Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Leia a Unidade 2 capítulo 5 e responda as questões: 1) No texto abaixo, identifique as funções da linguagem: "Gastei trinta dias para ir do Rossio Grande ao coração de Marcela, não já cavalgando o corcel do cego desejo, mas o asno da paciência, a um tempo manhoso e teimoso. Que, em verdade, há dois meios de granjear a vontade das mulheres: o violento, como o touro da Europa, e o insinuativo, como o cisne de Leda e a chuva de ouro de Dânae, três inventos do padre Zeus, que, por estarem fora de moda, aí ficam trocados no cavalo e no asno." Função Emotiva (Machado de Assis) 2) Descubra, nos textos a seguir, as funções de linguagem: a) "O homem letrado e a criança eletrônica não mais têm linguagem comum." (Rose-Marie Muraro) Função Referencial b) "O discurso comporta duas partes, pois necessariamente importa indicar o assunto de que se trata, e em seguida a demonstração. (...) A primeira destas operações é a exposição; a segunda, a prova." (Aristóteles) Função Metalinguística c) "Amigo Americano é um filme que conta a história de um casal que vive feliz com o seu filho até o dia em que o marido suspeita estar sofrendo de câncer." Função Referencial d) "Se um dia você for embora Ria se teu coração pedir Chore se teu coração mandar." (Danilo Caymmi & Ana Terra) Função Poética e) "Olá, como vai? Eu vou indo e você, tudo bem? Tudo bem, eu vou indo em pegar um lugar no futuro e você? Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono tranquilo..." Função Fática (Paulinho da Viola) 3) Segundo o linguísta Roman Jakobson, "dificilmente lograríamos (...) encontrar mensagens verbais que preenchem uma única função... A estrutura verbal de uma mensagem depende basicamente da função predominante". "Meu canto de morte Guerreiros, ouvi. Sou filho das selvas Nas selvas cresci. Guerreiros, descendo Da tribo tupi. Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante. Língua Portuguesa I 1º ANO EM Guerreiros, nasci: Sou bravo, forte, Sou filho do Norte Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi." (Gonçalves Dias) Indique a função predominante no fragmento acima transcrito, justificando a indicação. Função emotiva, porque concentra o sentimento do eu-lírico. 4) Canção do vento e da minha vida O vento varria as folhas, O vento varria os frutos, O vento varria as flores... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De frutos, de flores, de folhas. [...] O vento varria os sonhos E varria as amizades... O vento varria as mulheres... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De afetos e de mulheres. O vento varria os meses E varria os teus sorrisos... O vento varria tudo! E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De tudo. BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967. Predomina no texto a função da linguagem: a) fática, porque o autor procura testar o canal de comunicação. b) metalinguística, porque há explicação do significado das expressões. c) conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de uma ação. d) referencial, já que são apresentadas informações sobre acontecimentos e fatos reais. e) poética, pois chama-se a atenção para a elaboração especial e artística da estrutura do texto. 5) A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações. DUARTE, M.O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995 Predomina no texto a função da linguagem: a) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia. b) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação. c) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem. d) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor. e) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais. 6) Reconheça nos textos a seguir, as funções da linguagem: a) "O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de se romperem, ou serem rompidas, mas o de não funcionarem e de desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-vergonhice, pelo hábito covarde de acomodação e da complacência. Diante do povo, diante do mundo e diante de nós mesmos, o que é preciso agora é fazer funcionar corajosamente as instituições para lhes devolver a credibilidade desgastada. O que é preciso (e já não há como voltar atrás sem avacalhar e emporcalhar ainda mais o conceito que o Brasil faz de si mesmo) é apurar tudo o que houver a ser apurado, doa a quem doer." (O Estado de São Paulo) Função Referencial b) O verbo infinitivo Ser criado, gerar-se, transformar O amor em carne e a carne em amor; nascer Respirar, e chorar, e adormecer E se nutrir para poder chorar Para poder nutrir-se; e despertar Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir E começar a amar e então ouvir E então sorrir para poder chorar. E crescer, e saber, e ser, e haver E perder, e sofrer, e ter horror De ser e amar, e se sentir maldito E esquecer tudo ao vir um novo amor E viver esse amor até morrer E ir conjugar o verbo no infinito... (Vinícius de Morais) Função Poética c) " - Que coisa, né? - É. Puxa vida! - Ora, droga! - Bolas! - Que troço! - Coisa de louco! - É!" Função Fática d) "Fique afinado com seu tempo. Mude para Colgate Ultra Lights." Função Conativa e) "Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer acontecimento extraordinário. Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me. Seria tudo ilusão? Findei a tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui espalhar no quintal os fios da gravata. Seria tudo ilusão?... Estava doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o pensamento embaralhar-se longe daquelas porcarias. Senti uma sede horrível... Quis ver-me no espelho. Tive preguiça, fiquei pregado à janela, olhando as pernas dos transeuntes." (Graciliano Ramos) Função Emotiva f) " - Que quer dizer pitosga? - Pitosga significa míope. Função metalinguística - E o que é míope? - Míope é o que vê pouco Leia o texto abaixo: O senhor sempre diz que não gosta de fazer poesia dada a emoções, porque o que se chama comumente de emoção é algo feito à base de um sentimento fácil e barato. O senhor diz, pelo contrário, que “emoção é outra coisa”. Mas nunca ficou exatamente clara a definição que o senhor tem de “emoção”. João Cabral: Minha definição de emoção não é nada de especial. É o que todos chamam de “emo- ção”. O que acontece é que me recuso a explorar essa coisa diretamente. O interesse do poeta não é descrever suas emoções e criar emoções, é criar um objeto – se é poeta, um poema; se é pintor, um quadro – que provoque – emoções no espectador. Mas não explorar nem descrever a própria emoção. Quando digo que sou contra a emoção é exatamente neste sentido: o de usar minha emoção para fazer com ela uma obra, descrevê-la primariamente e construir, com ela, um poema. Quer dizer, afinal, que o senhor não é exatamente contra a emoção: é contra a exploração da emoção... João Cabral: Exatamente! (Faz ar de alívio, como se a charada estivesse resolvida). Quanto a esse descrever a emoção e da sentimentalidade, a grande maioriada poesia que se escreve no mundo é assim. A obrigação do poeta, repito, é criar um objeto, um poema, que seja capaz de provocar emoção no leitor. Disponível em: http://desterritorio.blogspot.com/2009/06/entrevista-com-joao-cabral-de-melo- -neto.html Acesso em: 10. Abr. 2011. Fragmento. 7) Qual a função que predomina no texto? Função Referencial 8) Escreva um trecho da entrevista em que percebemos a opinião do entrevistado? Minha definição de emoção... ... que me recuso a explorar... 9) Na parte de João Cabral, qual o tipo de discurso utilizado? Discurso direto Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5
Compartilhar