Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CONCEITOS EM PARASITOLOGIA Parasito - Vive dentro ou sob um hospedeiro, do qual retira seus alimentos e hospedagem e não raro causa prejuízos ao hospedeiro, relação ecológica negativa Mais frequente causam morbidade e não mortalidade Hospedeiro - organismo que hospeda o parasito e lhe dá alimento e abrigo Hospedeiro definitivo - é aquele no qual vive a forma sexuada ou adulta do parasito Hospedeiro intermediário - é o que contém a fase assexuada ou larval do parasito Parasito monoxênico - é o parasito que só tem um hospedeiro ex. Ascaris lumbricoides Parasito heteroxênico - é aquele que tem dois ou mais hospedeiros. Vetores - organismos que carregam os parasitos entre hospedeiros ou entre o ambiente e o hospedeiro Contaminação - formas infectantes no ambiente x Infecção - no ser vivo x Doença - infecção com sintomas Sinantropia - animais que vivem próximo ao homem, sendo hospedeiros. Ex. rato HELMINTOS - Distribuem-se em 3 filos: Platyhelminthes, Nematoda e Acanthocephala; → Platyhmelmintes 1. Trematoda 2. Cestoda 3. Tubellaria TREMATODA Características gerais - Ecto ou endoparasitos; - Corpo não segmentado coberto com cutícula - tubo digestivo - anus ausente - hermafroditas (MONÓICAS) ou não (DIÓICAS) - evolução simples ou com intermediário - Achatados dorsoventralmente SCHISTOSOMA MANSONI ESQUISTOSSOMOSE (Barriga d’água) I. MORFOLOGIA Macho - 1cm, esbranquiçado, porção anterior com ventosa oral e ventosa ventral, porção posterior Canal ginecóforo. Fêmea - 1,5 cm, mais escura devido ceco com sangue semidiregido, na porção posterior. Ovo - presença de miracídio quando maduro. Miracídio - presença de cílios, Cercária - Cauda bifurcada, duas ventosas de fixação. II. HABITAT sistema porta, maturam-se no fígado, e chegam ao plexo hemorroideo através da artéria mesentérica. III. TRANSMISSÃO Penetração ativa das cercárias na pele e mucosa. Existe uma fase do ciclo em caramujos, onde os ovos maturam-se e viram cercárias ativas. IV. Patogenia A. Cercária: dermatite cercariana, coceira, mastócitos e histamina, complemento e eosinófilos. Grande destruição de cercárias na pele e nos pulmões. B. Vermes adultos: vermes mortos no fígado causam lesões. C. Ovos: Devido os seus meios de penetração na luz intestinal, são elementos fundamentais na patogenia da doença, quando em grande número, podem causar hemorragias, edemas da submucosa, formando Granulomas e fibroses no intestino e fígado, hepatoesplenomegalia V. Esquistossomose Aguda - Febre - tenesmo - hepatoesplenomegalia VI. Esquistossomose Crônica INTESTINO - Diarreia sanguinolenta - dor abdominal - tenesmo Fígado A FIBROSE HEPÁTICA LEVA A HIPERTENSÃO PORTAL, A QUAL DESENCADEIA AS SEGUINTES ALTERAÇÕES: 1. Esplenomegalia 2. Varizes 3. Ascite (barriga d’água) VII. Diagnóstico - Exame de fezes - ELISA - Biópsia ou raspagem da mucosa retal - Ultrassonografia VIII. TRATAMENTO - Quimioterápico: oxamniquina e praziquantel IX - PROFILAXIA - Condições de saneamento - presença de caramujos - Tratamento da população FASCIOLA HEPÁTICA I. Morfologia Aspecto foliáceo, 3cmX1,5cm, pardo acinzentada. Hermafrodita, aparelho genital feminino, oótipo, útero e glândulas vitelinas e aparelho genital masculino. II. Habitat Vesicular biliar e canais biliares e alvéolos pulmonares. III. Ciclo biológiCO Heteroxênico, necessita de hospedeiro intermediário - Caramujos. Os ovos em condições favoráveis tornam-se miracídios, esses são atraídos pelo muco produzido pelos caramujos. Após infectados, os moluscos liberam as cercárias no meio ambiente. Elas viram metacercárias e o homem ou animal se infecta bebendo água contaminada. Adultos põem ovos (hermafroditas) operculados que com a bile caem no intestino e são excretados com as fezes . Em temperaturas ideais dão origem a miracídios, o ovo apresenta longevidade de 9 meses, penetram no molusco, onde formam um esporocisto, que dão origem de 5 a 8 rédias que depois viram cercárias, a qual fica na água até morrer ou chegar em seu hospedeiro definitivo. Infecção - o Homem infecta-se ao consumir a água contaminada ou comer verduras ( Agrião) contaminadas com metacercárias. No intestino delgado, perfuram a parede do mesmo, caem na cavidade peritoneal, perfuram a cápsula hepática (ou cápsula de Glisson) e começam a migrar pelo parênquima hepático, caracterizando a fase aguda da doença. Dois meses depois estão nos ductos biliares, dando início à fase crônica da doença. IV. Patogenia Fasciolose é um processo inflamatório crônico do fígado e dos ductos biliares. Lesões provocadas pela migração de formas imaturas no parênquima hepático, enzimas produzidas pelo verme produzem a liquefação hepática e consequente fibrose. Lesões ocasionadas pelo verme adulto nas vias biliares, levando a cirrose e insuficiência hepática. V. Sintomas Febre, hepatomegalia e eosinofilia VI. Diagnóstico Clínico é muito difícil; Laboratorial - Pesquisa de ovos nas fezes, podendo dar falso negativo. Poucos ovos O diagnóstico sorológico oferece maior segurança. - ELISA Reação cruzada: esquistossomose e hidatidose VII. Controle: Tratamento das pessoas e animais acometidos Isolamento de pastos umedecidos Controle de moluscos hospedeiros Consumir água tratada, fervida ou filtrada VIII. Tratamento Bithiol 50mg/kg/dia durante 10 dias, Albendazol 10mg/kg, Praziquantel, Triclabendazol CESTODA Taenia solium e T. saginata Teniose x cisticercose A teniose e a cisticercose são duas verdades mórbidas distintas causadas pela mesma espécie, porém com fase de vida diferente. A teniose é uma alteração provocada pela presença da forma adulta da tenia solium ou da T. saginata no intestino delgado do hospedeiro definitivo, os seres humanos. já a cisticercose é a alteração provocada pela presença da larva nos tecidos de hospedeiros intermediários normais, respectivamente suínos e bovinos. Hospedeiros anômalos como cães, gatos, macacos e seres humanos podem albergar a forma larvar ia T. solium. I. Morfologia 1. Verme adulto 2. Escólex (cabeça) - pequena dilatação na extremidade anterior, funciona como órgão de fixação. Quatro ventosas 3. Colo - pescoço - porção mais delgada- local de formação dos proglotes 4. Estróbilo (corpo) - segmentado - proglote - podendo apresentar de 800 a 1000 proglotes. As proglotes apresentam individualidade reprodutiva e alimentar. Jovens, maduras e grávidas. 5. Ovos - 30mm, esféricos. Capa protetora - embrióforo e internamente a oncosfera, provido de três pares de gancho e dupla membrana. 6. Cisticerco - uma vesícula translúcida com líquido claro, contendo invaginado em seu interior um escólex. 3 membranas - cuticular, celular e reticular. Estágios - vesicular, coloidal, granular e granular calcificado II. Habitat - Intestino delgado humano. - Cisticerco da T. solium no subcutâneo, muscular, coração, SNC. - Da T. saginata em tecidos bovinos. III. Ciclo Biológico Seres humanos infectados eliminam as proglotes grávidas cheias de ovos para o exterior. Os ovos ficam no ambiente até um hospedeiro intermediário ingerir ( bovino para T. saginata e suíno para T. solium). Com ações da pepsina e sais biliares as oncosferas são ativadas e penetram nas vilosidades do intestino, ganhando a circulação e distribuindo-se pelo corpo, com preferência por músculos de maior atividade. Onde ficam por meses na forma de cisticerco. A contaminação humana se dá pela ingestão de carne contaminada crua ou mal passada, esse cisticerco com a ação do suco gástrico transforma-se em uma tênia adulta. Após 3 meses já há liberação de proglotes grávidas. - A cisticercose humana é adquirida pela ingestão acidental de ovos viáveis da 71 solium eliminados nas fezes de portadores de teniose. IV. Patogenia e sintomatologia Teniose Pode provocar fenômenos tóxicos alérgicos, hemorragias pela fixação na mucosa e inflamação. O acelerado crescimento do parasito provoca uma competição pelo alimento. Tontura, astenia, apetite excessivo, náuseas, vómitos, alargamento e dor no abdomen e perda de peso, Cisticercose - dependedo local de fixação - A cisticercose muscular ou subcutânea em geral é uma forma assintomática - A cardíaca pode levar a palpitações, ruídos anormais e dispneia . - Ocular leva a perda parcial ou total da visão. - Neurocisticercose - sintomatologia muito variável, dependendo da região afetada, podendo alojar-se no parênquima (epilepsia é a manifestação mais frequente, até 90% dos casos) ou no sistema ventricular (aumento da pressão intracraniana e hidrocefalia). V. Diagnóstico - Teniose - Exame de fezes - Cisticercose - Anamnese, anatomopatológico, LCR, TC crânio, testes imunológicos VI. Epidemiologia - Em todas partes do mundo. Mais comum onde é maior o consumo de carne. VII. Tratamento Teniose - Niclosamida - 4cp - de dois em dois com 1h de intervalo, após mais um hora ingerir duas colheres de leite de magnésio - Praziquantel - 5mg/kg, dose única Neurocisticercose - Albendazol - 15mg/kg/dia durante 8 dias VO Mais tratamento dos sintomas Tratamento cirúrgico CESTODA Echinococcus granulosus Hidatidose segmentados Hospedeiro definitivo são cães domésticos e se alojam no intestino delgado em sua forma adulta. Hospedeiros intermediários são ovinos e bovinos, e acidentalmente o homem. I. Morfologia 1. 4 a 6mm 2. Escólex globoso ou piriforme, com 4 ventosas e rosto armado com 30 a 40 acúleos ou ganchos dispostos em duas fileiras. Possui 3 a 4 proglotes 3. Ovos - esféricos. Embrióforo e oncosfera 4. Cisto hidático - Membrana hialina - aspecto hialino e homogêneo, espessura de 0,5mm - Membrana germinativa - microvilosidades - Vesículas proligeras - brotamentos da membrana germinativa, - Líquido hidático - cristalino - Areia hidática II. Habitat O parasito adulto localiza-se junto à mucosa do intestino delgado de cães, hospedeiros definitivos e o cisto hidático é encontrado, principalmente, no fígado e nos pulmões de ovinos, bovinos, suínos, caprinos e cervídeos, hospedeiros intermediários. Em humanos, hospedeiro acidental, as localizações preferenciais dos cistos são fígado, pulmões, além de outros órgãos, como cérebro, ossos, baço, músculos, rins, olhos etc. III. Ciclo biológico Ovos são eliminados pelas vezes e a contaminação dos hospedeiro intermediário se dá pela ingestão do pasto contaminado. Forma-se o cisto hidático, maduro após 6 meses, preferencialmente nos pulmões e fígado. Hospedeiro definitivo é contaminado pela ingestão de vísceras contaminadas. Em dois meses a forma adulta estará com proglotes grávidas. O verme adulto tem longevidade de 4 meses, dessa forma, se não houver reinfecção, após esse periodo o cão estará curado. IV. Transmissão Os cães desenvolvem o parasito adulto ao ingerirem vísceras dos hospedeiros intermediários contendo cistos hidáticos férteis. Já os hospedeiros intermediários, adquirem a hidatidose ao ingerirem ovos eliminados no ambiente por intermédio das fezes dos cães parasitados V. Patogenia e sinais clínicos A patogenia da hidatidose humana dependerá dos órgãos atingidos, locais, tamanho e número de cistos - Hepática - principal órgão acometido, disturbios hepatogástricos, icterícia e ascite - Pulmonar - cansaço, dispneia, tosse. Possuem grande dimensão - Cerebral - raro - Óssea - raro, diminui a resistência do osso - Também podem ser observadas reações alérgicas VI. Epidemiologia Quase todos casos do Br são no RS VII. Diagnostico - clínico - presença de cistos palpáveis e manifestações hepáticas e pulmonares - Laboratorial - testes imunológicos - elisa - Radiografia, tc e ultrassom VIII. Tratamento Albendazol 400mg em duas doses diárias de 3 a 6 meses Cirúrgico HYMENOLEPIS NANA - Intestino delgado de crianças - ciclo monoxênico ou heteroxênico I. Morfologia 1. Até 5cm 2. 4 ventosas, rostro com 1 fileira de ganchos 3. Proglotes mais largas 4. Abertura genital unilateral II. Transmissão - Ingestão dos ovos no alimento - Ingestão de pulgas e coleópteros contaminados - Auto-infecção interna III. Patogenia e sinais clínicos - Agitação, insônia, irritabilidade, dor abdominal, diarreia, perda de peso e prurido anal IV. Diagnóstico Exame de fezes V. Tratamento Praziquantel 25mb/kg dose única Niclosamida 40mg/kg Deve ser repetida a dose em 10 dias NEMATODES - CILÍNDRICOS - SEXO SEPARADO - REPRODUÇÃO SEXUADA - SISTEMA DIGESTÓRIO COMPLETO ASCARIS LUMBRICOIDES I.Morfologia - Macho - 20 a 30 cm, cor leitosa. Vestíbulo bucal é contornado por 3 fortes lábios com serrilha. Apresenta testículo filiforme e enovelado. Extremidade posterior é encurvada. Dois espículos. Cloaca - Fêmea - 30 a 40cm. cor, boca e aparelho digestivo semelhante ao do macho. Dois ovários filiformes. Extremidade posterior reta. Ânus. → Helmintose mais frequente de todas II. Habitat - Intestino delgado, principalmente jejuno e íleo. III. Ciclo biológico - Monoxêmico - não precisa de hospedeiro intermediário. - Fêmea coloca 200.000 ovos por dia, que são eliminados nas fezes, que em temperaturas propícias eclodem formando a larva. A qual passa por mudanças, estágio L1 e L2 e L3, ainda dentro do ovo. - O ovo é ingerido por humanos, na água ou junto de alimentos, e com o ph, enzimas e falta de co2 de dentro do estômago, as larvas 3 L3 eclodem e penetram na mucosa do intestino, por vias sanguíneas e linfáticas, vão ao fígado, coração e pulmão. - Após 5 dias mudam para L4, rompem os alvéolos, mudam para L5 e aí são expectoradas ou deglutidas. Nesse caso fixam-se no intestino delgado e permanece de 1 a 2 anos IV.Patogenia - Larvas - normalmente sem sintomatologia, exceto em carga parasitária alta. Podendo causar lesões hemorrágicas e necrose no fígado. Há edemaciação dos alvéolos com infiltrado inflamatório por polimorfonucleares neutrófilos e eosinófilos. A migração das larvas pelos alvéolos pulmonares pode determinar um quadro pneumônico com febre, tosse, dispneia, manifestações alérgicas, bronquite e eosinofilia. - Vermes adultos - Subnutrição pela competição com o alimento. - PANO - manchas esbranquiçadas pelo corpo pelo déficit de vit a e c - Ação tóxica - edema, urticária e convulsões - Ação mecânica - obstrução intestinal - Diarreia, inapetencia e fraqueza V. Diagnóstico - Exame de fezes - ovos só aparecem pós 40 dias da infecção - Clínico: difícil VI. Tratamento Albendazol - dose única de 400mg Mebendazol - dose única de 500mg Ivermectina - dose única de 0,1 a 0,2 mg/kg VII.Epidemiologia - Mais frequente helminto em países pobres. Prevalece em regiões quentes e úmidas - 1,3 B de pessoas infectada ANCILOSTOMÍDEOS - Ancylostoma duodenale (Dubini, 1843), Necator americanus (Stiles, 1902) (originalmente descrito como Uncinaria americana) e A. ceylanicum (Loss, 1911) - pertence ao filo Nematoda e classe Chromadorea I. Morfologia - CÁPSULA BUCAL - Ancylostominae possuem dentes e N. americanus possui lâminas cortantes na margem da boca → Necator americanus - Macho - 5 a 9 mm e possuem bolsa copuladora bem desenvolvida com dois espículos longos mas sem gubernáculo (presentes nas espécies de Ancylostomatinae). - Fêmea - 9 a 11 mm a e apresentam a extremidade anterior afilada, sem a presença de processo espiniforme (presente em Ancylostomatinae). Ancylostoma (é o da prática, Necator difícil de ter lâmina) Os vermes adultos apresentam dois pares de dentes • Centrais na margem interna da boca e duas lancetas subcentrais no fundo da boca. - Macho - 8 a 11mm, dois espículos longos e gubernáculo bem evidente - Fêmea - 10 a 18mm, calda afinada e processo espiniforme terminal II. Ciclo biológico - Não necessitam de hospedeiros intermediário. Ovos liberados nas fezes do hospedeiro. Passa pelos estágios de L1, l2 e L3, o qual é o contaminante. Contaminação pela penetração na pele ou ingestão (N. americanus somente na pele). Migram pela circulação até os pulmões, até a luz alveolar. Nos pulmões viram L4. - São expectoradas ou deglutidas. Migram até o intestino delgado, aí mudam para L5 e vermes adultos, após 15 dias põem ovos. - Pode haver a ingestão de l3 e a contaminação, virando L4 no ID III. Patogenia e manifestaçõesclínicas O aparecimento imediato de erupções papulovesiculares pruriginosas eritematosas. Durante a migração no trato respiratório, sinais e sintomas incluindo coriza, faringite, laringite, sensação de obstrução da garganta e dor ao falar e deglutir. em razão da presença e do desenvolvimento do verme adulto, podem ocorrer diminuição do apetite, indigestão, cólicas, náuseas, vômitos, flatulência e diarreia e, em casos mais graves, ulceração intestinal e colecistite. Após a fixação do verme adulto no intestino, ocorre grande perda de sangue, e consequências desse ato, como, deficiência de ferro e anemia microcítica e hipocrômica. Também há hipoalbuminemia. ANEMIA, eosinofilia IV. Diagnóstico Anamnese associado a sinas cutâneos, pulmonares e intestinais. Acompanhados ou não de anemia e eosinofilia. Sangue nas fezes. O diagnóstico laboratorial é realizado pelo exame coproparasitológico V. Epidemiologia - 440 milhoes de pessoas no mundo, áreas tropicais e subtropicais VI. Tratamento (400 mg de albendazol ou 500 mg de mebendazol) LARVA MIGRANS - Larvas que não possuem o homem como hospedeiro normal, não conseguindo se reproduzir Larva migrans cutânea A. braziliense e A. caninum, parasitos do intestino delgado de cães e gatos. São eliminados diariamente junto com as fezes de cães e gatos infectados. Infecção em humanos As L3 desses ancilostomídeos penetram ativamente a pele dos humanos e migram através do tecido subcutâneo durante semanas ou meses e então morrem. À medida que as L3 progridem, deixam atrás de si um rastro sinuoso conhecido popularmente como “bicho geográfico” Também podem migras nas vísceras e no globo ocular. A espécie mais importante envolvida nas síndrome; de larva migrans visceral e larva migrans ocular é a Toxocara canis - Eosinofilia permanente, sem demais sinais - Quadros pulmonares são comuns Trichuris trichiura I.MOROFOLOGIA - Macho - porção posterior super enrolada, e ampla, esôfago super delgado e longo, tricuriforme. 3 - 5 cm Semelhante a chicote, cosmopolita Prevalência de 18%, regiões tropicais e subtropicais. - Fêmea - posterior reta, vulva na junção esôfago e intestino. → Órgão de eleição: intestino grosso Parassito tissular → Ciclo monoxêmico II. Contaminação - Ingestão na água ou alimento da larva L1 ( ou ovo???) , sem penetração pela pele nessa fase, em L5 penetra, mas somente a parte anterior. III. Patogenia - sintomas somente com alta carga parasitária. - Fixação dos parasitos > lesões na mucosa - Irritação das terminações nervosas da parede do intestino > alteração nas funções do IG IV. Sintomas - ulcerações na mucosa intestinal - Colite - Dores abdominais - Diarreia com presença de sangue - Anemia - não tão frequente com nos ancylostomideos - Desnutrição - Retardo no crescimento - Tenesmo - Prolapso retal V. Diagnóstico - exame de fezes. Enterobius vermicularis →Causador de enterobiose - Mais frequente em crianças 5-15 anos - Prurido anal I.Morfologia - Macho 0,5cm - ambos com aletas cervicais e esôfago com bulbo - Fêmea 1cm, ponta posterior longa e aguda Órgão de eleição: ceco e apêndice Ciclo monoxênico → Fêmeas encontradas na região perianal, onde deposita os seus ovos. Contaminação pela ingestão do ovo contendo L1 II. Transmissão - heteroinfecção - Auto infecção externa - ovos na região perianal retornam ao intestino - Auto infecção interna - Retro infecção III. Patogenia e sintomas - Ação irritativa e mecânica - prurido anal (maior a noite), lesão na mucosa, escorações na pele, infecções secundarias - Perturbações do sono e emagrecimento - apendicite crônica IV. Diagnósticos -Observação das fêmeas nas fezes -Técnica da lâmina com fita adesiva STRONGYLOIDES STERCORALLIS - Estrongiloidose possui a particularidade de apresentar autoinfecção I. Morfologia - Apresenta as formas de Fêmea Partenogenética - consegue realizar a autoinfecção do hospedeiro de forma assexuada-, fêmea e machos livres, ovos, Larvas Rabditoides e larvas filarioides. - Fêmea partenogenética - corpo cilindrico, até 2,5mm, extremidade anterior arredondada e posterior afinada. - Fêmea livre - até 1,2mm II. Habitat - intestino delgado III. Ciclo biologico - apresenta o ciclo direto e o indireto No ciclo direto as larvas rabditoides no solo ou sobre a pele da região perianal, após 24 a 72 horas, transformam-se em larvas filarioides infectantes. No ciclo indireto as larvas rabditoides produzem fêmeas ou machos de vida livre Penetração de L3 nas mucosas ou pele, vai para corrente sanguinea até os os pulmões, vira L4, passam a barreira dos alvéolos e sobem até a faringe, sendo expectorados ou deglutidos, alojam-se nas vilosidades do intestino delgado, principalmente duodeno. IV. Transmissões - Hetero - larvas penetram pela pele ou mucosas orais e do esôfago. Mais frequente - Auto infecção externa - pessoas com falta de higiene, as quais ficam as larvas na região perianal após a defecação e penetram na pele - Auto infecção interna - larvas penetram na parede intestinal e vão até o pulmão e seguem até completarem o ciclo. Responsável pelo agravamento da patologia. V. Sintomatologia - Cutânea - discreta, exceto em casos de reinfecção, onde há reação de hipersensibilidade, causando urticária e edema - Pulmonar - dispneia, febre, tosse expectoração - Intestinais - de reação inflamatória leve até a ulcerações na mucosa. Causando demais sintomas em decorrência disso → Pacientes imunosuprimidos podem apresentar também - anemia, alterações no ECG, incontinência urinária, tontura, sudorese, emagrecimento VI. Diagnóstico - Clínico é difícil - 50% assintomáticos, muito parecida com outras parasitoses - Exame de Fezes - pesquisa de larvas Tecnica de Baerman VII. Tratamento Mebendazol 100mg 2xdia por 4 dias ou Albendazol 400mg dia por 3 dias WUCHERERIA BANCROFTI FILARÍASE LINFÁTICA
Compartilhar