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A Pratica Farmaceutica na Manipulacao de Medicamentos 3ed_u-716

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Exemplo 37.7 
A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos 713 
(31 Na prática farmacêutica, tal informação é útil. Considere o seguinte:existe1n situações 
nas quais precisamos fazer previsões sobre alterações na estabilidade com base na in-
fluência da temperatura, con10 para os 1nedican1entos reconstituídos, antibióticos e 
outros fárrnacos que apresentam estabil idade li1n itada. Muitas vezes, isso se refere às 
condjções de armazenamento: refrigeração versus temperatura ambiente. Podemos obter 
un1a determinação quantitativa aproximada da nludança na vida de prateleira com as 
alterações na temperatura de am1azenamento ao resolver a equação de Arrhenius para a 
relação das constantes de velocidade, k21ki. nas duas ten1peraturas. 
Coloque os seguintes parâ1netros na equação de Arrhenius: 
T 1 = 278K (SºC, temperatura média do refrigerador) 
T 2 = 295K (22ºC, ten1peratura ambiente média) 
R = 1,987 cal/deg-mol 
E, = 22.000 cal/mo! - uma E, média para fármacos 
( k1) 22.000 (295 - 278) ln k; = 1,987 (295) (278) 
k21k1 = 9,9 "' 10 
A partir deste cálculo, pode- se observar que para o fármaco com E, "média" armazenado sob condi-
ções "usuais", a velocidade das reações de degradação (como hidrólise) é aproxi1nada1nente 10 vezes 
1naior na temperatura ambiente do que sob refrigeração. 
(41 Um conceito similar, conhecido como Q10, foi desenvolvido. 
(ai Ele é definido como a razão das constantes de velocidade, k21ki. quando a diferença 
de temperatura é de 10ºC. 
(bl Valores de Q10 foram calculados para várias energias de ativação (E,) entre as tem-
peraturas ambientes normais de 20ºC a 30ºC. U ma lista contendo esses valores e a 
determinação do Q 10 a partir da equação da Arrhenius são niostrados na Figura 37.3. 
(cl U1na equação usando Q 10, também apresentada no final da Figura 37.3, calcula u1na es-
timativa da razão das constantes de velocidade para qualquer mudança de te1nperatura, 
Qi1T· Utilizando os mesmos dados que foram usados no Exemplo 37.7, um valor de k 2/ 
k1 é calculado como sendo 8,3, 1nuito perto do valor de 9,9 calculado usando a equação 
de Arrhenius. Qualquer uni desses niétodos pode ser usado para obter uma estimativa 
da alteração da velocidade de uma reação com un1a alteração na temperatura. 
(SI É 1nuito i1nportante lembrar que a energia de ativação, E., varia con1 o fármaco e as 
condições. 
(a) Por exemplo, a E, para a hidrólise da ampicilina é 16.400 em pH 1,35, 18.300 en1 pH 
4,93 e 22.300 ern pH 9,78 (27), que correspondem às razões de constante de veloci-
dade (k2 /k1) de 5,5, 6,8 e 10,2, co1n a te1nperatura alterando de 5 para 22ºC. 
(bl Quando a energia real de ativação para a reação é conhecida, ela deve ser empregada. 
(cl Mesn10 sen1 ter valores conhecidos de E., é útil conhecer a n1agnitude da mudança 
na velocidade de reação nas ten1peraturas de interesse; por exemplo, aumento da 
velocidade de reação entre 5 a 15 vezes para a maioria dos !armacos, quando da alte-
ração da temperatura de annazenamento cm geladeira para a temperatura ambiente. 
(61 As temperaturas de arinazenarnento para niedica1nentos e preparações farmacêut icas são de-
finidas no Ceiural Notices da USP e discutidas na Seção 1 II do Capítulo 13, Seleção, arinaze-
namento e manuseio de equipamentos e 1natérias-primas para manipulação. Estes tambén1 
definem as tolerâncias permitidas em condições de armazenamento em qualquer local (p. 
ex., fannácias, hospitais e domicílios). Essa terminologia permite que os pacientes ou con-
sumidores sejam orientados sobre o correto armazenan1enco do produto. A USP ta1nbém 
define a Ten1peratura Cinética Média (TCM), con10 a única ten1peratura calculada na qual 
a quantidade total de degradação e1n um tempo específico é igual à so1na das degradações 
individuais que ocorrerian1 e1n várias ten1peraturas. Isso significa que a TCM é uma ten1-
peratura de armazenamento isoténnica que simula os efeitos não isotérmicos da variação

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