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Contabilidade de Custos Módulo de Estudo 1 Olá, sou o Prof. Valdomiro Benjamim Junior e estarei com você ao longo deste semestre para apresentar os temas que compõem a disciplina CONTABILIDADE DE CUSTOS. Minha formação é na área de Ciências Contábeis pela Universidade de São Paulo (USP) e meu primeiro mestrado foi feito na mesma instituição, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP. Tenho ainda um segundo mestrado pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP em Modelagem de Sistemas Complexos em que eu utilizei os conhecimentos lá adquiridos para compreender melhor a rede de publicação de artigos em contabilidade de custos e gerencial. Sou coordenador de cursos de graduação e pós-graduação em importantes escolas do país além de professor nessas instituições. Você pode encontrar mais informações sobre mim acessando meu currículo Lattes no endereço que aparece aqui: http://lattes.cnpq.br/3813623501579515 Nessa primeira aula compreendemos como foi o processo de desenvolvimento da contabilidade de custos dentro da Ciência Contábil e quais foram os fatores que fizeram com que essa disciplina se revestisse de uma importância notadamente destacada. Compreender os custos de um bem ou serviço nos ajuda a compreender o preço e o valor dos mesmos. CONTABILIDADE DE CUSTOS Prof Valdomiro Benjamin Junior http://lattes.cnpq.br/3813623501579515 http://lattes.cnpq.br/3813623501579515 E a compreensão dos custos nos dá uma melhor condição de compreender os benefícios que um produto ou serviço nos traz. • Relações comerciais antes e depois da revolução industrial • Relações de produções mais complexas, sendo que os produtos, a partir da revolução industrial, são formados a partir de um agregado de recursos como a mão de obra, as matérias-primas e outros custos indiretos de fabricação, além de uma tecnologia crescente. • Como organizar agora essa quantidade de informações e sistematiza-las de tal forma a gerar informações relevantes de custos para a tomada de decisão nas organizações? • Essa é a temática central do estudo de custos. • A Contabilidade de Custos estuda modelos, teorias e técnicas de mensuração que provêm aos sistemas de informação das empresas insumos necessários para que se produza informações que servem de meios para se decidir por caminhos que otimizam os resultados. • Avanço da indústria e da tecnologia no século XX. • Importância do mercado de capitais e da informação contábil para o crescimento das organizações. • A contabilidade recebe a incumbência de fornecer grande parte das informações relevantes para os investidores • Essa disciplina tem por objetivo apresentar os principais métodos de custeio como o custeio por absorção e o custeio ABC, além de apresentar formas de acumular custos e suas mensurações mais básicas. • A Contabilidade de Custos não possui assuntos que tenham grandes dificuldades para a sua compreensão. Essa disciplina é formada por um conjunto de técnicas e ideias de baixa ou média complexidade que se acompanhada desde o início com um mínimo de empenho, não costuma gerar contratempos para os estudantes da área, e ainda, gera grandes benefícios para a compreensão de diversos fenômenos na área de negócios. • É preciso dedicação, empenho e vontade de conhecer essa que é uma das principais áreas da contabilidade. • Vamos nos esforçar para fazer uma ótima viagem? Olá, sou o Prof. Valdomiro Benjamim Junior e estarei com você em mais esta unidade da disciplina de CONTABILIDADE DE CUSTOS. Vamos falar aqui sobre terminologia contábil aplicada ao estudo de custos . Ou seja, da importância de se dar o nome correto aos eventos dentro da contabilidade de custos. Na primeira aula compreendemos como foi o processo de desenvolvimento da contabilidade de custos dentro da Ciência Contábil e quais foram os fatores que fizeram com que essa disciplina se revestisse de uma importância notadamente destacada. Agora nessa unidade 2 vamos falar sobre os termos que são usados em contabilidade de custos. Vamos compreender os principais termos ligados a contabilidade de custos a começar pelo um termo mais genérico: Gastos São todos os recursos consumido pelas organizações com a intenção de produzir outros produtos e serviços e/ou para a obtenção de receitas Já quanto ao termo CUSTOS: São todos os recursos consumidos pelas organizações com a intenção de produzir outros produtos e serviços. Quanto às DESPESAS: Contabilidade de Custos – Aula 2 Valdomiro Benjamim Junior Classificamos como despesas todos os recursos consumidos pelas organizações com a intenção de produzir receitas e que por assim ser, diminuem o valor do resultado, contudo, são necessárias para o cumprimento da missão da organização. INVESTIMENTOS são gastos que tem o potencial de trazer benefícios futuros por diversos períodos. Por exemplo, a aquisição de uma máquina de embalagem tem a expectativa segundo o fabricante de prestar serviços por dez anos aproximadamente. Então, o potencial de geração de riqueza (receitas) dessa máquina vai além de um único período. • PERDAS se referem à eventos imprevisíveis sem condição de controle absoluto por parte da empresa que está sujeita a fatores fortuitos. • CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS. • A classificação entre custos diretos e indiretos reside na possibilidade de alocação dos custos ao objeto de custeio de forma direta, com ou sem a utilização de critérios de rateio. • Os CUSTOS DIRETOS são aqueles que podem ser alocados aos objetos de custeio sem a utilização de estimativas de distribuição de custos, os chamados critérios de rateio. • Já os CUSTOS INDIRETOS precisam ser alocados aos objetos de custeio por meio da utilização dos rateios, usados no custeio por absorção, ou direcionadores de custos usados no conceito de custeio por atividade (Custeio ABC). • CUSTOS FIXOS E CUSTOS VARIÁVEIS • A classificação entre custos fixos e custos variáveis está relacionada ao comportamento dos custos de acordo com o volume de produção ou de atividade. • Os custos que oscilam proporcionalmente à variação de volume de produção são os custos variáveis. Por exemplo, a matéria prima. Os custos com matéria-prima aumentam a medida que aumenta o volume de produção • Espero que esta nomenclatura tenha ficado bem clara para vocês, pois ela é a base para o entendimento de diversos outros assuntos em contabilidade. • Vamos nos esforçar para absorver mais esses conhecimentos? • Até a próxima ! Olá, sou o Prof. Valdomiro Benjamim Junior e estarei com você em mais esta unidade da disciplina de CONTABILIDADE DE CUSTOS. Vamos falar aqui sobre princípios contábeis aplicados a custos. Ou seja, da importância de se ter parâmetros para reconhecer, mensurar e reportar por meio de princípios que elevem a qualidade da informação contábil. Na primeira aula compreendemos como foi o processo de desenvolvimento da contabilidade de custos dentro da Ciência Contábil e quais foram os fatores que fizeram com que essa disciplina se revestisse de uma importância notadamente destacada. Na unidade 2 falamos sobre os termos que são usados em contabilidade de custos. Agora nessa unidade falaremos sobre princípios contábeis aplicados a custos. Nessa unidade você deverá compreender como princípios contábeis contribuem sensivelmente para a forma como reconhecemos, mensuramos e reportamos os eventos de custos nas organizações. Tudo isso faz parte de um processo de comunicação mais eficiente e o estabelecimento de conceitos mais úteis e aplicáveis à área contábil. Princípios são raciocínios que é a base fundamental de uma ciência ou de uma teoria. Ainda, podemos dizer que são regras ou conhecimentos fundamentais e mais gerais que regem em uma área de conhecimento. Contabilidade de Custos– aula 3 Prof Valdomiro Benjamim Junior Princípio da competência : Momento do reconhecimento da despesa Princípio da realização da receita: Em regra quando da transferência do bem ou serviço para o cliente, momento este que gera um direito de recebimento para a vendedora. Princípio do custo histórico como base de valor: Registro dos ativos pelo seu valor original de entrada Consistência ou uniformidade Na contabilidade existem formas diferentes de se reconhecer, mensurar e reportar os eventos, por isso a importância de ser uniforme e consistência na utilização de estimativas e mensurações. • Conservadorismo: diante de critérios distintos de avaliação dos eventos não devemos antecipar lucros ou subavaliar prejuízos Materialidade ou relevância: Não precisamos dar tratamento muito rigoroso a eventos com valores não relevantes. Esses princípios norteiam as mensurações e reconhecimentos dentro da contabilidade de custos principalmente dentro do método de custeio por absorção Esses princípios irão lhe auxiliar em diversos momentos em sua carreira. Por isso, é muito importante se dedicar para compreende-los. Espero que você tenha a inspiração necessária para compreender esses conceitos. Até a próxima ! Introdução aos métodos de custeios: custeio por absorção e o esquema básico da contabilidade de custos Vamos falar aqui sobre alguns métodos de custeios, nesta aula será o custeio por absorção e o esquema básico da contabilidade de custos. Tem um pouco de cálculo essas explicações, mas cálculos bem fáceis e bem básicos Veja esse exemplo bem simples de alocação de custos indiretos que é a continuação do que vimos no texto da aula. Temos uma relação de diversos insumos e recursos que foram usados por uma empresa durante um período para a fabricação de 3 produtos, sendo eles os produtos A,B e C: Despesas com comissões sobre vendas = R$ 10.000,00 Despesas com salários do pessoal de escritório = R$ 25.000,00 Despesas de juros sobre empréstimos = R$ 5.000,00 Custos com matéria-prima = R$ 35.000,00 Custos com mão de obra para a fábrica = R$ 45.000,00 Aluguel da fábrica = R$ 25.000,00 Depreciação das máquinas da fábrica = R$ 5.000,00 Contabilidade de Custos Valdomiro Benjamim Junior Custos com matéria-prima = R$ 35.000,00 Custos com mão de obra para a fábrica = R$ 45.000,00 Aluguel da fábrica = R$ 25.000,00 Depreciação das máquinas da fábrica = R$ 5.000,00 Os custos somam R$ 110.000,00 e serão alocados aos produtos segundo um único critério de alocação que veremos a seguir. Da relação dos custos, agora iremos classificar o que for custo direto e o que é custo indireto. Na relação, o único custo que a empresa pode alocar de forma direta sem usos de estimativas de alocação (rateios) é a matéria-prima. Os demais custos serão classificados como custos indiretos por precisarem de critérios de rateio para a sua alocação. Vamos começar a alocação dos custos por aqueles que são custos diretos. São três produtos A, B e C. O valor de R$ 35.000,00 são referentes à quantidade 35.000 quilos da matéria prima que custou R$ 1,00 por quilo e são aplicadas aos produtos segundo as quantidades abaixo: Produto A = Consumo de 17.500 quilos no período = R$ 17.500,00. Produto B = Consumo de 10.500 quilos no período = R$ 10.500,00. Produto C = Consumo de 7.000 quilos no período = R$ 7.000,00. Após essa alocação temos a seguinte situação dos custos: Veja que os demais itens de custos não foram alocados, mas serão na próxima etapa: Esses princípios norteiam as mensurações e reconhecimentos dentro da contabilidade de custos principalmente dentro do método de custeio por absorção Esses princípios irão lhe auxiliar em diversos momentos em sua carreira. Por isso, é muito importante se dedicar para compreende-los. Produto A Produto B Produto C Total Matéria-prima R$ 17.500,00 R$ 10.500,00 R$ 7.000,00 R$ 35.000,00 Mão de obra da fábrica R$ 45.000,00 Aluguel da Fábrica R$ 25.000,00 Depreciação das Máquinas da Fábrica R$ 5.000,00 Total de Custos Alocados aos Produtos R$ 17.500,00 R$ 10.500,00 R$ 7.000,00 R$ 110.000,00 Produto A Produto B Produto C Total Matéria-prima R$ 17.500,00 R$ 10.500,00 R$ 7.000,00 R$ 35.000,00 Total dos custos indiretos R$ 75.000,00 Base de rateio (Porcentagem de MP aplicada) 50,00% 30,00% 20,00% 100,00% Rateio dos custos indiretos R$ 37.500,00 R$ 22.500,00 R$ 15.000,00 R$ 75.000,00 Custos totais alocados aos produtos R$ 55.000,00 R$ 33.000,00 R$ 22.000,00 R$ 110.000,00 Volume de produção 35.000 21.000 14.000 Custo unitário R$ 1,57 R$ 1,57 R$ 1,57