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158 Judith E. Thompson u1n número de 30 a 40 milhões de prescrições manipuladas por ano. Mesmo com a grande varia- bilidade das estimativas, o número de prescrições de medicamentos manipulados é significativo. B. Os motivos para o recente ressurgimento da n1anipulação são vários. 1. Esse aumento foi devido, em parte, a uma mudança de interesse por parte do profissional far- macêutico de apenas "dispensar" medicamentos para uma preocupação intensificada acerca dos pacientes e de suas necessidades terapêuticas individuais - o movimento de assistência farmacêu- tica. A definição mais utilizada de assistência farmacêutica foi proclamada por Hepler e Strand, "a provisão responsável da terapia medica1nentosa con1 o propósito de alcançar resultados defi- nitivos que melhorem a qualidade de vida do paciente" (7), traz consigo a necessidade implícita de obter formas farmacêuticas e doses individualizadas. Alguns exemplos incluem o seguinte: a. Alguns medican1entos estão disponíveis apenas na forn1a de comprimidos ou cápsulas, e alguns pacientes (p. ex., pediátricos, geriátricos, inconscientes, muito doentes) não po- dem ou não conseguem engolir essas formas farmacêuticas. Esses pacientes necessitam de medicamentos formulados em uma forma farmacêutica líquida, supositório, tópica, ou ou- tras fonnas farn1acêuticas especiais. b. Alguns pacientes, en1 especial bebês, crianças e idosos, necessitam de doses que não estão disponíveis comercialmente. e. Alguns pacientes são alérgicos a algum excipiente (p. ex., conservante, corante, diluente, aglutinante) presente na fom1a farmacêutica fabricada. d. Alguns pacientes, principalmente crianças e ani1nais, necessitam de flavorizantes específi- cos para tornar o medicamento mais palatável e aceitável. 2. Existe un1a consciência renovada de que as necessidades terapêuticas individuais de cada pa- ciente ne1n sen1pre podem ser atendidas por medicamentos da indústria farmacêutica, os quais têm limitações que são impostas pela produção em grande escala e exigências do mercado. a. Isso é manifestado de várias formas: itens exclusivos e pouco lucrativos nunca são introdu- zidos por u1n fabricante, produtos de baixo volume de produção são descontinuados, e há escassez periódica (por vezes, por um tempo consideravelmente longo) de alguns produtos. b. Este último se tornou u1n problema tão difícil e comu1n que, no ano de 2001, a American Society of Health-System Pharmacists (ASH P) publicou o documento, ASHP Cuide/ines on Managing Dn1g Product Shortages, o qual encontra-se disponível no site da ASHP (http:// W\V\v.ashp.org). Ambas ASHP e FDA (http://w,vw.fda.gov/cder/drug/shortages, acessado en1 fevereiro de 2008) n1antên1 sites da in ternet com as listas atuais de n1edicamentos de bai- xo fornec in1ento e de produtos descontinuados, inforrnações sobre como gerenciar a falta desses medicamentos, e links para o re lato da falta de medicamentos. e. Uma alternativa óbvia para lidar com esses problemas é o farmacêutico n1anipular medica- mentos necessários quando eles não estão disponíveis temporária ou permanenternente de fontes comerciais. 3. Outro fator que tem contribuído para um aumento na manipulação de medicamentos te1n sido a tendência aos cuidados de saúde em casa. Por várias razões, incl.uindo a contenção de custos e conforto, pacientes que estavan1 sendo anteriormente tratados em centros médicos e hospitais, estão sendo tratados em casa. Esses doentes no geral requerem terapia de infusão in- dividualizada e outras modalidades de tratamento. Isso cria a necessidade de um novo tipo de prática farmacêutica, en1 que os farn1acêuticos são solicitados a preparar formas farn1acêuticas estéreis e não estéreis personal izadas. 4. A expansão das preparações farn1acêuticas manipuladas nos últimos anos te1n sido possível, em parte, devido à disponibilidade de novos e úteis itens de equipamentos, n1ateriais de acondi- cionamento e rotulagem, excipientes, farmacos e produtos químicos. Novas empresas foram criadas, e as já existentes se expandira1n e se especializararn na con1ercialização desses supri- mentos para a manipulação. 5. lnforn1ações necessárias sobre a con1patibilidade e a estabilidade dos n1edicamentos 1nanipu- lados tornaran1-se disponíveis e n1ais amplan1ente disseminadas. a. Novos livros, periódicos e artigos técnicos de organizações farn1acêuticas e de fornecedores de suprimentos para a manipulação têm desempenhado um papel importante em fazer com que a manipulação se modernize e expanda. b. A United States Pharmacopeia (USP), que tem há muitos anos te1n fornecido especificações de pureza e de estabilidade de medican1entos fabricados, tomou a iniciativa de desenvolver e publicar capítulos sobre informações gerais e monografias de medican1entos manipulados con1 forn1ulações testadas e informações sobre a estabilidade. C. A situação atual da manipulação na prática farmacêutica pode ser julgada, em parte, pela sua inclusão nos atuais modelos escritos da prática, na.s co1npetências nacionais publicadas para o
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