresentam citoplasma abundante preenchido por grânulos eosinofílicos ➢ Quando há extensa alteração de células granulares nos ameloblastomas, a designação apropriada é ameloblastoma de células granulares PADRÃO DESMOPLÁSICO ➢ Esse tipo contém pequenas ilhas e cordões de epitélio odontogênico em um estroma densamente colagenizado ➢ Células periféricas colunares semelhantes a ameloblastos são imperceptíveis nas ilhas epiteliais TRATAMENTO E PROGNÓSTICO ➢ O tratamento varia desde uma simples enucleação seguida por curetagem até a ressecção em bloco ➢ Taxas de recidiva de 50 a 90% UNICÍSTICO ➢ Mais observados em pacientes jovens ➢ 90% dos ameloblastos unicísticos são encontrados em mandíbula, comumente região posterior ➢ Aumento de volume indolor ➢ Lesão aparece como imagem radiolúcida circunscrita que envolve a coroa de um terceiro molar inferior não erupcionado PADRÃO LUMINAL ➢ O tumor está confinado à superfície luminal do cisto. A lesão consiste em uma parede cística fibrosa com um revestimento composto total ou parcialmente por epitélio ameloblástico ➢ Tal epitélio exibe uma camada basal de células cilíndricas ou cúbicas com nucléo hipercromático, que apresenta polaridade reversa e vacuolização citoplasmática basilar PADRÃO MURAL ➢ Neste padrão histopatológico, a parede fibrosa do cisto está infiltrada por ameloblastoma típico folicular ou plexiforme ➢ A extensão ou a profundidade da infiltração por ameloblastoma podem variar TRATAMENTO E PROGNÓSTICO ➢ Usualmente, são tratados como cistos, através de enucleação ➢ Comportamento clínico menos agressivo do que o sólido/multicístico ➢ Recidiva de 10 a 20% PERIFÉRICO ➢ Conhecido também como ameloblastoma extraósseo ➢ Lesão incomum (1 a 10% de todos ameloblastomas) ➢ Surge, provavelmente, dos restos da lâmina dentária sob a mucosa oral, ou das células basais do epitélio de superfície ➢ Histologicamente, essas lesões apresentam as mesmas características que a variante intraóssea desse tumor ➢ Geralmente é indolor, não ulcerado, séssil ou pediculado, que acomete a mucosa gengival ou alveolar ➢ Características clínicas semelhantes aos Processos Proliferativos Não Neoplásicos ➢ Ampla faixa etária, mais comumente 50 anos ➢ Mais comum na mandíbula TRATAMENTO E PROGNÓSTICO ➢ Excisão cirúrgica local ➢ Representa de 3 a 7% de todos os tumores odontogênicos ➢ Afetam mais pacientes jovens entre 10-19 anos (+mulheres) ➢ Localização mais comum é as regiões anteriores da maxila ➢ Lesões pequenas, assintomáticas, descobertas em exames radiográficos – pode haver expansão das corticais ➢ Lesão pode se mostrar completamente radiolúcida, contudo, frequentemente, ela contém calcificações delicadas (EM FLOCOS DE NEVE ➢ O tumor é composto por células epiteliais fusiformes que formam lençóis, cordões ou aumento de volume espiralados de células em um estroma fibroso escasso ➢ As células epiteliais podem formar estruturas semelhantes a rosetas ao redor de um espaço central, que pode estar vazio ou conter pequenas quantidades de material eosinofílico ➢ As estruturas tubulares ou semelhantes a ducto, que são os aspectos característicos do tumor odontogênicoadenomatóide ➢ Os núcleos dessas células tendem a ser polarizados em direção oposta ao espaço central TRATAMENTO E PROGNÓSTICO ➢ Devido à presença de sua cápsula, ele pode ser facilmente enucleado do osso ➢ Recidiva é RARA ➢ São os tipos de tumores odontogênicos mais comuns ➢ São considerados como anomalias de desenvolvimento (hamartomas), em vez de neoplasias verdadeiras ➢ Consistem principalmente de esmalte e dentina e quantidades variáveis de polpa e cemento ➢ Nos estágios mais precoces de desenvolvimento, estão presentes quantidades várias de epitélio odontogênico em proliferação e mesênquima ➢ Diagnóstico mais comum em pacientes com 14 anos ➢ A maioria é assintomática e descobertas através de exames radiográficos ➢ São lesões tipicamente pequenas que raramente excedem o tamanho de um dente da região onde eles estão localizados ➢ Mais frequentemente na MAXILA (COMPOSTO + comum na região anterior) e (COMPLEXO + comum na região posterior de MX ou MD) ➢ O ODONTOMA COMPOSTO consiste em múltiplas estruturas lembrando pequenos dentes unirradiculares, contidos em uma matriz fibrosa frouxa ➢ O tecido pulpar pode ser observado na porção coronal e radicular das estruturas semelhantes a dentes. ➢ O ODONTOMA COMPLEXO consiste, em grande parte de dentina tubular madura. Essa dentina envolve fendas ou estruturas ocas circulares que costumavam conter o esmalte maduro que foi removido durante a descalcificação ➢ Os espaços podem conter quantidades pequenas de matriz de esmalte ou esmalte imaturo. TRATAMENTO E PROGNÓSTICO ➢ Excisão local simples ➢ Prognóstico excelente ➢ ORIGEM: ectomesênquima odontogênico ➢ Exibem grande semelhança com a porção mesenquimal de um dente em desenvolvimento ➢ +Em adultos jovens (25-30 anos) ➢ Pode ocorrer em qualquer parte dos ossos gnáticos (mandíbula + comum que maxila) ➢ Lesões menores podem ser assintomáticas (exame radiográfico) ➢ Lesões maiores frequentemente associadas à expansão indolor do osso envolvido ➢ Curso clínico (expansivo) rápido ➢ Lesão radiolúcida uni ou multilocular ➢ Podem ocorrer deslocamentos e reabsorção dos dentes envolvidos com essa lesão ➢ As margens da lesão radiolúcida são frequentemente irregulares/festonadas ➢ O defeito radiolúcido pode conter trabéculas delgadas insignificantes de osso residual, que frequentemente se arranjam em ângulos retos umas com as outras ➢ Padrão radiolúcido em “bolhas de sabão”, que é indistinguível daquele observado nos ameloblastomas HISTOPATOLÓGICO ➢ No momento da cirurgia ou do exame macroscópico do espécime, a estrutura gelatinosa e frouxa do mixoma é óbvia ➢ Microscopicamente, o tumor é composto por células casualmente arranjadas de formato ESTRELADO, fusiforme ou arredondado, em um estroma abundante, frouxo e mixóide, que contém apenas algumas fibrilas colágenas ➢ Pequenas ilhas de restos epiteliais odontogênicos de aspecto inativo podem ser evidenciadas dispersas na substância fundamental mixóide TRATAMENTO E PROGNÓSTICO ➢ Pequenos mixomas são tratados, geralmente, através da curetagem, no entanto, reavaliação cuidadosa deve ser feita periodicamente durante pelo menos 5 anos ➢ Para lesões maiores, ressecções mais extensas podem ser necessárias, uma vez que os mixomas não são encapsulados e tendem a infiltrar o osso adjacente ➢ Tumor benigno associada às raízes dos dentes. ➢ Formação exagerada de CEMENTO deposita diretamente em uma raiz dentária ➢ Tecido mineralizado apresenta-se como lençóis e trabéculas de material mineralizado com lacunas posicionadas de forma irregular e linhas reversas basofilicas proeminentes. O estroma é composto de tecido fibrovascular celularizado ➢ Na periferia da lesão encontramos matriz menos calcificada e o centro da lesão matriz mais calcificada Ruptura do ducto salivar e derramamento de MUCINA para os tecidos circunjacentes. • Aumento de volume em forma de cúpula (resultado de um traumatismo local) • +Pacientes jovens • Coloração translúcida (azulada) • História de recorrência espontânea • Lábio inferior (81%) TRATAMENTO E PROGNÓSTICO • Biópsia excisional • Remoção da glândula afetada • Sutura • Prognóstico excelente CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS • Mucina extravasada circundada por tecido de granulação reacional • Numerosos macrófagos espumosos (carregados de mucina) – MUCINÓFAGOS • Glândulas salivares adjacentes podem apresentar um infiltrado inflamatório CRÔNICO – SIALADENITE LINFÓCITICA • Mucocele em SOALHO DE BOCA • “Glândulas salivares menores”, “Glândula Sublingual” e seu ducto excretor • Rânula mergulhante • Aumento de volume flutuante • +Pacientes jovens • Coloração azulada • Elevação da língua (lateralmente a linha média) • Diagnóstico diferencial: cistos dermoides TRATAMENTO • Marsupialização • Criocirurgia • Remoção da glândula CISTO DE RETENÇÃO DE MUCO OU SIALOCISTO • Cisto verdadeiro • Revestimento epitelial • Glândulas salivares maiores e menores • Clinicamente indistinguíveis dos mucoceles • Estruturas calcificadas que se formam dentro do sistema ductal salivar • Glândula submandibular: DUCTO DE WHARTON (tortuoso e ascendente) • Aumento de volume • Sintomatologia dolorosa (refeições) CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS TRATAMENTO • Cateterismo/Ordenha da glândula • Sialogogos (estimulam a salivação) • Sialoendoscopia • Exérese cirúrgica • Infecções virais (caxumba; citomegalovírus) • Infecções bacterianas • Sialolitíase • Tumores • Xerostomia (Síndrome de Sjogren) SENSAÇÃO DE SECURA DA BOCA • Idade (25% dos idosos relatam) • Fumo • Medicação • Respiração bucal • Radioterapia • Síndromes • HIV TRATAMENTO • Aumento da frequência da ingestão de ÁGUA • Saliva artificial • Sialogogos • Higiene bucal adequada • Laserterapia • Parótida é a glândula mais afetada – submandibular e sublingual • 90% dos tumores em SUBMANDIBULAR são MALIGNOS • Palato é a principal localização dessas neoplasias quando intra-oral • +Comum • Aumento de volume firme, indolor • Crescimento lento • +Feminino • +PARÓTIDA – SUBMANDIBULAR – SUBLINGUAL • PALATO (50%) – LÁBIO SUPERIOR (27%) – MUCOSA JUGAL (17%) CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS TRATAMENTO E PROGNÓSTICO • Excisão cirúrgica • Prognóstico excelente • Baixa taxa de recidiva • Risco de trasnformação maligna (5%) – CARCINOMA EX-ADENOMA PLEOMÓRFICO • Uma das neoplasias + comuns • Ampla variação etária 2ª a 7ª década de vida • Tempo de evolução: 1 ano ou menos • Pode desenvolver DOR OU PARALISIA DO NERVO FACIAL • EM GLÂNDULAS SALIVARES MENORES: se apresentam como aumento de volume assintomático, de coloração azulada/avermelhada • LOCALIZAÇÃO: intra-oral +comum é o PALATO – seguido de LÁBIO INFERIOR – LÍNGUA e REGIÃO RETROMOLAR CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS COMPONENTE CÍSTICO ELEVADO BAIXA GRAU CARACTERÍSTICAS DE LESÃO MALIGNA INTERMEDIÁRIO ALTO GRAU • +Comum em glândula salivar menor (50-60%) • +PALATO • Adultos de meia idade • Não há predileção por sexo • Aumento de volume de crescimento lento, superfície LISA ou ULCERADA • A DOR é o achado clínico mais comum e importante dessa lesão (já em fase INICIAL) • Dor constante e de baixo grau • Características radiográficas de destruiçãoóssea CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS TRATAMENTO • Tende a recidiva local e metástase • Ressecção cirúrgica + radioterapia • Prognóstico DESFAVORÁVEL ao paciente
Compartilhar