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Parasitologia

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Introdução 
→Essa apostila de resumo contém informações retiradas de slides, anotações, do Atlas de Parasitologia Veterinária, do livro Parasitologia na Medicina Veterinária – Silvia Gonzalez Monteiro e de artigos 
→ Sumário:
-Phthiraptera
-Siphonaptera
- Moscas
-Astigmatas (sarnas)
-Metastigmata (carrapatos)
→Informações:
-Morfologia
-Ciclo biológico
-Importância veterinária (sinais clínicos)
-Controle
QUEM RECEBER ESSE ARQUIVO EM PDF, POR FAVOR, NÃO COMPARTILHEM PARA TERCEIROS! ESSA APOSTILA DE RESUMO FOI FEITA COM MUITO CARINHO E DEDICAÇÃO
CONCEITOS GERAIS
PARASITO: Tem origem grega e significa, “ ser que se alimenta de outro ser”. 
 → ENDOPARASITOS: vivem dentro do hospedeiro, exemplo: helmintos e protozoários
→ECTOPARASITOS: vivem na superfície ou em cavidades nos hospedeiros, exemplos: pulgas,ácaros,miíases 
TIPOS DE HOSPEDEIROS
→DEFINITIVO: é aquele em que o parasito é encontrado na sua forma adulta
→INTERMEDIÁRIO: encontra o parasito na sua forma imatura
QUANTIDADE DE HOSPEDEIROS
→MONOXENO OU DIRETO: necessita somente de um hospedeiro, sem necessitar HI (hospedeiro intermediário) exemplo: Rhipicephalus (Boophilus) microplus
→HETEROXENO OU INDIRETO: parasitam 2 ou mais hospedeiros para completam o seu ciclo biológico (dioxenos,trioxenos)
Pode ocorrer igual o carrapato Amblyomma sculptum, em que ele parasita o mesmo hospedeiro, porém suas mudas acontecem no ambiente
DIVISÕES
· O primeiro nome refere-se ao gênero e deve ter a inicial com letra maiúscula – Rhipicephalus 
· O segundo nome é epíteto específico e deve ser escrito com inicial minúscula - sanguineus
· Os dois juntos formam o nome da espécie – Riphicephalus sanguineus
ECTOPARASITOS
PHTHIRAPTERA
→Classe: Insecta
→Ordem: Phthiraptera
 Piolho
-São parasitos de aves e mamíferos 
-São classificados em piolhos mastigadores (malófagos) ou sugadores (hematófagos) → a diferenciação pode ser feita pela observação do tamanho da cabeça em relação ao tórax 
 
→São divididos em 4 subordens:
-Amblycera: piolhos mastigadores com antenas escondidas 
-Ischnocera: piolhos mastigadores com antenas livres 
-Anoplura: piolhos sugadores
-Rynchophthirina – parasito de elefantes com uma espécie, Haematomyzus elephantis.
Piolhos mastigadores
→Podem parasitar os cães ( Trichodectes canis) e principalmente as aves ( Menacanthus stramineus)
MORFOLOGIA
-Corpo achatado dorso ventralmente
-Coloração castanha 
-Ápteros
-Podem observar 1 ou 2 garras nos tarsos 
-Cabeça mais larga que o tórax 
-Aparelho mastigador de localização ventral (malófagos)
-Antenas contém 5 segmentos (podem estar escondidas – Amblycera ou expostas – Ischnocera
Piolhos sugadores
MORFOLOGIA
-Cabeça mais estreita que o tórax e afilada na extremidade anterior
-aparelho bucal picador sugador e de localização anterior (hematófagos)
-antenas segmentadas
Haematopinus eurysternus
-ocorrem em bovinos
-podem ocorrer infestações mistas ( mais de uma espécie de piolho
-pele com aparência oleosa (devido às excretas dos piolhos)
CICLO BIOLÓGICO GERAL
-Todo o desenvolvimento se dá em torno de 20 dias 
-Após 1 semana de postura,os ovos dão origem às ninfas que já são parecidas com os adultos,porém menores e pouco quitinizadas,além de não apresentarem edeago (órgão copulador)
- Não ficam em ambientes,ou seja, todo o seu ciclo ocorre no em cima do hospedeiro (só saem para se fixarem em outros hospedeiros) 
TRANSMISSÃO
- Contato direto ou fômites
-Facilitadores de transmissão: aglomerações, coabitação em locais apertados (fácil transmissão de piolhos mastigadores em galinhas poedeiras)
 
PREVALÊNCIA
-Pelos compridos
-Falta de higiene
-Baixo nível nutricional ( imunidade)
-Épocas do ano (inverno)
-Tempo de vida (galinhas poedeiras)
IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
-Há dois tipos de piolhos em cães e gatos: sugadores (Anoplura) e mastigadores (Malophaga),esses podem transmitir uma verminose intestinal pelo parasita Dipillidium caninum
- Infestação por piolhos: pediculose
→Ambos os tipos podem causar dermatite alérgica
-Animais com piolhos apresentam:
. Prurido intenso
 . Alopecia
 .Escoriações cutâneas
 .Odor característico “rato”
 .Irritação
 .Anemia
-Lesões causadas pelo prurido é porta de entrada para infecções secundárias
→Alguns animais podem ser assintomáticos ou uma leve seborréia
 -cão com dermatite alérgica
→No caso de aves infestadas por piolhos mastigadores:
.Queda das penas
 . Irritação
 . Queda na produção
 .Escarificação da pele
 .altas infestações: eventualmente mortalidade
→ M. stramineus: suas infestações são as mais prejudiciais as galinhas, algumas aves é notável a presença de micro hemorragias na região próxima a cloaca (onde é mais intenso) 
→Debicagem: é observado que em galinhas debicadas apresentam maior grau de infestação por M. stramineus do que as de bicos normais
CONTROLE E TRATAMENTO
-No tratamento, devem ser incluídos todos os cães da propriedade bem como os contactantes, e deve-se eliminar ou tratar os travesseiros, cobertores, toalhas, pentes e escovas, simultaneamente. Para isto podem ser usados inseticidas tópicos, na forma de xampus ou “spot on” (piretórides: deltametrina, permetrina, carbamatos, fipronil, imidacloprid, dentre outros), bem como sistêmicos (ivermectina).
→ Controle em aviários:
. Aviários cobertos e sombreados para impedir a eclosão dos ovos
. Tratamento com inseticidas: banhos de aspersão e imersão em solução inseticida – durante 7 a 10 dias com 2 a 3 banhos de acordo com o fabricante
SIPHONAPTERA 
→Classe: Insecta
→Ordem: Siphonaptera
 Pulgas
 MORFOLOGIA GERAL
-Ápteros
-Corpo achatado lateralmente
-Aparelho bucal picador-sugador em adultos e mastigador em larvas 
-Patas adaptadas para o salto (terceiro par mais desenvolvido)
-Fêmeas apresentam espermateca e os machos edeago
-Podem apresentam ctenídios (sua forma e localização depende da espécie
CICLO BIOLÓGICO GERAL
-São holometábolos 
-Alternância entre vida livre e vida parasitária
- A postura é realizada em locais onde os hospedeiros se deitam, ou seja, é feita no ambiente (caso seja feita no hospedeiro, os ovos não se aderem ao pelo e caem no chão de qualquer forma)
-As larvas eclodem após 5 dias e saem do ovo por uma abertura na cápsula cefálica. As larvas são vermiformes e apresentam aparelho mastigador, se alimentam da matéria orgânica e microorganismos presentes no ambiente e sangue digerido excretado por pulgas adultas.
-Em condições favoráveis a larva se transforma em pupa – ocorre 2 mudas e na terceira a larva tece um casulo viscoso (essa última fase é onde a larva vira pupa)
- A pupa só sai do casulo quando sentir a presença de algum hospedeiro por meio da liberação de gás carbônico e vibrações
→ FAMÍLIAS DE PULGAS COM MAIOR IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
- Pulicidae: gêneros ( Pulex, Xenopsylla e Ctenocephalides)
-Tungidae: gêneros (Tunga e Hectopsylla)
Familia: Tungidae
TUNGA
- Vulgarmente chamado de Bicho de pé
-As espécies de mais ocorrência são:
-Tunga penetrans: preferem humanos e suínos, mas há relatos em bovinos, caninos, felinos, tatus e roedores
-T. terasma: tatus
-T. travassosi: tatus
-T. bondari: tamanduá e seriema
-T. caecata: roedores.
MORFOLOGIA
-Não possuem ctenídeos
-Segmentos torácicos são atrofiados
-Peças bucais longas e com estrutura serrilhada
-Espiráculos respiratórios abdominais bem desenvolvidos nas fêmeas
-Macho com edeago visível
-São as menores pulgas que existem
 
CICLO BIOLÓGICO
-Costumam estar em ambientes secos e arenosos
-As fêmeas depois de fecundadas introduzem-se na pele( de preferência entre os dedos do pé) do hospedeiro e deixam apenas a região do espiráculo em contato com o meio externo (nessa região também está a abertura do ovopositor )
-A fêmea suga o sangue e começa o desenvolvimento dos ovos, que permanecem no abdome da pulga até alcançar um tamanho considerável ( tamanhode uma ervilha)
-Os ovos já desenvolvidos são expelidos para o meio externo pela região do ovopositor e a fêmea cai no solo devido ao processo inflamatório no local ou naturalmente 
-Dos ovos eclodem larvas, que se transformam em pupas e logo depois em adultos
 1- cabeça e patas / 2 - abdome
IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
-Afetam principalmente os coxins dos cães, região interdigital e abaixo das unhas
-Causa lesões visíveis do tamanho de um grão de ervilha
-As feridas causadas auxiliam no desenvolvimento de tétano (Clostridium tetani) e gangrena gasosa
→Sinais clínicos:
.Dificuldade na locomoção pela dor
 .Alterações articulares
 .Automutilação (decorrente do desconforto)
CONTROLE
→Nos hospedeiros: remoção do parasito em condições assépticas e a desinfecção do local
→No ambiente: uso de produtos químicos aplicados preferencialmente com máquinas de pressão para matar as larvas e adultos, pulverização para matar os ovos e pupas
→Vacinação antitetânica e antiobioticoterapia
Família: Pulicidae
CTENOCEPHALIDES
→Espécies: Ctenocephalides canis e C. felis
- A C.felis é bem mais disseminada, e em muitas regiões é a espécie dominante em cães, no homem e nos felinos.
-São parasitas temporários que resistem muito tempo em jejum,
MORFOLOGIA GERAL
-Possuem ctinídeos dorsais (pronotal) e ventrais (genal) bem evidentes 
-Fêmeas possuem espermateca transparente e os machos edeago
-Possuem 1 ou 2 cerdas grandes anteriores ao pigídio
→C. canis possui a fronte arredondada e mais alta que a C. felis. O primeiro segmento do ctenídio genal é mais curto que os demais
→C . Felis tem a fronte oblíqua, mais longa e baixa que a C.canis. Há 8 segmentos do ctenídio genal,o primeiro pode ser levemente menor que os demais ou do mesmo tamanho
 (
c.
 canis
) c. felis
CICLO BIOLÓGICO
-Com apenas uma cópula e devido a espermateca, é possível que a fêmea faça várias posturas
-A ovoposição é feita no hospedeiro e no ambiente, no local escolhido eclodem as larvas que permanecem no solo se alimentando de detritos e fezes de pulgas adultas (larvas são macrófagas)
-As larvas possuem uma substância pegajosa que formará o pupário, e nesse casulo a larva irá se transformar em adulto 
-Quanto mais quente mais acelerado é o ciclo
IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
→Cães que não são alérgicos a saliva protéica da pulga podem não manifestar sintomas, mas correm o risco de desenvolverem anemia, irritação cutânea discreta, dermatite piotraumática ou dermatite acral por lambedura
Cães alérgicos as lesões são variadas: erupções pruriginosas, pápulas, crostas, eritrema, seborréia, alopecia e alopecia simétrica, entre outras
Animais alérgicos podem manifestar também: prurido intenso, esfregação, rolamento (o mordiscar ou a lambedura levam a discromia pilar modificando a cor do pelo)
As lesões localizam-se principalmente na região lombosacral, dorsosacral, abdome, flancos. Possuem a denominação de “ triângulo da DAAP”
→ Gatos não alérgicos também não manifestam sintomas, mas desenvolve anemia, teníase, irritação cutânea....
Em gatos alérgicos é comum manifestar como dermatite miliar pruriginosa com escoriações, crostas, alopecias secundárias no pescoço, região lombossacral dorsal, além de grooming excessivo
Ao contrário do cão,o gato com DAPP raramente apresenta infecções bacterianas secundárias por se “limparem” constantemente através da lambedura
CONTROLE
-Deve-se tratar não só o animal como também o ambiente ,pois em torno de 95% das pulgas estão no ambiente e 5% no hospedeiro
-Aspirar piso,tapetes,frestas,carpetes para capturar o maior número de larvas e pupas do ambiente que não foram atingidos por produtos químicos
-Lavar o ambiente com inseticidas para eliminar pulgas adultas e as larvas 
-Banhar o animal com inseticidas para tirar pulgas adultas presentes depois usar produto antipulgas com período residual (spot on,orais)
-Fômites devem ser substituídos ou desinfetados 
DIPTERA
→Classe: Insecta
→Família: Mucidae
Gênero: Musca
MUSCA DOMÉSTICA
 Mosca Doméstica
MORFOLOGIA
- Tamanho aproximado: 6 a 8 mm
-Corpo robusto
-Aparelho bucal lambedor
-Tórax de coloração cinza escuro com 4 faixas negras longitudinais
-Abdome amarelada/marrom
CICLO BIOLÓGICO
-A musca é atraída tanto pelo alimento humano quanto em excrementos de matéria orgânica (lixos,tratamento de afluentes,jardins adubados)
-A postura é feita em fezes e material orgânico em decomposição (ovos são esbranquiçados e alongados) 
- 2 ecdises →As larvas L1 eclodem que passam da L2 para L3 (essa fase dura em torno de 1 a 3 semanas) – A umidade é muito importânte para o desenvolvimento da larva,pois, se não penetrarem no substrato que esteja úmido,dessecam pela ação dos raios solares
-Período pupal dura 14 a 28 dias (essa fase a larva está enterrada no substrato)
IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
-Facilitação do transporte da patógenos pela inconstância em se estabelecer em um local definido 
-Capacidade da regurgitação alimentar,favorece a transmissão de patógenos
-Transmissor de infecções entéricas e não entéricas→ bactérias da febre tifóide,disenteria bacilar,infecções estafilocócias ,cistos e oócitos de protozoários e ovos de helmintos,cólera e mastite
Entamoeba sp. e Giardia sp., e helmintos, como Taenia sp. e Dipylidium caninum, e nematoides espirurídeos. É também veiculadora de Dermatobia hominis. 
-Hospedeiro intermediário : endoparasitos Habronema sp. em cavalos e Railietina sp. Em aves
CONTROLE
-O combate deve ser feito no sentido de eliminar os focos de criação→ dar destino adequado ao lixo e dejetos, impedir o acesso dos insetos ás fontes de alimentos com telas
-Se atentar na rápida resistência ao uso continuado de inseticidas
Gênero: Stomoxys
STOMOXYS CALCITRANS
 Mosca dos Estábulos
MORFOLOGIA
-Mosca hematófaga
-Tamanho aproximado : entre 6 e 8mm
-Aparelho bucal pungitivo
-Tórax de coloração cinza escuro com 4 faixas negras longitudinais
-Abdome cinza com algumas machas negras quando visto de cima
→ Lembra a mosca doméstica, porém possui uma probóscida afilada escura usada para picar a pele e sugar o sangue
CICLO BIOLÓGICO
-Tem preferência por eqüídeos mas alimentam-se em uma grande variedade de animais: bovinos,porcos ,cães e humanos
-Durante seu estágio adulto, a Stomoxys faz vários repastos sanguíneos em vários hospedeiros em um dia
-Apresentam lentidão depois de ingurgitados
-Preferem se alimentar nas partes baixas do animais 
-A ovopostura é feita em matéria orgânica,onde também ocorrem 2 ecdises – ovo/ Ll / L2 /L3/ pupa /adulto
IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
→Sinais clínicos: desconforto,irritação,perda de peso e anemia (anemia infecciosa eqüina)
. Sua picada dolorosa pode causar lesões que são porta de entrada para infecções secundárias e miíases
-Ataca cães principalmente nas orelhas
-Principal mosca veiculadora de ovos de Dermatobia hominis (berne)
-Transmite mecanicamente o T. evansi
-Atua como hospedeiro intermediário do Habronema sp. 
CONTROLE
-Medidas de higiene preventiva- destinação correta dos resíduos da produção agrícola e da pecuária
-Remoção regular das camas úmidas, feno e limpeza dos alojamentos do animais
Gênero : Haematobia
HAEMATOBIA IRRITANS
 Mosca do chifre
MORFOLOGIA
-Tamanho entre 3 a 5mm →são os menores mucídeos hematófagos
-Aparelho bucal pungitivo com palpos longos e robustos
-Tórax de coloração cinza escuro com faixas longitudinais pouco distinguíveis
-Abdome cinza claro com algumas manchas
Palpos longos e robustos
CICLO BIOLÓGICO
-Hematófago
-Só abandona seu hospedeiro para acasalar e fazer ovipostura
-Todo o desenvolvimento ocorre nas excretas dos animais(ovo –larvas- pupa)
-Ciclo é curto ,de 16 dias
IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
-Fazem o repasto sanguíneo por longos períodos,causando anemia → conseqüência disso é a perda de peso,diminuição na produção de leite etc
-Devido sua picado dolorosa que danifica a pele do animal, há a queda no valor do couro 
-Transmissor de ovos da D. hominis 
CONTROLE
-Medidas de higiene preventiva- destinação correta dos resíduos da produção agrícola e da pecuária-Remoção regular das camas úmidas, feno,e limpeza dos alojamentos do animais
MIÍASES
→Infestação de vertebrados vivos por LARVAS de dípteros,que durante certo período se alimentam dos tecidos vivos ou mortos do hospedeiro,substâncias corporais ou alimentos por ele ingeridos
→Doenças causadas por moscas
→”Bicheiras”
→Hospedeiros: geralmente mamíferos, mas podem infestar aves e raramente anfíbios e répteis
Classificação
→Classificação pelas lesões:
-Traumáticas (lesões abertas)
-Furunculares(cistos – berne)
→Relação parasito/hospedeiro
-Miíase primária-obrigatória
. O inseto tem que viver um período de parasitismo para completar seu ciclo de vida
.Os agentes são larvas biontófogas (alimentam de tecidos vivos)
. São moscas das famílias Calliphoridae ( Cochliomyia hominivorax) e Cuterebridae (Dermatobia hominis)
-Miíases secundárias-facultativas
.São larvas de vida livre
.alimentam-se de tecidos morto dos cadáveres ( necrobiontófagas) ou de animais vivos (invasoras de lesões preexistentes)
.As principais espécies pertencem às famílias Calliphoridae (Cochliomyia macellaria, Chrysomya putoria, Chrysomya megacephala, Lucília eximia, Lucília sericata e Lucília cuprina ), Sarcophagidae (Bercae cruenta, Sarcophaga spp) e Fanniidae (Fannia spp ).
Gênero: Cochliomya
COCHLIOMYA HOMINIVORAX
 Mosca da bicheira
-Agente causador da miíase primária obrigatória em animais de sangue quente
-Biontófaga,ou seja, se desenvolve exclusivamente nos tecidos vivos de animais vertebrados
-Parasitismo de caráter obrigatório no período larval
MORFOLOGIA
-Tamanho : 8 a 13mm
-Aparelho bucal lambedor 
-Corpo robusto de coloração azul ou verde com reflexos metálicos
-Tórax com 3 faixas negras longitudinais
CICLO BIOLÓGICO
-As fêmeas fazem suas posturas ao redor de feridas ou lesões existentes nos animais,após a eclosão, as larvas L1 adentram o interior das feridas (se alimentam de líquidos provenientes de exudato inflamatório) as larvas L2 e L3 se alimentam do próprio tecido vivo
-Depois de completarem as 2 ecdises,as larvas maduram caem no solo para pupar,aproximadamente após 8 dias há emergência dos adultos
-Em condições favoráveis,o ciclo de vida pode ser completado em 14 dias
IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
-Infesta principalmente bovinos,caprinos,ovinos,suínos e outros animais incluindo os silvestres
-Causadoras de miíases primárias
-Causa miíase traumática grave
-Qualquer ferimento pode ser alvo da infestação
-Porta de entrada para infecções secundárias
→Sinais clínicos:
.Inquietude,dor,sangramento nas feridas sangram 
→Na bovinocultura: 
. Agente de miíases umbilicais em bezerros,diminui a produção leiteira e o índices de fertilidade,reduz também o ganho de peso e pode levar os animais a óbito
CONTROLE
Esterilização de machos de C. hominivorax com raios gama. Assim, machos estéreis copulam com fêmeas, que fazem postura de ovos inférteis, o que, em longo prazo, acaba com a população de moscas. Toda lesão na pele de humano ou animal deve ser tratada com repelente e cicatrizante, pois a C. hominivorax coloca seus ovos em feridas abertas e/ou secreções.
Gênero: Dermatobia
 DERMATOBIA HOMINIS
 Berne
MORFOLOGIA
→Adultos: 
-Comprimento acima de 15mm (2 a 3 vezes maiores que a mosca doméstica)
-Cabeça com olhos laterais bem separados
-Peças bucais vestigiais
-Tórax acinzentado com várias faixas longitudinais 
-Abdome de coloração azul metálico
→Larvas;
-Coloração amarela esbranquiçado
-Formato vermiforme
-Corpo segmentado com somente metade com várias fileiras de espinhos(para fixação)
-Extremidade posterior com 2 estigmas respiratórios e a extremidade anterior com a boca e a presença de 2 ganhos
→Pupas:
-Coloração negra com 2 espiráculos respiratórios
CICLO BIOLÓGICO
-Os insetos adultos do gênero dermatobia vivem em ambientes silvestres
-Reprodução constante por possuírem poucos dias de vida,já que não apresentam aparelho bucal funcional
→Não vão aos animais,depositam seus ovos em no abdome de vetores foréticos (ex: Musca domestica e Stomoxys calcitrans). Estes levam os ovos operculados até os animais
-Quando o ovo entra em contato com a pele do hospedeiro, o opérculo se abre e a larva projeta parte do seu corpo de dentro do ovo para tentar alcançar o hospedeiro(se não consegue, ela volta e o opéculo se fecha)
-Em torno de 7 dias as larvas eclodem e penetram na pele
-Ficam posicionadas quase horizontalmente no tecido subcutâneo, com seus estigmas respiratórios localizados em direção ao exterior
-Em média após 40 dias,as larvas L3 caem no chão e se transformam em pupas que não se alimentam e viram adultos após 34 a 78 dias
 (
2
) (
1
)
IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
→Sinais clínicos:
-Nódulos subcutâneos (processos inflamatórios)
-Irritação (dor e desconforto)
-Infecções bacterianas secundárias (abscessos)
-Sangramentos (a lesão causada pela berne pode ser atrativo para moscas causadoras de bicheira)
→Animais de produção:
-Redução no ganho de peso, diminuição na produção leiteira, desvalorização do couro
CONTROLE
-O combate a Dermatobia é bastante complicado, visto que a mosca não faz sua postura nos animais, e sim em outra mosca. Portanto, o controle implica na administração de um grande número de insetos
Barreiras para o controle efetivo do berne:
a) Grande diversidade de animais alternativos (silvestres, selvagens e domésticos) facilitando a reprodução dos bernes;
b) Grande número insetos transportadores dos ovos da mosca do berne;
c) Sistemas de criação que facilitam a movimentação dos animais em áreas de risco com clima quente, úmido e com árvores;
d) Uso de medicamentos veterinários com período de ação curto;
e) Falta de estratégias eficientes de prevenção e controle por parte dos pecuaristas (Controle Estratégico e Tático);
f) Resistência dos parasitos (vetores).
→Controle pode ser obtido com o tratamento freqüente por meio de pulverizações, banhos ou preparações pour-on 
ASTIGMATA
- Classe : Arachnida
-Ordem: Sarcoptiformes
Características gerais
-Ácaros sem estigmas respiratórios (troca gasosa ocorre pela pele)
-Machos possuem edeago
-Quelíceras com quelas (tesouras)
-Corpo pouco quitinizado
Família : Sacroptidae
-São ácaros escavadores ( escavam galerias na pele, nas quais penetram profundamente provocando um espessamento da pele)
-Diferente das sarnas superficiais, as sarna penetrante possui o primeiro par de patas pequeno (não ultrapassa ou levemente ultrapassa o aparelho bucal)
MORFOLOGIA GERAL
-Corpo globoso
-Rosto curto e largo
-Patas curtas e grosas 
-Machos sem ventosas copuladoras adanais
 Gênero Sarcoptes 
Espécies e hospedeiros
•Sarcoptes scabiei: var. hominis: ser humano
•S. scabiei var. canis: cães
•S. scabiei var. cuniculi: coelhos
•S. scabiei var. caprae: caprinos
•S. scabiei var. ovis: ovinos
•S. scabiei var. suis: suínos
•S. scabiei var. bovis: bovinos
•S. scabiei var. equi: equinos.
→Possuem espinhos na face dorsal e no ânus terminal
→Gnatossoma cônico
→Possuem pedicelos longos e não segmentados
SARCOPTES SCABIEI
→Causadora da: Sarna sarcóptica ou escabiose / chamado também de sarna vermelha
CICLO BIOLÓGICO
-Os ácaros são atraídos pelo odor e estímulos térmicos do hospedeiro
-Quando a fêmea já fertilizada encontra uma área satisfatória na pele, ela cava (utilizando as quelíceras )uma galeria na camada mais externa da epiderme e deposita os seus ovos. Durante a escavação, as fêmeas ficam aderidas no hospedeiro através da suas ventosas 
→Os machos morrem logo após a cópula, portanto, a sarna sacóptica é dispersa principalmente pelas fêmeas fecundadas
-Os ovos eclodem e as larvas vão para a superfície onde ocorrem as mudas (2 etapas de ninfa para o adulto) – em torno de 10 a 21 dias
IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
→Sinais clínicos:
-Presença de crostas ( acometem principalmente região da orelha,face,jarrete ,cotovelos e os dígitos)
-Alopecia (causada pela auto-escoriações e podem evoluir para dermatite papulocrostosa generalizada)
-Escoriações
-Hiperemia 
- Prurido intenso e pus em alguns casos
→Casos crônicos: hiperpigmentação e liquenificação. Além de poderem desenvolveranorexia, perda de peso e piodermite bacteriana secundária
→Baixa imunidade pode desencadear o aparecimento da sarna
 Diagnóstico:
-Exame parasitológico de raspado cutâneo ( realizadas na direção do crescimento do pelo até observar um pouco de sangramento capilar ) e levar o raspado para observação microscópica dos ácaros adultos ou dos seus ovos.
 
CONTROLE
-Separação dos animais infestados 
-Alimentação adequada
-Condições de higiene
-Esterilização dos fômites com acaricidas 
Família : Demodecidae
DEMODEX SP.
→ Causadora da Sarna demodécida, “sarna negra ou Demodiciose
MORFOLOGIA
-Corpo vermiforme e alongado
-Gnatossoma curto e a largo
-Adultos com 4 pares de patas curtas
-Idiossoma alongado e estriado transversalmente
CICLO BIOLÓGICO
-Todo o ciclo se passa no hospedeiro,por isso, não sobrevivem fora do animal 
-Estágios: ovo- larva- ninfa e adulta (esses 4 estágios podem ser demonstrados nos raspados de pele)
-Os ovos eclodem pequenas larvas com 3 pares de patas,que mudam para forma de ninfa com 4 pares de patas e em seguida para a forma adulta
-Ficam no folículo piloso
IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
-Não é contagiosa para o homem
-Acomete animais de tamanhos distintos e em qualquer idade
-Animais predispostos: estresse,desnutrição,traumatismo,estro,parto,lactação ,vacinas e até animais com doenças debilitantes.
-A demodiciose pode ser recorrente de uma imunosupressão por doenças : diabetes mellitus, alergias, doenças hepáticas, neoplasias, hipotiroidismo, hiperadrenocorticismo. A administração de drogas imunossupressoras também pode predispor à doença
→Transmissão: transmissão transplacentária ou contato com outro animal portador da doença e fômites
→Sinais clíncos:
-Prurido intenso
-Inquietação
-Mordedura e arranhadura
-Alopecia
→Tipos de demodiciose:
×Localizada – áreas irregulares de alopecia com coloração cobre ou avermelhada com escamas mais escuras revestindo as lesões. Não são pruriginosas, a menos que ocorra infecção secundária. 
É difícil que essa a demodiciose localizada se torne generalizada
Segundo Wilkinson e Harvey (1997), a demodiciose localizada é a forma mais comum da doença, que com freqüência ocorre na época em que o cão está se aproximando da puberdade. As alterações no ambiente cutâneo nessa época podem torná-lo mais propício.
 Localização comum das lesões
×Generalizada: cobre grandes áreas do corpo. Um cão com 5 ou mais lesões no corpo inteiro ou apresenta envolvimento de 2 ou mais membros possui demodiciose generalizada
O controle da demodiciose generalizada é considerava de difícil controle e tratamento
É prevalente em animais de meia idade ou idosos com imunossupressão causada por uma doença primária, como hiperadrenocorticismo endógeno ou hipotiroidismo 
Esses hospedeiros podem apresentar modificações seborréicas, foliculite- a ação do ácaro está, sobretudo, na dilatação dos canais foliculares, acarretando o transporte de bactérias para a profundidade dos poros o que gera o odor desagradável
 Diagnóstico:
-Anamnese completa ajuda identificar as causas predisponentes 
-Exame parasitológico de raspado cutâneo (realizando em diferentes partes do corpo, especialmente em áreas de transição pele saudável/lesões) →a raspagem não precisa ser profunda pois esses ácaros ficam na base dos pelos ,pode então ser utilizado a técnica do durex (IFA – impressão em fita adesiva)
 fita adesiva com amostra
CONTROLE
→Para prevenir a demodiciose, deve-se evitar o uso de drogas imunossupresoras, retirar macho da reprodução e nas fêmeas deve ser realizada a ovário salpingo histerectomia (OSH), uma vez que estas poderão ter recidivas quando estiverem em estro, devido a supressão do sistema imunológico
METASTIGMATA
-Classe: Arthropoda
-Ordem : Acari
Morfologia geral
-Ácaros de pequeno porte 
-Quelíceras modificadas e palpos curtos
-Cefalotórax e abdome fusionados
-Corpo coberto por placas dorsais e/ou ventrais
-Ninfas e adultos possuem 4 pares de patas
Família : Ixodidae
Morfologia
- Conhecidos como carrapatos duros devido a presença de um escudo
-Dimorfismo sexual evidente → escudo cobre toda a região dorsal do macho e apenas 1/3 da região dorsal da fêmea
-Gnatossoma(boca) anterior ao idiossoma contendo peças bucais (par de quelíceras e o hipostômio)
-Peritrema(placa que recobre o estigma respiratório) após o quarto par de patas e em forma de vírgula
 peritrema
-Ninfas: possuem 4 pares de pata e escudo incompleto
-Machos : possuem placas adanais e apêndice caudal
Classificação do ciclo de acordo com o número de hospedeiros:
· Monoxeno
-Carrapatos de um só hospedeiro
-Todos os estágios se alimentam do mesmo hospedeiro, no qual também realizam mudas
-Apenas as teleóginas (fêmeas adultas ingurgitadas) vão ao solo para a ovoposição 
Ex: Dermacentor nitens e R. (boophilus) microplus
· Dioxeno
-Carrapatos de dois hospedeiros
-Os estágios da larva e ninfa ocorrem no mesmo hospedeiro (1 ecdise )
- A segunda ecdise se realiza no solo e o carrapato adulto procura um segundo hospedeiro
· Trioxeno
-Carrapato parasita três hospedeiros
-Para cada estágio, há um hospedeiro (pode ocorrer até no mesmo animal) , porém todas as mudas são feitas fora dele
Ex: R. sanguineus , Amblyomma ,Ixodes 
Ciclo biológico geral
-Podem ter ciclo monoxeno ou heteroxeno
-Passa pelos estágios : ovo – larva- ninfa e adulto
→As fêmeas se destacam do hospedeiro e procuram abrigo próximo ao solo para realizarem a ovipostura que pode durar vários dias 
-Terminada a ovoposição as fêmeas (quenóginas) morrem 
-Os ovos são pequenos,cilíndricos e de coloração castanha 
-Baixas temperaturas prolongam os estágios de desenvolvimento
-As larvas (hexápode) que estão no ambiente sobem pelas gramíneas e arbustos,esticam o primeiro par de patas , onde está o órgão de haller (órgão sensorial utilizado na detecção de hospedeiros) e esperam a passagem do hospedeiro, para qual se transferem 
-Após sugar o plasma sanguíneo durante alguns dias, a larva ingurgitada muda-se para ninfa. Esta, que já é octópoda, ingurta-se de sangue mais uma vez e se transforma em adulto macho (neandro) ou fêmea (neógina), ambos são carrapatos imaturos 
-Quando aptos para a cópula, a fêmea passa a ser chamada da partenógina e o macho de gonandro 
-As partenóginas se ingurgitam e são chamadas de teleóginas(fêmea gordinha), desprendem- se do hospedeiro e o ciclo recomeça 
×Machos permanecem por mais tempo no hospedeiro para copular com outras fêmeas 
Gênero: Rhipicephalus
 Morfologia geral
- Palpos e rostro (hipostômio + quelícera) curtos
-Base do gnatossoma geralmente hexagonal
-Escudo SEM ornamentação
-Machos com par de placas adanais desenvolvidas e um par rudimentar
-Presença de festões
 → aparelho bucal hexagonal
→ escudo não ornamentado e festões ( n2)
→ placas adanais 
RHIPICEPHALUS SANGUINEUS
- Carrapato vermelho/marrom do cão
MORFOLOGIA
-Estigma em forma de vírgula, acentuado no macho e pouco acentuado na fêmea
CICLO BIOLÓGICO
-Parasito de cães, mas pode parasitar gatos e carnívoros silvestres
-Trioxeno (todas as 3 mudas são feitas fora do hospedeiro) → larva sobe no animal, alimenta ate ingurgitar e desce para mudar para ninfa, este sobe no hospedeiro e logo depois do repasto sanguíneo desce novamente. No solo, muda para o macho ou fêmea adulto e por fim sobe novamente 
-Podem escalar muros e paredes, e se abrigam entre frestas e forros
IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
-Causa danos diretos e indiretos
-Alterações clínicas: anemia e baixa de plaquetas (trombocitopenia) 
-Vetor natural da bactéria Ehrlichia canis e dos protozoários Babesia canis (B. vogeli) , B.gibsoni e Hepatozoon canis (popularmente chamadas de “doenças do carrapato” /hemoparasitoses)
-São encontrados com mais freqüência nos membros anteriores, orelhas e entre os dedos
- Sinais clínicos: 
.Prurido leve a intenso
. Eritrema
.Pápulas
. Colarete epidérmico
. Alopecia
.Anemia
.Hiporexia
→Diagnóstico: anamnese completa, identificação do carrapato ,citologia da pele , hemograma 
CONTROLE
-A estratégia de controle dos carrapatos deve ter enfoque tanto no animalquanto no ambiente
-O uso profilático de medicamentos antiparasitários é de grande importância no controle da infestação pelo carrapato
-No ambiente: é importante utilizar aspirador de pó para limpeza de piso e em frestas, além da limpeza recorrente das casinhas, panos, camas, roupinhas e outros acessórios do animal 
-Shampoo ou sabonetes anti carrapatos devem ser utilizados com cautela, pois estes podem causar alergias ao tecido tegumentar dos pets 
RHIPICEPHALUS (BOOPHILUS) MICROPLUS
-Carrapato do boi 
MORFOLOGIA
-Base do gnatossoma hexágonas com rosto e palpos curtos 
-Festões ausentes
-Estigmas arredondados ou ovais
- Machos apresentam dois pares de placas adanais desenvolvidas
-Hospedeiros principais são os bovinos, porém podem ser encontrados em pets e silvestres
CICLO BIOLÓGICO
-Heteroxeno 
-Fase parasitária: larva a fêmea dura em média 21 dias
-As teleóginas desprendem-se naturalmente do seu hospedeiro e no solo procuram um lugar apropriado para realizar a postura
-As larvas eclodem no ambiente e sobem no hospedeiro 
Larvas captando vibrações dos hospedeiros pelo órgão de Haller
IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
-As lesões no couro causadas pela picada do carrapato além de desvalorizarem o produto, favorecem a presença de miíases
-A pele irritada predispõe a infecções secundárias
-Caso estiverem portando agentes patogênicos, podem transmiti-los pela saliva → se destacam os agentes da Tristeza Parasitária Bovina (Babesia bovis, Babesia bigemina e Anaplasma marginale)
→Todos os fatores listados acima contribuem significamente para a diminuição nos lucros para os produtores
CONTROLE
1. Escolha do produto adequado:
É necessário realizar um teste denominado bioensaio. Este teste serve para comparar a eficácia entre os produtos carrapaticidas (no caso do controle de carrapatos, é necessários aqueles que agem por “contato”)
2. Aplicação do produto na época adequada
-É importante realizar o tratamento contra os carrapatos quando eles não estiverem ainda ingurgitados, com o intuito de impedir que os parasitas caiam no ambiente e realizem o seu ciclo biológico ( contribuindo para reinfestações)
3. Aplicar seguindo a recomendação do fabricante
-Doses muito baixas ou altas do que é indicado podem interferir no controle da população dos carrapatos
4. Segurança do operador
-Os acaricidas são tóxicos e podem causar alergias, intoxicações e podem deflagram o surgimento de processos tumorais
5. A forma correta de aplicação dos acaricidas
-“Os produtos acaricidas, aplicados por imersão ou aspersão, atuam por contato, intoxicando os carrapatos molhados pelo produto diluído na água.”
Após o banho, o animal deve estar molhado em todas as regiões corporais, pois carrapatos pequenos que se escondem debaixo dos pelos e em outras partes do corpo não são visto com muita facilidade
6. Redução dos carrapatos livres na pastagem
-As larvas depois da eclosão ficam no chão até o endurecimento da cutícula e sobem no talo das plantas e esperam a passagem de um hospedeiro
“-Limpeza das pastagens: a mudança de vegetação por meio de calagem e gradagem do solo diminui consideravelmente a quantidade de larvas na pastagem. A limpeza, com corte de pastos e de arbustos (abrigos naturais das larvas), contribui para a diminuição da infestação dos rebanhos
-Rotação das pastagens: consiste na mudança dos rebanhos para novas pastagens em épocas estratégicas, de acordo com a biologia do carrapato. A pastagem deve permanecer em descanso no período da primavera e verão (pelo menos 60 dias no verão) até que as larvas morram por falta de alimentação
-Queima das pastagens: não é 100% eficaz, pois algumas larvas não morrem, já que penetram no solo ou nas partes mais profundas da vegetação.”
7. Atenção especial aos animais sempre mais infestados
-Após a aplicação dos banhos, alguns animais no rebanho carregarão a maioria dos carrapatos e são popularmente conhecidos como “animais de sangue doce” – apenas esses animais devem ser tratados , o tratamento desses poucos animais permite que, nos animais não tratados se desenvolvam poucos carrapatos, e a resistência sobre o produto químico diminua 
-No ano seguinte, o sistema estratégico deve ser novamente estendido a todo rebanho
8. Controle preventivo ao introduzir animais no rebanho
-A introdução de novos animais favorece a variabilidade da população de carrapatos
9. Evitar infestações mistas
10. Avaliar anualmente o desempenho do produto
Recomenda-se que, anualmente, ou sempre que se suspeitar de falhas após a aplicação acaricida, que sejam colhidas amostras de carrapatos adultos (fêmeas ingurgitadas – teleóginas) e enviadas para laboratórios capacitados, como na Embrapa Gado de Corte, para a realização de testes.
Gênero: Amblyomma
 AMBLYOMMA SCULPTUM
-Carrapato estrela
MORFOLOGIA
-Rostro longo
-Escudo ornamentado
-Corpo oval
-Apresenta 11 festões 
-Peritrema triangular
CICLO BIOLÓGICO
-Trioxeno
-Hospedeiros : eqüinos e capivaras
-A teleógina ingurgitada se desprende do animal e cai no solo, faz a postura e logo morre. Dos ovos, eclodem larvas que após atingirem a maturação, sobem no capim até que um hospedeiro em potencial passe 
-No hospedeiro as larvas fazem o repasto sanguíneo até ficarem ingurgitadas e logo caem no solo para realizar a ecdise
-Da primeira ecdise surgem as ninfas, que como as larvas, sobem nas folhas e esperam algum animal 
-As ninfas se fixam e realizam novamente o repasto sanguíneo, se desprendem para realizar a segunda ecdise, e por fim se tornam adultas (estes também sobem nas folhas)
IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
- Potenciais transmissores de agente patogênicos que podem levar o animal a prostração e mais tarde ao óbito (isso quando não é diagnosticado em tempo hábil) – Babesia equi
-A picada pode gerar lesões aptas para a entrada de outros microorganismos, contribuindo também para as infecções secundárias e a instalação de miíases
CONTROLE
-O controle deve ser feito de maneira correta, nos períodos apropriados e seguindo as recomendações quanto ao uso dos acaricidas 
-É recomendado banhos estratégicos com carrapaticidas a cada sete a dez dias durante o período de larvas e ninfas – usado freqüentemente a técnica de “animais de sangue doce” como armadilha para captar os carrapatos 
-Limpar o pasto também é de significativa importância :os pastos sujos favorecem o aparecimento de animais silvestres, que podem atuar como hospedeiro dos carrapatos (em fases imaturas), fazendo deles dispersores de carrapatos no ambiente
Gênero: Dermacentor
 DERMACENTOR NITENS
-Carrapato da orelha dos equinos
MORFOLOGIA
-Escudo do macho é de cor castanha 
-Escudo não ornamentado
-Peritrema em forma de disco de telefona
-Presença de sete festões
-Coxas vão aumentando de tamanho do primeiro ao quarto par de patas
-Machos não possuem placas adanais
-Gnatossoma com rostro e palpos relativamente curtos
CICLO BIOLÓGICO
-Monoxenos 
-As larvas no chão depois de eclodirem sobem no hospedeiro e passam a ser ninfas,que ingurgitam e se transformam em machos ou fêmeas (fêmea só vai ao solo para ovopositar)
→As larvas podem resistir mais de 2 meses sem se alimentar 
IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
-Pode transmitir para eqüinos agentes patogênicos: Babesia equi e a B. caballi
-A picada pode gerar lesões que favorecem o aparecimento de miíases e outras infecções secundárias
CONTROLE
-Encontra-se em locais escondidos no animal 
-“Os tratamentos em regiões endêmicas devem ser realizados por meio da pulverização com produtos acaricidas todo o corpo dos equinos, inclusive dentro do divertículo nasal e da região auricular, em intervalos de 24 dias, por um período de, pelo menos, 4 meses ininterruptos do ano, na primavera e/ou no verão. Após o tratamento, os animais devem voltar para o mesmo pasto.A repetição dos tratamentos acaricidas e o retorno dos animais para o mesmo pasto promovem uma limpeza das pastagens, reduzindo o número de carrapatos que atingirão a fase adulta”
EXERCICÍOS DE FIXAÇÃO
1 - Defina e de exemplos de: Parasito monoxeno e heteroxeno
	
2 – Descreva detalhadamente o ciclo biológico da Dermatobiahominis
3-Boophilus, Anocentor e Rhipicephalus são os principais gêneros de carrapatos encontrados em bovinos, equinos e cães, respectivamente.
 Verdadeiro
 Falso
4-Rhipicephalus (Boophilus) microplus é o principal carrapato da pecuária brasileira. Os danos causados ao hospedeiro estão associados à hematofagia, na qual pode ocorrer debilitação do animal parasitado, danos ao couro e transmissão de agentes patogênicos. Por isso, medidas de prevenção e controle devem ser adotadas para manter a sanidade e produtividade do rebanho.
Com relação às medidas de prevenção e controle de parasitoses, assinale a alternativa correta.
 Por se tratar de um carrapato heteroxeno, ou seja, que precisa de dois ou mais hospedeiros para completar seu ciclo biológico, o controle e a prevenção do carrapato R. (B) microplus devem estar associados à rotação de pastagens e à aplicação de produtos injetáveis.
 Para a prevenção e o controle de parasitoses, deve-se apenas realizar a catação manual dos carrapatos e realizar pulverização de acaricidas somente na época da seca, seguindo o descrito na bula do medicamento escolhido.
 Por se tratar de um carrapato monexo, ou seja, que realiza seu ciclo biológico em apenas um hospedeiro, deve-se traçar medidas estratégicas de controle e prevenção de parasitoses, por exemplo, realizar teste de sensibilidade a carrapaticidas para saber qual o melhor produto químico a ser utilizado.
 Para a prevenção e o controle de parasitoses, deve-se realizar a vacinação dos animais, uma vez que a vacinação é o método de prevenção e controle mais eficaz existente no mercado.
5- As chamadas Bicheiras ou Miíases são causadas pela invasão de feridas ou cavidades naturais por larvas de moscas de diversos gêneros ou moscas varejeiras, nos quais se destacam
 Cochiomyiahomini vorax. 
 Dermatobia hominis. 
 Sarna sarcóptica. 
 Dictyocaulus viviparus 
 Haemonchus contortus.
6- Julgue o próximo item, relativo à parasitologia veterinária.
A habronemose cutânea, causada por larvas do nematoide Habronema spp., que parasita equinos e asininos, apresenta ciclo evolutivo indireto, pois tem como vetores carrapatos do gênero Amblyomma.
 Certo 
 Errado
7-Qual o ácaro que habita o folículo piloso?
 Notoedres cati. 
 Demodex canis.
 Otodectes cynotis. 
 Sarcopetes scabiei. 
 Lynxacarus radovsky.
8-Canina da raça Collie, macho, 8 meses. Queixa principal: há 15 dias apresenta queda de pêlos, em torno do focinho, progredindo para ventre e patas. Apresenta prurido intenso principalmente à noite. Não refere outras alterações. Não apresenta antecedentes mórbidos. Come ração e petisca ossos de couro. Vacinação: atualizada. Utiliza fiipronil a cada 2 meses. Reside em casa e passeia diariamente em um parque. Não apresentou alterações significativas no exame clínico geral. No exame dermatológico, alopecia difusa, pele eritematosa, presença de pápulas, algumas pústulas, escamas, crostas e escoriações. Reflexo otopodal positivo. Considerando-se a enfermidade mais provável, o quadro clínico é sugestivo de:
 Puliciose
 Impetigo. 
 Intertrigo. 
 Sarna sarcóptica.
 
 Sarna demodécica.

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