Buscar

Aula 4 - Logística Internacional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LOGÍSTICA INTERNACIONAL 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. João Marcos Andrade 
 
 
 
 
 
 
2 
 
CONVERSA INICIAL 
 Para abordarmos o tema Transporte, é compreensível que muitos ainda 
insistam em defender a teoria de que esse evento é a logística em si. 
Nossa pretensão com essa frase de impacto logo no início é apresentar 
conteúdo técnico que defende a existência e a importância do transporte como 
um meio da logística, uma etapa, um evento, e não a logística por si só, 
(falando especificamente do transporte). 
 Ao considerarmos o Supply Chain (cadeia de suprimentos) na logística, 
compreendemos que se trata de todo o processo desde a fabricação do 
produto até sua disponibilização ao consumidor final, seja este uma empresa 
ou adquirente particular como pessoa física. Portanto, o transporte faz parte da 
cadeia logística em uma integração do Supply Chain Management, que seria o 
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, por isso necessitamos 
compreender que, embora o transporte seja realmente, com muita 
probabilidade, o principal elo da cadeia, não pode ser denominado como a 
logística em sua essência. 
 Dessa forma, abre-se essa abordagem sobre o transporte na logística 
internacional, inserindo-o como um importantíssimo membro dos presentes na 
logística integrada ou não, sempre considerando que a distribuição de 
materiais, produtos, bens, equipamentos e serviços não se faz sem o 
transporte, tornando, portanto, essa abordagem fundamental para a 
compreensão macro da sua presença na logística 
Segundo Luiz Augusto Tagliacollo Silva, 
O entendimento de Logística numa cadeia de abastecimento de 
importação e exportação deve transpor princípios gerenciais de 
performance de custos e fatores inerentes a tempo, qualidade e 
espaço, preocupando-se com fatores estratégicos para tornar essa 
movimentação de produtos um processo em que se possa agregar 
vantagens competitivas (SILVA, 2013, p. 177). 
 
CONTEXTUALIZANDO 
Os dados históricos constantes para abordagem dos transportes na 
cadeia logística datam de muitos séculos atrás, principalmente quando o 
assunto é a história. 
 
 
3 
 A comprovação da importância dos transportes bem como da essência 
da logística pode ser comprovada em aspectos históricos há praticamente mais 
de dois mil anos a.C. na antiga Babilônia, quando o rei Salomão, ao promover 
o Templo de Jerusalém (Israel), necessitou “importar” produtos como madeira 
especial, dentre outras riquezas naturais, para construção, e, desse modo, 
requisitou que navios mercantes da época o servissem com o transporte, e, em 
troca tanto às compras de produtos quanto aos serviços de transportes dos 
navios, havia um intercâmbio de riquezas sendo essa a moeda de troca e de 
pagamento pelos serviços logísticos da época. 
 Esse contexto histórico trouxe à luz a compreensão de que, cada vez 
mais, a necessidade pelos transportes torna-se presente em todos os elos da 
cadeia econômica, desde pequenas até gigantescas aquisições ao redor do 
planeta. 
 Emprestamos as ideias do professor Léo Tadeu Robles e da professora 
Marisa Nobre, em sua obra pela editora Intersaberes, publicada em São Paulo 
em 2015, sendo essa inclusive a literatura oficial desta disciplina com um 
conteúdo técnico em nível de excelência tanto pela junção dos temas nesse 
livro, quanto pela organização metodológica, a qual auxilia muito os 
interessados em obter conhecimento técnico da área de logística, por meio de 
uma leitura atual e muito dinâmica, focada nos conceitos do dia a dia dos 
profissionais da logística. 
 Com isso, convidamos você, então, para análise e leitura da exposição 
feita pelos professores na obra supracitada. 
Segundo Dr. Léo Tadeu Robles e Maria Marisa Nobre (2015), 
Transporte pode ser definido, de forma simples, como o meio de 
movimentação de estoques ao longo das cadeias de suprimentos 
pelo modal utilizado por uma empresa, ou seja, terrestre (rodoviário, 
ferroviário e dutoviário); aquaviário (marítimo, fluvial e lacustre) ou 
aéreo. 
 
No Brasil, considera-se que a matriz de transporte está 
desbalanceada pela concentração acentuada no modal rodoviário, 
que segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), 
no ano de 2005 foi de 58% da movimentação de cargas medida em 
t.km, cabendo ao modo ferroviário 25%, ao aquaviário (fluvial e 
cabotagem) 13%, dutoviário e aéreo 4%. Essa participação elevada 
pode ser explicada pela concentração da atividade econômica 
brasileira na Região Sudeste do país e numa faixa de até 400 km do 
litoral, pela disponibilidade ampla em comparação com outros modais 
da malha rodoviária brasileira. 
 
No entanto, no comércio exterior brasileiro, segundo dados do MDIC 
(2013), é o transporte marítimo que se sobressai e em 2012, na 
exportação, foi responsável por 96,1% da movimentação das cargas 
 
 
4 
em volume e 83,5% em valor (US$ FOB); nas importações, por 89,4% 
em volume e 75,4% em valor, evidenciando a importância do modal 
para a economia brasileira. 
 
Ainda segundo os professores, “A escolha do modo transporte tem como 
fatores específicos distâncias, volume ou tamanho dos lotes”, as características 
e densidades da carga (granel sólido ou líquido, carga conteinerizada e cargas 
especiais ou de projeto) e suas especificidades, por exemplo, resfriadas, 
congeladas, alimentos, químicas e de movimentação perigosa, “facilidades de 
acondicionamento, facilidades de manuseio, etc.” (Tadeu; Nobre, 2015). 
Além disso, há de se considerar condições de disponibilidade de 
infraestrutura e, no caso do comércio internacional, a condição geográfica. 
Desse modo, as empresas, no seu planejamento de transportes, devem 
ter em mente a: 
 “Disponibilidade: Capacidade de cada modal em atender as entregas 
prontamente, sendo o modal rodoviário o melhor qualificado ao oferecer o 
serviço porta a porta (door-to-door)”, (Tadeu; Nobre, 2015), o qual representa 
sua principal vantagem ao evitar transbordos e manuseios adicionais de 
embalagens e cargas. 
 Velocidade: Tempo de trânsito em uma rota, desde a origem ao ponto de 
destino. O aéreo é o mais rápido de todos os modais. 
 “Confiabilidade: Habilidade de entregar no tempo declarado e 
acordado, de maneira satisfatória” (Tadeu; Nobre, 2015). Os dutos têm melhor 
destaque nessa característica na elação tempo de trânsito (transit time) e 
índice falhas ou avarias. 
 “Capacidade: Possibilidade do modal de transporte lidar com qualquer 
tipo e quantidade de carga.” (Tadeu; Nobre, 2015). O transporte aquaviário é o 
de mais destaque. 
 Frequência: Quantidade de movimentações programadas e realizadas 
por período de tempo. Os dutos se sobressaem por seu tempo contínuo. 
Segundo Ballou, citado por Tadeu e Nobre (2015), 
A escolha do modal de transporte considera ainda a custos menores; 
a existências de economias de escala; agilidade e flexibilidade dos 
processos de movimentação e de correção de eventos não 
programados; menor quantidade de avarias; maior segurança no 
transporte e no manuseio da carga; padronização na unidade de 
carga transportada; menor tempo de operação e a distância a ser 
percorrida. 
 
 
5 
Ainda nas palavras de Tadeu e Nobre (2015), 
Na logística internacional, o modal de transporte obedece ainda a 
restrições geográficas, ou seja, no caso do Brasil, o modo terrestre 
está restrito aos países lindeiros da América do Sul, assim como, a 
embalagem ou a falta dela (produtos a granel) determinam a escolha 
do modal. 
 
PESQUISE 
Tendo observado a importante contribuição da literatura dos professores 
Léo Tadeu Robles e Marisa Nobre, podemos expandir o leque de 
possibilidades de estudo e pesquisa, convidando-os a uma aproximação maior 
ao tema, orientando sobre uma busca por artigos e reportagens 
independentemente do veículo de comunicação, mas que sejam matérias 
específicas na condução do tema transporte na logística. 
Esse convite à buscapor dados informativos a respeito dos transportes 
permite que sejamos ávidos pela excelência do assunto, o qual tem uma 
considerável relevância no dia a dia dos operadores de logística, 
independentemente da área em que você estiver atuando. 
 
TEMA 1: A RESPONSABILIDADE AMBIENTAL DO TRANSPORTE 
É muito sereno mencionar que a logística também faz parte de um 
contexto de meio ambiente, ou seja, também tem suas responsabilidades para 
com a máxima preservação ambiental possível. 
Quando falamos de transportes, por exemplo, estamos diretamente 
associando essa prática à geração de resíduos de combustíveis lançados na 
atmosfera, os quais geram efeitos negativos em diversas esferas da natureza, 
sem mencionar os acidentes ocasionados por veículos transportadores de 
mercadorias, os quais, dependendo dos portes dos acidentes, podem causar 
danos irreparáveis. 
Com isso, é fundamental compreender que a manutenção de frotas de 
veículos sempre em dia, seguindo as normas dos fabricantes, pode ajudar no 
processo de busca pela segurança ecológica em prol do planeta. 
 Devido às manifestações de preocupação com o meio ambiente, 
principalmente com uma maior ênfase a partir do Evento ECO 92, realizado no 
Rio de Janeiro, onde foram reunidas várias lideranças mundiais em prol da 
busca por soluções quanto à redução de emissão de poluentes, foram 
desenvolvidas nas organizações mundiais necessárias observações mais 
 
 
6 
sérias quanto a suas práticas operacionais que ocasionassem degradação 
ambiental, e na indústria naval não foi diferente, uma vez que os fabricante de 
navios, os chamados estaleiros, exigem dos fornecedores de motores de 
navios que sejam feitas adequações aos mecanismos de queima de 
combustível (bunker), a fim de que a poluição diminua em escala proporcional 
de forma que, no futuro próximo, a emissão de poluentes pelos motores dos 
navios construídos a partir dos anos 2000 passe a ser cada vez menor, 
inclusive por exigência da própria ONU, que companha a questão climática no 
mundo com muito envolvimento. 
 Já em relação às questões legais, quando o assunto é o transporte de 
cargas perigosas, a variação das regras ocorre por modal; por exemplo, no 
modal aéreo a Internacional Air Transport Association (IATA) define as regras 
para o transporte sempre com a máxima observação quanto à segurança à 
vida humana em primeiro lugar e, em seguida, aos reflexos ao meio ambiente 
que podem advir de possíveis incidentes durante os transportes. 
 Para o modal marítimo, há as regras internacionais definidas pela 
própria ONU, que estabelece critérios rígidos seguidos no Brasil pela Agência 
Nacional de Transporte Aquaviário (ANTAQ), por meio da Resolução n° 
2.239/2011, e com maior evidência no Decreto n° 4.236/2002, que dispõe 
claramente sobre a questão ambiental. Podemos considerar também a Lei n° 
9.966/2000, que define diretrizes em casos de ocorrências de danos 
ambientais durante o transporte de cargas perigosas. 
 Para o modal rodoviário, o transporte de cargas perigosas é regido pela 
Lei n° 10.233/2001, a qual apresenta as demais correlacionadas à prática 
dessa natureza de serviço. 
Solicitamos sua atenção para a compilação de dados extraídos de fontes 
públicas na Internet, os quais abordam com bastante ênfase a questão da 
responsabilidade ambiental das empresas praticantes de transporte. 
Segundo o site Busvision, 
 
Podemos entender como responsabilidade ambiental as ações 
(individuais e coletivas) que podem ser adotadas no âmbito da sociedade, do 
poder público ou da iniciativa privada, com o objetivo de manter a 
sustentabilidade ambiental em todos os processos. Vale destacar que, a partir 
dessas iniciativas, percebe-se tanto resultados imediatos como de médio e 
 
 
7 
longo prazos que são positivos não só para a qualidade ambiental como 
também para a qualidade de vida das pessoas e da economia. 
E foi pensando sobre o assunto que resolvemos analisar, neste post, de 
que maneira essas ações de responsabilidade ambiental podem ser adotadas 
pelas empresas de transportes e quais benefícios podem trazer. Acompanhe: 
O impacto no meio ambiente 
Por mais que proporcione uma infinidade de benefícios para a 
sociedade, fato é que a atividade de transporte também gera impactos 
ambientais bastante significativos. De modo geral, podemos defini-los como 
sendo os geradores de poluição: 
 Atmosférica, pela emissão de gases; 
 Sonora, causada pelos ruídos dos motores; 
 Hídrica, pela contaminação da água por lubrificantes, 
combustíveis, materiais de limpeza e assim por diante; 
 Do solo, pelos mesmos contaminantes da água, além de resíduos 
das atividades administrativas e de manutenção. 
A legislação ambiental 
As leis e normas ambientais que regulam o transporte no Brasil têm 
como ponto de partida o artigo 225 da Constituição Federal, sendo que elas 
ainda devem estar de acordo com a Política Nacional de Meio Ambiente 
(PNMA) ou lei de número 6.938, de 1981, com a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos (PNRS) ou lei de número 12.305, de 2010, e com as normativas do 
Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) e do IBAMA. 
Também devem ser respeitadas as resoluções da Agência Nacional de 
Transporte Terrestre (ANTT), com destaque para as resoluções de números 
420, de 2004, e 3.665, de 2011, que regulamentam o transporte de materiais 
perigosos. E além das decisões federais, os órgãos ambientais de cada Estado 
também têm autonomia para regular o transporte em seu território, 
considerando casos específicos de cargas e demais normas e regulamentos 
estaduais para o setor. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
http://www.sbpc.org.br/upload/conteudo/320110405154556.pdf
https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=217095
 
 
8 
As ações sustentáveis 
Grande parte dos impactos gerados por qualquer atividade tem origem 
direta ou indireta no desperdício de materiais, no uso equivocado de 
equipamentos, na falta de manutenção, no descumprimento de normas e em 
comportamentos individuais e coletivos incompatíveis. Corrigir esses desvios 
resulta na redução ou mesmo na eliminação da geração de tais impactos, além 
de representar aumento na eficiência dos processos e economia de recursos 
nas operações. 
Na prática, os procedimentos de redução ou de eliminação dos impactos 
ambientais gerados por uma empresa de transporte pedem uma análise 
específica para cada caso, a fim de estabelecer uma política empresarial para 
o meio ambiente que seja compatível com a legislação e com as boas práticas. 
Mas, mesmo antes de tudo isso, medidas bastante simples podem ser 
adotadas. 
É possível, por exemplo, dar atenção permanente à manutenção dos 
veículos, com o objetivo de aproveitar melhor o consumo dos combustíveis e 
evitar os desgaste de peças. Também é recomendado treinar periodicamente 
os funcionários, a fim de evitar desperdícios e poder ser mais rigoroso quanto 
ao cumprimento de normas e procedimentos. 
A empresa também pode planejar a reposição de veículos, adquirindo 
modelos mais eficientes, que adotem combustíveis de fontes renováveis ou até 
híbridos ou elétricos. Adequar as oficinas e áreas de lavação às normas 
ambientais também é uma boa pedida. Outra ação bastante eficiente consiste 
em promover programas continuados de educação ambiental junto a todos os 
funcionários, visando alinhá-los à política ambiental da empresa. 
Os benefícios 
Quando uma empresa está alinhada às normas ambientais, procurando 
mitigar os impactos que gera, naturalmente obtém processos mais eficientes, 
com melhores resultados e com economia de recursos. Além disso, ainda evita 
sanções dos órgãos ambientais e, direta ou indiretamente, contribui para a 
qualidade de vida de colaboradores,comunidades, clientes e fornecedores. 
De modo objetivo, no setor do transporte, esses benefícios podem ser 
traduzidos pelos seguintes exemplos: 
http://www.busvision.com.br/?s=manuten%C3%A7%C3%A3o
http://www.busvision.com.br/blog/como-economizar-no-consumo-de-combustivel-da-minha-frota/
http://materiais.busvision.com.br/economia-em-frotas-fatores-para-a-reducao-de-custos
 
 
9 
 Gera economia de combustíveis, de insumos e de materiais 
diversos; 
 Promove um ambiente de trabalho confortável e saudável nas 
oficinas e áreas administrativas; 
 Evita multas e outras penalidades que possam ser geradas pelos 
órgãos ambientais; 
 Promove uma imagem positiva perante a sociedade. 
Como você pôde ver, a adoção de boas práticas ambientais (desde as 
mais simples até as mais complexas) é bastante favorável ao desempenho da 
empresa. Então o que ainda está esperando para implementar essas 
mudanças em seu negócio? 
 
TEMA 2: PADRONIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E VEÍCULOS PARA 
ATUAÇÃO NA LOGÍSTICA INTERNACIONAL 
 Para o exercício e a prática de qualquer função ou posição no ciclo da 
economia, faz-se necessária a observação de ajustes e preparações das 
empresas a fim de se adequarem a padrões ambientais, como vimos no tema 
anterior, além de buscar formas que antecipam fatos em relação ao 
cumprimento de normas de segurança em favor das empresas, sendo esses 
pontos elementos-chaves para a obtenção do sucesso das empresas 
transportadoras quanto a estarem definidas em relação à prática legal dos 
exercícios de trabalho no dia a dia conforme sua área de atuação, seja 
transporte de carga geral, perigosa, inflamável, viva, dentre outros tipos. 
 Por esses motivos, surge a oportunidade de as empresas 
transportadoras praticarem exercícios de pesquisa de qualificação em relação 
a seus equipamentos e veículos para observação em relação a quais posições 
a empresa estaria se houvesse um ranking dimensionando as empresas pelas 
condições técnicas de seus equipamentos e veículos, de forma a atenderem 
padrões internacionais tanto de qualidade como de Certificações de 
Organismos Certificadores, como também atuação eficaz em termos de 
confiabilidade na estrutura física dos equipamentos e veículos. 
 
 
10 
 Dividindo os transportes nas variações dos modais, podemos 
compreender as necessidades de adequações dos veículos às normas 
técnicas para o uso da seguinte forma. 
Modal rodoviário 
 Seja qual for o porte da frota da Companhia de Transportes Rodoviários, 
a condição para que se opere sob as determinações de segurança do 
Ministério dos Transportes e da Agência Nacional de Transportes Terrestres é 
de exclusiva responsabilidade da empresa proprietária dos veículos, e não dos 
contratantes dos serviços de transporte. 
 Questões de segurança dos veículos, rastreabilidade e cumprimento às 
normas ambientais, quando cumpridas na íntegra, tornam o prestador de 
serviço rodoviário muito mais qualificado do que as demais empresas do ramo 
que não atuam com esses cuidados. 
 O transportador que opta por manter sua frota atualizada sob o ponto de 
vista de capacidade de carga, atrelando a esse cuidado o fato de que, quanto 
mais transparente ele for com seu cliente, maior será a chance de atingimento 
de êxito, na busca por clientes permanentes e que atuem em suas áreas 
também com parcimônia em termos de busca pela excelência em todas as 
etapas das atividades. 
 Ainda em relação aos transportadores rodoviários, é extremamente 
importante que as condições do veículo se enquadrem nos padrões que o 
cliente em muitas ocasiões exige, por exemplo transportadores de commodities 
são comumente confrontados por seus clientes, quanto 
à manutenção dos caminhões bem como a aberturas para adaptabilidade dos 
veículos visando ao acondicionamento dessas commodities de forma segura e 
sustentável. 
 Em relação aos modais aéreo e marítimo, a configuração de 
adequações técnicas das aeronaves e embarcações segue rigorosos padrões 
de segurança ambiental e de trânsitos internacionais, pois a ocorrência de 
qualquer imperícia causada por falha do veículo pode simplesmente impactar 
na cassação de registro de um transportador junto ao órgão regulador. 
 Essas importantes observações podem ser apuradas, por exemplo, no 
modal marítimo quando o transportador precisa, além de manter a frota de 
embarcações sob os padrões internacionais de controle ambiental, seguir 
 
 
11 
rigorosos padrões documentais de registros como operadores marítimos junto 
à Receita Federal, nos Sistemas Mercante, Siscomex e Siscarga para efeito de 
desconsolidação de cargas internacionais. Esse processo de desconsolidação 
de cargas constitui o momento em que um determinado embarque não é 
suficiente para lotar um contêiner por exemplo, então o prestador de serviço de 
transporte marítimo, sendo ele um agente de cargas, ou um armador, busca 
por interessados que estejam dispostos a compartilhar o espaço daquele 
contêiner de forma que seja possível realizar um rateio de valor de frete entre 
as empresas proprietárias de cargas acondicionadas no referido equipamento 
de transporte que é o Contêiner. 
 
TEMA 3: ESPECIFICAÇÃO E REGRAS PARA AS EMBALAGENS NA 
LOGÍSTICA INTERNACIONAL 
 Segundo o site Webcache, 
Com exceção de produtos transportados a granel, como no caso de 
muitas matérias-primas, produtos são cobertos com embalagens. O 
embalamento do produto pode ter diversos objetivos, alguns dos 
quais são: 
- Facilitar o manuseio e armazenagem. 
- Promover melhor utilização do equipamento de transporte. 
- Proteger o Produto. 
- Promover a Venda do Produto. 
- Alterar a densidade do Produto. 
- Facilitar o uso do Produto. 
- Prover valor de reutilização para o Consumidor. 
 A embalagem muitas vezes significa custo adicional ao 
produto, esse custo entretanto é compensado na forma de fretes e 
custos de estoque menores, além de menor número de quebras. 
 
Dando sequência, vamos agora à literatura oficial da disciplina buscando o 
auxílio dos autores dessa obra, os Professores Léo Tadeu Robles e Marisa 
Nobre. Dizem eles: “Do ponto de vista legal, as embalagens são definidas 
como “invólucros, recipientes ou qualquer forma de acondicionamento 
removível, ou destinada a cobrir, empacotar, envasar, proteger, manter os 
produtos e ou facilitar sua comercialização” (BRASIL, 2002). 
O manual da Embraer (2015, p. 6) define embalagem como: 
todos aqueles materiais utilizados para envolver, conter, proteger, 
movimentar, entregar e apresentar mercadorias, desde o fabricante 
até o usuário final, assegurando a integridade e a qualidade do 
material nela contido. Embalagem Primária, a que está em contato 
direto com o produto. 
 
 
12 
Embalagem Secundária, utilizada para proteção à primária e 
Embalagem Final ou de Transporte utilizada para facilitar o transporte 
e oferecer proteção à embalagem secundária, atendendo as 
exigências do modal utilizado no transporte. 
 
As embalagens se apresentam em duas dimensões conceituais 
associadas às áreas de marketing e logística. Para o marketing, a embalagem 
atrai e fornece informações sobre o produto aos clientes, servindo como 
interface entre produtores/vendedores e os consumidores. Do ponto de vista da 
logística, a função da embalagem é organizar, proteger e identificar os 
produtos, além de aumentar a eficiência do manuseio das cargas. 
Costa e Galdino (2012) resumem as considerações de Dias (2010), 
Francischini e Gurgel (2013) propondo seis funções para as embalagens, a 
saber: 
1. Contenção: Os produtos devem ser contidos para movimentação de um 
lugar para outro. 
2. Proteção: O conteúdo e o ambiente do produto devem ser protegidos 
dos efeitos ambientais exteriores e terem suas condições preservadas. 
3. Divisão: Apresentar os produtos em quantidades e dimensões 
administráveis pelos consumidores. 
4. Unitização: As embalagens primárias devem ser consolidadas em 
secundáriase, ainda que possível, essas embalagens devem ser contidas em 
embalagens terciárias. Um exemplo é a paletização de embalagens e os 
paletes colocados em contêineres. 
5. Conveniência: A embalagem deve facilitar a utilização do produto. Por 
exemplo, a montagem de kits para uso. 
6. Comunicação: A embalagem deve ser ilustrada com símbolos claros e 
de compreensão imediata. Por exemplo, produtos de manuseio perigoso ou 
frágil (Costa; Galdino, 2012). 
 
A embalagem deve fornecer proteção contra danos mecânicos, físicos, 
influências climáticas, contaminação do meio ambiente e perda de 
características intrínsecas do produto. Fatores externos, como temperaturas 
elevadas, umidade e materiais estranhos, são capazes de acarretar avarias e 
estão fora de controle logístico, podendo afetar o conteúdo das embalagens, 
levando os produtos a derreter, estragar, empolar, descascar e até fundir-se 
 
 
13 
uns com os outros. Dessa forma, os produtos deverão ser embalados de modo 
que possibilite serem expostos a choque, intempéries, vibração, o que é usual 
nos transportes, sem sofrer danos. 
Nos projetos de embalagem, devem ser considerados os riscos: 
ambiental (calor, sol, poeira, contaminação); de perdas de características 
(perda ou absorção de odores, essências, gases); físicos que representem 
afrouxamento da embalagem, rupturas ou amassamentos. Além disso, a 
embalagem deve satisfazer os requisitos de armazenagem, levando-se em 
consideração a dimensão e as características de empilhamento (quantos de 
alto). 
Em relação ao transporte do produto, a embalagem afeta a 
movimentação do material pela estabilidade da carga e compatibilização com 
diferentes formas de mecanização. Na gestão do transporte, a padronização e 
as informações na embalagem diminuem mão apenas o tempo da expedição 
nos armazéns e o custo de movimentação, mas também a possibilidade de 
embarques extraviados bem como de avarias e roubos. 
Na comunicação, devem ser utilizados símbolos claros e de 
compreensão obrigatória, como é necessário também atentar às considerações 
especiais para o manuseio do produto, tais como restrições de temperatura. 
Em caso de produtos químicos, a orientação para empilhamento explícita na 
embalagem deve oferecer instruções de como lidar com eventuais 
derramamentos. 
As embalagens na logística internacional devem atender a padrões para 
rótulos e etiquetas determinados por normas internacionais para identificação 
das mercadorias embaladas, as quais são estabelecidas pela Organização das 
Nações Unidas (ONU) e expressas por meio de desenhos, símbolos e 
logomarcas, tornando esses elementos legislações dos países. 
 A seguir, podem ser observadas algumas disposições de 
emblemas/figuras dos tipos de embalagens padrão para os variados tipos de 
cargas. 
 
 
14 
 
Fonte: MDIC. “Aprendendo a exportar”. Disponível em: 
<file:///C:/Program%20Files%20(x86)/Aprendendo%20a%20Exportar%20aprendex/default/index/conteudo
/id/141.html>. 
Quando o assunto é envio de mercadorias ao Exterior (exportações 
brasileiras), também devem ser seguidas as regras internacionais quanto ao 
fluxo de madeira nas embalagens, dentre as quais podemos citar, por exemplo, 
aquelas que condicionam a prática dessa natureza, por meio das Diretrizes da 
Norma Internacional para Medidas Fitossanitárias (NIMF 15), de 
Regulamentação de Material de Embalagem de Madeira no Comércio 
Internacional, por meio da Convenção Internacional para a Proteção dos 
Vegetais, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – 
CIPV/FAO, aprovadas no Brasil pela Instrução Normativa n° 32/2015. Além 
disso, os procedimentos de fiscalização e certificação fitossanitária são de 
responsabilidade privativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento (MAPA), quando se deve, em casos de utilização de 
embalagens de madeira, adotar a marca internacional definida pela CIPV, 
denominada marca IPPC, para certificar que embalagens e suportes de 
madeira ou peças de madeira, em bruto, a serem utilizados como material para 
confecção de embalagens e suportes, destinados ao acondicionamento de 
mercadorias no trânsito internacional, foram submetidos a um tratamento 
 
 
15 
fitossanitário oficial aprovado e reconhecido pela NIMF 15, também sendo 
necessária a observação das normas contidas na International Plant Protection 
Convention (IPPC), nome da Convenção Internacional para a Proteção dos 
Vegetais (CIPV), da ONU, em inglês. 
O Brasil adota regras para manuseio de embalagens de madeira nas 
importações e exportações, seguindo regras internacionais, e tem um rigor bem 
criterioso para essa questão, fato comprovado nas operações de importação, 
por exemplo, que adentram o território nacional com pallets ou caixas de 
madeira, os quais precisam estar com confirmação de tratamento fitossanitário 
no país de origem, onde a madeira deve ser submetida a tratamento que 
exclua a presença de insetos e contaminações capazes de prejudicar o país de 
destino. 
Essa afirmação pode facilmente ser compreendida com a leitura das 
disposições técnicas do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, 
especificamente na Lei n° 13.097/15, IN 32/2015 RF, que inclusive determina 
que o importador seja responsável pelo retorno das embalagens de madeira 
que não estiverem com comprovação de tratamento fitossanitário feito no país 
de origem. Desse modo, vale a compreensão de que a obrigatoriedade de 
cumprimento das regras para uso de embalagem de madeira no Brasil é muito 
séria, pois implica custos extras com despacho aduaneiro e frete internacional 
para devolução ao exterior das embalagens que se apresentarem em 
desacordo com as regras do Ministério da Agricultura Pecuária e 
Abastecimento, as quais são rigorosamente aplicadas e seguidas também pela 
Receita Federal, que coordena os procedimentos aduaneiros para as 
devoluções dessas embalagens ao exterior, exigindo da empresa responsável 
documentos definidos na legislação citada anteriormente, em conjunto com 
portarias e instruções normativas da própria Receita Federal que atua em 
conjunto com o Ministério da Agricultura para o controle de entrada de pragas e 
insetos no Brasil por meio das importações. 
Dentre as legislações dispostas pela Receita Federal, apresentamos 
uma portaria da alfândega do porto de Santos, o maior do país, para facilitar a 
compreensão desse estudo quanto às regras para embalagens de madeira nas 
importações brasileiras. 
MINISTÉRIO DA FAZENDA 
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL 
SUPERINTENDÊNCIAS REGIONAIS 
 
 
16 
8ª REGIÃO FISCAL 
ALFÂNDEGA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL NO PORTO DE SANTOS 
PORTARIA Nº 23, DE 15 DE MARÇO DE 2016 
DOU de 16/03/2016 (nº 51, Seção 1, pág. 18) 
O INSPETOR-CHEFE DA ALFÂNDEGA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL 
DO PORTO DE SANTOS, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo 
Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, resolve: 
Art. 1º - As devoluções determinadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento - Mapa -, tendo por base a Instrução Normativa Mapa nº 32/2015, no 
âmbito da Alfândega do Porto de Santos, observarão o disposto nesta Portaria. 
Art. 2º - O importador, ou aquele que possua o encargo de promover a 
devolução, deverá adotar o mesmo procedimento já utilizado para os casos da Lei nº 
12.715/2012, nas hipóteses em que for determinada a devolução da madeira 
juntamente com a mercadoria. 
Art. 3º - Caso a determinação do Mapa imponha a devolução apenas da 
madeira, não será necessária autorização de devolução ou de embarque por parte da 
Alfândega, devendo o controle ser feito pelo próprio Mapa. 
Art. 4º - Nos casos do artigo antecedente, caberá ao recinto manter em sua 
guarda, por pelo menos 5 (cinco) anos, ao menos os seguintes documentos, que 
deverão ser apresentados em casos de auditorias futuras realizadas pela Secretaria 
da ReceitaFederal do Brasil ou outro órgão anuente: 
I - documento original emitido pelo Mapa que interditou a madeira, determinando 
sua devolução; 
II - termo indicando a quantidade de volumes e o peso da madeira devolvida, 
bem como o respectivo ticket de pesagem; 
III - fotos do material; e 
IV - documentos que comprovem o efetivo embarque do material rechaçado. 
Parágrafo único - Exceto quanto ao documento informado no inciso I, os 
documentos listados acima poderão ser mantidos apenas como cópia digitalizada, 
desde que seja possível sua identificação individual. 
Art. 5º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação no DOU. 
CLEITON ALVES DOS SANTOS JOÃO SIMÕES 
 
TEMA 4: FERRAMENTAS LOGÍSTICAS SOB O PONTO DE VISTA DA 
TECNOLOGIA 
javascript:link('1')
javascript:link('2')
javascript:link('2')
 
 
17 
 A exemplo de outros mercados, o da logística aprendeu ao longo do 
tempo que a adaptação a inovações tecnológicas permite a ascensão a níveis 
de poderio econômico e ganho de escala de mercado mais acentuados. 
 A prova dessa afirmação é a objetividade que as ferramentas 
tecnológicas oferecem aos transportadores e operadores logísticos, como 
sistemas gerenciadores integrados, os quais permitem envio e recebimento de 
informações inerentes aos processos de importação e exportação, além de 
coordenação de transporte nacional de igual forma. 
 Os instrumentos disponíveis pela indústria da inovação tecnológica, ou 
seja, os criadores de ferramentas tecnológicas, disponibilizam desde softwares 
até dispositivos eletrônicos, como os leitores de código de barras e os 
escâneres para grandes cargas, além de aparelhos de comunicação via rádio 
entre empresas e motoristas por exemplo, o que de certa forma agiliza muito a 
operacionalização e os transportes de cargas, independentemente do valor 
agregado, porém com maior ênfase, sem dúvida, às cargas de valores mais 
consideráveis, as quais exigem um rastreio mais contundente. 
 
Saiba Mais 
Sugerimos a leitura do livro principal, Obra logística internacional, de 
Léo Tadeu Robles e Marisa Nobre, literatura oficial de nossa disciplina, 
especialmente na página 15, onde os autores comentam a importância que o 
avanço tecnológico trouxe e vem trazendo de forma acentuada aos mercados 
de trabalho, dentre eles obviamente o da logística. 
 Também como apoio literário e científico aos estudos desta aula, 
convidamos você para conhecer a informação dada pelo professor Edelvino 
Razzolini Filho, o qual em sua obra Transportes e modais com suporte de TI 
menciona que, com a evolução dos recursos da tecnologia da informação, 
 
Ocorreu uma diminuição dos custos relativos ao provimento e à 
manutenção de informações atualizadas e confiáveis, por outro lado, 
os custos om a mão de obra e outros ativos aumentaram, assim as 
organizações têm procurado substituir recursos (a exemplo da mão 
de obra), por informações e além disso, os clientes também querem, 
cada vez mais, maior rapidez no retorno às solicitações de 
informações. (Ballou, 2006, p. 13) 
 
 Segundo Ballou (2006, p. 13), o “propósito maior da coleta, manutenção 
e processamento de dados no âmbito de uma empresa, é sua utilização no 
 
 
18 
processo decisório, que vai de medidas estratégicas a operacionais, com isso 
facilitando as operações componentes do seu negócio”. 
 Trata-se de melhorar a qualidade do processo decisório dos sistemas de 
transporte e, ao mesmo tempo, possibilitar que se otimizem os recursos 
disponíveis, ou seja, com o apoio de TI, as empresas de transporte podem 
gerenciar melhor seus equipamentos, de forma que se tornem mais eficientes 
do que quando utilizados sem esses recursos tecnológicos. 
 Na verdade, os Sistemas de Informações Logísticas (SILs) devem estar 
inseridos nos sistemas de Enterprises Resources Planning (ERP) das Cias, 
que são os Sistemas de Gerenciamento/Planejamento das Cias.” 
 Ainda segundo a obra do professor Edelvino Razzolini Filho, da editora 
Intersaberes, do seu trabalho “Transportes e Modais com Suporte de TI”, fica 
evidenciado, segundo Edelvino Razzolini (2012), que 
a utilização de Sistemas de Informações (SIs), possibilita que a 
empresa obtenha controle total sobre a cadeia de informações dentro 
dos sistemas de transporte. 
Os operadores de transporte estão assumindo um papel que vai 
muito além da simples coleta e entrega de bens. As funções de 
controle de estoque, pesquisas qualitativas e verificação da 
satisfação dos clientes no ato da entrega, que anteriormente eram do 
embarcador, hoje estão sendo realizadas pelos próprios 
transportadores. Assim, atualmente, estes têm uma participação 
muito mais ampla na cadeia logística, e a base dessa evolução está 
na utilização de TI’s e SI’s. 
Os TI’s se relacionam com a preparação, a transmissão e a entrada 
do pedido no sistema do fornecedor; seu atendimento e, por fim, a 
emissão de relatórios sobre a situação do requerimento. 
Os SI’s têm início a chamada do embarcador para a coleta e 
encerram-se com a entrega do pedido ao cliente ou usuário final dos 
bens transportados. 
 
 Abordando agora a tecnologia de rastreamento, a qual apresenta 
importante solução aos transportes, podemos afirmar que a segurança da 
carga e da operação de transporte em si envolvendo o veículo transportador é 
algo significativamente importante para as transportadoras, bem como para os 
adquirentes dos serviços. 
Segundo o site mundogeo.com/blog, há uma década havia a perda de 
mais de R$ 800 milhões de reais por ano, segundo o Sindicato dos 
Transportadores Rodoviários de São Paulo. 
Sem dúvida, a análise básica em questões como segurança de dados e 
principalmente segurança nos bens transportados significa maior confiabilidade 
por parte do cliente em relação ao bem entregue a uma empresa para que o 
transporte seja executado. 
 
 
19 
A seguir, algumas opções de ferramentas tecnológicas para a logística. 
 ERP - Enterprise Resource Planning (sistema de gerenciamento 
empresarial). 
 SCM - Supply Chain Management (gerenciamento da cadeia de 
suprimentos). 
 EDI - Eletronic Data Interchange (troca eletrônica de dados) 
 VMI - Vendor Managed Inventor (estoque gerenciado pelo fornecedor) 
 WMS - Warehouse Management System (sistema de 
gerenciamento de armazéns) e Código de Barras. 
 GPS - Global Positioning System (sistema de posicionamento global). 
 AVL - Automatic Vehicle Location (localizador automático de veículo). 
 ECR - Efficient Consumer Response (resposta eficiente ao consumidor). 
 
Saiba Mais 
 Para uma absorção mais integrada do conteúdo, sugerimos o acesso ao 
link disponibilizado a seguir, o qual direciona o raciocínio às características 
principais de cada ferramenta aqui mencionada, além de permitir uma 
compreensão clara e fácil de cada um. Disponível em: 
https://prezi.com/hzxjfgfbnm_i/ferramentas-tecnologicas-aplicadas-a-logistica/ 
 
 
TEMA 5 DA ROTA: FATORES DE INTERFERÊNCIA NA INTEGRAÇÃO DA 
LOGÍSTICA INTERNACIONAL 
 Em seu estudo sobre a utilização de ferramentas logísticas na gestão da 
cadeia de suprimentos em uma Indústria de grande porte, Thiago de Souza 
Zamian e Thiago Rocha Vieira citam que 
A evolução do conceito de Logística como conceito estratégico para 
as organizações é notável diante desse processo de globalização. A 
utilização de ferramentas logísticas como Cross-Docking, Milk Run, 
Outsoursing, vêm permitindo agilizar os fluxos materiais dentro das 
Cadeias de Abastecimento Internacionais e comprovando que 
determinadas técnicas projetam a eficiência de toda a Cadeia. 
Nas atuais Cadeias de Abastecimento Internacional, percebe-se que 
há poucas empresas que gerenciam de forma sistêmica todo 
processo e a utilização de novas ferramentas gerenciais é algo 
recente em âmbito internacional. 
Por esses motivos, percebe-se que acelerar os fluxos da cadeia 
logística internacional é algo complexo, porém conhecer os fluxos e 
administrá-los é preponderantepara uma eficiente cadeia logística. 
O modelo atual de gerenciamento de Cadeia Logística na esfera 
internacional limita-se a estudar o Transporte Internacional e 
https://prezi.com/hzxjfgfbnm_i/ferramentas-tecnologicas-aplicadas-a-logistica/
 
 
20 
resoluções de seus conflitos de custos versus velocidade. Porém, um 
gerenciamento de toda a Cadeia, verificando as alternativas de 
gerenciamento e colocando-as em prática é algo ainda um pouco 
remoto para grande parte das empresas brasileiras que atuam no 
comércio internacional. 
 Um dos grandes empecilhos para formatação de uma eficiente 
Cadeia Logística é comportamental. Redesenhar a estrutura 
organizacional e suas dimensões de poder e autonomia para ganhar 
eficácia dentro da Organização, requere do gestor de Logística 
atividades que possam mudar questões culturais e novos desenhos 
processuais. 
 Uma organização que atue no Mercado Internacional requer 
uma integração funcional muito intensa. A Colaboração entre vendas, 
compras, qualidade, produção, suprimentos, transportes e comércio 
exterior é fundamental para garantir o êxito e boa gestão dos 
mercados internacionais. Portanto, para uma boa Gestão Logística 
em Comércio Internacional é fundamental que toda a organização 
esteja atuando de forma horizontal, ágil e rápida para responder às 
constantes modificações do mercado. 
 
Analisando as ferramentas logísticas e suas respectivas operações, verificam-
se as tendências de forte crescimento do comércio mundial, que 
impreterivelmente requer maior eficiência no mercado de transporte e logística, 
pois o excesso de produção mundial, assim como de consumo, origina uma 
lacuna que a logística deverá preencher a fim de que os custos das 
movimentações não venham a onerar, consequentemente, toda a cadeia de 
empresas e consumidores. 
 
Ênfase Técnica aos Fatores de Interferência na Logística Internacional 
 O ambiente externo de qualquer empresa pressiona constantemente as 
organizações a se adaptarem ao meio em busca de agilidade a fim de se 
manterem no mercado. Em uma cadeia de abastecimento internacional, os 
fatores de interferência são muito relevantes, pois nessa cadeia os vetores de 
transportes são diferenciados, assim como existe a presença de legislações 
aduaneiras, movimentação portuária etc. Dentre os fatores presentes na 
logística internacional, destacam-se: 
 Transporte Internacional: Sua respectiva escolha é fundamental para o 
sucesso em uma operação logística internacional. 
 Procedimentos Aduaneiros: Variam de acordo com o produto, e 
pressionam toda a cadeia. Os trâmites de liberação das cargas para 
exportação ou importação são capazes de prejudicar o andamento do fluxo 
material. 
Cada país ou bloco econômico pode ter uma determinada legislação 
aduaneira e respectivos procedimentos. 
 
 
21 
 Movimentação Portuária/Fronteira/Aeroportuária 
A dinâmica que envolve um embarque de qualquer tipo de carga em 
portos, aeroportos e fronteiras terrestres precisa ser considerada pelo 
proprietário e pelo comprador da carga, pois, na medida em que cada local de 
origem tem suas características para liberação de mercadorias para embarque, 
da mesma forma as alfândegas por onde a mercadoria adentrará ao território 
nacional na importação também possuem regras, inclusive a de respeito de 
valores para operações aeroportuárias, portuárias e rodoviárias. 
 Por isso, antes do embarque, é fundamental analisar diversos fatores 
para a definição quanto ao ponto de saída ou chegada das mercadorias. 
Verificar os custos e o tempo médio para movimentação da carga é vital a fim 
de que as empresas escolham para cada operação onde deverão ser 
movimentadas as mercadorias. 
 Eadi: A criação das Estações Aduaneiras de Interior (EADI´s) contribuiu 
muito para agilizar os processos logísticos no Brasil. Também conhecida como 
Portos Secos, a EADI é um terminal alfandegado de uso público, localizado em 
Zona Secundária, com a finalidade de prestação de serviços na movimentação 
e na armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro. 
 
Saiba Mais 
 Segundo a legislação aduaneira brasileira, são consideradas Zonas 
Primárias as áreas terrestres ou aquáticas, contínua ou descontínua, ocupadas 
pelos portos alfandegados, a área terrestre ocupada pelos aeroportos 
alfandegados, além das áreas adjacentes de fronteira alfandegados. 
 Já em relação à Zona Aduaneira Secundária, ela compreende todo o 
restante do território brasileiro. As águas territoriais e o correspondente espaço 
aéreo. 
 
Curiosidade 
Ainda em relação aos fatores de interferências na logística internacional, 
podemos citar os regimes especiais aduaneiros, oferecidos pela Receita 
Federal, para fins de mecanismos de operacionalização tributária dos 
importadores e exportadores, a fim de que obtenham possibilidades de 
gerenciarem suas companhias por meio de formatos tributários que os 
permitam obter vantagens competitivas de forma Legal. 
 
 
22 
Dentre os regimes especiais aduaneiros, citamos os principais: 
a) Importação Temporária: Também conhecida como Admissão 
Temporária, é o regime aduaneiro no qual o importador traz ao Brasil uma 
mercadoria/bem/equipamento por um determinado tempo (feira, evento, 
amostra, etc.), e essa importação ou retorna ao país de origem ao final do 
prazo concedido pela Receita Federal, ou é nacionalizada no Brasil mediante o 
recolhimento dos impostos federais e o estadual, que é o ICMS. Em caso de a 
importação ser temporária apenas, existirá a Suspensão da Tributação, 
justamente pelo fato de a importação ficar no Brasil apenas por um tempo, e 
não de forma definitiva. 
Também há a condição de Importação Temporária para Utilização 
Econômica, na qual o importador traz ao Brasil equipamentos que irão gerar 
recursos no país, porém ficarão apenas por um tempo, atrelados a um contrato 
de aluguel/leasing junto ao exportador. Nesse período, que não pode ser maior 
do que cem meses, podendo, porém, ser prorrogável por igual período, haverá 
a incidência proporcional de impostos, na fração de um por cento por mês 
durante a estada do bem no território nacional. 
 
b) Drawback: Esse Regime Aduaneiro Especial favorece tributariamente 
empresas que importam matéria-prima, industrializam um bem e o exportam, 
sendo que, dessa forma, não são tributadas na importação. 
 
c) Entreposto Aduaneiro: Regime no qual o importador faz adentrar ao 
Brasil mercadorias para revenda (normalmente), e as deixa armazenada em 
uma EADI, sem tributação de importação para que, à medida que for vendendo 
os produtos, possa tributar proporcionalmente aos valores de cada produto 
vendido, ou seja, durante um ano (também prorrogável por igual período), o 
importador fica desobrigado da tributação, para que à medida que as vendas 
surjam, ocorra a tributação. No caso de não haver vendas, pode-se devolver os 
bens ao exterior, desde que esteja no prazo de validade do regime especial, 
concedido pela Receita Federal. 
 
TROCANDO IDEIAS 
 Como apresentado nesta aula, os critérios para utilização de embalagem 
na prática de comércio exterior são muito rígidos. 
 
 
23 
 Seguindo essa linha e a cumplicidade quanto ao cumprimento dos 
requisitos legais para as execuções das legislações, orientamos e 
incentivamos, de certa forma com uma ênfase muito grande nessa questão, a 
fim de que cada um esteja apurando essa pesquisa, ou seja, inteirando-se 
desse assunto por meio de buscas sobre o tema, especialmente na página do 
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (link nas referências), entre 
outras fontes de pesquisa, para que as operações de importação e exportação 
coordenadas por um de nós sigam as disposições dessas imposições daquele 
órgão. 
 
NA PRÁTICA 
Retratando especialmente a questão da importância do cuidado 
ambiental na logística, a iniciar pelas embalagens, cite as regras vigentes, 
determinadas pelo Ministério da AgriculturaPecuária/Abastecimento (MAPA), 
para a entrada de paletes ou qualquer outra embalagem de madeira nas 
importações brasileiras, fundamentando a resposta de acordo com a legislação 
daquele Órgão Federal. 
Solução Esperada: 
 As regras básicas são: 
 Embalagens de madeira, como caixas, paletes, engradados ou outros 
modelos de embalagens, devem entrar no Brasil com certificado de inspeção 
fitossanitária feito por órgão competente no país de origem. 
 As embalagens que entrarem no Brasil sem essas configurações, e que 
se mostrarem em ato de vistoria por um técnico do Ministério da Agricultura nos 
portos, aeroportos ou EADIs, serão rechaçadas quanto à sua entrada no país e 
deverão retornar ao país de origem. Há algumas exceções avaliadas pelo 
posto de vigilância do Ministério da Agriculta do local da inspeção da carga, 
para que sejam submetidas a processo de tratamento fitossanitário no Brasil, 
porém depende da avaliação de cada caso. 
 Quanto à legislação e base de fundamento para essa prática, a citação é 
a Lei n° 13.097/2015 e a Instrução Normativa da Receita Federal n° 32/2015. 
 
 
 
 
24 
FINALIZANDO 
A proposição do conteúdo desta aula foi determinada pela necessidade 
de atualização de todos nós, membros e atuantes da área de logística, quanto 
aos cumprimentos das determinações legais dos órgãos reguladores 
governamentais, além de promover o incentivo à pesquisa quanto às inovações 
das ferramentas tecnológicas à disposição das companhias de transporte. 
Enfatizamos também a importante questão ambiental nos transportes sendo 
que, pela complexa situação da degradação do meio ambiente, as práticas de 
transporte fora dos padrões internacionais ferem o meio ambiente, a exemplo 
da citação feita quanto às embalagens de madeira nas importações e 
exportações, mencionadas no Tema 3 desta aula. 
Muito enfaticamente, abordamos a questão dos fatores de interferências 
nas práticas de logística internacional, dentre os quais citamos algumas 
ferramentas aduaneiras que permitem a obtenção de vantagens econômicas 
de forma idônea para atingir metas e objetivos financeiros de forma planejada e 
segura. 
 
 
REFERÊNCIAS 
CASTIGLIONI, J. A. de M. Logística operacional, guia prático. 3. ed. São 
Paulo: Érica, 2013. 
RAZZOLINI FILHO, E. Transportes e modais com suporte de TI e SI. 1. ed. 
Curitiba: Intersaberes, 2012. 
ROBLES, L. T.; NOBRE, M. Logística internacional. São Paulo: Intersaberes, 
2015. 
ROSA, A. C. Gestão do transporte na logística de distribuição física: uma 
análise da minimização do custo operacional. Disponível em: 
<http://www.busvision.com.br/blog/empresas-de-transporte-e-responsabilidade-
ambiental/>. 
 
 
25 
SILVA, Luiz A. T. Logística no Comércio Exterior. 2ª ed. São Paulo: 
Aduaneiras, 2013.

Continue navegando