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FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA Centro de Ensino Técnico e Profissionalizante Quintino ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL REPÚBLICA DEPARTAMENTO DE MECÂNICA ORGANIZAÇÃO E NORMAS Prof. Luiz Carlos Salgado 2 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 INDICE pág. 1- Histórico da Organização Cientifica do Trabalho 3 1.1- Precursores da Organização de Empresas 4 2- Noções de Organizações de Empresas 2.1- Definições de Micro, EPP, Empreendedor Individual 13 2.2- Tipos de Sociedades Empresariais 14 2.3- Legalização de Empresas 15 2.4- Noções Básicas da Organização Empresarial (Organogramas) 22 2.5- Noções Básicas sobre Legislação Trabalhista 25 3- Estudos de Postos de Traballho e Planejamento 3.1- Layout 30 3.2- Fluxograma 33 3.3- Cronograma 36 3.4- PERT / CPM 37 4- Normalização 4.1- Conceitos 39 4.2- Vantagens 39 4.3- Órgãos Normalizadores 39 5- Sistema de Gestão de Qualidade 5.1- Conceitos de Qualidade 40 5.2- Fator Humano na Qualidade 40 5.3- Normas ISO 9000 e ISO 14000 40 5.4- Conceitos de Qualidade Total 42 5.5- Programas 5S e 8S 43 6- Referências Bibliograficas 47 3 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 1 – HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO CIENTÍFICA DO TRABALHO A história da Administração iniciou-se na Suméria por volta do ano 5.000 a.C. quando os antigos sumerianos procuravam melhorar a maneira de resolver seus problemas práticos, exercitando assim a arte de administrar. Na evolução histórica da administração, duas instituições se destacaram: a Igreja Católica Romana e as Organizações Militares. A Igreja Católica Romana pode ser consideerada a organização formal mais eficiente da civilização ocidental. Através dos séculos vem mostrando e provando a força de atração de seus objetivos, a eficácia de suas técnicas organizacionais e administrativas, espalhando-se por todo mundo e exercendo influência, inclusive sobre os comportamentos das pessoas, seus fiéis. As Organizações Militares evoluiram das displicentes ordens dos cavaleiros medievais e dos exércitos mercenários dos séculos XVII e XVIII até os tempos modernos com uma hierarquia de poder rigida e adoção de princípios e práticas administrativas comuns a todas empresas da atualidade. O fenômeno que provocou o aparecimento da empresa e da moderna administração ocorreu no final do século XVIII e se estendeu ao longo do século XIX, chegando ao limiar do século XX. Esse fenômeno, que trouxe rápidas e profundas mudanças econômicas, sociais e políticas, chamou-se Revolução Industrial. A Revolução Industrial teve inicio na Inglaterra, com a invenção da máquina a vapor, por James Watt, em 1776 e desenvolveu-se em duas fases distintas: a primeira fase de 1780 a 1860 ( revolução do carvão, como principal fonte de energia, e do ferro ), como principal matéria-prima. A segunda fase de 1860 a 1914 ( revolução da eletricidade e derivados de petróleo ) como novas fontes de energia e do aço, como a nova matéria prima. Ao final desse período, o mundo já não era mais o mesmo. É a moderna administração surgiu em resposta a duas consequências provocadas pela Revolução Industrial, a saber: a) crescimento acelerado e desorganizado das empresas que passaram a exigir uma administração cientifica capaz de substituir o empirismo e a improvisação. b) necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer face à intensa concorrência e competição no mercado. Dificil é precisar até que ponto os homens da Antiguidade, da Idade Média e até mesmo do inicio da Idade Moderna tinham consciência de que estavam praticando a arte de administrar. Já no século XX, surge Frederick W. Taylor, engenheiro americano, apresentando os princípios da Administração Cientifica e o estudo da Administração como Ciência. Conhecido como o precursor da TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA, Taylor preconizava a prática da divisão do trabalho, enfatizando tempos e métodos a fim de assegurar seus objetivos “de máxima produção a mínimo custo”, seguindo os princípios de seleção científica do trabalhador, do tempo padrão, do trabalho em conjunto, da supervisão e da enfâse da eficiência. 4 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 1.1 – PRECURSORES DA ORGANIZAÇÃO DE EMPRESAS HENRY FAYOL (1841-1925) Fundador da Teoria Clássica da Administração, nasceu em Constantinopla e faleceu em Paris, vivendo as consequências da Revolução Industrial e, mais tarde, da Primeira Guerra Mundial. Formado em Engenharia de Minas, trabalhou em uma empresa metalúrgica e carbonífera, onde desenvolveu sua carreira. Conhecimentos tecnológicos X Habilidades administrativas Para Fayol, toda organização possui um conjunto de funções, desempenhadas por empregados que possuem responsabilidades e talentos. Esses empregados são responsáveis pelas funções básicas e administrativas da empresa, têm oportunidades de exercitar suas habilidades como gestores e serem reconhecidos por isso. O sucesso organizacional depende mais das habilidades administrativas dos seus líderes do que de suas habilidades técnicas. Ainda em 1916 - Fayol publicou o livro “Administration Industrielle et Générale”. Nele, Fayol apresentou as funções básicas que a empresa deve desempenhar: QUADRO 1 Funções básicas das empresas TÉCNICAS Função de produção e de operações. COMERCIAIS Função de compra, venda e permuta. FINANCEIRAS Funções de captação e ou boa utilização do capital. DE SEGURANÇA Função de preservação e a proteção das pessoas e dos bens na empresa. CONTÁBEIS Função de controles e registros, como inventários, balanços, custos e estatísticas da empresa. ADMINISTRATIVAS Função de integração de todas as operações da organização. As funções administrativas são: Planejamento, Organização, 5 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Comando, Coordenação e Controle. Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2007. QUADRO 2 Funções Administrativas Prever Avaliação do futuro, de tudo aquilo que poderá acontecer. Um bom plano de ação, que deve incluir unidade, continuidade, flexibilidade e precisão. Organizar Preparar tudo que seja útil ao funcionamento da empresa, desde a parte material até aquilo que se refere ao pessoal e ao social. Comandar Fazer agir o pessoal, de forma a obter o máximo retorno em todos os aspectos, mas, principalmente, os globais. Coordenar A harmonia de todas as atividades é o fundamental; os negócios e os trabalhos dependem dessa harmonia para o sucesso; a perfeita sincronização de todas as coisas e ações nos leva à harmonia. Controlar Medir e dimensionar os atos para verificar se eles estão ocorrendo de acordo com o plano traçado; localizar as falhas e erros é o principal objetivo, com a finalidade de corrigi-los. Nesse mesmo livro, Fayol apresentou as funções universais da Administração, por meio das quais define o ato de administrar como sendo. QUADRO 3 Os princípios gerais da Teoria Clássica são: Divisão do Trabalho Especialização das tarefas e das pessoas visando aumentar a eficiência. Autoridade e Responsabilidade Direito de dar ordens e esperar obediência; a responsabilidade é uma consequência da autoridade e, por isso, devem ser equilibradas entre si. Disciplina Obediência, comportamento e respeito às normas estabelecidas. 6 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Unidade de Comando O empregado devereceber ordens de um único superior (princípio da autoridade única). Unidade de Direção Uma cabeça e um plano para cada grupo de atividades que tenham o mesmo objetivo. Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais Os interesses gerais devem sobrepor-se aos interesses particulares. Remuneração do pessoal Essa remuneração deve ser justa, capaz de satisfazer as necessidades dos empregados e atender à empresa em termos de retribuição. Centralização Concentração da autoridade no topo da empresa. Cadeia Escalar Linha de autoridade do escalão mais alto ao mais baixo (princípio do comando). Ordem Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar (ordem material e humana). Equidade Amabilidade e justiça para obter a lealdade do pessoal. Estabilidade e duração do pessoal Quanto mais tempo um empregado permanecer no cargo, melhor é; a rotatividade é um fator negativo. Iniciativa Capacidade de visualizar um plano e assegurar o seu sucesso. Espírito de Equipe Harmonia e união entre os empregados. Para Fayol, a Administração é um todo do qual a organização é uma das partes. Assim, a organização abrange somente o estabelecimento da estrutura e da forma, sendo, portanto, estática e limitada. FREDERICK WINSLOW TAYLOR (1856-1915) A Administração Científica se originou no início do século XX pelo engenheiro Frederick W. Taylor, considerado o fundador da Teoria da Administração. Taylor nasceu na Filadélfia (1856-1915), nos EUA. " Pai da Administração Científica " http://pt.wikipedia.org/wiki/Taylorismo 7 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 O nome “Administração Científica” é devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos trabalhos operacionais, a fim de aumentar a eficiência industrial. Como e para que Taylor desenvolveu a Administração Científica? Ele utilizou os métodos de observação e mensuração. Sua preocupação original foi eliminar os desperdícios e as perdas sofridas pelas indústrias e elevar a produtividade pela aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial. Segundo Maximiano (2011), os trabalhos de Taylor foram divididos em dois momentos. Conheça-os: Primeiro período de Taylor Em 1903, Taylor publicou o livro “Shop Management” (“Administração de Oficinas”) sobre técnicas de racionalização do trabalho do operário por meio do Estudo de Tempos e Movimentos. Esse livro foi fruto dos estudos de Taylor, que efetuou análises das tarefas de cada operário, decompondo seus movimentos e processos de trabalho. A partir desse estudo, Taylor apresentou as seguintes ideias: - A organização deve aplicar métodos científicos e não o improviso para formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitam os controles da produções; - A organização deve selecionar empregados que possuem condições para realizar as tarefas; - A organização deve oferecer aos empregados condições adequadas de trabalho; - Os empregados deve ser cientificamente treinados para aperfeiçoar a execução das tarefas; - A organização precisa criar uma atmosfera de cooperação entre os funcionários para garantir que os resultados e objetivos sejam alcançados. Segundo período de Taylor Em 1911, Taylor publicou o livro “Princípios de Administração Científica”, quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma estruturação geral da empresa para tornar coerente a aplicação dos seus princípios na empresa como um todo. A administração como ciência, conforme proposto por Taylor, se preocupava com o planejamento, a padronização, a divisão e o controle das atividades, conforme veremos a seguir. Com os estudos para a produção do livro “Princípios de Administração Científica”, Taylor concluiu que: 8 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 » A improvisação deve ceder lugar ao planejamento e à ciência. » A administração científica cuidava dos padrões de produção, padronização de máquinas e ferramentas, métodos e rotinas para execução de tarefas e prêmios de produção para incentivar a produtividade. » O objetivo da Administração é assegurar o máximo de prosperidade para o patrão e para o empregado. Com esses estudos, Taylor substitui o improviso e o empirismo nas organizações por planejamento e técnicas de trabalho (ciência). Ao apresentar uma forma metódica e científica de trabalho, Taylor mostra que é possível se produzir com eficiência. Taylor ainda nos apresentou os seguintes pensamentos sobre o trabalho nas organizações: 1. Os empregados não produzem muito porque têm medo de ficarem desempregados: os trabalhadores pensam que se aumentarem a produtividade, eles podem perder seus empregos ou terem redução nos seus salários. 2. A gerência não tem total conhecimento sobre a rotina de trabalho e o tempo necessário de cada tarefa. 3. Há falta de padronização de métodos e técnicas de trabalho. Para Taylor, o operário não tinha capacidade nem formação para analisar cientificamente seu trabalho e estabelecer, racionalmente, o método mais eficiente de trabalho. Dessa forma, a gerência ficaria com o planejamento e a supervisão, enquanto o trabalhador ficaria com a execução apenas. Veja abaixo as ideias da Administração Científica de Taylor, segundo Chiavenato (2004): » Planejar: Substituir a improvisação pela ciência por meio do planejamento do método. » Preparar: Selecionar cientificamente os trabalhadores, de acordo com suas aptidões, e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Preparar também as máquinas e os equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais. » Controlar: Controlar o trabalho para se certificar de que está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. » Executar: Distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada. 9 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Figura 1 - Tempos Modernos A Administração Científica focou na Administração das tarefas, preocupando-se com a eficiência das tarefas realizadas pelos empregados. Assim, para Taylor, as pessoas eram consideradas instrumentos de produção para atingir a eficiência empresarial. A Administração Científica de Taylor nos apresenta que, dentro das empresas, deve haver uma Organização Racional do Trabalho, sendo ela a principal contribuição da Administração Científica para as empresas, pois introduz a ideia de uma produção eficiente. Essa eficiência da produção nas organizações pode ser alcançada desde que seja aplicada uma racionalidade nas atividades da empresa, a qual, segundo Taylor, seria conseguida por meio dos seguintes ensinamentos: » Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos. » Estudo da fadiga humana (limite de produção de um trabalhador). » Divisão do trabalho e especialização do operário. » Desenho de cargos e tarefas. » Incentivos e prêmios por produção. » Homem econômico (a organização deve pagar bem os funcionários para cobrar produção). » Boas condições ambientais de trabalho. » Padronização de métodos e de máquina. » Supervisão das funções (gerentes). 10 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 HENRY FORD (1863-1947) Ford iniciou sua vida como mecânico, chegando a ser engenheiro-chefe de uma fábrica. » 1899 – Fundou, com alguns colaboradores, a sua primeira fábrica de automóveis, fechada logo depois. » 1903 - Fundou a Ford Motor Company, fabricando um modelo de carro a preços populares, dentro de um plano de vendas e de assistência técnica de grande alcance, revolucionando, assim,a estratégia comercial da época. » Entre 1905 e 1910 - Promoveu a grande inovação do século XX: a produção em massa. Características da produção em massa: » Produto padronizado, bem como o maquinário, material, mão de obra e o desenho do produto, o que proporciona um custo mínimo. » Simplicidade como condição básica. » Em 1913 - Já fabricava 800 carros por dia. » Em 1914 - Repartiu com seus empregados uma parte do controle acionário da sua empresa; estabeleceu, nessa época, o salário mínimo de cinco dólares por dia e a jornada diária de oito horas de trabalho, quando na época, na maioria dos países da Europa, ela variava entre dez e doze horas. » Em 1926 - Possuía 88 usinas e já empregava 150.000 pessoas, fabricando 2.000.000 de carros por ano. Outros méritos de Ford... Ford construiu o primeiro carro popular em larga escala e fez fortuna, principalmente, formulando ideias e teorias próprias a respeito da Administração. Ele utilizou um sistema de concentração vertical, produzindo desde a matéria-prima inicial ao produto final acabado, além da concentração horizontal, por meio de uma cadeia de distribuição comercial de agências próprias. 11 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Ford fez uma das maiores fortunas do mundo graças ao constante aperfeiçoamento de métodos, processos e produtos. Por meio da racionalização da produção, idealizou a linha de montagem, o que lhe permitiu a produção em série, ou seja, um moderno método que permite fabricar grandes quantidades de um determinado produto padronizado. Com as informações sobre Ford tratadas até aqui, podemos resumir princípios e políticas de Ford da seguinte forma: Princípios: » Máxima produção dentro de um período determinado (produtividade). » Distribuição dos ganhos; redução de custos; redução de preços. » Aumentar o capital de giro que seria obtido dos próprios consumidores (intensificação). » Reduzir, ao mínimo, o volume de matéria-prima (estoque); economicidade. Políticas: » Produção em série e contínua. » Altos salários. » Preços mínimos. » Preocupação com os empregados. » Técnicos altamente competentes. Henry Ford apresentou ao mundo o maior exemplo de Administração eficiente individual que a história conhece; aplicou as ideias da Administração Científica, revolucionando, com esse processo, a indústria automotiva e a nossa sociedade. QUADRO 4 Comparativo entre Taylor e Ford TAYLOR FORD - Operário executa movimentos regulados em tempo padrão. - Operário adapta seus movimentos à velocidade da esteira. - Preocupou-se com a “economia do trabalho humano”. - Preocupou-se com a “economia de material e de tempo”. - Trabalho individual. - Trabalho em equipe. Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2007. 12 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Críticas à Administração Científica » Ocorreu com a chamada pesquisa de Hoxie, para estudar os tumultos e as greves. Um comitê (Relações Industriais) mostrou os inconvenientes morais, sociais e psicológicos do sistema baseado exclusivamente no rendimento e na eficiência. » Os operários não conseguiam trabalhar dentro do padrão estabelecido e começaram a se queixar de exploração. O trabalho especializado se tornara humilhante e degradante. » Mecanicismo (muita ênfase nas tarefas e pouca nas relações humanas). » Super especialização do operário. » Visão microscópica do homem (individual). » Ausência de comprovação científica (é o melhor?). » Abordagem incompleta da organização (omite aspectos humanos e a organização informal). » Limitação do campo de aplicação (restrita à produção). » Abordagem prescritiva e normativa (padroniza situações; receitas antecipadas). » Abordagem do sistema fechado (não recebe influência de fora da organização). TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Surgiu em 1916, dois anos após o início da Primeira Guerra Mundial (1914 - 1917), na França. Essa teoria partia do todo organizacional e da sua estrutura para garantir eficiência a todas as partes envolvidas (pessoas ou órgãos). = = Figura 2 – Teoria Clássica x Administração Científica Fonte: Elaborado pelo autor. TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Preocupação com a eficiência de toda organização e não apenas da produção. Buscar da eficiência eficiência da organização. ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA 13 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 2 – NOÇÕES DE ORGANIZAÇÃO DE EMPRESAS 2.1 – DEFINIÇÕES DE MICRO, PEQUENAS EMPRESAS e EMPREENDEDOR INDIVIDUAL Há uma determinada confusão quando se fala em microempresa, empresa de pequeno porte e empreendedor individual. Dessa maneira, para que as empresas possam obter as vantagens oferecidas pelo sistema SIMPLES, torna-se necessária a definição desses conceitos, visto que existem diferenças entre eles, diferentemente do que muitas pessoas imaginam. Microempresa ou ME - é a pessoa jurídica que obtenha um faturamento bruto anual igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais). Esse conceito é exposto pela Lei complementar nº 123/06, que define os critérios para o enquadramento das empresas no SIMPLES. Empresa de Pequeno Porte ou EPP - é a pessoa jurídica que obtém o faturamento bruto anual superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) (Lei Complementar 123 de 2006). Dessa maneira, se a empresa ME conseguir faturar mais de 360.000,00 de receita bruta passa automaticamente para a classificação de EPP. Do mesmo modo, se a empresa EPP não faturar o total bruto anual superior a R$ 360.000,00 passa a condição de ME automaticamente. Empreendedor Individual ou EI - é aquele empresário que obtém faturamento bruto anual de até R$ 60.000,00 e que não possua sócios, podendo ter até um funcionário fixo registrado em carteira e que receba como remuneração o salário mínimo. É mais usado para aqueles pequenos negócios individuais, que eram informais. O governo federal incentivou a formalização desta modalidade por meio deste programa. Assim sendo, apenas as empresas que se enquadram nas definições de ME ou de EPP é que poderão usufruir do Simples. 14 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 2.2 – TIPOS DE SOCIEDADES EMPRESÁRIAS SOCIEDADE EM NOME COLETIVO: tipo societário pouquíssimo utilizado, pois exige que os sócios sejam pessoas físicas, com responsabilidade solidária e ilimitada por todas as dívidas da empresa, podendo o credor executar os bens particulares dos sócios, mesmo sem ordem judicial. Nome da empresa: firma ou razão social (não podendo utilizar nome fantasia ou denominação), composta pelo nome dos sócios, podendo ser acrescentada a expressão “& Cia” ao final (ex: José e Maria ou José, Maria & Cia). SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES: também pouco utilizado, sendo formada a empresa por sócios comanditados (participam com capital e trabalho, tendo responsabilidade solidária e ilimitada) e comanditários (aplicam apenas capital, possuindo responsabilidade limitada ao capital empregado e não participando da gestão dos negócios da empresa). Empresa de capital fechado (não negociável em Bolsa). Nome: firma ou razão social (devem figurar apenas os sócios comanditados, sob pena de responsabilidade solidária e ilimitada do sócio que constar na razão social). SOCIEDADE ANÔNIMA: espécie mais utilizada que as anteriores, principalmente nos casos de grandes empresas, onde o capital encontra-sedividido em ações e cada acionista é responsável apenas pelo preço de emissão de suas próprias ações (responsabilidade limitada e não solidária). Os acionistas controladores respondem por abusos. Possui várias espécies de títulos (ações, partes beneficiárias, debêntures e bônus de subscrição), é regulamentada por diversos órgãos (Assembleias Gerais e Especiais, Diretoria, Conselho de Administração e Conselho Fiscal), devendo publicar seus atos no Diário Oficial e em jornal de grande circulação editado no local da sede da companhia (atos arquivados no registro do comércio). Nome: denominação ou nome fantasia (não utiliza firma ou razão social), acrescidos da expressão “S/A” ou antecedido da expressão “Companhia” ou “Cia”. SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES: também em processo de extinção, é regida pelas normas relativas às sociedades anônimas (artigos 280 e seguintes da Lei 6.404/76), salvo a restrição de que somente os acionistas podem ser diretores ou gerentes (sócios comanditados, nomeados no estatuto e destituídos por 2/3 do capital), respondendo ilimitadamente pelas obrigações da empresa, enquanto os sócios comanditários (demais acionistas não gerentes ou diretores) possuem responsabilidade limitada ao capital social. Assim como as S/As, pode ser empresa de capital aberto (ações em Bolsa de Valores). Nome: denominação ou nome fantasia, firma ou razão social, acrescidas da expressão “Comandita por Ações” ou “C/A”. SOCIEDADE LIMITADA: Sociedade limitada é aquela que realiza atividade empresarial, formada por dois ou mais sócios que contribuem com moeda ou bens avaliáveis em dinheiro para formação do capital social. A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor do capital social, porém respondem solidariamente pela integralização da totalidade do capital, ou seja, cada sócio tem obrigação com a sua parte no capital social, no entanto poderá ser chamado a integralizar as quotas dos sócios que deixaram de integralizá-las. Mais de 90% das empresas no Brasil são Ltdas. Nome: denominação ou nome fantasia, firma ou razão social, acrescidas da expressão “Ltda”. SOCIEDADE SIMPLES: A sociedade simples é a pessoa jurídica que realiza atividade intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Exemplo típico de sociedade econômica não empresária é aquela constituída 15 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 por profissionais do mesmo ramo como, por exemplo, a dos advogados, médicos ou engenheiros, configurando-se como sociedade simples cujo contrato social é inscrito no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, salvo quando se tratar de sociedade de advogados que se inscreve apenas na OAB. Dessa forma, o indivíduo que trabalha por conta própria, mesmo com a ajuda de colaboradores e de outros profissionais do mesmo ramo, como ocorre em um consultório médico, um escritório de contabilidade ou advocacia (sociedades de profissionais), enquadra-se no conceito de sociedade simples, enquanto o hospital, a empresa de contabilidade que ministra cursos e a empresa do ramo imobiliário (atividade organizada) caracterizam sociedades empresariais. As sociedades simples, assim como as sociedades empresárias, poderão ser constituídas sob qualquer tipo societário (nome coletivo, comandita, limitada). 2.3 – LEGALIZAÇÃO DE EMPRESAS 8 passos para legalizar sua empresa 1º PASSO: Consulta prévia do local Verifica a possibilidade da empresa funcionar no endereço pretendido. Para conhecer a legislação local, consulte a Prefeitura ou Sub-Prefeitura/Região Administrativa do local de instalação da empresa. No Município do Rio de Janeiro acesse: www.rio.rj.gov.br/clf 2º PASSO: Busca prévia do nome da empresa e registro do contrato social/Declaração de empresário A busca prévia do nome da empresa objetiva verificar a existência de nome idêntico ao escolhido para o registro da empresa. O Contrato Social, em linhas gerais, estabelece o regime jurídico, as regras para o funcionamento, liquidação da Sociedade, e necessita ser registrado no órgão competente. As Sociedades Empresárias e o Empresário devem registrar-se na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro – JUCERJA. Já as Sociedades Simples deverão registrar-se no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas – RCPJ. Documentação necessária: 1 – Sociedade Empresária Para a busca do Nome da Empresa: – Guia de Recolhimento – JUCERJA (Código 03) – formulário/papelaria. Para Registro do Contrato Social: – Capa de Processo/Requerimento para JUCERJA (formulário/papelaria – 1 via), assinada por um dos sócios. http://www.rio.rj.gov.br/clf 16 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 – Contrato Social em 3 vias. – Cópia da carteira de identidade dos sócios gerentes (autenticada). – Formulário de Declaração de Desimpedimento dos sócios gerentes. – Ficha de Cadastro Nacional (modelos 1 e 2, formulário/papelaria – 2 vias de cada modelo). – Guia de Recolhimento para JUCERJA (código 01 – registro de comércio) (formulário/papelaria -3 vias). – DARF (código 66.21 – Serviço de Registro de Comércio) – (formulário/papelaria – 2 vias). Atenção: a) Caso a empresa se enquadre como Microempresa e/ou Empresa de Pequeno Porte, conforme a Lei Complementar 123 de 14/12/06, fica dispensada do visto do advogado no contrato social. Para a solicitação de enquadramento, a empresa deverá apresentar ainda: – Formulário de Declaração de Enquadramento, assinada pelos sócios, em 3 vias. – Capa de Processo/Requerimento Padrão JUCERJA. b) Caso o Contrato Social possua cláusula com declaração de desimpedimento, não é necessária a apresentação do Formulário de Declaração de Desimpedimento. 2 – Empresário Para a busca do Nome: Como o nome utilizado é o nome do próprio titular, acompanhado da especificação da atividade, é aconselhável realizar a Busca Prévia no caso de pessoas que tenham a possibilidade de nome idêntico ao de outras. – Guia de Recolhimento – JUCERJA (Código 03) – formulário/papelaria. Para registro da Declaração de Empresário: – Declaração de Empresário (formulário/papelaria – 4 vias). – Capa de Processo/Requerimento para JUCERJA (formulário – 1 via). – Cópia da identidade e do CPF do titular (autenticadas). – Guia de Recolhimento para JUCERJA (código 01-registro de comércio) (formulário/papelaria – 3 vias). – DARF (código 66.21 – Serviço de Registro de Comércio) – (formulário/papelaria – 2 vias). – Guia de Recolhimento para JUCERJA, utilizada para busca do nome, devidamente aprovada, conforme o caso. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm 17 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Atenção: Caso a empresa se enquadre como Microempresa e/ou Empresa de Pequeno Porte, conforme a Lei Complementar 123 de 14/12/06, deverá apresentar ainda: – Formulário de Declaração de Enquadramento. – Capa de Processo/Requerimento Padrão JUCERJA. 3- Sociedade Simples Para a busca do Nome da Empresa: – Certidão de Busca Prévia do Nome (formulário emitido pelo próprio RCPJ). Para registro do Contrato Social: – Contrato Social em 2 vias, com firma reconhecida de todos os sócios. – Requerimento, com firma reconhecida de um dos sócios, ou procurador (modelo no Cartório). – Visto dos sócios em todas as folhas e assinatura de duas testemunhas (última folha). – Declaração de desimpedimento dos sócios, onde eles afirmam, sob as penas da lei, não possuírem nenhum impedimento para o exercício de empresa, nos termos do art. 1001, § 1º, do Código Civil. Tal declaração será feita na forma de cláusula do contrato social, nos casos de sociedades, ou declaração de firma individual. – Declaração de Microempresa e/ou de Empresa de Pequeno Porte, assinada por todos os sócios (formulário/Cartório– 2 vias). – Visto do advogado, com o número da O.A.B. (na última folha) – exceto para as Microempresas ou as Empresas de Pequeno Porte. Atenção: Caso a empresa se enquadre como Microempresa e/ou Empresa de Pequeno Porte, conforme a Lei Complementar 123 de 14/12/06, deverá apresentar ainda: – Declaração de Microempresa e/ou de Empresa de Pequeno Porte, assinada por todos os sócios (formulário/Cartório – 2 vias). JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – JUCERJA Av. Rio Branco 10, Centro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (21) 3849-3939 Horário: 09:00 às 18:00 jucerja@jucerja.rj.gov.br http://www.jucerja.rj.gov.br CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS – RCPJ Av. Pres. Wilson, 164/Sl. 103 – Centro – Rio de Janeiro – RJ (21) 2240-5882 / 2240-3230 / 2262-9046 Horário:11:00 às 17:00 www.rcpj-rj.com.br/ 3º PASSO: Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ A inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ é feita através do site do Ministério da Fazenda. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm mailto:jucerja@jucerja.rj.gov.br http://www.jucerja.rj.gov.br/ http://www.rcpj-rj.com.br/ 18 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Procedimentos: – Acesso aos programas CNPJ versão 2.5 e Receitanet. Os dois aplicativos estão disponíveis nas agências da Receita Federal ou pelo site www.receita.fazenda.gov.br na Internet. – Preenchimento da Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica – FCPJ, no programa CNPJ, acompanhada, no caso de inscrição de sociedades, do Quadro de Sócios ou Administradores – QSA. Gerar o disquete contendo a FCPJ e transmiti-lo via o programa Receitanet. – Após a operação acima, imprimir recibo de entrega contido no disquete do programa CNPJ. Com o número do recibo, acompanhar o processo no site da SRF. Após alguns dias estará disponível o Documento Básico de Entrada – DBE para impressão e o endereço da unidade cadastradora da SRF de sua jurisdição para o qual deverá ser encaminhada a seguinte documentação via Sedex da EBCT: Uma via original do Documento Básico de Entrada – DBE, assinado pela pessoa física responsável perante o CNPJ ou por seu preposto, quando anteriormente indicado, ou por procurador. A assinatura deverá obrigatoriamente ter firma reconhecida em cartório. Cópia autenticada da procuração por instrumento público, quando o DBE for assinado por procurador. Cópia autenticada do Contrato Social / Declaração de Firma Individual, devidamente registrado. – Quando a documentação chegar à unidade cadastradora, a SRF fará a verificação dos dados transmitidos com os documentos enviados. Caso o processo seja deferido será disponibilizado no próprio site da SRF, o “Comprovante de Inscrição”. Observação: Caso a empresa tenha condições de optar pelo SIMPLES, enquadrando-se nos critérios de Microempresa e/ou de Empresa de Pequeno Porte, previstos na Lei Complementar 123 de 14/12/06, deverá solicitar a inclusão no mesmo processo de inscrição da empresa, indicando na tabela de eventos, no programa CNPJ. 4º PASSO: Inscrição no Cadastro Nacional de Seguro Social – INSS Estando de posse do CNPJ e do Contrato Social, no prazo de 30 dias do início de suas atividades, o representante deverá dirigir-se à Agência da Previdência, para apresentar a documentação abaixo, a fim de regularizar o cadastro, que terá sido feito de forma integrada com o CNPJ. Documentação exigida para a inscrição da empresa: – Contrato Social (original ou cópia). – CNPJ. Documentação exigida para a inscrição do empresário: – Número da Carteira de Identidade e do CPF. – Comprovante de residência. http://www.previdenciasocial.gov.br http://www.receita.fazenda.gov.br/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm http://www.previdenciasocial.gov.br/ 19 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 5º PASSO: Conectividade Social Certificado Eletrônico – FGTS O aplicativo Conectividade Social é um canal eletrônico de relacionamento, desenvolvido pela CAIXA. A sua finalidade é a troca de arquivos e mensagens por meio da internet. O canal foi criado para ser utilizado por todas as empresas, ou equiparadas, que estão obrigadas a recolher o FGTS ou prestar informações à Previdência Social. Além de simplificar o processo de recolhimento do FGTS, reduz os custos operacionais, aumenta o conforto, a precisão, a segurança e o sigilo das transações relativas ao FGTS. Inicialmente, baixe o programa de pré-certificação (PRE-CERT_MULTI.EXE – versão 8.5), disponível no link “documentos disponíveis para download”. Em seguida, instale-o e preencha as informações requeridas. O próximo passo é procurar uma agência da CAIXA portando originais e cópias simples ou autenticadas da documentação listada abaixo para requisitar o certificado eletrônico: Ato constitutivo da empresa e todas as suas alterações; RG e CPF do representante; Arquivo gerado pelo programa de certificação contendo os dados da empresa. Para garantir a sua segurança, o uso do Conectividade Social está associado a um sistema de identificação com duas chaves: uma pública (o certificado eletrônico) e uma privada, que você mesmo cadastra para a sua empresa. Benefícios Simplifica o processo de recolhimento do FGTS; Reduz custos operacionais; Disponibiliza um canal direto de comunicação com a CAIXA, agente operador do FGTS; Aumenta a comodidade, segurança e o sigilo das transações com o FGTS; Reduz a ocorrência de inconsistências e a necessidade de regularizações futuras; Aumenta a proteção da empresa contra irregularidades; Facilita o cumprimento das obrigações da empresa relativas ao FGTS e à Previdência Social. Central de Atendimento da CEF: 0800-574-0104. – www.cef.gov.br 6º PASSO: Inscrição Estadual Toda empresa que tem atividade de Circulação de Mercadorias deve solicitar sua inclusão no Cadastro de Contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, obtendo, assim, sua Inscrição Estadual. A inscrição é feita na Secretaria de Estado de Fazenda. No caso do município do Rio de Janeiro essa inscrição é realizada em duas etapas: Primeiramente a empresa deve realizar sua inclusão pelo site www.sef.rj.gov.br, através do preenchimento do formulário DOCAD, disponível neste site. Este formulário, depois de preenchido, deve ser impresso e assinado. Três dias após a inscrição pelo site, o formulário deverá ser entregue na Inspetoria Seccional de Fazenda da jurisdição da empresa, acompanhado dos documentos abaixo. http://www.cef.gov.br/ http://www.sef.rj.gov.br/ 20 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Documentação Necessária: 1 – Original do DARJ relativo ao recolhimento da Taxa de Serviços Estaduais (código 200.3). 2 – Documento de Cadastro do ICMS – DOCAD em 3 vias originais (formulário/ papelaria). Observações: No caso de uma sociedade constituída por mais de três sócios, deverá ser anexado ao DOCAD o formulário DOCAD – Folha Complementar, também em 3 vias. O DOCAD deverá ser assinado pela pessoa física indicada como responsável ou por seu procurador, constituído por instrumento público, em cartório. No caso do DOCAD ser assinado por procurador, deverá ser apresentada uma cópia autenticada da procuração pública outorgada pelo sócio ou pelo titular. 3 – Documentos referentes à Sociedade ou Empresário: Instrumento constitutivo da sociedade ou declaração de empresário, devidamente arquivado na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro – JUCERJA. Comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ. 4 – Documentos referentes ao imóvel onde o requerente exercerá sua atividade: Primeira folha do IPTU do imóvel, para confirmação do correto endereço do estabelecimentoe identificação do código do logradouro. Comprovante de propriedade do imóvel, caso seja próprio; ou do contrato de locação do imóvel, devidamente acompanhado de documentação que identifique o seu proprietário; ou da autorização da Administração do Shopping Center ou local assemelhado para a ocupação de área de circulação (quiosque localizado no corredor ou no estacionamento do empreendimento); ou do licenciamento da municipalidade ou instrumento que autorize a ocupação do solo, no caso de contribuintes que vão exercer atividades de organização rudimentar em quiosques, trailer ou reboque, minibar, carrocinha, barraca ou veículo de qualquer natureza localizados em vias ou logradouros públicos. Autorização expressa do proprietário para a utilização do imóvel com fins comerciais, quando se tratar de edificação unifamiliar (casa) e, no contrato de locação, constar o uso residencial. 5 – Documentos referentes aos sócios ou ao titular: Documento de identidade; CPF; Comprovante de residência; 6 – Documentos referentes ao contabilista indicado: Certificado de Regularidade Profissional emitido pelo Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro. Contrato de prestação de serviços ou contrato de trabalho com a empresa. 21 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 http://www.sef.rj.gov.br 7º PASSO: Alvará de Licença para estabelecimento e Inscrição Municipal Cumpridas as exigências dos passos anteriores, deverá ser solicitado à Prefeitura local o Alvará de Licença para Estabelecimento. O Alvará é uma licença concedida pela Prefeitura, permitindo a localização e o funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, agrícolas, prestadores de serviços, bem como de sociedades, instituições, e associações de qualquer natureza, vinculadas a pessoas físicas ou jurídicas. O funcionamento sem alvará caracteriza o estabelecimento como ilegal e pode acarretar seu fechamento e punição dos responsáveis na forma da lei. Os prestadores de serviços estão obrigados a efetuarem a inscrição no cadastro de contribuintes do Município, obtendo sua Inscrição Municipal. Para conhecer a legislação, bem como a documentação e formulários a serem apresentados no município onde a empresa será instalada, será preciso consultar a Prefeitura local ou o Balcão Sebrae mais próximo. http://www.rio.rj.gov.br/clf 8º PASSO: Impressão de notas fiscais e autenticação de livros fiscais Para iniciar suas atividades, será necessário solicitar a Impressão Notas Fiscais e a Autenticação de Livros Fiscais. As empresas de prestação de serviços deverão dirigir-se à Prefeitura local. As empresas que se dediquem às atividades de indústria e comércio deverão dirigir-se à Secretaria de Estado de Fazenda. http://www.rio.rj.gov.br/clf / http://www.sef.rj.gov.br http://www.sef.rj.gov.br/ http://www.rio.rj.gov.br/clf http://www.rio.rj.gov.br/clf http://www.sef.rj.gov.br/ 22 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 2.4 – NOÇÕES BÁSICAS DA ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL (ORGANOGRAMA) Condicionantes da estrutura organizacional - Fator humano De acordo com Simeray (1970, p.90), o coeficiente humano que pondera a qualidade da estrutura organizacional é resultado dos fatores: o valor das pessoas, podendo ser consideradas a sua ética, a sua postura de atuação, os seus relacionamentos etc.; o conhecimento que elas possuem da estrutura organizacional; e sua motivação para fazê-la funcionar da melhor forma possível. - Fator ambiente externo: analisar o processo de relacionamento entre a empresa e seu ambiente externo. - Fator objetivos, estratégias e políticas Objetivo é o alvo ou situação que se pretende alcançar. Estratégia é a definição do caminho mais adequado para alcançar o objetivo. Política é o parâmetro ou orientação para a tomada de decisão. - Fator tecnologia Evolução tecnológica é o processo gradativo e acumulativo dos conhecimentos que têm influência direta ou indireta sobre os negócios, produtos e serviços de um conjunto de empresas. Tecnologia é o conjunto de conhecimentos que são utilizados para operacionalizar, de forma otimizada, as diversas atividades da empresa. 23 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Níveis de influência da estrutura organizacional (Hierarquia) - Nível estratégico de influência: processo administrativo que possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, visando obter um nível de otimização na relação da empresa com seu ambiente. - Nível tático de influência: tem por finalidade otimizar determinada área de resultado. - Nível operacional de influência: o planejamento operacional pode ser considerado como a formalização, principalmente por meio de processos formais, das metodologias de desenvolvimento e implementação estabelecidas. 24 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Organograma Tipo Linear ou Militar Organograma Tipo Funcional 25 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Organograma Tipo Staff 2.5 – NOÇÕES BÁSICAS SOBRE LEGISLAÇÃO TRABALHISTA - Para a melhor condução das conciliações, faz-se mister o conhecimento da legislação trabalhista, sobretudo do contrato de trabalho, seus tipos e as formas de rescisão. - O contrato de trabalho (artigo 442) é o acordo, tácito ou expresso, celebrado entre o empregador (artigo 2º, CLT) e empregado (artigo 3º, CLT), correspondente à relação de emprego. Não possui necessariamente uma forma para ser realizado, podendo ser por escrito ou verbalmente (artigo 443, CLT). - Para a ocorrência do vínculo empregatício, o interessado pelos vários direitos trabalhistas, no contrato de trabalho deverá ter os seguintes requisitos: a) continuidade; b) subordinação; c) onerosidade; d) pessoalidade; e) alteridade. - A continuidade é a não eventualidade do serviço, isto é, o empregado deve comparecer à empresa repetidamente, por força do contrato de trabalho. - Para a caracterização do vínculo exige-se a subordinação do empregado ao empregador, ou seja, o empregado deve cumprir ordens e ser subordinado economicamente, mediante remuneração. 26 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 - A onerosidade relaciona-se com a contraprestação pecuniária fornecida pelo empregador ao empregado, em virtude do contrato de trabalho. - Pessoalidade é outro requisito inerente ao contrato de trabalho, pois este é personalíssimo, isto é, o empregado não pode fazer-se substituir por outra pessoa. - Por último, o vínculo empregatício para ser caracterizado deve ter alteridade, o que consiste na prestação de serviço por conta e risco do empregador. Trata-se de uma proteção ao empregado, visto que este até pode participar dos lucros da empresa, porém, não pode participar dos prejuízos. TIPOS DE CONTRATO DE TRABALHO - O contrato de trabalho pode ser: a. por prazo determinado (artigo 443, §1º, CLT); b. por prazo indeterminado. - O contrato por prazo determinado é aquele cuja vigência depende de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. O prazo máximo do contrato de trabalho por prazo determinado é de 2 (dois) anos. - A CLT elenca as hipóteses em que será válido o contrato de trabalho por prazo determinado: a - quando o contrato de trabalho tiver como objeto serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b - quando se tratar de atividades empresariais de caráter transitório; c - quando se tratar de contrato de experiência.- Merece destaque, neste momento, o contrato de experiência que é aquele em que o empregador verificará se o empregado está apto para exercer as funções a qual foi contratado. O contrato de experiência não poderá exceder 90 (noventa) dias. RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO (artigo 477, CLT) - A cessação do contrato de trabalho é o término do vínculo empregatício, com a extinção das obrigações para os contratantes. - Esta cessação pode se dar de vários modos, quais sejam: 1 - Dispensa do empregado sem justa causa: ocorre quando o empregador simplesmente dispensa o empregado, sem justo motivo; 2 - Dispensa do empregado com justa causa: ocorre quando o empregador dispensa o empregado em virtude da ocorrência de alguma das hipóteses elencadas no artigo 482, CLT; 3 - Pedido de Demissão do empregado: ocorre quando o próprio empregado deseja rescindir o contrato sem justo motivo; 4 - Rescisão indireta: ocorre quando, em face da incidência de alguma das hipóteses elencadas no artigo 483, CLT, o empregado pode considerar rescindido o contrato, pleiteando a devida indenização; 5 - Rescisão automática: ocorre com os contratos de trabalho por prazo determinado findo o seu prazo; 6- Rescisão por culpa recíproca - artigo 484, CLT: configura-se a culpa recíproca com a ocorrência dos seguintes elementos: a) a existência de duas justas causas; uma do empregado e outra do empregador; as duas graves e suficientes para por si só serem causa da rescisão; 27 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 b) duas relações de causa e efeito; a segunda falta, que é causa da rescisão do contrato, é por sua vez efeito da culpa cometida pela outra parte; c) contemporaneidade; d) proporcionalidade entre as faltas. Exemplo: troca de ofensas entre empregador e empregado. DIREITOS BÁSICOS DO TRABALHADOR REGIDO PELA CLT: 1 - Férias (artigo 129 e segs., CLT) - é um direito constitucional do trabalhador (artigo 7ºXVII, CF), pelo qual após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias. - As férias deverão ser concedidas em um só período, nos 12 meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. (art. 134,CLT). - A remuneração das férias compreende um salário mensal do empregado, mais um terço daquele. Caso haja horas extras habitualmente prestadas, serão incluídas na remuneração das férias (súmula. 151, TST). - Caso as férias não sejam concedidas nos 12 meses subsequentes, serão consideradas férias vencidas, e, por isso, a remuneração respectiva deverá ser paga em dobro. - Férias Proporcionais (artigo 146, parágrafo único, CLT) - são as férias que não completaram o período aquisitivo de 12 meses, posto que serão remuneradas na proporção de 1/12 avos por mês de serviço ou fração superior a 14 dias. - O empregado com mais de um ano de serviço tem direito às férias proporcionais, salvo se despedido por justa causa. Mesmo tendo pedido demissão, o empregado que tem mais de um ano de serviço terá direito à remuneração das férias proporcionais. 2 - Abono de Férias - quando o empregado sai de férias tem direito a 1/3 do salário em cima do valor das férias. 3 - Aviso Prévio (artigo 487, CLT) - é a quantia devida no caso de qualquer das partes do contrato de trabalho por prazo indeterminado rescindi-lo, sem a antecedência mínima de trinta dias. - Caso não haja esta antecedência, o empregado terá direito à percepção do salário correspondente ao prazo acima e o empregador terá o direito de descontar do empregado o salário correspondente ao mesmo prazo. 4 - 13º salário - é um direito constitucional do trabalhador (artigo 7º, VIII, CF) que consiste num salário mensal do empregado. É a antiga gratificação de Natal. - 13º salário proporcional - será devido ao trabalhador que seja dispensado sem justa causa. 5 - FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (artigo 7º, III, CF) - trata-se de um direito constitucional, consistente num fundo cujo beneficiário é o trabalhador e que é formado por depósitos mensais no valor de 8% incidentes sobre a sua remuneração (isto é, incluindo as horas extras, comissões e gorjetas habitualmente recebidas). Estes depósitos poderão ser levantados nas seguintes hipóteses: a- por dispensa sem justa causa, inclusive indireta, culpa recíproca ou rescisão do contrato por fechamento do estabelecimento, supressão da atividade, falecimento do empregador ou pagamento de prestações do Sistema Financeiro da Habitação, extinção do contrato a termo; b- por aposentadoria, falecimento do empregado; c. quando o empregado tenha contraído AIDS (lei n.7670/88, art.1º,II e Circ. CEF/Defus/Diarp 5/91). 28 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 - Multa do FGTS - tem caráter indenizatório, visto que visa proteger o emprego do trabalhador. Assim, na hipótese de dispensa sem justa causa, ainda que indireto, o empregador deverá depositar na conta vinculada do empregado 40% de todos os depósitos efetuados e devidamente corrigidos. No caso de culpa recíproca ou força maior, a multa será de 20%. 6 - Horas extras (artigo 59, CLT) - são consideradas horas extras aquelas que ultrapassem a jornada de trabalho normal do empregado e as que são trabalhadas em dia útil quando o empregado não tem obrigação de fazê-lo. - A remuneração das horas extras será, no mínimo, cinquenta por cento a mais do que a hora normal; assim preceituou a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 7º, XVI. A integração da remuneração das horas extras habituais para o cálculo de férias, 13º salário, aviso prévio e FGTS é pacífica. 7 - Adicional Noturno (artigo 7º, IX, CF e artigo 73, CLT) - é o acréscimo incidente sobre a hora de trabalho em virtude de ser laborada entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. Este acréscimo será de, no mínimo, 20% sobre a hora diurna. - A percentagem legal integra-se nos cálculo para todos os fins (férias, 13º salário, indenização, FGTS, etc.). 8 - Adicional de Insalubridade e de Periculosidade - (artigo 7º, XXIII, e artigo 189 e segs., CLT) Adicional de Insalubridade - é o acréscimo concedido ao trabalhador que esteja exposto a agentes nocivos à saúde durante sua jornada de trabalho. Este acréscimo será de 40%, 20% e 10% do salário mínimo da região, segundo a classificação da insalubridade nos graus máximo, médio e mínimo. Adicional de Periculosidade - é o acréscimo concedido ao trabalhador que mantenha contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. - Este acréscimo será de 30% sobre o salário sem os reflexos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. 9 – Licença Maternidade e/ou Licença Gestante É o direito de afastamento do trabalho por 120 dias, que pode ser exercido a partir de 1 mês antes do parto. A licença maternidade também garante a estabilidade provisória, que é o direito de não perder o emprego desde o início da gravidez até 5 meses após o parto. INICIO DO AFASTAMENTO: a partir de 1 mês antes do parto (conforme previsto na CLT). PERÍODO DE AFASTAMENTO: 120 dias. A partir de 2010, poderá o empregador, se assim optar, conceder 180 dias de licença, conforme a Lei nº 11.770/2008. Durante a licença-maternidade os salários são pagos pelo empregador, que deduz tais valores dos recolhimentos devidos à Previdência Social, exceto no caso da empregada doméstica, em que o salário é pago diretamente pelo INSS. 10 – Licença Paternidade É o direito do homem de se afastar-se do trabalho para acompanhamento da mulher e do filho recém-nascido. 29 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG.E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 PERÍODO DE AFASTAMENTO: 05 dias a partir do dia do nascimento da criança. 11 – Seguro-Desemprego É dever do Trabalhador? - Somente receber o Seguro-Desemprego enquanto estiver desempregado, sem renda própria; - Tão logo conseguir novo emprego, deve comunicar à Caixa ou ao Ministério do Trabalho e Emprego para cancelar o recebimento do benefício; - É proibido receber Seguro-Desemprego depois de já estar empregado. Quem tem Direito? - Trabalhador desempregado, com Carteira de Trabalho anotada, dispensado sem justa causa; - Trabalhador doméstico, somente se o empregador recolher o FGTS; - Se tiver pelo menos 06 (seis) meses de trabalho antes da dispensa; - Se não possuir renda para sustento próprio e da família; - Se não estiver usufruindo benefício do INSS (exceto pensão por morte ou auxílio- acidente). Quantas Parcelas? Depende do tempo de serviço do trabalhador: • 06 a 11 meses de serviço - 03 parcelas • 12 a 23 meses de serviço - 04 parcelas • 24 a 36 meses de serviço - 05 parcelas Como receber? - A partir do 7° ao 120° dia após a data de dispensa para empregado formal. - Do 7° ao 90° dia após a data de dispensa para empregado doméstico, se o empregador tiver feito os depósitos do FGTS. ONDE: No Ministério do Trabalho e Emprego, ou ainda, nas Agências da Caixa Econômica Federal. Deverá apresentar: • Carteira de Trabalho (CTPS); • Carteira de Identidade; • Guias do Seguro-desemprego; • Comprovante de inscrição no PIS; • Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT); • 2 últimos recibos de salários; • Comprovante de Saque do FGTS. Como Receber? Com o Cartão do Cidadão nas Lotéricas, Caixa Aqui, ou em qualquer agência da Caixa Econômica Federal. • Deverá apresentar o comprovante de inscrição no PIS; • Carteira de Trabalho ou; • Carteira de Identidade ou; • Carteira de Motorista. 30 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 12 – Salário - Salário é o que conhecemos como a remuneração do trabalhador pelo trabalho que realiza, ou seja, todo o tempo empregado pelo trabalhador para realizar suas funções tem um pagamento e isto se denomina salário. Normalmente o salário se apresenta em forma de dinheiro, ainda que se possa ver incluído no contracheque do trabalhador outros tipos de ajuda (alimentação, transporte, etc). O salário de cada trabalhador pode variar de acordo com o tipo de cargo e das funções desempenhadas pelo mesmo. 3 – ESTUDOS DE POSTOS DE TRABALHO E PLANEJAMENTO 3.1 – LAYOUT (Arranjo Físico) Conceitos sobre LAYOUT - “Corresponde ao arranjo dos diversos postos de trabalho nos espaços existentes na organização, envolvendo, além da preocupação de melhor adaptar as pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade desempenhada, a arrumação dos móveis, máquinas, equipamentos e matérias- primas.” ( Antonio Cury ) - “Uma boa disposição de móveis e equipamentos faculta maior eficiência aos fluxos de trabalho e uma melhoria na própria aparência do local.” ( Chinelato ) Princípios Básicos para um bom LAYOUT ( Arranjo Físico ) - Os padrões de espaço devem ser adequados às necessidades de trabalho e de conforto dos trabalhadores lotados na unidade organizacional – diminuição da fadiga; - O arranjo físico está diretamente relacionado ao tipo de serviço, modelo de produto e flexibilidade de regras – cores e iluminação. - Proporcionar perfeito controle de qualidade e quantidade na produção. http://queconceito.com.br/alimentacao 31 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Tipos de LAYOUT ( Arranjo Físico ) Layout POSICIONAL ou POSIÇÃO FIXA Layout FUNCIONAL ou POR PROCESSO 32 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Layout CELULAR Layout LINEAR ou POR PRODUTO 33 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 VANTAGENS E DESVANTAGENS dos ARRANJOS FÍSICOS 3.2 – FLUXOGRAMA - O Fluxograma é uma figura de um processo. O primeiro-passo em muitos projetos de melhoria é fazer o fluxograma do processo como ele está. Esta ferramenta também é útil para determinar os parâmetros para o processo de melhoria. O conceito é que precisamos conhecer o processo antes de poder melhorá-lo. OBJETIVOS Permitir uma análise detalhada dos procedimentos inerentes à operacionalização do sistema, com o intuito de melhorar o método utilizado, racionalizando recursos humanos e materiais; Padronizar a representação dos métodos e procedimentos administrativos; maior rapidez na descrição dos métodos administrativos; facilitar a leitura e o entendimento; facilitar a localização e a identificação dos aspectos mais importantes; maior flexibilidade; melhor grau de análise. 34 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Para trabalhos de análise administrativa, o fluxograma é, por excelência, o gráfico mais utilizado. VANTAGENS apresentação real do funcionamento de todos os componentes de um método administrativo, o que facilita a análise da eficiência de um sistema; possibilidade de visualização, integrada de um método administrativo, o que facilita o exame dos vários componentes do sistema e de suas possíveis repercussões negativas ou positivas; propiciar o levantamento e análise de qualquer método administrativo, do mais simples ao mais complexo; propicia a atualização e manutenção do método administrativo de maneira mais adequada, pela melhor clareza das alterações introduzidas, incluindo suas causas e efeitos. METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DE FLUXOGRAMAS - A elaboração de um fluxograma deve ser precedida de uma pesquisa minuciosa junto as Unidades Organizacionais em exame, fazendo um levantamento dos passos que envolvem o trabalho, desde o operador inicial até o final, passando, inclusive, pelos formulários envolvidos no processo. Início ou Fim Atividade Decisão Conecto r Fluxo Início Fase do Processo Decisão Fim 35 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Ignição Motor pega? Há gasolina? Gas no carburador? Válvula fechada? Vela produz faísca? Vela suja? Adicionar gasolina Limpar vela Levar para a oficina Consertar Abrir a válvula Locomover Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Sim Não Não Ligar a TV Imagem? Fio conectado? Imagem boa? Imagem? Conectar o fio Operar ajustes Imagem boa? Assistir ao progrma Chamar técnico Sim Sim Sim Não Não Sim Não Não Não Sim 36 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 3.3 – CRONOGRAMA - Quando se inicia uma obra, o ideal é saber exatamente quanto tempo os trabalhos vão durar e, consequentemente, quando vão acabar. Por isso, antes de colocar a mão na massa, é importante planejar com detalhes os serviços que serão executados em todas as fases de execução do projeto. Planilha mostra evolução da obra e o quanto será gasto ao longo do tempo. 37 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 3.4 – PERT / CPM - PERT/CPM significa Program Evaluation and Review Technique e tem como objetivo relacionar as dependências entre tarefas com seus respectivos tempos de duração. Um dos benefícios do Pert é a possibilidade de detectar caminho críticos do sistema (CPM Critical Path Method), ou seja, um subconjunto de atividades que determinam o tempo mínimo para o término de todas as tarefas.Dados de entrada A entrada de dados é feita na planilha “Dados”. Nesta planilha devem ser informados um conjunto de tarefas com seus respectivos tempos de duração e dependências. Cada tarefa pode receber um rótulo a ser informado na coluna “Tarefa”, esta pode ainda possuir uma descrição. Suas respectivas durações devem ser inseridas na coluna “duração”. As unidades de tempo são irrelevantes contanto que seja mantida determinada consistência. Por exemplo, não deve ser colocado o valor “1” para um mês de duração e o mesmo valor para um ano de duração, deve neste caso ser inserido o valor 12. Procure utilizar valores que permitam uma granularidade que seja suficiente ao seu projeto. Na planilha dados podemos ver uma matriz chamada “Predecessores”. É nesta matriz que devem ser inseridas as informações sobre relações de dependência. Estas informações devem ser digitadas da seguinte maneira: se uma tarefa “B” depende de uma tarefa “A” o valor “1” deve ser colocado na matriz na posição correspondente a linha “B”, coluna “A”. Um cuidado que deve ser tomado é evitar referências circulares. Por exemplo, não pode ser explicitado que a atividade “A” depende de “B”, e que a atividade “B” depende de “A”, porque este tipo de situação não é suportada por esta aplicação, além de ser uma situação inconsistente no mundo real. Saída A aplicação tem como resultado uma gráfico de barras, mostrado na planilha Timeline, que mostra o tempo de início e término de cada tarefa, plotados em cor laranja, e suas respectivas folgas de tempo, que são plotados em cor amarela. As atividades que não possuem folga são aquelas que constituem o caminho crítico de construção do sistema. Este caminho também pode ser visualizado na planilha Pert/CPM, que possui um resumo de todos os dados gerados pela aplicação. Podem ser visualizados nesta planilha: tempo mais cedo de início, tempo mais cedo de término, tempo mais tarde de início, tempo mais tarde de término e caminho crítico. 38 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Adicionando mais tarefas Para serem adicionadas novas tarefas devem ser seguidos os seguintes passos: 1. Na planilha “Dados” o usuário deve selecionar e copiar uma linha inteira de alguma tarefa pré-existente; 2. A linha copiada deve ser inserida antes da última tarefa pré-existente; 3. O mesmo procedimento dever ser feito, mas agora com uma coluna da matriz de precedências; 4. Para cada nova tarefa criada na planilha “Dados” o nome deve ser alterado para que este seja diferente dos demais; 5. Repetir o procedimento feito na planilha dados para as três planilhas restantes: Início mais cedo, Início mais tarde, Pert-CPM. Sendo que nestas planilhas não há a necessidade de renomear as tarefas. Para a planilha Pert-CPM somente as linhas devem ser copiadas, já que não existem colunas que representem tarefas. Figura 1 : No MS Excel uma linha ou coluna pode ser inserida ao mesmo tempo que é colada utilizando o comando 'Insert Copied Cells' do menu de contexto da linha ou coluna Figura 2 : No MS Excel linhas ou colunas inteiras podem ser copiadas acionando-se o comando 'Copy' do menu de contexto da linha ou coluna 39 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 4 – NORMALIZAÇÃO 4.1 – CONCEITOS - Atividade que estabelece, em relação aos problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em um dado contexto. 4.2 – VANTAGENS - Numa economia onde a competitividade é acirrada e onde as exigências são cada vez mais crescentes, as empresas dependem de sua capacidade de incorporação de novas tecnologias de produtos, processos e serviços. A competição internacional entre as empresas eliminou as tradicionais vantagens baseadas no uso de fatores abundantes e de baixo custo. A normalização é utilizada cada vez mais como um meio para se alcançar a redução de custo da produção e do produto final, mantendo ou melhorando sua qualidade. Qualitativas: A utilização adequada dos recursos (equipamentos, materiais e mão-de-obra); A uniformização da produção; A facilitação do treinamento da mão-de-obra, melhorando seu nível técnico; A possibilidade de registro do conhecimento tecnológico; Melhorar o processo de contratação e venda de tecnologia. Quantitativas: Redução do consumo de materiais e do desperdício; Padronização de equipamentos e componentes; Redução da variedade de produtos (melhorar); Fornecimento de procedimentos para cálculos e projetos; Aumento de produtividade; Melhoria da qualidade; Controle de processos. 4.3 – ÓRGÃOS NORMALIZADORES - ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas); - INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade de Tecnologia). 40 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 5 – SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADE 5.1 – CONCEITUAÇÃO DA QUALIDADE - O termo qualidade é utilizado numa infinidade de situações. Fala-se, por exemplo, de qualidade de vida, da qualidade do ensino, da qualidade de um atendimento. - Observa-se sempre, que o que chamamos de qualidade, em qualquer situação, depende sempre de alguns fatores, que, se alterados, podem modificar a nossa percepção da qualidade. Podemos citar exemplos prosaicos. Se vamos a um supermercado, um veículo de qualidade pode ser um carro comum que tenha um bom porta-malas. - Embora, de uma maneira geral, um carro super esportivo, de marca conceituada, seja, quase sempre, considerado de maior valor, de maior qualidade, como um veículo em si, em situações particulares, onde se considere como importante, o fator de capacidade de carga, ele, com certeza, será preterido em favor do veículo comum. - Por outro lado, dependendo do indivíduo, a noção de qualidade pode ser diferente, de outra pessoa. Se, por exemplo, o preço de um produto é um fator limitante, a sua exigência, pelo desempenho de um produto, não será a mesma da outra pessoa, que tenha limites financeiros maiores. 5.2 – FATOR HUMANO NA QUALIDADE - O Fator Humano com seus estilos de relacionamento interpessoal, de liderança, de uso do poder e de trabalho em equipe, seus processos motivacionais, hábitos, costumes, e valores pessoais. 5.3 – NORMAS ISO 9.000 E ISO 14.000 - A crescente exigência do mercado com relação à qualidade dos produtos e serviços adquiridos de seus fornecedores vêm demonstrar a importância dos processos de avaliação e certificação para que as empresas possam obter resultados positivos em um mercado tão competitivo como o de hoje. - No Brasil, a ABNT - um dos membros fundadores da International Organization for Standardization ( ISO ) - em português significa Organização Internacional de Padronização - promove a elaboração das normas ISO em diversos domínios de atividades. Dentre as famílias de normas existe a chamada ISO 9000 – gerenciamento da qualidade - que representa um consenso internacional de boas práticas de gestão, com o propósito de assegurar que a organização possa continuamente atender às exigências da qualidade; e outra chamada ISO 14000 – gerenciamento do meio ambiente - criada para definir os parâmetros de controle sobre os impactos ambientais gerados por uma empresa. 41 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 Existem três níveis de instituições envolvidas na certificação: • Credenciador – Inmetro (padronização conforme a norma ISO Guia 62); • Certificador – empresas certificadoras; • Organização – empresas auditadas. - As regras são válidas em todo o mundo e cada país possui uma entidade credenciadora. No Brasil essa entidade é o Inmetro. - Quando uma empresa deseja adquirir a ISO, deveseguir o que a norma diz e implantá-la de acordo com seus padrões. Esse processo requer um estudo das práticas diárias na empresa, seja do ponto de vista do processo produtivo ou de treinamento dos funcionários. O processo de certificação compreende os seguintes pontos: 1. Preencher o questionário de avaliação preliminar; 2. Aceitar a proposta técnico-comercial para o serviço de certificação; 3. Fornecer a documentação do sistema de gestão da qualidade para análise e abertura do processo de certificação; 4. Agendar, se considerar necessário, uma visita prévia ( pré-auditoria ) para avaliação das condições de realização da auditoria de certificação. - É importante que seja feita uma avaliação interna e uma análise crítica pela administração para verificar o estado do sistema de gestão em implementação e, assim, a padronização das atividades conforme a ISO. O tempo varia de acordo com o investimento feito, não é instantâneo, é necessário treinar funcionários e reestudar as pessoas que vão trabalhar com a nova norma. - Uma vez implementada, a empresa deve contatar a certificadora e definir uma data para obter a ISO. A partir daí, é feita uma proposta técnico/comercial com todas as informações e, na data determinada, a empresa é auditada. - A auditoria envolve todos os setores e departamentos da empresa. Se tudo estiver de acordo, a empresa já pode receber o seu certificado, que é válido por 3 (três) anos. Ao longo desse período, a cada semestre é feita uma auditoria de manutenção da certificação. Depois de 3 anos é necessário repetir o processo inicial, caso a empresa queira continuar certificada. - Ao final, ela recebe um certificado com todas as especificações e validade, que ficará armazenado em um banco de dados no comitê da ABNT responsável pela norma. ISO 9000 - A ISO 9000 destina-se à certificação do sistema da qualidade para qualquer tipo de empresa. São avaliados tanto aspectos diretamente relacionados ao produto ou serviço prestado pela empresa, quanto aos aspectos gerenciais tais como: política da qualidade, controle de aquisições, treinamento e auditorias internas. - A ISO 9000 foi publicada no mundo pela primeira vez em 1987 com as seguintes divisões: • ISO 9001 – voltada para as empresas projetistas; • ISO 9002 – voltada para os fabricantes; • ISO 9003 – voltada para fornecedores. 42 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 - “A cultura da certificação nasceu na indústria, só que com a popularização em todos os segmentos, houve uma dificuldade para adaptar a terminologia aos demais setores”, justifica Sergio Carvalho, gerente regional da Bureau Veritas Quality International. ISO 14000 - A família da ISO 14000 destina-se à certificação do sistema de gestão ambiental para qualquer tipo de empresa, de acordo com os critérios estabelecidos pela norma ISO 14001. São avaliados aspectos gerenciais como política ambiental, aspectos e impactos ambientais relacionados à produção, legislação ambiental, programas ambientais, comunicação com partes interessadas, treinamento e auditorias internas. - A norma diz o que deve ser feito para manter em funcionamento um sistema de gestão ambiental eficiente, mas não especifica a maneira de realizá-la. Cabe à própria organização elaborar e documentar todos os procedimentos a serem adotados. - Atualmente, a norma está sendo revisada pela organização internacional ISO, junto com o CB 38 da ABNT que tem poder de voto e deve traduzir a norma depois de pronta. Essa nova versão entrará em vigor no final de 2004. A partir daí, todas as empresas já certificadas pela ISO 14001 deverão se recertificar. Benefícios da ISO - Hoje, como a maioria das empresas possuem um certificado ISO, ele deixou de ser um diferencial competitivo de qualidade no mercado e passou a ser muito mais de organização interna, além da melhoria da imagem da empresa e de seus produtos e serviços junto à sociedade, clientes e consumidores. - Existem dois estimuladores para que as empresas busquem a certificação: um é a possibilidade de aumento nas vendas e outro é a oportunidade de repensar os seus processos internos e, consequentemente, identificar os erros, pois muitas empresas trabalham com perdas em seus processos internos e se acostumam. - “Não é só a certificação que vai trazer oportunidades de negócios para a empresa, ela é apenas um facilitador. Lógico que para quem exporta é um grande facilitador, pois uma norma internacional traz maior credibilidade”, diz Sergio Carvalho. 5.4 – CONCEITOS DE QUALIDADE TOTAL - Qualidade, enquanto conceito, é um valor conhecido por todos e, no entanto, definido de forma diferenciada por diferentes grupos ou camadas da sociedade - a percepção dos indivíduos é diferente em relação aos mesmos produtos ou serviços, em função de suas necessidades, experiências e expectativas. - Já o termo qualidade total tem inserido em seu conceito seis atributos ou dimensões básicas que lhe conferem características de totalidade. Essas seis dimensões são: qualidade intrínseca; custo, atendimento, moral, segurança e ética. Por qualidade 43 ETER Quintino / Coord. Eletrônica - ORG. E NORMAS - Prof. Luiz Carlos / 2017 intrínseca entende-se a capacidade do produto ou serviço de cumprir o objetivo ao qual se destina. - A dimensão custo tem, em si, dois focos: custo para a organização do serviço prestado e o seu preço para o cliente. Portanto, não é suficiente ter o produto mais barato, mas sim ter o maior valor pelo preço justo. - Atendimento é uma dimensão que contém três parâmetros: local, prazo e quantidade, que por si só demonstram a sua importância na produção de bens e na prestação de serviços de excelência. Moral e segurança dos clientes internos de uma organização (funcionários) são fatores decisivos na prestação de serviços de excelência: funcionários desmotivados, mal treinados, inconscientes da importância de seus papéis na organização não conseguem produzir adequadamente. - A segurança dos clientes externos de qualquer organização, em um sentido restrito, tem a ver com a segurança física desses clientes e, em um sentido mais amplo, com o impacto do serviço prestado ou da sua provisão no meio ambiente. Hoje em dia, pode-se dizer que o foco no cliente tem primazia absoluta em todas as organizações. - Finalmente, a sexta dimensão do conceito de qualidade total, a ética, é representada pelos códigos ou regras de conduta e valores que têm que permear todas as pessoas e todos os processos de todas as organizações que pretendem sobreviver no mundo competitivo de hoje. - E resumo, o termo Qualidade Total representa a busca da satisfação, não só do cliente, mas de todos os " stakeholders " (entidades significativas na existência da empresa) e também da excelência organizacional da empresa. Abrange o gerenciamento do grau de eficácia e de eficiência em todos os elementos internos e externos à empresa, impactados pela existência do empreendimento. - Seria, portanto, o estado ótimo de eficiência e eficácia na ação de todos os elementos que constituem a existência da empresa, extrapolando os conceitos de qualidade dos produtos e serviços. Este conceito se estende à limpeza, atenção no atendimento, funcionários bem vestidos, educados e bem treinados, que trabalhem satisfeitos, além de um pós vendas e serviço de atendimento ao cliente eficazes. 5.5 – PROGRAMAS 5S E 8S PROGRAMA 5S - "5S" é uma prática desenvolvida no Japão, onde os pais ensinam a seus filhos princípios educacionais que os acompanham até a fase adulta. Depois de ocidentalizada ficou conhecida como " Housekeeping
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