Prévia do material em texto
Centro Universitário Leonardo Da Vinci Curso Bacharelado em Serviço Social BRENDA AMELIA DE OLIVEIRA SOUSA (SES 5169) LEVANTAMENTO DE DEMANDAS: SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE SANTA IZABEL - PA 2022 http://www.grupouniasselvi.com.br/pt_br/inde BRENDA AMELIA DE OLIVEIRA SOUSA LEVANTAMENTO DE DEMANDAS: SECRETARIA MUNNICIPAL DE SAÚDE Levantamento de Demandas apresentado à disciplina de Estágio II do Curso de Serviço Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como requisito parcial para avaliação. Maria Jeanne de Oliveira Siqueira – Orientador Local Fabiani Souza Iketani – Orientador SANTA IZABEL 2022 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1 LEVANTAMENTO DE DEMANDAS............................................................................ 2 DESCRIÇÃO DO PROCESSO................................................................................ 3 DEMANDA A SER TRABALHADA............................................................................ 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.................................................................................. INTRODUÇÃO O presente trabalho trata-se do levantamento de demandas realizado pelo acadêmico(a) na Secretaria Municipal de Saúde do município de Santa Izabel – Pará, que faz parte do estágio supervisionado II em Serviço Social. Através da Portaria SAS Nº 55, de 24\02\1999, o Ministério da Saúde normatiza o TFD – Tratamento Fora do Domicílio, considerando a necessidade de garantir acesso de pacientes de um Município\Estado a serviços assistenciais de outro Município\Estado e considerando a importância da operacionalização de redes assistenciais de complexidade diferenciada. A Portaria SAS Nº 55, de 24\02\1999, estabelece que as despesas de TFD sejam pagas através do Sistema de Informação Ambulatorial – SAI\SUS e especifica o procedimento na tabela SUS. Considerando a portaria SAS\MS Nº 55 de 24 de fevereiro de 1999 que dispõe sobre a rotina de Tratamento Fora de Domicílio no Sistema Único de Saúde – SUS, onde no 5º do art 1º “Fica vedado o pagamento de TFD em deslocamentos menores do que 50 km de distância e em regiões metropolitanas”; Considerando o art 8º da portaria 55 de 24 de fevereiro de 1999 “quando o paciente acompanhante retornar ao município de origem no mesmo dia, serão autorizadas, apenas passagens e ajuda de custo para a alimentação; Considerando a resolução CIB Pa nº 12 de 31 de janeiro de 2008, no item II do art 3º, onde para obter o fornecimento dos recursos do programa terá que “Residir em município a mais de 50km do município de destino em deslocamento através de transporte terrestre ou fluvial e 200 milhas por meio de transporte aéreo;” O TFD é um benefício que os usuários do Sistema único de Saúde podem receber que consiste na assistência integral à saúde, incluindo o acesso de pacientes residentes no Estado do Pará a serviços assistenciais localizados em municípios do próprio Estado ou outras unidade federativas, quando esgotados todos os meios de tratamento e\ou realização de exames auxiliar diagnóstico terapêutico no local de residência (Município\Estado) do paciente e desde que o local indicado possua o tratamento mais adequado à resolução de seu problema ou haja condições de cura total ou parcial. Por meio do TFD são dadas condições para deslocamento e permanência do paciente e seu acompanhante, quando indicado por medico do SUS. O período de permanência no local do tratamento deve ser limitado ao período estritamente necessário à fase do tratamento. Dessa forma, a Secretaria de Estado de Saúde Pública, através da Diretoria de Desenvolvimento e Auditoria dos Serviços de Saúde, em conjunto com as coordenações estadual e regionais do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), apresenta a atualização do manual estadual de Tratamento Fora de Domicílio, o qual será o instrumento norteado operacionalização do TFD em todos os municípios paraenses e centros regionais de saúde, conforme estabelecido nas legislações ministeriais vigentes e resoluções da Comissão Intergestores Bipartite (CIB\PA). 1 LEVANTAMENTO DE DEMANDAS O levantamento de demandas é considerado como um instrumento de auxílio para a compreensão e apreensão das demandas atendidas dentro de uma instituição, reforçando a apresentação de atividades e resultados exercidas em um setor específico. É a partir do levantamento de demandas que o Serviço Social na Secretaria Municipal de Saúde de Santa Izabel do Pará tem por missão viabilizar assistência integral à saúde dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), proporcionando o acesso aos serviços de saúde especializados em outros municípios ou estados da Federação, quando esgotados todos os recursos técnicos no município ou estado de residência do paciente, segundo metas pactuadas e legislações vigentes. Assim o levantamento de demandas é de grande relevância, pois auxilia o profissional de Serviço Social a conhecer a realidade dos usuários, conforme preconiza Zanoni (2009). Desta forma o assistente social saberá quais demandas serão trabalhadas na instituição, qual instrumental utilizar no atendimento, assim como tem informações precisas que lhe auxiliarão em seu atendimento e na busca de melhoria dos processos existentes no intuito de atender melhor os usuários. 2 DESCRIÇÃO DO PROCESSO O levantamento de demandas é o momento no qual o acadêmico inicia seu processo na prática profissional, com orientações do Supervisor de Campo, a fim de identificar possíveis problemas que serão trabalhados na intervenção acadêmica do Serviço Social. Demanda Causas Consequências Ações de Enfrentamento e Estratégias Atores Envolvidos • Público do TFD • Paciente do indicativo de tratamento fora do Estado • Resolução do problema montagem de processos • Contato com a família • Rede de apoio • Orientação com familiar ou paciente • Coordenação • Técnico responsável • Estagiária • Médico auditor Pontos fortes Pontos fracos Recursos Necessários Responsáveis Prazos • Processos atualizados e organizados • Processos burocráticos • Documentos • Entrevista com os pacientes e familiares • Estagiaria de serviço social e assistente social • 30 a 40 dias para a montagem do processo 3 DEMANDA A SER TRABALHADA Diante da observação inicial quanto a demanda de maior relevância ao paciente\usuário, destaca-se o atendimento ao público do TFD. Através desta demanda buscou-se identificar os desafios enfrentados pelos pacientes e acompanhantes sobre os aspectos das garantias básicas necessárias para se manter enquanto dependente da ajuda de custo oferecida pelo programa TFD, haja vista, a situação de vulnerabilidade econômica que muitos se encontram. Outro ponto relevante é referente a disponibilidade dos recursos. Partindo dos relatos, evidencia-se o atraso no pagamento, o que ocasiona incertezas em relação a manutenção do tratamento. Desta forma, é imperativa a necessidade da garantia prévia do auxilio com valor adequado afim de assegurar condições de dignidade ao beneficiário do recurso. Todos os pacientes\usuários entrevistados e registrados pelas informações do diário de campo do estagiário, são pacientes oncológicos, e que devido ao tipo de doença necessitam passar longos períodos distantes de seus municípios em tratamento. Estesvem tratar diversos tipos de câncer de mama, câncer do colo uterino, tratamento oftalmológico, transplante de medula para fora do Estado, tratamento de Neufrologia, entre outros. Foi observado segundo as entrevistas realizadas e os registros em diário de campo que os usuários do TFD analisados, passam a ter acesso ao benefício BPC (Benefício de Prestação Continuada), após a descoberta da doença, ou, caso trabalhassem em trabalho formal de carteira assinada, anteriormente a doença, recebe o auxílio doença previdenciário. As dificuldades enfrentadas pelos pacientes\usuários no acesso e utilização do programa se relacionam aos mais diversos aspectos sociais. Ainda que haja a existência do instrumento TFD de forma legal, os pacientes\usuários do SUS tem se deparado com diversidades para acessar ao programa, até mesmo os que precisam ter acompanhantes como: mulheres com filhos internados, pacientes com doenças crômicas, entre outras circunstâncias. Assim, é explicito no contexto das unidades de saúde reivindicações referentes a ausência de condições financeiras dos pacientes e suas famílias. Desta maneira, é verificado que apesar da população ter direito a saúde integral, estes direitos tem rescindido como responsabilidades exclusivas desses indivíduos, no qual adversa a proteção dos direitos sociais largamente (NASCIMENTO; FERREIRA, 2016). 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Levando em consideração os resultados da pesquisa, onde os usuários beneficiários contrapuseram suas percepções quanto a este tratamento, temos que, o funcionamento do programa é de grande importância para a saúde pública, no entanto, o mesmo precisa ser aplicado de acordo com o que é proposto em sua legislação, para garantir os direitos a saúde conforme o que preconiza a Constituição Federal de 88. No entanto, a garantia do TFD precisa não somente estar previsto em legislação, mas na plena efetividade das ações que possam assegurar condições de dignidade nos tratamentos a que destes carecem. Esta efetividade perpassa para além de acompanhamento médico, exames laboratoriais. É preciso lançar um olhar mais humano sobre os pacientes, enquanto sujeitos de dignidade garantindo-lhes as condições necessárias com vista a atenuar os impactos sofridos, inclusive psicológicos, em decorrência do deslocamento para outras localidades em busca de saúde por falta de tratamento especializado. REFERÊNCIAS ZANONI, TOSCAN, B.F. Levantamento de Demandas. São Paulo: Pearson Education do Brasil.2009. NASCIMENTO, Bruna Maria de Sousa do; FERREIRA, Edley Juliana Menezes. Problematização acerca da saúde da mulher: principais entraves e desafios para a consolidação dos direitos socias. II Congresso de assistência social do Estado do Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: http://www.cressrj.org.br/site/wpcontent/uploads/2016/05/039.pdf. Acesso em 11 jun. 2022.