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AVC ISQUÊMICO e AVC HEMORRÁGICO - RESUMO- NEUROLOGIA EM SAÚDE MENTAL

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Anah Zanetti
AVC ISQUÊMICO & AVC HEMORRÁGICO — -
AVC Isquêmico e Hemorrágico:
● Segunda causa de morbi mortalidade e incapacidade
● Maioria dos AVC são isquêmicos (por mais de 85%), seguido por hemorrágico intracerebral, e HSA
1. AVC ISQUÊMICO:
➜ A artéria cerebral média é um importante ramo da artéria carótida e sua oclusão resulta em acidente vascular cerebral
isquêmico (AVCi).
➜ Sua oclusão arterial impede a perfusão de sangue oxigenado para o parênquima cerebral, o que resulta em um acidente
vascular cerebral (AVC) isquêmico, com consequente edema e necrose do tecido parênquima cerebral.
✤Os principais fatores causais das doenças são:
➜Hipertensão;
➜Diabetes tipo 2;
➜ Colesterol alto;
➜ Sobrepeso;
➜Obesidade;
➜ Tabagismo;
➜Uso excessivo de álcool;
➜ Idade avançada;
➜ Sedentarismo;
➜Uso de drogas ilícitas;
➜Histórico familiar;
➜ Ser do sexo masculino.
➜ Doenças cardíacas: que aumentem o risco de que coágulos sanguíneos se formam no coração, se desprendem e se desloquem
pelos vasos sanguíneos como êmbolos (como um ataque cardíaco ou em uma arritmia cardíaca denominada: fibrilação atrial).
➜ Endocardite infecciosa (infecção do revestimento do coração e, geralmente, das válvulas do coração)
➜Uso de cocaína ou anfetaminas
➜ Inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite)
➜Distúrbios coagulatórios que resultem em coagulação excessiva
✤OS AVCs isquêmicos podem ser divididos em subtipos:
● AVC trombótico:
➜ Principal causa do AVC isquêmico.
➜Ocorre quando um coágulo sanguíneo/ trombo se desenvolve nas artérias que irrigam o cérebro.
● AVC embólico:
➜ Um êmbolo de ar, de gordura, de líquido amniótico, de corpo estranho, de coágulo ou de fragmentos de tumor, que são
provenientes de outras regiões do corpo, viajam pelo fluxo sanguíneo até o cérebro e ficam alojados principalmente em
ramificações das artérias e em vasos de pequeno calibre.
➜ A fibrilação atrial é fonte do êmbolo em 50% dos AVCs cardioembólicos.
● AVCs lacunares:
➜ Associados à hipertensão crônica, diabetes, hiperlipidemia.
➜Uma artéria de grande calibre tem um de seus ramos penetrantes obstruídos, gerando uma pequena área de infarto.
● Outras causas:
Vários quadros clínicos, além da ruptura de um ateroma, podem provocar ou promover a formação de coágulos de sangue,
aumentando o risco de bloqueio por um coágulo de sangue.
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/doen%C3%A7a-arterial-coronariana/s%C3%ADndromes-coronarianas-agudas-ataque-card%C3%ADaco-infarto-do-mioc%C3%A1rdio-angina-inst%C3%A1vel
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/arritmias-card%C3%ADacas/fibrila%C3%A7%C3%A3o-atrial-e-flutter-atrial
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/endocardite/endocardite-infecciosa
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/assuntos-especiais/entorpecentes-e-intoxicantes/coca%C3%ADna
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/assuntos-especiais/entorpecentes-e-intoxicantes/anfetaminas
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-%C3%B3sseos,-articulares-e-musculares/dist%C3%BArbios-vascul%C3%ADticos/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-vasculite
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/coagula%C3%A7%C3%A3o-excessiva/coagula%C3%A7%C3%A3o-excessiva
Anah Zanetti
Eles incluem os seguintes:
➜ Alterações sanguíneas: Algumas alterações, como um excesso de glóbulos vermelhos (policitemia), a síndrome antifosfolípide e
um alto nível de homocisteína no sangue (hiper-homocisteinemia), aumentam a probabilidade de o sangue coagular. Em crianças,
a anemia falciforme pode causar acidente vascular cerebral isquêmico.
➜ Contraceptivos orais: Tomar contraceptivos orais, especialmente aqueles com alta dose de estrogênio, aumenta o risco de
coágulos sanguíneos.
● Diagnóstico:
Pré-hospitalar:
fazer avaliação neurológica com ferramentas de triagem. As mais utilizadas são: CPSS, LAPSS e FAST.
➜ CPSS: analisa a força do braço, a fraqueza facial e a fala arrastada.
➜ FAST: avalia a simetria facial, fraqueza no braço, disartria e afasia e o tempo de início dos sintomas.
➜ LAPSS: atribui pontos para fraqueza facial, força do braço e de preensão.
Hospitalar:
➜ tomografia computadorizada cerebral não contrastada ou imagem por ressonância magnética cerebral.
➜ Em geral, a tomografia computadorizada (TC) é realizada primeiro.
➜ A TC ajuda a distinguir um acidente vascular cerebral isquêmico de um acidente vascular cerebral hemorrágico
● Avaliação inicial:
1. Assegurar estabilidade clínica, avaliação de via aérea, respiração, parâmetros cardíacos, glicemia
2. Reversão de causas que possam contribuir para o quadro do paciente
3. Exame neurológico e radiológico.
4. Estabelecer bem durante a anamnese o tempo de evolução (ΔT) e possíveis contra-indicações para trombólise
5. Determinar se o paciente é um candidato à trombólise ou trombectomia
✱ A escala de AVC do NIH (NIHSS):
***** Escala clínica para avaliação neurológica, levando em conta 11 parâmetros e pontuando entre 0 – 42.
- O AVC pode ser considerado como:
➜ leve (0-4)
➜moderado (5-9)
➜ grave (10-42)
1. Consciência:
1. a Nível de Consciência:
0 = Acordado; responde corretamente.
1 = Sonolento, mas acorda com um pequeno estímulo, obedece, responde ou reage.
2 = Estuporoso; acorda com estímulo forte, requer estimulação repetida ou dolorosa para realizar movimentos
3 = Comatoso; apenas respostas reflexas motoras ou autonômicas, ou sem qualquer tipo de resposta.
1. b Perguntas de Nível de Consciência:
0 = Responde a ambas as questões corretamente.
1 = Responda a uma questão corretamente.
2 = Não responde a nenhuma questão corretamente.
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/dist%C3%BArbios-mieloproliferativos/policitemia-vera
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/aterosclerose/aterosclerose#v1652509_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/anemia/anemia-falciforme
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/planejamento-familiar/m%C3%A9todos-hormonais-de-contracep%C3%A7%C3%A3o#v8951258_pt
Anah Zanetti
1. c Comandos de Nível de Consciência:
0 = Realiza ambas as tarefas corretamente.
1 = Realiza uma tarefa corretamente.
2 = Não realiza nenhuma tarefa corretamente
2. Melhor olhar conjugado:
0 = Normal.
1 = Paralisia parcial do olhar conjugado.
2 = desvio forçado ou paresia total do olhar conjugado não revertidos pela manobra oculocefálica.
3. Visual:
0 = Sem défices campimétricos.
1 = Hemianopsia parcial.
2 = Hemianopsia completa.
3 = Hemianopsia bilateral (cego, incluindo cegueira cortical).
4. Paralisia Facial:
0 = Movimentos normais simétricos.
1 = Paralisia facial menor (apagamento de prega nasolabial, assimetria no sorriso).
2 = Paralisia facial central evidente.
3 = Paralisia facial completa
5. Motor para braços:
0 = Sem queda; mantém o braço a 90º (ou 45º) por um período de 10 segundos.
1 = Queda parcial antes de completar o período de 10 segundos; não chega a tocar na cama ou noutro suporte.
2 = Algum esforço contra a gravidade; o braço acaba por cair na cama ou noutro suporte antes dos 10 segundos, mas não de forma
imediata.
3 = Nenhum esforço contra a gravidade; o braço cai logo; pousado, o membro faz algummovimento.
4 = Nenhummovimento.
NT = Amputação ou anquilose, explique:_______________ 5a. Membro Superior esquerdo 5b. Membro Superior direito
6. Motor para pernas:
0 = Sem queda; mantém a perna a 30º por um período de 5 segundos.
1 = Queda parcial antes de completar o período de 5 segundos; não chega a tocar na cama ou noutro suporte.
2 = Algum esforço contra a gravidade; a perna acaba por cair na cama ou noutro suporte antes dos 5 segundos, mas não de forma
imediata.
3 = Nenhum esforço contra a gravidade; a perna cai logo; pousado, o membro faz algummovimento.
4 = Nenhummovimento.
NT = Amputação ou anquilose, explique:___________ 5a.Membro Inferior Esquerdo 5b. Membro Inferior Direito
7. Ataxia demembros:
0 = Ausente.
1 = Presente em 1membro.
2 = Presente em 2membros.
NT = Amputação ou anquilose, explique:___________________
8. Sensibilidade:
0 = Normal; sem perda de sensibilidade.
1 = Perda de sensibilidade leve a moderada; o doente sente menos a picada , ou há uma perda da sensibilidade dolorosa à picada ,
mas o paciente sente a tocar.
2 = Perda da sensibilidade grave ou total; o paciente não sente que está sendo tocado.
Anah Zanetti
9. Melhor linguagem:
0 = Sem afasia; normal.
1 = Afasia leve a moderada; perda óbvia de alguma fluência ou dificuldade de compreensão, sem limitação significativa das ideias
expressas ou formas de expressão.
2 = Afasia grave; toda a comunicação é feita através de expressões fragmentadas; necessidade de interferência, questionamento e
adivinhação por parte do examinador. A quantidade de informação que pode ser trocada é limitada; o examinador assume amaior
parte da comunicação; o examinador não consegue identificar itens domaterial fornecido a partir da resposta do paciente.
3 = Mutismo, afasia global; sem discurso ou compreensão verbal minimamente úteis
10. Disartria:
0 = Normal.
1 = Disartria leve a moderada; doente com voz arrastada pelo menos nalgumas palavras, e na pior das hipóteses pode ser
entendido com alguma dificuldade.
2 = Disartria grave; voz do doente é tão arrastada que chega a ser ininteligível, na ausência ou desproporcionalmente a disfasia, ou
temmutismo ou anartria.
NT = Entubado ou outra barreira física; explique _
11. Extinção ou Desatenção (antiga negligência):
0 = Nenhuma anormalidade.
1 = Desatenção visual, tátil, auditiva, espacial ou pessoal, ou extinção à estimulação simultânea em uma das modalidades
sensoriais.
2 = Profunda hemi desatenção ou hemi desatenção para mais de uma modalidade; não reconhece a própria mão e se orienta
apenas para um lado do espaço.
● EXAMES DE IMAGEM:
1. TC CRÂNIO:
➜ Excluir hemorragia intracerebral ou HAS (TC CRÂNIO)
➜Delimitar possível área isquêmica e área de penumbra
• Hiperdensidade da artéria cerebral média: sinal hiperagudo precoce de oclusão arterial;
• Isquemia Cerebral:
➜Hiperaguda precoce: 0-6 horas
➜Hiperaguda tardio: 6-24 horas
➜ Aguda: 24h a 1 semana
➜ Subaguda: 1-3 semanas
➜ Crônica: > 3 semanas
Anah Zanetti
2. RM:
➜ A RM é mais demorada e menos disponível do que a TC, mas é mais sensível e específica para diagnóstico de AVC,
principalmente AVC agudo, nas primeiras horas.
➜ FASE AGUDA:
* restrição à difusão (hipersinal DWI, hiposinal ADC) no centro isquêmico, com sinal normal em outras sequências. Pico de
alteração entre 1-4 dias.
- Após 6 horas: começamos a ver aumento de sinal em T2 e principalmente em FLAIR
- Primeira semana: continuamos a ver restrição à difusão e hipersinal em T2, com hiposinal em T1.
- Primeiros 5 dias: é possível ver realce ao contraste em T1 na região cortical.
➜ FASE SUBAGUDA (1-3 semanas):
O sinal em ADC se normaliza e depois fica hiperintenso. O sinal em DWI continua aumentado.
• T1 mantém com hipossinal e podemanter realce ao contraste.
➜ FASE CRÔNICA: (> 3 semanas):
O sinal em ADC continua aumentando, mas o sinal em DWI progressivamente cai (facilitação à difusão), devido à necrose tecidual.
• Se o realce ao contraste continuar aumentado por mais de 12 semanas, precisamos investigar outras causas, como tumores.
● MANEJO:
***Medidas gerais na fase aguda:
1. Controle glicêmico:
• Tratar hiperglicemia: manter 140-180 mg/dL
• Evitar hipoglicemia: corrigir se < 60 mg/dL/
2. Controle pressórico:
• evitar hipotensão, que pode piorar a isquemia cerebral, principalmente na área de penumbra.
*** Tratamento agudo IV : apenas se PA > 220x120mmHg
- Manter PA < 180 x 105 mmHg após trombólise
3. Manter cabeceira neutra ou elevada se risco de HIC ou broncoaspiração
4. Controle térmico, evitar febre
● TRATAMENTO:
1. Trombólise IV:
**CRITÉRIOS DE INCLUSÃO:
➜ T < 4,5h ou preferencialmente < 3h (principalmente em > 80 anos)
➜ Idade > 18 anos
➜ Déficit neurológico considerável:
- Hemianopsia completa;
- Afasia
- Fraqueza com FM < 3
- NIHSS > 5
- Qualquer déficit considerado significativo pelo médico e familiares
*** Analisar risco x benefícios, visto que trombólise pode aumentar risco de transformar em avc hemorrágico
Anah Zanetti
2. Tratamento – Trombectomia Mecânica:
➜ Indicada para AVC isquêmico por oclusão de grandes vasos da circulação anterior- em até 24 horas, independente do uso
prévio de alteplase.
➜ Indicado para casos onde a área isquêmica é pequena (< 70ml) e com área de penumbra definida por TC perfusão/angioRM
potencialmente resgatável.
3. Tratamento – Craniectomia Descompressiva:
➜ Indicada para AVCmalignos da artéria cerebral média (> 1/3 do território acometido)
• Pacientes: 18-60 anos
➜NIHSS > 15
➜ Tempo de evolução < 48 horas
➜ Contraindicada em pacientes com déficit significativo prévio, isquemia bilateral ou de tronco encefálico, pupilas midriáticas e
fixas, expectativa de vida < 3 anos
Anah Zanetti
2. AVC HEMORRÁGICO:
➜ Tem como causa, principalmente, a pressão alta descontrolada e a ruptura de um aneurisma.
➜ sangramento espontâneo dentro ou ao redor do encéfalo: intraparenquimatosos ou subaracnóideo.
● Sinais de alerta:
➜ Fraqueza muscular súbita ou alteração sensitiva súbita unilateral;
➜Dificuldade repentina para falar ou compreender;
➜ Perda visual súbita, especialmente se unilateral;
➜Perda súbita do equilíbrio ou incoordenaçãomotora repentina; rebaixamento súbito do nível de consciência;
➜ Cefaléia súbita. ( ´´PIOR DOR DE CABEÇA DA VIDA´´)
➜Náuseas, vômitos e elevação da pressão arterial, fazem parte da apresentação clássica do AVCh.
● Manejo Inicial:
➜Monitorização, transferência para UTI e avaliação urgente da neurocirurgia
➜Atenção para coagulopatia e plaquetopenia: descontinuar possíveis agravantes (heparina/anticoagulantes/ antiagregantes) e
reverter com terapias específicas
➜ Analgesia
➜ Evitar hipoglicemia e hiperglicemia (Alvo: HGT 80-120 mg/dL)
➜Manter temperatura ≤ 37,8ºC
➜ Profilaxia de úlcera de estresse
➜Manter níveis de hemoglobina entre 8-10 g/dL
● Diagnóstico:
➜ são utilizados 3 métodos de neuroimagem:
1. tomografia computadorizada de crânio sem contraste ( PADRÃO OURO) - Lesão hiperdensa nos sulcos e cisternas
encefálicas
2. angiotomografia cerebral;
3. ressonância magnética do encéfalo- Sinal hiperintenso em T2 representa sangramento
** A partir desses exames é possível diferenciar uma isquemia e hemorragia, localizar o sangramento, suas dimensões e possíveis
deslocamentos de estruturas. Ainda pode-se detectar malformações arteriovenosas, aneurismas e tumores.
➜ Pacientes com hemorragia cerebelar menor que 3 cm apresentando deterioração neurológica, hidrocefalia ou compressão
tronco encefálico devem ser submetidos à cirurgia com urgência;
➜ Pacientes com hematomas lobares com 1 cm oumenos de distância da superfície cortical, deve ser considerado a realização de
evacuação do hematoma por craniectomia convencional.
I. AVC Hemorrágico subaracnóidea:
Geralmente é causada por ruptura de vasos na superfície ou nas proximidades do cérebro ou dos ventrículos.
Exemplos mais comuns:
- aneurismas
- malformações vasculares.
Anah Zanetti
******Hemorragia subaracnóidea espontânea: ➜ ( IDADE MÉDIA: 50- 55 ANOS)
TC DE CRÂNIO:
Classificação de Fischer ( preditor do risco de vasoespasmo):
➜ escala radiológica que se baseia na quantidade de sangue que tem na TC para estabelecer prognóstico.
➜Quanto maior o fisher: pior o risco; maior risco, maior a chance de vasoespasmos.
- Fisher 0: TC NORMAL - 0%
- Fischer 1: Sangue focal, sem hemorragia ventricular - 24%
- Fischer 2: Sangue focal, com hemorragia ventricular - 33%
- Fischer 3: Sangue difuso, sem hemorragia ventricular - 33%
- Fischer 4: Sangue difuso, com hemorragia ventricular - 40%
● Manejo e tratamento:
1. Reconhecer o quadro e solicitar uma TC crânio sem contraste rapidamente
2. Suspeita de HSA com exame de neuroimagem normal ( TC normal) = Punção lombar
Suporte clínico:
1. Tratamentodas complicações neurológicas:
a. Ressangramento: prevenir com repouso, ansiolíticos, analgesia e laxantes, tratar PAmuito elevada;
b. Vasoespasmo:
➜ Aparece entre o 4º e 14º dia, geralmente
➜ Prevenção e tratamento: HA farmacologicamente induzida, hipervolemia e hemodiluição, angioplastia.
➜Nimodipina (bloqueador de canal de cálcio)- 60mg VO 4/4h por 14-21 dias
c. Hidrocefalia:
➜ Corticosteróides para reduzir processo inflamatório no espaço subaracnóideo.
d. Convulsões:
➜ Piora do prognóstico com fenitoína. Preferir outros anticonvulsivantes.
***Dois métodos comuns são usados para reparar um aneurisma cerebral:
1. Via cirúrgica (clipagem):
➜ Para conseguir acessar o aneurisma demaneira externa. É então realizada a “clipagem” do colo do aneurisma, usando técnicas
microcirúrgicas.
➜ aneurismas múltiplos, aneurismas de artéria cerebral média, aneurismas de tamanho grande com efeito compressivo, ou
aneurismas rotos associados a hematoma intracerebral a preferência será pela cirurgia.
2. Tratamento endovascular - embolização:
➜ É o procedimento minimamente invasivo, realizado pelo cateterismo das artérias do cérebro. Esse pode ser realizado
puncionando uma artéria da virilha ou do braço.
➜ Aneurismas de uma região chamada circulação posterior, a preferência será pela técnica endovascular. Assim como,
aneurismas rotos (rompidos, como no AVCh) com paciente em grave estado clínico, a preferência será pela embolização.
Anah Zanetti
II. AVC Hemorrágico Intraparenquimatosa:
➜ É causada pela ruptura de artérias no interior da substância cerebral, geralmente como consequência de:
- hipertensão arterial crônica mal controlada
- angiopatia amilóide
- malformação vascular rota.
Na avaliação inicial do paciente com AVC hemorrágico do tipo HIP devemos classificá-lo dentro do ICH score para avaliar o
prognóstico.
➜ ICH score:
1. Escala de Glasgow: 3-4 (2 pontos); 5-12 (1 ponto); 13-15 (0)
2. Volume do hematoma: ≥ 30cm3 (1 ponto); < 30cm3 (0)
3. Extensão para hemorragia intraventricular: Presente (1 ponto); Ausente (0)
4. Origem infratentorial (1 ponto)
5. Idade >80 anos (1 ponto)
● Manejo:
➜ Transferência do paciente de hemorragia intraparenquimatosa cerebral para uma UTI com suporte neurointensivo, mas vamos
abordar o manejo inicial na emergência.
➜ O paciente deve ser observado nas primeiras horas após o evento, pois há grande risco de deterioração neurológica em
decorrência da persistência do sangramento.
● Tratamento:
1. suporte intensivo (hemodinâmico, respiratório, hidroeletrolítico)
2. controle dos três componentes:
a. Controle do sangramento: controle/reversão demedicamentos que aumentam o risco de sangramento:
➜ interrupção imediata de qualquer anticoagulante e antiplaquetário.
➜ Em caso de uso, reversores desses medicamentos são utilizados visando àminimização da continuidade do sangramento e ao
risco de re-expansão.
Os principais reversores utilizados, a depender do remédio, são:
➜ heparina
➜ antagonistas de Vitamina K (warfarina) associada à concentrado de complexo protrombínico (CCP)- em infusão rápida, sendo a
primeira escolha; ou plasma fresco congelado (PFC)
➜ dabigatrana
➜ Inibidores do Xa (apixabana, rivaroxabana, edoxanaba)
Anah Zanetti
b. pressão arterial, caso esteja elevada:
➜ Manejo da PA com uso de anti-hipertensivos intravenosos (nitroprussiato de sódio (NPS)); e não dar captopril sublingual ou
medicamentos via oral.
➜Omonitoramento invasivo da PA deve ser considerado em todos os pacientes.
c. Pressão Intracraniana:
➜ Risco dos pacientes evoluem com aumento de PIC (hipertensão intracraniana):
- herniação
- coma
➜O risco de aumento da PIC é maior nos primeiros dias.
As medidas iniciais que todos os pacientes devem receber com o intuito de reduzir a PIC são:
1. elevação da cabeceira para 30 graus;
2. sedação leve, objetivando Richmond Agitation Sedation Scale (RASS) entre 0 e -2, caso haja agitação;
3. evitar rotação do pescoço, mantendo-o em posição centrada;
4. manter sódio sérico em níveis acima de 135 mEq/L.
Alguns achados em imagem que podem sugerir elevação de PIC são:
➜ aumento de deslocamento do parênquima encefálico
➜ compressão ventricular ou do tronco cerebral
➜ hidrocefalia obstrutiva
➜ herniação (transtentorial, parafalciana, uncal, central, tonsilar).
O que pode sugerir que o paciente pode estar evoluindo com aumento da PIC no exame físico:
➜ alterações pupilares
➜ paralisia do VI par (abducente)
➜ sonolência ou rebaixamento do nível de consciência progressivos
➜ tríade de Cushing: bradicardia, depressão respiratória e hipertensão;
➜ sintomas de hérnia transtentorial: paralisia do III par
➜ postura de descerebração, hemiparesia, parada cardiorrespiratória e coma.
** Se os sintomas de PIC agravaram, os manejos não funcionam, ou pior, o quadro se torna grave, associado a uma PIC
extremamente elevada:
- Iniciar as terapias de resgate para PIC:
1. Terapia osmótica:
➜ Pode ser realizada com soluções hipertônicas, salinas oumanitol
➜No caso de sinais e sintomas mais leves, utilize salina hipertônica a 3%
2. Hiperventilação:
➜ Promove rápida redução da PIC por vasoconstrição cerebral, contudo, dura apenas algumas horas
3. Bloqueadores neuromusculares (BNM):
➜ Podem ser utilizados em pacientes que, inicialmente, não respondem à sedação e têm o intuito de suprimir a atividade
muscular.
https://www.medway.com.br/conteudos/hipertensao-intracraniana-tudo-que-voce-precisa-saber/
Anah Zanetti
● As indicações formais para instalação de monitor de PIC são:
➜ déficit basal grave, sedação importante, glasgow ≤ 8
➜ sinais de herniação transtentorial
➜ lesões de linha média
➜ risco/desenvolvimento de hidrocefalia
*** O alvo vai ser manter PIC < 20mmHg, objetivando pressão de perfusão cerebral (PPC) de 50-70mmHg.
Lembrar:
PPC = pressão arterial média (PAM) – PIC.
** Outra possibilidade demonitorização da PIC:
➜ Realização de USG de nervo óptico.

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