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JORNADA DE TRABALHO - 1

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JORNADA DE TRABALHO 
Conceito 
• Jornada de trabalho é o lapso temporal em que o empregado 
está à disposição do empregador, executado ou não o 
trabalho. 
• CLT Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período 
em que o empregado esteja à disposição do empregador, 
aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial 
expressamente consignada. 
• Duração 
A CF – Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social: 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito 
horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a 
compensação de horários e a redução da jornada, 
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
• CLT – Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os 
empregados em qualquer atividade privada, não 
excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja 
fixado expressamente outro limite. 
• Atenção para o disposto no § 1º do artigo 58: 
- § 1o Não serão descontadas nem computadas 
como jornada extraordinária as variações de 
horário no registro de ponto não excedentes de 
cinco minutos, observado o limite máximo de dez 
minutos diários. 
 
• Jornadas menores podem ser fixadas, pela lei, 
convenções coletivas, regulamento de empresa, 
contrato individual o até mesmo usos e 
costumes. Jornadas maiores, todavia, são ilegais. 
 
 
• A CF também limita o período para as 
jornadas em turnos ininterruptos de 
revezamento, jornada em que os turnos de 
trabalho não são fixados num mesmo período, 
alternam-se por períodos diferentes. 
• Art. 7º, XIV - jornada de seis horas para o 
trabalho realizado em turnos ininterruptos de 
revezamento, salvo negociação coletiva; 
• Jornadas especiais previstas na CLT: 
 
• Bancários - Arts. 224 – 226 
• Serviços de telefonia – Arts. 227- 231 
• Operadores cinematográficos - Arts. 234 – 235 
• Ferroviários – Arts. 236 – 247 
• Embarcações da Marinha Mercante , navegação fluvial e 
lacustre, tráfego dos portos e pesca – Arts. 248-252 
• Frigoríficos – Art. 253 
• Minas de Subsolo – Arts 293 – 298 
• Jornalistas Profissionais – Arts - 303 – 309 
• Professores – Art. 318 
• Trabalho Infanto Juvenil – Arts. 403 405, 411 a 414 e 433 
• Jornadas especiais regidas por leis específicas 
• Lei 9.615/98 – Atleta Profissional – art. 28 
• Lei 3.270/61 – médicos e cirurgiões dentistas 
– arts. 8 e 9 
• Lei 6.019/74 – Trabalho Rural – 
• Lei Artistas – 58.533/78 
 
 
• A jornada de trabalho sofreu grande evolução 
no passar dos Anos até que em 2019 – Tratado 
de Versalhes houve a pacificação da jornada 
diária de 8 hs, com a criação da OIT. 
 
• A proteção da jornada está diretamente 
relacionada à saúde e segurança do 
empregado, sendo portanto normas rígidas 
mas que podem ser relativizadas através de 
negociações coletivas. 
• Tempo à disposição do empregador 
 
• Não são considerados tempo à disposição: 
 
• CLT art. 58 - § 2º O tempo despendido pelo 
empregado desde a sua residência até a efetiva 
ocupação do posto de trabalho e para o seu 
retorno, caminhando ou por qualquer meio de 
transporte, inclusive o fornecido pelo 
empregador, não será computado na jornada de 
trabalho, por não ser tempo à disposição do 
empregador. 
• ÔNUS DA PROVA 
• Sumula 338 TST 
• JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA (incorporadas as 
Orientações Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) - Res. 129/2005, 
DJ 20, 22 e 25.04.2005 
• I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o 
registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-
apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção 
relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por 
prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 
21.11.2003) 
• II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista 
em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-
OJ nº 234 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) 
• III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída 
uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da 
prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, 
prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 
306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003) 
 
• CLASSIFICAÇÃO DA JORNADA 
• PERÍODO – 
• Diurna – Entre 5h e 22hs 
• Noturna – Urbanos – 22h às 5hs – Uma hora = 52’30’’ 
• CLT - Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal 
ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração 
superior a do diurno e, para esse efeito, sua 
remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por 
cento), pelo menos, sobre a hora diurna. 
• § 1º A hora do trabalho noturno será computada como 
de 52 minutos e 30 segundos. 
• § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, 
o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 
5 horas do dia seguinte. 
 
 
• Turno ininterrupto de revezamento 
• Trabalho Infanto Juvenil 
• Quanto a profissões 
 
• QUANTO À REMUNERAÇÃO 
• A jornada normal é aquela que não tem 
acréscimos legais de adicionais como: 
noturno, horas extras, acordos de 
compensação de horas etc. 
• Cf – Art. 7º, XXXIII 
• proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 
dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo 
na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
• CLT – 
• Art. 403. É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos 
de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze 
anos. 
• Parágrafo único. O trabalho do menor não poderá ser realizado em 
locais prejudiciais à sua formação, ao seu desenvolvimento físico, 
psíquico, moral e social e em horários e locais que não permitam a 
frequência à escola. 
• Art. 404 - Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho 
noturno, considerado este o que for executado no período 
compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 5 (cinco) horas. 
 
• Art. 405 - Ao menor não será permitido o trabalho: () 
• I - nos locais e serviços perigosos ou insalubres, constantes 
• II - em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade. 
• § 2º O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de prévia autorização do 
Juiz de Menores, ao qual cabe verificar se a ocupação é indispensável à sua própria subsistência ou 
à de seus pais, avós ou irmãos e se dessa ocupação não poderá advir prejuízo à sua formação 
moral. 
• § 3º Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho: (Redação dada pelo 
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) 
• a) prestado de qualquer modo, em teatros de revista, cinemas, buates, cassinos, cabarés, dancings 
e estabelecimentos análogos; (Incluída pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) 
• b) em emprêsas circenses, em funções de acróbata, saltimbanco, ginasta e outras 
semelhantes; (Incluída pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) 
• c) de produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes, desenhos, gravuras, 
pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que possam, a juízo da autoridade 
competente, prejudicar sua formação moral; (Incluída pelo Decreto-lei nº 229, de 
28.2.1967) 
• d) consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas. (Incluída pelo Decreto-lei nº 
229, de 28.2.1967) 
• § 4º Nas localidades em que existirem, oficialmente reconhecidas, instituições destinadas ao 
amparo dos menores jornaleiros, só aos que se encontrem sob o patrocínio dessas entidades será 
outorgada a autorização do trabalho a que alude o § 2º. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, 
de 28.2.1967) 
• § 5º Aplica-se ao menor o disposto no art. 390 e seu parágrafo único. (Incluído pelo 
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0229.htm#art405http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0229.htm#art405
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0229.htm#art405
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0229.htm#art405
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art390
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0229.htm#art405
• Art. 406. O juiz de menores poderá autorizar, ao menor de 18 anos, 
e trabalho a que se referem as alíneas a e b do § 1º do artigo 
anterior: 
• a) desde que a representação tenha fim educativo ou a peça, ato ou 
cena, de que participe, não possa ofender o seu pudor ou a sua 
moralidade; 
• b) desde que se certifique ser a ocupação do menor indispensável à 
própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e não advir 
nenhum prejuizo à moralidade do menor. 
• Art. 406 - O Juiz de Menores poderá autorizar ao menor o trabalho 
a que se referem as letras "a" e "b" do § 3º do art. 405: 
• I - desde que a representação tenha fim educativo ou a peça de que 
participe não possa ser prejudicial à sua formação moral; 
• II - desde que se certifique ser a ocupação do menor indispensável 
à própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e não advir 
nenhum prejuízo à sua formação moral. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art405
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art405
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art405
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art405
• Art. 407. Verificado pela autoridade competente que o 
trabalho executado pelo menor é prejudicial à sua saude, 
ao seu desenvolvimento físico ou à sua moralidade, poderá 
ela obrigá-lo a abandonar o serviço, devendo o respectivo 
empregador, quando for o caso, proporcionar ao menor 
todas as facilidades para mudar de funções. 
• Art. 407 - Verificado pela autoridade competente que o 
trabalho executado pelo menor é prejudicial à sua saúde, 
ao seu desenvolvimento físico ou a sua moralidade, poderá 
ela obrigá-lo a abandonar o serviço, devendo a respectiva 
empresa, quando for o caso, proporcionar ao menor todas 
as facilidades para mudar de funções. 
 
• Sobreaviso – O Empregado que a distância e submetido a controle 
patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados 
permanecer em regime de plantão ou equivalentes, aguardando a 
qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de 
descanso. 
• SUMULA 428 TST 
• SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT 
(redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 
14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 
e 27.09.2012 I - O uso de instrumentos telemáticos ou 
informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, 
não caracteriza o regime de sobreaviso. 
• II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e 
submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou 
informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, 
aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço 
durante o período de descanso. 
 
• CLT 2244 - § 1º Considera-se "extranumerário" 
o empregado não efetivo, candidato 
efetivação, que se apresentar normalmente ao 
serviço, embora só trabalhe quando for 
necessário. O extranumerário só receberá os 
dias de trabalho efetivo. 
• PRONTIDÃO 
• É a jornada de trabalho na qual o empregado fica 
nas dependências da empresa sem trabalhar, 
aguardando ordens de serviços. 
 
• Prevista para ferroviários – 
• CLT – 224 - § 3º Considera-se de "prontidão" o 
empregado que ficar nas dependências da 
estrada, aguardando ordens. A escala de 
prontidão será, no máximo, de doze horas. As 
horas de prontidão serão, para todos os efeitos, 
contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-
hora normal 
 
JORNADA EXTRAORDINÁRIA 
• Fundamentos para limitação da jornada são 
psicofísicos e sociais. 
• Trabalhos longos podem levar à fadiga física e 
psíquica. Pausas são necessárias para evitar 
queda de rendimento, acumulo de acido lático 
Fundamentos humanos – redução de acidentes 
• Econômico – Produtividade 
• Familiar 
• Social 
• Horas extras são aquelas que ultrapassam a 
jornada fixada por lei, convenção coletiva, 
sentença normativa ou contrato individual de 
trabalho. 
 
• As prorrogações da jornada normal de 
trabalho podem ocorrer, na teoria, de forma 
bilateral ou unilateral, conforme decorram de 
acordo de vontades ou venham a ser impostas 
pelo empregador nos casos previstos por lei. 
• Podem ocorrer: 
 
• Acordos de prorrogação de horas 
• Sistema de compensação de horas – banco de 
horas 
• Destinadas à conclusão de serviços inadiáveis ou 
cuja inexecução possa causar prejuízos ao 
empregador 
• Prestadas para recuperação de horas de 
paralisação 
• Força maior. 
• CLT Art. 59. A duração diária do trabalho 
poderá ser acrescida de horas extras, em 
número não excedente de duas, por acordo 
individual, convenção coletiva ou acordo 
coletivo de trabalho. 
• § 1o A remuneração da hora extra será, pelo 
menos, 50% (cinquenta por cento) superior à 
da hora normal.

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