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Semiologia veterinária - Avaliação do sistema respiratório

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Semiologia veterinária 
Avaliação do sistema respiratório 
Introdução 
 Vários sinais clínicos no sistema 
respiratório podem ocorrer em pacientes 
cardiopatas, principalmente naqueles onde o 
lado acometido é o lado esquerdo, por 
interferência direta neste sistema. 
 A avaliação e interpretação dos sinais 
clínicos no sistema respiratório podem ser 
classificadas de acordo com o trato 
respiratório (anterior e posterior) acometido. 
 Na avalição do trato respiratório 
devem ser considerados alguns fatores 
como; 
o Peso 
o Idade 
o fisiologicamente a frequência 
respiratória será maior em 
animais mais jovens 
o Jovens (podem haver 
alterações congênitas e 
viroses) 
o Adultos e idosos (ocorrem 
mais doenças crônicas e 
neoplásicas) 
o Raça 
o Braquicefálicos → 
alterações congênitas do 
trato respiratório anterior, 
síndrome do braquicefálico 
 
o Dolicocefálicos → neoplasias 
nasais e epistaxe 
(sangramento nasal) 
 
 
o Cães de pequeno porte → 
Colapso traqueal, bronquite 
crônica e tosse cardiogênica 
o Siamês → asma felina 
 
Anamnese 
 A anamnese é utilizada para elucidar 
de melhor forma junto aos sinais clínicos a 
causa da patologia do animal, sendo coletadas 
informações como; 
o Queixa principal → evolução e 
sazonalidade 
o Ambiente e manejo → ventilação, 
presença de fumantes, plantas, 
perfumes, contactantes (outros 
animais) e protocolos vacinais e de 
desverminação 
o Tratamentos anteriores e suas 
respostas → Utilização de 
antibióticos, tratamentos adequados 
ou inadequados e outras 
o Ambiente e manejo → uso de 
perfumes, produtos de limpeza, 
alimentação, hidratação, defecação, 
micção e outros. 
o Comorbidades → Diabetes, 
cardiopatia, nefropatias, neuropatias e 
outros. 
Algumas questões podem ser aplicadas 
no processo de anamnese, como; 
▪ Animal tem tosse/espirros? 
▪ Há secreção nasal? (aspecto, 
quantidade, ocorrência, sinais 
associados) 
▪ Horário da tosse/espirro 
(manhã/tarde/noite) 
▪ Tosse com secreção ou seca? 
▪ Tosse possui ruído? 
▪ Mimica de vômito? 
▪ O animal se cansa rapidamente? 
Mostra-se relutante a caminhar? 
▪ Possui dificuldade para respirar 
(dispneia)? 
▪ Produz ruídos a respirar? 
▪ Há liberação de espuma rosada pelas 
narinas ou quando tosse? 
▪ Apresenta coloração azulada na 
língua (cianose)? 
▪ O animal tem desmaios (síncope), 
associada a hipóxia? 
 
Sinais clínicos 
 Inúmeros sinais clínicos podem ser 
observados no animal que apresenta 
alterações no sistema respiratório, como; 
Tosse 
A tosse pode ocorrer devido a inúmeros 
estímulos, e que muitas vezes é benéfica ao 
animal, e ocorrem por irritações das 
terminações nervosas da faringe, laringe, 
traqueia ou brônquios. 
Em felinos, não há estímulo de tosse em 
afecções que acometam o pulmão, deixando 
a clínica do animal mais sensível pois a 
identificação é realizada de forma mais tardia 
pelo tutor. 
Há também casos de hemoptise, sendo 
esta a expectoração de sangue através da 
tosse oriundo do trato respiratório posterior, 
diferenciando da epistaxe pela origem do 
sangue e que geralmente é advinda da boca. 
A tosse pode ser classificada de acordo 
com sua ocorrência em; 
o Aguda → ocorre em dias/semanas, 
geralmente associada a 
inflamação/infecção das vias aéreas 
(pneumonia, traqueíte, laringite) 
o Crônica → ocorre em meses, pode 
estar associado a ICCE, bronquite 
crônica, neoplasias pulmonares, 
dirofilariose 
Ainda pode ser classificada de acordo 
com a secreção em; 
o Seca → ausência de secreções 
o Úmida → tosse produtiva e 
característica da secreção 
Assim como em relação a intensidade 
sonora da tosse, sendo classificada em; 
o Alta → ruidosa, advinda 
principalmente das vias áreas 
anteriores e de brônquios. 
o Baixa → discreta, geralmente com 
maior envolvimento pulmonar 
 
Espirro reverso 
O espirro reverso ou aspiração reflexa 
ocorre em cães e gatos, ocorre pela 
aspiração de forma intensa de ar pela 
cavidade nasal, muito mais visualizada em cães 
que em gatos. 
Ocorre pela irritação da nasofaringe, 
gerando espasmos dos músculos da faringe, 
resultando em ruído inspiratório associado a 
dispneia. O aumento da inspiração ocorre 
para que a passagem aumentada do ar na 
cavidade elimine qualquer que seja o estímulo 
irritativo. 
Este espasmo cessa com estímulo do 
reflexo de deglutição ou oclusão das narinas, 
sendo o ultimo estímulo aplicado no paciente 
para verificar se é espiro reverso ou tosse. 
O espirro reverso pode ocorrer em 
algumas situações como; 
o Secreção nasal excessiva 
o Alergias 
o Alguns tumores 
o Parasitos 
o Inalação de produtos irritantes ou 
corpo estranho 
o Aspiração de pólen 
 
Frequência respiratória 
Algumas condições podem alterar a 
frequência respiratória, principalmente 
alterações fisiológicas como; 
o Idade 
o Aumento progressivo da gestação 
o Animais de pequeno porte 
o Estresse 
o Calor/umidade 
o Exercício 
 
 Quando o animal apresenta 
frequência respiratória elevada é classificada 
como taquipneia, assim como a redução da 
mesma é a bradipneia. A apneia é ausência 
total de movimentos respiratórios. 
 A hiperpneia ocorre pelo aumento da 
amplitude dos movimentos respiratórios., 
ocorrendo em situações onde há dificuldade 
de expansão pulmonar como em 
pneumotórax, ou temporariamente logo após 
a prática de exercícios físicos intensos 
Atividade respiratória 
 A atividade respiratória pode ser 
classificada de acordo com a frequência e 
intensidade da respiração (inspiração e 
expiração) em; 
o Eupneia (sem alteração) 
o Dispneia → pode ser inspiratória 
(associada em envolvimento de trato 
anterior) ou expiratória (relacionada 
em envolvimento de trato 
respiratório posterior), assim como 
pode ocorrer de forma mista. 
o Ortopneia → relacionada a dispneia 
onde o animal muda de postura para 
melhorar a respiração com abdução 
de membros torácicos, sentados e 
pescoço esticado 
O ritmo respiratório normal envolve 
principalmente a respiração mias torácica em 
cães e gatos, podendo ser classificado em; 
o Costoabdominal (normal) 
o Costal (ocorre em animais com 
dor abdominal) 
o Abdominal (ocorre em animais 
com dor no tórax ou dificuldades 
respiratórias) 
Existem alterações clássicas no ritmo 
respiratório que estão geralmente 
relacionados a hipoxia ou depressões 
cerebrais, como; 
o Respiração de Cheyne-Stokes 
→ observa-se frequencia 
respiratória crescente até 
alcançar um auge, diminuindo 
em seguida até apneia, 
acompanhada, posteriormente 
por FR novamente crescente 
(ocorre em fases finais de 
insuficiência cardíaca, 
intoxicações por narcóticos e 
lesões cerebrais) 
o Respiração de Biot → dois ou 
três movimentos respiratórios, 
apneia, um ou dois movimentos, 
apneia e assim por diante 
(ocorre por meningites ou 
afecções cerebrais) 
o Respiração de Kussmaul → 
inspiração profunda e demorada, 
apneia, expiração prolongada e 
continuação do mesmo ciclo 
(ocorre em comas e 
intoxicações por barbitúricos) 
 
 
Inspeção e palpação 
 Nas narinas podem ser avaliadas as 
cavidades e espelho nasal (muflo), as 
secreções e fluxo de ar bi e unilateralmente. 
 Os ossos faciais são avaliados por 
palpação para identificação de dor, sendo 
importante também avaliar; 
o Cavidade oral 
o Faringe (direta ou endoscopia) 
o Laringe 
o Tonsilas 
o Palatos (prolongamento de palato) 
o Ducto nasolacrimal 
o Epífora (escurecimento dos pelos ao 
redor dos olhos) 
o Estenose das narinas 
Sendo observados aspectos como 
inflamação, neoplasias, deformações, 
obstruções e outras. 
 
 
 
 
Os exames complementares são 
essenciais para a diferenciação das possíveis 
patologias que podem gerar dermopatias no 
sistema respiratório, como biopsias e 
citologias. 
 
 
 O diagnóstico por imagem é 
essencial para avaliação de trato respiratório, 
como radiografias, tomografias, ressonância, 
rinoscopia, traqueoscopia, broncoscopia e 
outros.

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