Prévia do material em texto
Parte II 1. Neuroepiléticos ou Tranquilizantes Maiores ▶ Efeitos farmacológicos ◼ Sedação pelo bloqueio dos receptores D1 e D2 ◼ Hipotensão, bradicardia e bloqueio SA devido o bloqueio de receptores α-adrenérgicos. ◼ Efeito antiemético pois bloqueia os receptores dopaminérgicos na ZQD e no centro do vômito ◼ Diminui a agressividade e também é utilizado para tratar fobias, como as de rojão ◼ Potencializa efeito de hipnóticos, anestésicos gerais, opiáceos e analgésico anti-inflamatório. Sendo utilizado como medicação pré anestésica ◼ Anti-histamínico (Fenergan ®) ▶ Reações adversas ◼ Hipotensão pelo bloqueio alfa-adrenérgico, e taquicardia reflexa ◼ Hipotermia leve em cães e acentuada em gatos, pois inibe o centro termorregulador no hipotálamo. ◼ Diminui a e vasodilatação cutânea ◼ Diminui o limiar convulsivo, logo, não devem ser usados em animais com risco de convulsão ou em estado convulsivo ◼ Diminui o hematócrito devido ao sequestro esplênico de eritrócitos ◼ Acepromazina provoca depressão respiratória leve e o haloperidol provoca catatonia ◼ Priapismo: exposição peniana em equinos ◼ Efeito extrapiramidal: o sistema extrapiromidal pertence ao sitema motor, logo, causa espasmos musculares no pescoço, olho, língua e mandíbula também provoca incapacidade de se manter imóvel, movimentos irregulares e involuntários, rigidez muscular, tremor e instabilidade postural Os neurolépticos são divididos em fenotiazínicos e butirofenonas. FENOTIAZÍNICOS . Apresentação : Clorpromazina (Amplictil®) Acepromazina (Acepran®, Plegicil®) Levomepromazina (Neozine®) Prometazina (Fenergan®) Medicamento utilizado por via oral ou parenteral sendo que a segunda via evita a metabolização hepática ◼ Farmacocinética: tem absorção oral rápida, mas tem tem biodisponibilidade de 30% devido à ação do metabolismo de primeira passagem. Tem distribuição no fígado, pulmão e encéfalo e excretados por via renal ou biliar ◼ Mecanismo de ação: antagonistas de D1 e D2 que deprimem a função do tronco cerebral ao bloquear receptores de dopamina na membrana pré e pós-sináptica. Além disso, atuam também como anticolinérgico, antiserotonérgicos 5-HT2, antihistaminérgico e antagonista α-adrenérgico BUTIROFENÔNICOS . Apresentação : Azaperone (Azaperone®, Stresnil®) Haloperidol (Haldol®) Droperidol (Droperdal®) Medicamento utilizado por via oral ou parenteral sendo que a segunda via evita a metabolização hepática ◼ Farmacocinética: tem absorção oral rápida, mas tem tem biodisponibilidade de 60% devido à ação do metabolismo de primeira passagem. Tem distribuição no fígado, pulmão e encéfalo e excretados por via renal ou biliar ◼ Mecanismo de ação: são antagonistas de D2 e antagonistas α-adrenérgicos. 2. Anticonvulsivantes A convulsão é um quadro causado por descargas elétricas descontroladas em neurônios presentes no encéfalo, cuja causa pode ter origem extra ou intracerebrais. Elas provocam alterações na consciência, atividade motora, funções viscerais, percepção sensorial, conduta e memória. EPILEPSIA . É uma dença sem cura com ocorrência de convulsões recidivantes, entre as quais o animal fica consciente. É causada por fatores de origem intracraniana, que podem ter causas primárias e secundárias. O tratamento deve ser feito pelo resto da vida do animal, com: ◼ Primeira escolha: fenobarbital ◼ Segunda escolha: associar brometo de potássio com o fenobarbital ◼ Outras drogas: Diazepam, fenitoína, primidona, gabapentina, carbamazepina STATUS EPILEPTICUS . Animal está em atividade convulsiva contínua com mais de 15 minutos ou convulsões seguidas, o tratamento emergêncial consiste em: ◼ Primeira escolha: diazepam ◼ Segunda escolha: barbitúricos ◼ Terceira escolha: caso os demais tratamentos não funcione, entrar com fenitoína em infusão IV