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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
NO SETOR PÚBLICO
Professor Dr. Erick Dawson de Oliveira
Reitor
Márcio Mesquita Serva
Vice-reitora
Profª. Regina Lúcia Ottaiano Losasso Serva
Pró-Reitor Acadêmico
Prof. José Roberto Marques de Castro
Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Ação
Comunitária
Profª. Drª. Fernanda Mesquita Serva
Pró-reitor Administrativo
Marco Antonio Teixeira
Direção do Núcleo de Educação a Distância
Paulo Pardo
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfco
B42 Design
*Todos os gráfcos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a reerência. Inormamos
que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou orma sem autorização. A
violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Universidade de Marília
Avenida Hygino Muzzy Filho, 1001
CEP 17.525–902- Marília-SP
Imagens, ícones e capa: ©envato, ©pexels, ©pixabay, ©Twenty20 e ©wikimedia
F385m sobrenome, nome
nome livro / nome autor. nome /coordenador (coord.) - Marília:
Unimar, 2021.
PDF (00p.) : il. color.
ISBN xxxxxxxxxxxxx
1. tag 2. tag 3. tag 4. tag – Graduação I. Título.
CDD – 00000
BOAS-VINDAS
Ao iniciar a leitura deste material, que é parte do apoio pedagógico dos
nossos queridos discentes, convido o leitor a conhecer a UNIMAR –
Universidade de Marília.
Na UNIMAR, a educação sempre oi sinônimo de transormação, e não
conseguimos enxergar ummelhor caminho senão pormeio de um ensino
superior bem eito.
A história da UNIMAR, iniciada hámais de 60 anos, oi construída com base
na excelência do ensino superior para transormar vidas, com a missão
de ormar profssionais éticos e competentes, inseridos na comunidade,
capazes de constituir o conhecimento e promover a cultura e o intercâmbio,
a fm de desenvolver a consciência coletiva na busca contínua da valorização
e da solidariedade humanas.
A história da UNIMAR é bela e de sucesso, e já projeta para o uturo novos
sonhos, conquistas e desafos.
A beleza e o sucesso, porém, não vêm somente do seu campus demais de
350 alqueires e de suas construções uncionais e conectadas; vêm também
do seu corpo docente altamente qualifcado e dos seus egressos: mais
de 100mil pessoas, espalhados por todo o Brasil e o mundo, que tiveram
suas vidas impactadas e transormadas pelo ensino superior da UNIMAR.
Assim, é comorgulho que apresentamos a Educação a Distância da UNIMAR
com omesmo propósito: promover transormação de orma democrática
e acessível em todos os cantos do nosso país. Se há alguma expectativa
de progresso e mudança de realidade do nosso povo, essa expectativa
está ligada de orma indissociável à educação.
Nós nos comprometemos com essa educação transormadora,
investimos nela, trabalhamos noite e dia para que ela seja
oertada e esteja acessível a todos.
Muito obrigado por confar uma parte importante do seu
uturo a nós, à UNIMAR e, tenha a certeza de que seremos
parceiros neste momento e não mediremos esorços para
o seu sucesso!
Não vamos parar, vamos continuar com investimentos
importantes na educação superior, sonhando sempre.
Afnal, não é possível nunca parar de sonhar!
Bons estudos!
Dr. Márcio Mesquita Serva
Reitor da UNIMAR
Que alegria poder azer parte deste momento tão especial da sua vida!
Sempre trabalhei com jovens e sei o quanto estar matriculado
em um curso de ensino superior em uma Universidade de
excelência deve ser valorizado. Por isso, aproveite cada
minuto do seu tempo aqui na UNIMAR, vivenciando o ensino,
a pesquisa e a extensão universitária.
Fique atento aos comunicados institucionais, aproveite as
oportunidades, aça amizades e viva as experiências que
somente um ensino superior consegue proporcionar.
Acompanhe a UNIMAR pelas redes sociais, visite a sede
do campus universitário localizado na cidade de Marília,
navegue pelo nosso site unimar.br, comente no nosso blog
e compartilhe suas experiências. Viva a UNIMAR!
Muito obrigada por escolher esta Universidade para a
realização do seu sonho profssional. Seguiremos,
juntos, com nossa missão e com nossos valores,
sempre com muita dedicação.
Bem-vindo(a) à Família UNIMAR.
Educar para transormar: esse é o oco da Universidade de Marília no seu
projeto de Educação a Distância. Como dizia um grande educador, são
as pessoas que transormam o mundo, e elas só o transormam
se estiverem capacitadas para isso.
Esse é o nosso propósito: contribuir para sua transormação
pessoal, oerecendo um ensino de qualidade, interativo,
inovador, e buscando nos superar a cada dia para que você
tenha amelhor experiência educacional. E,mais do que isso,
que você possa desenvolver as competências e habilidades
necessárias não somente para o seu uturo,mas para o seu
presente, neste momento mágico em que vivemos.
A UNIMAR será sua parceira em todos os momentos de
sua educação superior. Conte conosco! Estamos aqui para
apoiá-lo! Sabemos que você é o principal responsável pelo
seu crescimento pessoal e profssional, mas agora você
tem a gente para seguir junto com você.
Sucesso sempre!
Profa. Fernanda
Mesquita Serva
Pró-reitora de Pesquisa,
Pós-graduação e Ação
Comunitária da UNIMAR
Prof. Me. Paulo Pardo
Coordenador do Núcleo
EAD da UNIMAR
006 Aula 01:
014 Aula 02:
020 Aula 03:
026 Aula 04:
033 Aula 05:
039 Aula 06:
045 Aula 07:
052 Aula 08:
056 Aula 09:
065 Aula 10:
072 Aula 11:
083 Aula 12:
094 Aula 13:
101 Aula 14:
109 Aula 15:
118 Aula 16:
Sistemas de Informação no Setor Público
Tecnologia da Informação no Setor Público
Gestão do Conhecimento
Planejamento de TI no Setor Público
Governança de TI
Tecnologia
Custos de SI Governamental
Tecnologias Emergentes
Sistemas de Informação
Tecnologia da Informação
E-Democracia e E-Participação
Tipos de Sistemas de Informação
Economia Globalizada
Governo Eletrônico
Comunicação no Setor Público
Ciberativismo
01
Sistemas de Informação no
Setor Público
6
Ao vericar o funcionamento de um setor especíco ou mesmo de um conjunto de
organizações, sejam elas públicas ou privadas, é possível observar a existência de
padrões na forma como os diversos recursos (procedimentos, uxos de trabalho,
equipamentos, informações e materiais, entre outros), em conjunto com as pessoas,
estão congurados, o que possibilita otimizar a alocação dos recursos, identicar
práticas comuns, realizar benchmarking e traçar padrões de trabalho.
Em estudos iniciais de Administração, é comum o contato com o termo sistema,
dada sua importância para o pensamento administrativo e para o entendimento de
como os gestores tendem a se comportar – o pensamento sistêmico. O setor público,
assim como a iniciativa privada, mais do que nunca necessita dos recursos
provenientes dos sistemas para tornar a gestão mais transparente a acessível às
diferentes camadas da sociedade.
De acordo com Perter Senge (1990), pensamento sistêmico uma forma de
análise e de uma linguagem para entender e descrever as forças e inter-
relações que moldam o comportamento dos sistemas. É o pensamento
que permite alterar os sistemas com maior ecácia e agir mais de acordo
com os processos do mundo natural e econômico.
Leia mais em:
7
Desta forma, podemos entender um sistema como um conjunto de partes e/ou
componentes que interagem entre si com o objetivo de atingir algo em comum
(LAUDON E LAUDON, 2010). Esse conceito também é aplicado em técnicas
administrativas, mas no dia a dia pode ser observado em diversos contextos, como
para entender o que é o sistema solar, o que é um sistema de trânsito e transportes
ou ainda o que é o sistema de saúde.
Ainda, conforme salienta Albuquerque (2011), um sistema comumente é composto
pelo modelo que contém os seguintes itens:
Entrada: se refere a tudo aquilo que compõem uma entrada na cadeia de valor, ou
seja, aquilo que é necessário para dar início às demais etapas, por exemplo: para um
sistema de saúde em âmbito hospitalar, é preciso que existam pessoas que
necessitemde atendimento, e essas pessoas são o recurso de entrada para o sistema
como um todo.
Processamento: o processamento se refere a tudo aquilo que é posto em estado de
modicação para que haja como resultado uma saída. Utilizando o exemplo do
sistema hospitalar, processamento são todas as etapas que se referem à triagem do
paciente, à consulta médica, à internação e ainda a seus recursos associados
(enfermeiros, técnicos, materiais). São recursos que permitem com que o
processamento do trabalho de atendimento seja realizado.
Saída: a saída, por sua vez, é o resultado do processamento, ou seja, no exemplo do
sistema hospitalar a saída pode ser uma receita médica ou um atestado de alta.
8
Cabe ressaltar que a saída de um sistema pode inclusive ser a entrada de
outro sistema, ou ainda a entrada dele mesmo em um novo ciclo,
comumente chamado de feedback ou retroalimentação.
Os sistemas podem também ser classicados como abertos (em que há interação
com o ambiente no qual está inserido) ou fechado (sem interação com o ambiente) e
permanentes (sem prazo para deixar de existir) ou temporários (com ciclo de vida
denido) (LAUDON E LAUDON, 2010).
Certamente, cada setor da Administração Pública possui, em algum grau, um sistema
em funcionamento, seja na saúde, na educação, no planejamento, na cultura e na
infraestrutura, entre outros. Contudo, é possível desenvolver modelos gerais
pensando nas interfaces do sistema de gestão pública, por exemplo, o Sistema Único
de Saúde (SUS), que tem por nalidade fornecer suporte e direcionamento aos
sistemas estaduais e municipais de saúde, assim como o próprio Governo Federal,
cujo Poder Executivo possui diversos subsistemas ligados a sua estrutura sistêmica
principal, a exemplo de cada Ministério e suas secretarias.
9
O Sistema de Informação (SI) é um tipo especializado de sistema formado por um
conjunto de componentes que têm por objetivo coletar dados e informações a m de
manipulá-los e processá-los para, nalmente, dar saída a novos dados e informações,
além de poder gerar conhecimento.
Em um sistema de informação, consideramos que as entradas são sempre
compostas por dados e/ou informações, e que em sua etapa de processamento, tais
dados e informações serão manipulados e transformados.
Assim como em sistemas de um modo geral, os sistemas de informações precisam
de recursos para seu funcionamento, sendo normalmente composto pelos seguintes
itens:
Assim como na iniciativa privada, os sistemas de informação no setor público visam
atender alguns objetivos organizacionais no nível operacional – composto pelos
sistemas de processamento de transações (SPT), no nível gerencial, composto pelos
sistemas de informação gerencial (SIG) e ainda no nível estratégico pelos sistemas de
apoio à tomada de decisão (SAD).
software (parte lógica do sistema, aplicações);
hardware (parte física do sistema (equipamentos, computadores);
banco de dados (recurso de software responsável por armazenar os
dados);
redes e telecomunicações (infraestrutura que permite a conexão
entre os componentes de hardware e software);
processos e procedimentos (instruções, regras, políticas);
pessoas.
10
No âmbito público, os agentes, seja no uso, manipulação, divulgação ou
contratação de serviços de informação devem resguardar os princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eciência
(princípios LIMPE).
Nove em cada 10 brasileiros já conhecem o Gov.br, plataforma única do
governo federal que reúne 4,2 mil serviços; Brasil tem o 16º melhor índice
de transformação digital do mundo
A transformação digital empreendida pelo governo brasileiro recebeu o
apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que acaba de
lançar uma linha de crédito de US$ 1 bilhão para impulsionar a
digitalização de serviços públicos em estados e municípios de todo o país.
O lançamento ocial ocorreu nesta terça-feira (20/4), no webinar ‘Governo
Digital: O que os brasileiros querem e como oferecer melhores serviços
públicos digitais’, que contou com a participação do secretário de Governo
Digital do Ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro.
“As políticas públicas em que o cidadão mais percebe os benefícios que
recebe são aquelas desenvolvidas de forma federativa, envolvendo União,
estados e municípios”, ressaltou Monteiro. “O Brasil já tem o 16º melhor
índice de transformação digital do mundo, acima de muitos países da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Temos de criar juntos um país digital”, destacou o secretário.
11
valor de US$ 28 milhões, terá prazo de amortização de 25 anos e período
de carência de cinco anos e meio. Contemplará os cidadãos e empresas
usuárias dos serviços do TJCE – um público estimado em 2,5 milhões de
pessoas – possibilitando ganho de tempo e redução de custos. Também
serão beneciados mais de 3,7 mil servidores públicos do TJCE com
capacitação em habilidades digitais.
“A transformação digital é uma condição sine qua non para estimular a
recuperação e assentar as bases de um crescimento em longo prazo,
sustentável e também inclusivo. Este é um dos pilares para a recuperação
da região e é absolutamente fundamental em nossa estratégia com o
Brasil. A transformação digital não é uma opção, é uma necessidade
básica e urgente que se fez mais evidente na pandemia”, armou o vice-
presidente de Países do BID, Richard Martinez. “Vai muito além da
digitalização. Estamos falando de uma mudança de cultura profunda,
transversal, que só é possível a partir de um ponto de vista integrado, de
um enfoque que inter-relacione as várias áreas em distintos âmbitos de
governo.”
Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado da
Administração (Consad), Fabrício Marques Santos, a Rede Gov.br, criada
pelo governo federal, ajudou a difundir as boas práticas da digitalização
entre as Unidades Federativas (UFs) e municípios. No entanto, alertou
para a importante missão desses entes de avançar ainda mais na agenda
da transformação digital em três áreas: Saúde, Educação e Segurança
Pública.
A linha de crédito – denominada Brasil Mais Digital – é voltada a projetos
de investimento e estará disponível por meio de três canais de alocação
de recursos: órgãos do governo federal, governos subnacionais (estaduais
ou municipais) e bancos de desenvolvimento nacionais ou regionais.
Quatro setores foram priorizados para integração e alinhamento das
políticas públicas: Infraestrutura Digital, Economia Digital, Governo Digital
e Fatores Habilitadores.
O estado do Ceará foi o primeiro a retirar o recurso, com um projeto que
visa melhorar a produtividade na prestação de serviços e a efetividade da
gestão do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE). O empréstimo, no
12
Gov.br é conhecido por nove em cada 10 pessoas
Na live também foi apresentada a pesquisa do BID sobre a Satisfação com
os Serviços Públicos Digitais, realizada com 13.250 pessoas em todo o
país. Segundo o estudo, nove em cada 10 entrevistados conhecem o
Gov.br – plataforma única do governo federal que reúne os mais de 4,2
mil serviços, sendo 67% deles já totalmente digitais. Entre os destaques
estão o Auxílio Emergencial, a Carteira Digital de Trânsito e a Carteira de
Trabalho Digital. Hoje, 98 milhões de pessoas estão cadastradas no
Gov.br.
“A população brasileira está pronta para mais e melhores serviços digitais
– 87% das pessoas entrevistadas têm acesso a wi- em casa e 95% pelo
celular. Uma parte da população já estava adaptada à transformação
digital antes da pandemia e uma parte importante conseguiu se adaptar
depois”, esclareceu o especialista em Modernização do Estado do Banco
Interamericano de Desenvolvimento, Mariano Lafuente, ao detalhar a
pesquisa.
Fonte: Disponível aqui
13
02
Tecnologia da Informaçãono
Setor Público
14
Podemos vericar a inuência da tecnologia nos mais diferentes contextos da nossa
sociedade. Seja nas atividades mais triviais como consultar a hora no trabalho, a
inovação tecnológica já faz parte de nossas vidas em seus mais variadosaspectos. No
setor público, isso não é diferente: com uma demanda crescente pela
prossionalização, transparência e eciência, a Tecnologia da Informação (TI) passou
a exercer um papel de protagonismo.
Não há como pensar na otimização dos serviços voltados à população sem que com
isso venha junto um pacote de tecnologias e inovações. No entanto, nem sempre é
natural o entendimento da atuação da TI na esfera pública.
De acordo com Belmiro N. (2015), podemos entender a tecnologia da informação (TI)
como todo conjunto de hardware e software que uma organização precisa para
atingir seus objetivos organizacionais. Isso inclui não somente computadores e
dispositivos de mídia, mas também componentes tais como discos de
armazenamento, sistemas de rede, sistemas operacionais e de tomada de decisão,
entre outros.
15
A tecnologia não somente otimiza os processos, mas muda a forma como vemos o
mundo e, para isso, não é suciente apenas adquirir as novidades mais sosticadas e
inseri-las no ambiente de trabalho sem planejamento nenhum. É necessário,
desenvolver, implementar e gerenciar a tecnologia — exatamente o papel que a
Tecnologia da Informação se propõe a cumprir.
Com o advento da internet, a redução dos valores de componentes eletrônicos e a
popularização dos dispositivos móveis, a tecnologia – e consequentemente à
informação – cou acessível à grande parte da população. Desta forma, cresceu não
só o interesse das pessoas pelo que está sendo feito nos órgãos de gestão pública
quanto a própria mudança nas legislações que caminham para o aumento da
transparência, e isso acelera o uso da tecnologia da informação no setor público.
Para Paludo (2012), a TI na gestão pública promove:
Assim, os principais benefícios da TI são: redução de custos e aumento da capacidade
de melhorar a qualidade e disponibilidade das informações e conhecimento não
somente para a organização, como também para todas as camadas da sociedade,
além da consequente melhoria e otimização dos processos.
redução do custo das operações e aumento da produtividade;
provimento de subsídio aos gestores para a elaboração de
estratégias;
facilidade e rapidez no desenvolvimento de atividades burocráticas;
facilidade na gestão dos meios de produção e dos negócios;
agilidade nos processos de comunicação e coordenação interna e
externa;
aumento na qualidade de produtos e serviços;
facilidade na circulação de informações intra e interorganizacionais;
auxílio no processo de tomada de decisão;
auxílio no controle de atividades descentralizadas em vários níveis
hierárquicos.
16
De uma maneira geral, mudanças costumam gerar resistência. A capacitação dos
servidores e as mudanças operacionais tendem a ser o primeiro desao a ser
superado com a inclusão de novas tecnologias no dia a dia dos trabalhadores. O
motivo é simples: as pessoas já estão familiarizadas com o seguimento dos processos
e se sentem inseguras com a adaptação e o uso das novas tecnologias. No entanto,
com o devido cuidado, é possível mostrar que as tecnologias agem principalmente
para otimizar as atividades de rotina.
Outro desao é estabelecer o monitoramento adequado das aplicações, dado que é
fundamental entender até que ponto elas estão sendo ecientes e o que pode ser
melhorado. Seja em um software ou na adoção de um novo dispositivo, qualquer
mudança exige estabelecer indicadores para avaliar seu desempenho, o que
contribui para a melhoria contínua dos serviços.
A segurança da informação também é uma das grandes preocupações da
atualidade, pois garantir proteção aos dados é fundamental, já que um
vazamento pode causar prejuízos incalculáveis à gestão pública e à
população.
Por m, um último desao é integrar diferentes softwares, plataformas, processos e
até mesmo departamentos. A TI deve enfrentar constantemente o desao de alinhar
as diferentes tecnologias e integrá-las em um mesmo sistema, de modo a facilitar o
controle e a gestão pública.
17
O termo Governo Eletrônico (do inglês e-gov ou electronic government), ou
Administração Pública Eletrônica, se refere ao uso da denominada
Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e Tecnologia da
Informação, para informar e divulgar serviços ou produtos do Governo à
população. Para isto, utiliza as ferramentas eletrônicas com o intuito de
aproximar os cidadãos dos órgãos governamentais. Dentre os recursos
utilizados podemos citar os sites, aplicativos para celulares e redes sociais
ou telefones de serviços. O objetivo do Governo Eletrônico é prover
informações e serviços às pessoas.
O conceito de Governo Eletrônico surgiu logo após o ano de 1993, com o
lançamento do primeiro sistema de browser, nos Estados Unidos. Na
época o então vice-presidente Al Gore, iniciou o primeiro Fórum Mundial
de Reinvenção de Governo, onde se propunha o investimento em novas
tecnologias nos sistemas de comunicação dos governos, para
acompanhar o surgimento da evolução do ciberespaço.
Outro signicado deste termo é a utilização da tecnologia para informar
24 horas por dia e sete dias por semana. Desta maneira o Governo abre
um espaço para ouvir, debater organizar informações da opinião pública.
Além da interação, o principal objetivo é a transparência e clareza das
informações, principalmente no quesito da administração de recursos
públicos.
Outro ponto importante no Governo Eletrônico é a integração entre os
poderes Legislativo, Executivo e demais esferas, desta maneira, é possível
habilitar um espaço para diálogo entre as partes, sem a necessidade da
presença física dos interessados.
Os serviços oferecidos na esfera do Governo Eletrônico podem ser:
Prestação de Contas, com a divulgação de informações e dados referentes
as despesas públicas, nanças, orçamentos aprovados, licitações em
andamento e contratos no geral. Esta ferramenta torna pública, as
informações e atividades da gestão do governo. O serviço de Requisições,
nas quais o cidadão pode requerer um tipo especíco de serviço ou
se queixar sobre um serviço atrasado. Com esta tecnologia, é
possível diminuir o tempo de resposta, tornando ágil o serviço público.
18
O Espaço para Discussão, também chamado de Fóruns, nos quais as
pessoas podem debater e opinar, ou ainda propor novas ideias. Assim, as
discussões podem ser levadas a público, o que as torna mais transparente
e menos burocrática. O Cadastro e Serviço Online também é uma
ferramenta de auxílio, por meio de softwares especícos, o Governo
disponibiliza serviços online para os cidadãos, como por exemplo, a
Declaração de Imposto de Renda, que pode ser feito através da internet,
sem complicação e a necessidade de enfrentar las para entregar os
documentos.
Fonte: Disponível aqui
19
03
Gestão do Conhecimento
20
Atualmente, entre os insumos de uma organização (materiais, equipamentos,
tecnologia, energia, informação, conhecimento, etc.), dois deles adquiriram especial
importância para o aumento da capacidade de gerar inovações e o consequente
aumento de competitividade frente ao mercado: informação e conhecimento. Seu
uso permite identicar mudanças nas necessidades dos consumidores, tendências
do mercado, potenciais novos mercados, entre outras.
Uma coisa interessante sobre o conhecimento é que, independentemente do
contexto da análise, trata-se de um conceito que não é simples de denir. Carvalho
(2012) destaca que certamente sabemos o que é o conhecimento, mas a diculdade
consiste em explicar o que é o conhecimento. Neste sentido, a m de facilitar e
distinguir os conceitos, é comum observar na literatura a separação entre dado,
informação e conhecimento. De maneira resumida Carvalho (2012), dene conforma
abaixo, vejamos:
Dado não é informação.
Informação não é conhecimento.
Conhecimento não é dado.
Evidentemente, tais denições são por muito simples, e cabe uma vericação mais
profunda do que cada item representa. Desta forma, seguindo Carvalho (2012),
podemos conceituar dado como um registro de um evento, ou seja, em uma escala
hierárquica, o dado é amenor unidade de armazenamento de um registro, porisso,
é o elemento mais fácil de ser armazenado, manipulado e transportado.
Informação, por sua vez, é um conjunto de dados dentro de um contexto. Ao dizer
que o dia está ensolarado, por exemplo, não temos muito mais dados para identicar
se há nuvens no céu, que horas são, em que local está o sujeito, mas básica e
intrinsecamente é possível perceber que o contexto e o dado (palavra) sugerem que
o sol está em preponderância naquele local.
21
Para Davenport e Prusak (2003), a transformação de dados em informação, se dá por
uma das seguintes formas:
Contextualização: denição da utilidade dos dados.
Categorização: denição das unidades de análise ou dos componentes dos
dados.
Cálculo: análise matemática ou estatística.
Correção: eliminação dos erros.
Condensação: síntese dos dados, que passam a ser concisos.
Já o conhecimento, pode ser entendido como a informação que, devidamente
tratada, tem potencial de mudar o comportamento do sistema em que está inserido.
Isso signica que, uma vez que a informação é tratada e incorporada, seja em
processos lógicos ou não lógicos, ou ainda adicionada a experiências anteriores,
valores, crenças ou outros elementos, adquire a capacidade de mudar o
comportamento daqueles que os detêm.
Segundo Davenport e Prusak (2003), a transformação da informação em
conhecimento ocorre da seguinte forma:
Comparação: considerar e analisar a informação em relação a outras
situações previamente conhecidas.
Consequência: constatar as implicações das informações nas tomadas de
decisão.
Conexões: estabelecer relações do novo conhecimento com o já acumulado.
Conversação: averiguar o que as outras pessoas pensam dessa informação.
Conhecimento pressupõe ação e trabalho humano, com o auxílio da Tecnologia da
Informação (TI) para acesso, coleta e armazenamento dos dados.
22
É possível gerenciar o conhecimento, e que é preciso diferenciá-lo dos
outros elementos intangíveis importantes – a informação – e valorizar a
riqueza e a qualidade dos dados. Gerenciar o conhecimento
organizacional passou a ter uma conotação mais abrangente, envolvendo
saber qual conhecimento deve ser almejado, como ele é criado e
convertido e como se prepara o ambiente da organização para melhor
aproveitar dele.
O uso da informação, entretanto, passa por alguns estágios, que vão desde a coleta,
o tratamento e o registro dos dados até as práticas que levam à aprendizagem da
organização com base em compartilhamento e retenção do conhecimento e
consequentemente na transformação do conhecimento em inovação. Strauhs (2012)
mostra a evolução e a relação da transformação do conhecimento em inovação em
relação à vantagem competitiva e aumento da inovação:
23
Figura 1 - Relação entre vantagem competitiva e a capacidade de inovar
Fonte: Strauhs (2012, p.13)
Dessa forma, a tradução das informações em conhecimento é a primeira condição no
processo de inovação. Ainda, o conhecimento pode ser dividido em tácito e explícito
(NONAKA; TAKEUCHI, 1997). O conhecimento tácito é aquele em que apenas os
indivíduos o detêm e é adquirido por meio do acúmulo de sua experiência, de forma
que não houve socialização para repasse daquilo que já se conhece, como, por
exemplo, um funcionário de torno mecânico que conhece muito sobre os processos
de torno que a empresa utiliza, mas não há nada documentado a respeito.
O conhecimento explícito, por sua vez, refere-se àquele tipo de conhecimento que já
está documentado e pode ser socializado entre as pessoas, o que facilita muito sua
comunicação.
24
O principal propósito da gestão do conhecimento é conectar as fontes de
geração com as necessidades de aplicação do conhecimento. Deve haver
facilidade na transferência do conhecimento da mente dos geradores
para as pessoas que o utilizam na execução da estratégia da empresa.
Para atender a esse propósito, a gestão do conhecimento necessita
cumprir quatro objetivos:
Capturar o conhecimento: esse objetivo pode ser alcançado ao criar
repositórios de informações estruturadas em documentos, memorandos,
relatórios, apresentações, manuais e artigos, que possam ser facilmente
resgatados conforme a demanda.
Melhorar o acesso ao conhecimento: esse propósito depende da
facilitação do seu acesso e da transferência entre as pessoas.
Aprimorar o ambiente organizacional: criando políticas de incentivo ao
compartilhamento do conhecimento entre as pessoas.
Valorizar o conhecimento disponível: algumas organizações estão
incluindo o capital intelectual em seus balanços, enquanto outras
aproveitam o ativo para gerar novas formas de receitas, reduzir custos e
inovar.
A gestão do conhecimento habilita as empresas em última instância para
a geração de valor e aumento da competitividade.
Fonte: Disponível aqui
25
04
Planejamento de TI no Setor
Público
26
Toda e qualquer organização precisa de planejamento para garantir que seus
objetivos sejam atingidos. Nessa missão, o planejamento é fundamental no
pensamento administrativo. É uma das funções administrativas básicas para o
desenvolvimento da função administrativa.
Entretanto, no setor público, tanto em seu âmbito geral como na aplicação de se uso
na gestão da tecnologia da informação, também é fundamental que o gestor público
da área de TI desenvolva um planejamento adequado para atingir os resultados e
maximizar a utilização dos recursos.
Rezende (2018) dene o planejamento como uma ferramenta administrativa que
possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos a serem tomados, construir um
referencial indicando as possibilidades de futuro, e se trata de um processo
deliberado e abstrato que, de maneira explícita e sistematizada, escolhe e organiza
ações, antecipando os resultados esperados. Nas organizações públicas, o
planejamento, em especial o estratégico, também é comumente chamado de plano
estratégico de governo.
27
Ademais, os órgãos públicos têm passado por um processo de reorganização e
informatização para possibilitar que as diferentes áreas passem a cumprir seus
processos de maneira ágil, qualicada e transparente. Neste sentido, o planejamento
de TI é algo naturalmente essencial para que o processo aconteça da melhor
maneira, pois será o responsável por nortear o trabalho da equipe responsável pela
coordenação de toda ação tecnológica dentro do órgão público.
Para tanto, conforme demonstra Chiavenato (2008), alguns elementos são essenciais
e devem estar presentes em tal plano, tais como as previsões de demanda, o
estabelecimento de métricas e indicadores e o diagnóstico das forças e fraquezas,
além de uma análise do ambiente interno e externo da organização.
Os órgãos públicos são compostos por várias áreas de trabalho, cabendo ao setor de
TI levantar as necessidades desses grupos em relação à tecnologia e à informação. O
objetivo é obter conhecimento sobre como funcionam os setores a m de direcionar
as ações que viabilizam a operação, melhoram o processo ou ainda aumentam a
eciência. Sendo assim, estar em contato permanente com gestores e outros
servidores é uma maneira de aproximar as áreas, prever as demandas e planejar a
alocação dos recursos que atenderá às necessidades de cada equipe.
É importante que o planejamento inclua uma macroanálise da instituição.
É preciso avaliar os pontos fortes e fracos do TI em relação ao negócio
para identicar o que deve ser mantido e/ou expandido e também aquilo
que deve ser corrigido.
Tal avaliação deve observar também o cenário externo, ou seja, como outros locais
públicos utilizam a TI para alcançar os objetivos da repartição, e internamente como
as coisas estão estruturadas no momento da análise. Ferramentas como a análise
SWOT são uma boa opção para este tipo de análise.
28
Você, em algum momento dos seus estudos, já viu ou vai ver o que é a
análise SWOT. Mas (re)veja aqui um material explicativo do Sebrae sobre
essa importante ferramenta de análise:
Uma vez realizado o diagnóstico inicial, é preciso denir os objetivos de curto, médio
e longo prazos, cuidando para que sejam estabelecidas métricas quesejam
abrangentes e estratégicas, ou seja, elas precisam estar conectadas ao que deve ser
feito e mirar no resultado desejado. As métricas devem direcionar as ações a serem
tomadas e colaborar para o estabelecimento dos prazos. Além disso, tais métricas
29
devem ser traduzidas em indicadores-chave (KPIs), anal, sem indicadores, não é
possível saber se a implementação de um sistema tecnológico, por exemplo, tem
tempo de resposta correspondente às demandas da população.
O planejamento estratégico de TI merece atenção dos gestores públicos para
compreender a administração do órgão em suas dimensões mais abrangentes, pois
planejar é a principal ferramenta responsável pela denição de objetivos, dos planos
e de como será acompanhada a execução deles.
Além disso, outros aspectos também são impactados pelo estabelecimento do
planejamento de TI, sendo o primeiro deles tornar a comunicação ubíqua, pública e
visível, princípio fundamental para a gestão pública, dada a necessidade de
transparência como um dos princípios norteadores do trabalho público.
30
Em atendimento ao princípio da eciência, a agilidade do órgão público
também é impactada pelo estabelecimento que atenda às necessidades
do setor no atendimento à sociedade, assim como a execução eciente do
que está previsto. Ter um bom planejamento de TI, portanto, auxilia na
resposta rápida às mudanças.
O valor do Planejamento Estratégico voltado para a fixação e mensuração
de resultados a curto, médio e longo prazos é fundamental não só para o
cumprimento das metas quantitativas, mas também, para o
estabelecimento de padrões de excelência no desempenho das atividades
desenvolvidas pela Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação
(CGTI).
A compreensão da natureza de cada corporação, autarquia ou empresa
pública, com sua missão e seus valores, é também fundamental para a
melhor adequação entre a cultura corporativa e a fixação e mensuração
de metas. Quais são nossos propósitos para o futuro próximo? Como
viabilizá-los? Qual é o nosso atual patamar? Quais são as limitações
atuais? E no horizonte de médio e longo prazos? Como prosseguirmos
com os progressos atingidos pelos resultados de nosso Planejamento
Estratégico?
Este é o maior desa o: fazer mais com menos. Esta apresentação nos
conduz, de maneira objetiva, ao equacionamento possível destes
questionamentos. A boa governança desta Instituição e suas múltiplas
áreas de atuação é o caminho para o adequado cumprimento da sua
missão de concessão de direitos e instrumento ao desenvolvimento
tecnológico industrial brasileiro.
[...]
31
O Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI) tem por
objetivo assegurar que as metas e objetivos da Tecnologia da Informação
(TI) estejam fortemente vinculados às metas e aos objetivos do negócio e
da estratégia da Instituição e, portanto, alinhado com seu Planejamento
Estratégico. Trata-se de um processo dinâmico e iterativo para estruturar
estratégica, tática e operacionalmente os sistemas de informação e a
infraestrutura de TI. O PETI estabelece metas para o futuro que visam dar
suporte a decisões e organizar prioritariamente as atividades necessárias
para a execução do planejamento institucional. Lastreada nos objetivos
Fonte: Disponível aqui
estratégicos, visando organizar e planejar os projetos, as ações e os
serviços, de maneira a potencializar sua contribuição para o uso eciente
dos recursos em prol da sociedade.
32
05
Governança de TI
33
A governança de TI é motivada por diversos fatores, e entre eles a transparência é
um dos mais importantes. Fernandes (2014) relaciona também os seguintes aspectos
como fatores motivadores da implantação da governança de TI:
Segurança da informação;
Integração tecnológica;
Marcos de regulação;
Dependências do negócio em relação à TI ou às necessidades do ambiente de
negócios.
De acordo com Weil e Ross (2004), a governança de TI pode ser conceitualizada como
um ferramental para a especicação dos direitos de decisão e responsabilidade,
visando incorporar comportamentos desejáveis no uso da TI.
Já para o IT Governance Institute (2007b):
A governança de TI é a responsabilidade da alta administração (incluindo
diretores e executivos), na liderança, nas estruturas organizacionais e
nos processos que garantem que a TI da empresa sustente as
estratégias e os objetivos da organização.
Por m, de acordo com a ISO/IEC 38500 (ABNT, 2009) a Governança de TI é o sistema
pelo qual o uso atual e futuro da TI são dirigidos e controlados. Signica avaliar e
direcionar o uso da TI para dar suporte à organização e monitorar seu uso para
realizar os planos – incluindo a estratégia e as políticas de uso da TI dentro da
organização.
No geral, podemos dizer que a Governança de TI não se refere somente à
implantação de melhores práticas, mas também dar direcionamento e
garantir o monitoramento e a segurança a m de atender as solicitações
do negócio por meio do uso da tecnologia da informação.
34
O principal objetivo da Governança de TI é alinhá-la aos requisitos de negócio, de
modo a fornecer soluções de apoio ao negócio, a garantia da continuidade dos
serviços e a minimização de riscos (FERNANDES, 2014).
Outros objetivos são:
Uma vez identicados os principais objetivos da Governança em TI e seus
desdobramentos, é preciso também visualizar quais domínios estão relacionados aos
processos de TI. Fernandes (2014) demonstra quatro grandes grupos de domínio e
seus principais componentes, conforme a gura a seguir:
Direcionar de forma clara o posicionamento da TI em relação a
outras áreas de negócio na organização;
Promover alinhamento entre as estratégias de TI e a de negócios;
Promover alinhamento entre a arquitetura de TI, sua infraestrutura
e as aplicações às necessidades de negócio;
Contribuir para a implantação e melhoria de processos e de gestão
tanto de TI quanto no suporte as necessidades de negócio;
Prover a TI da estrutura de processos necessária para garantir uma
gestão adequada de riscos em compliance com a continuidade
operacional da organização;
Promover o uso de regras claras para as responsabilidades
relacionadas às decisões e ações de TI.
35
Figura 1 - Componentes da Governança de TI
Fonte: Fernandes (2014, p.38)
A visão de Governança de TI também destaca ao menos quatro etapas no
estabelecimento de um ciclo de implantação:
1. Alinhamento estratégico e compliance;
2. Decisão, compromisso, priorização e alocação de recursos;
3. Estrutura, processos, operações e gestão;
4. Gestão do valor e desempenho.
O alinhamento estratégico e compliance, conforme Fernandes (2014) se refere ao
planejamento estratégico da tecnologia da informação, levando em consideração as
estratégias da empresa para seus vários produtos e serviços. Já a etapa de decisão,
compromisso, priorização e alocação de recursos se refere ao estabelecimento das
responsabilidades pelas decisões de TI em termos de arquitetura, sua infraestrutura,
investimentos e necessidade das aplicações, entre outros.
36
A etapa de estrutura, processos, operações e gestão, se refere a estrutura funcional e
organizacional da área de TI, bem como aos processos de gestão e operação dos
produtos e serviços de TI em relação aos objetivos de negócio. Por m, a gestão de
valor e desempenho refere-se à determinação e criação de quais indicadores serão
utilizados para medir os resultados dos processos, produtos de TI e a sua
contribuição à estratégia da organização.
37
Portal da Transparência e Governança – Governo Federal
A Governança de TI, sistema pelo qual o uso atual e futuro da TI é dirigido
e controlado, orienta a execução das ações e projetos de TI da empresa,
apresentando estratégias e planos de ação que visam direcionar esforços
e recursos para o atingimento dos objetivos de TI.
Para o Serpro o Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação –
PETI e o Plano Diretor de Tecnologia da Informação – PDTI são
instrumentos da governança, que promovem o alinhamento entre a
estratégia e a operação da empresa, dando transparênciaaos diferentes
atores envolvidos quanto ao direcionamento estratégico da alta
administração e aos seus desdobramentos na empresa.
Nesse sentido, o Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação –
PETI, norteado pelo Planejamento Estratégico, visa assegurar que o
direcionamento e a estratégia de Tecnologia da Informação estejam
fortemente vinculados às metas, aos objetivos de negócio e à estratégia
do Serpro. Por sua vez, o Plano Diretor de Tecnologia da Informação –
PDTI demonstra como a empresa prioriza seus investimentos e iniciativas
de TI, auxiliando na gestão dos recursos e processos de TI, que visam
atender às necessidades tecnológicas e de informação.
Neste contexto, com objetivo de promover a transparência, o Serpro
disponibiliza o PETI – PDTI Versão Resumida 2020 que, em um formato
objetivo e de fácil compreensão, expressa a visão de futuro da empresa
como um dos pilares da transformação digital do Governo, dando
sustentação à implementação de políticas públicas que contribuíram para
o êxito da gestão e da governança do Estado, em benefício da sociedade.
Fonte: Disponível aqui
38
06
Tecnologia
39
Presente no dia a dia, tanto nos negócios como na ciência, o termo tecnologia é
comumente empregado para indicar o resultado do processo de transformação do
conhecimento em uma aplicação prática. Assim, conforme Singo (2017), podemos
entender a tecnologia como um conjunto de habilidades baseadas em uma
disciplina que se aplica à construção de um produto ou mesmo de mercado em
particular, e não, necessariamente, apenas a aparelhos tecnológicos.
Longo (1984) também apresenta o conceito de tecnologia: “tecnologia é o conjunto
de conhecimentos cientícos ou empíricos empregados na produção e
comercialização de bens e serviços”. A conceituação de Blaumer (1964) apud Fleury
(1978) se concentra mais na fabricação, ou seja, “se refere ao conjunto de objetos
físicos e operações técnicas, sejam elas manuais ou mecanizadas, empregadas na
transformação de produtos em uma indústria”, também aderente ao que indica
Abetti (1989) apud Steensma (1996): “um corpo de conhecimentos, ferramentas e
técnicas, derivados da ciência e da experiência prática, que é usado no
desenvolvimento, projeto, produção, e aplicação de produtos, processos, sistemas
e serviços”.
O próprio uso do termo “gestão da tecnologia” tem relação com estes conceitos e
tem sido constantemente abordado na economia globalizada. Essa abordagem
surge, pois, para além dos autores apresentados e, em decorrência de movimentos
no campo da teoria organizacional das empresas, o aumento da produção de
escala e da própria revolução industrial acabam por inuenciar na utilização destas
nomenclaturas no dia a dia.
Tecnologia é o conjunto de conhecimentos cientícos ou empíricos
empregados na produção e comercialização de bens e serviços.
40
Na última metade do século XVIII, a máquina a vapor se constituiu como uma
importante inovação tecnológica, mecanizando o sistema produtivo, aumentando
signicativamente a produção, além de agilizar os meios de transporte, com as
ferrovias e a navegação (Silva, 2003). O próprio movimento da qualidade
empreendido por empresas japonesas, por volta da década de 1960, impulsionou o
desenvolvimento de novas tecnologias e os processos de inovação.
Em relação à sua abordagem prática e seu uso nas organizações, dependendo das
condições do ambiente, a tecnologia poderá ser desenvolvida internamente ou
absorvida externamente, através de contratos de pesquisa, licenciamento,
participação minoritária ou majoritária ou, ainda, na formação de “joint-ventures”.
Quando a tecnologia é desenvolvida internamente, é possível que se estenda ao
desenvolvimento de produtos e processos e, ao passo que venha a deter aceitação
do mercado, a organização adquire competência naquela tecnologia. Sendo assim,
essa capacitação tecnológica, assim como a capacidade de produzir tecnologia, está
diretamente associada a aspectos organizacionais que envolvem desde a
comunicação, a aprendizagem e, ainda, a interação colaborativa entre as pessoas
(Silva, 2003).
Portanto, pode-se dizer que ela tende a se desenvolver quando existe
um ambiente de conformação, o que leva a organização a adquirir
capabilidade para esse tipo de atividade, em outros termos, a empresa
desenvolver sua “capabilidade tecnológica”.
Esta característica, por sua vez, é implícita daquela organização, tratando-se de um
ativo tipicamente intangível, sendo muito mais difícil sua transferência para outras
organizações, pois é intrínseca daquele sistema. Esse aspecto da gestão da
tecnologia e de seus desenvolvimentos e aplicação em novos produtos é
fundamental para a empresa, pois, além de garantir sua competitividade,
proporciona um ambiente de constante inovação frente às necessidades.
Desta forma, podemos ainda entender que a transferência de tecnologia se
constitui em um aspecto complexo, variando em função da característica da
tecnologia a ser absorvida, a similaridade das organizações, e maior ou menor
capacidade para mudanças.
41
Por m, em uma análise sobre aquisição de competência técnica, através da
colaboração interorganizacional, sob o ponto de vista de aprendizado da
organização receptora, diversos níveis de colaboração (contrato de pesquisa,
licenciamento, investimento minoritário, joint-ventures, aquisição do controle)
podem ser encontrados (Singo, 2017).
Assim como o nível de aprendizado (simples, adaptativo, transição, criativo) é
fundamental para o desenvolvimento de tecnologia, concluindo que “quanto maior
o nível de aprendizado existente em uma empresa, maior sua capacidade de
assumir um compromisso interorganizacional de absorção de tecnologia”.
Presleyson Lima
Inovar signica fazer algo novo, mudar costumes e práticas, é realizar
alguma coisa de uma forma diferente do regular.
Já a inovação tecnológica refere-se especicamente às novidades com
relação à tecnologia. É ter uma abordagem nova e diferente com o
intuito de resolver algum problema, o que resulta em um novo produto
ou, então, em uma nova forma de realizar alguma coisa.
Nem preciso mencionar a quantidade de inovações tecnológicas que
aconteceram nos últimos anos.
Com a tecnologia, hoje, temos disponíveis diversos aplicativos que
facilitam a nossa vida. Conseguimos chamar um táxi de forma mais
eciente, trocar mensagens rápidas e gratuitas pelo celular, escutar
nossas músicas preferidas sem precisar comprar um CD, e muito mais.
A tecnologia permite que os novos carros sejam ainda mais ecientes,
que os equipamentos eletrônicos proporcionem mais praticidade ao
nosso dia a dia e que os eletrodomésticos triturem sem que nos
esforcemos muito e que fritem sem o uso de óleo.
42
exemplos de inovações tecnológicas.
Mas e como será o futuro das empresas com esse avanço?
Para algumas é uma preocupação e para outras é mais uma solução de
problemas. O fato é que os empreendedores devem começar a se
inteirar de tudo que está acontecendo, pois talvez precisem se preparar
para mudanças signicativas nos seus negócios.
Por isso, listei algumas dicas bem importantes para você se preparar
para o que está por vir:
1 – Tenha a mente aberta: Ficar pensando que a máquina vai
substituir o homem e se revoltar com isso não vai lhe ajudar em nada.
De fato, em algum momento, a máquina vai, sim, substituir o homem e
algumas funções provavelmente deixarão de existir, aliás, é isso que
vem ocorrendo com a humanidade há muitos e muitos anos. A
novidade é que esse avanço tem acontecido de forma cada vez mais
rápida.
Mas nunca encare isso como algo ruim. Na verdade, isso signica que a
nossa vida vai cada vez car mais simples, rápida e prática e, assim,
teremos mais tempo para focar em outras coisas.
Apesar do risco da eliminação de algumas prossões, em um mundo
totalmente tecnológico, outras até mais estratégicas irão surgir e quem
terá espaço nesse ambiente serão os melhores prossionais.
A máquina do estacionamento do shopping causou a demissão de
algumas pessoas, mas, por outro lado, gerou empregospara
prossionais de sistemas e de manutenção, que possuem um
conhecimento diferenciado para poderem acessar esse moderno
equipamento.
Vamos deixar isso mais interessante? Em pouco tempo, a moça do caixa
do estacionamento do shopping foi substituída por uma máquina.
Existem países em que não existe mais um prossional para receber o
dinheiro do pedágio e em alguns supermercados as compras são
passadas sem a necessidade de um funcionário.
Enm, se eu for listar todos os impactos da tecnologia, nos últimos
anos, esse texto não terá m, por isso, vou parar por aqui, mas, com
certeza, se você pensar um pouco vai encontrar mais um milhão de
43
Fonte: Disponível aqui
Aposte nesse investimento e pense nos benefícios que ele irá trazer
para a sua competitividade no mercado, para os seus clientes e para os
resultados do seu negócio.
3 – Não que para trás: Pode ter certeza de que enquanto você está
resistente às mudanças, o seu concorrente está aberto e pensando nas
estratégias para trazê-las para a realidade dele.
Você precisa estar antenado nas novidades não só do seu mercado,
mas a todas as inovações tecnológicas do mundo e se antecipar a elas.
Antes de elas começarem a surgir, estruture um projeto com os
impactos que terão para a sua empresa e para a sua equipe, e o quanto
você pode usufruir dessas novidades para melhorar os seus processos.
Se perceber que essa inovação tecnológica vai impactar o seu negócio,
você terá duas alternativas: a primeira é usá-la, mesmo que tenha que
alterar signicativamente o seu modelo de negócio e, a segunda é
pensar em um outro produto ou solução completamente diferente e
começar tudo do zero!
Considere que ter um negócio é sempre um risco e, por isso, algumas
vezes, ele precisa ser alterado ou até abortado. Isso faz parte da vida de
um empreendedor!
2 – Seja um gestor de negócios e inovação: Você não é um simples
líder, mas sim, um gestor de negócios e inovação, que pensa fora da
caixa e que, por isso, poderá trazer para a sua empresa ainda mais valor
com a tecnologia.
Esteja aberto às novidades e, dependendo da inovação tecnológica, não
pense duas vezes para implantá-la na sua empresa.
44
07
Custos de SI Governamental
45
A Tecnologia de Informação (TI) é das áreas mais dinâmicas da atualidade e, aos
poucos, percebe-se a tecnologia fortemente integrada a quase todos os aspectos
do cotidiano, assim como, os sistemas de informação. Enormes volumes de
recursos têm sido direcionados às áreas de TI, chegando a representar, em média,
cerca de 40% dos investimentos de capital de uma empresa (Carr, 2007).
Todo este investimento, além de resultados, precisa ter seus custos controlados e,
seja na iniciativa pública ou na iniciativa privada, mecanismos de gerenciamento de
custos precisam ser dimensionados e aplicados corretamente. Estabelecer os
custos de SI, no entanto, não é tão simples, faz-se necessário entender também
como está a estrutura de custos de TI para sua quanticação.
A relevância da gestão de custos de TI é evidenciada pelos diversos frameworks de
gestão de TI e de governança de TI, a exemplo do CobiT. O CobiT 4.1 (2007) sugere,
em um item especíco do domínio de Produção e Suporte (DS6), uma estrutura de
controle sobre o processo de identicação e alocação de custos de TI, conforme
demonstrado na Figura 1.
46
Figura 1 - Descrição do processo de identicação e alocação de custos de TI
Fonte: Kimura, et al. (2012, p. 63).
Como podemos observar, para identicar os custos de SI, é necessário também
conhecer a estrutura de TI da organização, a m de estabelecer os rateios
relacionados às áreas, de forma correta e, assim, associá-las às suas devidas contas
contábeis. Desta forma, portanto, ao estabelecer o custo de TI, é possível assegurar
a transparência e a captura do custo de SI correspondente.
Por meio da estrutura do CobiT, portanto, estabelece-se que um controle dos
custos de TI deve propiciar transparência e aprimorar o uso intensivo de recursos
de tecnologia. O próprio CobiT fornece algumas diretrizes para o estabelecimento
do controle de custos, como, por exemplo:
1. acurácia do levantamento de informação sobre custos de TI;
2. construção de um modelo de custo robusto;
3. estabelecimento de métricas para avaliação de desempenho das áreas de TI.
47
Figura 2 - Objetivos do controle de custos de TI
Fonte: Kimura, et al. (2012, p. 64).
Segundo o CobiT (2007), o modelo de custos deve envolver pelo menos 4
elementos, detalhados na Figura 2:
1. denição de serviços;
2. contabilização dos custos associados;
3. modelagem e cobrança de custos;
4. execução de procedimentos de manutenção do modelo de custos.
48
Por m, podemos vericar que a separação correta de custos contribui também
para a melhoria operacional e da prestação de serviços do governo, seja em termos
de eciência ou ecácia. O próprio governo federal tem empenhado esforços para
o desenvolvimento de um sistema de gestão de custos eciente, com capacidade
para absorver os custos das diversas áreas em que atua, o Sistema de Informações
de Custos do Governo Federal (SIC).
Como podemos observar, para identicar os custos de SI, faz-se
necessário, também, conhecer a estrutura de TI da organização, a m
de estabelecer os rateios relacionados às áreas, de forma correta e,
assim, associá-las às suas devidas contas contábeis.
49
1.1 - O que é o SIC?
O Sistema de Informações de Custos do Governo Federal (SIC) é uma
ferramenta tecnológica que tem a capacidade de integrar os principais
sistemas estruturantes do Governo Federal - SIORG, SIAPE, SIAFI e
SIGPLAN/SIOP - em uma única base de dados (data warehouse),
armazenando e reunindo as informações de custos que permitem o
apoio à tomada de decisões pelo gestor.
O SIC é o resultado da contribuição de várias iniciativas propostas por
diversos setores, órgãos, grupos de trabalho do setor público, de forma
geral, além da contribuição de pesquisas acadêmicas, culminando com
a evolução das tecnologias de informação e comunicação. A sua
estrutura está baseada em um modelo conceitual e sistêmico que
organiza as informações de custos recebidas dos sistemas
estruturantes do governo, especialmente os sistemas de informações
físicas e nanceiras.
A sua implantação permite a mensuração de custos sob a óptica
administrativa a partir dos órgãos centrais de planejamento,
orçamento, contabilidade e nanças. Com o objetivo de atender
uniformemente a todos os órgãos e entidades da estrutura federal,
possui como diferencial a capacidade de integrar diversos sistemas em
uma única base de dados.
2.1 - Quem gerencia o SIC?
Conforme a Lei n.º 10.180/2001 compete à Secretaria do Tesouro
Nacional (STN) tratar de assuntos relacionados à área de custos na
Administração Pública Federal. [...]
50
Fonte: Disponível aqui
3.1 - Criação do SIC
A criação de um Sistema de Custos na Administração Pública (incluindo
os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário) é um fato recente no
Governo Federal e data do ano de 2010. [...]
[...]
5.1 - Modelo Teórico e Ferramenta Tecnológica
No âmago das mudanças geradas pelas necessidades de aumento da
transparência governamental e accountability, dos novos desaos da
contabilidade pública e da busca por eciência...
6.1 - Detalhamento do Modelo Conceitual
Nas instituições públicas, o custo, como objetivo de desempenho, é
uma das principais ferramentas de apoio à gestão da república[...]
7.1 - Como obter acesso ao SIC?
O Sistema de Informações de Custos do Governo Federal – SIC passou a
integrar o conjunto de temas do Tesouro Gerencial, um novo sistema
lançado pela Secretaria do Tesouro Nacional –...
8.1 - Login
O SIC pode ser acessado por meio da página do Tesouro Gerencial, em
que o usuário informará CPF e senha para fazer o login.
51
08
Tecnologias Emergentes
52
O termo tecnologia está amplamente presente, tanto nos negócios como na ciência,
indicando o processo de transformação de um conhecimento em uma aplicação
prática, ou seja, podemos entender o conceito de tecnologia como um conjuntode
habilidades baseadas em uma disciplina que se aplica à construção de um produto
ou mesmo de mercado em particular.
Já a palavra emergente pode assumir vários signicados dependendo do contexto
em que está inserida, estando comumente associada às palavras, como procedente,
imediato, despontam, em desenvolvimento ou com grande potencial de crescer
(Singo, 2017).
Do ponto de vista do mercado, as tecnologias emergentes são todo tipo
de inovações técnicas, e que representam progresso dentro de uma área,
de modo a fornecer algum tipo de vantagem competitiva.
Desta forma, as tecnologias emergentes, normalmente, se encontram em situações
em que:
a. A base do conhecimento está em expansão;
b. A aplicação aos mercados existentes está em estágio de inovação ou;
c. Novos mercados estão sendo testados ou criados.
Ainda, tecnologias emergentes costumam ter como resultado a convergência
tecnológica de diferentes. Por convergência, podemos entender a junção de
tecnologias anteriormente separadas, como, voz, dados e vídeo, mas que atualmente
estão compartilhadas e encapsuladas em um serviço, como o de streaming, por
exemplo.
53
As tecnologias emergentes são todo tipo de inovações técnicas, e que
representam progresso dentro de uma área, de modo a fornecer algum
tipo de vantagem competitiva.
Uma vez identicada a conceituação do que podemos entender como tecnologias
emergentes, podemos vislumbrar sua apresentação na prática. O Conselho do Fórum
Econômico Mundial cataloga e apresenta algumas das tecnologias emergentes com
potencial para revolucionar o contexto industrial e econômico na atualidade. Em
2013, o relatório apresentou em sua lista dez principais tecnologias emergentes que
podem impactar diversas camadas da sociedade nos próximos anos, a saber:
Puricação de água energicamente eciente: Por se tratar de um problema
ecológico crescente, em muitas partes do mundo, processos de dessalinização da
água ou melhorias em sua reutilização na agricultura tem sido objeto de diversos
estudos ao redor do mundo.
Sensoriamento remoto: O uso de sensores tem mudado a maneira como a
indústria a as próprias pessoas têm se relacionado com o meio; a área de saúde tem
utilizado esta tecnologia para monitoramento de várias funções corporais, como,
frequência cardíaca, oxigenação do sangue e nível de açúcar no sangue. Além da
medicina, sensores também podem permitir que veículos se identiquem e sejam
programados para se tornarem autônomos.
Nutrição molecular: Outra tecnologia que tem alto impacto nas sociedades diz
respeito à nutrição molecular, técnicas modernas podem acabar com a desnutrição
que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. Por meio da identicação e
reprodução de proteínas naturais essenciais para o ser humano, a biotecnologia
promete levar a alimentação ao nível molecular.
54
Energia sem os: Somos profundamente dependentes de aparelhos elétricos. No
entanto, além dessa dependência, o uso de os se torna um gargalo para os
próximos avanços na área energética. O uso de energia sem o pode impactar não
somente as residências, mas os meios de transporte e a própria indústria.
Impressão 3D: Para além da criação de protótipos, a impressão 3D tem potencial
para se tornar a próxima grande técnica de fabricação em larga escala. Em
combinação com a biotecnologia, tal técnica pode revolucionar a maneira como se
executam transplantes e próteses. De acordo com o Fórum Econômico Mundial
(2013), esta ainda é uma tecnologia nascente, mas deve se expandir rapidamente na
próxima década com oportunidades e inovações que a aproximarão do mercado de
massa.
Materiais autorregenerativos: Outra aposta é a criação de materiais estruturais
“não vivos” capazes de se autorregenerar quando cortados, rasgados ou quebrados.
Um dos grandes potenciais dessa tecnologia seria melhorar a segurança de materiais
utilizados na construção civil, carros, aviões, entre outros.
Uso e conversão de gás carbônico: Gerenciar as emissões de dióxido de carbono é
um dos maiores desaos sociais, políticos e econômicos da atualidade. Uma
abordagem emergente inovadora para gestão de dióxido de carbono consiste em
transformá-lo de encargo em um recurso, como combustível para veículos.
Medicamento em nanoescala: Após décadas de pesquisas, cientistas vislumbram a
possibilidade de produzir medicamentos dentro do próprio corpo humano. De
acordo com dados do Fórum Econômico Mundial (2013), trata-se de medicamentos
produzidos em nível molecular, que agem apenas em torno da célula doente ou
mesmo no seu interior.
Reatores nucleares de quarta geração: De acordo com dados do Fórum Econômico
Mundial (2013), os reatores nucleares usam apenas 1% da energia potencial
disponível no urânio; sendo o restante transformado em lixo radioativo. As
promessas para esse problema são os reatores de quarta geração.
Eletrônica orgânica: O uso desta tecnologia se baseia no uso de materiais orgânicos,
tais como polímeros, para criar circuitos e dispositivos eletrônicos, o que tornaria os
produtos mais e potencialmente produzidos sob formas renováveis.
Cloud computing: Já em uso na atualidade, a computação na nuvem começou a
ganhar força em 2008 e refere-se, essencialmente, à noção de poder utilizar, em
qualquer lugar e independente de plataforma, aplicações por meio da internet sem
que sejam necessários grandes investimentos em infraestrutura local.
55
09
Sistemas de Informação
56
Para entender o conceito de Sistema de Informação, é preciso antes compreender o
que é um sistema: “trata-se de uma coleção signicativa de componentes inter-
relacionados que trabalham conjuntamente para atingir algum objetivo”
(Sommerville, 2004).
Chiavenato (1999) conceitua que sistema pode ter muitas conotações, mas
representa um conjunto interdependente e interagente ou um grupo de unidades
combinadas que formam um todo organizado. O ser humano, por exemplo, consiste
em um número de órgãos e membros que funcionam de modo coordenado.
De maneira similar, a organização é um sistema que consiste em um número de
partes interagentes. Portanto, um sistema é um todo organizado ou complexo; um
conjunto ou combinação de coisas ou partes, que formam um todo complexo ou
unitário.
O conceito de sistema é mais amplo quanto às suas características, tipos de sistemas;
físicos ou concretos, abstratos ou conceituais; sistemas abertos, sistemas fechados.
Entretanto, o nosso objetivo aqui é apresentar aos acadêmicos uma visão mais
conceitual de “sistemas” e focar mais na ideia dos sistemas de informações.
Um sistema de informações, de acordo com Gordon (2013), é que ele combina
tecnologia da informação com dados e procedimentos para processar dados e
pessoas que coletam e utilizam esses dados. O setor de recursos humanos, por
exemplo, pode ter um sistema de informações para rastrear empregados já
existentes ou potenciais, no que diz respeito ao histórico de trabalho, salários,
experiências, habilidades, treinamentos, avaliações de desempenho, combinando
todos eles e fornecendo relatórios aos gestores com dados resumidos e
consolidados.
57
Empresas como a Microsoft, tendo em vista a visão do autor, utiliza um sistema de
informações de RH armazenando, assim, informações de cada “colaborador”, tais
como, o número do seguro social, qual o supervisor, dados admissionais, folha de
pagamento, benefícios, férias, licença médica, e a situação do colaborador no
emprego, etc.
Esse exemplo pode servir como elemento base para que outras organizações possam
melhor administrar o setor de recursos humanos, assim como, outras áreas de forma
eciente, com dados precisos à tomada de decisões, com a ajuda dos “sistemas de
informações”.
Um sistema representa um conjunto de elementos dinamicamente inter-
relacionados em que a soma do todo é maior do que as partes analisadas
separadamente.
Por sua vez, Zwass (1998) dene sistema de informação como um conjunto
organizado de componentes para coletar, transmitir, armazenar e processar dados
de modo a fornecer informação voltada para ação.
Na visão de Laudone Laudon (2003), um sistema de informação seria um conjunto
de componentes inter-relacionados para coletar, recuperar, processar, armazenar e
distribuir informações com a nalidade de facilitar o planejamento, o controle, a
coordenação, a análise e a tomada de decisões nas organizações (em particular nas
empresas). Portanto, é uma visão bastante similar à de Zwass, porém mais
detalhada.
Todo sistema de informação compreende três partes básicas: a entrada de dados
brutos, o processamento destes dados em uma forma de maior utilidade, e a saída
de informações necessárias aos usuários e à organização. O processo pode ser
renado pelo mecanismo de feedback, pelo qual as saídas inuenciam as novas
entradas (Laudon e Laudon, 2003).
Para Gordon (2013, p. 9), “os Sistemas de Processamento de Transações (TPS)
processam e registram as transações de uma organização”, Uma transação é uma
unidade de atividade de negócio, tal como comprar um produto, fazer um depósito
bancário ou reservar uma passagem aérea. Processar uma transação inclui
atividades, tais como, gravar, arquivar e recuperar registros ou preencher formulários
58
de pedidos e cheques. Sistemas de processamento de transações dão suporte a
empregados de nível operacional no desempenho das funções rotineiras do negócio
através do fornecimento de dados para responder a perguntas.
Nos hotéis da Marriott International, agentes de reservas usam sistemas de
processamento de transações para reservar acomodações para os clientes. Gestores
de limpeza e arrumação podem usar sistemas de processamento de transações para
manter o acompanhamento de quais os quartos precisam ser limpos. Funcionários
da portaria usam sistemas de processamento de transações para registrar a entrada
dos clientes e indicar-lhes um quarto já limpo.
Pode-se compreender que os Sistemas de Processamento de Transações
transformaram o trabalho efetuado por funcionários de escritório e por outros
empregados de funções operacionais. E é possível que os funcionários façam a
entrada de dados de reservas de hotéis ou linhas aéreas diretamente nos meios
eletrônicos.
Sistema de informação: um entendimento conceitual para a sua aplicação
nas organizações empresariais. Disponível em:
Pensando nos Sistemas de Informações Executivas, eles fornecem as informações
que executivos do alto escalão precisam para rapidamente identicar problemas,
rastrear dados sobre tendências, comunicar-se com empregados e determinar
objetivos estratégicos. Esse tipo de sistema auxiliará os executivos a pesar e
balancear o desempenho da empresa por meio de um conjunto de perspectivas tais
como:
59
a. perspectiva nanceira, que trata da saúde nanceira da empresa,
b. perspectiva do cliente, que trata de valores para o cliente e satisfação do
cliente, perspectiva de processos internos, que trata da eciência dos
processos de negócio e
c. perspectiva de aprendizado e crescimento corporativos.
Os sistemas de informações executivas são frequentemente construídos para
satisfazer as necessidades de informação de um determinado executivo.
Paralelamente à temática de sistemas de informações, Steven e Judith Gordon (2006,
p. 5) trazem à tona que a tecnologia da informação permitiu que pessoas, grupos e
organizações zessem a gestão de suas informações ecaz e ecientemente. Pense
nas informações disponíveis na Internet e nas redes internas das empresas.
As tecnologias de informação facilitam as comunicações entre as pessoas dentro das
organizações e entre estas. Considere a habilidade de uma empresa para rastrear
milhares de produtos em seus depósitos e as vendas destes produtos em centenas
de pontos de venda. Avanços signicativos na tecnologia da informação tornaram
possível obter, gerir e usar quantidades enormes de informação a um custo
relativamente baixo.
60
Podemos compreender que os sistemas de informação envolvem
sistema de computador automatizado ou até mesmo um sistema
“manual” que pode contemplar pessoas e maquinários. Os sistemas de
informação capturam, armazenam, transmitem, recuperam, manipulam
ou apresentam informações. Enquanto a tecnologia da informação
representa a parte técnica que faz manter a gestão da informação, com a
utilização de vários dispositivos e equipamentos, a tecnologia da
informação é a infraestrutura que oferece o contexto físico para o
armazenamento e transmissão de dados e informações.
Primeiramente, abordamos, nesta aula, a temática de sistemas de informações, na
sequência, apresentaremos a “tecnologia da informação”.
O diagnóstico das necessidades de informação pode ocorrer nos níveis individual, de
gestão, organizacional ou social. Empregados devem determinar as informações de
que precisam para efetuar seus trabalhos, efetivamente. Gestores, geralmente, têm
necessidades de processamento de transações, controle nanceiro, gestão de projeto
e comunicações, entre outros. Organizações usam informação para aumentar sua
vantagem competitiva ou implementar sua estratégia, como melhorar o serviço ao
consumidor, controlar o custo, ou monitorar a qualidade.
A sociedade também usa informações para comunicação, desenvolvimento
econômico e aperfeiçoamento da qualidade de vida em geral. O exemplo dos
gestores de negócios, os administradores públicos precisam diagnosticar suas
necessidades de informação de maneira que possam executar suas funções
apropriadamente.
61
Imagine uma cidade brasileira onde os ônibus públicos sejam equipados
com um sistema de posicionamento global (GPS) melhorando os horários
e serviços de transporte, permitindo que os passageiros tenham
informações precisas de localização e horários de chegada do ônibus no
ponto de embarque.
O’brien (2004) apresenta um modelo expandido dos sistemas de informação na
administração.
62
Figura 1 – Sistemas de informação na administração
Os papéis de expansão dos sistemas de informação. Observe como os papéis dos
sistemas de informação computadorizados têm se expandido no curso do tempo.
Além disso, observe o impacto dessas mudanças sobre os usuários nais e gerentes
de uma organização. Fonte: O’Brien (2004, p. 20).
Com base em O’Brien (2004), em uma visão cronológica, até os anos 1960, o papel
dos sistemas de informação era simples: processamento de transações, manutenção
de registros, contabilidade e outros aplicativos de Processamento Eletrônico de
Dados (EDP). Nos anos 1970, era evidente que os produtos de informação pré-
especicados, resultantes desses sistemas de informação gerencial, não estavam
atendendo adequadamente a muitas necessidades de tomada de decisão
administrativas.
63
Nos anos 1980, surgiram vários papéis para o sistema de informação. Em primeiro
lugar, o rápido desenvolvimento do poder de processamento do microcomputador,
pacotes de software de aplicativos de redes de telecomunicações deram origem ao
fenômeno da computação pelo usuário nal.
Um novo papel importante para os sistemas de informação surgiu nos anos 1980 e
continuou nos anos 1990. É o conceito de um papel estratégico para os sistemas de
informação, às vezes, chamados sistemas de informação estratégica. Finalmente, nos
anos 1990, o rápido crescimento da Internet, intranets, extranets e outras redes
globais interconectadas tem alterado radicalmente o potencial dos sistemas de
informação nos negócios à medida que entramos no século XXI.
64
10
Tecnologia da Informação
65
Tendo como ponto de partida o nal da década de 1970, quando ocorreu um
aumento da complexidade das aplicações de TI nas organizações, e crescia também
a preocupação dos gestores quanto à adoção da melhor forma de gestão para cada
área funcional, assim como, para os prossionais de TI, conforme assegura
Laurindo (2008).
Para o autor, uma abordagem relativa à gestão da TI teve como objetivo
estabelecer um modelo que pudesse mostrar a organização da TI e sua relação
com o negócio da empresa, tendo em vista os estágios pelos quais ela passasse,
como: introdução, desenvolvimento, crescimento, maturidade, etc. Veja que uma
mesma empresa pode apresentar diferençasentre os estágios de informatização,
dependendo da área de negócio ou função analisada.
A informação pode ser vista sob três faces, sendo elas: valor, conceito e referência,
e que foram trabalhadas em momentos distintos pela TI (Foina, 2001).
Quanto ao Valor – primeira face a ser mecanizada pelos sistemas de computação,
principalmente, nos sistemas corporativos e operacionais, como, folha de
pagamento, contabilidade e controle de estoques etc.
No que diz respeito à face Conceitual – se desenvolveu a partir da introdução das
técnicas de modelagem de dados e banco de dados.
E sobre a Referência – é formada pelos sistemas de informações gerenciais (SIG),
sistemas de apoio à decisão, conforme gura a seguir.
66
Figura 1 - A Mecanização das Três Faces da Informação
Fonte: Adaptado de Foina (2001).
Sob a ótica de Laurindo (2008), a expressão Tecnologia da Informação tem a sua
consolidação datada da década de 1980, os quais substituíram as antigas
expressões informática e processamento de dados, termos tão conhecidos e
disseminados.
Complementando esse debate, Keen (1993) relata que Tecnologia da Informação
abrange conceitos que não são claros e que estão em constante mudança, no que
se refere a computadores, telecomunicações, ferramentas de acesso e
recursos de informação multimídia.
Avançando nos conceitos, Kenneth e Laudon (2014, p. 16 e 17) fazem a seguinte
descrição sobre a tecnologia da informação, dizendo que “é uma das muitas
ferramentas que os gerentes utilizam para enfrentar mudanças e complexidade.
Hardware é o equipamento físico usado para atividades de entrada,
processamento e saída de um sistema de informação. Consiste em computadores
de vários tipos e formatos; diversos dispositivos de entrada, saída e
armazenamento, e os dispositivos de telecomunicações que interligam todos esses
elementos”.
Ainda, nessa temática de apresentação, Laurindo (2008, p. 26) nos faz pensar sobre
o conceito de Tecnologia da Informação (TI) sendo algo “mais abrangente do que
os de processamento de dados, sistemas de informação, engenharia de software,
informática ou o conjunto de hardware e software, pois também envolve aspectos
humanos, administrativos e organizacionais” (Luftman et al., 1993); (Keen, 1993).
67
Tendo como parâmetro o entendimento de Alter (1992), o autor faz uma distinção
entre Tecnologia da Informação e Sistemas de Informação, restringindo à
primeira expressão apenas aos aspectos técnicos, enquanto a segunda
corresponderia às questões relativas ao uxo de trabalho, pessoas e
informações envolvidas. Todavia, um signicativo número de autores usa a
expressão Tecnologia da Informação, abrangendo ambos os aspectos, como é o
caso de Henderson, Venkatraman (1993), Keen (1993), Weil (1992), entre outros.
Dessa forma, adotaremos aqui, para ns didáticos, o conceito mais abrangente de
Tecnologia da Informação (TI), incluindo os sistemas de informação, o uso de
hardware e software, telecomunicações, automação, recursos multimídia, utilizados
pelas organizações para fornecer dados, informações e conhecimento, conforme
pode ser observado em (Luftman et al., 1993); (Weil, 1992).
Esta visão abrangente da TI está presente na noção de "convergência
digital", uma expressão que tem sido muito usada na atualidade, seja
na indústria de computadores (incluindo hardware e software), como na
de telecomunicações. Os administradores utilizam a tecnologia da
informação — compreendida como hardware, software e redes de
telecomunicações — com a missão de satisfazer as suas necessidades
de informação (Gordon, 2013).
Ao pensarmos na abordagem de uma organização para competir no futuro,
buscamos o pensamento de Galbraith (1995) descrevendo quais seriam as
estratégias necessárias para gerenciar as organizações e dois aspectos merecem
destaque que são:
A tecnologia não somente como uma força isolada, como também, elemento
de propulsão da competição global;
Tecnologia da Informação que permite novas formas de organização, o que
gera novos modelos de organização. Outro ponto de reexão aqui é sobre a
tradicional forma de hierarquia das estruturas organizacionais, e que novas
tentativas caminham no sentido de mais exibilidade do processo decisório.
68
É importante que você, acadêmico, compreenda que a tecnologia da
informação é um elemento que pode ser crucial para a tomada de
decisão no setor da saúde que é muito necessitado e dependente de
informação precisa, e com tempo reduzido. Mas na prática não vemos
essa realidade sendo aplicada com clareza. Os sistemas de saúde são
complexos, fragmentados e os sistemas de informação, juntamente
com a tecnologia da informação, não correspondem às necessidades.
No entanto, pensando do ponto de vista dos direitos e necessidades
humanas são belíssimas, podendo, por exemplo, fazer a documentação
das desigualdades. Paralelamente, pode contribuir para fomentar e
desenvolver as questões sociais e econômicas da população,
permitindo, assim, o acesso irrestrito à informação.
Para o autor, a hierarquia continua sendo a forma mais eciente de coordenação
do comportamento independentemente da quantidade de pessoas. Ainda sobre
tecnologia da informação pode ser entendida como pêndulo a favor dos mercados
na escolha entre utilizar os mercados eletrônicos ou a hierarquia para coordenar
decisões econômicas.
Empresas no sentido amplo da palavra, aqui entendido como qualquer tipo de
negócio, independentemente de tamanho, uxo de caixa, etc., quando estão livres
de localização/instalação física, com ajuda facilitadora da tecnologia da informação
pode se tornar cottage industries, ou fábricas domésticas, conhecidas também como
empresas bonsai, de fundo de quintal, não no sentido pejorativo, mas como
artesãos que fabricam qualquer tipo de coisa e vendem tudo, como, a utilização da
tecnologia da informação (TI) e comunicação disponíveis no mercado.
Portanto, essas empresas são mais coordenadas por força do mercado que compra
pela internet, por meio de todas as gerações baby boomers, geração x, y e z, do que
propriamente dito por grandes monopólios industriais e grandes marcas com seu
poder de distribuição.
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O ponto de inexão aqui e o grande desao é fazer com que o setor público possa
criar mecanismos de debate, criação de implementação de estratégias e ações
similares ao do setor privado, reservado às devidas proporções legais, sociais etc.
O uso da tecnologia da informação e comunicação para caracterizar os
municípios: quem são e o que precisam para desenvolver ações de
governo eletrônico e smart city. Disponível em:
As Tecnologias da Informação e da Comunicação ajudam trabalhadores a serem
tão efetivos quanto possível, não importa onde estejam. O pessoal de vendas pode
usar computadores laptop equipados com as informações mais atualizadas sobre
os produtos e com software que lhe permita customizar (personalizar) soluções
para atender às necessidades dos seus clientes mais exigentes.
Eles podem obter a assistência de especialistas da sua organização por meio de
links da Web ou chats. Eles podem analisar a situação de seus clientes potenciais,
acompanhar as vendas, noticar a matriz sobre quaisquer mudanças em campo e
receber ordens de seus superiores. Telefones celulares os mantêm em contato de
voz e e-mail o tempo inteiro (Steven e Judith Gordon, 2006, p. 12).
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Hoje, é possível compreender que as tecnologias da informação, bem
como da comunicação os quais podemos denominar de Novas
Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC), é que elas servem
como um suporte ao teletrabalho (home oce) podendo-se, assim,
trabalhar em casa, satisfazendo às suas necessidades individuais, de
suas famílias, e ao mesmo tempo reduzindo custos de espaço dos
escritórios. É o que chamamos de “novo normal”, e que muitas
empresas começam a rever todos os seus conceitos de trabalho,
baseadas na abordagem tanto dos sistemas de informação como da TI.
71
11
E-Democracia e
E-Participação
72
Com o advento da Constituição Federal de 1988, considerada a Constituição cidadã, e
o incremento

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