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RELATÓRIO DE PRINCIPAIS ECTOPARASITAS

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ECTOPARASITAS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA- CARRAPATOS, PIOLHO, PULGAS E SARNAS
O parasitismo é uma interação entre duas espécies na qual o parasita se beneficia do hospedeiro causando leves ou graves danos e também a morte. Os ectoparasitas apresentam diversas características de acordo com sua espécie e causam sérios problemas ao bem estar e saúde dos animais, sendo de extrema importância conhecer as suas particularidades para realizar métodos eficiente de prevenção e controle.
- Carrapatos: são parasitas ectoparasitas de animais domésticos, silvestres e do homem. Atualmente, são conhecidas cerca de 800 espécies de carrapatos em todo o mundo parasitando mamíferos, aves, répteis ou anfíbios. São considerados como de grande importância pelo papel que desempenham como vetores de microrganismos patogênicos incluindo bactérias, protozoários, rickétsias, vírus, etc; e pelos danos diretos ou indiretos causados em decorrência do seu parasitismo.
Taxonomia: reino animália, filo Arthropoda, subfilo chelicerata, classe arachnida, ordem acarina, família ixodidae, gênero rhipicephslus, espécie R. sanguineus. Os principais gêneros da família Ixodidae, relacionados a vetores de agentes patogênicos são: Amblyomma, Dermacentor, Ixodes e Rhipicephalus. 
Ciclo Biológico: a larva presente no ambiente sobe no hospedeiro e inicia o repasso sanguíneo e carrapato penetra na pele se fixando ao hospedeiro, inicia a ingestão de sangue e regurgita grande quantidade de fluidos na forma de saliva pela qual pode estar infestada de protozoários, vírus. A saliva do carrapato imita o sistema de defesa do organismo devido ao seu efeito anestésico anticoagulante e anti-inflamatório. 
Durante a alimentação ocorre uma alternância da secreção da saliva e o sangue, o carrapato ingere uma grande quantidade de sangue e pode atingir até duas vezes o seu tamanho inicial. E após a alimentação o carrapato volta ao ambiente para depositar os ovos, em média três mil ovos e após a ovoposição a fêmea morre.
O Rhipicephalus microplus, o carrapato do boi, possui um ciclo monoxeno utilizando apenas um hospedeiro, já o Rhipicephalus sanguineus possui o ciclo trioxeno utilizando três hospedeiros. Após a eclosão dos ovos os carrapatos migram para as extremidades das pastagens procurando um hospedeiro.
Morfologia geral: No estágio larval os carrapatos apresentam 3 pares de patas, no estágio de ninfa passam a ter 4 pares de patas. Representados na figura 1 características morfológicas de carrapatos da família ixodidae.
Figura 1. Características morfológicas de carrapatos da família ixodidae.
 Fonte: (Barros-Battesi et al., 2006)
 Os carrapatos apresentam algumas diferenças, sendo que o Rhipicephalus sanguineus apresentam peças bucais curtas, presença de festões, ausência de apêndice caudal, 1 par de placas adanais, par de cochas fendidos, escudo dorsal não ornamentado. 
Rhipicephalus microplus apresentam peças bucais curtas, ausência de festões, os machos apresentam apêndice caudal, dois pares de placas adanais, par de cochas triangular, escudo dorsal não ornamentado. 
Amblyomma sp. apresentam peças bucais longas, presença de festões, ausência de apêndice caudal, ausência de placas adanais, par de cochas com espinhos, escudo dorsal ornamentado.
Figura 2. Característica morfológica das espécies de carrapatos Rhipicephalus sanguineus, Rhipicephalus microplus, Amblyomma sp.
 
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=PJVeC3D-iy4&feature=youtu.be
Epidemiologia: As condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento do carrapato são temperatura em torno de 27 ºC e umidade relativa do ar de 70%, bem como campos sujos com alta cobertura vegetativa que irá proporcionar a sobrevivência das larvas em épocas desfavoráveis.
Controle: O controle do Rhipicephalus microplus é baseado no uso de carrapaticidas, manejo de pastagens, criação de raças resistentes e vacinação. No Rhipicephalus sanguineus e Amblyomma sp. higiene do ambiente e a aplicação de carrapaticida nos animais.
- Piolhos: São ectoparasitas permanentes com alta especificidade parasitária, tanto para mamíferos quanto para aves. Causa grande irritação no hospedeiro como prurido intenso levando ao declínio da produção do animal, além de poder transmitir patógenos.
Taxonomia: reino animal, filo Arthropoda, classe insecta, ordem phthiraptera, sub-ordem amblycera, inschnocera e anoplura. E são classificados como mastigadores.
Principais piolhos dos animais domésticos: Damalinia Bovis mastigador, Damalinia equi mastigador, Damalinia ovis mastigadores, Damalinia capri mastigador, Trichodectes canis, Felicola subrostratus mastigador, Pediculus humanos sugador.
Ciclo Biológico: O ciclo completo ocorre cerca de 20 a 30 dias no hospedeiro, após uma semana da postura dá origem as ninfas que passam por três fases, ninfa 1, 2 e 3, posteriormente o adulto. Sua disseminação é feita através do contato direto, pois fora do hospedeiro morrem em dois a sete dias. 
Morfologia comparada entre as espécies: Damalinia sp. possui a cabeça arredondada com movimentos similar a largura com a bochecha repartida, antenas normais com o segundo seguimento maior que os demais, abdômen possui manchas na cavidade dorsal, curtas iguais e transversais.
 Trichodectes canis possui cabeça com formato hexagonal de cor escura, sendo mais larga do que longa, têmpora sem lóbulos posteriores, são robustas com Três seguimentos iguais nas fêmeas, nos machos a primeira ocupa metade da antena, corpo claro com cerdas abdominais longas com estigmam respiratório do segundo ao sétimo seguimentos, ao total seis pares.
 Felicola subrostratus possui a cabeça com aspecto pentagonal e olhos atrás das antenas, na região ventral da cabeça há um sulco ventral mediano longitudinal, antenas com três seguimentos, abdômen liso com poucas cerdas de três pares de espiráculos, pernas pequenas e termina numa garra única.
Pedicuulus humanus possui cabeça ovoide com olhos grandes e simples, antenas com cinco seguimentos, o abdômen possui sete seguimentos com placas pleurais bem quitinizadas, o dimorfismo se dá pela presença de gulopodios nas fêmeas para aderência do pelos e alinhamento dos ovos na hora da ovopostura, corpo alongado sem tubérculos abdominais, pastas de tamanhos iguais.
A figura 3 representa as características morfológicas das espécies de piolhos, Damalinia sp. Trichodectes canis, Felicola subrostratus, Pedicuulus humanus.
Figura 3. Característica morfológica das espécies de piolhos, Damalinia sp. Trichodectes canis, Felicola subrostratus, Pedicuulus humanus.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=PJVeC3D-iy4&feature=youtu.be
Epidemiologia: Na estação de invernos os animais tendem a se aglomerar para se aquecerem e isso leva ao aumento da proliferação desses parasitas devido ao contato direto. A presença do parasita causa irritação fazendo com que se cosem a ponto de escarificar, gerando porta de entrada para infecções bacterianas, causa apatia, perda de peso e queda na produtividade.
Controle: Manter os animais isolados em condições de higiene e lava-los com inseticida com duas aplicações com intervalo de dez dias.
- Pulgas: São ectoparasitas com baixa especificidade, podendo ser parasitas intermediários ou obrigatórios. Não possuem asas, tem pernas longas e adaptadas ao salto, medem cerca de 1,5 a 4 milímetros com o corpo achata leto lateralmente. Sua longevidade depende da alimentação e umidade do ambiente e seu estágio de pulpa podem sobreviver no mesmo por até um ano.
Taxonomia: reino animal, filo Arthropoda, classe insecta, ordem Siphonaptera, família pulicidae e tungicidae. Gêneros pulex, ctenocephalides, xenopsila, echidnophaga e tunga.
Ciclo Biológico: As fêmeas parasitam o hospedeiro copulam com vários machos e depois se alimentam de sangue, fazendo postura diária com média de 20 ovos, podendo chegar a centenas dependendo da espécie. Os ovos das pulgas são grandes brancos e visíveis a olho nu, sendo que o ovo dela aproximadamente dez dias para eclodir, as larvas permanecer no ambiente passandopor três estágios. Alimentam-se de sangue digerido e eliminados com as dejeções das pulgas adultas e de microrganismos presentes no ambiente.
A larva se transfora em pulpa de 7 a 14 dias, a fase de pulpa dura de 5 a 10 dias, as pulpas adultas permanecem no casulo até sentirem a presença do hospedeiro através da liberação de Co2. As pulgas adultas podem sobreviver até 125 dias sem alimento e 513 dias com alimento disponível.
A pulga do gênero tunga possui o ciclo biológico distinto, depois de fecundadas as fêmeas se introduzem na pele do hospedeiro, pés e mão de humanos e região palmar e plantar dos animais domésticos, deixando apenas a região posterior do abdômen exposta para o meio externo, após a fêmea sugar o sangue do hospedeiro inicia-se o desenvolvimento dos ovos e permanecem no abdômen até a pulga atingir tamanho suficiente. Os ovos são expelidos para o meio externo e depois da fêmea realizar a postura ela murcha e cai ao solo.
Depois de 3 a 4 dias os ovos eclodem e as larvas passam a pulpas, e entre 2 a 3 semanas tonam-se adultas.
Morfologia características físicas: Não apresentam asas, seu corpo é achatado letolateralmente vestido de espessa camada de quitina escorregadia e com cerdas voltadas para trás, facilitando o andar entre os pelos dos animais, possuem pernas longas especialmente as traseiras que são especializadas para os saltos, o aparelho bucal é do tipo picador sugador, seu corpo de dividido em cabeça, tórax e abdômen, sendo que as pernas e inserem no tórax. 
Morfologia Geral: Apresentam sensilium, seta ante-sensilial, metanoto, mesonoto, ctenídeo protonal, pronot, antena, olho, ctenídeo genal, palpo maxilar, bastão pleural, coxa, fêmur, tíbia, tarso e garra. A figura 4 represente as características morfológicas da pulga.
Figura 4. Características morfológicas da pulga.
 Fonte: https://pt.slideshare.net/nayllamarcula/sifonpteros-br 
Morfologia comparada entre as espécies: Ctenocephalides felis a cabeça possui uma fronte mais longa e baixa, o primeiro segmento que tem no ctenídeo genal é igual ao segundo. Ctenocephalides canis a cabeça tem fronte alta e é arredondada, o primeiro segmento que tem no ctenídeo genal é mais curto que os demais. Pulex irritans a cabeça é arredondada com uma cerda anterior aos olhos, não apresenta o primeiro ctenídeo genal e pronotal. Tunga penetrans, a parte interior da cabeça possui uma saliência, não apresenta o primeiro ctenídeo genal e são as menores pulgas que existem.
Figura 4. Características morfológicas comparada entre as espécies de pulgas.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=PJVeC3D-iy4&feature=youtu.be
Epidemiologia: A máxima incidência de pulgas ocorre nos meses mais quente do ano, há pulgas que não vive no hospedeiro, como a Pulex irritas que sobem no hospedeiro apenas para se alimentar, há as que vivem sobre a pele e pelagem dos hospedeiros, como as Ctenocephalides e as que penetram na pele, como a Tunga penetrans. 
Frequentemente as infestações são encontradas em animais velhos ou com doenças crônicas, a reação do animal depende do grau de sensibilização, sendo a mais comum a do tipo I, animais não sensibilizado apresentam leve prurido e animais com alta sensibilidade demonstram prurido intenso, dermatite e infecções secundárias.
Controle: Tratamento do ambiente para interromper os estádios de desenvolvimento, pode ser feita por aplicação de inseticidas, aplicação de solução salina em meio sólido como cimento para dessecação dos ovos e remoção de frestas trincas e outros esconderijos.
Prevenção de reinfestação do ambiente, evitar entrada de outros animais, aplicação periódica de inseticidas e manter o ambiente livre de esconderijos de larvas e pulpas havendo uma limpeza diária.
- Sarnas: São ácaros pequenos responsáveis por dermatite pruriginosa e perda de pelo que por sua vez causa uma serie de danos os animais, como diminuição da fertilidade, sofrimento, e estética desagradável podendo afetar também os seres humanos.
Taxonomia: Reino animal, filo Arthropoda, classe arachnida, ordem acaridida, família sarcoptidae, psoroptidae e demodicidae. Gêneros sarcoptes, notoedres, psoropdes, otodectes, demodex.
Ciclo Biológico: A sarna sarcoptes ao entrar em contato com o hospedeiro realiza o acasalamento com o macho e após a fecundação a fêmea penetra na epiderme fazendo um túnel subcutâneo, caminhando de 3 em 3 milímetros por dia liberando substancias toxicas, o que gera intensos pruridos. Seu ciclo dura de 14 a 21 dias depositando de 1 a 3 ovos por dia, um total de 40 a 50 ovos.
De 3 a 5 dias os ovos viram larvas e de 3 a 6 mudam para linfa, chegando a fase adulta. As fêmeas vivem de 4 a 6 semanas.
Psoroptes: o ciclo é semelhante ao da sarna sarcoptes, no entanto depositam 5 ovos por dia, não formam galerias, habitando somente a superfície da pele. Alimentam-se de linfa e líquidos celulares liberando os ovos nesses locais. Os ovos são incubados e posteriormente eclodem as larvas que irão originar as ninfas, elas realizam a muda tornando-se adultas e esse processo dura em torno de 9 dias. Os adultos podem durar de 30 a 40 dias no hospedeiro e no ambiente de 7 a 9 dias.
Demodex: a transmissão ocorre no primeiro dia de amamentação pelo contato direto da mãe com os filhotes. Habitam o folículo piloso e se alimentam de celular, o acasalamento ocorre na abertura dos folículos pilosos. As fêmeas gravidas migram para as glândulas sebáceas onde depositam seus ovos que eclodem larvas secas cerca de 60 horas depois, essas sofrem mudas para ninfas e depois transformam-se em adultas.
Morfologia comparada: A sarna demodex possui corpo alongado e se afila gradualmente, possui 4 pares de pernas na parte anterior do corpo, são robustas e terminam em pequenas garras. A sarna sarcoptes possuem a cabeça arredondada, o corpo é arredondado, as pernas curtas, o primeiro e o segundo par de pernas ultrapassam a cabeça. A sarna psoroptes possuem a cabeça pontiaguda, o corpo é ovoide, pernas robustas com ventosas em forma de funil.
Na figura 5 estão representados o gênero de Sarnas Demodex, Sarcoptes e Psoroptes.
Figura 5. Gênero de Sarnas Demodex, Sarcoptes e Psoroptes.
Fonte: Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=PJVeC3D-iy4&feature=youtu.be
Epidemiologia: As sarnas são cosmopolitas, os climas quentes e úmidos as favorecem, são parasitas permanentes e seus hospedeiros são mamíferos. As sarnas sarcoptes são altamente contagiosas, a transmissão pode ocorrer de forma direta através do contato com os animais, e forma indireta por meio de objetos. Inicialmente penetram a pele com menos pelos e evoluindo para a forma crônica que atinge todo o corpo, também pode levar a infecções secundárias.
Os psoropdes parasita regiões com bastante pelos e é altamente contagiosa e patogênica chegando a atingir toda a pele podendo levar a infecções secundárias e bacterianas. A sarna demodex tem sua transmissão de forma direta através da amamentação ou acasalamento do hospedeiro. o animal apresenta a doença apenas se seu sistema imunológico estiver comprometido, são incapazes de sobreviver fora do hospedeiro.
Controle: O controle deve ser feito isolando e tratando os animais doentes, recomenda-se ao paciente banho com produtos sarnicidas e aplicação de medicamentos adequados a cada caso. Para sarnas sarcoptes e psoropdes deve-se higienizar ambientes vestimentas e roupas de cama.

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