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Informativo 786-STF (29/05/2015) – Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante | 1 
Márcio André Lopes Cavalcante 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
PEC DA BENGALA 
ADI proposta contra a EC 88/2015 
 
Importante!!! 
No dia 08/05/2015, foi publicada a EC 88/2015, que ficou jocosamente conhecida como “PEC 
da Bengala” em virtude de aumentar o limite de idade da aposentadoria compulsória dos 
Ministros de Tribunais Superiores. 
Foi proposta uma ADI contra essa EC, tendo o STF julgado a medida liminar. Veja o que foi 
decidido: 
O art. 100 do ADCT afirma que os Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e do TCU irão se 
aposentar compulsoriamente, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, “nas condições do art. 52 
da Constituição Federal”. O que quer dizer essa parte final? 
O objetivo dessa parte final do dispositivo foi o de exigir que o Ministro que complete 70 anos 
somente possa continuar no cargo se for submetido a nova arguição pública (“sabatina”) e 
votação no Senado Federal. Em outras palavras, o Ministro, quando completasse 70 anos, 
poderia continuar no cargo até os 75 anos, mas, para isso, seu nome precisaria ser novamente 
aprovado pelo Senado. 
 
Essa exigência é compatível com a CF/88? 
NÃO. Essa exigência é INCONSTITUCIONAL. O STF suspendeu a aplicação da expressão “nas 
condições do artigo 52 da Constituição Federal”, contida no final do art. 100 do ADCT. 
Essa exigência de nova sabatina acaba “por vulnerar as condições materiais necessárias ao 
exercício imparcial e independente da função jurisdicional, ultrajando a separação de 
Poderes, cláusula pétrea inscrita no artigo 60, parágrafo 4º, inciso III, da Constituição Federal”. 
Em simples palavras, o STF entendeu que há violação ao princípio da separação dos Poderes. 
Desse modo, os Ministros do STF, dos Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE, STM) e do TCU 
possuem o direito de se aposentar compulsoriamente somente aos 75 anos e, para isso, não 
precisam passar por uma nova sabatina e aprovação do Senado Federal. 
 
É possível estender essa regra da aposentadoria compulsória aos 75 anos para juízes e 
Desembargadores? 
O STF afirmou que o art. 100 do ADCT da CF/88 não pode ser estendido a outros agentes 
públicos até que seja editada a Lei Complementar Nacional a que se refere o art. 40, § 1º, inciso 
II, da CF/88. 
 
 
 
Informativo 786-STF (29/05/2015) – Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante | 2 
Essa LC nacional ampliando a aposentadoria compulsória dos juízes e Desembargadores para 
75 anos pode ser apresentada ao Congresso Nacional pelo Presidente da República ou por algum 
parlamentar? 
NÃO. Todas as leis que trazem regras gerais sobre a magistratura nacional devem ser iniciadas 
pelo STF, nos termos do art. 93 da CF/88. 
 
O que acontece com os mandados de segurança que haviam sido impetrados pelos 
Desembargadores que queriam prorrogar a aposentadoria compulsória para 75 anos? 
O STF declarou que fica sem produzir efeitos todo e qualquer pronunciamento judicial e 
administrativo que tenha interpretado que a EC 88/2015 permitiria, mesmo sem LC, ampliar 
para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória para outros agentes públicos que não 
sejam Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e do TCU. 
Em outras palavras, o STF afirmou que nenhuma decisão judicial ou administrativa pode 
estender o limite de 75 anos da aposentadoria compulsória para outros agentes públicos. 
STF. Plenário. ADI 5316 MC/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 21/5/2015 (Info 786). 
 
 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
Cumulação de ADI com ADC 
 
Importante!!! 
O legitimado poderá ajuizar uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) requerendo a 
inconstitucionalidade do art. XX da Lei ZZZ e, na mesma ação, pedir que o art. YY seja 
declarado constitucional? É possível, em uma mesma ação, cumular pedido típico de ADI com 
pedido típico de ADC? 
SIM. O STF entendeu que é possível a cumulação de pedidos típicos de ADI e ADC em uma única 
demanda de controle concentrado. 
A cumulação de ações, neste caso, além de ser possível, é recomendável para a promoção dos 
fins a que destinado o processo objetivo de fiscalização abstrata de constitucionalidade, 
destinado à defesa, em tese, da harmonia do sistema constitucional. 
A cumulação objetiva permite o enfrentamento judicial coerente, célere e eficiente de 
questões minimamente relacionadas entre si. 
Rejeitar a possibilidade de cumulação de ações, além de carecer de fundamento expresso na 
Lei 9.868/1999, traria como consequência apenas o fato de que o autor iria propor novamente 
a demanda, com pedido e fundamentação idênticos, ação que seria distribuída por prevenção. 
STF. Plenário. ADI 5316 MC/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 21/5/2015 (Info 786). 
 
 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
Controvérsia judicial relevante 
 
A Lei 9.868/99, ao tratar sobre o procedimento da ADC, prevê, em seu art. 14, os requisitos da 
petição inicial. Um desses requisitos exigidos é se demonstre que existe controvérsia judicial 
relevante sobre a lei objeto da ação. 
Em outras palavras, só cabe ADC se houver uma divergência na jurisprudência sobre a 
constitucionalidade daquela lei, ou seja, é necessário que existam juízes ou Tribunais 
decidindo que aquela lei é inconstitucional. Se não existirem decisões contrárias à lei, não há 
razão para se propor a ADC. 
 
Informativo 786-STF (29/05/2015) – Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante | 3 
É possível que uma lei, dias após ser editada, já seja objeto de ADC? É possível preencher o 
requisito da “controvérsia judicial relevante” com poucos dias de vigência do ato normativo? 
SIM. Mesmo a lei ou ato normativo possuindo pouco tempo de vigência, já é possível preencher 
o requisito da controvérsia judicial relevante se houver decisões julgando essa lei ou ato 
normativo inconstitucional. 
O STF decidiu que o requisito relativo à existência de controvérsia judicial relevante é 
qualitativo e não quantitativo. Em outras palavras, para verificar se existe a controvérsia não 
se examina apenas o número de decisões judiciais. Não é necessário que haja muitas decisões 
em sentido contrário à lei. Mesmo havendo ainda poucas decisões julgando inconstitucional a 
lei já pode ser possível o ajuizamento da ADC se o ato normativo impugnado for uma emenda 
constitucional (expressão mais elevada da vontade do parlamento brasileiro) ou mesmo em se 
tratando de lei se a matéria nela versada for relevante e houver risco de decisões contrárias à 
sua constitucionalidade se multiplicarem. 
STF. Plenário. ADI 5316 MC/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 21/5/2015 (Info 786). 
 
 
TRIBUNAL DE CONTAS 
Competência para declarar a inidoneidade de empresa para licitar 
 
Importante!!! 
O TCU tem competência para declarar a inidoneidade de empresa privada para participar de 
licitações promovidas pela Administração Pública. Essa previsão está expressa no art. 46 da 
Lei 8.443/92, sendo considerada constitucional: 
Art. 46. Verificada a ocorrência de fraude comprovada à licitação, o Tribunal declarará a 
inidoneidade do licitante fraudador para participar, por até cinco anos, de licitação na 
Administração Pública Federal. 
STF. Plenário. MS 30788/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, 
julgado em 21/5/2015 (Info 786). 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
NEPOTISMO 
Norma que impede nepotismo no serviço público não alcança servidores de provimento efetivo 
 
A Constituição do Estado do Espírito Santo prevê, em seu art. 32, VI, que é “vedado ao servidor 
público servir sob a direção imediata de cônjuge ou parente até segundo grau civil”. 
Foi proposta uma ADI contra esta norma. 
O STF julgou a norma constitucional, mas decidiu dar interpretação conforme à Constituição, 
no sentido de o dispositivo ser válido somente quando incidir sobre os cargos de provimento 
em comissão, função gratificada, cargos de direção e assessoramento. Em outras palavras, o 
STF afirmou que essa vedaçãonão pode alcançar os servidores admitidos mediante prévia 
aprovação em concurso público, ocupantes de cargo de provimento efetivo, haja vista que isso 
poderia inibir o próprio provimento desses cargos, violando, dessa forma, o art. 37, I e II, da 
CF/88, que garante o livre acesso aos cargos, funções e empregos públicos aos aprovados em 
concurso público. 
STF. Plenário. ADI 524/ES, rel. orig. Min. Sepúlveda Pertence, red. p/ o acórdão Min. Ricardo 
Lewandowski, julgado em 20/5/2015 (Info 786). 
 
Informativo 786-STF (29/05/2015) – Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante | 4 
 
PENSÃO POR MORTE NO SERVIÇO PÚBLICO 
Paridade e integralidade 
 
Os pensionistas de servidor falecido posteriormente à EC 41/2003 terão direito à paridade e à 
integralidade? 
 
PARIDADE 
 Em regra, eles não têm direito à paridade com servidores em atividade; 
 Exceção: terão direito à paridade caso se enquadrem na regra de transição prevista no art. 
3º da EC 47/2005. 
 
INTEGRALIDADE 
 Os pensionistas de servidor falecido posteriormente à EC 41/2003 não possuem direito à 
integralidade (CF, art. 40, § 7º, I), não havendo regra de transição para isso. 
 
A tese firmada pelo STF em sede de repercussão geral foi a seguinte: 
“Os pensionistas de servidor falecido posteriormente à Emenda Constitucional 41/2003 têm 
direito à paridade com servidores em atividade (artigo 7º EC 41/2003), caso se enquadrem na 
regra de transição prevista no artigo 3º da EC 47/2005. Não têm, contudo, direito à 
integralidade (artigo 40, parágrafo 7º, inciso I, CF).” 
STF. Plenário. RE 603580/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 20/5/2015 (repercussão 
geral) (Info 786). 
 
 
DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
 
CONCURSO E PROVA DE TÍTULOS 
Pontuação atribuída por tempo de serviço em serventias notariais e registrais 
 
Lei estadual previu como títulos em concursos de cartório: 
I - tempo de serviço prestado como titular, interino, substituto ou escrevente em serviço 
notarial ou de registro; 
II - apresentação de temas em congressos relacionados com os serviços notariais e registrais. 
O STF decidiu que: 
Para o concurso de INGRESSO, tal previsão é inconstitucional. 
Para o concurso de REMOÇÃO, essa pontuação é constitucional, desde que as atividades listadas 
nesses dois incisos tenham sido realizadas após o ingresso no serviço notarial e de registro. 
STF. Plenário. ADI 3580/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 4/2/2015 (Infos 773 e 786). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Informativo 786-STF (29/05/2015) – Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante | 5 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
JUIZADOS ESPECIAIS 
Competência da União para legislar 
 
É INCONSTITUCIONAL lei estadual que crie, como requisito de admissibilidade para a 
interposição de recurso inominado no âmbito dos juizados especiais, o depósito prévio de 
100% do valor da condenação. Tal norma viola a competência privativa da União para legislar 
sobre direito processual, além de vulnerar os princípios do acesso à jurisdição, do 
contraditório e da ampla defesa. 
STF. Plenário. ADI 2699/PE, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 20/5/2015 (Info 786). 
 
 
DIREITO PENAL 
 
CRIMES TRIBUTÁRIOS 
Aplicação da SV 24-STF a fatos anteriores à sua edição 
 
Importante!!! 
A SV 24-STF diz que o crime tributário material só se consuma com o lançamento definitivo do 
tributo. Em outras palavras, não existe crime antes da constituição definitiva do crédito 
tributário. Logo, indiretamente, a SV afirma que o prazo prescricional só começa a ser contado 
no dia da constituição definitiva do crédito tributário já que é nessa data que o delito se 
consuma (art. 111, I, do CP). 
Perceba, portanto, que sob o ponto de vista da prescrição, a SV 24-STF é prejudicial para o réu 
porque mesmo ele tendo praticado a conduta anos antes, o prazo prescricional nem começou a 
correr se ainda não houve constituição definitiva do crédito tributário. Fica assim mais difícil 
de o agente escapar da prescrição. O Estado-acusação acaba “ganhando” mais tempo para 
oferecer a denúncia antes que o crime prescreva. 
Desse modo, surgiu a tese defensiva de que a SV 24-STF, por ser mais gravosa ao réu, não 
poderia retroagir para ser aplicada a fatos anteriores à sua edição, sob pena de isso ser 
considerado aplicação retroativa “in malam partem”. Esse argumento foi aceito? É proibido 
aplicar a SV 24-STF para fatos anteriores à sua edição? 
NÃO. A tese não foi aceita. A SV 24-STF pode sim ser aplicada a fatos anteriores à sua edição. 
Não se pode concordar com o argumento de que a aplicação da SV 24-STF a fatos anteriores à 
sua edição configura retroatividade “in malam partem”. Isso porque o aludido enunciado 
apenas consolidou interpretação reiterada do STF sobre a matéria. 
A súmula vinculante não é lei nem ato normativo, de forma que a SV 24-STF não inovou no 
ordenamento jurídico. O enunciado apenas espelhou (demonstrou) o que a jurisprudência já 
vinha decidindo. 
STF. 1ª Turma. RHC 122774/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/5/2015 (Info 786). 
 
 
 
 
 
 
 
Informativo 786-STF (29/05/2015) – Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante | 6 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
NULIDADE 
Constituição de novo mandatário, sem qualquer ressalva, 
enseja a revogação tácita da procuração anterior 
 
Importante!!! 
João respondeu a ação penal e foi condenado em 1ª instância. Seu advogado constituído na 
época era Dr. Pedro que interpôs recurso de apelação. 
Algumas semanas depois, João outorga procuração para outro advogado (Dr. Carlos) 
conferindo-lhe poderes para representá-lo neste processo criminal. Vale ressaltar que nesta 
segunda procuração não há qualquer menção ao mandato que havia sido dado a Dr. Pedro. 
Dr. Carlos peticiona, então, ao Tribunal de Justiça (onde tramita a apelação) juntando a 
procuração e informando que deseja ser intimado de todos os atos judiciais. 
Ocorre que a petição do Dr. Carlos foi ignorada e, quando marcaram o dia do julgamento da 
apelação, o advogado intimado foi o Dr. Pedro. 
No julgamento da apelação, que não foi acompanhado nem pelo Dr. Carlos nem pelo Dr. Pedro, 
o TJ manteve a sentença condenatória. Houve nulidade no presente caso? 
SIM. Houve nulidade do julgamento da apelação considerando que o novo advogado constituído do 
réu não foi intimado. A jurisprudência do STF é firme no sentido de que a não intimação de 
advogado constituído configura cerceamento de defesa e, portanto, nulidade dos atos processuais. 
Mesmo sem ter havido revogação expressa do mandato outorgado ao primeiro advogado, ficou 
clara a intenção do réu de alterar seu causídico. Podemos dizer que houve revogação tácita. 
Para o STF, a constituição de novo mandatário para atuar em processo judicial, sem ressalva 
ou reserva de poderes, enseja a revogação tácita do mandato anteriormente concedido. 
STF. 2ª Turma. RHC 127258/PE, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 19/5/2015 (Info 786). 
 
 
DIREITO PENAL E 
PROCESSUAL PENAL MILITAR 
 
CONDENAÇÃO CRIMINAL E PERDA DO CARGO 
A pena acessória de perda do cargo pode ser aplicada a praças mesmo sem processo específico 
 
Atenção! DPU 
Se uma praça (exs: soldados, cabos) for condenada por crime militar com pena superior a 2 anos, 
receberá, como pena acessória, a sua exclusão das Forças Armadas mesmo sem que tenha sido 
instaurado processo específico para decidir essa perda? 
SIM. A pena acessória de perda do cargo pode ser aplicada a PRAÇAS mesmo sem processo 
específico para que seja imposta. Trata-se de uma pena acessória da condenação criminal. 
E se um OFICIAL for condenado? 
Neste caso, será necessário um processo específico para que lhe seja imposta a perda do posto 
e da patente (art. 142, § 3º, VI e VII, da CF/88). Para que haja a perda do posto e da patente do 
Oficial condenado a pena superior a 2 anos, é necessário que, além do processo criminal, ele 
seja submetido a novo julgamento perante Tribunal Militar de caráter permanente para 
decidir apenas essa perda.STF. Plenário. RE 447859/MS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 21/5/2015 (Info 786).

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