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Estratégias da sustentabilidade para a arquitetura

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Estratégias da sustentabilidade para a arquitetura
Prof. Tulio Galvão Vidal Correa
Descrição
Ideias e metas com base na orientação da ideologia sustentável no
âmbito da construção e do planejamento urbano.
Propósito
Conhecer diversos processos e soluções para o mercado de construção
civil, avaliando as metodologias construtivas atuais e encaminhando o
repertório projetual para a busca de soluções viáveis e práticas para os
problemas envolvendo os critérios conforto ambiental, eficiência
energética e aproveitamento de materiais, dentro do âmbito da
arquitetura sustentável do século XXI.
Objetivos
Módulo 1
O edifício sustentável
Identificar a edificação sustentável por meio da análise de dados e
estratégias.
Módulo 2
Sistemas construtivos e materiais
Reconhecer os métodos construtivos relacionados à
sustentabilidade.
Módulo 3
Recursos para promover o conforto e a
e�ciência energética
Analisar as soluções de processos de conforto ambiental.
Módulo 4
Reuso da água
Reconhecer as metodologias de eficiência no uso da água nas
construções.
Introdução
O processo projetual arquitetônico atualmente passa por uma
revolução palpável de métodos e processos. Além da
composição ideológica, o arquiteto do século XXI precisa estar
atento aos sinais provenientes da construção e da cidade e se
relacionar de maneira direta e eficiente com os dados que a
compõem. Para tanto, conhecer novas tecnologias e processos
incorpora ao profissional uma visão mais abrangente da
sociedade contemporânea e de seu relacionamento com o objeto

arquitetônico, tanto em sua habitabilidade quanto nas
possibilidades de um futuro promissor e mais conectado ao meio
ambiente.
Para esses estudos, é preciso conhecer a dinâmica dos principais
sistemas vitais de um edifício: sua estrutura, seu desenho, sua
relação com a água e a energia e a forma como esses fatores
influenciam sua relação com a cidade e com os vários setores
que compõem a vida nas cidades, como a cidadania, o poder
público e a ocupação do território.
1 - O edifício sustentável
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car a edi�cação sustentável por meio da
análise de dados e estratégias.
Análise geral do edifício sustentável
O que é construção sustentável?
O processo construtivo evoluiu muito nos últimos anos. Dentro de um
processo para compreender o habitante e suas necessidades básicas,
surge o empenho em criar mecanismos propícios para melhores
conforto e saúde do usuário da construção. Esse empenho se organiza
nos diversos setores construtivos, desde a escolha e pesquisa de
materiais ao ordenamento espacial de uma residência.
Em um ciclo contínuo, novas possibilidades têm se apresentado ao
setor de construção civil, como agregados de concreto, novas formas de
vedação e materiais menos poluentes. Diante de tudo isso, o que
caracteriza a construção como sustentável? Em que momento pode-se
afirmar que o objeto arquitetônico possui as qualidades essenciais que
a tornam oficialmente sustentável?
A construção sustentável pode receber essa titulação quando, em sua
concepção, agrega técnicas e materiais que se relacionem às práticas
de preservação do meio ambiente e da vida, assim como melhores
condições de habitabilidade e conforto aos seus habitantes e usuários,
independentemente da natureza de suas funções.
Podemos compreender, então, que a construção sustentável é a nova
visão da arquitetura e da engenharia para a criação de um mundo mais
harmonizado com a natureza e seu meio, favorecendo seu
desenvolvimento.
Arquitetura e bioclimatismo
A natureza da edificação sustentável reflete a forma como será sua
habitabilidade, ou seja, a maneira de habitar essas construções. É
importante ressaltar que a habitabilidade não está apenas relacionada à
residência, mas a toda função arquitetônica, tal como no setor
comercial, na forma de elementos voltados ao comércio, por exemplo,
lojas, galerias e salas comerciais; no setor cultural, com parques,
museus e centros culturais; ou no setor industrial e dos meios de
produção, com fábricas e linhas de serviços.
Para compreender melhor como a construção se relaciona com o meio,
é necessário entender o conceito de bioclimatismo.
É um mecanismo em que a compreensão das variáveis
do meio ambiente pode ser utilizada como uma forma
de estreitar as relações entre os organismos vivos e os
elementos construídos. No caso da arquitetura, da
relação entre o ser humano e a construção.
Mediante observação da natureza, é possível entender como os
elementos naturais interferem na vida das pessoas. Exemplificando, é
interessante entender as intempéries. Chuva, ventos e até mesmo a
insolação excessiva são prejudiciais, e é por isso que, na natureza,
compreende-se que devemos buscar abrigo e proteção. Porém,
estudando essas intempéries, podemos fazer uso delas, por exemplo,
criando mecanismos na construção em que podemos guiar o vento pela
construção, estabelecer uma forma de controle térmico e ventilação,
reduzir a umidade e aumentar a sensação de conforto.
Portanto, dessa forma que o desenho bioclimático se organiza para
favorecer as características sustentáveis da arquitetura. Um exemplo
concreto é o cupinzeiro: por meio de túneis e aberturas, oferece trocas
de ar e ventilação a toda a construção, oferecendo conforto e condições
ideais. Tal conceito tem sido utilizado por arquitetos contemporâneos,
como o malaio Ken Yeang, na tentativa de reproduzir as mesmas
estratégias.
O cupinzeiro é um exemplo de que a observação da natureza ajuda na compreensão de soluções
arquitetônicas.
As qualidades da arquitetura sustentável
Até meados dos anos 1990, quando o discurso sustentável ganhou
força por meio da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente
(O QUE..., 2016), a arquitetura buscava sua evolução reaproveitando
processos mais industrializados, como as esquadrias em alumínio, e
aproveitando de maneiras novas os materiais já conhecidos, como o
uso do plástico nos mobiliários e em outros elementos arquitetônicos.
A partir dessa década, quando o termo sustentabilidade foi colocado
nos meios de produção na forma como o conhecemos atualmente, a
arquitetura buscou meios de incorporar as diretrizes sustentáveis dentro
dos projetos. Essas diretrizes buscam criar a melhor relação dos
processos construtivos com o meio ambiente, mas atualmente também
incorporam as relações sociais e a resposta dessa evolução na forma
como ditamos a visão de um mundo mais organizado e preocupado
com o futuro.
As vantagens da arquitetura sustentável incluem:
Melhor resposta aos elementos naturais, tais como água,
atmosfera e extração mineral.
Redução da poluição e a melhoria dos processos construtivos.
Estreitamento das relações sociais, incorporando nos projetos
políticas de relacionamento e criação de espaços destinados
às práticas de sociabilidade.
Respostas comerciais imediatas nos meios de produção,
influenciando a busca de novos materiais.
Aumento das pesquisas em tecnologia e automação,
favorecendo melhor controle das unidades arquitetônicas.
Uma crítica geral do edifício
O edifício, de modo geral, reflete um pensamento, uma forma como a
arquitetura é pensada em determinados momentos da nossa história.
Um olhar mais apurado detecta traços dos modelos arquitetônicos que
retratam a maneira de pensar da sociedade profissional.
Até os anos 1990, um dos grandes traços da arquitetura corporativa era
a torre envidraçada, que refletiu a força da indústria corporativa, típica
forma de ver as grandes e dominantes empresas ao redor no mundo.
Trata-se, porém, de um dos modelos arquitetônicos severamente
combatidos pelos arquitetos sustentáveis.
Mesmo que outros modelos de edificações tenham características em
desalinho com as diretrizes sustentáveis, o edifício corporativo torna-se
um exemplo, uma vez que, a partir do momento em que práticas
sustentáveis não são incorporadas ao meio arquitetônico, é perceptível
que o modelo não se adequaàs novas tendências da arquitetura
mundial. Sua forma arquitetônica não respeita o relacionamento com o
entorno, em um processo construtivo antiquado e racional, não
valorizando o conforto ou a eficiência energética. Se a arquitetura
precisa de um exemplo de nova roupagem, o edifício corporativo é um
ótimo candidato.
Estratégias arquitetônicas do edifício
sustentável
Análise climática
Entre as características mais marcantes da torre corporativa está a pele
envidraçada. Essa estrutura e fechamento promove o uso
indiscriminado do ar-condicionado como meio de manter sua
habitabilidade controlada. Atualmente estão sendo estudadas novas
formas de conter o calor e promover a ventilação natural como
mecanismos sustentáveis diante desse modelo que, com as práticas
sustentáveis, claramente cairá em desuso.
Antes de estudar as novas estratégicas arquitetônicas, é preciso
compreender algumas das variáveis mais importantes, como a análise
climática. É por meio dela que se torna possível entender as ações do
clima sobre as construções. Fundamentalmente, são analisados a
insolação, os ventos, a precipitação e a umidade. Confira:
 Insolação
Determina a forma como o sol e o calor interferem
na escolha de materiais e na geometria da
edificação, bem como a influência sobre o entorno
(mediante o sombreamento e a convecção térmica)
e o comportamento solar.
 Ação dos ventos
Também chamada de atividade eólica, permite
compreender o movimento das massas de ar e
assim guiar o vento para favorecer a ventilação ou a
proteção da edificação e de partes dela. Exemplo: O
edifício Bahrain World Trade Center aproveita os
ventos como fonte de energia.
 Precipitação
É a ação das chuvas sobre a construção. Analisa-se
tanto as possibilidades de proteção quanto o
i d á l i i é d
Geometria da edi�cação
Após um estudo minucioso das variáveis climáticas, o projeto
arquitetônico passa por uma análise de partido. Essa etapa é muito
importante para a obra, pois determinará a forma como a edificação
reagirá às diversas variáveis no seu local de implantação. Vale ressaltar
que continuam valendo as regras de ocupação do solo, em que
verificamos os parâmetros urbanísticos, disponíveis no código de obras
de sua cidade.
A geometria da edificação é definida como a forma dada ao projeto
arquitetônico, sendo importante compreender as:
fachadas;
aproveitamento das águas pluviais, que é uma das
diretrizes sustentáveis.
 Umidade
É um importante fator ambiental para o bem-estar
dos habitantes e é influenciado pela insolação,
ventilação e precipitação. Esse também é um fator
importante das patologias construtivas,
principalmente em países tropicais.Q2
aberturas;
partido;
altura;
materiais envolvidos.
O desenho arquitetônico varia conforme as necessidades do projeto e o
estudo das diretrizes sustentáveis. Nesse sentido, nota-se que alguns
elementos influenciam diretamente a reação do edifício aos elementos
naturais.
Por exemplo, edifícios em formatos mais curvilíneos reagem melhor à
insolação e à ação dos ventos, não sendo tão impactados por eles.
Edifícios com grandes aberturas favorecem a captação e o
aproveitamento de ventilação. Telhados auxiliam na captação pluvial,
por oferecem grandes superfícies coletoras.
O ideal para esse tipo de estudo é a criação de modelos em escala que
vão permitir estudar as diversas reações, utilizando iluminação artificial,
túneis de vento e outros recursos como simuladores de condições reais.
Daqui em diante, é importante incorporar aos estudos arquitetônicos um
discurso mais abrangente quanto às necessidades em cada caso, já que
as ações são derivadas das condições ambientais, do clima local e da
região de implantação da edificação.
Relacionamento com o entorno
A edificação exerce uma forte influência em seu entorno, dependendo, é
claro, do modelo proposto, mas sempre há uma influência. Entre as
diversas estratégias para a arquitetura sustentável, as que favorecem o
bom relacionamento com o local de inserção do edifício são
notavelmente interessantes. Ou seja, é preciso considerar a boa relação
entre:
Usando como exemplo a torre corporativa, uma edificação de grande
porte, com suas características monumentais, interfere em uma quadra
onde as edificações são mais modestas, tradicionais e de baixo
gabarito.
A paisagem urbana também é uma estratégia sustentável. É por meio
dessa diretriz que a edificação se encaixa ou promove as mudanças
necessárias na cidade para seu desenvolvimento.
De forma intuitiva, uma relação entre a cidade e o pedestre é
imprescindível para promover o pertencimento, que é uma reação
natural para as cidades sustentáveis. E o edifício sustentável é
fundamental para criar um forte vínculo, seja pelas suas soluções
arquitetônicas, como o desenho da fachada (geometria), pela tecnologia
(fachadas), pela materialidade, ou mesmo pelas relações com os
espaços urbanos no entorno.
A questão da relação humana
A relação com o pedestre
Dentro da iniciativa da sustentabilidade, um dos grandes protagonistas é
o pedestre. É nele que o foco acontece, organizando as soluções e
estratégias para sua usabilidade.
 Gabaritos
 Partido arquitetônico
 Paisagem urbana
O pedestre reage diretamente com o entorno, por meio da calçada, da
rua e das fachadas das edificações. É nesse ambiente que seu olhar
segue a base de sua percepção. A compreensão do espaço não é mais
na escala urbana, mas em um raio compreensível pelo seu olhar.
Notadamente, para o arquiteto sustentável, a base de preparação para a
sua obra arquitetônica ser inserida no organismo da cidade é identificar
quais variáveis são necessárias para incluir o pedestre na relação entre
o edifício e a rua.
Para o arquiteto, é fundamental compreender os seguintes pontos:
Representado pela calçada e pela rua, e o corpo privado do
edifício, onde é notável o nível de permissividade para os
espaços e a própria noção de pertencimento das áreas comuns.
Velocidade própria de trajeto, e o tempo de percepção do volume
arquitetônico. Diante da necessidade da sociedade perante a
cidade sustentável, uma das diretrizes é reduzir o uso do carro
como principal meio de transporte. Parte dessa necessidade
influencia a forma como o edifício é percebido. Tratando da
velocidade de percepção, a pé o indivíduo tem maior capacidade
de interpretar os detalhes das edificações e valorizar o ambiente,
diferentemente de quando utiliza o carro.
As cidades sustentáveis devem ser mais permeáveis e
possuírem função social, permitindo a ligação forte entre edifício
e indivíduo, sempre relacionando a forma como os espaços
devem ser construídos. É perceptível na devolução do espaço
público ao cidadão, com a criação de praças e átrios.
Relação de transição entre o espaço público 
Relação de escala compreensível do pedestre 
Compreensão das barreiras arquitetônicas 
Fornecendo bases para o relacionamento com o pedestre. Essa
estratégia é chamada de fachada ativa.
A caminhabilidade é fundamental para as inciativas sustentáveis.
Ao produzir a obra arquitetônica dentro das diretrizes sustentáveis, olhar
para o pedestre torna-se essencial para permitir uma evolução mais
humana ao espaço público.
Organismo vivo: como o edifício respira
A diretriz sustentável para a construção arquitetônica deve seguir novas
regras de implantação e regularização de materialidade e soluções
tecnológicas. Ao projetar, o arquiteto deve estar atento às
determinações ambientais e à maneira como materiais considerados
usuais, como o concreto, podem se tornar mais ecologicamente
corretos. A construção tem uma tradição, mas é perceptível que
estamos passando por um período de transição e que algumas
soluções já não mais se encaixam.
Pensar no edifício como um organismo, e não mais meramente como
um abrigo, é uma das estratégias para favorecer essas soluções
arquitetônicas. Para o arquiteto sustentável, as práticas de
materialidade e tecnologia estão intimamente ligadas,estando ainda
conectadas com o habitante, em sua vida.
Como um exemplo simples, podemos citar o uso da energia elétrica.
Atualmente, é claro como a utilização da energia é essencial ao
humano.
Interpretação da fachada da edificação pela sua
usabilidade 
Diversos equipamentos do seu cotidiano precisam ser carregados
diariamente, se não em uso constante. Precisamos cada vez mais de
energia, e a demanda pelas usinas está cada vez mais alta. É
compreensível que a evolução tecnológica produza equipamentos mais
eficientes, porém também precisamos aproveitar outras formas de
energia.
O aproveitamento de energias limpas, como as energias solar e eólica,
favorece que equipamentos e novos materiais que aumentam a
eficiência sejam incorporados ao edifício.
Também favorece a edificação fazer uso das estratégias bioclimáticas,
que dizem respeito ao modo como o edifício se relaciona com o clima,
de maneira mais formal, dentro da geometria do próprio edifício. É o
caso, por exemplo, da ventilação, que produz sustentabilidade e
conforto, quando feita da forma correta, sem o uso de equipamentos
tecnológicos. Pode-se dizer que é a forma como o edifício, em uma
comparação biológica, respira diante do lugar onde está inserido,
sustentavelmente, e influenciado pela população, pelos outros edifícios,
pelo entorno e pela entropia com as intempéries.
A resposta dos habitantes do edifício sustentável
Ainda caminhando para um hábito, o ser humano tem muito a apreender
com o edifício sustentável. É preciso que algumas práticas mudem,
como a forma que utilizamos a própria estrutura de circulação na
edificação. Em outros pontos, é necessária a aceitação de estruturas
ainda pouco convencionais, como uma fachada verde. Contudo, é no
campo da manutenção e da mantenedora predial que há a maior
controvérsia.
O habitante da cidade do século XXI, o habitante sustentável, deve
compreender que parte do ambiente, embora público, é seu. É no
sentimento de pertencimento que caminhamos para uma arquitetura
própria, em que a responsabilidade também recai sobre esses cidadãos.
Por se tratar de um hábito, é uma das principais barreiras encontradas
atualmente para a aplicação de soluções sustentáveis nas edificações.
É preciso a aceitação e, considerando a evolução das cidades até o
momento, torna-se uma espécie de crítica à forma como a cidade é
cuidada e mantida.
Compreendendo a arquitetura
sustentável
Confira agora de uma forma objetiva quais são as qualidades e
vantagens da arquitetura sustentável e como ela pode ser importante
para a mudança no mundo.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A construção sustentável é o alicerce de uma sociedade que evolui
para melhor comunicação e interação com a cidade, seus
habitantes e o planeta. A construção sustentável pode ser definida
como
A
uma edificação que tem a capacidade de se manter
sozinha, ou seja, autossustentar sua existência.
B
a nova visão da arquitetura e da engenharia para a
criação de um mundo mais harmonizado com a
natureza e seu meio, favorecendo assim seu
desenvolvimento.
C
uma construção voltada para o uso de materiais
naturais, como madeiras e argila, totalmente ligados
Parabéns! A alternativa B está correta.
A metodologia de construção sustentável está intimamente ligada
às mudanças de políticas globais e de meio ambiente, bem como à
evolução do pensamento da sociedade. Essas mudanças estão
encaminhadas para o desenvolvimento sustentável.
Questão 2
Para estudar as técnicas atuais de produção arquitetônica, antes é
preciso compreender algumas das variáveis mais importantes,
como a análise climática. É por meio dela que se torna possível
entender as ações do clima sobre as construções. Para isso, é
fundamental analisar
ao meio ambiente.
D
o processo de edificações exclusivamente voltadas
para o ambiente natural ou agropecuário, ligada ao
setor de desenvolvimento sustentável dos meios de
produção.
E
ligada ao mercado de produtos de origem
sustentável e de consumo controlado, sendo essa
uma parcela destacada da produção arquitetônica
da cidade.
A
a insolação, a radiação solar, a irradiação solar e a
precipitação solar.
B
as chuvas, os vapores e os nevoeiros, diretamente
ligados à umidade local.
C
a ação dos ventos, principalmente as mudanças de
direção, que significam que o prédio deve se ajustar
sempre.
Parabéns! A alternativa D está correta.
Os quatro fatores essenciais são a relação com a luz solar —
insolação —, a reação aos ventos, a intensidade e o volume de
chuvas e precipitações e a forma como a umidade atua na
edificação.
2 - Sistemas construtivos e materiais
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os métodos construtivos relacionados à
sustentabilidade.
Metodologias construtivas
sustentáveis
Pensando nas estruturas
A partir das estratégias sustentáveis, o arquiteto deve avaliar diversos
fatores diante das necessidades de uma obra mais humana, dentro dos
D a insolação, os ventos, a precipitação e a umidade.
E
a energia solar, a energia dos ventos, a coleta de
chuvas e o vapor de umidade.
princípios da sociedade e da conservação do meio ambiente. Essas
necessidades atingem todas as etapas construtivas, incluindo o sistema
estrutural da edificação.
Considerado o esqueleto do edifício, a estrutura deve responder
diretamente aos princípios da sustentabilidade. Algumas dessas
respostas são para a materialidade empregada, outras para o processo
do canteiro de obras, que é considerado um dos grandes vilões da
sustentabilidade na construção civil, em razão do alto descarte e dos
processos poluentes.
A estrutura, quando bem empregada e dentro dos parâmetros
bioclimáticos, favorece o edifício e promove melhores reações às
interações bioclimáticas.
Isso porque pode ser utilizada de forma a favorecer vãos, aberturas e
volumes internos, aumentado o conforto ambiental.
Ainda, pode responder positivamente durante o processo construtivo,
reduzindo o tempo de obra e melhorando a incorporação do edifício à
cidade.
Infelizmente, do ponto de vista da materialidade, não há sistemas
estruturais ainda eficientes para serem considerados sustentáveis,
porém o mecanismo de montagem em aço e o processo de criação
modular são meios de tornar o sistema estrutural menos nocivo ao meio
ambiente.
O vilão da construção: o canteiro de obras
Dentro do processo de construção, o canteiro de obras é o primeiro a ser
montado, e deve ser planejado com cuidado e de forma estratégica. A
maneira certa de usar o canteiro vai determinar se será compreendido
como sustentável ou não.
De certa forma, o canteiro de obras varia com o elemento a ser
construído. De maneira tradicional, temos um canteiro preparado para a
produção in loco, ou seja, para que o edifício seja modelado a partir do
zero no terreno. Em alguns casos, é preciso até mesmo mais área do
que a destinada à construção, por causa dos processos de produção de
materiais, como concreto, e até mesmo de armazenagem de tábuas,
vigas e outros elementos utilizados.
Por que o canteiro de obras é considerado um vilão? Tradicionalmente,
no Brasil, as construções são feitas por meio do sistema de moldagem
em forma, o que demanda muito espaço e produz muitos resíduos, que
são posteriormente descartados. Alguns desses resíduos incluem
sobras de argamassas, partes de tubulações e ferragens não utilizadas,
outros materiais e principalmente água, oriunda de lavagens e usos, que
pode, inclusive, atingir o lençol aquífero mediante a penetração no solo.
O canteiro sustentável tem seu trunfo justamente no que o processo
tradicional tem de nocivo: os processos e os materiais. O canteiro de
construções de obras originalmente sustentáveis é mais organizado, e
seu processo construtivo favorece os usos de materiais, a pronta-
montagem e o aproveitamento máximo.
Uma vez que esse tipo de construção dá preferência a sistemas pré-
preparados, modulares e outrastecnologias, o uso da água é mínimo, se
limitando a poucos processos. Auxiliado pela indústria de produção
desses elementos, há pouco descarte e parte dele pode ser
reaproveitado ou reutilizado.
O canteiro de obras sustentável tem um planejamento que organiza os processos de forma mais
eficiente.
Entendemos, portanto, que a construção sustentável não se limita
somente à tecnologia ou ao projeto, mas se estende a todo o processo
construtivo, favorecendo a cidade e o cidadão.
Bioclimatismo na prática
A estratégia bioclimática é parte essencial do projeto arquitetônico e
deve fazer parte da linguagem e do processo de criação. De maneira
geral, o bioclimatismo trabalha em conjunto com as estratégias
sustentáveis, pois é partir dessa parceria que diversas tecnologias
surgiram e se aprimoraram. Um exemplo disso, entre vários, é a relação
entre a fachada e a geometria com a habitabilidade da construção.
Deve-se pensar sempre em conjunto com o clima e as intempéries e, a
partir daí, responder com as soluções arquitetônicas. Nesse ponto,
quando otimizamos soluções, percebemos como elas trazem benefícios
às diretrizes sustentáveis.
Para compreender melhor essa relação, vejamos um exemplo de
diversas estratégias possíveis: a forma como a fachada deve ser
protegida do sol.
Bioclimaticamente, ao protegermos a fachada da radiação solar,
usamos da forma e de mecanismos, como brise-soleils, para impedir
que essa radiação aqueça o interior da edificação. Sustentavelmente,
com o conforto interno aprimorado, o indivíduo tem menor uso de
energia elétrica para condicionamento térmico, o que possivelmente
melhora sua performance diante de atividades desenvolvidas na
construção. Esse aprimoramento é resultado de soluções sustentáveis,
que valorizam o meio ambiente e o aumento da eficiência desses
indivíduos.
Brise-soleils
Elementos de proteção das fachadas.
Os processos de produção da arquitetura devem considerar todo o
circuito produtivo, desde a utilização de matéria-prima à forma como a
cidade vai funcionar.
Materiais, aplicações e tecnologia
Materiais construtivos ligados ao setor sustentável
Atualmente, a gama de materiais sustentáveis é enorme, mas nem
sempre foi assim. Por vezes, na história das grandes cidades, esses
materiais foram tratados com desdém. Diante das novas políticas
ambientais, entretanto, diversos deles voltaram à cena, tornando-se
essenciais. Por tratar-se de um mercado em ascensão e em constante
evolução, cabe compreender alguns dos grupos que sofreram ajustes
severos para poderem se adequar às medidas sustentáveis e que têm
se tornado chave para a criação de cidades mais humanas e
ambientais.
Existem alguns tipos de materiais que merecem destaque na avaliação
de sua capacidade sustentável. Vejamos quais são eles!
Durante muito tempo foi considerado pouco sustentável.
Pensava-se que seu uso estimularia a produção de insumos
plásticos, como garrafas PET. Nos dias atuais, com o
aprimoramento da produção, são utilizadas diversas matérias-
primas, inclusive subprodutos de descarte da indústria, com
recondicionamento de peças veiculares e insumos de origens
mais renováveis.
O concreto, em sua produção, ainda é um material de baixo
poder sustentável. Atualmente, entretanto, são utilizados na sua
produção materiais que são incorporados à massa e auxiliam na
Madeiras plásticas 
Agregados do concreto 
resistência do concreto, chamados de agregados, que seriam
descartados pela própria construção civil, como sobras
metálicas, subproduto da quebra de concretos recondicionados,
fibra de vidro e outros materiais semelhantes. Tal prática
favorece um melhor olhar sobre esse produto.
Esse material é particularmente interessante pela sua
capacidade de ser compreendido como sustentável não só pela
sua produção, como também por todo o ciclo de vida e uso. São
peças produzidas a partir de ligas complexas, preparadas para
uso e reuso em modo contínuo, ou seja, podem ser recicladas e
recondicionadas várias vezes, reduzindo o impacto de descarte.
Além disso, aliadas ao projeto, podem ser utilizadas de maneira
modular. Isso impacta muito a própria produção, que se torna
mais planejada e propicia a redução do uso de energia e das
perdas. Sua produção também permite maior resistência
mecânica, produzindo peças finais mais delgadas e utilizando
menos volume de produção, o que gera menos impacto pela
extração de sua matéria-prima. A ligas mais utilizadas são
compostas por alumínio e fibra de carbono.
Os substitutos: materiais que mudaram o mercado de
construção civil
Com o aumento da tecnologia tanto na produção quanto no
desenvolvimento para o público final, muitos produtos da construção
civil sofreram ajustes fundamentais para a arquitetura. Materiais antes
considerados ideais perderam força e foram devidamente
recondicionados para se adequarem a um mercado mais exigente e
mais consciente de sua participação na evolução e na conservação do
planeta.
Peças metálicas em ligas leves 
A madeira plástica é um dos materiais substitutos mais populares.
Essa conscientização tornou possível compreender que, durante sua
produção, vários insumos tinham forte peso no impacto ao meio
ambiente. Contudo, tais materiais ainda eram essenciais dentro da
construção civil, fosse pelo tradicionalismo, fosse pela falta de
substitutos adequados. Vejamos alguns exemplos a seguir:
A madeira, apesar de sua característica renovável, é um produto
que demanda muita manutenção e substituição, devido à sua
origem natural e vegetal e, consequente, sua fragilidade e
sujeição a pragas e outras depredações. Uma vez que madeiras
mais resistentes, como as chamadas madeiras de lei, são mais
difíceis de serem utilizadas pois não podem ser cultivadas e
demandam extrativismo natural de florestas e matas, o mercado
utiliza espécies de rápido manejo e produção. Essas espécies
normalmente não são de origem nacional, como o eucalipto e o
pinus, e degradam o solo, exigindo manejo agronômico mais
eficiente. Além disso, são madeiras mais macias, o que impede o
seu uso em diversos casos, principalmente na construção civil
em grandes cidades. Uma forma de substituí-las em alguns
casos, principalmente em decks, mobiliários externos e brise-
soleils nas fachadas, é o uso de madeiras plásticas.
Solução tradicional no Brasil, o uso do concreto nas construções
vem de sua capacidade plástica e de uma popularização
originada nas construções modernistas. Para sua produção, são
utilizados produtos oriundos da extração de rochas e minerais,
Madeiras de uma maneira geral 
Lajes em concreto 
além de produtos químicos nocivos. Nos canteiros de obras tem
muita perda e, para o preparo da mistura, é utilizada muita água.
O descarte também é bem acentuado, sendo que boa parte
desses subprodutos não são reaproveitáveis ou
recondicionáveis. Assim, o concreto ainda é uma solução, mas
também um vilão na construção civil. A melhor maneira de
substitui-lo, principalmente na produção de lajes e fechamentos
de paredes, é com o uso de painéis especiais conhecidos como
painéis wall, formados por placas cimentícias e miolos em
diversos materiais, sendo o mais comum a madeira. Esses
painéis têm a mesma resistência mecânica do seu equivalente
em concreto e são mais leves, o que também reduz o impacto na
produção da estrutura da edificação.
Acabamento é fundamental em todos os casos da construção
civil. Embora há poucos anos uma vertente da construção tenha
considerado que os acabamentos não seriam necessários, pois
sua produção era poluente e desnecessária, essa prática persiste
até hoje. No caso dos acabamentos, a principal substituição está
na matéria-prima de sua produção: materiais com certificação
sustentável, aproveitamento de materiais reciclados e melhores
métodos produtivos.
Tecnologia e arquitetura
Inteligência arti�cial
A tecnologia é essencial para nós em diversos setores e níveis, e na
construção civil não seria diferente. O uso deinteligência artificial tem
sido constante em nossas vidas, facilitando, organizando e, quando
possível, aumentando a eficiência em nossas casas.
Mas o que é a inteligência artificial? Acima da ficção
cientifica, são hardwares de comunicação e interação
que processam nossas escolhas diárias e respondem
de acordo com elas.
Pinturas e revestimentos ecológicos 
Está presente em praticamente todos os equipamentos eletrônicos, de
celulares até chuveiros atualmente.
A inteligência artificial é importante aliada da automação residencial.
Mas como a inteligência artificial deixa a edificação mais sustentável?
Ela pode controlar remotamente funções de maneira automática, como
controle de temperatura, pesquisa de níveis de poluição ambiental,
alinhamento de equipamentos de proteção predial contra intempéries,
como janelas e brise-soleils automatizados, e até mesmo detectar
nosso comportamento e assim ajustar iluminação artificial, robôs de
limpeza e manutenção e seguranças.
Cada vez mais presente em nossas casas, torna-se visível no mercado
comum com o uso de assistentes eletrônicos, que além de responder às
nossas perguntas mais banais, controlam equipamentos, como
luminárias, televisores e aparelhos de ar-condicionado. Ainda, oferecem
informações sobre clima, notícias e outras funções. Assim, podemos
afirmar seguramente que nossas casas estão ficando mais
“inteligentes”.
Seria o edifício do século XXI cultivável?
Além da inteligência artificial, novas tecnologias ligadas à produção da
construção civil têm sido estudadas.
Com as aplicações mais voltadas a uma linguagem que converse com o
meio ambiente, alguns produtos têm se conectado mais a soluções
biológicas. Um exemplo é a tinta que absorve poluição, convertendo
subprodutos da queima de combustíveis fósseis em componentes
químicos que podem ser absorvidos pelo solo.
Outro produto inovador é o concreto regenerativo, que possui a
capacidade de se recompor naturalmente após uma quebra ou
rachadura. Em sua formação, existem agregados químicos que simulam
certos processos regenerativos na natureza e tem um olhar bastante
atencioso para a produção de edificações nas metrópoles.
Ainda, processos de produção da própria edificação também estão no
foco de pesquisadores. O método de produção de impressão 3D das
edificações promete trazer automatização e eficiência. É como se o
edifício crescesse do solo. Esse processo já está sendo utilizado na
construção de casas e lajes especiais, reforçadas, com base em
cálculos de geometrias complexas, mas é uma realidade em constante
desenvolvimento.
Metodologia modular: menos impacto, mais e�ciência
Não é só de materiais que a construção civil sustentável se baseia. Os
processos construtivos, de forma estudada e planejada, também estão
sofrendo ajustes e sendo objeto de novas pesquisas.
Uma metodologia simples e que tem demostrado muita eficiência é a
construção modular. Ela se baseia no planejamento das formas
arquitetônicas a partir de “peças” e encaixes especiais, permitindo que o
edifício seja montado de forma rápida e com menos impacto.
Esse método não é recente, entretanto, com a evolução do pensamento
sustentável, a capacidade dinâmica da edificação entrou em vigor,
permitindo que o edifico se adapte às necessidades da população.
Assim, hospitais poderiam ter sua capacidade aumentada, escolas
podem se tornar mais dinâmicas se ajustando à demanda de
estudantes e edificações residenciais poderiam crescer com a família.
Somado às pesquisas de novos materiais, esse método tem sido um
importante aliado na construção civil.
Biomimética na construção e na materialidade
A biomimética tem se tornado um alvo interessante de pesquisadores
da construção civil. Com sua característica de observação e
interpretação dos sistemas da natureza, temos conseguido trazer cada
vez mais soluções para nosso meio de construção.
Alguns campos, em especial, têm se tornado objetivo de análise. Confira
a seguir quais são!
Fechamentos de fachadas em estruturas modulares
Semelhantes ao comportamento de células vegetais, os
fechamentos das edificações sustentáveis têm sido pensados
em painéis dinâmicos, removíveis e de fácil instalação,
permitindo o surgimento de estruturas respiráveis e adaptadas
ao clima e ao funcionamento do edifício. Ou seja, dependendo
da demanda climática, podem assumir diferentes formas.
Revestimentos respiráveis
Ainda no campo das fachadas, alguns produtos permitem a
troca de gases entre os cômodos. É o caso de alguns
revestimentos que possuem em sua composição a capacidade
de se abrir e fechar dependendo da necessidade, diante, por
exemplo, da umidade. Presentes nos vegetais, também é
responsável pela respiração desses espécimes.
Produtos hidrostáticos
Permitem a impermeabilidade de superfícies. É muito utilizada
em mobiliários urbanos e revestimentos internos e externos.
Esses produtos impedem que a água se acumule nas
superfícies, assim como nas carapaças da maioria dos insetos.
Esses são apenas alguns exemplos da capacidade de observar a
natureza e detectar possíveis soluções para a arquitetura sustentável.

Falando de materiais: tecnologia no
setor construtivo
Confira agora as novidades envolvendo as construções mais recentes,
abrangendo a evolução da tecnologia na escolha de produtos mais
eficientes e sustentáveis para as novas construções.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O canteiro de obras é considerado uma das partes do processo
construtivo mais nocivo ao meio ambiente, em razão das perdas,
dos dejetos e dos descartes de subprodutos da construção civil.
Uma das maneiras de o arquiteto sustentável resolver parte desse
problema é
Parabéns! A alternativa A está correta.
A
revendo os processos de utilização dos materiais
dentro do canteiro, para uma produção mais
organizada e eficiente.
B
impedindo a utilização de alguns materiais na obra,
mesmo que essenciais, pois poluem muito os
afluentes locais.
C
realocando a produção desses elementos nocivos
para outro sítio, deixando a responsabilidade para
empresas credenciadas.
D
entendendo que é inevitável, pois os processos
construtivos são tradicionais e não mudam
conforme novas técnicas surgem.
E
revendo os processos, mas sabe-se que nada pode
mudar, por questões legislativas.
A revisão dos processos de produção e dos insumos e materiais
voltados para construção civil é uma das inciativas para introduzir
padrões de sustentabilidade aos métodos construtivos.
Questão 2
Diversas novas aplicações voltadas à construção civil têm sido
estudadas, principalmente no âmbito de desenvolvimento de novas
tecnologias. Seus usos são diversos e direcionados a uma conversa
com o meio ambiente e às necessidades de conforto ambiental
para os habitantes das edificações. Duas dessas novas aplicações
são
Parabéns! A alternativa E está correta.
Os sistemas automatizados e de inteligência artificial auxiliam em
controles específicos para o conforto ambiental e para a proteção
da edificação, prevendo e antecipando ações de controle de forma
automática e programada, o que melhora a eficiência dos sistemas.
A o condicionamento de ar e a impressão 3D.
B
os assistentes virtuais e os brise-soleils
automatizados.
C
os novos produtos vernaculares e a inteligência
artificial.
D os materiais vivos e a matéria programável.
E a inteligência artificial e o concreto regenerativo.
3 - Recursos para promover o conforto e a e�ciência
energética
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar as soluções de processos de conforto
ambiental.
Bioclimatismo na prática
Bioclimatismo versus sustentabilidade
Falar de sustentabilidade na arquitetura é falar de processos. Quando
nos referimos à forma como a sustentabilidade é vista dentro da
construção civil, sempre devemos entender a relação com meio
ambiente e a responsabilidade com a construção. Em outras palavras,
ser sustentável é acima de tudo uma atituderesponsável.
Mas e o bioclimatismo? O bioclimatismo na arquitetura
é um conjunto de estratégias voltadas para o
relacionamento com o clima e as nuances do entorno.
Ou seja, é direcionado para o conforto e a eficiência da
construção.
Ao pensarmos na arquitetura sustentável, é fundamental avaliar a
característica de responsabilidade com o planeta, com a população e,
acima de tudo, pensar no relacionamento com o meio. De certa forma,
entender a construção sustentável é usar as estratégias bioclimáticas
como parte do processo para conseguir resultados mais eficientes e
voltados para o uso humano das obras arquitetônicas.
Soluções bioclimáticas: intempéries
Um dos maiores problemas para o arquiteto na hora de projetar é a ação
das intempéries. É nesse contexto que a construção é tratada como
abrigo, e a tecnologia das construções tem se inovado cada vez mais
para tornar eficiente a tarefa de proteger e dar condições de conforto.
Diante dessa problemática, o bioclimatismo é uma das estratégias mais
interessantes. Considerando as intempéries, são pensadas a forma
arquitetônica, as aberturas, os acessos e as circulações.
Quando falamos de intempéries, tratamos do seguinte:
Chuvas e umidade
Definir a forma como o edifício reage às chuvas determina a
maneira como a materialidade será aplicada para impedir que os
ambientes internos fiquem úmidos demais. Se, além de proteger
também aproveitar as águas pluviais, torna-se um importante
aliado das estratégias bioclimáticas.
Radiação solar
Por agir diretamente sobre as superfícies da edificação, na
definição da forma arquitetônica podem ser melhorados os
fatores de proteção. Quando isso não é possível, a aplicação de
elementos de fachada auxilia na filtragem, pois atuam como
barreiras à radiação solar.
Ventos
Proteção contra ventos deve ser avaliada de acordo com o
entorno e as características de clima locais. Em cada caso, deve
ser analisada a maneira que haverá a captura ou o bloqueio do
vento. Associada às proteções de umidade, pode ser um intenso
aliado do conforto ambiental.
Ruídos
Normalmente associados às grandes cidades, os ruídos não são
necessariamente uma intempérie, mas sua proteção deve ser
pensada para se ajustar às anteriores, sempre imaginando que,
em casos de ruídos, devem ser idealizadas barreiras para
conforto e salubridade.
As intempéries variam com o clima, a região e a forma como a
combinação delas age sobre os edifícios.
A geometria do edifício como estratégia bioclimática
Como já mencionado, uma das mais antigas estratégias de conforto
ambiental é pensar na forma da edificação. É uma das características
mais marcantes da arquitetura bioclimática e também uma importante
estratégia sustentável. Pensar na forma arquitetônica aumenta as
chances de eficiência e, com isso, a valorização das condições
energéticas envolvidas.
A forma arquitetônica deve ser planejada com antecedência e segue os
seguintes critérios:
 Parâmetros urbanos para a área
Permissões legislativas de construção.
 Entorno de implantação
Importante para compreender as nuances culturais,
a paisagem urbana e o contexto arquitetônico da
cidade, da vizinhança ou da rua.
 Condições ambientais locais
Relacionado diretamente às intempéries, que
devem ser considerados para conceber a forma da
maneira mais eficiente possível.
É a partir do estudo desses parâmetros que tomamos as decisões
necessárias para a elaboração da forma e do partido arquitetônicos.
Uma boa técnica é a criação de modelos de teste em escala reduzida
que serão testados a partir de simulações das ações sobre ela. O uso de
softwares específicos também auxilia a compreensão a tomada de
decisões das estratégias a serem utilizadas em projeto.
Os parâmetros energéticos: falando
de e�ciência
Entendendo a energia alternativa
Quando falamos que a construção terá características voltadas à
sustentabilidade, o senso comum imediatamente cria uma relação com
a principal referência do tema: a energia alternativa. Mas o que são
energias alternativas?
Fontes de energia alternativa são todos os métodos
não convencionais de geração de energia. Para ser
considerada não convencional, é preciso, acima de
tudo, que essa fonte venha de meios pouco comuns a
determinada cultura. No mundo todo temos diversas
formas de energia, variando principalmente com as
considerações climáticas e relevos dos países do
mundo.
No Brasil, a principal fonte de energia é hidroelétrica, por meio do uso de
barragens e usinas com turbinas que utilizam a força da água como
 Necessidades projetuais
Compreender as necessidade e o programa
arquitetônico permite fazer escolhas estratégicas
para o bem-estar da população do entorno e da
edificação, além de poder aumentar a sensação de
conforto e eficiência energética da edificação.
motriz. Essa é considerada uma fonte convencional. Entre outras
semelhantes, temos a energia nuclear e termoelétrica.
A utilização de fontes renováveis e alternativas é fundamental para as iniciativas sustentáveis.
As principais fontes não convencionais utilizam meios pouco invasivos
ou de baixo impacto ambiental, além de fontes renováveis de energia.
Estamos falando das energias:
Outras fontes não convencionais incluem o uso das marés e até mesmo
da energia cinética. Esta última é principalmente pensada para as
grandes metrópoles, pois utiliza o próprio movimento das pessoas sobre
a calçada como fonte geradora de energia. Aliada à iniciativa da
sustentabilidade urbana de caminhabilidade, pode se tornar uma fonte
de energia eficiente e pública para iluminação de vias e logradouros,
diminuindo essa parcela das contas de energia dos habitantes.
Padrões residenciais: energias fotovoltaica e eólica
 Fotovoltaicas
 Eólicas
 Geotérmicas, entre outras
Cada fonte energética é eficiente a seu modo, variando principalmente
no investimento e na sua fonte. De acordo com as diretrizes
sustentáveis, o ideal é utilizar fontes de energias renováveis. Entre as
principais, acessíveis ao público comum, temos as fontes energéticas
fotovoltaicas e eólicas.
A energia fotovoltaica usa principalmente como fonte a irradiação solar.
Irradiação e radiação se diferenciam pela forma como incidem, pois a
irradiação responde diretamente sobre o calor e a luz irradiada pelo sol.
Essa irradiação é captada por células especiais chamada células
fotovoltaicas e a energia solar é transformada em energia elétrica,
aproveitada nas construções.
A energia fotovoltaica é um importante aliado na busca de fontes alternativas.
A fonte eólica é oriunda dos ventos. Isso significa que massas de ar
precisam estar em movimento para girar potentes hélices que, com o
movimento circular, acionam poderosas bobinas que convertem o
movimento em energia elétrica.
Ambos os casos possuem versões em escalas diferentes, tanto para
alimentar uma cidade quanto uma residência. As duas fontes também
sofrem do mesmo mal: a inconsistência na geração de energia.
No caso da energia fotovoltaica, o problema está na fonte de luz. Além
de funcionar somente em período diurno, sua maior eficiência acontece
em um curto período de tempo, e ainda a perde quando o céu está
nublado. No caso da energia eólica, sua inconsistência vem do próprio
vento, que possui movimento fluídico e, graças a isso, não tem direção
nem intensidade constantes.
Mesmo diante de alguns problemas, são as melhores apostas para o
uso residencial, pois normalmente se adaptam a qualquer lugar e clima.
Onde �ca a economia?
Quando utilizamos energias renováveis nos sistemas construtivos,
estamos tomando, além de uma atitude sustentável, uma ação
consciente. É um processo que deve ser incorporado às construções
diante das necessidades da cidade sustentável.
Contudo, estamos tratando de tecnologias novas que ainda estão em
caráter de desenvolvimento. Logo, devido à sua característica de
inovação, ainda possuem um custo relativamente alto.
Há outro fator que tem sido constante: essas tecnologias aindanão são
totalmente eficientes. Isso significa que precisamos utilizar um volume
bem grande de equipamentos para suprir a demanda de uma
construção. Infelizmente, nas construções urbanas, espaço é um grande
problema.
Então, como fica a questão do investimento? A
economia está vinculada à aposta. É preciso inserir
esses processos aos poucos, criando uma expectativa
de evolução tanto tecnologicamente quanto de
pensamento sustentável. Acreditar na possibilidade é
fundamental.
Como incentivo ao uso da tecnologia, fornecedoras de energias
convencionais tem promovido ações de reforço com o uso de créditos
energéticos. É uma maneira de incorporar o uso dessas fontes em
nosso cotidiano, criando o hábito de seu uso.
Vegetação e conforto ambiental
Uso da vegetação na arquitetura
Diversas são as estratégias para a construção sustentável, algumas
delas já apresentadas. Podemos listar soluções por meio do
bioclimatismo, da forma e de materiais inovadores. Mas uma estratégia
é pouco falada, talvez devido ao seu grau de manutenção: o uso de
vegetação nas construções.
O uso de vegetação é uma das características da arquitetura do século XXI.
Arquitetos do mundo todo, quando idealizam a cidade do século XXI,
trazem tecnologia nos transportes e nos materiais, sistemas sociais
colaborativos e coletivos, eficiência na distribuição heterogênea das
funções arquitetônicas e muitas vezes incorporam elementos vegetais
em suas representações e projeções. Mas por quê?
A relação entre o homem e a vegetação já é antiga. Trata-se de um
relacionamento importante e inserido na compreensão instintiva de
conforto e paz. Dentro da arquitetura sensorial, é um importante
mecanismo de interação de conforto ambiental. É lógico compreender
que essa relação não se quebraria facilmente.
Na linguagem da paisagem urbana, as cidades têm mantido árvores e
outros elementos vegetais contidos em áreas destinadas ao lazer e à
contemplação, como praças e largos. Os edifícios são dominantes na
paisagem metropolitana, e seria lógico supor que, nas projeções de uma
cidade sustentável, ligada ao meio ambiente e à preservação e
conservação da natureza, esse elemento ganharia um destaque
importante.
Diversas são as vantagens de seu uso, desde a percepção da paisagem
urbana a fatores especiais de proteção, como contra a radiação solar e
os ventos excessivos. Ainda, seu manejo permite escolher espécies
especificas para filtragem da atmosfera. Em fachadas, as chamadas
fachadas verdes, favorece o aumento do conforto ambiental.
Parâmetros de conforto: a vida na cidade grande
Uma cidade sustentável alia conforto, eficiência e responsabilidade. É
no âmbito de paisagem que o urbanismo sustentável se equipara.
Diante das transformações sociais e de pensamento vividas pelos
habitantes das cidades contemporâneas, é natural que as suas
impressões da paisagem urbana também se transformem. Com as
estratégias sustentáveis da caminhabilidade e da criação de cidades
heterogêneas, a relação entre a rua e o pedestre é fundamental. Essa
relação demanda da linguagem da cidade para com seus habitantes e
proporciona conexões de conforto fundamentais para a aceitação
dessas novas formas de ver o urbanismo contemporâneo.
Para as cidades tropicais, o relacionamento com o sol é o principal foco
dos mecanismos de conforto e proteção, pois é preciso criar ruas mais
arborizadas e propicias ao caminhar, já que o pedestre é o alvo dos
arquitetos do século XXI. As espécies devem ser cuidadosamente
escolhidas para que possam assumir o comportamento correto com o
clima, na forma de comportamento perene ou caducifólio, que é a forma
como as folhas caem no inverno.
As fachadas e sacadas também são alvo dessa estratégia, sendo, para
o arquiteto sustentável, vitais para a linguagem da paisagem. As
edificações projetadas para a cidade sustentável possuem um
intrincado relacionamento com o meio e assumem a criação de grandes
cortinas verdes nas edificações, ocupando principalmente as fachadas
voltadas para a maior irradiação solar.
Bioindicadores: alertas da natureza para a poluição
Os vegetais bioindicadores são um forte aliado na compreensão da
atmosfera urbana das grandes metrópoles. Mas o que são esses
vegetais?
O arquiteto sustentável é responsável pela elaboração de elementos na
construção que retornam dados importantes para a cidade. Quando se
utiliza de bioclimatismo e fachadas verdes como estratégias da
paisagem urbana sustentável, esse arquiteto se compromete a estender
esse relacionamento à biologia.
Bioindicadores são elementos do ecossistema que reagem a certas
situações, transformações e nuances do meio ambiente. Existem
representantes dessa classificação nas mais variadas classes de seres
vivos, mas os vegetais bioindicadores são classificados da seguinte
maneira:
Possuem uma característica interessante: respondem a certos
elementos presentes na atmosfera urbana, como
microparticulados e gases nocivos, resultantes da queima de
combustíveis fosseis. Esses vegetais os absorvem e filtram o ar.
Algumas espécies reagem mudando de cor ou mesmo
morrendo, o que indica altos níveis desses elementos na
atmosfera. Alguns exemplos são a espada-de-São-Jorge e as
árvores Ficus.
Esses apenas reagem a algumas características da atmosfera,
como níveis de oxigênio e CO2, por meio do crescimento, de
mudanças de direção ou simplesmente morrendo. Tais vegetais
não absorvem os materiais nocivos, como os filtrantes, apenas
não reagem bem a eles. Alguns exemplos incluem as
samambaias e algumas espécies de arbustos. Plantados nas
praças, indicam os altos teores de materiais poluentes.
Confira um exemplo de vegetação:
A vegetação é um importante aliado para detectar a poluição residual na cidade.
Vegetais filtrantes 
Vegetais indicadores 
Portanto, o uso de vegetais nas cidades não tem apenas um fator
paisagístico, mas também constitui importante meio de detecção de
problemas atmosféricos, que deve estimular alterações no meio urbano
e a criação de mecanismos para a diminuição da poluição.
Por que o edifício sustentável é tão
verde?
Confira agora por que as representações do edifício sustentável do
século XXI normalmente são feitas abrangendo vegetação em sua
constituição e de que forma seu uso é benéfico para a população e a
cidade.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
As energias alternativas são métodos considerados não
convencionais como fonte de energia para alimentar nossas
necessidades nas habitações. Na contramão das energias
convencionais, são consideradas essencialmente limpas e muito
valorizadas pela arquitetura sustentável. São exemplos de energias
alternativas
Parabéns! A alternativa C está correta.
A a fotovoltaica, a solar e a hidroelétrica.
B a nuclear, a solar e a termoelétrica.
C a fotovoltaica, a eólica e a geotérmica.
D a plasmática, a nuclear e a fotossensível.
E a reativa, a acumulativa e a eólica.
As energias alternativas são oriundas de meios considerados não
convencionais. Alguns exemplos das convencionais incluem as
hidroelétricas, as usinas nucleares e as termoelétricas. As fontes
solares, ou fotovoltaicas, as eólicas, oriundas dos ventos, e as
geotérmicas, a partir de fontes subterrâneas, são consideradas
limpas e ainda não convencionais.
Questão 2
Na paisagem urbana, as árvores têm sido largamente utilizadas
para aumentar o conforto ambiental na área pública, minimizando a
ação do sol. Entretanto, para o arquiteto sustentável, existe uma
vantagem a mais. Assinale a alternativa que apresenta essa
vantagem do uso de árvores.
Parabéns! A alternativa D está correta.
Aumentando a imagem que a cidade possui de ser sustentável e
preocupada com as questões ambientais, é ampliada a sensação
A
Enquadra melhor a paisagem da cidade, melhorando
a impressão da cidade para o turismo.
B
Determina melhor onde existem pontos de
drenagem favorável, devido às raízes das arvores.
C
Organiza asáreas de contemplação, permitindo
melhor aproveitamento da rua e do espaço público.
D
Aumenta a imagem de uma cidade ligada ao meio
ambiente e à noção de conservação da natureza.
E
Impede que as construções antigas e nada
sustentáveis sejam vistas, assim a cidade passa
uma impressão de sustentável.
de pertencimento ao lugar, permitindo que os habitantes
compreendam as práticas de conservação.
4 - Reuso da água
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer as metodologias de e�ciência no uso da
água nas construções.
Importância da água
Água na arquitetura
A água é o bem mais precioso do planeta. É o elemento fundamental
para a vida e deve ser preservada a todo custo. A água é utilizada tanto
em nossa subsistência, para consumo e lazer, quanto em diversos
setores da construção, inclusive no canteiro de obras.
Na arquitetura sustentável, torna-se fundamental imaginar o
aproveitamento de água. Ela está presente nos principais sistemas
prediais, como os que veremos a seguir:

Higienização

Sistemas de preparo de alimentos
wave
Arrefecimento de ambientes

Elementos paisagísticos
Sua importância é tamanha que é peça central nos estudos a respeito
da construção sustentável.
Considerando a etapa de construção, a água é utilizada no preparo de
argamassas e de elementos construtivos. Atualmente, nesses sistemas,
a perda de água é considerável. Um dos deveres de arquitetos e
engenheiros sustentáveis é partilhar a preocupação de idealizar uma
metodologia eficiente para seu uso.
Na etapa de ocupação do edifício, a água é utilizada nos sistemas da
construção e deve ser calculada de acordo com a função
desempenhada na edificação. Tais cálculos preveem um uso
equilibrado, porém as bases para a criação dessas estimativas são
consideradas defasadas diante do comportamento sustentável, pois a
intenção de reduzir perdas ou utilizar de forma eficiente minimizam seu
uso.
No ramo de projetos sustentáveis, diversos equipamentos têm se
adaptado para utilizar cada vez menos água em seus sistemas, como
nos equipamentos arrefecimento e de ar-condicionado, e em torneiras e
registros, com o uso de arejadores ou redutores de pressão.
Por ser uma indústria em evolução, é compreensível que novas
tecnologias surjam nos próximos anos.
Água na cidade
Como elemento fundamental da vida, a água encontra na cidade um
grande desafio. É de suma importância a compreensão de que deve ser
tratada em todo o território urbano, mas a forma de construção da
cidade contemporânea anda na contramão desse pensamento.
Isso ocorre porque uma grande parte da superfície das metrópoles é
tratada de forma impermeável. Dessa maneira, as águas pluviais devem
ser encaminhadas para sistemas de coleta, onde são conduzidas como
águas perdidas para sua utilização. Para as cidades, as chuvas sempre
foram tratadas como um problema urbano a ser resolvido, evitando
enchentes e áreas de alagamento.
A água é muito importante para a percepção do ecossistema urbano.
O urbanista sustentável possui uma outra visão sobre esse assunto.
Para ele, as formas de aproveitamento dessas águas são inúmeras,
criando meios para sua reutilização, assim como acontece em
situações prediais. Diante das soluções possíveis, calhas especiais são
criadas para absorver essas águas, permitindo seu aproveitamento ou
mesmo as encaminhando ao solo, de modo que o penetrem e sejam
devolvidas ao lençol freático.
Água do mar: solução?
As águas oceânicas constituem a maior parte da superfície do globo.
Diante das necessidades das diretrizes sustentáveis e da imensidão dos
oceanos, é natural que pensemos que a água não estaria em perda.
Contudo, o uso de água do mar tem um alto custo.
A água do mar possui em sua constituição uma parcela considerável de
minerais essenciais à vida, porém, mesmo diante desse fato, não é uma
água passível de consumo direto, nem pelo homem, nem pela
construção civil.
A água salgada não reage adequadamente às misturas químicas
envolvidas no processo de produção de materiais para a construção
civil, nem tampouco elementos ligados a ela, como a areia de praias e
regiões costeiras. O sal presente em sua composição compromete a
integridade de ligamentos químicos, tornando os agregados pouco
ligantes entre si.
Esse uso constitui um risco à construção, com possibilidade de colapso.
A água doce, oriunda de lençóis freáticos, precisa ser utilizada para a
lavagem desses materiais para que possam ser utilizados. Como esse é
um processo de alto custo e de grande poder poluente, as areias
costeiras não devem ser utilizadas para a construção civil.
Consumo consciente
Consumo de água
A análise de consumo de água é uma das variáveis mais importantes
para o projeto arquitetônico, quando do planejamento de seu uso dentro
do sistema predial e do nosso dia a dia. Fato é que esse consumo é
variável. Vai depender das necessidades de cada tipologia e função
aplicada ao uso da construção. Analisando superficialmente, já é
notável que o consumo residencial é bem diferente do consumo
industrial, por exemplo. Mas diferente como?
O consumo da água é calculado preferencialmente pelas atividades
exercidas. Assim, dentro da usabilidade residencial, ela é pensada no
preparo de alimentos, na higienização diária e na limpeza das
habitações. Lazer e paisagismo são considerados acréscimos nesse
cálculo.
No uso comercial, ela é considerada essencialmente para a limpeza e o
uso de sanitários, descartando as práticas de higiene pessoal, como
banhos. Entretanto, certas práticas comerciais utilizam mais água, é o
caso de restaurantes e consultórios, bem como do setor de estética.
Nas indústrias, a água é consumida dentro da linha de produção.
Embora as anteriormente citadas possam ser tratadas mediante
estimativas, nas indústrias cada produção faz seu uso de forma
diferenciada. Por isso, o arquiteto sustentável deve considerar as linhas
de produção dos itens idealizados para seus projetos. Empresas de
produção sustentáveis estão atentas ao processo produtivo, mas as
necessidades da arquitetura variam de acordo com as necessidades
das edificações. O uso de artigos que possam ser produzidos em série
permite planejar melhor o uso da água na indústria e reduzir seu
impacto. É por essa razão que modelos modulares de construção são
mais sustentáveis do que os moldados in loco na obra.
Tipos de águas dentro do ciclo de águas urbano
Embora não seja exatamente uma solução, reaproveitar a água utilizada
é substancialmente uma fonte importante para a sustentabilidade. Não
está ligada apenas à questão de utilizar menos água do sistema, mas
principalmente quanto ao descarte das águas servidas.
O processo de reaproveitamento começa a partir do momento que
utilizamos a água em nossos sistemas. A melhor forma de entender
como essa água é aproveitada é conhecendo as três denominações
básicas do ciclo de águas prediais.
 Água limpa
É considerada a água sem tratamento, mas
adequada para uso em áreas especiais da
construção. Não é própria para consumo, mas pode
ser utilizada para lavagens e higiene gerais. Às
vezes é confundida com a água potável, porém não
deve ser utilizada para preparo de alimentos ou
filtragem.
 Água potável
Determinada pela sua característica de uso
primário, adequada ao consumo humano. Essa
água chega às nossas instalações prediais a partir
d i á i f
O consumo desenfreado e a globalização da produção industrial têm
contribuído essencialmente para a poluição das águas planetárias. O
das concessionárias que fazem o tratamento e a
distribuição em cada cidade do país.
 Água cinza
É a água de primeiro consumo, de uso brando, e
sem a contaminação por elementos nocivos ou
gorduras. Tem teor médio de poluentes. Embora
inadequada para consumo humano, pode ser
tratada e reutilizada em algumas instalações, como
bacias sanitárias e paisagismo.
 Água negra
É considerada imprópria e inadequada para
consumo humano em qualquer espécie.
Normalmente estáassociada ao esgoto doméstico,
mas também é resultado de descarte pesado, de
lavagens industriais e outros elementos. Precisa ser
tratada antes do descarte final.
 Água poluente
Utilizada principalmente em indústrias pesadas,
áreas radioativas e hospitais, deve ser tratada e
descartada de maneira consciente e correta. Não
deve ser encaminhada ao lençol freático. É o
subproduto do ciclo urbano de água mais difícil de
tratar e normalmente está ligada aos mais
significativos ativos de poluição do planeta. A taxa
de vida nessas situações é zero, levando à
mortandade de toda a vida em leitos de rio e lagos.
movimento sustentável busca reduzir essas práticas de consumo,
orientando para a conscientização e a educação ambiental.
Estratégias para evitar a poluição
A sustentabilidade e o movimento de desenvolvimento sustentável são
os responsáveis pelas maiores lutas envolvendo a preservação dos
recursos naturais e do meio ambiente. Uma das maiores estratégias de
ações sustentáveis é a conscientização. Sendo essa a principal vertente
de desenvolvimento para as cidades do século XXI, o arquiteto
sustentável é um importante agente de conscientização e orientação,
principalmente nas grandes cidades.
Para o arquiteto sustentável, isso é demonstrado por meio do projeto
consciente e do uso de recursos visuais para a compreensão da
população e dos habitantes das cidades e da edificação. Na prática,
essa conscientização é feita mediante a criação de ambientes
adequados e propícios ao conforto ambiental, valorizando os princípios
do desenvolvimento sustentável para as grandes cidades e,
consequentemente, valorizando o espaço urbano.
Outra forma é a criação, nas edificações, de mecanismos especiais que
valorizem as estratégias sustentáveis, como o consumo consciente de
água por meio de equipamentos de redução de seu uso sem
comprometer o conforto.
Essas estratégias visam tornar a vida sustentável um hábito. Uma das
faces mais visíveis é o consumo de água, pois tanto a materialidade
quando a geometria predial dependem apenas da percepção sensorial.
As práticas de redução de uso da água favorecem a visibilidade e o
questionamento, além de auxiliar as técnicas contemporâneas de
educação ambiental.
Sistemas de aproveitamento e
reciclagem da água
Sistema de alimentação predial
Os sistemas de águas prediais funcionam de maneira cíclica, ou seja,
estão ligados a um ciclo que se inicia na captação de águas e vai até o
seu descarte no meio ambiente. Confira a seguir como funciona:
O circuito começa na captação, a partir do leito dos rios que
alimentam as cidades. Esses canais naturais fornecem a água
que será encaminhada às estações de tratamento, onde serão
recondicionadas para água potável. Esses rios normalmente
não acompanham o crescimento das cidades. Quanto mais
crescem, mais aumenta a demanda de água. É comum, em
algumas metrópoles, que o fornecimento de água seja
originário de vários cursos de rios e lagos próximos. Também é
comum que a cidade se desenvolva em volta deles. Por vezes,
vemos a cidade criar reservatórios artificiais de água, como
açudes e áreas de alagamento controlado, para que sirvam de
apoio e abastecimento.
Após passar pelas estações de tratamento, as águas são
encaminhas às edificações através de um intrincado sistema
de distribuição. Esse sistema pode ter muitas variações, mas
essencialmente é feito por meio da pressão natural da água,
sem o uso de bombas ou subestações. Por se tratar de volume
de fluido, justifica-se a fundamentação correta do cálculo de
consumo predial, pois é a partir dele que as concessionárias
podem encaminhar a água em volumes adequados. Esse é um
dos desafios do arquiteto e do urbanista sustentável, visto que,
dentro da diretriz sustentável da cidade compacta, que rege o
uso heterogêneo e misto do território, devemos calcular
adequadamente para várias funções ao mesmo tempo.
Uma vez alimentando a edificação, deve ser encaminhada para
reservatórios menores e, assim, ser distribuída no interior da
edificação. Esse sistema funciona mediante a gravidade, ou
seja, a água é distribuída dentro da edificação de cima para
baixo. Ao passar pelas unidades prediais, ela é consumida e
transformada em águas cinzas ou negras.
Após transformada, ela é encaminhada para o descarte ou
tratamento, por intermédio da mesma concessionária, que
direciona esses dejetos para as áreas de descarte. Em regiões
costeiras, normalmente estão ligadas ao descarte marítimo;
em regiões dentro do território, a áreas de decantação e
sumidouros.
Para o arquiteto sustentável, o desafio está em intervir durante esse
circuito e promover soluções que minimizem o impacto de consumo e
descarte.
Captação e coleta pluvial
A coleta pluvial das edificações é feita por meio de coletores no topo
das edificações. Esses coletores fazem parte do desenho do edifício
arquitetônico e não devem ser considerados como elementos adicionais
à obra. Devem ser idealizados desde o início do projeto e devidamente
calculados de acordo com a climatologia da região, que determinará o
grau de pluviosidade que irá incidir sobre o edifício em determinadas
épocas do ano.
Essa estratégia torna possível que uma parcela das águas necessárias
para alimentar o edifício seja reduzida. É lógico pensar que depende do
lugar onde a edificação está inserida. Há regiões no Brasil em que o
índice pluviométrico é inerentemente baixo, mas com o sistema de
coleta toda a água de chuva pode ser aproveitada.
Sistema de coleta pluvial residencial é fundamental para um bom reaproveitamento da água.
Essa água é encaminhada a um reservatório especial, diferente do
reservatório vinculado à alimentação urbana. Isso é necessário pois a
água pluvial, ao passar pela atmosfera urbana, carrega boa parte dos
elementos poluentes em suspensão no ar. Esses elementos poluentes
devem ser filtrados e a água tratada antes de entrar no sistema.
Em áreas de alta pluviosidade, boa parte da água coletada acaba sendo
naturalmente descartada e torna-se parte das perdidas na cidade.
Toda metrópole tem um sistema de águas pluviais. A estratégia
sustentável é encaminhá-la diretamente ao solo e não ao mesmo
destino das águas servidas. Por isso, o urbanista sustentável precisa
pensar em um meio de absorver essa água e encaminhá-la a áreas de
drenagem onde ela possa ser absorvida pelo solo.
Algumas tipologias de coletores incluem tanques de coleta, telhados,
calhas e coletores especiais, desenvolvidos exclusivamente para cada
tipo de projeto arquitetônico.
Sistema de reuso e reciclagem da água servida
Mais uma estratégia para a arquitetura sustentável é promover a
reutilização da água. Embora pareça um sistema complexo, na verdade,
é um mecanismo simples e funcional. Pode ser implantado em
residências de pequeno porte até indústrias.
Trata-se de um sistema organizado em quatro passos:
1. O primeiro passo é a distribuição da água da rede de distribuição
urbana. Ela alimenta a primeira etapa do sistema, abastecendo os
reservatórios primários, que fornecerão a água potável.
2. Após seu uso, as águas servidas normalmente são encaminhadas
para descarte, passando por uma estação de tratamento e em
seguida encaminhadas às redes municipais de esgoto. O segundo
passo entra nesse ponto: as águas servidas são encaminhadas a
um sistema de filtragem e tratamento e posteriormente
reencaminhadas para outro reservatório superior, destinado
somente às águas servidas. Vale ressaltar que essas águas são o
resultado de irrigação primária, lavagem de alimentos, banho e
higiene pessoal, quando nas edificações residenciais.
3. A partir do reservatório de águas servidas, a água é direcionada
para uso em equipamentos que gerarão águas negras, como bacias
sanitárias e lavagem de pisos, no caso de áreas residenciais. Essas
águas ainda podem ser usadas para irrigação. Também podem
constituir aqui as águas tratadas da coleta pluvial. Uma vez
utilizadas, elas são encaminhadas paraoutra área de tratamento.
4. As águas negras, a princípio, são descartadas após tratamento
inicial. Em alguns casos, com o tratamento adequado, podem ser
utilizadas em áreas externas como irrigação e adubagem, porém
não podem ser lançadas sem o tratamento, pois dejetos humanos
não podem ser absorvidos no meio natural. É, portanto, a última
etapa do ciclo.
Confira a seguir um exemplo de sistema de reuso de água:
Sistema de reuso da água inclui diversos processos de filtragem.
Para que o sistema funcione, é necessário que o arquiteto preveja seu
uso e necessidade previamente. O arquiteto sustentável já inclui essas
soluções como recurso básico nas construções, com base nos
princípios da cidade sustentável.
Reuso da água no sistema predial
Confira agora o sistema de reaproveitamento de águas de uma
edificação, seu circuito e a maneira como ele deve ser feito de forma
eficiente.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Os oceanos são a maior parte da superfície do planeta e parecem
ser uma importante alternativa ao uso de água nas construções.
Mas tal solução não é ideal, uma vez que as águas salgadas não
reagem bem à química das misturas utilizadas na construção civil.
Isso ocorre porque
A
o sal presente em sua composição compromete a
integridade de ligamentos químicos, tornando os
agregados pouco ligantes entre si, o que torna esse
uso um risco à construção, com possibilidade de
colapso.
Parabéns! A alternativa A está correta.
O sal influencia diretamente as ligações dos agregados ao
concreto, deixando a massa mais fragilizada. Além disso, os
cristais de sal interferem exatamente nas ferragens, o que pode
levar a construção ao risco de colapso. Essa reação vale também
para elementos próximos à costa, como areias e rochas.
Questão 2
Na alimentação de água predial, o sistema funciona de forma
cíclica, ou seja, é necessário que a água circule pela edificação a
partir da rede de abastecimento e, após utilizada, seja encaminhada
para a rede de esgoto e descarte. Durante esse processo, a água
passa por uma etapa imprescindível. Assinale a opção que melhor
representa essa etapa.
B
a água salgada é mais densa e por isso impede que
a mistura de argamassa atinja o ponto de fluidez
correto, impedindo uma boa distribuição na forma.
C
é necessária uma quantidade maior de volume de
água para favorecer os agregados do concreto, em
razão dos diversos minerais contidos na água do
mar.
D
a água salgada possui cristais de sal, que servem
como agregado na argamassa, embora, na verdade,
a água doce e a água salgada tenham a mesma
constituição.
E
somente cidades litorâneas podem usar a água
salgada, enquanto, em cidades do interior, é preciso
adicionar sal, o que aumenta o custo da argamassa.
A Sistema de bombas de acionamento remoto.
Parabéns! A alternativa C está correta.
Todas as edificações possuem, em seu sistema de alimentação de
água, um reservatório superior que mantém a água e a distribui às
unidades da edificação. Esse reservatório está presente em quase
todas as edificações e em todos os edifícios verticalizados de
grande porte. Cisternas não são essenciais, embora possam servir
de apoio ao sistema. O sistema de bombas não é fundamental,
embora possa ser utilizado em casos de baixa pressão de água.
Considerações �nais
Por meio dos estudos realizados aqui, percebemos como a arquitetura
sustentável possui diversas variáveis ligadas aos processos de uso das
edificações e também como suas soluções estão conectadas ao
urbanismo sustentável e às diretrizes do movimento sustentável no
mundo.
É de suma importância que o profissional compreenda que essas
soluções devem fazer parte do cotidiano projetual. Elas tornam-se
essenciais para a habitabilidade das edificações, determinando noções
de conforto e valorização dos recursos naturais, seja mediante os meios
reprodução e as tecnologias inovadoras, seja por meio da atualização de
sistemas de aproveitamento de recurso comuns e do cotidiano da
população.
B Cisterna da base de apoio de alimentação.
C Reservatório superior para distribuição às unidades.
D Equipamentos de coleta pluvial do edifício.
E Sistema de drenagem da laje superior.
O arquiteto é dos principais responsáveis por criar visibilidade para as
práticas de sustentabilidade, pois agrega no ambiente o visível resultado
das boas ações e compreende a maior força de modificação da
sociedade, encaminhada para uma sociedade mais preocupada com a
preservação do meio e da natureza.
Podcast
Ouça agora como o estudo do projeto arquitetônico deve trazer as
questões de sustentabilidade junto com os estudos da geometria
bioclimática, produzindo resultados alinhados com as diretrizes do
século XXI.
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Confira as indicações que separamos especialmente para você!
Para compreender mais sobre os problemas ambientais e as
necessidades de um planeta mais sustentável, assista ao documentário
Nosso planeta, nosso lar, do cineasta, fotógrafo e ambientalista francês
Yann Arthus-Bertrand, lançado em 2009.
Esteja mais a par dos conceitos de sustentabilidade e suas vertentes
por meio do estudo da Carta da Terra, documento lançado pela
Comissão Mundial das Nações Unidas, que apresenta as diretivas para
um mundo mais globalizado, socialmente estável e sustentável.
Referências
BRASIL. Objetivos de desenvolvimento sustentável. Brasília, DF: IBGE,
2022. Consultado na internet em: 10 abr. 2022.
GEHLS, J. Cidade para pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2013.
MATERIAIS inovadores – Tinta que absorve poluição. Jornal A Matéria,
s. d. Consultado na internet em: 5 maio 2022.
O QUE é sustentabilidade. Uniprime, Londrina, out. 2016. Consultado na
internet em: 6 abr. 2022.
TRIGUEIRO, A. Mundo sustentável: abrindo espaço na mídia para um
planeta em transformação. São Paulo: Globo, 2005.
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