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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO Professor Dr. Erick Dawson de Oliveira Reitor Márcio Mesquita Serva Vice-reitora Profª. Regina Lúcia Ottaiano Losasso Serva Pró-Reitor Acadêmico Prof. José Roberto Marques de Castro Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Ação Comunitária Profª. Drª. Fernanda Mesquita Serva Pró-reitor Administrativo Marco Antonio Teixeira Direção do Núcleo de Educação a Distância Paulo Pardo Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfco B42 Design *Todos os gráfcos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a reerência. Inormamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou orma sem autorização. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. Universidade de Marília Avenida Hygino Muzzy Filho, 1001 CEP 17.525–902- Marília-SP Imagens, ícones e capa: ©envato, ©pexels, ©pixabay, ©Twenty20 e ©wikimedia F385m sobrenome, nome nome livro / nome autor. nome /coordenador (coord.) - Marília: Unimar, 2021. PDF (00p.) : il. color. ISBN xxxxxxxxxxxxx 1. tag 2. tag 3. tag 4. tag – Graduação I. Título. CDD – 00000 BOAS-VINDAS Ao iniciar a leitura deste material, que é parte do apoio pedagógico dos nossos queridos discentes, convido o leitor a conhecer a UNIMAR – Universidade de Marília. Na UNIMAR, a educação sempre oi sinônimo de transormação, e não conseguimos enxergar ummelhor caminho senão pormeio de um ensino superior bem eito. A história da UNIMAR, iniciada hámais de 60 anos, oi construída com base na excelência do ensino superior para transormar vidas, com a missão de ormar profssionais éticos e competentes, inseridos na comunidade, capazes de constituir o conhecimento e promover a cultura e o intercâmbio, a fm de desenvolver a consciência coletiva na busca contínua da valorização e da solidariedade humanas. A história da UNIMAR é bela e de sucesso, e já projeta para o uturo novos sonhos, conquistas e desafos. A beleza e o sucesso, porém, não vêm somente do seu campus demais de 350 alqueires e de suas construções uncionais e conectadas; vêm também do seu corpo docente altamente qualifcado e dos seus egressos: mais de 100mil pessoas, espalhados por todo o Brasil e o mundo, que tiveram suas vidas impactadas e transormadas pelo ensino superior da UNIMAR. Assim, é comorgulho que apresentamos a Educação a Distância da UNIMAR com omesmo propósito: promover transormação de orma democrática e acessível em todos os cantos do nosso país. Se há alguma expectativa de progresso e mudança de realidade do nosso povo, essa expectativa está ligada de orma indissociável à educação. Nós nos comprometemos com essa educação transormadora, investimos nela, trabalhamos noite e dia para que ela seja oertada e esteja acessível a todos. Muito obrigado por confar uma parte importante do seu uturo a nós, à UNIMAR e, tenha a certeza de que seremos parceiros neste momento e não mediremos esorços para o seu sucesso! Não vamos parar, vamos continuar com investimentos importantes na educação superior, sonhando sempre. Afnal, não é possível nunca parar de sonhar! Bons estudos! Dr. Márcio Mesquita Serva Reitor da UNIMAR Que alegria poder azer parte deste momento tão especial da sua vida! Sempre trabalhei com jovens e sei o quanto estar matriculado em um curso de ensino superior em uma Universidade de excelência deve ser valorizado. Por isso, aproveite cada minuto do seu tempo aqui na UNIMAR, vivenciando o ensino, a pesquisa e a extensão universitária. Fique atento aos comunicados institucionais, aproveite as oportunidades, aça amizades e viva as experiências que somente um ensino superior consegue proporcionar. Acompanhe a UNIMAR pelas redes sociais, visite a sede do campus universitário localizado na cidade de Marília, navegue pelo nosso site unimar.br, comente no nosso blog e compartilhe suas experiências. Viva a UNIMAR! Muito obrigada por escolher esta Universidade para a realização do seu sonho profssional. Seguiremos, juntos, com nossa missão e com nossos valores, sempre com muita dedicação. Bem-vindo(a) à Família UNIMAR. Educar para transormar: esse é o oco da Universidade de Marília no seu projeto de Educação a Distância. Como dizia um grande educador, são as pessoas que transormam o mundo, e elas só o transormam se estiverem capacitadas para isso. Esse é o nosso propósito: contribuir para sua transormação pessoal, oerecendo um ensino de qualidade, interativo, inovador, e buscando nos superar a cada dia para que você tenha amelhor experiência educacional. E,mais do que isso, que você possa desenvolver as competências e habilidades necessárias não somente para o seu uturo,mas para o seu presente, neste momento mágico em que vivemos. A UNIMAR será sua parceira em todos os momentos de sua educação superior. Conte conosco! Estamos aqui para apoiá-lo! Sabemos que você é o principal responsável pelo seu crescimento pessoal e profssional, mas agora você tem a gente para seguir junto com você. Sucesso sempre! Profa. Fernanda Mesquita Serva Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Ação Comunitária da UNIMAR Prof. Me. Paulo Pardo Coordenador do Núcleo EAD da UNIMAR 006 Aula 01: 014 Aula 02: 020 Aula 03: 026 Aula 04: 033 Aula 05: 039 Aula 06: 045 Aula 07: 052 Aula 08: 056 Aula 09: 065 Aula 10: 072 Aula 11: 083 Aula 12: 094 Aula 13: 101 Aula 14: 109 Aula 15: 118 Aula 16: Sistemas de Informação no Setor Público Tecnologia da Informação no Setor Público Gestão do Conhecimento Planejamento de TI no Setor Público Governança de TI Tecnologia Custos de SI Governamental Tecnologias Emergentes Sistemas de Informação Tecnologia da Informação E-Democracia e E-Participação Tipos de Sistemas de Informação Economia Globalizada Governo Eletrônico Comunicação no Setor Público Ciberativismo 01 Sistemas de Informação no Setor Público 6 Ao vericar o funcionamento de um setor especíco ou mesmo de um conjunto de organizações, sejam elas públicas ou privadas, é possível observar a existência de padrões na forma como os diversos recursos (procedimentos, uxos de trabalho, equipamentos, informações e materiais, entre outros), em conjunto com as pessoas, estão congurados, o que possibilita otimizar a alocação dos recursos, identicar práticas comuns, realizar benchmarking e traçar padrões de trabalho. Em estudos iniciais de Administração, é comum o contato com o termo sistema, dada sua importância para o pensamento administrativo e para o entendimento de como os gestores tendem a se comportar – o pensamento sistêmico. O setor público, assim como a iniciativa privada, mais do que nunca necessita dos recursos provenientes dos sistemas para tornar a gestão mais transparente a acessível às diferentes camadas da sociedade. De acordo com Perter Senge (1990), pensamento sistêmico uma forma de análise e de uma linguagem para entender e descrever as forças e inter- relações que moldam o comportamento dos sistemas. É o pensamento que permite alterar os sistemas com maior ecácia e agir mais de acordo com os processos do mundo natural e econômico. Leia mais em: 7 Desta forma, podemos entender um sistema como um conjunto de partes e/ou componentes que interagem entre si com o objetivo de atingir algo em comum (LAUDON E LAUDON, 2010). Esse conceito também é aplicado em técnicas administrativas, mas no dia a dia pode ser observado em diversos contextos, como para entender o que é o sistema solar, o que é um sistema de trânsito e transportes ou ainda o que é o sistema de saúde. Ainda, conforme salienta Albuquerque (2011), um sistema comumente é composto pelo modelo que contém os seguintes itens: Entrada: se refere a tudo aquilo que compõem uma entrada na cadeia de valor, ou seja, aquilo que é necessário para dar início às demais etapas, por exemplo: para um sistema de saúde em âmbito hospitalar, é preciso que existam pessoas que necessitemde atendimento, e essas pessoas são o recurso de entrada para o sistema como um todo. Processamento: o processamento se refere a tudo aquilo que é posto em estado de modicação para que haja como resultado uma saída. Utilizando o exemplo do sistema hospitalar, processamento são todas as etapas que se referem à triagem do paciente, à consulta médica, à internação e ainda a seus recursos associados (enfermeiros, técnicos, materiais). São recursos que permitem com que o processamento do trabalho de atendimento seja realizado. Saída: a saída, por sua vez, é o resultado do processamento, ou seja, no exemplo do sistema hospitalar a saída pode ser uma receita médica ou um atestado de alta. 8 Cabe ressaltar que a saída de um sistema pode inclusive ser a entrada de outro sistema, ou ainda a entrada dele mesmo em um novo ciclo, comumente chamado de feedback ou retroalimentação. Os sistemas podem também ser classicados como abertos (em que há interação com o ambiente no qual está inserido) ou fechado (sem interação com o ambiente) e permanentes (sem prazo para deixar de existir) ou temporários (com ciclo de vida denido) (LAUDON E LAUDON, 2010). Certamente, cada setor da Administração Pública possui, em algum grau, um sistema em funcionamento, seja na saúde, na educação, no planejamento, na cultura e na infraestrutura, entre outros. Contudo, é possível desenvolver modelos gerais pensando nas interfaces do sistema de gestão pública, por exemplo, o Sistema Único de Saúde (SUS), que tem por nalidade fornecer suporte e direcionamento aos sistemas estaduais e municipais de saúde, assim como o próprio Governo Federal, cujo Poder Executivo possui diversos subsistemas ligados a sua estrutura sistêmica principal, a exemplo de cada Ministério e suas secretarias. 9 O Sistema de Informação (SI) é um tipo especializado de sistema formado por um conjunto de componentes que têm por objetivo coletar dados e informações a m de manipulá-los e processá-los para, nalmente, dar saída a novos dados e informações, além de poder gerar conhecimento. Em um sistema de informação, consideramos que as entradas são sempre compostas por dados e/ou informações, e que em sua etapa de processamento, tais dados e informações serão manipulados e transformados. Assim como em sistemas de um modo geral, os sistemas de informações precisam de recursos para seu funcionamento, sendo normalmente composto pelos seguintes itens: Assim como na iniciativa privada, os sistemas de informação no setor público visam atender alguns objetivos organizacionais no nível operacional – composto pelos sistemas de processamento de transações (SPT), no nível gerencial, composto pelos sistemas de informação gerencial (SIG) e ainda no nível estratégico pelos sistemas de apoio à tomada de decisão (SAD). software (parte lógica do sistema, aplicações); hardware (parte física do sistema (equipamentos, computadores); banco de dados (recurso de software responsável por armazenar os dados); redes e telecomunicações (infraestrutura que permite a conexão entre os componentes de hardware e software); processos e procedimentos (instruções, regras, políticas); pessoas. 10 No âmbito público, os agentes, seja no uso, manipulação, divulgação ou contratação de serviços de informação devem resguardar os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eciência (princípios LIMPE). Nove em cada 10 brasileiros já conhecem o Gov.br, plataforma única do governo federal que reúne 4,2 mil serviços; Brasil tem o 16º melhor índice de transformação digital do mundo A transformação digital empreendida pelo governo brasileiro recebeu o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que acaba de lançar uma linha de crédito de US$ 1 bilhão para impulsionar a digitalização de serviços públicos em estados e municípios de todo o país. O lançamento ocial ocorreu nesta terça-feira (20/4), no webinar ‘Governo Digital: O que os brasileiros querem e como oferecer melhores serviços públicos digitais’, que contou com a participação do secretário de Governo Digital do Ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro. “As políticas públicas em que o cidadão mais percebe os benefícios que recebe são aquelas desenvolvidas de forma federativa, envolvendo União, estados e municípios”, ressaltou Monteiro. “O Brasil já tem o 16º melhor índice de transformação digital do mundo, acima de muitos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Temos de criar juntos um país digital”, destacou o secretário. 11 valor de US$ 28 milhões, terá prazo de amortização de 25 anos e período de carência de cinco anos e meio. Contemplará os cidadãos e empresas usuárias dos serviços do TJCE – um público estimado em 2,5 milhões de pessoas – possibilitando ganho de tempo e redução de custos. Também serão beneciados mais de 3,7 mil servidores públicos do TJCE com capacitação em habilidades digitais. “A transformação digital é uma condição sine qua non para estimular a recuperação e assentar as bases de um crescimento em longo prazo, sustentável e também inclusivo. Este é um dos pilares para a recuperação da região e é absolutamente fundamental em nossa estratégia com o Brasil. A transformação digital não é uma opção, é uma necessidade básica e urgente que se fez mais evidente na pandemia”, armou o vice- presidente de Países do BID, Richard Martinez. “Vai muito além da digitalização. Estamos falando de uma mudança de cultura profunda, transversal, que só é possível a partir de um ponto de vista integrado, de um enfoque que inter-relacione as várias áreas em distintos âmbitos de governo.” Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (Consad), Fabrício Marques Santos, a Rede Gov.br, criada pelo governo federal, ajudou a difundir as boas práticas da digitalização entre as Unidades Federativas (UFs) e municípios. No entanto, alertou para a importante missão desses entes de avançar ainda mais na agenda da transformação digital em três áreas: Saúde, Educação e Segurança Pública. A linha de crédito – denominada Brasil Mais Digital – é voltada a projetos de investimento e estará disponível por meio de três canais de alocação de recursos: órgãos do governo federal, governos subnacionais (estaduais ou municipais) e bancos de desenvolvimento nacionais ou regionais. Quatro setores foram priorizados para integração e alinhamento das políticas públicas: Infraestrutura Digital, Economia Digital, Governo Digital e Fatores Habilitadores. O estado do Ceará foi o primeiro a retirar o recurso, com um projeto que visa melhorar a produtividade na prestação de serviços e a efetividade da gestão do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE). O empréstimo, no 12 Gov.br é conhecido por nove em cada 10 pessoas Na live também foi apresentada a pesquisa do BID sobre a Satisfação com os Serviços Públicos Digitais, realizada com 13.250 pessoas em todo o país. Segundo o estudo, nove em cada 10 entrevistados conhecem o Gov.br – plataforma única do governo federal que reúne os mais de 4,2 mil serviços, sendo 67% deles já totalmente digitais. Entre os destaques estão o Auxílio Emergencial, a Carteira Digital de Trânsito e a Carteira de Trabalho Digital. Hoje, 98 milhões de pessoas estão cadastradas no Gov.br. “A população brasileira está pronta para mais e melhores serviços digitais – 87% das pessoas entrevistadas têm acesso a wi- em casa e 95% pelo celular. Uma parte da população já estava adaptada à transformação digital antes da pandemia e uma parte importante conseguiu se adaptar depois”, esclareceu o especialista em Modernização do Estado do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Mariano Lafuente, ao detalhar a pesquisa. Fonte: Disponível aqui 13 02 Tecnologia da Informaçãono Setor Público 14 Podemos vericar a inuência da tecnologia nos mais diferentes contextos da nossa sociedade. Seja nas atividades mais triviais como consultar a hora no trabalho, a inovação tecnológica já faz parte de nossas vidas em seus mais variadosaspectos. No setor público, isso não é diferente: com uma demanda crescente pela prossionalização, transparência e eciência, a Tecnologia da Informação (TI) passou a exercer um papel de protagonismo. Não há como pensar na otimização dos serviços voltados à população sem que com isso venha junto um pacote de tecnologias e inovações. No entanto, nem sempre é natural o entendimento da atuação da TI na esfera pública. De acordo com Belmiro N. (2015), podemos entender a tecnologia da informação (TI) como todo conjunto de hardware e software que uma organização precisa para atingir seus objetivos organizacionais. Isso inclui não somente computadores e dispositivos de mídia, mas também componentes tais como discos de armazenamento, sistemas de rede, sistemas operacionais e de tomada de decisão, entre outros. 15 A tecnologia não somente otimiza os processos, mas muda a forma como vemos o mundo e, para isso, não é suciente apenas adquirir as novidades mais sosticadas e inseri-las no ambiente de trabalho sem planejamento nenhum. É necessário, desenvolver, implementar e gerenciar a tecnologia — exatamente o papel que a Tecnologia da Informação se propõe a cumprir. Com o advento da internet, a redução dos valores de componentes eletrônicos e a popularização dos dispositivos móveis, a tecnologia – e consequentemente à informação – cou acessível à grande parte da população. Desta forma, cresceu não só o interesse das pessoas pelo que está sendo feito nos órgãos de gestão pública quanto a própria mudança nas legislações que caminham para o aumento da transparência, e isso acelera o uso da tecnologia da informação no setor público. Para Paludo (2012), a TI na gestão pública promove: Assim, os principais benefícios da TI são: redução de custos e aumento da capacidade de melhorar a qualidade e disponibilidade das informações e conhecimento não somente para a organização, como também para todas as camadas da sociedade, além da consequente melhoria e otimização dos processos. redução do custo das operações e aumento da produtividade; provimento de subsídio aos gestores para a elaboração de estratégias; facilidade e rapidez no desenvolvimento de atividades burocráticas; facilidade na gestão dos meios de produção e dos negócios; agilidade nos processos de comunicação e coordenação interna e externa; aumento na qualidade de produtos e serviços; facilidade na circulação de informações intra e interorganizacionais; auxílio no processo de tomada de decisão; auxílio no controle de atividades descentralizadas em vários níveis hierárquicos. 16 De uma maneira geral, mudanças costumam gerar resistência. A capacitação dos servidores e as mudanças operacionais tendem a ser o primeiro desao a ser superado com a inclusão de novas tecnologias no dia a dia dos trabalhadores. O motivo é simples: as pessoas já estão familiarizadas com o seguimento dos processos e se sentem inseguras com a adaptação e o uso das novas tecnologias. No entanto, com o devido cuidado, é possível mostrar que as tecnologias agem principalmente para otimizar as atividades de rotina. Outro desao é estabelecer o monitoramento adequado das aplicações, dado que é fundamental entender até que ponto elas estão sendo ecientes e o que pode ser melhorado. Seja em um software ou na adoção de um novo dispositivo, qualquer mudança exige estabelecer indicadores para avaliar seu desempenho, o que contribui para a melhoria contínua dos serviços. A segurança da informação também é uma das grandes preocupações da atualidade, pois garantir proteção aos dados é fundamental, já que um vazamento pode causar prejuízos incalculáveis à gestão pública e à população. Por m, um último desao é integrar diferentes softwares, plataformas, processos e até mesmo departamentos. A TI deve enfrentar constantemente o desao de alinhar as diferentes tecnologias e integrá-las em um mesmo sistema, de modo a facilitar o controle e a gestão pública. 17 O termo Governo Eletrônico (do inglês e-gov ou electronic government), ou Administração Pública Eletrônica, se refere ao uso da denominada Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e Tecnologia da Informação, para informar e divulgar serviços ou produtos do Governo à população. Para isto, utiliza as ferramentas eletrônicas com o intuito de aproximar os cidadãos dos órgãos governamentais. Dentre os recursos utilizados podemos citar os sites, aplicativos para celulares e redes sociais ou telefones de serviços. O objetivo do Governo Eletrônico é prover informações e serviços às pessoas. O conceito de Governo Eletrônico surgiu logo após o ano de 1993, com o lançamento do primeiro sistema de browser, nos Estados Unidos. Na época o então vice-presidente Al Gore, iniciou o primeiro Fórum Mundial de Reinvenção de Governo, onde se propunha o investimento em novas tecnologias nos sistemas de comunicação dos governos, para acompanhar o surgimento da evolução do ciberespaço. Outro signicado deste termo é a utilização da tecnologia para informar 24 horas por dia e sete dias por semana. Desta maneira o Governo abre um espaço para ouvir, debater organizar informações da opinião pública. Além da interação, o principal objetivo é a transparência e clareza das informações, principalmente no quesito da administração de recursos públicos. Outro ponto importante no Governo Eletrônico é a integração entre os poderes Legislativo, Executivo e demais esferas, desta maneira, é possível habilitar um espaço para diálogo entre as partes, sem a necessidade da presença física dos interessados. Os serviços oferecidos na esfera do Governo Eletrônico podem ser: Prestação de Contas, com a divulgação de informações e dados referentes as despesas públicas, nanças, orçamentos aprovados, licitações em andamento e contratos no geral. Esta ferramenta torna pública, as informações e atividades da gestão do governo. O serviço de Requisições, nas quais o cidadão pode requerer um tipo especíco de serviço ou se queixar sobre um serviço atrasado. Com esta tecnologia, é possível diminuir o tempo de resposta, tornando ágil o serviço público. 18 O Espaço para Discussão, também chamado de Fóruns, nos quais as pessoas podem debater e opinar, ou ainda propor novas ideias. Assim, as discussões podem ser levadas a público, o que as torna mais transparente e menos burocrática. O Cadastro e Serviço Online também é uma ferramenta de auxílio, por meio de softwares especícos, o Governo disponibiliza serviços online para os cidadãos, como por exemplo, a Declaração de Imposto de Renda, que pode ser feito através da internet, sem complicação e a necessidade de enfrentar las para entregar os documentos. Fonte: Disponível aqui 19 03 Gestão do Conhecimento 20 Atualmente, entre os insumos de uma organização (materiais, equipamentos, tecnologia, energia, informação, conhecimento, etc.), dois deles adquiriram especial importância para o aumento da capacidade de gerar inovações e o consequente aumento de competitividade frente ao mercado: informação e conhecimento. Seu uso permite identicar mudanças nas necessidades dos consumidores, tendências do mercado, potenciais novos mercados, entre outras. Uma coisa interessante sobre o conhecimento é que, independentemente do contexto da análise, trata-se de um conceito que não é simples de denir. Carvalho (2012) destaca que certamente sabemos o que é o conhecimento, mas a diculdade consiste em explicar o que é o conhecimento. Neste sentido, a m de facilitar e distinguir os conceitos, é comum observar na literatura a separação entre dado, informação e conhecimento. De maneira resumida Carvalho (2012), dene conforma abaixo, vejamos: Dado não é informação. Informação não é conhecimento. Conhecimento não é dado. Evidentemente, tais denições são por muito simples, e cabe uma vericação mais profunda do que cada item representa. Desta forma, seguindo Carvalho (2012), podemos conceituar dado como um registro de um evento, ou seja, em uma escala hierárquica, o dado é amenor unidade de armazenamento de um registro, porisso, é o elemento mais fácil de ser armazenado, manipulado e transportado. Informação, por sua vez, é um conjunto de dados dentro de um contexto. Ao dizer que o dia está ensolarado, por exemplo, não temos muito mais dados para identicar se há nuvens no céu, que horas são, em que local está o sujeito, mas básica e intrinsecamente é possível perceber que o contexto e o dado (palavra) sugerem que o sol está em preponderância naquele local. 21 Para Davenport e Prusak (2003), a transformação de dados em informação, se dá por uma das seguintes formas: Contextualização: denição da utilidade dos dados. Categorização: denição das unidades de análise ou dos componentes dos dados. Cálculo: análise matemática ou estatística. Correção: eliminação dos erros. Condensação: síntese dos dados, que passam a ser concisos. Já o conhecimento, pode ser entendido como a informação que, devidamente tratada, tem potencial de mudar o comportamento do sistema em que está inserido. Isso signica que, uma vez que a informação é tratada e incorporada, seja em processos lógicos ou não lógicos, ou ainda adicionada a experiências anteriores, valores, crenças ou outros elementos, adquire a capacidade de mudar o comportamento daqueles que os detêm. Segundo Davenport e Prusak (2003), a transformação da informação em conhecimento ocorre da seguinte forma: Comparação: considerar e analisar a informação em relação a outras situações previamente conhecidas. Consequência: constatar as implicações das informações nas tomadas de decisão. Conexões: estabelecer relações do novo conhecimento com o já acumulado. Conversação: averiguar o que as outras pessoas pensam dessa informação. Conhecimento pressupõe ação e trabalho humano, com o auxílio da Tecnologia da Informação (TI) para acesso, coleta e armazenamento dos dados. 22 É possível gerenciar o conhecimento, e que é preciso diferenciá-lo dos outros elementos intangíveis importantes – a informação – e valorizar a riqueza e a qualidade dos dados. Gerenciar o conhecimento organizacional passou a ter uma conotação mais abrangente, envolvendo saber qual conhecimento deve ser almejado, como ele é criado e convertido e como se prepara o ambiente da organização para melhor aproveitar dele. O uso da informação, entretanto, passa por alguns estágios, que vão desde a coleta, o tratamento e o registro dos dados até as práticas que levam à aprendizagem da organização com base em compartilhamento e retenção do conhecimento e consequentemente na transformação do conhecimento em inovação. Strauhs (2012) mostra a evolução e a relação da transformação do conhecimento em inovação em relação à vantagem competitiva e aumento da inovação: 23 Figura 1 - Relação entre vantagem competitiva e a capacidade de inovar Fonte: Strauhs (2012, p.13) Dessa forma, a tradução das informações em conhecimento é a primeira condição no processo de inovação. Ainda, o conhecimento pode ser dividido em tácito e explícito (NONAKA; TAKEUCHI, 1997). O conhecimento tácito é aquele em que apenas os indivíduos o detêm e é adquirido por meio do acúmulo de sua experiência, de forma que não houve socialização para repasse daquilo que já se conhece, como, por exemplo, um funcionário de torno mecânico que conhece muito sobre os processos de torno que a empresa utiliza, mas não há nada documentado a respeito. O conhecimento explícito, por sua vez, refere-se àquele tipo de conhecimento que já está documentado e pode ser socializado entre as pessoas, o que facilita muito sua comunicação. 24 O principal propósito da gestão do conhecimento é conectar as fontes de geração com as necessidades de aplicação do conhecimento. Deve haver facilidade na transferência do conhecimento da mente dos geradores para as pessoas que o utilizam na execução da estratégia da empresa. Para atender a esse propósito, a gestão do conhecimento necessita cumprir quatro objetivos: Capturar o conhecimento: esse objetivo pode ser alcançado ao criar repositórios de informações estruturadas em documentos, memorandos, relatórios, apresentações, manuais e artigos, que possam ser facilmente resgatados conforme a demanda. Melhorar o acesso ao conhecimento: esse propósito depende da facilitação do seu acesso e da transferência entre as pessoas. Aprimorar o ambiente organizacional: criando políticas de incentivo ao compartilhamento do conhecimento entre as pessoas. Valorizar o conhecimento disponível: algumas organizações estão incluindo o capital intelectual em seus balanços, enquanto outras aproveitam o ativo para gerar novas formas de receitas, reduzir custos e inovar. A gestão do conhecimento habilita as empresas em última instância para a geração de valor e aumento da competitividade. Fonte: Disponível aqui 25 04 Planejamento de TI no Setor Público 26 Toda e qualquer organização precisa de planejamento para garantir que seus objetivos sejam atingidos. Nessa missão, o planejamento é fundamental no pensamento administrativo. É uma das funções administrativas básicas para o desenvolvimento da função administrativa. Entretanto, no setor público, tanto em seu âmbito geral como na aplicação de se uso na gestão da tecnologia da informação, também é fundamental que o gestor público da área de TI desenvolva um planejamento adequado para atingir os resultados e maximizar a utilização dos recursos. Rezende (2018) dene o planejamento como uma ferramenta administrativa que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos a serem tomados, construir um referencial indicando as possibilidades de futuro, e se trata de um processo deliberado e abstrato que, de maneira explícita e sistematizada, escolhe e organiza ações, antecipando os resultados esperados. Nas organizações públicas, o planejamento, em especial o estratégico, também é comumente chamado de plano estratégico de governo. 27 Ademais, os órgãos públicos têm passado por um processo de reorganização e informatização para possibilitar que as diferentes áreas passem a cumprir seus processos de maneira ágil, qualicada e transparente. Neste sentido, o planejamento de TI é algo naturalmente essencial para que o processo aconteça da melhor maneira, pois será o responsável por nortear o trabalho da equipe responsável pela coordenação de toda ação tecnológica dentro do órgão público. Para tanto, conforme demonstra Chiavenato (2008), alguns elementos são essenciais e devem estar presentes em tal plano, tais como as previsões de demanda, o estabelecimento de métricas e indicadores e o diagnóstico das forças e fraquezas, além de uma análise do ambiente interno e externo da organização. Os órgãos públicos são compostos por várias áreas de trabalho, cabendo ao setor de TI levantar as necessidades desses grupos em relação à tecnologia e à informação. O objetivo é obter conhecimento sobre como funcionam os setores a m de direcionar as ações que viabilizam a operação, melhoram o processo ou ainda aumentam a eciência. Sendo assim, estar em contato permanente com gestores e outros servidores é uma maneira de aproximar as áreas, prever as demandas e planejar a alocação dos recursos que atenderá às necessidades de cada equipe. É importante que o planejamento inclua uma macroanálise da instituição. É preciso avaliar os pontos fortes e fracos do TI em relação ao negócio para identicar o que deve ser mantido e/ou expandido e também aquilo que deve ser corrigido. Tal avaliação deve observar também o cenário externo, ou seja, como outros locais públicos utilizam a TI para alcançar os objetivos da repartição, e internamente como as coisas estão estruturadas no momento da análise. Ferramentas como a análise SWOT são uma boa opção para este tipo de análise. 28 Você, em algum momento dos seus estudos, já viu ou vai ver o que é a análise SWOT. Mas (re)veja aqui um material explicativo do Sebrae sobre essa importante ferramenta de análise: Uma vez realizado o diagnóstico inicial, é preciso denir os objetivos de curto, médio e longo prazos, cuidando para que sejam estabelecidas métricas quesejam abrangentes e estratégicas, ou seja, elas precisam estar conectadas ao que deve ser feito e mirar no resultado desejado. As métricas devem direcionar as ações a serem tomadas e colaborar para o estabelecimento dos prazos. Além disso, tais métricas 29 devem ser traduzidas em indicadores-chave (KPIs), anal, sem indicadores, não é possível saber se a implementação de um sistema tecnológico, por exemplo, tem tempo de resposta correspondente às demandas da população. O planejamento estratégico de TI merece atenção dos gestores públicos para compreender a administração do órgão em suas dimensões mais abrangentes, pois planejar é a principal ferramenta responsável pela denição de objetivos, dos planos e de como será acompanhada a execução deles. Além disso, outros aspectos também são impactados pelo estabelecimento do planejamento de TI, sendo o primeiro deles tornar a comunicação ubíqua, pública e visível, princípio fundamental para a gestão pública, dada a necessidade de transparência como um dos princípios norteadores do trabalho público. 30 Em atendimento ao princípio da eciência, a agilidade do órgão público também é impactada pelo estabelecimento que atenda às necessidades do setor no atendimento à sociedade, assim como a execução eciente do que está previsto. Ter um bom planejamento de TI, portanto, auxilia na resposta rápida às mudanças. O valor do Planejamento Estratégico voltado para a fixação e mensuração de resultados a curto, médio e longo prazos é fundamental não só para o cumprimento das metas quantitativas, mas também, para o estabelecimento de padrões de excelência no desempenho das atividades desenvolvidas pela Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação (CGTI). A compreensão da natureza de cada corporação, autarquia ou empresa pública, com sua missão e seus valores, é também fundamental para a melhor adequação entre a cultura corporativa e a fixação e mensuração de metas. Quais são nossos propósitos para o futuro próximo? Como viabilizá-los? Qual é o nosso atual patamar? Quais são as limitações atuais? E no horizonte de médio e longo prazos? Como prosseguirmos com os progressos atingidos pelos resultados de nosso Planejamento Estratégico? Este é o maior desa o: fazer mais com menos. Esta apresentação nos conduz, de maneira objetiva, ao equacionamento possível destes questionamentos. A boa governança desta Instituição e suas múltiplas áreas de atuação é o caminho para o adequado cumprimento da sua missão de concessão de direitos e instrumento ao desenvolvimento tecnológico industrial brasileiro. [...] 31 O Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI) tem por objetivo assegurar que as metas e objetivos da Tecnologia da Informação (TI) estejam fortemente vinculados às metas e aos objetivos do negócio e da estratégia da Instituição e, portanto, alinhado com seu Planejamento Estratégico. Trata-se de um processo dinâmico e iterativo para estruturar estratégica, tática e operacionalmente os sistemas de informação e a infraestrutura de TI. O PETI estabelece metas para o futuro que visam dar suporte a decisões e organizar prioritariamente as atividades necessárias para a execução do planejamento institucional. Lastreada nos objetivos Fonte: Disponível aqui estratégicos, visando organizar e planejar os projetos, as ações e os serviços, de maneira a potencializar sua contribuição para o uso eciente dos recursos em prol da sociedade. 32 05 Governança de TI 33 A governança de TI é motivada por diversos fatores, e entre eles a transparência é um dos mais importantes. Fernandes (2014) relaciona também os seguintes aspectos como fatores motivadores da implantação da governança de TI: Segurança da informação; Integração tecnológica; Marcos de regulação; Dependências do negócio em relação à TI ou às necessidades do ambiente de negócios. De acordo com Weil e Ross (2004), a governança de TI pode ser conceitualizada como um ferramental para a especicação dos direitos de decisão e responsabilidade, visando incorporar comportamentos desejáveis no uso da TI. Já para o IT Governance Institute (2007b): A governança de TI é a responsabilidade da alta administração (incluindo diretores e executivos), na liderança, nas estruturas organizacionais e nos processos que garantem que a TI da empresa sustente as estratégias e os objetivos da organização. Por m, de acordo com a ISO/IEC 38500 (ABNT, 2009) a Governança de TI é o sistema pelo qual o uso atual e futuro da TI são dirigidos e controlados. Signica avaliar e direcionar o uso da TI para dar suporte à organização e monitorar seu uso para realizar os planos – incluindo a estratégia e as políticas de uso da TI dentro da organização. No geral, podemos dizer que a Governança de TI não se refere somente à implantação de melhores práticas, mas também dar direcionamento e garantir o monitoramento e a segurança a m de atender as solicitações do negócio por meio do uso da tecnologia da informação. 34 O principal objetivo da Governança de TI é alinhá-la aos requisitos de negócio, de modo a fornecer soluções de apoio ao negócio, a garantia da continuidade dos serviços e a minimização de riscos (FERNANDES, 2014). Outros objetivos são: Uma vez identicados os principais objetivos da Governança em TI e seus desdobramentos, é preciso também visualizar quais domínios estão relacionados aos processos de TI. Fernandes (2014) demonstra quatro grandes grupos de domínio e seus principais componentes, conforme a gura a seguir: Direcionar de forma clara o posicionamento da TI em relação a outras áreas de negócio na organização; Promover alinhamento entre as estratégias de TI e a de negócios; Promover alinhamento entre a arquitetura de TI, sua infraestrutura e as aplicações às necessidades de negócio; Contribuir para a implantação e melhoria de processos e de gestão tanto de TI quanto no suporte as necessidades de negócio; Prover a TI da estrutura de processos necessária para garantir uma gestão adequada de riscos em compliance com a continuidade operacional da organização; Promover o uso de regras claras para as responsabilidades relacionadas às decisões e ações de TI. 35 Figura 1 - Componentes da Governança de TI Fonte: Fernandes (2014, p.38) A visão de Governança de TI também destaca ao menos quatro etapas no estabelecimento de um ciclo de implantação: 1. Alinhamento estratégico e compliance; 2. Decisão, compromisso, priorização e alocação de recursos; 3. Estrutura, processos, operações e gestão; 4. Gestão do valor e desempenho. O alinhamento estratégico e compliance, conforme Fernandes (2014) se refere ao planejamento estratégico da tecnologia da informação, levando em consideração as estratégias da empresa para seus vários produtos e serviços. Já a etapa de decisão, compromisso, priorização e alocação de recursos se refere ao estabelecimento das responsabilidades pelas decisões de TI em termos de arquitetura, sua infraestrutura, investimentos e necessidade das aplicações, entre outros. 36 A etapa de estrutura, processos, operações e gestão, se refere a estrutura funcional e organizacional da área de TI, bem como aos processos de gestão e operação dos produtos e serviços de TI em relação aos objetivos de negócio. Por m, a gestão de valor e desempenho refere-se à determinação e criação de quais indicadores serão utilizados para medir os resultados dos processos, produtos de TI e a sua contribuição à estratégia da organização. 37 Portal da Transparência e Governança – Governo Federal A Governança de TI, sistema pelo qual o uso atual e futuro da TI é dirigido e controlado, orienta a execução das ações e projetos de TI da empresa, apresentando estratégias e planos de ação que visam direcionar esforços e recursos para o atingimento dos objetivos de TI. Para o Serpro o Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação – PETI e o Plano Diretor de Tecnologia da Informação – PDTI são instrumentos da governança, que promovem o alinhamento entre a estratégia e a operação da empresa, dando transparênciaaos diferentes atores envolvidos quanto ao direcionamento estratégico da alta administração e aos seus desdobramentos na empresa. Nesse sentido, o Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação – PETI, norteado pelo Planejamento Estratégico, visa assegurar que o direcionamento e a estratégia de Tecnologia da Informação estejam fortemente vinculados às metas, aos objetivos de negócio e à estratégia do Serpro. Por sua vez, o Plano Diretor de Tecnologia da Informação – PDTI demonstra como a empresa prioriza seus investimentos e iniciativas de TI, auxiliando na gestão dos recursos e processos de TI, que visam atender às necessidades tecnológicas e de informação. Neste contexto, com objetivo de promover a transparência, o Serpro disponibiliza o PETI – PDTI Versão Resumida 2020 que, em um formato objetivo e de fácil compreensão, expressa a visão de futuro da empresa como um dos pilares da transformação digital do Governo, dando sustentação à implementação de políticas públicas que contribuíram para o êxito da gestão e da governança do Estado, em benefício da sociedade. Fonte: Disponível aqui 38 06 Tecnologia 39 Presente no dia a dia, tanto nos negócios como na ciência, o termo tecnologia é comumente empregado para indicar o resultado do processo de transformação do conhecimento em uma aplicação prática. Assim, conforme Singo (2017), podemos entender a tecnologia como um conjunto de habilidades baseadas em uma disciplina que se aplica à construção de um produto ou mesmo de mercado em particular, e não, necessariamente, apenas a aparelhos tecnológicos. Longo (1984) também apresenta o conceito de tecnologia: “tecnologia é o conjunto de conhecimentos cientícos ou empíricos empregados na produção e comercialização de bens e serviços”. A conceituação de Blaumer (1964) apud Fleury (1978) se concentra mais na fabricação, ou seja, “se refere ao conjunto de objetos físicos e operações técnicas, sejam elas manuais ou mecanizadas, empregadas na transformação de produtos em uma indústria”, também aderente ao que indica Abetti (1989) apud Steensma (1996): “um corpo de conhecimentos, ferramentas e técnicas, derivados da ciência e da experiência prática, que é usado no desenvolvimento, projeto, produção, e aplicação de produtos, processos, sistemas e serviços”. O próprio uso do termo “gestão da tecnologia” tem relação com estes conceitos e tem sido constantemente abordado na economia globalizada. Essa abordagem surge, pois, para além dos autores apresentados e, em decorrência de movimentos no campo da teoria organizacional das empresas, o aumento da produção de escala e da própria revolução industrial acabam por inuenciar na utilização destas nomenclaturas no dia a dia. Tecnologia é o conjunto de conhecimentos cientícos ou empíricos empregados na produção e comercialização de bens e serviços. 40 Na última metade do século XVIII, a máquina a vapor se constituiu como uma importante inovação tecnológica, mecanizando o sistema produtivo, aumentando signicativamente a produção, além de agilizar os meios de transporte, com as ferrovias e a navegação (Silva, 2003). O próprio movimento da qualidade empreendido por empresas japonesas, por volta da década de 1960, impulsionou o desenvolvimento de novas tecnologias e os processos de inovação. Em relação à sua abordagem prática e seu uso nas organizações, dependendo das condições do ambiente, a tecnologia poderá ser desenvolvida internamente ou absorvida externamente, através de contratos de pesquisa, licenciamento, participação minoritária ou majoritária ou, ainda, na formação de “joint-ventures”. Quando a tecnologia é desenvolvida internamente, é possível que se estenda ao desenvolvimento de produtos e processos e, ao passo que venha a deter aceitação do mercado, a organização adquire competência naquela tecnologia. Sendo assim, essa capacitação tecnológica, assim como a capacidade de produzir tecnologia, está diretamente associada a aspectos organizacionais que envolvem desde a comunicação, a aprendizagem e, ainda, a interação colaborativa entre as pessoas (Silva, 2003). Portanto, pode-se dizer que ela tende a se desenvolver quando existe um ambiente de conformação, o que leva a organização a adquirir capabilidade para esse tipo de atividade, em outros termos, a empresa desenvolver sua “capabilidade tecnológica”. Esta característica, por sua vez, é implícita daquela organização, tratando-se de um ativo tipicamente intangível, sendo muito mais difícil sua transferência para outras organizações, pois é intrínseca daquele sistema. Esse aspecto da gestão da tecnologia e de seus desenvolvimentos e aplicação em novos produtos é fundamental para a empresa, pois, além de garantir sua competitividade, proporciona um ambiente de constante inovação frente às necessidades. Desta forma, podemos ainda entender que a transferência de tecnologia se constitui em um aspecto complexo, variando em função da característica da tecnologia a ser absorvida, a similaridade das organizações, e maior ou menor capacidade para mudanças. 41 Por m, em uma análise sobre aquisição de competência técnica, através da colaboração interorganizacional, sob o ponto de vista de aprendizado da organização receptora, diversos níveis de colaboração (contrato de pesquisa, licenciamento, investimento minoritário, joint-ventures, aquisição do controle) podem ser encontrados (Singo, 2017). Assim como o nível de aprendizado (simples, adaptativo, transição, criativo) é fundamental para o desenvolvimento de tecnologia, concluindo que “quanto maior o nível de aprendizado existente em uma empresa, maior sua capacidade de assumir um compromisso interorganizacional de absorção de tecnologia”. Presleyson Lima Inovar signica fazer algo novo, mudar costumes e práticas, é realizar alguma coisa de uma forma diferente do regular. Já a inovação tecnológica refere-se especicamente às novidades com relação à tecnologia. É ter uma abordagem nova e diferente com o intuito de resolver algum problema, o que resulta em um novo produto ou, então, em uma nova forma de realizar alguma coisa. Nem preciso mencionar a quantidade de inovações tecnológicas que aconteceram nos últimos anos. Com a tecnologia, hoje, temos disponíveis diversos aplicativos que facilitam a nossa vida. Conseguimos chamar um táxi de forma mais eciente, trocar mensagens rápidas e gratuitas pelo celular, escutar nossas músicas preferidas sem precisar comprar um CD, e muito mais. A tecnologia permite que os novos carros sejam ainda mais ecientes, que os equipamentos eletrônicos proporcionem mais praticidade ao nosso dia a dia e que os eletrodomésticos triturem sem que nos esforcemos muito e que fritem sem o uso de óleo. 42 exemplos de inovações tecnológicas. Mas e como será o futuro das empresas com esse avanço? Para algumas é uma preocupação e para outras é mais uma solução de problemas. O fato é que os empreendedores devem começar a se inteirar de tudo que está acontecendo, pois talvez precisem se preparar para mudanças signicativas nos seus negócios. Por isso, listei algumas dicas bem importantes para você se preparar para o que está por vir: 1 – Tenha a mente aberta: Ficar pensando que a máquina vai substituir o homem e se revoltar com isso não vai lhe ajudar em nada. De fato, em algum momento, a máquina vai, sim, substituir o homem e algumas funções provavelmente deixarão de existir, aliás, é isso que vem ocorrendo com a humanidade há muitos e muitos anos. A novidade é que esse avanço tem acontecido de forma cada vez mais rápida. Mas nunca encare isso como algo ruim. Na verdade, isso signica que a nossa vida vai cada vez car mais simples, rápida e prática e, assim, teremos mais tempo para focar em outras coisas. Apesar do risco da eliminação de algumas prossões, em um mundo totalmente tecnológico, outras até mais estratégicas irão surgir e quem terá espaço nesse ambiente serão os melhores prossionais. A máquina do estacionamento do shopping causou a demissão de algumas pessoas, mas, por outro lado, gerou empregospara prossionais de sistemas e de manutenção, que possuem um conhecimento diferenciado para poderem acessar esse moderno equipamento. Vamos deixar isso mais interessante? Em pouco tempo, a moça do caixa do estacionamento do shopping foi substituída por uma máquina. Existem países em que não existe mais um prossional para receber o dinheiro do pedágio e em alguns supermercados as compras são passadas sem a necessidade de um funcionário. Enm, se eu for listar todos os impactos da tecnologia, nos últimos anos, esse texto não terá m, por isso, vou parar por aqui, mas, com certeza, se você pensar um pouco vai encontrar mais um milhão de 43 Fonte: Disponível aqui Aposte nesse investimento e pense nos benefícios que ele irá trazer para a sua competitividade no mercado, para os seus clientes e para os resultados do seu negócio. 3 – Não que para trás: Pode ter certeza de que enquanto você está resistente às mudanças, o seu concorrente está aberto e pensando nas estratégias para trazê-las para a realidade dele. Você precisa estar antenado nas novidades não só do seu mercado, mas a todas as inovações tecnológicas do mundo e se antecipar a elas. Antes de elas começarem a surgir, estruture um projeto com os impactos que terão para a sua empresa e para a sua equipe, e o quanto você pode usufruir dessas novidades para melhorar os seus processos. Se perceber que essa inovação tecnológica vai impactar o seu negócio, você terá duas alternativas: a primeira é usá-la, mesmo que tenha que alterar signicativamente o seu modelo de negócio e, a segunda é pensar em um outro produto ou solução completamente diferente e começar tudo do zero! Considere que ter um negócio é sempre um risco e, por isso, algumas vezes, ele precisa ser alterado ou até abortado. Isso faz parte da vida de um empreendedor! 2 – Seja um gestor de negócios e inovação: Você não é um simples líder, mas sim, um gestor de negócios e inovação, que pensa fora da caixa e que, por isso, poderá trazer para a sua empresa ainda mais valor com a tecnologia. Esteja aberto às novidades e, dependendo da inovação tecnológica, não pense duas vezes para implantá-la na sua empresa. 44 07 Custos de SI Governamental 45 A Tecnologia de Informação (TI) é das áreas mais dinâmicas da atualidade e, aos poucos, percebe-se a tecnologia fortemente integrada a quase todos os aspectos do cotidiano, assim como, os sistemas de informação. Enormes volumes de recursos têm sido direcionados às áreas de TI, chegando a representar, em média, cerca de 40% dos investimentos de capital de uma empresa (Carr, 2007). Todo este investimento, além de resultados, precisa ter seus custos controlados e, seja na iniciativa pública ou na iniciativa privada, mecanismos de gerenciamento de custos precisam ser dimensionados e aplicados corretamente. Estabelecer os custos de SI, no entanto, não é tão simples, faz-se necessário entender também como está a estrutura de custos de TI para sua quanticação. A relevância da gestão de custos de TI é evidenciada pelos diversos frameworks de gestão de TI e de governança de TI, a exemplo do CobiT. O CobiT 4.1 (2007) sugere, em um item especíco do domínio de Produção e Suporte (DS6), uma estrutura de controle sobre o processo de identicação e alocação de custos de TI, conforme demonstrado na Figura 1. 46 Figura 1 - Descrição do processo de identicação e alocação de custos de TI Fonte: Kimura, et al. (2012, p. 63). Como podemos observar, para identicar os custos de SI, é necessário também conhecer a estrutura de TI da organização, a m de estabelecer os rateios relacionados às áreas, de forma correta e, assim, associá-las às suas devidas contas contábeis. Desta forma, portanto, ao estabelecer o custo de TI, é possível assegurar a transparência e a captura do custo de SI correspondente. Por meio da estrutura do CobiT, portanto, estabelece-se que um controle dos custos de TI deve propiciar transparência e aprimorar o uso intensivo de recursos de tecnologia. O próprio CobiT fornece algumas diretrizes para o estabelecimento do controle de custos, como, por exemplo: 1. acurácia do levantamento de informação sobre custos de TI; 2. construção de um modelo de custo robusto; 3. estabelecimento de métricas para avaliação de desempenho das áreas de TI. 47 Figura 2 - Objetivos do controle de custos de TI Fonte: Kimura, et al. (2012, p. 64). Segundo o CobiT (2007), o modelo de custos deve envolver pelo menos 4 elementos, detalhados na Figura 2: 1. denição de serviços; 2. contabilização dos custos associados; 3. modelagem e cobrança de custos; 4. execução de procedimentos de manutenção do modelo de custos. 48 Por m, podemos vericar que a separação correta de custos contribui também para a melhoria operacional e da prestação de serviços do governo, seja em termos de eciência ou ecácia. O próprio governo federal tem empenhado esforços para o desenvolvimento de um sistema de gestão de custos eciente, com capacidade para absorver os custos das diversas áreas em que atua, o Sistema de Informações de Custos do Governo Federal (SIC). Como podemos observar, para identicar os custos de SI, faz-se necessário, também, conhecer a estrutura de TI da organização, a m de estabelecer os rateios relacionados às áreas, de forma correta e, assim, associá-las às suas devidas contas contábeis. 49 1.1 - O que é o SIC? O Sistema de Informações de Custos do Governo Federal (SIC) é uma ferramenta tecnológica que tem a capacidade de integrar os principais sistemas estruturantes do Governo Federal - SIORG, SIAPE, SIAFI e SIGPLAN/SIOP - em uma única base de dados (data warehouse), armazenando e reunindo as informações de custos que permitem o apoio à tomada de decisões pelo gestor. O SIC é o resultado da contribuição de várias iniciativas propostas por diversos setores, órgãos, grupos de trabalho do setor público, de forma geral, além da contribuição de pesquisas acadêmicas, culminando com a evolução das tecnologias de informação e comunicação. A sua estrutura está baseada em um modelo conceitual e sistêmico que organiza as informações de custos recebidas dos sistemas estruturantes do governo, especialmente os sistemas de informações físicas e nanceiras. A sua implantação permite a mensuração de custos sob a óptica administrativa a partir dos órgãos centrais de planejamento, orçamento, contabilidade e nanças. Com o objetivo de atender uniformemente a todos os órgãos e entidades da estrutura federal, possui como diferencial a capacidade de integrar diversos sistemas em uma única base de dados. 2.1 - Quem gerencia o SIC? Conforme a Lei n.º 10.180/2001 compete à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) tratar de assuntos relacionados à área de custos na Administração Pública Federal. [...] 50 Fonte: Disponível aqui 3.1 - Criação do SIC A criação de um Sistema de Custos na Administração Pública (incluindo os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário) é um fato recente no Governo Federal e data do ano de 2010. [...] [...] 5.1 - Modelo Teórico e Ferramenta Tecnológica No âmago das mudanças geradas pelas necessidades de aumento da transparência governamental e accountability, dos novos desaos da contabilidade pública e da busca por eciência... 6.1 - Detalhamento do Modelo Conceitual Nas instituições públicas, o custo, como objetivo de desempenho, é uma das principais ferramentas de apoio à gestão da república[...] 7.1 - Como obter acesso ao SIC? O Sistema de Informações de Custos do Governo Federal – SIC passou a integrar o conjunto de temas do Tesouro Gerencial, um novo sistema lançado pela Secretaria do Tesouro Nacional –... 8.1 - Login O SIC pode ser acessado por meio da página do Tesouro Gerencial, em que o usuário informará CPF e senha para fazer o login. 51 08 Tecnologias Emergentes 52 O termo tecnologia está amplamente presente, tanto nos negócios como na ciência, indicando o processo de transformação de um conhecimento em uma aplicação prática, ou seja, podemos entender o conceito de tecnologia como um conjuntode habilidades baseadas em uma disciplina que se aplica à construção de um produto ou mesmo de mercado em particular. Já a palavra emergente pode assumir vários signicados dependendo do contexto em que está inserida, estando comumente associada às palavras, como procedente, imediato, despontam, em desenvolvimento ou com grande potencial de crescer (Singo, 2017). Do ponto de vista do mercado, as tecnologias emergentes são todo tipo de inovações técnicas, e que representam progresso dentro de uma área, de modo a fornecer algum tipo de vantagem competitiva. Desta forma, as tecnologias emergentes, normalmente, se encontram em situações em que: a. A base do conhecimento está em expansão; b. A aplicação aos mercados existentes está em estágio de inovação ou; c. Novos mercados estão sendo testados ou criados. Ainda, tecnologias emergentes costumam ter como resultado a convergência tecnológica de diferentes. Por convergência, podemos entender a junção de tecnologias anteriormente separadas, como, voz, dados e vídeo, mas que atualmente estão compartilhadas e encapsuladas em um serviço, como o de streaming, por exemplo. 53 As tecnologias emergentes são todo tipo de inovações técnicas, e que representam progresso dentro de uma área, de modo a fornecer algum tipo de vantagem competitiva. Uma vez identicada a conceituação do que podemos entender como tecnologias emergentes, podemos vislumbrar sua apresentação na prática. O Conselho do Fórum Econômico Mundial cataloga e apresenta algumas das tecnologias emergentes com potencial para revolucionar o contexto industrial e econômico na atualidade. Em 2013, o relatório apresentou em sua lista dez principais tecnologias emergentes que podem impactar diversas camadas da sociedade nos próximos anos, a saber: Puricação de água energicamente eciente: Por se tratar de um problema ecológico crescente, em muitas partes do mundo, processos de dessalinização da água ou melhorias em sua reutilização na agricultura tem sido objeto de diversos estudos ao redor do mundo. Sensoriamento remoto: O uso de sensores tem mudado a maneira como a indústria a as próprias pessoas têm se relacionado com o meio; a área de saúde tem utilizado esta tecnologia para monitoramento de várias funções corporais, como, frequência cardíaca, oxigenação do sangue e nível de açúcar no sangue. Além da medicina, sensores também podem permitir que veículos se identiquem e sejam programados para se tornarem autônomos. Nutrição molecular: Outra tecnologia que tem alto impacto nas sociedades diz respeito à nutrição molecular, técnicas modernas podem acabar com a desnutrição que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. Por meio da identicação e reprodução de proteínas naturais essenciais para o ser humano, a biotecnologia promete levar a alimentação ao nível molecular. 54 Energia sem os: Somos profundamente dependentes de aparelhos elétricos. No entanto, além dessa dependência, o uso de os se torna um gargalo para os próximos avanços na área energética. O uso de energia sem o pode impactar não somente as residências, mas os meios de transporte e a própria indústria. Impressão 3D: Para além da criação de protótipos, a impressão 3D tem potencial para se tornar a próxima grande técnica de fabricação em larga escala. Em combinação com a biotecnologia, tal técnica pode revolucionar a maneira como se executam transplantes e próteses. De acordo com o Fórum Econômico Mundial (2013), esta ainda é uma tecnologia nascente, mas deve se expandir rapidamente na próxima década com oportunidades e inovações que a aproximarão do mercado de massa. Materiais autorregenerativos: Outra aposta é a criação de materiais estruturais “não vivos” capazes de se autorregenerar quando cortados, rasgados ou quebrados. Um dos grandes potenciais dessa tecnologia seria melhorar a segurança de materiais utilizados na construção civil, carros, aviões, entre outros. Uso e conversão de gás carbônico: Gerenciar as emissões de dióxido de carbono é um dos maiores desaos sociais, políticos e econômicos da atualidade. Uma abordagem emergente inovadora para gestão de dióxido de carbono consiste em transformá-lo de encargo em um recurso, como combustível para veículos. Medicamento em nanoescala: Após décadas de pesquisas, cientistas vislumbram a possibilidade de produzir medicamentos dentro do próprio corpo humano. De acordo com dados do Fórum Econômico Mundial (2013), trata-se de medicamentos produzidos em nível molecular, que agem apenas em torno da célula doente ou mesmo no seu interior. Reatores nucleares de quarta geração: De acordo com dados do Fórum Econômico Mundial (2013), os reatores nucleares usam apenas 1% da energia potencial disponível no urânio; sendo o restante transformado em lixo radioativo. As promessas para esse problema são os reatores de quarta geração. Eletrônica orgânica: O uso desta tecnologia se baseia no uso de materiais orgânicos, tais como polímeros, para criar circuitos e dispositivos eletrônicos, o que tornaria os produtos mais e potencialmente produzidos sob formas renováveis. Cloud computing: Já em uso na atualidade, a computação na nuvem começou a ganhar força em 2008 e refere-se, essencialmente, à noção de poder utilizar, em qualquer lugar e independente de plataforma, aplicações por meio da internet sem que sejam necessários grandes investimentos em infraestrutura local. 55 09 Sistemas de Informação 56 Para entender o conceito de Sistema de Informação, é preciso antes compreender o que é um sistema: “trata-se de uma coleção signicativa de componentes inter- relacionados que trabalham conjuntamente para atingir algum objetivo” (Sommerville, 2004). Chiavenato (1999) conceitua que sistema pode ter muitas conotações, mas representa um conjunto interdependente e interagente ou um grupo de unidades combinadas que formam um todo organizado. O ser humano, por exemplo, consiste em um número de órgãos e membros que funcionam de modo coordenado. De maneira similar, a organização é um sistema que consiste em um número de partes interagentes. Portanto, um sistema é um todo organizado ou complexo; um conjunto ou combinação de coisas ou partes, que formam um todo complexo ou unitário. O conceito de sistema é mais amplo quanto às suas características, tipos de sistemas; físicos ou concretos, abstratos ou conceituais; sistemas abertos, sistemas fechados. Entretanto, o nosso objetivo aqui é apresentar aos acadêmicos uma visão mais conceitual de “sistemas” e focar mais na ideia dos sistemas de informações. Um sistema de informações, de acordo com Gordon (2013), é que ele combina tecnologia da informação com dados e procedimentos para processar dados e pessoas que coletam e utilizam esses dados. O setor de recursos humanos, por exemplo, pode ter um sistema de informações para rastrear empregados já existentes ou potenciais, no que diz respeito ao histórico de trabalho, salários, experiências, habilidades, treinamentos, avaliações de desempenho, combinando todos eles e fornecendo relatórios aos gestores com dados resumidos e consolidados. 57 Empresas como a Microsoft, tendo em vista a visão do autor, utiliza um sistema de informações de RH armazenando, assim, informações de cada “colaborador”, tais como, o número do seguro social, qual o supervisor, dados admissionais, folha de pagamento, benefícios, férias, licença médica, e a situação do colaborador no emprego, etc. Esse exemplo pode servir como elemento base para que outras organizações possam melhor administrar o setor de recursos humanos, assim como, outras áreas de forma eciente, com dados precisos à tomada de decisões, com a ajuda dos “sistemas de informações”. Um sistema representa um conjunto de elementos dinamicamente inter- relacionados em que a soma do todo é maior do que as partes analisadas separadamente. Por sua vez, Zwass (1998) dene sistema de informação como um conjunto organizado de componentes para coletar, transmitir, armazenar e processar dados de modo a fornecer informação voltada para ação. Na visão de Laudone Laudon (2003), um sistema de informação seria um conjunto de componentes inter-relacionados para coletar, recuperar, processar, armazenar e distribuir informações com a nalidade de facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e a tomada de decisões nas organizações (em particular nas empresas). Portanto, é uma visão bastante similar à de Zwass, porém mais detalhada. Todo sistema de informação compreende três partes básicas: a entrada de dados brutos, o processamento destes dados em uma forma de maior utilidade, e a saída de informações necessárias aos usuários e à organização. O processo pode ser renado pelo mecanismo de feedback, pelo qual as saídas inuenciam as novas entradas (Laudon e Laudon, 2003). Para Gordon (2013, p. 9), “os Sistemas de Processamento de Transações (TPS) processam e registram as transações de uma organização”, Uma transação é uma unidade de atividade de negócio, tal como comprar um produto, fazer um depósito bancário ou reservar uma passagem aérea. Processar uma transação inclui atividades, tais como, gravar, arquivar e recuperar registros ou preencher formulários 58 de pedidos e cheques. Sistemas de processamento de transações dão suporte a empregados de nível operacional no desempenho das funções rotineiras do negócio através do fornecimento de dados para responder a perguntas. Nos hotéis da Marriott International, agentes de reservas usam sistemas de processamento de transações para reservar acomodações para os clientes. Gestores de limpeza e arrumação podem usar sistemas de processamento de transações para manter o acompanhamento de quais os quartos precisam ser limpos. Funcionários da portaria usam sistemas de processamento de transações para registrar a entrada dos clientes e indicar-lhes um quarto já limpo. Pode-se compreender que os Sistemas de Processamento de Transações transformaram o trabalho efetuado por funcionários de escritório e por outros empregados de funções operacionais. E é possível que os funcionários façam a entrada de dados de reservas de hotéis ou linhas aéreas diretamente nos meios eletrônicos. Sistema de informação: um entendimento conceitual para a sua aplicação nas organizações empresariais. Disponível em: Pensando nos Sistemas de Informações Executivas, eles fornecem as informações que executivos do alto escalão precisam para rapidamente identicar problemas, rastrear dados sobre tendências, comunicar-se com empregados e determinar objetivos estratégicos. Esse tipo de sistema auxiliará os executivos a pesar e balancear o desempenho da empresa por meio de um conjunto de perspectivas tais como: 59 a. perspectiva nanceira, que trata da saúde nanceira da empresa, b. perspectiva do cliente, que trata de valores para o cliente e satisfação do cliente, perspectiva de processos internos, que trata da eciência dos processos de negócio e c. perspectiva de aprendizado e crescimento corporativos. Os sistemas de informações executivas são frequentemente construídos para satisfazer as necessidades de informação de um determinado executivo. Paralelamente à temática de sistemas de informações, Steven e Judith Gordon (2006, p. 5) trazem à tona que a tecnologia da informação permitiu que pessoas, grupos e organizações zessem a gestão de suas informações ecaz e ecientemente. Pense nas informações disponíveis na Internet e nas redes internas das empresas. As tecnologias de informação facilitam as comunicações entre as pessoas dentro das organizações e entre estas. Considere a habilidade de uma empresa para rastrear milhares de produtos em seus depósitos e as vendas destes produtos em centenas de pontos de venda. Avanços signicativos na tecnologia da informação tornaram possível obter, gerir e usar quantidades enormes de informação a um custo relativamente baixo. 60 Podemos compreender que os sistemas de informação envolvem sistema de computador automatizado ou até mesmo um sistema “manual” que pode contemplar pessoas e maquinários. Os sistemas de informação capturam, armazenam, transmitem, recuperam, manipulam ou apresentam informações. Enquanto a tecnologia da informação representa a parte técnica que faz manter a gestão da informação, com a utilização de vários dispositivos e equipamentos, a tecnologia da informação é a infraestrutura que oferece o contexto físico para o armazenamento e transmissão de dados e informações. Primeiramente, abordamos, nesta aula, a temática de sistemas de informações, na sequência, apresentaremos a “tecnologia da informação”. O diagnóstico das necessidades de informação pode ocorrer nos níveis individual, de gestão, organizacional ou social. Empregados devem determinar as informações de que precisam para efetuar seus trabalhos, efetivamente. Gestores, geralmente, têm necessidades de processamento de transações, controle nanceiro, gestão de projeto e comunicações, entre outros. Organizações usam informação para aumentar sua vantagem competitiva ou implementar sua estratégia, como melhorar o serviço ao consumidor, controlar o custo, ou monitorar a qualidade. A sociedade também usa informações para comunicação, desenvolvimento econômico e aperfeiçoamento da qualidade de vida em geral. O exemplo dos gestores de negócios, os administradores públicos precisam diagnosticar suas necessidades de informação de maneira que possam executar suas funções apropriadamente. 61 Imagine uma cidade brasileira onde os ônibus públicos sejam equipados com um sistema de posicionamento global (GPS) melhorando os horários e serviços de transporte, permitindo que os passageiros tenham informações precisas de localização e horários de chegada do ônibus no ponto de embarque. O’brien (2004) apresenta um modelo expandido dos sistemas de informação na administração. 62 Figura 1 – Sistemas de informação na administração Os papéis de expansão dos sistemas de informação. Observe como os papéis dos sistemas de informação computadorizados têm se expandido no curso do tempo. Além disso, observe o impacto dessas mudanças sobre os usuários nais e gerentes de uma organização. Fonte: O’Brien (2004, p. 20). Com base em O’Brien (2004), em uma visão cronológica, até os anos 1960, o papel dos sistemas de informação era simples: processamento de transações, manutenção de registros, contabilidade e outros aplicativos de Processamento Eletrônico de Dados (EDP). Nos anos 1970, era evidente que os produtos de informação pré- especicados, resultantes desses sistemas de informação gerencial, não estavam atendendo adequadamente a muitas necessidades de tomada de decisão administrativas. 63 Nos anos 1980, surgiram vários papéis para o sistema de informação. Em primeiro lugar, o rápido desenvolvimento do poder de processamento do microcomputador, pacotes de software de aplicativos de redes de telecomunicações deram origem ao fenômeno da computação pelo usuário nal. Um novo papel importante para os sistemas de informação surgiu nos anos 1980 e continuou nos anos 1990. É o conceito de um papel estratégico para os sistemas de informação, às vezes, chamados sistemas de informação estratégica. Finalmente, nos anos 1990, o rápido crescimento da Internet, intranets, extranets e outras redes globais interconectadas tem alterado radicalmente o potencial dos sistemas de informação nos negócios à medida que entramos no século XXI. 64 10 Tecnologia da Informação 65 Tendo como ponto de partida o nal da década de 1970, quando ocorreu um aumento da complexidade das aplicações de TI nas organizações, e crescia também a preocupação dos gestores quanto à adoção da melhor forma de gestão para cada área funcional, assim como, para os prossionais de TI, conforme assegura Laurindo (2008). Para o autor, uma abordagem relativa à gestão da TI teve como objetivo estabelecer um modelo que pudesse mostrar a organização da TI e sua relação com o negócio da empresa, tendo em vista os estágios pelos quais ela passasse, como: introdução, desenvolvimento, crescimento, maturidade, etc. Veja que uma mesma empresa pode apresentar diferençasentre os estágios de informatização, dependendo da área de negócio ou função analisada. A informação pode ser vista sob três faces, sendo elas: valor, conceito e referência, e que foram trabalhadas em momentos distintos pela TI (Foina, 2001). Quanto ao Valor – primeira face a ser mecanizada pelos sistemas de computação, principalmente, nos sistemas corporativos e operacionais, como, folha de pagamento, contabilidade e controle de estoques etc. No que diz respeito à face Conceitual – se desenvolveu a partir da introdução das técnicas de modelagem de dados e banco de dados. E sobre a Referência – é formada pelos sistemas de informações gerenciais (SIG), sistemas de apoio à decisão, conforme gura a seguir. 66 Figura 1 - A Mecanização das Três Faces da Informação Fonte: Adaptado de Foina (2001). Sob a ótica de Laurindo (2008), a expressão Tecnologia da Informação tem a sua consolidação datada da década de 1980, os quais substituíram as antigas expressões informática e processamento de dados, termos tão conhecidos e disseminados. Complementando esse debate, Keen (1993) relata que Tecnologia da Informação abrange conceitos que não são claros e que estão em constante mudança, no que se refere a computadores, telecomunicações, ferramentas de acesso e recursos de informação multimídia. Avançando nos conceitos, Kenneth e Laudon (2014, p. 16 e 17) fazem a seguinte descrição sobre a tecnologia da informação, dizendo que “é uma das muitas ferramentas que os gerentes utilizam para enfrentar mudanças e complexidade. Hardware é o equipamento físico usado para atividades de entrada, processamento e saída de um sistema de informação. Consiste em computadores de vários tipos e formatos; diversos dispositivos de entrada, saída e armazenamento, e os dispositivos de telecomunicações que interligam todos esses elementos”. Ainda, nessa temática de apresentação, Laurindo (2008, p. 26) nos faz pensar sobre o conceito de Tecnologia da Informação (TI) sendo algo “mais abrangente do que os de processamento de dados, sistemas de informação, engenharia de software, informática ou o conjunto de hardware e software, pois também envolve aspectos humanos, administrativos e organizacionais” (Luftman et al., 1993); (Keen, 1993). 67 Tendo como parâmetro o entendimento de Alter (1992), o autor faz uma distinção entre Tecnologia da Informação e Sistemas de Informação, restringindo à primeira expressão apenas aos aspectos técnicos, enquanto a segunda corresponderia às questões relativas ao uxo de trabalho, pessoas e informações envolvidas. Todavia, um signicativo número de autores usa a expressão Tecnologia da Informação, abrangendo ambos os aspectos, como é o caso de Henderson, Venkatraman (1993), Keen (1993), Weil (1992), entre outros. Dessa forma, adotaremos aqui, para ns didáticos, o conceito mais abrangente de Tecnologia da Informação (TI), incluindo os sistemas de informação, o uso de hardware e software, telecomunicações, automação, recursos multimídia, utilizados pelas organizações para fornecer dados, informações e conhecimento, conforme pode ser observado em (Luftman et al., 1993); (Weil, 1992). Esta visão abrangente da TI está presente na noção de "convergência digital", uma expressão que tem sido muito usada na atualidade, seja na indústria de computadores (incluindo hardware e software), como na de telecomunicações. Os administradores utilizam a tecnologia da informação — compreendida como hardware, software e redes de telecomunicações — com a missão de satisfazer as suas necessidades de informação (Gordon, 2013). Ao pensarmos na abordagem de uma organização para competir no futuro, buscamos o pensamento de Galbraith (1995) descrevendo quais seriam as estratégias necessárias para gerenciar as organizações e dois aspectos merecem destaque que são: A tecnologia não somente como uma força isolada, como também, elemento de propulsão da competição global; Tecnologia da Informação que permite novas formas de organização, o que gera novos modelos de organização. Outro ponto de reexão aqui é sobre a tradicional forma de hierarquia das estruturas organizacionais, e que novas tentativas caminham no sentido de mais exibilidade do processo decisório. 68 É importante que você, acadêmico, compreenda que a tecnologia da informação é um elemento que pode ser crucial para a tomada de decisão no setor da saúde que é muito necessitado e dependente de informação precisa, e com tempo reduzido. Mas na prática não vemos essa realidade sendo aplicada com clareza. Os sistemas de saúde são complexos, fragmentados e os sistemas de informação, juntamente com a tecnologia da informação, não correspondem às necessidades. No entanto, pensando do ponto de vista dos direitos e necessidades humanas são belíssimas, podendo, por exemplo, fazer a documentação das desigualdades. Paralelamente, pode contribuir para fomentar e desenvolver as questões sociais e econômicas da população, permitindo, assim, o acesso irrestrito à informação. Para o autor, a hierarquia continua sendo a forma mais eciente de coordenação do comportamento independentemente da quantidade de pessoas. Ainda sobre tecnologia da informação pode ser entendida como pêndulo a favor dos mercados na escolha entre utilizar os mercados eletrônicos ou a hierarquia para coordenar decisões econômicas. Empresas no sentido amplo da palavra, aqui entendido como qualquer tipo de negócio, independentemente de tamanho, uxo de caixa, etc., quando estão livres de localização/instalação física, com ajuda facilitadora da tecnologia da informação pode se tornar cottage industries, ou fábricas domésticas, conhecidas também como empresas bonsai, de fundo de quintal, não no sentido pejorativo, mas como artesãos que fabricam qualquer tipo de coisa e vendem tudo, como, a utilização da tecnologia da informação (TI) e comunicação disponíveis no mercado. Portanto, essas empresas são mais coordenadas por força do mercado que compra pela internet, por meio de todas as gerações baby boomers, geração x, y e z, do que propriamente dito por grandes monopólios industriais e grandes marcas com seu poder de distribuição. 69 O ponto de inexão aqui e o grande desao é fazer com que o setor público possa criar mecanismos de debate, criação de implementação de estratégias e ações similares ao do setor privado, reservado às devidas proporções legais, sociais etc. O uso da tecnologia da informação e comunicação para caracterizar os municípios: quem são e o que precisam para desenvolver ações de governo eletrônico e smart city. Disponível em: As Tecnologias da Informação e da Comunicação ajudam trabalhadores a serem tão efetivos quanto possível, não importa onde estejam. O pessoal de vendas pode usar computadores laptop equipados com as informações mais atualizadas sobre os produtos e com software que lhe permita customizar (personalizar) soluções para atender às necessidades dos seus clientes mais exigentes. Eles podem obter a assistência de especialistas da sua organização por meio de links da Web ou chats. Eles podem analisar a situação de seus clientes potenciais, acompanhar as vendas, noticar a matriz sobre quaisquer mudanças em campo e receber ordens de seus superiores. Telefones celulares os mantêm em contato de voz e e-mail o tempo inteiro (Steven e Judith Gordon, 2006, p. 12). 70 Hoje, é possível compreender que as tecnologias da informação, bem como da comunicação os quais podemos denominar de Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC), é que elas servem como um suporte ao teletrabalho (home oce) podendo-se, assim, trabalhar em casa, satisfazendo às suas necessidades individuais, de suas famílias, e ao mesmo tempo reduzindo custos de espaço dos escritórios. É o que chamamos de “novo normal”, e que muitas empresas começam a rever todos os seus conceitos de trabalho, baseadas na abordagem tanto dos sistemas de informação como da TI. 71 11 E-Democracia e E-Participação 72 Com o advento da Constituição Federal de 1988, considerada a Constituição cidadã, e o incremento
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