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Relatório de Estágio Psicopedagogia Clínica e Institucional - CRISTINEIDE MENDES

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
CRISTINEIDE MENDES DA SILVA LIMA
AIMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
ALAGOINHAS
2023
6
CRISTINEIDE MENDES DA SILVA LIMA
AIMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Relatório de Estágio apresentado na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso: Relatório de Estágio do Curso de Especialização Lato Sensu em Psicopedagogia Clínica e Institucional do Programa de Pós-Graduação Lato Sensu do Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi.
ALAGOINHAS
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................04
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................08
3 OBESERVAÇÃO.................................................................................................................10
4 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS OBSERVADOS....................................................11
5 INTERVENÇÕES................................................................................................................14
5.1 Aplicação das Atividades Psicopedagógicas...................................................................15
5.2 Registro e Análise das Intervenções................................................................................20
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................24
7 REFERÊNCIAS...................................................................................................................26
ANEXOS..................................................................................................................................27
1 INTRODUÇÃO
O presente relatório tem como área de concentração a Afetividade e Aprendizagem cujo tema é: A Importância da afetividade no processo de aprendizagem do aluno com Deficiência Intelectual.
Sendo assim, meu principal foco foi entender como se estabelecem as relações de afetividade entre o professor e o aluno com deficiência intelectual e expor algumas estratégias de ensino que influenciam no processo de ensino-aprendizagem no âmbito escolar.
A afetividade é um importante auxilio para a aprendizagem, e que a criança, desde o nascimento vivencia fases de desenvolvimento onde predomina ora a afetividade, ora a cognição, e que as emoções representam um papel fundamental nas interações entre as crianças e os adultos e a relação professor/ aluno é fundamental para que isso aconteça.
A proposta é apresentar reflexões sobre a importância da afetividade e dos vínculos afetivos na aprendizagem e adaptação do aluno com deficiência Intelectual. A afetividade está sempre presente nas experiências empíricas vividas pelos seres humanos, no relacionamento com o ‘outro social’, por toda a sua vida, desde seu nascimento. Sabe-se que a aprendizagem é um processo que, uma vez iniciado com o nascimento, só finda com a morte. Isso significa que em qualquer etapa, em qualquer situação, ou em qualquer momento, o indivíduo está aprendendo, sendo que, à medida que aprende varia seu comportamento, seu desempenho, sua ótica, seus enfoques. 
Quando se fala em aprendizagem, como uma mudança relativamente aparente, significa que o aprendido deve estar incorporado ao indivíduo não só em situação temporária, mas por um tempo razoável. À medida que novas aprendizagens surgem, vão sendo incorporadas às já existentes, propiciando o surgimento de novos enfoques, ideias e atitudes. Segundo Piaget (1982), “na medida em que os aspectos cognitivos se desenvolvem, há um desenvolvimento paralelo da afetividade”. 
A afetividade é o que transporta a nossa vida — a alegria, a felicidade, a esperança, o entusiasmo, a motivação, o prazer e o principal de todos: o amor, que é o prolongamento do domínio, que é o coração. É inconcebível uma educação em que não exista a afetividade em sua composição, pois “[...] sem afeto não há educação” (CHALITA, 2004, p. 149).
É muito importante enfatizar neste contexto que a afetividade na relação ensino / aprendizagem para alunos com deficiência intelectual, como sendo instrumento de fortalecimento da criança enquanto sujeito, e servindo como ferramenta para todas as áreas de estudo voltadas para a organização afetiva, motora, social e intelectual do aluno. Hoje quando pensamos em educação de qualidade, a preocupação com a maneira como transmitimos o conhecimento, passa a ser tão importante quanto o próprio conteúdo a ser ensinado. Podemos entender a afetividade como sendo o conhecimento construído através da vivência, não apenas ao contato físico, mas à interação que se estabelece entre as partes envolvidas, que afetam as relações e, consequentemente, o processo de aprendizagem, sendo assim deve- se conhecer as dificuldades para elaborar atividades que fortaleçam as potencialidades dos deficientes intelectuais, sempre considerando o que o aluno já sabe, o seu conhecimento de mundo, sua forma de interagir com os outros, seu modo particular de aprender. Isto é, o educador deve identificar as possibilidades de aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual e contar com recursos que permitam a organização e concretização de suas estratégias pedagógicas.
O estágio foi desenvolvido através do método de observação e intervenção no Colégio Municipal de Alagoinhas, localizado na rua Mario Laérte, 105, Centro, cidade de Alagoinhas- a, na turma do EJA- 1VB ano 2023, com as professora Edneide do ensino de Português, Gleisa de Artes, Edinilza do AEE e o aluno Natanael Gomes de Matos, diagnosticado CID F- 71+ G – 40 e com a mãe do aluno em estudo. A escola conta com aproximadamente 500 alunos, tem seu funcionamento em dois turnos, pela manhã e à tarde, as turmas são do 6º ao 9º ano, mais 3 salas do EJA, possui biblioteca, auditório, quadra de esportes, sala de recursos, equipe do SOE, secretaria e sala de professores. Através da metodologia procurei identificar aspectos que podem contribuir de maneira positiva no desenvolvimento do aluno com Deficiência Intelectual. Para isso, utilizei como instrumento de registro a observação: O diário de campo. Bogdan e Biklen (1994, p. 50), referem que o diário de campo é: “[...] o relato escrito daquilo que o investigador ouve, vê, experiência e pensa no decurso da recolha refletindo sobre os dados de um estudo qualitativo”. Seu conteúdo é descritivo e reflexivo. O registro descritivo é feito de forma objetiva e acompanha o ponto de vista do observador sobre os acontecimentos, ideias, preocupações e emoções a partir da experiência. A regência é o momento culminante do estágio, pois o estagiário assessorado pelo professor da classe, pelo Supervisor e pelo Orientador de Estágio fará o planejamento, execução e a avaliação de projeto/aulas. Esta fase requer um preparo das atividades que o próprio estagiário desenvolverá com objetivos e métodos adequados ao nível do aluno, sempre com anuência e acompanhamento do (a) professor (a) da classe e do supervisor do AEE.
A Regência de estágio com o aluno com deficiência intelectual, teve como área de concentração a Afetividade e Aprendizagem cujo tema é: A Importância da afetividade no processo de aprendizagem do aluno com Deficiência Intelectuais e como objetivos: Conhecer a importância da afetividade na aprendizagem do aluno com deficiência intelectual, identificar algumas estratégias de ensino que podem contribuir de maneira positiva no processo de ensino-aprendizagem do aluno com deficiência intelectual no âmbito escolar, envolvendo o corpo discente e supervisores. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL,1997), afirma-se que a educação de qualidade deve desenvolver capacidades inter-relacionais, cognitivas, afetivas, éticas e estéticas, visando à construção do cidadão em todos os seus direitos e deveres. Para isso precisamosdo envolvimento da família, porque é primeiramente no âmbito familiar que a criança receberá amor. É tempo de conhecer, analisar e experimentar as práticas tão sonhadas teoricamente. É possível também, que nós, alunos, aprimoremos nossas escolhas, a partir do contato com as realidades de nossa profissão. Esse tipo de experiência para nós, futuros psicopedagogos, é de relevância ímpar, pois só estando diretamente envolvidos no campo é que podemos entender as atitudes, dificuldades, anseios e satisfações que o profissional da área pode vivenciar. Esse estágio me proporcionou um contato efetivo com a realidade vivida no dia a dia da profissão, os desafios da prática institucional.
Fui recebida cordialmente na escola pela diretora Kelly Cristine, onde ela me encaminhou para ser supervisionada pela professora do atendimento educacional especializado na sala de recursos Edinilza, cheia de contentamento por contar com a nova integrante para interagir, brincar e aprender junto ao aluno Natanael. A experiência vivida nas salas do Colégio Municipal de Alagoinhas me mostrou claramente o que significa ser Psicopedagogo facilitador de Aprendizagem. Saber como trabalhar determinado conteúdo, para que o aluno realmente se desenvolva e aprenda com compreensão.
Portanto, é no estágio prático em sala de aula, que o futuro profissional tem a oportunidade de se aperfeiçoar para exercer com êxito sua profissão. A experiência de lidar com a inclusão, a diferença do estudante, o que compreende suas emoções, expectativas e reações. Não está na essência do docente, na atualidade, faz parte do nosso trabalho de responsabilizar com a diferença que inclui determinadas deficiências. Além desses recursos, utilizei a pesquisa bibliográfica, que trata- se da abordagem metodológica mais frequente dos estudos monográfico, procurando explicar e discutir um tema ou um problema com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicas e através de entrevistas e questionários com as partes envolvidas. Busca conhecer e analisar contribuições científicas sobre o tema em estudo (MARTINS; LINTZ, 2011, p. 15).
Mantoan (2003) comenta que é necessário de transformação nas atitudes e comportamentos que afastam os estudantes com deficiência nas escolas. Porém afirma que é fácil receber os “estudantes que aprendem apesar da escola” e é mais fácil ainda direcionar e encaminhar, para as classes e escolas especiais, os que têm dificuldades de aprendizagem, ou com alguma deficiência, para reforço e aceleração. Precisamos ter responsabilidades e comprometer-se diante do ensinar e do aprender.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Num sentido amplo, a afetividade pode ser compreendida como conjunto de emoções, sentimentos e sensações presentes na vida do ser humano. Para compreender o tema afetividade de forma ampla é necessário entender a perspectiva de afetividade e a teoria de desenvolvimento cognitivo de acordo com Jean Piaget. Segundo Piaget (1976, p. 16) o afeto é essencial para o funcionamento da inteligência. (...) vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis, embora distintas. E são inseparáveis porque todo intercâmbio com o meio pressupõe ao mesmo tempo estruturação e valorização. De acordo com a citação acima, sem afeto então, não há interesse, necessidade e motivação pela aprendizagem, não há também questionamentos, sem eles, não há desenvolvimento mental. Afetividade e cognição se complementam e uma dá suporte ao desenvolvimento da outra.
Jean Piaget dedicou-se exclusivamente ao estudo do desenvolvimento cognitivo. Em sua Teoria Construtivista da Inteligência, Piaget (1964) “afirma que o conhecimento é construído com o tempo e por meio da interação entre os indivíduos e o meio social”. Para este teórico as relações afetivas pressupõem sentimentos bons ou ruins de acordo com o momento vivido. Nesse sentido, Piaget:
Ressalta que a afetividade intervém na organização da atividade intelectual, o saber, a inteligência, o que pode estimular ou não o desenvolvimento intelectual. No entanto o afeto não é neutro, significa um sentimento e emoção de agrado ou desagrado, prazer ou dor, amor ou ódio e que a aprendizagem está condicionada ao desenvolvimento cognitivo e afetivo e seus estágios (PIAGET, 1964, p. 230).
Na teoria de Piaget, o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois componentes: um cognitivo e um afetivo. Afeto inclui sentimentos, interesses, desejos, tendências, valores e emoções. O afeto se desenvolve no mesmo sentido que a cognição ou inteligência, tornando difícil encontrar um comportamento apenas da afetividade, sem nenhum elemento cognitivo e vice-versa. Para Piaget (1971):
A vida afetiva, como a vida intelectual é uma adaptação contínua e as duas adaptações são, não somente paralelas, mas interdependentes, pois os sentimentos exprimem os interesses e os valores das ações, das quais a inteligência constitui a estrutura (PIAGET, 1971, p. 271).
No ambiente escolar é onde acontece o processo de ensino e aprendizagem de uma forma mais intensa e sistematizada, através da interação professor e aluno. Constituindo-se, portanto, em local de diálogo e motivação que faz com que o estudante supere suas dificuldades e apropriem-se dos conteúdos repassados, avançando em seus conhecimentos. Os alunos com deficiência intelectual, por sua vez, requerem um pouco mais de atenção, necessitam de credibilidade e requerem que se acredite em seu aprendizado. Para transformar esta realidade, há que se desenvolver atividades significativas, que proporcionem saltos qualitativos aos alunos com DI, ressaltando que quando estimulados e incentivados, eles nos mostram aprendizagens e desenvolvimentos surpreendentes.
Acredita-se que a formação docente e a busca da qualidade do ensino para crianças com necessidades educativas especiais envolvem, pelo menos, dois tipos de formação profissional: a primeira é a dos professores do ensino regular que conte com o conhecimento mínimo exigido, uma vez que há a possibilidade de lidarem com alunos com “necessidades educativas especiais”; a segunda é a de professores especialistas nas variadas ‘necessidades educativas especiais’ que possam atender diretamente os discentes com tais necessidades e/ou para auxiliar o professor do ensino regular em sala de aula (BUENO, 1993 apud OLIVEIRA et al., 2012, p. 2).
Nesse sentido, o professor como mediador do conhecimento e condutor da aprendizagem precisa ser flexível, analisando e revisando seu plano de ensino e sempre que for necessário, realizar alterações e adaptações, visando sempre ao desenvolvimento do aluno.
Não existe um método especifico para incluir alunos com DI. Porém, existem métodos que podem ser utilizados para contribuir na aprendizagem e desenvolvimento destes alunos. Faz-se necessária então, uma reflexão constante sobre métodos e estratégias de ensino que auxiliem os alunos neste processo de descobertas, para que as dificuldades presentes no dia a dia sejam superadas.
3 OBSERVAÇÃO
As observações basearam-se em roteiro disponibilizado pela professora supervisora do AEE, e pela professora de artes no qual foram priorizados alguns aspectos a observar, tais como: Como se estabelecem as relações de afetividade para aprendizagem do aluno com Deficiência Intelectual? Em quais momentos e em que condições o aluno apresenta melhor desempenho? Quais metodologias e estratégias os professores utilizam para proporcionar diferentes oportunidades de expressão do aluno? Também foram observadas as questões subjetivas do aluno, sua autonomia, suas preferências e seu autocuidado. Foram utilizados, também, para a observação, o Caderno Didático das disciplinas e as leituras dos textos complementares. A observação do aluno, com duração de 12 horas, realizou-se em diferentes ambientes da escola, possibilitando uma visão ampliada das suas interações e vivências, das mediações feitas através dos signos, da linguagem, dos professores com o aluno, dos colegas, dos funcionários e do próprio aluno com o ambiente escolar, a fim de compreender de que maneira essasmediações favorecem sua aprendizagem e seu desenvolvimento. Costas (2002) constata “como é importante para o desenvolvimento social de todo e qualquer indivíduo considerado com alguma necessidade especial o compartilhar de práticas educativas que valorizem os processos de inclusão” (COSTAS, 2012, p. 190).
Baseando-se nas observações diárias do convívio do estudante na escola, é possível afirmar que ele é bastante carinhoso, costuma socializa-se bem com os colegas e funcionários da instituição. Atende as solicitações, gosta de participar dos trabalhos realizados na sala de aula, presta atenção nas histórias contadas em sala, porém ainda não consegue reconta- las em sequência dos fatos, o aluno ainda não está alfabetizado, escreve o próprio nome, mas às vezes esquece algumas letras. Reconhece as letras do alfabeto, porém troca algumas de sua ordem sequencial; reconhece os números até 10. Não realiza as atividades em sala de aula sem ajuda do professor ou profissional de apoio. É cuidadoso com seu material escolar, pega seu lanche sozinho e depois guarda tudo no lugar. Não costuma ir para o refeitório, mais a merendeira às vezes trás o lanche para ele. Responde a chamada em tempo real e com muita alegria e brincadeira. Ele gosta de sentar na frente bem pertinho dos professores, é muito atencioso, porém devido ser uma sala de EJA é muito barulhenta, tirando a atenção do aluno e em algumas vezes deixando- o nervoso e inquieto.
4 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS OBSERVADOS
Durante o período de Observação, tive acesso às informações da Instituição, através do questionário com questões abertas e fechadas entregues aos professores e aos pais do aluno em estudo. O primeiro contato com os participantes foi o preenchimento do Termo de Consentimento Livre Esclarecido para a participação da pesquisa.
Fundamenta-se na construção de um conhecimento que não é pronto e acabado, mas que está em permanente avaliação e reformulação, de acordo com os avanços dos principais paradigmas educacionais da atualidade ou outras alterações que se fizerem necessárias. Não deseja ser, portanto um manual de ação pedagógica, mas um caminho aberto para ser enriquecido pela dinâmica da prática, tanto nos aspectos estruturais, como nos conteúdos e metodologia educacionais praticados. Os pontos de vistas sobre o cotidiano escolar explicitam o que a escola já é, e quanto ela poderá vir ser, com base na definição de objetivos comuns das ações compartilhadas por todos seus segmentos.
As atividades são bem executadas, respeitando as rotinas e os projetos pedagógicos, pois a escola acredita que o importante é aprender, através de estratégias para potencializar a aprendizagem do aluno com deficiência intelectual e através de práticas lúdicas usadas no método de aprendizagem educacional possibilitam ao aluno com deficiência, independente de suas limitações, uma aprendizagem significativa, tendo à afetividade como fator fundamental para aprendizagem através de uma prática afetiva que facilite a dinâmica escolar e a relação de professor e aluno.
Os resultados foram analisados e organizados de acordo com as informações obtidas através da bibliografia consultada e da análise estatística das questões dos questionários. A interpretação final desses dados ocorreu combinando a consulta à literatura especializada com as percepções e ideias inferidas pelos pesquisadores no estudo do material coletado. Os resultados terão por base as contribuições dos sujeitos em questão.
Nos aspectos relacionados ao acompanhamento familiar, foi relatado pela mãe que durante sua gestação que apesar de tranquila, sentiu muitas dores. Em relação ao filho com deficiência intelectual, ele demorou a engatinhar, teve atraso na fala e demorou a andar. Mora com seus pais e sua avó. Além da escola regular ele faz acompanhamento no APAE e oficina de informática na escola. Nas atividades rotineiras de casa precisa de auxilio. Tem um sono tranquilo e se alimenta direitinho e gosta de música.
Nos primeiros anos de escola ele chorava muito e teve dificuldade de adaptação. A escola inicial deu muita atenção e um bom acolhimento.
O aluno tem apresentado um ótimo desempenho, toma medicação, e frequenta diariamente a escola. A mãe acredita que essa parceria família e escola são muito úteis para o desenvolvimento de seu filho. O aluno faz acompanhamento com a equipe do SOE (Serviço de Orientação Educacional). O trabalho do SOE é um processo dinâmico, cooperativo e integrado, que atua junto ao processo pedagógico, onde todos os envolvidos assumem papel ativo e de relevância, a fim de oferecer assistência (direta e indireta) ao educando, promovendo a construção do conhecimento, por meio de uma visão da relação sujeito- objeto e a realidade concreta da vida do aluno. O SOE analisa os aspectos que são relevantes na vida do aluno e que servem como referência para estudo, encontrando maneiras de desencadear no educando a vontade e o desenvolvimento das três dimensões: o sentir, pensar e fazer, por meio do lúdico, de técnicas e das artes. Dessa forma o SOE busca ver o aluno como um Ser que tem o direito de desenvolver-se harmoniosamente em todos os seus aspectos, seja ele: intelectual, emocional, físico, social, ético e profissional. É um setor que atua como um elo entre a escola, a família e a comunidade, acreditando que estes profissionais possam contribuir positiva e significativamente para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem do aluno. O professor do SOE não ocupa lugar de outros profissionais, mas busca a origem da queixa para melhor acolher e respaldar o trabalho dos professores e da equipe pedagógica. A partir da pesquisa feita, observou-se que o aluno em estudo apresenta dificuldades de aprendizagem, estabelecendo linhas de ação integrada com as demais equipes da escola para facilitar o ambiente interpessoal do aluno no seu desenvolvimento e no processo de ensino-aprendizagem.
Na dimensão pedagógica residem todas as ações educativas e as características de organização do espaço onde acontecerá o desenvolvimento da intencionalidade política, ou seja, a formação de sujeitos cidadãos, participativos, empreendedores, comprometidos socialmente, críticos e criativos. Por isso, as dimensões política e pedagógica caminham juntas possibilitando o envolvimento de todos os participantes praticando o exercício da cidadania.
Nos aspectos motores do desenvolvimento, o aluno tem demonstrado equilíbrio e locomoção definitivos, traçados de linha ainda apresenta um pouco de dificuldade, como também para diferenciar esquerda de direita, lateralidade e orientação espaço-tempo.
Nos aspectos cognitivos o estudante não possui boa memorização, apresenta raciocínio lento e baixa capacidade de concentração e atenção. Não realiza interferências em textos subjetivos, não ler e nem interpreta situações e problemas envolvendo as operações simples. No seu processo de pensar e resolver problemas e a utilização desse conhecimento é bastante vago. Demonstra interesse por brincadeiras, jogos e contos. É um aluno participativo, mas precisa de auxílio em suas atividades, muitas vezes não consegue esse suporte, pois a demanda do professor já é muito sobrecarregada. Já na sala de recursos, com o auxilio da professora do AEE, ele tem uma atenção maior, pois trata- se de um atendimento individualizado, com atividades diferenciadas, contribuindo no processo de desenvolvimento de suas habilidades.
5 INTERVENÇÕES
Chamat (2004, p. 24) aponta que o psicopedagogo necessita “envolver e esclarecer as dificuldades de aprendizagem, atuando, aproximando-se e buscando resultados pedagógicos a partir de uma leitura afetiva-cognitiva e social do problema”.
É importante o domínio das estratégias, que o psicopedagogo desenvolva a habilidades de escuta para entender a história de vida e as queixas da família e da escola indo além do que expor ou evidências.
Dessa maneira, essa escuta direciona-se os diversos interesses em expor: conteúdos não aprendidos, intervenções cognitivas alcançadas e não realizadas, condicionamentos orgânicos,assuntos inconscientes, entre outras.
Fernández (2001, p. 38) concluir -se são múltiplas relações que necessitam ser apreendidas e consideradas no procedimento de aprendizagem, este não se situa apenas com o estudante, nem com docente, nem na sociedade, nem nos meios de comunicação, mas na relação entre todos envolvidos.
Nesse fundamento, a conclusão com Fernández (2001, p. 38) a Psicopedagogia - apresenta por meio de uma hipótese relacional para aprendizagem e implica “os ambientes, o aluno e objeto de conhecimento, e uma articulação com proposições pedagógicas”.
A ação do psicopedagogo é contribuir para o desenvolvimento de aprendizagem estabelecendo com que o sujeito supere seus medos e dificuldades. Ao observar as dificuldades do aluno durante o atendimento Psicopedagógico o especialista deverá planejar as intervenções a serem aplicadas no tratamento com o tipo de dificuldade apresentada, através de jogos, atividades e brincadeiras.
Antes de dar início às sessões com as intervenções, a mãe juntamente com o aluno foi informada de que todas as informações prestadas, bem como a autorização para registro e divulgação dos dados são mantidas em sigilo absoluto, conforme assegurado na assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, baseado nos preceitos éticos vigentes para a realização de pesquisas com seres humanos, defendidos pela Resolução n. 510/2016 do CNS. Depois de apresentado o Termo, foi firmado um acordo com ela por meio do Contrato Psicopedagógico, contendo informações a cerca do Estágio Psicopedagógico Institucional, que é um componente curricular do Curso de Psicopedagogia, supervisionado e orientado por orientadores do curso. Após essa parte mais burocrática, dei inicio aos nossos encontros semanais.
As intervenções foram feitas no período matutino, na sala de recursos e no período vespertino, na sala de aula conforme combinado com as professora do AEE e com as professoras de português e artes, que me passaram os conteúdos com os quais estavam trabalhando. Diante disso, comecei adaptar atividades e fazer as intervenções com alguns dos conteúdos vistos.
· Formas Geométricas;
· Contação de Histórias. (História da Família e os dedoches da família);
· Reconhecimento do alfabeto;
· Jogos e Brincadeiras. (Jogo da Velha e Dominó dos números);
· Associação de palavras e imagens através dos jogos.
5.1 Aplicação das Atividades Psicopedagógicas
1. Jogo de peças geométricas como recurso metodológico, para o desenvolvimento cognitivo e motor da criança, visando facilitar o processo de ensino e aprendizagem.
· Estimular a percepção visual;
· Instigar a noção de cor e quantidade;
· Favorecer o processo de identificação de figuras geométricas; 
· Proporcionar uma forma lúdica de aprendizagem; 
· Estimular a atenção e a motricidade; 
· Desenvolver a reprodução de modelos.
Iniciei a atividade mostrando ao aluno as figuras geométricas. Em seguida, expliquei ao aluno, de forma detalhada, as formas geométricas do jogo: quadrado, retângulo, triângulo e círculo; expondo no quadro as peças, mostrando cores. Posteriormente, dando o prosseguimento permitindo o manuseio das peças pelo aluno, pedi que ele encaixasse as peças no seu adequado formato no quadro geométrico.
Diante da atividade realizada foi possível observar que o aprendente respondeu a todas as questões sem dificuldade, utilizando os argumentos de identidade, compensação e reversibilidade. O aluno traz vários assuntos enquanto realiza a atividade, conversa, pergunta, questiona, mas costuma ouvir e realizar a atividade com atenção. Reconheceu as cores e encaixou as peças geométricas em seus devidos pares.
2. Contação de Histórias. A família.
O ato de se contar histórias ao aluno com deficiência intelectual precisa estimular nos educandos a curiosidade, desperta o seu imaginário, a construção e reconstrução de ideias próprias, fazendo-se assim com que eles vivenciem todo e qualquer tipo de situação onde possa envolver sentimentos conflituosos nos quais aconteçam reflexão do que exatamente aquela narrativa está influenciando em seu íntimo na sua formação como pessoa provida de sentimentos ainda em processo de adaptação ao meio em que está inserido e que não sabe ainda como explicar o porquê , da alegria, da tristeza, do medo e além de outros mais sentimentos, e que provavelmente com o suporte de uma história possa assim fazer com que os mesmos resolvam e criem novas expectativas, além de contribuir na formação da personalidade, na oralidade e englobando também o lado social e afetivo pois todos necessitam se socializar com o outro. A família é o primeiro ponto de referência para a criança, assim também a sua casa. A escola entra na vida dela ampliando sua noção de espaço e seu sentimento de integração ao mundo, promovendo a interação escola/família, a fim de estimular o desenvolvimento de sentimentos como carinho, amor e respeito ao próximo tanto em casa, como na escola, a fim de tentar identificar e superar os desafios, trabalhando no aluno a afetividade e a importância deste sentimento no convívio familiar e escolar, buscando na interação entre ambas as partes, uma formação das crianças como seres cidadãos.
Iniciei a atividade colocando papel ofício, lápis e borracha sobre a mesa e solicitei ao Aprendente que fizesse o desenho da família, do jeito que ele quisesse. Sentou-se na cadeira e começou a desenhar. Ele desenha com a mão direita e segura o papel com a mão esquerda. Durante a atividade estava concentrado e bem entusiasmado. Ao fazer o segundo personagem achou que não ficou bom e apagou refazendo-o em seguida. A sua postura ao desenhar é bem curvada deixando o rosto bem perto do papel. Em determinado momento me avisou que havia terminado, então ele pediu se poderia levar para a mãe olhar o que tinha feito. Eu respondi que sim. E então começamos um diálogo:
Perguntei: Quem são estas pessoas?
Aluno: Meu pai, minha mãe, minha avó e eu.
Logo em seguida comecei a contar a história da família com os dedoches.
Campo de experiência: O eu, o outro e o nós; escuta, fala, pensamento e imaginação.
Conteúdo: Integrantes da família.
Objetivo: Identificar os membros da família, associando a sua própria família; reconhecer e valorizar as diferentes características dos membros da família.
Ele ficou muito entusiasmado ouvindo a história e querendo também colocar os dedoches e contar história também. Então comecei perguntar sobre a família dele, por quem é composta, quantidade de membros, etc. Em roda de conversa, destaquei as diferenças entre as famílias e incentivei o respeito e afeto por todas as partes envolvidas.
Dentre os diferentes testes projetivos, o desenho de família é um dos que melhor permitem ao sujeito construir um mundo social conforme sua convivência, isto é, de se desviar, tanto quanto lhe agrade, da realidade objetiva, para dar primazia às suas tendências próprias e à sua concepção pessoal da vida familiar. Contudo, pode-se esperar, a esse respeito, que o sujeito, quando se lhe pede para desenhar “uma família de sua invenção”, tenha no espírito, de acordo com o princípio da realidade, o quadro da própria família, aquela no seio da qual vive e a qual, renunciando a toda fantasia imaginária, reproduzirá no papel, na ordem hierárquica das idades e de importância: seu pai, sua mãe, seus irmãos e suas irmãs. (CORMAN, 39 p.).
3. Reconhecimento do alfabeto
Alfabetizar não requer apenas a codificação e decodificação dos códigos escritos, mas sim, proporcionar atividades que exijam do aluno a interpretação e compreensão, que sejam contextualizadas para que efetivamente promovam o desenvolvimento da aprendizagem da leitura e escrita. Alfabetizar é, portanto, possibilitar que o aluno tenha conhecimento não só das letras, mas, sobretudo, do significado, a fim de compreender o que está escrito. Nesse processo professor e aluno ocupam papel de destaque, caminhando juntos na construção do conhecimento e é imprescindível jamais desacreditar que o aluno é capaz, independente das dificuldades apresentadas durante o processo.
3.1. Formando o nomecom as letras do alfabeto na centopeia
Objetivo: Estimular a percepção auditiva atenção e observação e formar o próprio nome.
Material: Folha com a imagem da centopeia e letras que formam o nome feitos de papel EVA.
Numa folha de papel fotográfico com a imagem da centopeia e as partes do corpo colocar as letras do alfabeto que formam o nome do aluno. Iniciei a atividade pedindo ao aluno que procurasse cada letra nas fichas correspondentes  e usá-las como referência para escrever seu nome. Depois pedi para fazer à leitura e ir citando as letras. O aluno demonstrou muito interesse na atividade, soube descrever as letras e com ajuda falou seu nome. Ficou encantado com a imagem da centopeia e com o nome dele escrito.
Em seguida apliquei outra atividade sobre formação de palavras de acordo com a imagem.
3.2. Formando palavras através das imagens de figuras
Objetivo:
· Promover a interação entre o aluno de diferentes níveis de conceitos no que se refere à leitura e à escrita;
· Leitura de imagens;
· Atenção e concentração;
· Reconhecimento das letras;
· Exploração da quantidade de letras e sílabas;
· Ordenação de palavras.
Iniciei a atividade pedindo para o aluno utilizar as palavras do quadro, fazendo correspondência da figura com a respectiva letra inicial e de acordo com a imagem, em seguida mostrei a figura e perguntei quem tem a letra inicial da palavra correspondente e logo depois pedi para ele escrever a palavra no quadrinho que corresponde a sua imagem.
O aluno observou as figuras, foi para o quadro de palavras procurar a palavra correspondente a imagem, sempre com o auxilio do facilitador de aprendizagem, perguntei com que letra começa essa palavra? E depois com dificuldade escreveu a palavra na imagem correspondente, fazendo a repetição da leitura de cada palavra. Na leitura apenas leu através das imagens, onde há uma falta de compreensão no que está lendo. Conhece algumas letras, porém não consegue formar a palavra. Só escreve olhando o que já tá escrito. Mais sempre disposto a fazer o que está sendo pedido.
3.3. Dominó das palavras
Objetivo:
· Fazer correspondência entre figuras (imagem) e as etiquetas com o seu nome;
· Reconhecer sílabas, formar novas palavras;
· Contagem;
· Atenção;
· Socialização;
· Orientação temporal;
· Leitura das diferentes palavras.
Iniciamos a sessão informei que iriamos montar o jogo de encaixe, coloquei as peças em cima da mesa. Pedir para ele observar bem as peças se concentrar, o mesmo ficou empolgado já falando o nome das imagens que ia formar, observei que no momento da brincadeira ele gostava de fazer o encaixe, porém com dificuldades de formar a palavra correta de acordo à imagem.
4. Dominó dos números e quantidade
Objetivo:
· Resolução de problemas;
· Criatividade;
· Identificação de numerais;
· Habilidades motoras;
· Atenção e socialização;
· Desenvolvimento do pensamento;
· Capacidade de fazer uma análise;
· Produção de estratégias.
Iniciei a atividade colocando as cartelas sobre a mesa, todas numeradas de zero a dez de um lado e do outro lado à quantidade de dedos. Logo em seguida pedi para ele fazer a contagem dos dedos e identificar o número correspondente. Ele ficou um pouco disperso e não identifica os números em sua sequência de 1 a 10, quando estão desordenados, desconhece os mesmos. Mais se estiverem na ordem ele identifica e relaciona quantidades ao numeral. Consegue realizar atividade de encaixe com perfeição.
Como visto, o dominó é um recurso rico, podendo possuir variações. Suas implicações psicopedagógicas, segundo Macedo, Petty e Passos (1997), vão do desenvolvimento do raciocínio lógico ao aritmético dos educandos e até mesmo, dos professores. Os autores acreditavam que para um melhor aproveitamento desse recurso no contexto educacional é necessário um bom planejamento do seu início e desenvolvimento, assim como o modo de colher às informações e possíveis intervenções a serem feitas. O educador tem um papel imprescindível no momento do jogar, observando e fazendo as devidas intervenções nesse processo. Poderá, junto com os alunos, apresentar e discutir sobre os desafios que vão acontecendo no momento do jogar. É na ação do jogar que se cria um contexto para novas descobertas. Macedo, Petty e Passos (1997, p. 106) disseram que se o jogo for em sala de aula, “o professor deve ficar ‘circulando’ pela classe para observar como seus alunos jogam e utilizam as peças, se demonstram interesse e compreensão das regras e etc.”, assim como, conversar nos grupos sobre como está sendo o jogo para eles, sobre as peças jogadas, quem tem a possibilidade de vencer. Macedo, Petty e Passos (1997, p. 111) elucidaram também, a possibilidade de trabalhar com registro das situações-problemas no dominó.
5.2 Registro e Análise das Intervenções
Tendo conhecimento do nível de aprendizagem em que o aluno se encontra, facilita bastante o psicopedagogo em seu processo interventivo, levando-o a construir, ou elaborar o seu plano interventivo de forma mais eficaz. Pois, o aluno com Deficiência Intelectual, por ter um atraso em seu cognitivo, apresenta diversas dificuldades em seu aprendizado escolar, apresentam dificuldades de comunicação, memória, concentração, leitura e escrita. Nesse sentido, o psicopedagogo precisa se apropriar de meios que promova um aprendizado significativo para estes alunos, no que se diz respeito a essas áreas. E para uma Intervenção eficaz na área da Escrita, adota- se a ideia de Ferreiro e Teberosky (1979); Ferreiro e Goméz Palacio (1982), que afirma que a aquisição do sistema alfabético é um processo cognitivo, e sabendo disso, as intervenções nessa área também devem ser feitas de forma gradativa e entender qual nível de aquisição da escrita alfabética esse aluno se encontra.
Essas atividades de Leitura e escrita ocorreram em quase todas as sessões interventivas, sendo também um ponto que a mãe abordou, e para esse momento, utilizei letras soltas do alfabeto e figuras de animais, para que assim ele formasse o nome de cada um deles, depois fiz um pequeno ditado, apenas com palavras que continham duas ou três sílabas. 
Independente do método interventivo utilizado deve- se sempre estimular o aluno a buscar o significado (compreensão), que independe de estar correto ou não. É por isso que Manoel Sanchez-Cano, vai definir leitura como um processo de decifração, embora este seja necessário. E para se chegar ao nível da leitura suponhamos que o aluno aprendeu a ler em seu sentido convencional, e é de extrema importância como este realizou a decodificação (se foi feita som a som) por sílabas, se é feita de forma correta ou com alterações ou substituições de fonemas, etc.). A criança com Deficiência Intelectual, quando começa a decodificar apresenta alterações na pronúncia da sílaba, pronunciando com a omissão de alguns fonemas.
Tendo em vista a sistematização dos resultados obtidos por meio dos instrumentos e procedimentos mencionados acima, os dados foram analisados inicialmente através de uma Avaliação Geral com a mãe, por meio do questionário, permitindo colher dados referentes ao aluno, utilizando os seguintes instrumentos e suas respectivas finalidades: Escuta Psicopedagógica- permite nos orientar acerca da pessoa que iremos atender e serve também como ponte que nos dar acesso a família. E o outro instrumento utilizado foi a entrevista com professores- proporcionando um atendimento mais completo e eficaz. Logo após foi realizada uma análise mais específica, através de uma avaliação do processo cognitivo do aluno por meio da aplicação de atividades operatórias de Piaget, que tem como finalidade, determinar o grau de aquisição de algumas das noções-chave do desenvolvimento cognitivo. Após a avaliação cognitiva, tratando-se de uma Intervenção Psicopedagógica, na Leitura e na Escrita, considerando o nível cognitivo do sujeito, que foi analisado na etapa anterior. E para essa Intervenção foram utilizadas atividades lúdicas, envolvendo jogos e pequenos textos que nos apontaram grau de dificuldade do aluno.
De acordo com Jean Piaget, a descriçãoem termos gerais do desenvolvimento das relações entre indivíduo e meio, revela que na fase das operações concretas, embora ainda não se tenha completado, independentemente da ação, o equilíbrio operatório, as operações lógico-aritméticas e infralógicas se agrupam em sistemas de conjunto das transformações e realizar as atividades perceptivas, bem como outras atividades, em nível, a representação possibilita ao aluno aprender o conjunto das transformações e realizar as atividades perceptivas, bem como outras atividades, em nível de coordenação de pontos de vista.
Operar significa, portanto, lidar com relações de classe, série, espaço, tempo, causalidade, número e outras. Consequentemente é no nível das operações concretas que o pensamento não se prende mais aos estados privados do objeto, segue o ritmo das transformações, coordena pontos de vistas distintos. Nesse momento é quando se constituem os grupos e agrupamentos caracterizados pela composição transitiva, reversibilidade, associatividade, identidade e tautologia ou interação numérica. Ao se confrontarem variadas atividades intrínsecas à leitura e escrita com as características dos estágios de desenvolvimento cognitivo revela-se então que as atividades, exigidas pela leitura e escrita, envolvem procedimentos correspondentes aos que caracterizam o estágio das operações concretas (MICOTTI, 1980).
“São procedimentos que envolvem a observação do modo como o indivíduo opera, tendo como base a ordenação, a classificação, assim como a conservação, conceitos centrais na definição dos momentos de desenvolvimento cognitivo, dentro da teoria de Jean Piaget. Assim como as manifestações, que revelam o período do amadurecimento em que se encontram, tenho como referência também, a teoria winnicottiana” (FERNANDES, 2013, p. 91).
Na sala de aula procurei trabalhar com atividades que desenvolvam o comportamento lúdico, contribuindo para a aquisição das habilidades de cada domínio do desenvolvimento, estimulando a curiosidade, a iniciativa e a autoconfiança, proporcionando a aprendizagem, o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração da atenção.
Baseando- se nas observações e intervenções desenvolvidas na escola, em relação aos aspectos motores de seu desenvolvimento, o aluno apresenta equilíbrio e locomoção definidos, acompanhado com segurança e agilidade nos movimentos sugeridos nos jogos. Participa ativamente das brincadeiras propostas, pula corda, dança, realizou a atividade de recorte e colagem com dificuldade, tem coordenação, joga e arremessa bola. Muito atencioso e carinhoso com professores e colegas de classe, presta atenção às histórias contadas em sala. Escreve o próprio nome, mas às vezes esquece algumas letras. Reconhece as letras do alfabeto, porém troca algumas de sua ordem sequencial. Não compreende os enunciados; resolução de problemas cotidianos, compreensão do mundo que o cerca, compreensão de ordens e causalidade, sequência lógica, etc. Faz pareamento das cores primarias e secundarias seguindo comando do avaliador, reconhecendo as mesmas; identifica as formas geométricas, não identifica os números em sua sequência de 1 a 10, quando estão desordenados, desconhece os mesmos. Relaciona quantidades ao numeral, não identifica os dias da semana. Consegue realizar atividade de encaixe com perfeição. Dificuldade em diferenciar lateralidade (direita e esquerda), orientação espaço-temporal (longe, perto, noite, dia, chovendo, ensolarado, ontem, hoje), só conseguindo realizar com auxilio. Nos aspectos cognitivos o estudante não possui boa memorização, apresenta raciocínio lento, baixa capacidade de concentração e atenção. Não realiza interferências em textos subjetivos, não ler e nem interpreta situações problemas, envolvendo as operações simples. Não gosta de estar em lugares com muitos sons. Quando se comunica às vezes costuma repetir palavras e demonstra nem sempre entender o que está sendo dito ou trabalhado em sala.
As dificuldades apresentadas pelo aluno são notórias. Acredita-se que ao frequentar a sala de aula regular e o atendimento educacional especializado assiduamente, e periodicamente acompanhamento com a equipe multidisciplinar e de seus pais, exista a oportunidade de um atendimento mais focado nas dificuldades específicas dele, contribuindo assim para os avanços na conquista de sua autonomia e aprendizagem. O trabalho com atividades diferenciadas e específicas contribuirão no processo de desenvolvimento de habilidades do aluno, contexto este que pode ser trabalhado na sala regular como:
· Utilizar diferentes recursos para produção de escrita e leitura: letras móveis, jogos, etc.
· Em atividades de matemática poderão ser utilizados os seguintes recursos: blocos lógicos, jogos, etc.;
· Dramatizações com músicas, teatros e leituras;
· Adotar procedimentos pedagógicos visando à descoberta do educando nas situações problemas;
· Trabalho de campo, pesquisas, atividades com práticas e vivências estimulando o conhecimento e novas ações.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para compreender o sentido dos resultados encontrados, retomam-se os objetivos do presente relatório: Que foi entender como se estabelecem as relações de afetividade entre o professor e o aluno com deficiência intelectual e expor algumas estratégias de ensino que influenciam no processo de ensino-aprendizagem no âmbito escolar.
Assim, para responder a este objetivo, buscou-se listar as atividades realizadas como Intervenção Psicopedagógica; e Identificar como o aluno responde frente às ações interventivas. De uma forma geral podemos compreender através das observações realizadas e da análise das intervenções, aprendemos que o aluno com Deficiência Intelectual pode apresentar atrasos significativos e dificuldades nas questões que envolvem o desenvolvimento de aprendizagens da leitura e da escrita. Porém, o desenvolvimento dessas áreas que não foram adquiridas no decorrer do desenvolvimento do individuo não pode estar restrito a um fator determinante, pois através da analise realizada, percebemos a complexidade que norteia o individuo que apresenta a essas determinadas demandas, pois este processo não se trata apenas de um aluno com essas dificuldades na aprendizagem, mas de um aluno que precisou de um acompanhamento especifico e direcionado com base na sua Deficiência Intelectual, por meio da elaboração de atividades que promovessem um aprendizado satisfatório e um desenvolvimento significativo.
O primeiro contato com o aluno foi através da professora do AEE, e por meio de entrevista centrada na Aprendizagem, onde foi possível colher dados da sua própria personalidade, coisas que chamam sua atenção e objetos que ele mais gosta. Através destes resultados comecei elaborar as atividades interventivas. Por meio dessas atividades lúdicas, que segundo Brenelli (1993) é uma ferramenta de grande valia. Utilizando jogos da memória, contação de histórias e quebra-cabeça, o aluno mostrou interesse pela leitura. 
Em sua Dificuldade com a Escrita, adotamos a ideia de Ferreiro e Teberosky (1979); Ferreiro e Goméz Palacio (1982), que afirma que a aquisição do sistema alfabético é um processo cognitivo, e sabendo disso, as intervenções nessa área também devem ser feitas de forma gradativa. Tendo em vista que para um melhor aprendizado, deve ser respeitado o ritmo do aluno para aprender. Os seus ensinamentos devem ocorrer de forma sistêmica e organizada, não pode ser teórico e nem metódico, mas pelo contrário, deve ocorrer de forma agradável e prazerosa e que lhe desperte o interesse pelo conteúdo que esta sendo passado. O uso dos jogos e ferramentas mostra-se então fundamental para trabalhar nesse contexto, uma vez que exerce um apelo natural ao interesse do aprendente pela sua característica lúdica, favorecendo assim o vínculo deste tanto com o mediador da atividade (psicólogo, psicopedagogo ou educador) quanto com a atividade de jogar em si. Esta representa um desafio cognitivo que, ao ser superado através do êxito, fortalece sentimentos de autoestima e auto eficácia. Aqui destacamosa importância do grande promotor desse processo: O educador e profissionais facilitadores da aprendizagem, como o psicopedagogo, pois a eles cabem possibilitar oportunidades para a promoção da efetiva aprendizagem do educando, respeitando sua individualidade e incentivando suas potencialidades, encorajando o aluno a criar suas próprias hipóteses em relação ao objeto de conhecimento. Nesse processo esses profissionais e aluno ocupam papel de destaque, caminhando juntos na construção do conhecimento e é imprescindível jamais desacreditar que o aluno é capaz, independente das dificuldades apresentadas durante o processo. 
Sendo assim, este relatório justifica-se pela necessidade de estarmos buscando meios de intervenção que facilitem de forma afetiva a aprendizagem do aluno, por meio do diagnóstico estudado, ou seja, das dificuldades enfrentadas no processo de aprendizagem e desenvolvimento. Ele visa desenvolver atividades que promovam uma maior aprendizagem na alfabetização e no letramento de maneira significativa e lúdica.
7 REFERÊNCIAS
Afetividade na Prática Pedagógica: Educação, TV e Escola, Rio de Janeiro: Wak Ed., 2007.
BRYAN, Jenny. Conversando sobre Deficiências. Editora Moderna, 1998. CADERNOS DE EDUCAÇÃO. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN – CNTE: 2. ED, N. 3, mar. 1997.
CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001 Ia ed., 2004 edição revista e atualizada.
CUNHA, Antônio Eugênio. Afeto e aprendizagem: relação de amorosidade e saber na prática pedagógica/ 2ª. ed. Rio de Janeiro: Wak Ed. 2010.
GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que define o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
GOTTI, Marlene. Integração e Inclusão: Nova Perspectiva sobre a Prática da Educação Especial. Perspectivas Multidisciplinares em Educação Especial. Londrina: VEL, 1998. Disponível em: http://www.editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/8c8a58fa97c205ff222de368 5497742c.pdf. Acesso em 23 de mai. de 2023.
GOUVEIA, Zulma Marcela dos Santos Batista. Educação Especial – Sistema de Ensino Presencial Conectado, Universidade Norte do Paraná, polo de Tangará da Serra – MT, 2011
KULLOK, Maísa G. B. Relação Professor-aluno: contribuições à prática pedagógica. Maceió: EdUFAL, 2002
MATTOS, Sandra Maria Nascimento de. A afetividade como fator de inclusão escolar.
Teias, Rio de Janeiro, ano 9, n. 18, p. 50-59, jul,/dez. 2008. Disponível em:
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistateias/article/view/24043. Acesso em: 18 mai. 2023.
OLIVEIRA, Anna Augusta Sampaio de; VALENTIN, Oscar Dourado; SILVA; Luis Henrique. Avaliação pedagógica: foco na deficiência intelectual numa perspectiva inclusiva. São Paulo: Cultura Acadêmica; Marília: Oficina Universitária, 2013. Disponível em: https://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/af- livro_11 oliveira.pdf. Acesso em: 18 de mai. 2023.
RODRIGUES, Graciele Massoli. Demarcações Sociais e as Relações Diádicas na Escola:
Considerações acerca da inclusão. RBCE. V.25, p.43-56, mai. 2004.
SILVEIRA, Elisete Ávila da. Importância da Afetividade na Aprendizagem Escolar: O Afeto na Relação Aluno-Professor. Psicologado. 2014. Disponível em: https://psicologado.com.br/atuação/psicologia-escolar/aimportancia-da-afetividade-na-aprendizagem-escolar-o-afeto-na-relaçao-aluno-professor. Acesso em: 18 mai. 2023.
TAFNER, Elisabeth Penzlien; SILVA, Everaldo. Metodologia do trabalho acadêmico. Indaial: UNIASSELVI, 2011. 
VYGOTSKY, L. S. A Construção do Pensamento e da Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
ANEXO A – DOCUMENTOS
ANEXO B – FICHA DE REGISTRO DE INTERVENÇÃO
FICHA DE REGISTRO DE INTERVENÇÃO
Data:17/04/2023
Local: Colégio Municipal de Alagoinhas
Primeiro dia:
Fui apresentada ao aluno, pela professora do atendimento educacional especializado na sala de recursos, que ficou cheia de contentamento por contar com a nova integrante para interagir, brincar e aprender.
Antes de dar inicio a primeira sessão, a mãe juntamente com a criança foi informada de que todas as informações prestadas, bem como a autorização para registro e divulgação dos dados são mantidas em sigilo absoluto, conforme assegurado na assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, baseado nos preceitos éticos vigentes para a realização de pesquisas com seres humanos, defendidos pela Resolução n 510/2016 do CNS. Depois de apresentado o Termo, foi firmado um acordo com a mesma por meio do Contrato Psicopedagógico, contendo informações a cerca do Estágio Psicopedagógico Institucional, que é um componente curricular do Curso de Psicopedagogia, supervisionado e orientado por orientadores do curso. Após essa parte mais burocrática, dei início aos nossos encontros semanais;
18/04/2023:
As intervenções foram feitas no período matutino, na sala de recursos e no período vespertino, na sala de aula conforme combinado com as professora do AEE e com as professoras de português e artes, que me passaram os conteúdos com os quais estavam trabalhando, através de questionário pra conhecer mais o aluno. Ciente dos conteúdos como: 
· Formas Geométricas;
· Contação de Histórias. (História da Família e os dedoches da família);
· Reconhecimento do alfabeto;
· Jogos e Brincadeiras. (Jogo da Velha e Dominó dos números);
· Associação de palavras e imagens através dos jogos.
Diante disso, comecei adaptar atividades e fazer as intervenções com alguns dos conteúdos vistos. 
19/04/2023:
Aplicação das atividades psicopedagógicas:
Jogo de peças geométricas como recurso metodológico, para o desenvolvimento cognitivo e motor da criança, visando facilitar o processo de ensino e aprendizagem, estimular a percepção visual, instigar a noção de cor e quantidade, favorecer o processo de identificação de figuras geométricas, proporcionar uma forma lúdica de aprendizagem, estimular a atenção e a motricidade, desenvolver a reprodução de modelos.
Iniciei a atividade mostrando ao aluno as figuras geométricas. Em seguida, expliquei ao aluno, de forma detalhada, as formas geométricas do jogo: quadrado, retângulo, triângulo e círculo; expondo no quadro as peças, mostrando cores. Posteriormente, dando o prosseguimento permitindo o manuseio das peças pelo aluno, pedi que ele encaixasse as peças no seu adequado formato no quadro geométrico. 
Diante da atividade realizada foi possível observar que o aprendente respondeu a todas as questões sem dificuldade, utilizando os argumentos de identidade, compensação e reversibilidade. A criança traz vários assuntos enquanto realiza a atividade, conversa, pergunta, questiona, mas costuma ouvir e realizar a atividade com atenção. Reconheceu as cores e encaixou as peças geométricas em seus devidos pares.
20/04/2023:
Contação de Histórias. A família.
O ato de se contar histórias ao aluno com deficiência intelectual precisa estimular nos educandos a curiosidade, desperta o seu imaginário, a construção e reconstrução de ideias próprias, fazendo-se assim com que eles vivenciem todo e qualquer tipo de situação.
Iniciei a atividade colocando papel ofício, lápis e borracha sobre a mesa e solicitei ao Aprendente que fizesse o desenho da família, do jeito que ele quisesse. Sentou-se na cadeira e começou a desenhar. Ele desenha com a mão direita e segura o papel com a mão esquerda. Durante a atividade estava concentrado e em entusiasmado. Ao fazer o segundo personagem achou que não ficou bom e apagou refazendo-o em seguida. A sua postura ao desenhar é bem curvada deixando o rosto bem perto do papel. Em determinado momento me avisou que havia terminado, então ele pediu se poderia levar para a mãe olhar o que tinha feito. Eu respondi que sim. E então começamos um diálogo:
Perguntei: Quem são estas pessoas?
Aluno: Meu pai, minha mãe, minha avó e eu.
Logo em seguida comecei a contar a história da família com os dedoches.
Campo de experiência: O eu, o outro e o nós; escuta, fala, pensamento e imaginação
Conteúdo: Integrantes da família
Objetivo: identificar os membros da família, associando asua própria família; reconhecer e valorizar as diferentes características dos membros da família.
Ele ficou muito entusiasmado ouvindo a história e querendo também colocar os dedoches e contar história também. Então comecei perguntar sobre a família dele, por quem é composta, quantidade de membros, etc. Em roda de conversa, destaquei as diferenças entre as famílias de e incentivei o respeito e afeto por todas as partes envolvidas.
24/04/2023:
Reconhecimento do alfabeto
Alfabetizar não requer apenas a codificação e decodificação dos códigos escritos, mas sim, proporcionar atividades que exijam do aluno a interpretação e compreensão, que sejam contextualizadas para que efetivamente promovam o desenvolvimento da aprendizagem da leitura e escrita.
Formando o nome com as letras do alfabeto na centopeia.
Iniciei a atividade pedindo ao aluno que procurasse cada letra nas fichas correspondentes  e usá-las como referência para escrever seu nome. Depois pedi para fazer à leitura e ir citando as letras. O aluno demonstrou muito interesse na atividade, soube descrever as letras e com ajuda falou seu nome. Ficou encantado com a imagem da centopeia e com o nome dele escrito.
Em seguida apliquei outra atividade sobre formação de palavras de acordo com a imagem.
27/04/2023:
Formando palavras através das imagens de figuras
Iniciei a atividade pedindo para o aluno utilizar as palavras do quadro, fazendo correspondência da figura com a respectiva letra inicial e de acordo com a imagem, em seguida mostrei a figura e perguntei quem tem a letra inicial da palavra correspondente e logo depois pedi para ele escrever a palavra no quadrinho que corresponde a sua imagem.
O aluno observou as figuras, foi para o quadro de palavras procurar a palavra correspondente a imagem, sempre com o auxilio do facilitador de aprendizagem, perguntei com que letra começa essa palavra? E depois com dificuldade escreveu a palavra na imagem correspondente, fazendo a repetição da leitura de cada palavra. Na leitura apenas leu através das imagens, onde há uma falta de compreensão no que está lendo. Conhece algumas letras, porém não consegue formar a palavra. Só escreve olhando o que já tá escrito. Mais sempre disposto a fazer o que está sendo pedido.
08/05/2023:
Dominó das palavras
Iniciamos a sessão informei que iriamos montar o jogo de encaixe, coloquei as peças em cima da mesa. Pedir para ele observar bem as peças se concentrar, o mesmo ficou empolgado já falando o nome das imagens que ia formar, observei que momento da brincadeira gostava de fazer era o encaixe, porém com dificuldades de formar a palavra correta de acordo à imagem.
10/05/2023:
Dominó dos números e quantidade
Iniciei a atividade colocando as cartelas sobre a mesa, todas numeradas de zero a dez de um lado e do outro lado a quantidade de dedos. Logo em seguida pedi para ele fazer a contagem dos dedos e identificar o número correspondente. Ele ficou um pouco disperso e não identifica os números em sua sequência de 1 a 10, quando estão desordenados, desconhece os mesmos. Mais se estiverem na ordem ele identifica e relaciona quantidades ao numeral. Consegue realizar atividade de encaixe com perfeição.
15/05/2023:
Apliquei uma atividade lúdica. O jogo da velha adaptado para o desenvolvimento do aluno com dificuldade, auxiliando no desenvolvimento motor, estimulando conceitos espaciais básicos e exercitando o raciocínio lógico. Em seguida fizemos o encerramento do estágio.
ANEXO C – FOTOS DO ESTÁGIO

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