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JUSTIFICADA_OAB10_002_1-20

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OAB – Exame de Ordem 2010.1 Caderno AFONSO ARINOS – 19 –
||C|| - Opção incorreta. Leia-se o que dispõe a Lei 8.112/1990:
“Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por
infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-
servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo
prazo de 5 (cinco) anos. 
 Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal
o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão
por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. 
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
 I – crime contra a administração pública; 
 IV – improbidade administrativa; 
 VIII – aplicação irregular de dinheiros públicos; 
 X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
nacional; 
 XI – corrupção;” */
||D|| - Opção incorreta. Leia-se o que dispõe a Lei 8.112/1990:
“Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão
seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5
(cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor
não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. 
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos
retroativos.” */
QUESTÃO 50
Assinale a opção correta no que se refere à revogação dos atos
administrativos.
A A revogação do ato administrativo produz efeitos ex tunc.
B Atos vinculados não podem ser objeto de revogação.
C A revogação pode atingir certidões e atestados.
D Atos que gerarem direitos adquiridos poderão ser revogados.
||JUSTIFICATIVAS||
||A|| - Opção incorreta. A revogação do ato administrativo produz
efeitos ex nunc.
Doutrina: Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito
administrativo. 22.ª ed., p. 249.*/
||B|| - Opção correta. Os atos vinculados não podem ser objeto de
revogação porque não possuem margem de discricionariedade, ou
seja, não há aspectos relativos à oportunidade e conveniência.
Doutrina: Idem , ibidem .*/
||C|| - Opção incorreta. A revogação não pode atingir tais atos
(certidões, atestados etc), já que os efeitos deles decorrentes são
oriundos de lei e dizem respeito a situações fáticas imodificáveis
pela vontade da Administração Pública.
Doutrina: Idem , ibidem , p. 250.*/
||D|| - Opção incorreta. Tais atos não podem ser revogados (o
juízo de conveniência e oportunidade da administração não pode
atingir os direitos adquiridos).
Doutrina: Idem , ibidem .*/
QUESTÃO 51
Acerca da desapropriação e dos institutos a ela relacionados,
assinale a opção correta.
A Tratando-se de desapropriação por utilidade pública para a
realização de obra, as áreas contíguas necessárias à execução
da obra poderão ser abrangidas pela desapropriação,
independentemente da inclusão dessas áreas na declaração de
utilidade pública. 
B A fase declaratória, durante a qual o poder público manifesta
sua vontade na futura desapropriação, é iniciada com a
declaração expropriatória e formalizada por meio de ato
exclusivo do chefe do Poder Executivo federal, estadual ou
municipal; por isso, não pode o dirigente máximo de autarquia
ou de agência reguladora, por exemplo, expedir declaração
expropriatória. 
C O decreto expropriatório caduca no prazo de cinco anos caso a
desapropriação por utilidade pública não seja efetivada mediante
acordo ou judicialmente, sendo o termo final desse prazo, para
as desapropriações que correrem na via judicial, o do trânsito em
julgado da ação de desapropriação. 
D No caso de imissão prévia na posse, na desapropriação por
necessidade ou utilidade pública e interesse social, havendo
divergência entre o preço ofertado em juízo e o valor do bem, os
juros moratórios destinam-se a recompor a perda decorrente do
atraso no efetivo pagamento da indenização fixada na sentença;
desse modo, só serão devidos esses juros se o pagamento não for
feito até 1.º de janeiro do exercício seguinte àquele em que o
pagamento deveria ter sido feito. 
||JUSTIFICATIVAS||
||A|| - Opção incorreta. O art. 4.º do DL 3.365/1941 dispõe em sentido
contrário: “A desapropriação poderá abranger a área contígua
necessária ao desenvolvimento da obra a que se destina, e as zonas
que se valorizarem extraordinariamente, em consequência da
realização do serviço. Em qualquer caso, a declaração de utilidade
pública deverá compreendê-las, mencionando-se quais as
indispensáveis à continuação da obra e as que se destinam à
revenda.”*/
||B|| - Opção incorreta. Há casos na legislação brasileira em que o
dirigente máximo de autarquia ou agência reguladora tem a atribuição
de promover a declaração expropriatória. É o caso, por exemplo, do
DNIT e da ANEEL. Nesse sentido, Carvalho Filho. Manual de
direito administrativo. 13.ª ed., 2005, p. 641.*/
||C|| - Opção incorreta. Nos termos do art. 10 do DL 3.365/1941, deve
ser efetivada ou “intentar-se judicialmente”, ou seja, deve-se contar
até o ajuizamento (Carvalho Filho. Op. cit., p. 643).*/
||D|| - Opção correta. São os conceitos que se podem extrair dos arts.
15-A e 15-B do DL 3.365/1941.
“Art. 15-A. No caso de imissão prévia na posse, na desapropriação
por necessidade ou utilidade pública e interesse social, inclusive para
fins de reforma agrária, havendo divergência entre o preço ofertado
em juízo e o valor do bem, fixado na sentença, expressos em termos
reais, incidirão juros compensatórios de até seis por cento ao ano
sobre o valor da diferença eventalmente apurada, a contar da imissão
na posse, vedado o cálculo de juros compostos.”
“Art. 15-B. Nas ações a que se refere o art. 15-A, os juros moratórios
destinam-se a recompor a perda decorrente do atraso no efetivo
pagamento da indenização fixada na sentença final de mérito, e
somente serão devidos à razão de até seis por cento ao ano, a partir
de 1.º de janeiro do exercício seguinte àquele em que o pagamento
deveria ser feito, nos termos do artigo 100 da Constituição.”*/
QUESTÃO 52
Com relação aos bens públicos, assinale a opção correta.
A Por terem caráter tipicamente patrimonial, os bens de uso comum
do povo podem ser alienados. 
B Os bens dominicais são indisponíveis.
C A lei que institui normas para licitações e contratos da
administração pública (Lei n.º 8.666/1993) define regras para a
alienação dos bens públicos móveis e imóveis.
D Ocorre a desafetação quando um bem público passa a ter uma
destinação pública especial de interesse direto ou indireto da
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