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Prova Saude Integrativa - hierarquização, princípios SUS, matriciamento, MCCP, referencia e contrarreferência

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Saúde Integrativa
Regionalização e Hierarquização
como princípios organizativos do SUS
Integralidade
Tem-se que o princípio da integralidade, a
integração, não apenas das práticas que se dão sob
uma determinada forma de organizar o processo de
trabalho em saúde. É preciso, para além do cuidado
individual integrador, haver uma rede de serviços
organizada, em que os princípios de hierarquização e
regionalização não se confundam com um processo
burocratizador, que implica em barreiras à demanda
socialmente constituída.
Para tanto, deve-se ter, de maneira equilibrada,
ampla cobertura da atenção básica, bem como a
adequação da oferta de procedimentos de média e
alta complexidade, que sirvam de base ao
estabelecimento de uma rede de referência e
contra-referência na conformação da atenção em
saúde. Para o estabelecimento dessa rede é
necessária cooperação regional, que extrapola os
contornos dos municípios.
A compreensão do contexto político em que se
inserem as práticas em saúde ilumina tanto sua
reinvenção, em formas menos fragmentadas do
cuidar, quanto sua reorganização em processos de
trabalho configurados sob um modelo de gestão mais
dialógico e participativo.
Principais aspectos da regionalização no SUS:
● Definição de Regiões de Saúde: O país é
dividido em regiões de saúde, cada uma com
suas próprias características e necessidades de
saúde.
● Planejamento Regional: A regionalização
envolve o planejamento e a organização dos
serviços de saúde de forma integrada em cada
região, considerando as particularidades locais.
● Instâncias de Gestão Regional: São criadas
instâncias de gestão regional que envolvem
representantes das esferas federal, estadual e
municipal, bem como a participação da
sociedade civil, para tomar decisões sobre a
alocação de recursos e a organização dos
serviços.
Hierarquização
A hierarquização é o princípio que estabelece uma
ordenação dos serviços de saúde de acordo com o
grau de complexidade. Isso significa que, dentro de
uma região de saúde, os serviços de saúde são
organizados de forma hierárquica, de modo que cada
nível de atendimento tem um papel específico e
complementar.
Principais aspectos da hierarquização no SUS:
● Atenção Básica: A atenção básica, ou atenção
primária à saúde, é o primeiro nível de
atendimento e serve como porta de entrada do
sistema. Ela é responsável pela resolução da
maioria dos problemas de saúde, pela promoção
da saúde e pela prevenção de doenças.
● Atenção Especializada: Em níveis
subsequentes, encontramos a atenção
especializada, que inclui serviços ambulatoriais,
hospitais e outros serviços de maior
complexidade. Esses serviços são acionados
quando um caso requer cuidados mais
especializados.
● Atenção de Média e Alta Complexidade: São
os serviços de média e alta complexidade, como
hospitais de referência, que oferecem tratamento
intensivo e cirurgias complexas.
Matriciamento
O matriciamento ou apoio matricial é um modo de
produzir saúde em que duas ou mais equipes, num
processo de construção compartilhada, criam uma
proposta de intervenção pedagógico-terapêutica
O matriciamento é uma estratégia que busca
promover a troca de saberes entre diferentes equipes
de saúde, com o objetivo de aprimorar a assistência
prestada aos pacientes. Ele se baseia na ideia de
que nenhum profissional ou equipe de saúde possui
todo o conhecimento necessário para atender a
todas as necessidades de saúde de um paciente.
Portanto, o matriciamento envolve a colaboração
entre diferentes profissionais de saúde, como
médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes
sociais, entre outros, de diferentes níveis de atenção
à saúde.
A ideia central do matriciamento é que equipes
especializadas, chamadas de equipes de apoio,
atuem em parceria com as equipes de atenção
básica, que são as responsáveis pelo cuidado
primário. Essas equipes de apoio têm conhecimentos
e experiências específicas em determinadas áreas,
como saúde mental, saúde da família, atenção ao
idoso, entre outras. Elas oferecem suporte técnico,
consultoria, capacitação e orientação às equipes de
atenção básica,permitindo que estas enfrentem com
mais eficácia os desafios complexos de saúde que
podem surgir.
Além disso, o matriciamento também promove a
resolução de casos mais complexos no próprio
território, evitando encaminhamentos desnecessários
para serviços especializados de média ou alta
complexidade. Isso contribui para a melhoria da
acessibilidade e a diminuição das filas de espera por
atendimento.
Objetivo:
● Superar a lógica de encaminhamentos
indiscriminados;
● Corresponsabilização entre as equipes de Saúde
da Família (SF) e Saúde Mental (SM);
Verticalidade:
Encaminhamentos, referência e contra- referência.
Problemas:
• TRANSFERIR responsabilidade;
• FALHAS DE COMUNICAÇÃO: referência e contra
referência incompreensíveis, incompletas, não
resolutivas;
• LONGAS FILAS de espera para atendimento
especializado;
• PERDA DO VÍNCULO com UBS.
Horizontalidade: O MATRICIAMENTO
• Proporcionar a retaguarda especializada da
assistência;
• Suporte técnico-pedagógico
• Vínculo interpessoal e o apoio institucional no
processo de construção coletiva;
• Integrar saúde mental e atenção primária;
Matriciamento NÃO é:
• Encaminhamento ao especialista;
• Atendimento individual pelo profissional de saúde
mental / especialista;
• Intervenção psicossocial coletiva realizada apenas
pelo profissional de saúde mental.
Quando equipe de referência deve solicitar
Matriciamento:
• Auxílio para esclarecimento diagnóstico,
estruturação de um projeto terapêutico e abordagem
da família;
• Suporte para realizar intervenções psicossociais
específicas da atenção primária, como grupos de
pacientes com transtornos mentais.
• Integração do nível especializado com a atenção
primária. Ex.: apoiar na adesão ao projeto
terapêutico de pacientes com transtornos mentais
graves e persistentes em atendimento especializado
em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
• Apoio em dificuldades nas relações pessoais ou
especialmente difíceis encontradas na realidade do
trabalho diário.
Pontos importantes na discussão conjunta:
1. Motivo do matriciamento;
2. Informações sobre o indivíduo, a família e o
ambiente;
3. Dificuldades no manejo e na comunicação;
4. História do problema atual, cronologia,
intervenções já realizadas, resultados.
5. Configuração Familiar: Genograma;
6. Configuração social: convívio em grupos,
instituições, apoio social, situação econômica;
7. Reflexos do caso na equipe referência;
8. Formulação de diagnóstico multiaxial.
O matriciamento se dá principalmente de três formas,
a saber:
1. Interconsulta
2. Consulta conjunta
3. Visita Domiciliar Conjunta
1. Interconsulta
A interconsulta é o principal instrumento do apoio
matricial na atenção primária sendo, por definição,
uma prática interdisciplinar para a construção do
modelo integral do cuidado;
É a discussão de casos em equipe interdisciplinar:
visão ampla, multidisciplinar, integralidade no
cuidado.
2. Consulta Conjunta
Reúne profissionais de saúde de diferentes
categorias, o paciente e, se necessário, a família
deste;
Visa desenvolvimento de matriciadores e
matriciandos por meio da troca de questionamentos,
dúvidas, informações e apoio entre as partes.
Personagens participantes de uma consulta
conjunta:
- Da atenção primária à saúde: médico de família e
comunidade (ou outro profissional médico exercendo
esse papel), enfermeiro, dentista, agente comunitário
de saúde;
- Da equipe de saúde mental: psiquiatra, psicólogo,
enfermeiro, terapeuta ocupacional, assistente social
ou outro profissional de saúde de nível superior com
experiência em saúde mental.
3. Visita Domiciliar
O foco das equipes de saúde mental e de saúde da
família costuma diferir quando em ação no domicílio
do paciente:
• CAPS: seguimento domiciliar de pacientes
portadores de transtornos mentais graves e
persistentes.
• ESF: pacientes idosos, acamados e com
necessidades especiais, e casos de maior
complexidade psicossocial.
• ESF + ESM: importância dos melhores vínculos
estarem presentes.(ACS, enfermeira, MFC, ...).
Estratégias ESM + ESF
1. Construção de projetos de detecção precoce de
situações de sofrimento mental;
2. Desenvolver ações de prevenção e promoção
em saúde mental: escolas, profissões de risco,
áreas de vulnerabilidade/violência, tráfico de
drogas...;
3. Difusão de uma cultura solidária e inclusiva,
diminuindo o preconceito/ ESTIGMA;
4. Incentivar e apoiar iniciativas de inclusão social
pelo trabalho;
5. Estimular a mobilização de recursos
comunitários, buscando construir espaços de
reabilitação psicossocial na comunidade, como
grupos comunitários e de promoção de saúde,
oficinas de geração de renda e outras.
Projeto Terapêutico Singular
A principal finalidade do PTS é considerar o paciente
como um indivíduo único, levando em consideração
não apenas suas condições de saúde, mas também
seu contexto social, econômico e cultural. Dessa
forma, o PTS visa desenvolver um plano de cuidado
que seja adequado às necessidades específicas de
cada paciente, envolvendo-o ativamente no processo
decisório e no planejamento do tratamento.
❖ Acolhimento e Escuta Qualificada
❖ Avaliação Multidimensional: saúde física,
emocional e social. Também são identificados
fatores de risco, proteção e vulnerabilidade.
❖ Definição de Objetivos e Metas
❖ Plano de Cuidado: Esse plano pode incluir ações
como consultas médicas, acompanhamento por
profissionais de saúde, encaminhamentos para
especialistas, prescrição de medicamentos,
orientações sobre estilo de vida saudável, entre
outros.
❖ Acompanhamento e Reavaliação
❖ Integração e Colaboração: O PTS envolve a
colaboração entre diferentes profissionais de
saúde e serviços de saúde, garantindo uma
abordagem integrada e coordenada.
❖ Empoderamento do Paciente
Questão T1:
1 - Defina matriciamento em saúde, indique seus
objetivos e as formas como pode ocorrer.
Referência e Contrarreferência
Na consolidação das linhas de cuidado nas redes de
atenção à saúde, um grande desafio para o SUS tem
sido garantir que a contrarreferência dos pacientes
da atenção secundária para as UBS ocorra
efetivamente e com qualidade. Indique 3 problemas
encontrados na contra referência e indique possíveis
medidas corretivas.
A contra referência efetiva e com qualidade é um
componente crucial para o funcionamento adequado
das redes de atenção à saúde no Sistema Único de
Saúde (SUS). No entanto, diversos desafios podem
prejudicar esse processo. Abaixo estão três
problemas comuns encontrados na contra referência
e possíveis medidas corretivas:
Falta de Comunicação e Registro Adequado:
Problema: Muitas vezes, a comunicação entre os
serviços de saúde de diferentes níveis de atenção
(por exemplo, unidades básicas de saúde - UBS e
serviços de atenção secundária) é deficiente,
resultando em informações inadequadas ou ausentes
nos encaminhamentos.
Medidas Corretivas:
● Estabelecer protocolos claros de comunicação e
registros compartilhados, incluindo prontuários
eletrônicos acessíveis a todas as partes.
● Treinar profissionais de saúde para documentar
informações relevantes nos encaminhamentos e
contra referências.
● Implementar sistemas de informação eficazes
que facilitem a troca de informações entre os
diferentes níveis de atenção.
Longos Tempos de Espera para Consultas de
Contrarreferência:
Problema: Pacientes encaminhados para serviços de
atenção secundária podem enfrentar longos períodos
de espera para consultas de contrarreferência, o que
pode resultar em agravamento de condições de
saúde.
Medidas Corretivas:
● Estabelecer diretrizes claras para tempos
máximos de espera e monitorar o cumprimento
desses prazos.
● Implementar sistemas de agendamento
eficientes e equitativos que priorizem casos de
maior urgência.
● Expandir a capacidade de atendimento nos
serviços de atenção secundária, se necessário,
para reduzir as filas de espera.
Falta de Continuidade do Cuidado e
Acompanhamento:
Problema: Após a consulta de contra referência,
muitas vezes os pacientes retornam às UBS sem um
plano de cuidado claro ou acompanhamento
adequado, o que pode levar a uma perda de
continuidade no cuidado.
Medidas Corretivas:
● Desenvolver planos de cuidado compartilhados
entre os serviços de atenção secundária e as
UBS, incluindo metas de tratamento e
acompanhamento a serem seguidos.
● Garantir que os profissionais de saúde nas UBS
sejam informados sobre o plano de cuidado e as
orientações do serviço de atenção secundária.
● Implementar sistemas de monitoramento e
feedback para avaliar a eficácia do plano de
cuidado e fazer ajustes quando necessário.
São diversas as justificativas para as falhas
existentes na contra-referência da atenção
ambulatorial especializada para a APS, trazendo
como consequências:
Dificuldade de acompanhamento do paciente na
APS, baixa capacidade resolutiva da atenção básica,
confusão para o paciente, baixa qualidade da
atenção prestada, riscos de descompensação,
migração do paciente entre APS, UPA e outros
serviços, maior custo na assistência. Para cada
justificativa, podemos implementar estratégias
corretivas.
A - Desinformação e/ou negligência do médico
especialista com relação à necessidade e
importância em comunicar à APS (responsável pelo
seguimento e gestão clínica do paciente adscrito) o
diagnóstico do paciente, os exames realizados na
atenção especializada e o projeto terapêutico
proposto, a ser compartilhado com a APS.
B - Falhas na gestão dos serviços de atenção
especializada do SUS, no sentido de considerar as
informações e sistemas de contra-referência, como
obrigatórias, bem como implementar ações e
estratégias de capacitação do médico especialista
para a importância e a incorporação na prática
assistencial.
Incluir os instrumentos e puxos de contrarreferência
como critérios de pagamento e financiamento da
atenção especializada.
C - Incompatibilidade entre os sistemas de
informação instalados nas UBS e nos serviços
especializados, impedindo ou dificultando a
comunicação e acesso às informações sobre os
pacientes. Compete aos gestores do SUS garantir a
comunicação adequada entre dos níveis de
assistência, visando facilitar, ampliar a resolutividade
e qualificar a assistência na RAS.
Referência
As falhas no encaminhamento dos pacientes das
UBS para o ambulatório secundário de
especialidades são diversas e para cada uma teriam
estratégias corretivas:
A - Falha na formação ou na informação do médico
da APS, tanto em relação à condução dos casos,
quanto na coleta, no registro e no seguimento dos
fluxos da RAS dos pacientes que necessitam
atenção especializada.
Como ações corretivas:
1. Melhorar a formação médica no sentido da
condução resolutiva dos casos na APS.
2. Capacitar os médicos da APS para o registro
adequado das informações e nos fluxos dos
documentos de referência.
B - Falha no modelo de atenção e de gestão em
saúde, não permitindo que o médico tenha acesso
aos exames diagnósticos adequados ou não tenha
tempo ou condições para preencher adequadamente
os documentos e sistemas de informações de
encaminhamento dentro da RAS de
pacientes.
Cabe aos gestores em saúde (nos 3 níveis) garantir
que o médico tenha acesso aos métodos
diagnósticos que aumentem a resolutividade da APS,
encaminhando para os níveis secundário e terciário
apenas o efetivamente necessário.
Doença Renal Crônica
Condições clínicas que indicam a necessidade de
encaminhamento para nefrologia:
1. taxa de filtração glomerular (TFG) < 30 ml
/min/1,73m2 (estágio 4 e 5) ou
● proteinúria; ou
● hematúria persistente (confirmada em dois
exames Urina 1, com 8 semanas de intervalo
entre os mesmos e pesquisa de hemácias
dismórficas positiva. Se hemácias dismórficas
negativa ou indisponível, encaminhar para
urologia); ou
2. Alterações anatômicas que provoquem lesão ou
perda de função renal ou
● perda rápida da função renal (> 5 /min/1,73
m2 em seis meses, com uma TFG < 60 ml
/min/1,73 m2, confirmado em dois
exames); ou
● presença de cilindros com potencial
patológico (céreos, largos, graxos, epiteliais,
hemáticos ou leucocitários).
Alterações anatômicasque provoquem lesão ou
perda da função renal:
- Doença Policística Renal
- Estenose de Artéria Renal
- Assimetria Renal sem causa estabelecida
(diferença de 1,5 cm entre os rins)
Condições clínicas que indicam a necessidade de
encaminhamento para urologia:
● hematúria persistente (confirmada em dois
exames de Urina tipo 1, com 8 semanas de
intervalo entre os mesmos e pesquisa de
hemácias dismórficas negativa); ou
● alterações anatômicas que provoquem lesão
ou perda de função renal.
Conteúdo descritivo mínimo que o
encaminhamento deve ter:
1. Creatinina sérica, com data (se suspeita de perda
rápida de função renal, colocar dois resultados da
creatinina sérica com no mínimo seis meses de
diferença entre eles);
2. Microalbuminúria em amostra, albuminúria em 24
horas ou relação albuminúria/creatinúria, com
indicação do tipo de exame e data;
3. Resultado de urina tipo 1 (quando alterado, dois
exames, com oito semanas de diferença entre eles) e
pesquisa de hemácias dismórficas, com data,
quando realizado (para investigação de hematúria) ;
4. Resultado de USG de vias urinárias, quando
realizada, com data;
5. Cor de pele (preta ou não), idade e sexo (ambas
as informações podem ser encontradas no sistema
informatizado de regulação, quando existente);
Vertigem
Condições clínicas que indicam a necessidade de
encaminhamento para serviço de urgência/
emergência:
● vertigem com suspeita de origem central e sinais
de gravidade:
● sintomas ou sinais neurológicos focais (como
cefaleia, borramento visual, diplopia, disartria,
parestesia, fraqueza muscular, dismetria, ataxia);
ou
● novo padrão de cefaleia (especialmente
occipital); ou
● surdez aguda unilateral; ou
● nistagmo vertical.
Condições clínicas que indicam a necessidade de
encaminhamento para a Neurologia:
Vertigem com suspeita de origem central após
avaliação em serviço de emergência.
Condições clínicas que indicam a necessidade de
encaminhamento para Otorrinolaringologia:
● suspeita de doença de Ménière; ou
● vertigem posicional paroxística benigna
(manobra de Dix-Hallpike) com mais de 3
episódios de recorrência após manobras de
reposição otolítica (manobra de Epley); ou
● labirintite ou neuronite com sintomas que não
melhoram após 15 dias de tratamento
conservador; ou
● vertigem periférica com dúvida diagnóstica após
investigação de causas secundárias na APS
(como medicamentos, diabetes, hipertireoidismo
e hipotireoidismo descompensados).
Conteúdo descritivo mínimo que o
encaminhamento deve ter:
1. sinais e sintomas (duração, tempo de evolução e
frequência dos episódios de vertigem; fatores
desencadeantes; outros sintomas associados,
exame físico neurológico e otoscopia);
2. tratamento em uso ou já realizados para
vertigem (não farmacológico e/ ou medicamentos
utilizados com dose, posologia e resposta a
medicação);
3. resultado de TSH e glicemia de jejum ou
hemoglobina glicada, com data;
4. medicamentos que cursam com vertigem
Alguns medicamentos/substâncias que causam
vertigem:
❖ Álcool / Cocaína
❖ Aminoglicosídeos
❖ Antiarrítmicos
❖ Anticonvulsivantes (fenitoína, fenobarbital)
❖ Antidepressivos
❖ Anti-histamínicos sedativos
❖ Anti-hipertensivos
❖ Benzodiazepínicos
❖ Diuréticos (furosemida)
❖ Nitratos
❖ Lítio
❖ Relaxantes musculares
Características das causas mais comuns de
vertigem periférica
Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB)
● sensação rotatória que geralmente dura menos
que 1 minuto e é desencadeada por
movimentação da cabeça (como sair da cama,
inclinar-se para frente ou para trás);
● vertigem costuma ser intensa e associada à
náusea;
● presença de nistagmo (horizontal ou rotatório)
desencadeado por manobras como Dix-Hallpike
● o nistagmo apresenta período de latência (inicia
5 a 20 segundos após manobra), é fatigável e
inibido após fixação do olhar.
Neurite vestibular aguda (neuronite/labirintite)
● sensação rotatória sustentável (não posicional)
unidirecional, geralmente de início abrupto, com
melhora progressiva durante semanas;
● associada a náusea e vômitos, porém sem
outros sintomas como zumbido ou sintomas
neurológicos focais;
● nistagmo (horizontal ou rotatório) é inibido após
a fixação do olhar;
● apresenta teste do impulso cefálico positivo
(sacada para manter o alvo visual) quando
cabeçaé movimentada para o lado afetado
Doença de Ménière
● crises recorrentes de vertigem com sintomas
cocleares (hipoacusia, zumbido e plenitude
aural);
● crise inicia com os sintomas cocleares, seguido
pela vertigem, que tem pico de intensidade
rápido e dura cerca de 20 minutos a horas
(porém não costuma durar mais que 24 horas);
● costuma apresentar perda auditiva
neurossensorial unilateral ou assimétrica.
Osteoartrite
Osteoartrite do joelho (critério clínico e
radiológico):
Dor no joelho associada a osteófitos nas margens
articulares na radiografia do joelho e mais um critério
clínico:
- idade superior a 40 anos;
- rigidez matinal com duração inferior a 30 minutos; -
crepitação da mobilização ativa da articulação.
Osteoartrite do quadril (critério clínico,
radiológico e laboratorial):
Dor no quadril e pelo menos 2 dos 3 critérios:
- VHS < 20 mm/h;
- osteófitos femoral ou acetabular na radiografia de
quadril;
- diminuição do espaço interarticular (superior, axial
e/ou medial) na radiografia de quadril
Osteoartrite da mão (critério clínico):
Dor ou rigidez das mãos e pelo menos 3 dos 4
critérios:
- alargamento ósseo de duas ou mais articulações
definidas (2o e 3o interfalangeanas distais, 2o e 3o
interfalangeanas proximais e 1o articulação
carpometacarpal de ambas as mãos);
- alargamento ósseo de duas ou mais articulações
interfalangeanas distais;
- menos de três articulações metacarpofalangeanas
com edema;
- deformidade de pelo menos 1 das 10 articulações
definidas.
Condições clínicas que indicam a necessidade de
encaminhamento para reumatologia:
● suspeita de doença articular inflamatória como
artrite reumatoide ou artrite psoriásica; ou
● dor por osteoartrite sem melhora após
tratamento clínico otimizado por 6 meses, na
ausência de serviço especializado para
tratamento de dor crônica.
Condições clínicas que indicam a necessidade de
encaminhamento para ortopedia:
● osteoartrite de quadril, joelho ou ombro com
potencial indicação de cirurgia (sintomas de dor
refratários ao tratamento clínico otimizado por 6
meses ou importante prejuízo para as atividades
de vida diária); ou
● osteoartrite em mãos com deformidades que
comprometam a função da mão.
Condições clínicas que indicam a necessidade de
encaminhamento para serviço especializado para
tratamento de dor crônica (fisiatria, acupuntura,
equipe de tratamento da dor ou outro serviço de
referência disponível):
● Dor por osteoartrite sem melhora após
tratamento clínico otimizado por 6 meses, sem
indicação ou condição clínica para cirurgia.
Conteúdo descritivo mínimo que o
encaminhamento deve ter:
1. Manifestações clínicas que sugiram o
diagnóstico:
a) dor articular (sim ou não). Se sim, quais
articulações acometidas;
b) hipertrofia óssea na articulação (sim ou não). Se
sim, articulações acometidas;
c) presença de rigidez matinal (sim ou não). Se sim,
descreva duração;
d) presença de crepitação, quando sintoma em
articulação de joelho (sim ou não);
e) outros sinais e sintomas relevantes (edema da
articulação, calor local, deformidade articular);
2. presença de restrição de movimento/prejuízo
funcional (sim ou não). Se sim, descreva.
3. resultado de exame de imagem, com data;
4. resultado de velocidade de hemossedimentação
(VSG/VHS), com data;
5. índice de massa corporal (IMC);
6. tratamento em uso ou já realizado para
osteoartrite (não farmacológico (tipo e duração)
e/ou medicamentos utilizados com dose,
posologia e resposta a medicação);
7. comorbidades associadas (psoríase, doença
inflamatória intestinal e outras);
Insuficiencia Venosa Cronica
Condições clínicas que indicam a necessidade de
encaminhamento para a Cirurgia Vascular:
● Insuficiência venosa crônica grave (CEAP C3 a
C5) refratária ao tratamento conservador na APSpor 6 meses; ou
● Úlcera venosa crônica (CEAP 6)
Condições clínicas que indicam a necessidade de
encaminhamento para a Dermatologia:
● Paciente com úlcera crônica e suspeita de
etiologia não vascular (ex: vasculite, infecção,
neoplasia).
Conteúdo descritivo mínimo que o
encaminhamento deve ter:
1. sinais e sintomas (descrever tempo de evolução,
presença de úlcera atual ou prévia, palpação de
pulsos arteriais, entre outros);
2. episódio de tromboembolismo venoso prévio?
(sim ou não). Se sim, descreva;
3. tratamento conservador realizado para
insuficiência venosa crônica (descreva tratamento
conservador, medicamentos utilizados e tempo de
duração). Se presença de úlcera crônica,
descreva tratamento realizado;
4. resultado de ecografia com doppler venoso, se
realizada, com data;
Questões T1:
Segundo orientação do Ministério da Saúde, é
indicação de encaminhamento para a atenção
secundária ambulatorial com cirurgião vascular,
paciente com história de episódio de trombose
venosa profunda há 8 meses e apresentando úlcera
venosa, mesmo fazendo uso de meia elástica e
elevação do membro afetado.
Homem, 72 anos, segue no serviço de oncologia e
cuidados paliativos por câncer de próstata com
metástases. É levado por familiares à Unidade
Básica de Saúde com queixa desde o dia anterior, de
dor torácica de início súbito, associado à dispneia e
um episódio de hemoptise. Suspeitando tratar-se que
quadro de tromboembolismo pulmonar (TEP) e para
avaliar a indicação ou não de encaminhamento para
serviço de urgência e emergência, o médico deverá
se basear em:
Para avaliação dos casos suspeitos de
tromboembolismo venoso e indicação ou não de
encaminhamento para serviço de urgência e
emergência, o Ministério da Saúde orienta a
utilização do escore de Wells.
DPOC
Condições clínicas que indicam a necessidade de
encaminhamento para Emergência:
Exacerbação de DPOC com sinais de gravidade que
não possibilitam manejo na APS.
Condições clínicas que indicam a necessidade de
encaminhamento para espirometria:
● avaliação inicial diagnóstica do paciente com
suspeita de DPOC; ou
● DPOC com classificação de risco elevado (C ou
D), sem melhora com tratamento clínico
otimizado (em uso de corticoide inalatório e
beta-2 agonista de longa ação ou anticolinérgico
de longa ação), após duas consultas de
acompanhamento; ou
● DPOC estáveis com classificação de risco B
(bienalmente) ou C e D (anualmente) para
seguimento
Condições clínicas que indicam a necessidade de
encaminhamento para pneumologia:
● DPOC de difícil controle (duas ou mais
internações ou idas à emergência por
exacerbação de DPOC no último ano, em uso
de corticoide inalatório e beta-2 agonista de
longa ação ou anticolinérgico de longa ação); ou
● DPOC muito grave (VEF1 menor do que 30% do
previsto);
● paciente que persiste sintomático (pontuação
maior ou igual a 2 na escala de dispneia mMRC
ou pontuação maior ou igual a 10 no instrumento
de Avaliação do DPOC (CAT), mesmo com
tratamento otimizado (em uso de corticoide
inalatório e beta-2 agonista de longa ação ou
anticolinérgico de longa ação); ou
● suspeita de cor pulmonale
● avaliação para oxigenoterapia domiciliar
prolongada (saturação de oxigênio menor ou
igual a 92% em repouso no ar ambiente e fora
de crise).
Conteúdo descritivo mínimo que o
encaminhamento deve ter:
1. sinais e sintomas (descrever baseado nas
últimas quatro semanas: frequência e
intensidade das crises; pontuação na escala de
dispneia mMRC ou no Instrumento de Avaliação
do DPOC (CAT)
2. tabagismo (sim ou não). Se sim, estimar carga
tabágica (em maços-ano);
3. medicações em uso para DPOC (profiláticas e
de alívio);
4. número de exacerbações resultando em uso de
corticoide oral e antibioticoterapia no último ano;
5. quantidade de internações ou atendimentos de
emergência no último ano por exacerbação do
DPOC;
6. descrição da espirometria, com data;
7. descrição do Raio X de tórax, com data;
8. se avaliação para oxigenoterapia, descrever 2
resultados de gasometria ou saturação de
oxigênio (paciente respirando em ar ambiente e
fora de exacerbação), com data;
Tratamento
Categoria A (Baixo Risco/Menos sintomas)
Classificação Espirométrica: 1 (VEF1 > 80%) ou 2 (>
50% VEF1 < 80%)
Exacerbações por ano: < 1
Escala dispneia mMRC: 0 – 1 ou Escore no CAT < 10
Tratamento Otimizado: β2 curta ação ou
anticolinérgico de curta ação, se necessário.
Categoria B (Baixo Risco/Mais sintomas)
Classificação Espirométrica: 1 (VEF1 > 80%) ou 2 (>
50% VEF1 < 80%)
Exacerbações por ano: < 1
Escala dispneia mMRC: > 2 ou Escore no CAT > 10
Tratamento Otimizado: β2 longa ação ou
anticolinérgico de longa ação
Categoria C (Alto Risco/ Menos sintomas)
Classificação Espirométrica: 3 (< 30% VEF1 < 50%)
ou 4 (VEF1 < 30%)
Exacerbações por ano: > 2
Escala dispneia mMRC: 0 – 1 ou Escore no CAT < 10
Tratamento Otimizado: Corticoide inalatório + β2
longa ação ou anticolinérgico de longa ação.
Categoria D (Alto Risco/ Mais sintomas)
Classificação Espirométrica: 3 (< 30% VEF1 < 50%)
ou 4 (VEF1 < 30%)
Exacerbações por ano: > 2
Escala dispneia mMRC: > 2 ou Escore no CAT > 10
Tratamento Otimizado: Corticoide inalatório + β2
longa ação ou anticolinérgico de longa ação.
β2 agonista de longa ação
Formoterol (cápsula ou pó inalante de 6 e 12 mcg)
12 a 24 mcg/dose 12 horas
Salmeterol (aerosol oral ou pó inalante de 50 mcg)
50 mcg/dose 12 horas
Associação β2 agonista de longa ação e
Corticoide Inalatório
Formoterol + Budesonida (Cápsula inalante ou pó
inalante de 6mcg + 200 mcg ou de 12 mcg + 400
mcg).
1 a 2 doses a cada 12 horas
Escala modificada do Medical Research Council
(mMRC) para avaliação da dispneia
0 Sinto falta de ar somente aos esforços intensos.
1 Sinto falta de ar ao correr no plano ou subir uma
ladeira leve.
2 Caminho mais lentamente que as pessoas da
minha idade no plano por causa da falta de ar, ou
tenho que parar para tomar fôlego quando caminho
no meu próprio ritmo, no plano.
 
3 Paro para tomar fôlego após caminhar cerca de
100 metros ou após alguns minutos, no plano.
4 Tenho muita falta de ar para sair de casa, ou ao
me vestir ou despir.
Suspeita de cor pulmonale
Evidência clínica de insuficiência cardíaca direita
(hiperfonese de segunda bulha em foco pulmonar,
turgência jugular, refluxo hepatojugular).
Sinais de Hipertensão Pulmonar por exame
complementar:
● Ecocardiograma (aumento de ventrículo direito,
PsAP acima de 35 mmHg ou outros achados
ecocardiográficos); ou
● Raio-X de tórax (aumento de ventrículo direito,
artérias pulmonares alargadas);ou
● Eletrocardiograma (sobrecarga direita).
Teste de Avaliação do DPOC (COPD Assessment
Test – CAT) — No final do arquivo!!!
Como está a sua Doença Pulmonar Obstrutiva
Crônica (DPOC)?
Para cada um dos itens a seguir, assinale com um (x)
o quadrado que melhor o descrever presentemente.
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