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Estratégias para a sustentabilidade urbana

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Estratégias para a sustentabilidade urbana
Prof.º Tulio Galvão Vidal Correa
Descrição
Organização de ideias e metas tendo como base a orientação da
ideologia sustentável no âmbito da construção e planejamento urbano,
explorando as estratégias contemporâneas no repertório dos estudos
das cidades.
Propósito
Demonstrar as diversas estratégias para o desenvolvimento das cidades
contemporâneas, alinhando metas e soluções para a problemática
ambiental, permitindo ao estudante incorporar ao seu repertório
assuntos inerentes ao desenvolvimento urbano do século XXI, para o
mundo e para a realidade brasileira.
Objetivos
Módulo 1
Elementos da cidade e suas problemáticas
Reconhecer a problemática urbana dos elementos da cidade, sua
história, comportamento e uso, considerando o papel do cidadão na
cidade sustentável.
Módulo 2
Agenda 21 e o desenvolvimento urbano
sustentável
Compreender as metas e os parâmetros da Agenda 21 e seus
impactos no surgimento das estratégias de sustentabilidade.
Módulo 3
Conceito e legislação da cidade sustentável
Analisar os conceitos e dados legislativos por meio de estudos da
cidade sustentável.
Módulo 4
Estratégias brasileiras para o
desenvolvimento sustentável
Definir uma base de justificativas para o planejamento estratégico e
sustentável das cidades brasileiras.
Introdução
A vida em sociedade, para o século XXI, está prestes a sofrer uma
guinada, uma reorientação radical nos pensamentos evolutivos.
As determinações econômicas e políticas para o mundo recriam

o pensamento evolutivo das metrópoles e estabelecem novas
regras de implementação de estratégias para as cidades, sempre
valorizando a vida humana, o confronto, a segurança e, acima de
tudo, o bem estar. É fato que as metrópoles do mundo inteiro têm
sofrido críticas quanto à forma de vida e cuidados do bem
público, principalmente dento dos parâmetros ambientais. Mas, a
comunidade internacional tem se mobilizado e os governos de
vários países têm buscado formas de conter os agentes nocivos
para o meio ambiente, em um esforço conjunto com a população.
No Brasil, não seria diferente. Em nossa nação, várias ações têm
surtido efeito, em ritmo lento, sim, mas caminhando para
soluções e estratégias legislativas, políticas, econômicas e
sociais, a fim de criar um ambiente salubre, agradável e saudável.
Neste conteúdo, vamos ver diversas estratégias, conhecer um
pouco sobre a sustentabilidade, o urbanismo consciente e as
relações dos habitantes das metrópoles.
1 - Elementos da cidade e suas problemáticas
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a problemática urbana dos elementos
da cidade, sua história, comportamento e uso, considerando o papel do cidadão na cidade
sustentável.
Características inerentes das cidades
e metrópoles
Relação entre espaço e território
Projetar uma cidade é um dos maiores desafios da vida de um arquiteto.
A escola de planejamento urbano recria sensações bastante distintas
em detrimento aos projetos arquitetônicos de um modo geral. Além das
questões técnicas, é preciso estar atento ao desafio de se projetar para
um público extremamente abrangente e em constante mudança.
Um dos quesitos mais relevantes para o arquiteto urbanista é, na
verdade, a compreensão do tempo.
Fazendo uma comparação rápida, vamos imaginar o plantio de uma
árvore em um jardim. Apesar dos anseios e sonhos, a árvore tem seu
tempo, sua estrutura e essas variáveis mudam de acordo com sua
forma de alimentação, condições de fixação, entorno e cuidados. E, até
mesmo, a defesa de pragas. O planejar de uma cidade não é muito
diferente.
Compreender que a cidade é um organismo vivo, que ocupa o território
destinado a ela, favorecendo seu crescimento, é um fardo a se tratar
quando planejamos o espaço urbano.
Porém, esse não é o maior desafio. Porque, na verdade, a cidade,
diferentemente da árvore citada, já existe. Resta ao planejador conhecer
seu método de crescimento e, então, propor intervenções viáveis que a
favorecerão a longo prazo.
E, acima de tudo, deve fazer jus ao seu próprio território, ocupando-o de
acordo com a expressão da sociedade daquele momento, sabendo que
algumas mudanças requerem a espontaneidade do habitante e seu
valor com a cidade que é seu lar.
Uso e ocupação do solo: densidade urbana
A cidade deve ser realmente tratada como organismo vivo. Em suas
veias, estradas, ruas e vias, correm seus organismos menores, que,
apesar de suas vidas independentes, a cidade necessita de cuidados
para sobreviver.
Os projetos urbanísticos têm uma metodologia simples: eles atuam
criando meios de circulação, equipamentos públicos e áreas específicas
e ficam a cargo dos habitantes fazer a sua ocupação. Para o urbanista
sustentável, vale quase o mesmo.
Porém, a diferença está na percepção de valor e
evolução, interceptando um comportamento da
sociedade e prevendo uma evolução. As ações não são
meramente pontuais, elas envolvem uma abrangência
coletiva, intensificando a percepção de valor.
Por vezes, a intenção projetual pode ser interessante. Mas, a ansiedade
da construção, sem fazer antes uma avaliação criteriosa das
necessidades e condições da população, pode provocar alguns
desastres urbanísticos. É o caso de cidades fantasma, como a cidade
de Kilamba, na Angola.
Cidade de Kilamba em Angola (uma cidade fantasma).
A cidade de Kilamba, na verdade, é uma região planejada, criada para
desafogar o centro já caótico de Luanda, em 2011. Uma das intenções
do projeto era mostrar que uma cidade planejada poderia absorver uma
boa parcela da população. Foram criadas na área 2800 moradias,
divididas em blocos e quadras, bem semelhante ao modelo modernista.
Infelizmente, o ocorrido se deu em uma época que já havia sido
comprovada sua defasagem.
Comentário
Seu planejamento demonstra que a iniciativa urbanística sem um plano
adequado pode causar um esvaziamento do espaço. A cidade
modernista, que avaliava sua ocupação a partir de torres e regiões de
funções, tomava o carro como referência de transporte. O urbanista
sustentável, por outro lado, já pensa no pedestre como protagonista
principal do uso do espaço. Se fosse planejada por um urbanista
sustentável, a cidade de Kilamba poderia ter se organizado em núcleos
heterogêneos, de uso misto, favorecendo a movimentação de pedestres
e ligando os núcleos por meio de transporte público. Esse é o
planejamento do século XXI.
Características da paisagem urbana
A paisagem urbana é a forma de o habitante ver a cidade. Toda
paisagem possui seus elementos de destaque, formadores da
linguagem vista pelo habitante. Um desses elementos, principalmente, é
o ponto de vista.
Para o urbanista sustentável, o ponto de vista principal deveria ser o
pedestre. O solo, ocupado pelo vazio, elabora, da melhor maneira
possível, os espaços e organiza os volumes, criando uma memória
única do espaço.
Para Gehl (2013), a cidade deve ser sempre vista pelo
observador, e não pelo instrumento aéreo. Muitos
urbanistas tratam o território como uma pintura,
estipulando espaços e ocupações, acima de tudo, sem
muita preocupação com a qualidade da percepção da
paisagem.
Para o urbanista sustentável, a paisagem é fundamental. Os volumes
arquitetônicos tornam-se barreiras visuais e orientativas da linguagem
do espaço. A preocupação do arquiteto urbanista sustentável é
compreender a maneira como as sensações do espaço podem ser
passadas, como veremos nas imagens a seguir.
O olhar do pedestre é determinante na percepção da paisagem urbana.
Habitabilidade do espaço urbano e
sua relação com o cidadão
Breve histórico das habitações no Brasil
Ao longo da história, o homem absorve, para dentro da sua habitação,
sua necessidade de abrigo, tanto para proteção quanto para conforto.
Com a evolução, acrescentamos outros conceitos, como bem-estar,
estética e conforto ambiental.
A habitação tem a sua história um pouco reversa em nosso país, onde
outros parâmetros, como a função, foram mais relevantes.Mesmo
assim, podemos começar pelo regionalismo. É claro que cada região
teria sua própria estratégia para o lugar, deixando arquitetos distraídos
no chinelo.
Casa de colono brasileira, sertão baiano.
Cada habitação segue criteriosos argumentos a depender da região, e
assim tem sido desde a oca nacional, símbolo de um povo nômade e
caseiro, até a cabana do colono, com influências de tecnologias
temporais, mas adaptada ao ambiente novo.
Sabia-se, por exemplo, que ao abrir uma janela, permitiria mais
ventilação e menos umidade.
Conhecia-se a relação das chuvas, detectando onde essas aberturas
seriam feitas, impedindo o ar de retirar a pouco umidade, ou então
aumentá-las.
É a partir da ocupação do território que percebemos algumas
mudanças. Em um salto, iremos direto às grandes cidades em
crescimento, como Rio de Janeiro, São Paulo, São João Del Rey,
Salvador, entre outras. Essas cidades assumem uma roupagem mais
alinhada com seu povo colonizador: os portugueses. Eles agregaram
valores europeus à cidade, criando a expectativa do sobrado, de uso
misto, e detalhes peculiares da arquitetura portuguesa. Detalhes que
foram utilizados em vários desses lugares. Urbanisticamente, torna-se
um “manual” da identidade arquitetônica, típica desses grandes centros.
É nesse ponto que vemos uma identidade nacional se perder
gradativamente. Enquanto olhávamos para a Europa, víamos nossas
características antenadas às soluções que o meio nos fornecia, e
olhávamos para os modelos que tinham suas características próprias,
também voltados a seus meios próprios. Deixamos de lado nossa
sustentabilidade rudimentar e assumimos a identidade de alguém.
Infelizmente, isso trouxe consequências.
Re�exão
Assim, praticávamos a ruptura de nossos próprios valores, em
detrimento à arquitetura estrangeira (franceses, portugueses, italianos,
alemães e outros povos). Era também uma ruptura do pensamento de
conexão com o regional.
Discussão da ocupação do solo: conforto espacial
Se o olhar para o passado não reforça a qualificação do volume
arquitetônico com a identidade espelhada, a compreensão da paisagem
com certeza o fará. Basta uma breve atenção às principais cidades do
país e é notável a qualidade de metrópole que assumimos. Ao que
parece, ser uma cidade grande exige uma roupagem, uma linguagem a
qual se atribui os grandes edifícios e os grandes e clausurados
corredores entre si.
Urbanistas discutem periodicamente sobre a ocupação do sol nas
cidades. O método vigente reforça a ocupação ordenada, geométrica, de
fácil cálculo e fiscalização. Mas, a iniciativa sustentável considera outro
modo.
Bairro italiano contemporâneo, sustentável e minimalista.
Durante alguns anos, a verticalização das cidades foi considerada um
tabu. Símbolo de uma onipotência corporativa, as edificações de grande
porte sempre se impuseram perante as construções, em uma escala
menos agressiva. Na contramão desse modelo, arquitetos-
ambientalistas questionaram o modo de vida urbano e passaram a
defender uma vida mais próxima ao chão.
Para o arquiteto sustentável do século XXI, a estratégia é outra. Em vez
de uma distribuição homogênea do espaço, a estrutura hoje defendida é
de uma cidade compacta, que determina a criação de núcleos de
edificações e espaços abertos, impelindo a construção para
multifuncionalidades, estimulando seu uso em estruturas heterogêneas,
criando um relacionamento mais estreito.
Essa estratégia pode ser compreendida quando entendemos o habitante
urbano do século XXI como mais ativista, colaborativo e coletivo do que
a geração anterior.
A arquitetura sustentável do século XXI.
Caminhabilidade e segurança: o enclausuramento social
Caminhabilidade viável na cidade
sustentável
Neste vídeo, apresentaremos uma das estratégias mais desafiadoras
para o urbanismo sustentável, que é a caminhabilidade, ou seja, a forma
de usar o espaço público com segurança e conforto.

É nessa estrutura ainda frágil que o urbanista sustentável caminha. A
transição de ideologias é uma realidade, porém lenta. Vamos aprofundar
nosso estudo e provocar nosso olhar urbanista.
Devemos considerar, de princípio, um fato: a estrutura conectada da
cidade compacta reage ao pedestre.
Uma das estratégias do urbanismo sustentável é a caminhabilidade, ou
seja, a capacidade de caminhar entre suas necessidades, evitando o uso
de carros, e estimulando o passeio, a calçada, o veículo de emissão zero
e o transporte coletivo de massa. Em nossa atual realidade, o conceito
de caminhabilidade encontra resistência devido a um fator simples:
segurança.
Caminhabilidade e integridade com o transporte público.
A sensação de insegurança é o que mais aflige os brasileiros nas
grandes metrópoles. O modelo sustentável sugere justamente que a
população faça o que ela não quer fazer: ir à rua. Não à toa,
empreendimentos altamente criticados, principalmente pelo comércio,
ganham vida, como shopping centers e hipermercados. Em seu circuito
normal, o indivíduo sai de sua casa, na segurança de seu carro, vai até
um estabelecimento comercial, fechado, faz suas atividades, e volta, de
carro, para sua casa. Está criada uma barreira, uma bolha, destacando o
cidadão da rua.
A iniciativa sustentável procura quebrar esse ciclo, levando o habitante
até a rua, demonstrando o encontro social e ocupando esse espaço,
abandonado pela sensação da violência. Uma vez ocupado, ele se torna
vivo, pulsante. De acordo com Ghel (2013):
Cidades devem incitar planejadores
urbanos e arquitetos e reforçar o
pedestre como uma política da
cidade integrada para desenvolver
cidades animadas, seguras,
sustentáveis e saudáveis. É
igualmente urgente fortalecer a
função social do espaço da cidade
como um lugar de reunião que
contribui para os objetivos da
sustentabilidade social e uma
sociedade aberta e democrática.
(GHEL, 2013, p.6)
Responsabilidades do habitante da
metrópole
Seria o habitante da cidade responsável pelo espaço?
Responsabilidade precisa ser algo concreto. Não é uma ideologia, é um
compromisso, uma peça fundamental no relacionamento entre o
planejador sustentável e a vida urbana.
Para o arquiteto sustentável, as noções de pertencimento e de valor
tornam-se uma estratégia de viabilidade do pensamento colaborativista
para a cidade. É nessa sensação de pertencimento que o habitante se
relaciona ao espaço público, compelindo para si os direito e deveres de
cuidar e manter seu espaço.
O sentimento de valor e pertencimento em pequenas atitudes.
Embora seja dever do Estado a manutenção do espaço público,
limpando, promovendo melhorias e promovendo segurança, é atuante
para o habitante a compreensão de que a cidade também é sua.
A prática de depredação não só é crime, como é uma prática
condenável. Porém, o abandono também deveria ser considerado de tal
forma.
O espaço público pertence ao cidadão. Diante do pensamento
colaborativista das gerações do século XXI, exercer sua cidadania
auxilia na transmissão de uma mensagem. Mesmo a estrutura urbana
da cidade compacta promove isso, quando o núcleo urbano
compactado oferece melhor forma de perceber o ambiente, já que a
paisagem urbana é mais acessível, dentro de sua alçada, sensivelmente
“abraçável”, mais próxima de seu quintal do que um território vasto e
inacessível.
Sensação de pertencimento: espaços públicos e privados na
cidade
A sensação de pertencer ao lugar não é algo imediato. Requer tempo.
Muitas vezes, temos a sensação de pertencer ao lugar pela vida toda.
Talvez seja verdade, afinal, nossa história está atrelada ao lugar, e acaba
por conectar as memórias às vivências no mesmo ambiente.
Porém, há quem argumente que adotar o pertencimento para visitantes
ou mesmo habitantes que não se identifiquem com o lugar é quase
impossível.
A relação pública e privada é parte do pertencer.
De certa forma, talvez o pertencimento esteja vinculado à própria
percepção do lugar. Herzberger (2015) argumenta sobre isso, ao falar da
relação entre públicoe privado.
Essa relação sutil determina até onde o indivíduo encontra permissão
para usar determinado ambiente.
De maneira prática, permissão ao lugar não está vinculada apenas aos
avisos ou portas fechadas. Para o habitante, morador da região, a rua é
uma extensão de seu quintal. O visitante, seja ele externo ou de outra
região da cidade, deve respeitar seus domínios. De certa forma, apesar
de públicas, a rua e a vizinhança ganham área ao pertencer a alguém, de
ter um gestor, um tutor para o espaço.
Antes e depois do pensamento colaborativo
Para as gerações do século XXI, uma das principais metas diz respeito
ao colaborativismo. O pensamento coletivo é essência básica, e
também uma das bases da sustentabilidade. Nesse ambiente, o
pensamento geracional proporciona uma base de pertencimento maior
do que das gerações anteriores.
É importante ressaltar que colaborativo não
necessariamente significa igualitário, mas está
relacionado à concepção do espaço público, da
amizade com o vizinho, das possibilidades de
pertencer e se deixar fazer parte de um grupo mais
unido.
Essa relação evolui gradualmente e se integra de forma sutil à
sociedade atual.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Definir a sensação de segurança é o que mais aflige os brasileiros
nas grandes metrópoles atualmente. Empreendimentos ganham
vida, como shopping centers e hipermercados, e são alvos de
severas críticas para quem defende a vizinhança. A partir disso,
dentro do pensamento sustentável, a solução seria:
A
Permitir que esses empreendimentos pudessem
agregar a função de moradia, assim ninguém
precisaria ir à rua.
B
Incentivar o uso do espaço público, do retorno à rua,
correlacionando os encontros sociais com suas
atividades diárias.
C
Determinar organizações de grupos sociais
específicos, para sair à rua em grupos grandes,
Parabéns! A alternativa B está correta.
A sustentabilidade sugere que a ocupação da rua é determinante
para a diminuição da violência e aumento da sensação de
segurança, pois uma rua movimentada, viva, inibe assaltos e torna a
vida na cidade mais alinhada.
Questão 2
Embora de responsabilidade do governo e dos núcleos municipais,
a manutenção da rua é um dever de todos. Cuidar do espaço
público é essencial para manter a sensação de pertencimento, o
que constitui um dos pilares do urbanismo sustentável. A partir
disso, a melhor forma de se tornar um hábito para os cidadãos está
na opção:
evitando a violência.
D
Organizar a metodologia das entregas delivery, pois
assim, não há risco das pessoas se encontrarem.
E
Se o assunto é segurança, sair à rua é errado, pois
assim os assaltos diminuem, desestimulando os
assaltantes.
A
Organizar agendas e protestos de fiscalização das
forças municipais para manter o espaço sempre
organizado.
B
Criar um grupo de força-tarefa para varrer as ruas e
recolher o lixo, já que a prefeitura não faz.
C
Distribuir tarefas a todos os moradores da
vizinhança; quem não participar deve se mudar para
outro lugar.
Parabéns! A alternativa D está correta.
Incentivar o próximo é uma das diretrizes da iniciativa sustentável,
criando o hábito e a noção de ação colaborativa para todo o espaço
público. Uma das maneiras é dando o exemplo, praticando ações
benéficas para todos os habitantes.
2 - Agenda 21 e o desenvolvimento urbano sustentável
Ao �nal deste módulo, você será capaz de compreender as metas e os parâmetros da Agenda
21 e seus impactos no surgimento das estratégias de sustentabilidade.
Entendendo as origens do
pensamento sustentável
Conferências mundiais de desenvolvimento e meio ambiente
D Promover ações de cuidados e manutenção
simples, como limpezas, e orientando outros
cidadãos a seguirem o exemplo.
E
Incentivar jovens e idosos a praticarem ações na rua
a fim de convencer as gerações intermediárias,
sedentárias por costume.
Que a relação entre meio ambiente, sustentabilidade e sociedade não
anda fácil é perceptível. Não é de hoje que discutimos bastante sobre
meio ambiente, ao ponto de incutir uma ideia até mesmo em quem não
percebe o mundo a sua volta. É só ver, às vezes, a dúvida que pessoas
têm quando se deparam com vários tipos de lixeiras em alguns
estabelecimentos.
É nesse contexto que temos o “despertar ecológico”,
ou seja, um gatilho científico para compreender que o
estado do meio ambiente podia ser mais permanente
do que se previa. Avanços tecnológicos, pesquisas de
manejo, compressão do meio natural e análises
atmosféricas tornaram possível questionar alguns
comportamentos.
Foi a partir daí que movimentos, principalmente vinculados a
pesquisadores, incentivaram governos a procurarem meios de menor
impacto e formas alternativas de desenvolvimento. Esses movimentos,
liderados pela Organização das Nações Unidas (ONU), iniciaram uma
série de conferências sobre o meio ambiente.
As principais conferências ambientais internacionais foram:
1972
Conferência de Estocolmo,
realizada na Suécia.
1979
Primeira Conferência Mundial
sobre o Clima, realizada em
Genebra.
1992
Conferência das Nações Unidas
sobre o Ambiente e
Desenvolvimento, conhecida
l d
Entre as conferências, acontecem, anualmente, as COPs (Conferências
das Partes), que são relatórios anuais de progressos e análises sobre as
estratégias e metas então fixadas.
Os participantes da COP21 definiram os termos do Acordo de Paris.
A COP1 aconteceu logo depois da Rio92 e estamos atualmente na
COP26, que deve ampliar ainda mais as metas para vários setores de
ação.
Uma das COPs mais importante foi a COP21, que definiu o Acordo de
Paris, reforçando as metas de redução de emissões de gases e taxas de
uso de carbono.
Conceito de sustentabilidade e suas diferentes versões
como Eco92 ou Rio92, realizada
no Rio de Janeiro.
2002
Cúpula Mundial sobre o
Desenvolvimento Sustentável, a
Rio+10, realizada em
Johanesburgo, na África do Sul.
2012
Conferência da ONU sobre o
Desenvolvimento Sustentável,
realizada no Rio de Janeiro.
Sustentabilidade já foi definida inúmeras vezes. Como é um termo
recente, cunhado na Rio92, na década de 1990, já esboçado como o
conhecemos hoje, teve sua definição ajustada ao longo dos anos e
conferências realizadas.
Inicialmente, sustentável estava ligado à capacidade de se manter, de
permanecer. Havia um pensamento ao qual ainda não estava ligado ao
meio ambiente. Na década de 1990, durante a Conferência das Nações
Unidas para desenvolvimento e meio ambiente, ele foi pela primeira vez
relacionado à ecologia e ao meio ambiente. Ganhou força, naquele
momento, até ser conhecido como hoje.
Saiba mais
Ao longo das próximas reuniões, lhe foram atribuídas as características
ambientais, de desenvolvimento e sociabilidade. Agregado ao termo
“desenvolvimento”, em meados dos anos 1980, a terminologia
“desenvolvimento sustentável” passou a ser sinônimo de crescimento
alinhado às necessidades dos povos e do planeta e um grito de socorro,
ecoado fortemente.
Hoje é peça chave na elaboração de projetos e ações em todas as
áreas. Não há nada que não venha ou exija o selo “sustentável”.
Na sua essência, sustentabilidade é a compreensão do consumo
excessivo e a preservação de recursos para geração futuras.
Agentes de sustentabilidade
Os agentes de sustentabilidade são responsáveis na fiscalização de
ações sustentáveis e voltadas para o desenvolvimento. Devem estar
atentos às mudanças climáticas e às suas causas, organizando práticas
de desenvolvimento e promovendo conscientização e intenções de ação
para com a população. De certa maneira, durante alguns anos, foram
denominados “ecochatos”, devido à fama de protestadores contra a
indústria e o governo.
Via de regra, a sociedade do século XXI será formada por agentes de
sustentabilidade. São gerações (Alpha e Z) preocupadas com o futuro,
com o planeta em que vivem. Seu padrão da vida já é voltado para a
organização das práticas de desenvolvimento sustentável.
EducaçãoAmbiental: uma necessidade?
O termo, relativamente novo, é um dos mais promissores agentes de
educação e sustentabilidade. Essa ideologia já permeia escolas
primárias e outras entidades, e busca, por meio da conscientização, que
outros grupos sociais absorvam parte dessa ideologia.
A educação ambiental trabalha os conceitos de sustentabilidade, ecologia e meio ambiente.
Atualmente, a educação ambiental, de certa forma, não se tornou uma
disciplina, mas um conteúdo que permeia as diversas áreas do
conhecimento.
Dentro do ensino da arquitetura, por exemplo, está presente em todas as
etapas projetuais.
Importância da educação ambiental
para o futuro sustentável
Neste vídeo, vamos aprender quais os fatores que levam a educação
ambiental no sistema de ensino nacional a ser um dos mais importantes
agentes de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável para o
século XXI.
Características, agentes e estratégias

da Agenda 21
O que é a Agenda 21?
É um dos principais resultados da Rio92 ou Eco92 e marcou um degrau
importante na escalada sobre discussões de meio ambiente. Inspirada
na Conferência de Estocolmo, onde a Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente foi criada, a Rio92 foi um fórum internacional importante.
O desenvolvimento da Agenda 21 começou, na verdade, em 1989, com a
realização de assembleias extraordinárias para a discussão sobre o
meio ambiente, culminando em 1992, quando ainda teria revisões
periódicas posteriores.
Como as estratégias da Agenda 21 agem
A Agenda 21 tem esse nome porque faz uma referência direta ao futuro,
às consequências para o século XXI. Sabendo tratar-se de um processo
lento, a Agenda 21 aborda temas relevantes para o desenvolvimento
sustentável e para a minimização das consequências de ações do
passado, como as emissões de gases nocivos
A estrutura básica da Agenda 21 é vasta, dividida em 41 capítulos,
separados em 4 seções, ou temas gerais, dos quais podemos conhecer:
Dimensões sociais e econômicas
Por meio de cooperação internacional, luta contra a pobreza, dinâmicas
demográficas, fomento sustentável e integração ao meio ambiente,
entre outros.
Conservação e gestão dos recursos de
desenvolvimento
Por meio da proteção atmosférica, combate ao desmatamento,
conservação dos biomas, proteção dos oceanos, gestão ecológica de
recursos, entre outros.
Fortalecimento do papel dos grupos principais
Como o reconhecimento dos povos indígenas, de grupos não-
governamentais, agricultura, comércio e indústria e autoridades
fiscalizadoras das metas do programa 21, entre outros.
Criação e/ou gestão dos meios de execução
Como recursos de financiamento internacional, acordos institucionais,
instrumentos e mecanismos jurídicos, entre outros.
Por isso, é um importante documento base, que serviu de referência
para acordos importantes e em vigência, como o Protocolo de Kyoto e o
Acordo de Paris.
Qual o signi�cado da Agenda 21 para o Brasil?
Para os brasileiros, a Agenda 21 trouxe algumas questões. Criada em
1997, a agenda brasileira firmou os propósitos e compromissos
voltados à sociedade e ao desenvolvimento sustentável, e trouxe bases
para modelar os padrões de consumo e produção.
As ações prioritárias são:
 Os programas de inclusão social, dando acesso à
educação, saúde e distribuição de renda a toda a
população
 A preservação dos recursos naturais e minerais
Esse foi um passo importante para determinar como o Brasil poderia
proceder para cumprir as metas criadas nas conferências seguintes.
Consequências da Agenda 21
Com o advento da Agenda 21, todos os países do mundo, participantes
ou não das conferências, se viram na obrigação de repensar seus
modos de produção, políticas de rejeitos e ações de cidadania.
A partir de conferências posteriores, diversos países assinaram um
compromisso de firmar suas reduções de emissões de gases estufa e
conter o aquecimento global abaixo de 1,5°C.
Os 17 objetivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A partir desse ponto, periodicamente, foram executadas diversas
conferências, sendo a Rio+5, a Rio+10 e a Rio+20 decisivas na avaliação
do progresso dos acordos firmados.
Para orientar e proporcionar melhor visibilidade, foram criadas as Metas
e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ou ODS, em 2015, durante
o Acordo de Paris.
 Regular a ética política para planejar o
desenvolvimento sustentável.
As ODS servem de base para que todos possam atingir bons resultados
na Agenda 2030.
Metas do Desenvolvimento
Sustentável e os agentes de ações
De�nindo o que é desenvolvimento sustentável
A expressão “desenvolvimento sustentável” foi dita pela primeira vez em
1987, pela diplomada norueguesa Gro Harlem Brundland, como
presidente da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, também conhecida como Comissão Brundland, criada
pela ONU. Os objetivos da comissão eram:
Intitulado “Nosso Futuro Comum”, o relatório publicado tinha as
seguintes medidas, que deveriam ser adaptadas pelos governos:
Limitar o crescimento populacional
Garantir a alimentação a longo prazo
Preservar a biodiversidade
Diminuir o consumo de energia
Promover desenvolvimento de tecnologias
 Reexaminar as questões críticas ao meio ambiente,
reformulando propostas realistas.
 Propor novas formas de cooperação internacional,
com a intenção de organizar e orientar.
Controlar a urbanização desenfreada
Sendo assim, desenvolvimento sustentável está ligado à capacidade de
suprir as necessidades do presente, sem afetar a capacidade das
gerações futuras de suprirem suas próprias necessidades. Sua meta é
propor que ser humano faça uso racional dos recursos naturais e
aumente a qualidade de vida para todos.
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)
Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram criados
como uma forma de orientação para as práticas do desenvolvimento
sustentável no mundo. Essas metas deveriam ser adaptadas às
questões de cada país, o que em si só é uma atribuição importante do
desenvolvimento, já que cada país apresenta uma realidade política,
econômica e cultural distintas.
Elas se baseiam nas argumentações das conferências de meio
ambiente e determinam ações viáveis dentro das necessidades e
alinhadas às metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e
outros objetivos.
São as ODS:
1. Erradicação da pobreza;
2. Fome zero;
3. Saúde e bem estar;
4. Educação de qualidade;
5. Igualdade de gênero;
6. Água potável e saneamento;
7. Energia limpa e acessível;
8. Trabalho decente e crescimento econômico;
9. Indústria e infraestrutura;
10. Redução de desigualdades;
11. Cidades e comunidades sustentáveis;
12. Consumo responsável;
13. Ações contra a mudança climática;
14. Vida na água;
15. Vida terrestre;
16. Paz e justiça;
17. Meios de implementação.
O governo brasileiro mantém um relatório constante dos indicares dos
objetivos, com as ações sendo realizadas. Pesquise sobre o assunto.
Agentes do século XXI: aspectos colaborativos, ações coletivas
e novos pensamentos
Para que as ODS possam ser implementadas, é preciso que as pessoas
de um país, mais localmente, das cidades, também façam sua parte.
Essa é uma responsabilidade que deve ser assumida por todos em
respeito ao meio onde vivem.
As novas gerações já estão atentas a essas mudanças e
responsabilidades. É claro que ainda se encontram resistências,
principalmente de gerações anteriores, mas também de jovens que não
acreditam no potencial da ação.
Re�exão
Via de regra, algumas pessoas acham toda essa movimentação
exagerada. Sob a visão deles, a responsabilidade recai sobre o governo
e boa parte dessa propaganda sustentável é um mecanismo para mais
corrupção. O fato é que, de um ponto de vista geral, mais globalizado,
vemos ações no mundo todo. E é a partir dessa inspiração que as novas
gerações já aprendem, desde cedo, as práticas e cobram esses
objetivos.
São considerados, hoje, agentes para as ODS:
 ONGs �scalizadoras, atentas ao movimento
sustentável; Instituições de ensino, do ensino básico ao ensino
superior;
A maior parte das ações acontece de modo coletivo e precisa ser
reforçada por diversas frentes.
Partindo do princípio que o exemplo é a melhor inspiração, promover
ações nos espaços públicos permite que os resultados se tornem mais
visíveis.
A nova força jovem, encabeçada pela geração do século XXI, também
conhecida como geração Alpha, já possui os meios e a força de vontade
necessários pra estimular a conscientização e as boas práticas.
 Governos municipais, com ações locais;
 Setor industrial;
 Figuras políticas;
 In�uenciadores e �guras digitais;
 Imprensa e meios de comunicação.
Ações no espaço público evidenciam engajamento para a sustentabilidade.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Definir a sustentabilidade parece simples, mas o termo sofreu uma
série de ajustes e modificações. Inicialmente, considerado uma
forma de manutenção, de apoio de permanência, o termo passou a
encabeçar a luta pelo meio ambiente. Dessa forma, a opção que
melhor define o conceito atual de sustentabilidade é:
Parabéns! A alternativa D está correta.
Atualmente, a sustentabilidade tem uma definição mais altruísta,
voltada para a compreensão da vida e a forma como gerações
futuras terão oportunidades. Embora governos devam ser agentes
de sustentabilidade, suas ações estão nas mãos das pessoas,
habitantes das cidades, que devem determinar formas de garantir
que os recursos não sejam escassos.
Questão 2
A
Sustentabilidade é a maneira encontrada pelas
pessoas para se manterem firmes e saudáveis
perante as adversidades da vida.
B
Sustentabilidade é a capacidade de se sustentar, de
se manter em pé, mesmo quando as forças reagem
contrário.
C
Sustentabilidade é a capacidade de o mundo manter
sozinho seus recursos naturais e seu próprio
ecossistema.
D
Sustentabilidade é a compreensão do consumo
excessivo e a determinação de preservação de
recursos para geração futuras.
E
Sustentabilidade determina o que deve ser
consumido, e esse controle fica a cargo de agentes
governamentais.
A Agenda 21 é, acima de tudo, um documento, um compromisso de
mudança e metas para garantir às gerações do século XXI a
possibilidade de recursos naturais para sua própria sobrevivência.
As áreas de ação citadas no documento são:
Parabéns! A alternativa A está correta.
As áreas de atuação organizam as metas da Agenda 21, dividas em
41 capítulos distintos. As áreas determinam os temas das
estratégias. Não existem metas específicas por continente, ou
mesmo exclusivamente por regiões, embora a preservação de
oceanos seja um dos itens mais debatidos, assim como a
preservação das matas e a educação ambiental.
A
Dimensões sociais e econômicas, gestão de
recursos de desenvolvimento, fortalecimento dos
grupos principais e criação de meios de execução.
B
Secretarias ambientais, entidades políticas,
governos municipais e organizações não-
governamentais de preservação social.
C
Preservar o continente africano, manter os oceanos
intatos, isolar as matas nativas das regiões tropicais
e organizar grupos de apoio.
D
Áreas dentro do campo geopolítico, alinhamento
com notícias veiculadas pela imprensa, geração de
leis e fiscalização por entidades.
E
Conferências mundiais periódicas, educação
ambiental nas escolas, organização de ações
sociais e fortalecimento de grupos étnicos.
3 - Conceito e legislação da cidade sustentável
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar os conceitos e dados legislativos por meio
de estudos da cidade sustentável.
Cidade sustentável
De�nição
A cidade sustentável é, acima de tudo, um organismo. Viva e pulsante, a
metrópole pode se comportar de maneira peculiar comparada à sua
prima mais velha, a cidade contemporânea.
Partindo do princípio da ideologia sustentável, é valido começar pela
sua estrutura, que agrega valores alinhados com a iniciativa de
sustentabilidade urbana.
A cidade sustentável é composta por seus habitantes. Além de uma
região de moradia-trabalho-lazer, é um organismo.
O protagonista do urbanismo sustentável é o pedestre.
E é a partir dele que começamos a pensar o espaço, a
organizar os elementos. Segundo Gehls (2013), a
cidade deve começar dos espaços vazios, ocupações
para os pedestres e importantes elos. A partir daí,
pensamos em equipamentos, edifícios e malha urbana.
Independentemente do tamanho da cidade, desde uma vila até uma
metrópole, o mecanismo é o mesmo. E é nesse ponto que a cidade
sustentável se difere do urbanismo tradicional.
Características peculiares da cidade sustentável
Quando falamos de cidades sustentáveis é importante lembrar que o
termo sustentável tem pouco mais de 30 anos. O urbanismo sustentável
é mais jovem ainda. Logo, as hipóteses tratadas aqui referem-se às
diversas estratégias para que, em um futuro próximo, possamos
considerar uma realidade palpável.
Tratando-se de cidades consolidadas, as soluções para a cidade
sustentável são pontuais. Considera-se hoje um processo chamado
“embrião”, ou seja, quando soluções são colocadas à prova e observa-se
a gradual adoção de suas estratégias.
A partir disso, podemos entender algumas estratégias comuns:
Significa compreender as partes em que o pedestre atua
principalmente. Calçadas, praças e acessos são locais
importantes. E nesse contexto que conectaremos outras
soluções.
A partir da visão do pedestre, a paisagem urbana deve ser
peculiar, reconhecível e em uma escala compatível com o ser
humano.
Importante salientar que a caminhabilidade está ligada às
conexões dos edifícios e meios de transporte, e, portanto, serve
de reforço para a iniciativa sustentável.
Pedestre como protagonista 
Paisagem urbana reconhecível 
Caminhabilidade acessível 
Uma das principais vertentes do urbanismo sustentável, essa
estratégia reforça a criação de núcleos urbanísticos funcionais,
onde as relações moradia, trabalho, serviços e lazer estejam
conectadas de modo heterogêneo.
Apesar de ser uma estratégia arquitetônica, está intimamente
ligada ao urbanismo sustentável, já que fornece os meios para
favorecer a caminhabilidade.
Reforça os princípios de revitalizar zonas mortas da cidade,
regiões de empenas cegas ou sem funcionalidade. Se torna uma
exigência no setor da construção civil.
Essa estratégia tem uma forte ligação com a caminhabilidade e
com o princípio de “embrião”. Ela reforça a ligação entre núcleos
urbanos distintos em caminhadas de 15 minutos ou acessível
por veículos de tração humana, como bicicletas, também no
mesmo tempo.
Estabelece que toda a cidade deve ser alimentada por um ou
mais modais de transporte coletivo eficientes, de massa, rápidos
e de menos consumo energético. De preferência, sem utilizar
combustíveis fósseis.
Cidade compacta 
Edificações mistas 
Fachada ativa 
Cidade 15 minutos 
Cidade conectada 
Comparando a cidade sustentável com a cidade
contemporânea
Analisando as estratégias, é possível compreender como acidade
contemporânea, de raízes modernistas, pode um dia se tornar uma
cidade sustentável.
As cidades atuais valorizam a estrutura rodoviária, em detrimento ao
pedestre. Essa valorização acarreta menor contato humano e a
exigência de mais áreas de asfalto. Na contramão, dentro da iniciativa
do século XXI, a cidade sustentável inverte esses valores, como
veremos nas imagens a seguir.
A forma como vemos a cidade está ligada ao comportamento.
A forma como vemos a cidade está ligada ao comportamento.
Como as cidades têm comportamentos diferentes e culturas distintas,
alinhar as soluções depende do comportamento dos seus habitantes e
seus dirigentes.
É necessário compreender que as cidades crescem e se desenvolvem.
As soluções sustentáveis precisam ser aplicadas, mas é fundamental o
esforço conjunto entre habitantes, planejadores e o poder público,
detento da prática de elaboração de leis que valorizem a iniciativa
sustentável.
Parâmetrosinerentes à cidade
sustentável
Compreensão do sistema legislativo urbano
Apesar da forte comoção que se alastra em vários setores da
sociedade, a sustentabilidade encontra um adversário admirável: o
sistema legislativo. Dentro do campo da construção, e mais
especificamente, do urbanismo e planejamento urbano, devemos
considerar a adaptabilidade de certos parâmetros.
Alguns detalhes devem ser considerados quanto à legislação:
Sabendo que leis e normas foram desenhadas para outras
necessidades, é preciso estar aberto a essas mudanças.
Parâmetros do planejamento urbano
 O entendimento que existem leis municipais
peculiares a alguns municípios, de acordo com sua
própria realidade e necessidades.
 A compreensão de que os parâmetros urbanísticos
deverão se ajustar a essa nova realidade.
 A iniciativa sustentável está em constante evolução,
sendo ainda objeto de estudos urbanísticos
complexos. Por essa razão, alguns parâmetros
devem ser �exíveis para ajustes à medida que
evoluem.
Como é conhecido, cada cidade possui um conjunto de orientações para
a ocupação de seu território. Esse documento é conhecido como
Estatuto da Cidade. A partir dele, são determinados os planos
urbanísticos e o código de obras.
Independentemente do tamanho da cidade, todas são regidas por regras
claras sobre a ocupação do solo. Essas regras determinam áreas,
volumes, funções e adensamentos.
A cidade sustentável tem, hoje, uma forma diferente de funcionar. Em
vez de se organizar por zonas, o novo desenho planeja se organizar por
núcleos, uma distribuição concisa de valores que adensam o espaço por
heterogeneidade.
Os parâmetros urbanísticos se adaptam na cidade sustentável.
Vale ressaltar que estamos falando da legislação brasileira. De acordo
com as metas derivadas do Acordo de Paris, cada país deve adaptar, da
melhor forma possível, os objetivos traçados para a reforma
sustentável.
No Brasil, os principais parâmetros dentro da qualidade urbana, para o
lote metropolitano são:
Afastamento das divisas
Regula o quando a edificação deve se afastar das bordas do lote.
Gabarito ou altura da construção
Regula o espaço aéreo.
Taxas de ocupação e permeabilidade
Determinam a ocupação da superfície do lote.
Índice de aproveitamento do terreno
Diretamente ligada ao potencial construtivo.
Esses parâmetros são os primeiros a serem adaptados, pois estão
diretamente ligados à construção civil. A necessidade dessa
adaptabilidade liga conforto, eficiência, aproveitamento e adensamento
urbano.
Como as metas dos ODS reformularão as leis
Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) alinham as
necessidades para o suporte de dados necessário no ajuste da
sociedade como um todo.
Dentro da construção civil, não seria diferente. Porém, devemos ficar
atento a quais parâmetros estamos falando. Vale ressaltar o Estatuto da
Cidade e o Plano de Ordenamento Urbano.
Relembrando
Os ODS, de certa forma, trazem orientações relativamente claras. Por
exemplo, as metas dos ODS 1 (erradicação da pobreza), 3 (saúde e bem
estar), 6 (água limpa e saneamento), 7 (energia limpa e acessível) e 11
(comunidades e cidades sustentáveis) estão intimamente ligadas ao
planejamento urbano. Elas orientam sobre consequências de um
espaço mal estruturado.
Usando o exemplo acima e associando às estratégias da cidade
sustentável, como cidade compacta, caminhabilidade e
heterogeneidade funcional, é possível criar soluções para transporte,
ocupação do solo, combate a segregação e valorização da vida urbana.
A cidade sustentável permite o deslocamento a pé, reduzindo a necessidade de transporte
público.
Podemos exemplificar, hipoteticamente: o indivíduo que mora em um
lugar acessível ao seu trabalho, dentro de um trajeto de 15 minutos a pé,
assim como seu filho tem acesso à área de lazer e educação. Dentro do
mesmo núcleo, há a possibilidade de compras para sua casa (cidade
compacta). E, se for necessário, acesso a uma estação de um modal
ferroviário que irá levá-lo a um destino fora do seu núcleo.
Tudo isso somente será possível se as normas de acessibilidade,
conforto ambiental e ocupação do solo se readaptarem a essas
necessidades. É preciso um estudo mais profundo para que seja
possível adaptar cada realidade municipal.
Transformando a cidade
Comparando as cidades do século XX
O século XX é a marca da mudança. Nunca na história tanta coisa
aconteceu em tão pouco tempo. Mudanças sociais, geográficas,
guerras, epidemias. A lista é grande. E, possivelmente, estamos
vivenciando, neste momento, talvez a maior delas.
Por que as mudanças de sociedade do século XXI são as maiores da
história? Porque atingem o planeta como um todo, ou seja, todos estão
envolvidos, direta ou indiretamente, nas transformações que estão por
vir.
Analisando algumas cidades, vemos algumas dessas transformações
acontecendo. Comecemos com uma nacional: São Paulo.
Exemplo
São Paulo é a maior cidade do Brasil, tanto em território quanto em
influência. É marcada pela alta urbanidade, pela população e pelos
costumes típicos de uma cidade metropolitana, com um enorme
sistema de transporte ferroviário urbano que liga vários pontos da
cidade. Uma de suas características mais marcantes é a conurbação,
que agrega mais superfície a uma cidade bastante adensada.
Que soluções São Paulo traz, referentes à sustentabilidade? Um dos
maiores problemas envolvendo a cidade é a poluição atmosférica.
A prefeitura tem feito campanhas para estimular o transporte por meio
de veículos de poluição zero e tem investido em tecnologia de captação
pluvial, promovendo o adensamento funcional e estimulando a
sociabilidade com eventos em parques urbanos.
É um começo.
Outra cidade que impressiona é Cingapura, que já foi uma ilha muito
pobre e passou a ser uma cidade com alto índice de desenvolvimento. É
um exemplo a ser seguido.
É interessante notar que Cingapura está em uma latitude semelhante a
São Paulo, ou seja, ambas possuem algumas características comuns
em relação ao clima. Mas, a cidade do sudeste asiático, era um exemplo
de desordem política e econômica até os anos 1990 e deu a volta por
cima e abraçou fortemente as iniciativas sustentáveis.
Cingapura é um exemplo de iniciativas sustentáveis.
Hoje, é uma das maiores investidoras de tecnologia sustentável do
mundo, agregando inovações em todas as áreas.
Falando em urbanismo, Cingapura tem ótimos resultados no transporte
metropolitano, a população é estimulada a andar a pé, investiu em
pesquisas de qualidade do ar e estratégias bioclimáticas para combater
a poluição.
O terceiro exemplo que iremos discutir é Paris. A cidade europeia,
recentemente, investiu em pesquisas de ordenamento urbano. É uma
das pioneiras da estratégia “cidade 15 minutos”.
Investe hoje em transporte ferroviário, bicicletas e em áreas comuns na
cidade, estratégia urbana conhecida como “quadra aberta”, proposta do
arquiteto francês Christian de Portzamparc, é um exemplo de
urbanidade social.
A proposta também é pioneira ao imaginar a quadra pelo ponto de vista
do pedestre, estando, assim, alinhada com as iniciativas sustentáveis.
Paris, adotando a estratégia “cidade 15 minutos”.
Esses são só alguns exemplos de como a implementação de modelos
sustentáveis é gradual e requer pesquisa, paciência e observação.
Entendendo a evolução dos parâmetros
Os parâmetros urbanísticos são os dados mais relevantes dentro do
processo construtivo. Além de serem uma exigência em todas as
metrópoles do Brasil, elas determinam o ordenamento da ocupação no
solo.
Mas, como eles se encaixam nas estratégias das cidades sustentáveis?
Para cada um dos parâmetros, é bom estipular as mudanças que eles
deveriam conter.
Regula o quando a edificação deve se afastar das bordas do lote.
Na cidade sustentável, ele deveria estar ligado a parâmetros
ambientais, como ventilação, insolação e sombreamento. Essa
característica permitiria compreender a relação de influência
entre os edifícios e dimensionar, assim,soluções de implantação
e proteção acústica, bem como o aproveitamento eólico.
Afastamento das divisas 
Regula o espaço aéreo. Na cidade sustentável, seria possível
compreender a capacidade de compactação. Um dos atributos
da cidade compacta é a característica mista das edificações, o
que leva a uma verticalização natural. Por meio desse parâmetro,
seria possível ajustar a relação de função e verticalização, assim
como também se relacionar melhor com outros parâmetros,
como afastamentos e índices de aproveitamento.
Determinam a ocupação da superfície do lote. Esses itens na
cidade sustentável precisam se relacionar aos recursos e à
ocupação do solo. Sendo uma das estratégias a
caminhabilidade, a relação da taxa de ocupação deve levar em
consideração a forma como consideramos os acessos do solo,
assim como a configuração de áreas livres para sociabilidade.
No quesito de permeabilidade, é uma excelente oportunidade de
relacionar a linguagem de absorção de águas pluviais e lençol
freático, favorecendo o uso da água e a criação de áreas verdes.
Diretamente ligada ao potencial construtivo, na cidade
sustentável, ele se relacionaria a permissividades de função e a
organização espacial, delegando as ligações entre as
edificações.
Vale ressaltar que alguns parâmetros ainda não são exigidos, e
dependem do lote, região ou condição geográfica.
Futuro: quais parâmetros podemos esperar para o século XXI
De forma direta, além dos ajustes dos parâmetros existentes, alguns
poderiam ser incluídos nas análises urbanísticas, como:
Taxa de vegetação aérea
Gabarito ou altura da construção 
Taxas de ocupação e permeabilidade 
Índice de aproveitamento do terreno 
Considerada a capacidade de vegetação das fachadas, como estratégia
de conforto ambiental. Poderia estar ligada à devolução da área verde
ocupada pela edificação.
Índice de aproveitamento de águas pluviais
Hoje já temos alguns parâmetros de medição para águas de chuva, mas
uma exigência tornaria esse número mais expressivo.
Índice de resposta de irradiação energética
Relativo à materialidade, poderia determinar o quanto o edifício pode, no
máximo, irradiar de calor e de luz visível para edificações vizinhas. Uma
estratégia interessante para evolução do mercado de revestimentos e
do relacionamento com a densidade urbana.
É claro que outras formas de compreender a cidade sustentável virão. É
nosso dever estar sempre atento.
Novos parâmetros urbanísticos do
século XXI
Neste vídeo, vamos avaliar as possibilidades e necessidades de
aplicação e adaptação de novos possíveis parâmetros legislativos para
a construção civil do século XXI.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A cidade sustentável é um organismo vivo, formada por elementos
que a favorecem como também seu funcionamento. Um desses
elementos é o pedestre, que atua como figura central das
estratégias sustentáveis. A forma em que isso ocorre está na
alternativa:
A
Incentivando a criação de lei voltadas para a
iniciativa sustentável.
Parabéns! A alternativa D está correta.
É a partir do pedestre que o planejamento sustentável começa.
Organizadamente, ele dita os parâmetros da cidade e a forma como
os núcleos se ligam. Embora possa agir como fiscalizador, seu
papel é bem mais participativo.
Questão 2
A cidade sustentável exige para si um certo ajuste nas normas e lei
vigentes. Mesmo sabendo que cada cidade tem seu próprio
conjunto de normas, normalmente, alguns parâmetros são comuns
a maioria dos casos. São eles:
B
Exercendo seu dever de cidadão, fazendo a
manutenção da cidade.
C
Atuando como fiscalizador da paisagem urbana, se
ela não estiver de acordo.
D
Atuando como elemento central, determinando a
caminhabilidade e a paisagem urbana.
E
Encaminhando aos planejadores suas impressões, a
fim de que o planejamento seja refeito.
A
Volume de área verde, taxa de ocupação,
ordenamento de massas e altura e volume da
edificação.
B
Afastamento das divisas, altura da edificação, taxa
de permeabilidade e incentivo de ocupação.
C
Afastamentos, altura da edificação, ocupação da
superfície do lote e potencial construtivo.
Parabéns! A alternativa C está correta.
Os parâmetros de lote ordenam o uso da superfície de espaço
público e regulam funcionalidade, espaço aéreo, ocupação e
potencial imobiliário. São esses os parâmetros alvos iniciais do
processo de ajuste à iniciativa sustentável.
4 - Estratégias brasileiras para o desenvolvimento sustentável
Ao �nal deste módulo, você será capaz de de�nir uma base de justi�cativas para o
planejamento estratégico e sustentável das cidades brasileiras.
O olhar brasileiro sobre a cidade
sustentável
Cidades brasileiras e o clima
D
Organização funcional, regulamento de fachadas
verdes e afastamentos das edificações vizinhas.
E
Taxa de permeabilidade do solo, área de ocupação
do lote, gabarito das fachadas e acessos.
Embora as estratégias sustentáveis ainda estejam em estudo, é
considerável um olhar mais aprofundado para o Brasil. Nosso território
tem 8 dos 10 climas da Terra, em estágios e variações climatológicas,
mas considerando os macros climas, essa qualidade é considerável.
De certa forma, estudar o território brasileiro forneceria um mapa de
estudo eficiente para a compreensão da esfera sustentável.
Podemos considerar os climas:
Equatorial
Tropical
Temperado
Subtropical
Mediterrâneo
Frio de Montanha
Desértico
Semiárido
Apenas eliminamos o Subpolar e Glacial, típicos de latitudes muito
elevadas. Ambos em climas polares.
Essa característica torna possível estudar as relações climáticas e as
cidades e, assim, determinar as melhores formas de intervenção. Essa é
uma das relações mais importantes quando integramos arquitetura,
urbanismo e sustentabilidade.
Como cada cidade possui seu próprio clima, aliado às
questões geográficas de sua implantação, é natural
para o urbanista conhecer esses dados. Assim, dentro
da determinação das estratégias sustentáveis, é
possível determinar proteções para estimular a
caminhabilidade, por exemplo. Essa é uma das
grandes diferenças quando analisamos as soluções de
outras partes do mundo. Notavelmente, várias dessas
soluções não se aplicariam às cidades nacionais.
Resta ao arquiteto urbanista, no ato do planejamento, avaliar as
situações de conforto. Caso a cidade possua um clima chuvoso
constante, como é o caso de Belém, ou apresente uma irradiação solar
considerável, como o Rio de Janeiro, as soluções devem se apresentar
de forma peculiar.
Mas, falando em análise climática, como tratar a caminhabilidade
urbana de forma independente e eficiente?
Resposta
Tratemos de um exemplo. No Rio de Janeiro, temos estações e períodos
bem marcados para chuvas e irradiação solar intensa. Inclusive, esses
se tornam argumentos de resistência para a cidade sustentável. Como
resolver? Nesses casos, a criação de estruturas próprias para a prática
da bicicleta pode ajudar. Estações especiais, nas quais seria permitido
trocar de roupa ou até mesmo tomar banho. Ou ainda, criação de pontos
de proteção ao longo das rotas principais. As soluções são inúmeras.
Resta ao urbanista compreender essas necessidades de forma pontual.
Globalização da cidade
A globalização, termo cunhado em meados dos anos 1980, representa a
unificação, ou então a cooperação cultural, de países e culturas
distintos. Com o advento da Internet, o termo tornou-se rotineiro,
abrangendo ao máximo a interligação entre os povos.
No que diz respeito à arquitetura, a questão é um pouco mais
abrangente. Considerando os movimentos migratórios, ao longo de toda
sua história, o Brasil recebeu pessoas e culturas do mundo todo.
Pessoas que firmaram raízes, fundaram cidades e trouxeram boa parte
de seus conhecimentos do país de origem.
A arquitetura europeia dificilmente se adapta às condições brasileiras.
Esse amálgama cultural fez com que algumas soluções também
fossem trazidas para cá, mas com suas devidas adaptações.Com o acesso a informações na rede, nossa sede de conhecimento
ficou tão extensa que, por vezes, trazemos soluções e materiais que
nem sempre se adaptam ao nosso clima e nossos costumes.
Atenção!
A expressão da arquitetura não se traduz apenas em traços
interessantes, mas também no reconhecimento. Modismos trouxeram
materiais à tona. O uso de madeiras é um deles. Enquanto material
construtivo básico em países do hemisfério norte, no Brasil é um
material nobre, de difícil obtenção. Para a indústria, usar a mesma
madeira europeia é uma fonte de renda. Porém, essa madeira,
normalmente, pertencente ao gênero Pinus, um material macio e
suscetível a pragas e à umidade. Esse é o problema da importação
cultural: nem sempre o material de adapta ao país.
A solução impossível
Então, podemos compreender que a existência de um modelo adaptável
a todo o mundo é um projeto impossível?
Todos os estudos tendem a afirmar que sim. Devido às
diversas condições, é sempre necessário reconhecer
as características do lugar e criar soluções viáveis. Por
mais que pensemos como planeta, cada caso reforça a
ideia de remodelar a construção e a cidade para uma
análise mais aprofundada.
Um dos grandes problemas causado pela globalização
é a pretensão de entender o ser humano como um só.
Realmente, mesmo se tratando e sermos todos iguais,
nossas culturas nos diferem.
As principais razões para entendermos como a construção sustentável
precisa ser diferente em cada caso são as seguintes:

A cultura, principalmente, regional

A metodologia histórica

Clima

Comportamento social, que se ajusta de
acordo com as questões de comunidades

A realidade econômica
Embora questões com resultados diversos, em todos os povos as
necessidades básicas são as mesmas: conforto, saúde, bem estar e
segurança.
Critérios do Acordo de Paris para
metrópoles brasileiras
Acordo de Paris: metas possíveis
O Acordo de Paris é um tratado internacional, assinado por 195 países,
incluindo o Brasil. Aprovado em 2015, foi proposto para entrar em vigor
em 2020, substituindo o Protocolo de Kyoto. O principal motivo do
acordo era retificar as determinações oriundas do Protocolo de Kyoto,
que eram: a redução significativa das emissões de gases de efeito
estufa e limitar o aumento da temperatura global em até 2°C.
Presidente François Hollande na COP21.
As principais metas do acordo incluem:
Entrou em vigor em 2020, e a meta principal é conseguir atingir os
números necessários, determinados para cada país/região, até 2030.
Tropicalização das estratégias
Reconhecendo as metas e estratégias da cidade sustentável, é notável
que algumas delas se encaixam perfeitamente nas metas do Acordo de
Paris.
 Esforços para limitar o aumento global de
temperatura em até 1,5°C
 Reduzir a vulnerabilidade a eventos climáticos
extremos
 Recomendações de adaptação climática aos países
em desenvolvimento
 Estimular o suporte �nanceiro e tecnológico aos
países menos desenvolvidos
 Promover desenvolvimento tecnológico
 Proporcionar cooperação entre a sociedade civil, o
setor industrial, �nanceiro, comunidades étnicas e
cidades, e fortalecer a conscientização ambiental.
Podemos citar, por exemplo, o uso de transporte coletivo de baixo
impacto e a caminhabilidade. Elas reforçam a redução do uso do carro
e, assim, diminuirá a emissão de gases tóxicos provenientes da
combustão.
Outras estratégias são mais culturais e tópicas. Por exemplo, para
manter a sensação de conforto, em lugares de alta temperatura, ligamos
o ar condicionado.
Por mais que a arquitetura seja eficiente, é sabido que há dias em que
isso é impossível. Mas, a produção de equipamentos mais eficientes, a
instalação calculada para preservar o equipamento da radiação solar e
promover o cálculo certo de volume-temperatura são estratégias do
próprio equipamento, que aumentam sua eficiência, reduzindo o
consumo de energia.
Minimizar os efeitos do clima, aumentando o conforto.
Pequenas ações podem provocar bons resultados. A caminhabilidade,
por exemplo, é o grande alvo dos problemas de tropicalizar as metas e
estratégias. Promover que o indivíduo caminhe, em regiões de forte
radiação solar, ainda oferece resistência. Por isso, bons planejamentos,
aliados à conscientização e pertencimento, promovem o plantio e
cuidado de árvores nas áreas de trajeto. Minimizando os impactos,
aplicando as estratégias sustentáveis de paisagem urbana e conforto
térmico.
Existem diversas soluções possíveis. O necessário é
reconhecer as condições e adaptá-las. A capacidade
de ver soluções também é, no fim, uma estratégia
sustentável para o século XXI.
Observando a metrópole brasileira
A metrópole brasileira funciona como qualquer outra metrópole. Densa,
multifuncional, setorizada.
Nossas cidades têm uma forte influência modernista. O que significa
que boa parte da cidade é projetada para o uso do carro. Não
necessariamente incentivada, mas organizada. Brasília talvez seja um
caso à parte, já que, apesar de pensada em núcleos residenciais, seu
forte apelo setorial obriga a um modo de vida de difícil adaptação. Vale
lembrar que Brasília foi projetada do zero, construída de acordo com o
projeto do arquiteto Lúcio Costa, na década de 1960.
Todas as demais metrópoles possuem um nascimento
espontâneo, oriundos de um processo de colonização.
Entre as maiores cidades do Brasil, podemos citar, em
ordem, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador,
Fortaleza, entre outras. Também vale ressaltar que
essa classificação reconhece população e área
territorial.
Observando a lista de cidades, vemos que à exceção de Brasília, todas
têm nascimento ainda no período colonial. Cada uma cresceu de acordo
com as características de sua própria região e tem realidades próprias.
Agora vamos repensar as estratégias sustentáveis. Em todos esses
casos, nos quais já temos uma cidade consolidada, as estratégias
devem vir acompanhadas de soluções práticas e sutis, sendo então
absorvidas pela população em geral. É um processo lento e que
determina um olhar minucioso, senão cirúrgico, sobre a atuação no
planejamento urbano.
A ideia de um plano adaptável para as
cidades brasileiras
Neste vídeo, vamos conhecer um pouco sobre as metas e estratégias da
cidade sustentável e debater possíveis aplicações para a realidade das
metrópoles brasileiras.

Adaptabilidade das metrópoles e um
plano de ação possível
Estratégias e metas que as cidades deveriam incorporar
Algumas das maiores dificuldades de ajustes urbanísticos está na
população. O sentimento de comodidade é bastante forte quando
pensamos em mudança, o que deixa o poder municipal como principal
vilão do urbanismo contemporâneo.
Porém, apesar de algumas mudanças serem para melhor, a demora das
iniciativas de licitações e contratos, muitas vezes, provocam atrasos,
que tiram a razão até mesmo das obras de melhorias. Em várias cidades
do Brasil, por exemplo, obras de duplicação de vias muitas vezes
chegam atrasadas dentro do cronograma de crescimento populacional,
e ainda andam na contração das iniciativas sustentáveis.
Pensar a malha metropolitana é o primeiro passo
lógico a ser seguido. No Brasil, há uma defasagem
muito grande entre análise de dados e aplicação e, por
essa razão, temos muita dificuldade de aplicar
soluções viáveis. As análises metropolitanas devem
ser feitas sempre com previsões de vários anos, para
que as estratégias possam ser incorporadas nesse
prazo.
A partir desse ponto, relatórios devem ser formulados, a fim de embasar
os planos e, então, apresentados ao poder público. Nesse momento,
uma estratégia viável seria incorporar às equipes jovens profissionais,
que cresceram com as iniciativas sustentáveis e que irão agregar essas
noções dentro do planejamento.
Esses jovens profissionais, antenados com os desafios sustentáveis do
século XXI, devem formar comissões para avaliar e fiscalizar as
mudanças propostas.
Sobre as propostas, alguns casos requerem ações mais imediatas e
outrasa longo prazo. Mas, o que seriam ações mais imediatas?
Resposta
Essas ações promovem a mudança no espaço público dentro do olhar
perceptível do pedestre. Vale lembrar que essa, por si só, é uma
estratégia sustentável. Tais mudanças estão presentes na rua, em uma
praça ou em um acesso urbano. Desacelerar é necessário, então
promover o transporte público eficiente é o segundo momento de ação.
Portanto, em um plano simples, podemos compreender o planejamento
da seguinte maneira:
 Criar pequenas alternações na paisagem urbana
Nas ruas, praças e acessos públicos, de forma a
criar um relacionamento mais íntimo com o
pedestre. Essas ações podem ser a criação de
mobiliários específicos, plantio de arvores e
canteiros e elementos urbanos que reforcem a
percepção da paisagem urbana.
 Incentivar o uso do transporte coletivo
Preferencialmente de baixo impacto ambiental, e de
deslocamento de massa, com eficiência plena,
como o sistema ferroviário urbano. Incentivar o uso
desse modelo de transporte valoriza a iniciativa
úbl d á d l ã d
Estudo de caso: estratégias para o Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro é uma cidade antiga, de formação espontânea, mas
que também já passou por uma série de planos urbanísticos no
passado. É um excelente exemplo de “colcha de retalhos” urbana.
Em uma cidade com pouco mais de 6 milhões de habitantes (IBGE,
2022). Assim, pensar em estratégias urbanas é um desafio. A cidade,
hoje, carece da sensação de pertencimento, visível nas ações de
pública e, num segundo estágio de implantação de
novas linhas e ligações, o habitante compreender a
necessidade das obras.
 Criação de equipamentos urbanos para acesso
público
Como museus e parques, principalmente voltados
para a cultura e o lazer, e preferencialmente
alimentados pelo sistema de transporte modal
ferroviário. Dessa forma, o público, em geral, pode
fazer uso desse sistema em seus momentos de
folga, associando-o com o comportamento da
cidade e não apenas como uma ligação casa-
trabalho-casa.
 Mudança na estrutura urbana
Sendo o mais radical de todos os passos,
elaborando a quadra urbana de maneira peculiar à
iniciativa sustentável. Em certos pontos, elaborar
mudanças nas quadras favorece a ocupação da
população da maneira prevista nas estratégias
sustentáveis e promove uma ocupação mais
ordenada e heterogênea. Depende do poder
municipal e estadual para incentivar a ocupação de
forma correta.
depredação e desrespeito ao poder público. O descaso e a falta de um
sentimento e cuidado reforçam essas hipóteses.
Atenção!
A cidade é essencialmente turística. Sua economia básica, oriunda de
um passado portuário que se perde a cada dia, volta suas ações para a
visitação. Há inúmeros equipamentos: museus, parques urbanos, jardim
botânico, orla, equipamentos esportivos. Embora bem servido, carece de
um elo importante: o transporte público. Dotada de 3 linhas de metrô,
que alimentam pouco mais de 30% de seu território, a cidade depende
hoje do transporte rodoviário. A malha cicloviária, tampouco, favorece o
deslocamento diário por elas, sendo essencialmente ligadas à orla e de
característica turística.
De passado nobre, quando abrigou o Império, em governo e habitação,
pouco se resta de sua memória, sendo gradualmente substituída por
uma paisagem urbana mais efêmera, ligada ao convencimento externo
de um destino de lazer e prazeres.
Para o planejador sustentável, é um desafio. Das estratégias iniciais
apresentadas, devido à sua heterogeneidade de território, é preciso
começar de forma pontual.
Esboçando um plano de ação, e que deve ser considerado como uma
sugestão e visão acadêmica, as soluções deveriam seguir o seguinte
plano:
 Incentivar o transporte coletivo
Mesmo de forma rodoviária, uma reorganização
sistemática promoveria sua qualidade e reduziria a
necessidade do transporte de veículos individuais.
Tais ajustes também podem promover a sensação
de pertencimento e minimizar a depredação do
equipamento.
Essas possibilidades absorvem uma infinidade de soluções. A principal
meta é incentivar a relação de valor com o território urbano e seus
equipamentos e, assim, tornar a cidade mais unida.
 Incentivar o uso da calçada
Com estratégias como fachada ativa, usando os
edifícios com comercio local, trazendo o pedestre
pra rua e reduzindo assim a sensação de
insegurança.
 Compreender a territoriedade na superfície da
cidade, e usar isso como estratégia
Promover incentivos às paisagens urbanas nos
núcleos territoriais, como bairros e regiões,
aumentar a valorização da ligação entre essas
áreas. Isso pode criar uma noção de amplitude
territorial e a adoção de pertencimento da
metrópole, e não apenas da vizinhança.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Cada cidade do Brasil possui seu próprio microclima, mesmo
inserido dentro de um clima maior. Essa característica cria
situações especiais para cada região. Sabendo que temos 8 dos 10
climas catalogados hoje no mundo, qual a forma que o arquiteto vai
usar para determinar as características das edificações nas
metrópoles?
A
Criar uma equipe multidisciplinar que inclua
biólogos, que determinarão as condições climáticas
locais.
B
O arquiteto deve se ater às condições locais,
estudar o microclima e determinar quais estratégias
melhor se adaptam aquelas situações.
C
Não há nada a fazer, as edificações seguem regras
bem claras, ligadas à legislação local, e não podem
ser violadas.
Parabéns! A alternativa B está correta.
Apesar de o estudo do edifício em laboratório ser uma prática
viável, para o arquiteto, muitas vezes, não é uma solução
alcançável. A melhor maneira é estudar as condições locais, visitar
a região e determinar, de acordo com o observado, quais as
melhores soluções a aplicar. Sempre há formas de solucionar as
questões da construção.
Questão 2
Considerando o crescimento das metrópoles brasileiras, como Rio
de Janeiro, São Paulo e Salvador, devemos estar atentos às
aplicações das iniciativas sustentáveis, respeitado as metas
ambientais e compreendendo sua história e sua população.
Portanto, no âmbito de tornar a metrópole mais sustentável, uma
estratégia inicial seria:
D
Criar o projeto, executar a obra, e após estudo dos
impactos sobre ele, determinar soluções viáveis
para o problema.
E
Recriar as condições meteorológicas e laboratório
para, assim, criar estratégias compatíveis com a
situação chave.
A
Promover campanhas publicitárias de aviso das
mudanças, que serão radicais, mas necessárias
para a cidade.
B
Promover um bota-abaixo organizado, retirando
edificações que não se adaptam aos princípios da
iniciativa sustentável.
C
Reforçar a educação ambiental e apresentar as
necessidades da cidade à população, aguardando
que compreendam, para então iniciar as mudanças.
Parabéns! A alternativa D está correta.
As metrópoles, apesar de consolidadas, possuem um ecossistema
frágil e que requer atenção. As alterações ou mudanças propostas,
seguindo as diretrizes de iniciativas sustentáveis, têm que ser
executadas conscientemente e de forma pontual, a fim de
conscientizar a população. Com o tempo, essas alterações podem
se espalhar naturalmente.
Considerações �nais
Como é possível perceber, a atitude sustentável é parte natural do
processo evolucionário do ser humano. Faz parte de nossa essência e é
determinada pelo momento histórico.
Estar alinhado com as mudanças é fundamental para todo arquiteto e
urbanista, estando preparado para as várias nuances da população em
relação ao seu próprio papel de protagonista. A relação das novas
gerações com o futuro deve ser tratada como determinante e sua
capacidade de compreensão de mundo, antes não tão definida, e seu
papel para com o planeta andam em paralelo com a prática colaborativa
e tornam a sociedade mais consciente e unida em prol de uma
organização mais sustentável de práticas e estratégias para nossa
própria sobrevivência.
É deverdo arquiteto estar caminhando com essas mudanças, além de
estar atento aos sinais de evolução da sociedade e incorporar essas
características a cada novo planejamento.
D
Aplicar algumas soluções de forma pontual e
temporal, deixando tempo para a população
absorver as mudanças.
E
Determinar quais áreas da cidade merecem ajustes,
já que nem todas da cidade possuem bons
históricos sociais.
Podcast
Neste podcast, vamos estudar como as conferências mundiais de meio
ambiente determinaram metas concretas a todos os países do mundo
para conter as mudanças climáticas globais, estimulando um futuro
mais sustentável.

Explore +
Para compreender a forma como os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) estão sendo monitorados no Brasil, acesse o site do
Governo Federal e verifique os artigos sobre a Agenda 2030.
Para entender melhor sobre os conceitos de sustentabilidade e suas
vertentes, estude a Carta da Terra, documento lançado pela Comissão
Mundial das Nações Unidas e que apresenta as diretivas para um
mundo mais globalizado, socialmente estável e sustentável.
Se deseja aprofundar seus estudos na compreensão do relacionamento
do pedestre com a edificação nas grandes cidades, estude o capítulo 4
“A cidade ao nível dos olhos”, do livro Cidade para Pessoas, de Jan
Gehls.
Para saber mais sobre os problemas ambientais e as necessidades de
uma Terra mais sustentável, assista ao documentário Nosso Planeta,
Nosso Lar, do cineasta, fotógrafo e ambientalista francês Yann Arthus-
Bertrand, lançado em 2009.
Vários conceitos foram usados, um deles é sobre a Geração Alpha.
Pesquise informações sobre aquela que será a geração usuária das vias
urbanas
Referências
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mesmo?. Presidente Prudente, Revista Tópos, 2009. v.3 n.1, p. 180-194.
BRASIL. Indicadores Brasileiros para os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável. Brasília. 2022. Consultado na Internet em: 10 abr. 2022.
BROWN, B. The power of vulnerability: teachings on authenticity,
connection and courage. Colorado: Sound True, 2012.
CALVINO, I. Cidades Invisíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 1972:
1990.
GEHLS, J. Cidade para Pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2013.
GONCALVES, J.; LOPES, . O que é globalização? Politize, 13 out., 2017.
Consultado na Internet em: 8 abr. 2022.
HERTZBERGER, H. Lições de Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes,
2015.
JACOBS, J. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes,
2011.
MOSTAFAVI, M.; DOHERTY, G. Urbanismo Ecológico. São Paulo: Gustavo
Gilli, 2014.
SILVA, T. O. Tipos de clima. BRASIL-ESCOLA, 2018. Consultado na
Internet em: 10 abr. 2022.
SOUZA, E. Kilamba: as cidades fantasmas chegam à África. Archidaily,
15 jul., 2012. Consultado na Internet em: 8 abr. 2022.
TRIGUEIRO, A. Mundo Sustentável: abrindo espaço na mídia para um
planeta em transformação. São Paulo: Globo, 2005.
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