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Semiologia do sistema cardiorespiratório

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O sistema cardiorrespiratório é interligado, logo,
devemos avaliar os dois sistemas como um só.
Por exemplo, é possível que o animal apresente
um sintoma respiratório, como tosse, mas seja
decorrente de uma hipertrofia cardíaca
1. Sistema respiratório
O sistema respiratório é dividido entre o trato
respiratório superior e inferior. É importante a
localização para pedir exames complementares
■ Trato respiratório superior: narina e traqueia
■ Trato respiratório inferior: pulmão
RESENHA .
Necessário Identificar qual espécie, idade, raça,
idade, sexo e procedência do animal
■ Raça: cães braquicefálicos tem predisposição
a desvios de traqueia, como York e Spitz
■ Sexo: neoplasias mamárias caninas costumam
dar mais metástase que as demais neoplasias
■ Procedência: animais de canil são propensos
a ter tosse do canis, uma doença contagiosa e
os gatos podem ter complexo respiratório felino
ANAMNESE .
As doenças do trato respiratório geralmente tem
sintomas aparentes, sendo necessário perguntar
ao tutor qual a queixa, quando começou e qual
a evolução do sintomaCaso o tutor tenha feito
prévio, questionar qual o medicamento, dose e o
efeito observado
■ Imunização: perguntar se o animal é vacinado
■ Cirurgia: questionar se houve cirurgia recente,
pois pode provocar queda da imunidade
■ Ambiente: perguntar se há fumantes ou qual
o produto de limpeza utilizado, animais atópicos
costumam tossir com produtos de limpeza
■ Histórico de passeios: perguntar se o animal
cansa no passeio ou quando brinca. É comum
ter colapso de traqueia quando está eufórico
■ Horário: a tosse piora durante algum horário
específico
■ Época do ano: perguntar se a tosse piora em
alguma época específica do ano, animais com
alergia a pólen pode tossir mais na primavera
▶ Principais sintomas
As principais queixas do s. respiratório incluem
engasgos que advém de alterações na traqueia,
tosse, secreção nasal, espirro e cansaço
■ Secreção nasal: pode uni ou bilateral
■ Espirro e tosse
■ Espirro reverso: esforço inspiratório
observado em cães de pequeno porte
■ Deformidade facial: tumores
■ Ronco: ou estridor
■ Hemoptise: tosse com sangramento
■ Dispneia: animal não está recebendo oxigênio
suficiente em razão de dificuldade respiratória
■ Ortopneia: quadro extremo de dispneia que
impede o paciente de ficar deitado e o obriga a
assumir posição que confira algum alívio
■ Cianose: níveis baixos de oxigênio no sangue
conferem mucosa e pele com coloração azulada
■ Epistaxe: sangramento nasal associado ao
tempo seco, traumas e alergias
1.1 Exame físico do sistema respiratório
Caso o animal chegue com quadro grave de
dispneia, pular etapas e priorizar estabilizar o
animal
TEMPERATURA .
Aferir a temperatura do animal, se houver febre,
pode indicar um processo infeccioso
Temperatura normal dos cães e gatos:
INSPEÇÃO .
▶ Narinas
Observar se ambos os lados estão simétricos e
se o animal tem secreção purulenta, mucosa ou
hemorrágica, uni ou bilateral
▶ Respiração
Avaliar a frequência, o ritmo e tipo respiratório
■ FR normal: 20 a 30 movimentos por minuto em
pequenos animais, vale lembrar que a FR pode
aumentar em dias quentes ou se animal estiver
muito agitado. No exame físico, observar por 15
segundos e multiplicar por 4.
Taquipneia: aumento da FR
Bradipneia: diminuição da FR
Apneia: ausência total da respiração
■ Tipo respiratório: a respiração de cães e
gatos é costoabdominal, porém podem
Espécie Idade Temperatura ºC
Cão Jovem
Adulto
38,5
37,5 - 39,2
Gato Jovem e adulto 37,8 -39,2

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