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CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA E GRANDES NAVEGAÇÕES

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CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA E GRANDES NAVEGAÇÕES
A partir da Baixa Idade Média, o cenário político europeu sofreu transformações que romperam com o caráter local que o poder assumia durante o auge das relações feudais. 
O aparecimento de novos grupos sociais e as crises que se desenvolveram nesse mesmo período abriram caminho para um gradual processo de centralização política que ampliou o papel exercido pela autoridade monárquica. 
Antes disso, os senhores feudais tinham uma autonomia que fazia com que os reis fossem meras figuras decorativas.
CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA E GRANDES NAVEGAÇÕES
Para que pudessem reafirmar seu poderio, muitos reis contaram com o expresso apoio da burguesia local, que tinha uma série de interesses por de trás da ascensão do regime absolutista. 
Com a presença de um Estado centralizado, seria possível implementar uma série de padrões monetários e fiscais que permitiriam a ampliação das atividades comerciais. Além disso, a formação de exércitos também viabilizaria uma situação mais segura para que os deslocamentos comerciais fossem realizados.
Portugal irá surgir nesse quadro de transformações na Europa. No século VII os árabes invadem a Península Ibérica, ocasionando uma guerra para sua expulsão denominada de guerra de reconquista. 
CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA E GRANDES NAVEGAÇÕES
Cavaleiros franceses se deslocam a Península Ibérica para auxiliar nas lutas de reconquistas. Um dos aliados foi D. Henrique de Borgonha (atualmente território francês).
- D. Afonso VI, rei de Castela e Leão, casa sua filha, D.Teresa de Leão, com D. Henrique de Borgonha. Igualmente, em 1093, doa ao genro, as terras que compreendiam o antigo condado Portucalense, do rio Minho à cidade Coimbra. Este território não era independente e sim vassalo do Reino de Leão.
- Com a morte de D. Henrique, o herdeiro dom Afonso Henriques tinha apenas três anos e o governo é ocupado pela viúva, dona Teresa, que tenta ser reconhecida como herdeira do reino de Castela, ao mesmo tempo que se proclama rainha de Portugal.
CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA E GRANDES NAVEGAÇÕES
Com o tempo, dona Teresa deixa se influenciar por nobres galegos, afastando-se dos propósitos de tornar independente o condado. No entanto, D. Afonso Henriques ganha o apoio do bispo de Braga, dom Paio Mendes e seus sucessores, que desejavam conquistar a independência de sua arquidiocese.
- Em 1128, D. Afonso Henriques enfrenta a mãe e seus aliados, na Batalha de São Mamede e sai vitorioso. Mais tarde, ele se recusa a reconhecer ao rei dom Afonso VII, rei da Galícia, Leão, Castela e Toledo, como seu soberano.
- D. Afonso Henriques expande seu território tomando terras aos muçulmanos. Após a Batalha de Ourique, em 1139, onde vence cinco líderes muçulmanos, Dom Afonso Henriques se proclama rei de Portugal como Afonso I.
CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA E GRANDES NAVEGAÇÕES
- O rei dom Afonso VII o reconhece como soberano através do Tratado de Zamora, em 1143 e o Papa Alexandre III o fará em 1179.
- D. Afonso Henriques inaugura a Dinastia de Borgonha e seus sucessores encarregam-se de consolidar as fronteiras do novo país.
- Em 1383, D. Fernando, filho de D. Pedro I de Borgonha. morre sem deixar herdeiros, mergulhando o reino em uma guerra civil, entre facções favoráveis e contrárias a submissão de Portugal ao reino de Castela
- Sobressai neste cenário a figura de D. João, filho bastardo de D. Pedro I, irmão do falecido D. Fernando (último representante da dinastia de Borgonha)
CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA E AS GRANDES NAVEGAÇÕES
- D. João, comendador-mor da Ordem militar de Avis, sendo conhecido como mestre de Avis, vence a guerra contra Castela, na Batalha de Aljubarrota, em 14 de agosto de 1385.
- Foi aclamado rei, iniciando a dinastia de Avis. A Revolução de Avis (1383-1385), como ficou conhecida, marca o nascimento de Portugal moderno, com D. João se apoiando na burguesia comercial, sem desprezar a nobreza tradicional. Inicia-se assim a expansão ultramarina portuguesa, a partir da conquista de Ceuta, no Marrocos em 1415.
- Com a pioneirismo português inicia-se a fase de conquista do Atlântico, período denominado de as “Grandes Navegações”
CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA E AS GRANDES NAVEGAÇÕES
- Portugal se lança aos mares por vários fatores:
1. Localização geográfica
2. A centralização política precoce de Portugal
3. O domínio de técnicas de navegação e conhecimento náutico de muçulmanos e chineses, , adotado e ampliado por genoveses e venezianos
4. Disponibilidade de capital, inicialmente com apoio de genovezes, e com a expansão marítima, se autofinanciando 
CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA E AS GRANDE NAVEGAÇÕES
5. A falta de terras cultiváveis, o que fez Portugal procurar alimentos, principalmente o trigo, em terras distantes
- Muitos mercadores e nobres paraticiparam da expansão marítima portuguesa dirigida pela Coroa
- Portugal era um país agrícola, mas com intenso comércio marítimo, onde vendiam sal, pescado, vinho e azeite
- Muitas lendas foram criadas em torno da expansão marítima portuguesa
CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA E GRANDES NAVEGAÇÕES
- Sentindo a necessidade de aperfeiçoar a tecnologia marítima e sair na frente na corrida expansionista, Portugal surpreendeu. 
O infante Dom Henrique, um dos filhos do rei João I, selecionou um grupo com os melhores pilotos, astrônomos, construtores de navios, cartógrafos e matemáticos da época e, em 1417, fundou a Escola de Sagres. 
Nesse período, os navegantes não tinham noção do que poderiam encontrar fora do continente europeu. Mitos povoavam suas mentes, como o medo de o mar ferver em águas tropicais ou o temor de ficarem negros ao passarem pelo Cabo. 
Também não possuíam o conhecimento geográfico, tampouco sabiam da existência de outros continentes. Havia só rumores.
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- Avanços tecnológico dos portugueses no século XV;
1. As Caravelas
As caravelas eram embarcações de pequeno porte, rápidas, fácil de manobrar e capazes de navegar perto da costa. Sua origem foram os barcos de pesca usados pelos árabes, que os portugueses denominavam de "caravos". O uso do leme para direcionar o navio foi também uma grande descoberta tecnológica da época, superando o sistema medieval de remos na popa.
CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA E AS GRANDES NAVEGAÇÕES
A Bússola
A bússola é composta de uma agulha magnética que sempre aponta o norte, é fundamental na orientação de viagens de qualquer tipo. Foi inventada pelos chineses e trazida à Europa pelos árabes.
A princípio colocava-se a agulha imantada a flutuar sobre óleo ou água, presa a um pedaço de palha ou cortiça: era a marinette dos franceses. Mais tarde foi aperfeiçoada: colocou-se numa caixinha uma haste de metal sobre a qual se move a agulha. Graças ao novo instrumento, os navegadores não eram obrigados a viajar de ilha em ilha ou ao longo das costas, e podiam aventurar-se pelo oceano.
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Astrolábio
O astrolábio media a latitude durante o dia pela posição do sol e à noite, media o ângulo que as estrelas fazem com o horizonte, o que auxiliava na determinação da latitude do navio, ou seja, se ele se achava mais para o norte ou para o sul. Foi inventado pelo astrônomo grego Hiparco no século II a.C. Muito utilizado pelos árabes e chineses, foi aperfeiçoado pelos portugueses
CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA E AS GRANDES NAVEGAÇÕES
- exploração oceânica feita pelos portugueses concentrou-se em explorar a costa do continente africano, e, aos poucos, chegou-se a locais até então desconhecidos por eles. Na ordem cronológica, os portugueses chegaram a Madeira em 1420, a Açores em 1427, às ilhas de Cabo Verde em 1460 e a São Tomé em 1471.
- Um dos grandes feitos da exploração da costa africana foi o contorno do Cabo do Bojador, em 1434. Esse cabo localiza-se no território da atual Saara Ocidental e, no século XV, era um local alvo de muitas lendas e mitos por conta da grande quantidade de embarcações portuguesas que tinham desaparecido nele.CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA E AS GRANDES NAVEGAÇÕES
- Isso acontecia porque o Cabo Bojador possui uma série de recifes, muitos pontiagudos, e em determinadas partes do cabo a profundidade da água é muito pequena. Esses dois fatores faziam com que as navegações naquele local fossem muito perigosas. O responsável por contornar esse cabo foi o navegante Gil Eanes.
- Em 1441, uma nova embarcação foi desenvolvida pelos portugueses: a caravela. Ela facilitou a navegação marítima, sobretudo nas situações em que o vento estava contra a embarcação. Essa embarcação utilizava-se de velas para navegar e mesclava velas quadradas com velas latinas (triangulares). Foi o principal meio de transporte marítimo dos portugueses até o século XVII.
CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA E AS GRANDES NAVEGAÇÕES
- Nesse mesmo ano, registrou-se também que a compra de escravizados africanos pelos portugueses tornou-se muito comum, e a historiadora Marianne Mahn-Lot traz um registro feito por um cronista português do século XV, chamado Gomes Eanes de Zurara, que justificava a escravidão dos negros como consequência da maldição de Deus sobre Cam, um dos filhos de Noé. Nessa lógica, os negros seriam descendentes de Cam e, portanto, amaldiçoados
- Com a exploração do Atlântico, os portugueses também puderam iniciar a exploração econômica dos locais a que chegavam. Em Madeira, eles realizaram o plantio de trigo e da cana-de-açúcar. Já em São Tomé, por exemplo, estabeleceram o plantio da cana-de-açúcar, e o local tornou-se um entreposto de escravizados que eram comprados para ser enviados ao Brasil.
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- Em 1484, sob o reinado de D. João II, Diogo Cão alcança o rio Zaire, no Congo. Daí chegaram a conclusão de poderem chegar as Indias contornando o sul da África, ultrapassando o temível Cabo das Tormentas.
CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA E AS GRANDES NAVEGAÇÕES
Após muitas expedições, os portugueses chegaram ao limite do território africano, região de navegação perigosa, com águas turbulentas que ofereciam muitas dificuldades para a tecnologia marítima da época. No final do século XV, precisamente no ano de 1488, o navegador português Bartolomeu Dias chegou à região com sua tripulação enfrentando vários dias de severas tempestades que colocaram em risco a sobrevivência da expedição. 
CENTRALIZAÇÃO POLÍTICAS E AS GRANDES NAVEGAÇÕES
Por conta disso, Bartolomeu Dias deu ao local o nome de Cabo das Tormentas. Mas, apesar das dificuldades, ele foi o primeiro navegador a superar tais dificuldades e dobrá-lo. Foi uma enorme conquista para Portugal, que, finalmente, descobria uma nova ligação com as Índias.
- Em 1498, finalmente, Vasco da Gama chega as Indias pelo Cabo das Tormentas, rebatizada de Cabo da Boa Esperança
ATIVIDADES
O que foi a Revolução de Aviz?
2. Aponte os motivos que levaram os portugueses a serem pioneiros nas grandes navegações
Por que um dos grandes feitos portugueses foi a travessia do Cabo Bojador?
Por que os portugueses mudaram o nome do Cabo das Tormentas para Cabo da Boa Esperança?

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