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Conceitos e fundamentos em Análise do comportamento Prof. Dr. Ivan B. da F. Grebot ivan.grebot@udf.edu.br 1 Comportamento A o que se limita o termo “comportamento”? Comportamento vai além do que um organismo “faz” Um comportamento é determinado em função da sua consequência A consequência gerada por esse comportamento é que controla sua emissão Comportamento verbal A consequência desejada é a modificação do comportamento do outro 2 Comportamento Comportamento vai além do que é puramente observável Comportamento público vs. Comportamento privado Diferença se resume na acessibilidade aos eventos 3 Comportamento verbal Compreensão de linguagem na AC: A análise do sentido e significado de palavras não é absolutamente necessária Comportamento verbal respeita as mesmas regras dos demais Exemplo: “eu te amo” “gosto muito de você” “você significa muito para mim” “não tenho palavras para expressar o que sinto por você” Objetivo visado: fortalecimento do vínculo afetivo com o ouvinte O contexto social/cultural no comportamento é emitido é mais importante do que a topografia do mesmo Para a parceira: “a gente vai se amar?” pode ser uma tentativa de ser reconfortado sobre a duração e/ou comprometimento da relação; Para a parceira: “vamos nos amar?” pode ter o objetivo de iniciar comportamentos sexuais; Para uma turma: “vamos nos amar hoje?” pode ser uma tentativa de esclarecer os parâmetros da relação entre professor e aluno. 4 Comportamento verbal Comportamentos verbais são separados em categorias Categorias estão associadas com diferentes funções (o que se busca obter) Classes de operantes verbais: Mando – Resposta verbal ligada à privação ou estímulos aversivos; Tato – Resposta verbal emitida sobre estímulo antecedente não verbal; Ecoico – Resposta verbal vocal correspondente à um antecedente sonoro; Textual – Resposta verbal vocal emitida mediante estímulo verbal escrito; Transcrição – Resposta escrita emitida mediante estímulo vocal; Intraverbal – Resposta vocal ou escrita emitida mediante estímulo vocal/escrito. Mando – associado à obtenção de um benefício por parte do falante; Tato – associado ao interesse pela interação social e à obtenção de um reforço generalizado e não específico; Mando disfarçado – resposta verbal que possui topografia de tato, mas estão associados à obtenção de um reforço específico e à obtenção de um benefício por parte do falante; Ecoico – correspondência ponto a ponto de um estímulo verbal antecedente; Intraverbal – resposta verbal sob controle de antecedentes verbais, mantido por reforço generalizado. 5 Comportamento privado Eventos privados podem ser verbais ou não verbais Pensar e sentir Pensar: “falar privadamente” Posso pensar em voz alta Sentir: sempre será privado 6 Regras Vários dos nossos comportamentos são controlados por regras Regra: relação entre eventos Comportamento controlado por regra: comportamento que está sob controle de um estímulo discriminativo verbal (escrito ou não) O aprendizado de uma regra depende, necessariamente, da exposição à um estímulo ambiental (escrito, um falante, etc) Uma pessoa pode ser, ao mesmo tempo, ouvinte e falante: autorregra Comportamento governado por regras indica duas relações: Relação de reforço de longo prazo; Relação de reforço de curto prazo. 7 Relação terapêutica em AC A relação terapêutica é determinante para o sucesso da terapia Papel facilitador para processos de modelagem e emissão de comportamentos “adequados”: Terapeuta é uma importante fonte de reforçamento e seleção de comportamentos; Consequências dadas pelo terapeuta devem ser diferentes dos naturais. Análise funcional por parte do psicólogo, a respeito dos próprios comportamentos pode ser útil para o processo “Transferência e Contratransferência” Para a AC: situação e relação clínicas facilitam a generalização externa de comportamentos É necessário, por parte do terapeuta, o reforçamento contingente à emissão de comportamentos alternativos, considerados mais satisfatórios. Ao mesmo tempo, é considerado fundamental que o terapeuta apresente consequências diferentes daquelas apresentadas no ambiente natural do paciente, já que estas têm mantido os comportamentos inadequados. 8 Relação terapêutica em AC Psicoterapia Analítica Funcional (PAF / FAP) Observação de comportamentos emitidos em sessão: CCRs (CRBs): comportamentos clinicamente relevantes Classes de CCRs: CCR1: comportamentos referentes aos problemas do paciente (manifestações ou relatos); CCR2: comportamentos que refletem mudanças (positivas), referentes aos problemas; CCR3: interpretações do paciente sobre seu próprio comportamento CCR3 podem ser entendidos como o desenvolvimento da habilidade de analisar os próprios comportamentos (análise funcional), por parte do paciente O estabelecimento da relação terapêutica é considerado um CCR2. 9
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