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Aula 04 - Citologia IV - Núcleo

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Livro Digital 
Aula 04 
Citologia IV: núcleo 
 
 
FUVEST 
 
 
 
 
Professora Bruna Klassa 
Professora Bruna Klassa 
Aula 04: FUVEST 
 
 
 
Aula 04 – Citologia IV: núcleo 
www.estrategiavestibulares.com.br 
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SUMÁRIO 
Apresentação ........................................................................................................................................ 3 
1. Núcleo, nucléolo e cromatina ........................................................................................................... 5 
2. Síntese Proteica .............................................................................................................................. 16 
2.1 Transcrição ................................................................................................................................ 16 
2.3 Tradução .................................................................................................................................... 20 
3. Duplicação do DNA ......................................................................................................................... 25 
4. Mutações Genéticas ....................................................................................................................... 27 
5. Lista de questões ............................................................................................................................ 30 
6. Gabarito .......................................................................................................................................... 48 
7. Lista de questões comentadas ........................................................................................................ 49 
Considerações finais ........................................................................................................................... 76 
Referências .......................................................................................................................................... 77 
 
 
 
Professora Bruna Klassa 
Aula 04: FUVEST 
 
 
 
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APRESENTAÇÃO 
Fala, meu querido e minha querida! 
Tudo certo? Espero que sim. Por aqui, tudo lindo! 
Aula passada estudamos os processos metabólicos e vimos que os seres vivos transformam 
energia a fim de manter suas funções biológicas em plena atividade. Vimos também que essa 
transformação pode ocorrer a partir de processos que degradam moléculas e liberam energia (como 
a respiração aeróbia celular e a fermentação) ou de processos que utilizam energia para sintetizar 
novas moléculas (como a fotossíntese e a quimiossíntese). Vamos rever os principais pontos destes 
processos: 
➢ Os seres vivos utilizam a molécula de adenosina trifosfato (ATP) como fonte de energia. O ATP é 
constituído por um nucleotídeo composto pela base nitrogenada adenina ligada a um açúcar de 
cinco carbonos (ribose) e três grupos fosfatos. A energia é armazenada nas ligações químicas 
entre os fosfatos. 
 
➢ A respiração celular divide-se em três etapas: a primeira denomina-se glicólise, é anaeróbica e 
ocorre no citosol. A segunda denomina-se ciclo de Krebs e ocorre na matriz mitocondrial das 
células eucarióticas e no citoplasma das células procarióticas. A terceira etapa denomina-se 
cadeia respiratória e ocorre nas cristas mitocondriais dos eucariontes e próxima à face interna da 
membrana plasmática dos procariontes. O saldo energético da respiração celular varia entre 30 e 
32 moléculas de ATP. 
 
Respiração celular aeróbia. 
 
➢ A fermentação ocorre na ausência do oxigênio no citosol da célula eucariótica e procariótica. A 
glicose é degradada em substâncias mais simples, como o ácido lático (fermentação lática) ou o 
álcool etílico (fermentação alcoólica). Tanto na fermentação lática como na alcoólica há um saldo 
de apenas 2 moléculas de ATP, e ambos os processos iniciam com o ácido pirúvico obtido da 
glicólise. 
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➢ A fotossíntese é responsável pela conversão da energia solar em energia química, e é um processo 
realizado por seres autótrofos e clorofilados. A organela responsável por esse processo são os 
cloroplastos, que são constituídos de pigmentos fotossintéticos, representados principalmente 
pela clorofila (imersa na membrana dos tilacoides). Na presença de luz e clorofila, o gás carbônico 
e a água são convertidos em glicose, havendo liberação de oxigênio. A fotossíntese ocorre em 
duas etapas: a fase fotoquímica ou fase clara ocorre nos tilacoides dos cloroplastos e há 
necessidade de energia luminosa. A fase química ou fase escura ocorre no estroma dos 
cloroplastos e não há necessidade direta da luz. 
 
Fotossíntese. 
 
➢ A quimiossíntese é um processo que utiliza substâncias inorgânicas e não necessita de 
luminosidade para ocorrer, sendo realizada por algumas bactérias autótrofas. 
 
Nesta aula estudaremos sobre o núcleo celular. O estudo específico do núcleo celular é 
chamado de Cariologia. Como as células procariotas não possuem envoltório nuclear delimitando 
seu material genético, não há núcleo. Ele está, portanto, presente somente nos organismos 
eucariontes, sendo neles o responsável pelo controle das funções celulares. 
A molécula orgânica que contém a informação genética é o DNA, enquanto o RNA é 
responsável pela interpretação e condução dessa informação até o ribossomo, onde será sintetizada 
a molécula que executará as atividades celulares, as proteínas. Vimos até agora o quão importantes 
são as proteínas para a manutenção da vida nos organismos. Agora vamos ver como ela é 
sintetizada! 
Vamos começar? Vem comigo! 
 
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1. NÚCLEO, NUCLÉOLO E CROMATINA 
O núcleo de cada célula do nosso corpo contém aproximadamente 1,8 metros de DNA no 
total, embora cada cadeia tenha menos de um milionésimo de centímetro de espessura. Esse DNA 
é fortemente compactado em estruturas chamadas cromossomos, que consistem em longas cadeias 
de DNA associadas a proteínas. 
Por conter a informação genética, o núcleo é a região que controla as atividades metabólicas 
da célula. A maioria das células eucarióticas apresentam um núcleo organizado e individualizado. 
Contudo, existem variações desse modelo geral e os organismos podem se apresentar na natureza 
com um, dois, múltiplos ou até mesmo nenhum núcleo. 
As células procarióticas não possuem organização nuclear, tendo o seu material genético 
imerso no próprio citoplasma, concentrado em uma região conhecida como nucleoide. 
A estrutura nuclear varia dependendo se a célula se encontra ou não em divisão. Assim, 
quando ela não está se dividindo, dizemos que ela está em intérfase. O núcleo interfásico 
geralmente apresenta forma arredondada e não costuma variar entre as espécies. Ele tem um 
envoltório nuclear, um nucleoplasma, o nucléolo e a cromatina. 
 
 
Figura 1. Núcleo celular. Fonte: Shutterstock. 
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Envoltório nuclear1 
O envoltório nuclear é uma membrana formada por duas camadas lipoproteicas entre as 
quais há um espaço denominado espaço perinuclear. 
Esse envoltório possui inúmeros poros em sua superfície que permitem a comunicação e 
troca de macromoléculas e outras substâncias entre o material nuclear e o citoplasma. Além disso, 
possui comunicação direta com a membrana do retículo endoplasmático rugoso e, assim como na 
organela, apresenta ribossomos aderidos à sua superfície. 
 
Nucléolo 
No interior do núcleo encontra-se o nucléolo, uma região densa, não delimitada por 
membrana, onde ocorre a síntese e o acúmulo do RNA ribossômico (RNAr). Veremos que o RNAr 
se associa a proteínassimples e migram para o citoplasma através dos poros nucleares. Lá eles dão 
origem aos ribossomos. 
O nucléolo então sintetiza novas moléculas para substituir os RNAr migrantes, e, 
eventualmente, essas moléculas se unem para formar novos nucléolos. Isto acontece especialmente 
durante o ciclo de divisão celular. Uma célula, portanto, pode ter um ou mais nucléolos por núcleo. 
 
Nucleoplasma 
Assim como entre a membrana plasmática da célula e o núcleo existe a região do citoplasma, 
constituída por um líquido semifluido (citosol) no qual encontram-se as diversas organelas, o núcleo 
apresenta a mesma estruturação. 
Entre a membrana nuclear e o nucléolo, há uma região chamada de nucleoplasma. O 
nucleoplasma é constituído por uma solução aquosa na qual diversas substâncias (íons, proteínas, 
enzimas e moléculas de ATP) estão dissolvidas, muito semelhante ao citosol. Nele estão suspensos 
o nucléolo e a cromatina. 
 
DNA 
O DNA é o principal componente dos cromossomos e onde se localizam os genes (a 
informação genética propriamente dita). Vimos que ele é constituído por duas cadeias de 
polinucleotídeos que são complementares. 
Vamos rever essa estrutura! 
Cada cadeia de DNA possui milhares de nucleotídeos 
sequenciais. Um nucleotídeo é uma molécula complexa, 
formada por um grupo fosfato (P), uma molécula de açúcar de 
cinco carbonos (pentose) e uma molécula de base 
nitrogenada. 
 
1 Também conhecido como envelope nuclear ou carioteca, embora esses termos não sejam os mais adequados porque remetem a uma estrutura 
selada, quando na verdade o envoltório nuclear possui inúmeros poros. 
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Em relação ao açúcar, trata-se de uma pentose chamada desoxirribose (uma vez que lhe falta 
um átomo de oxigênio), cujos carbonos são denominados 1’, 2’, 3’, 4’ e 5’. No caso do RNA, essa 
pentose apresenta o átomo de oxigênio e se chama ribose. 
 
O carbono 1’ está sempre ligado à uma das bases nitrogenadas (A, T, C ou G), enquanto o 
carbono 5’ está sempre ligado ao grupo fosfato. Veja: 
 
Quando se forma a cadeia de DNA com os vários nucleotídeos, o grupo OH do carbono 3’ se 
liga ao grupo fosfato do carbono 5’ do açúcar vizinho. Essa ligação entre os nucleotídeos é chamada 
de ligação fosfodiéster. É importante notar aqui que a adição de novos nucleotídeos à fita acontece 
sempre no sentido do carbono 5’ para o carbono 3’, ou como dizemos, no sentido 5’→3’. 
É dessa maneira que os nucleotídeos se unem 
formando uma fita ou cadeia de DNA. 
Além disso, as fitas de DNA têm disposição 
antiparalela, ou seja, uma fica de “ponta cabeça” em 
relação a outra. Isso acontece porque os grupos 
fosfatos possuem uma alta carga negativa e se 
posicionam em lados opostos das cadeias de DNA. 
No DNA encontramos quatro bases possíveis: 
adenina (A), guanina (G), citosina (C) e timina (T). As 
bases nitrogenadas poder ser púricas (A e G) ou 
pirimídicas (C e T). As bases púricas possuem dois 
anéis de carbono, enquanto as bases pirimídicas 
possuem apenas um. 
A ligação das duas cadeias de DNA é feita por 
meio da união não aleatória entre as bases 
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nitrogenadas. A adenina se liga à timina por duas ligações de hidrogênio (A=T) e a citosina se liga à 
guanina por três ligações de hidrogênio (C≡G). Por isso, dizemos que essas cadeias são 
complementares. 
 
As fitas de DNA são antiparalelas. 
 
 
Suponha a seguinte sequência: TCAGTCTTACG. Sua sequência complementar seria 
AGTCAGAATGC, como demonstrado na figura abaixo: 
 
 Assim, por conta das interações entre nucleotídeos e entre bases nitrogenadas, temos a 
cadeia dupla de DNA retorcida, formando uma hélice, conforme descrito por Watson e Crick em 
1953. 
 
O DNA tem estrutura de dupla hélice, constituindo uma longa molécula formada por duas fitas 
enroladas em torno de seu próprio eixo. 
 
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(UFSCAR/2004) Neste ano de 2003, são comemorados os 50 anos da “descoberta” da estrutura 
tridimensional do DNA. Com relação às características dessa molécula, ao papel que ela desempenha 
nos seres vivos e aos processos em que se encontra envolvida é CORRETO afirmar que: 
01. É formada por duas fileiras de nucleotídeos torcidas juntas em forma de hélice. 
02. Nela está contida a informação genética necessária para a formação de um organismo. 
04. Ela tem a capacidade de se autoduplicar. 
08. Em sua composição é possível encontrar quatro bases nitrogenadas diferentes: a adenina, a 
citosina, o aminoácido e a proteína. 
16. A mensagem nela contida pode ser transcrita para uma outra molécula denominada RNA. 
32. Nos organismos procariontes, ela fica estocada dentro do núcleo das células. 
64. Em alguns organismos primitivos, ela apresenta apenas uma fileira de nucleotídeos. 
Comentários 
A questão trata da molécula de DNA e de seu papel desempenhado na formação dos seres 
vivos. As afirmativas 01, 02, 04 e 16 estão corretas. 
A afirmativa 08 está errada, porque na composição do DNA encontramos quatro bases 
nitrogenadas: adenina, timina, citosina e guanina. A trinca de bases nitrogenadas determina a 
síntese de um aminoácido. As várias combinações de aminoácidos dão origem às proteínas. 
A afirmativa 32 está errada, porque nos organismos procariontes não há núcleo. A molécula 
de DNA condensa-se em uma região chamada nucleoide, imersa no citosol. 
A afirmativa 64 está errada, porque o DNA é uma molécula caracterizada pela presença de 
duas fitas de ácido desoxirribonucleico em todos os organismos, organizadas em estrutura de dupla 
hélice. 
Gabarito: 01 + 02 + 04 + 16 = 23. 
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Cromatina 
A cromatina nada mais é que a molécula de DNA associada a proteínas histonas. Essas 
proteínas fornecem suporte estrutural e desempenham um papel no controle das atividades dos 
genes. O DNA, ao longo de seu comprimento, envolve várias histonas formando uma estrutura 
parecida com um colar de contas, em que cada unidade de histona envolvida por DNA é chamada 
de nucleossomo. 
Uma quantidade enorme de cromatina que, normalmente, apresenta-se condensada em 
finos filamentos entrelaçados constitui o interior do nucleoplasma. Esses filamentos são irregulares, 
apresentando regiões mais distendidas e outras mais condensadas. As regiões mais distendidas 
denominam-se eucromatina; já as mais condensadas denominam-se heterocromatina. É na 
eucromatina que ficam os genes2 ativos. 
 
 
Figura 2. Estrutura da cromatina. A eucromatina é um filamento que, no início da divisão celular começa a se enrolar, tornando-se mais 
compacta. Os vários nucleossomos começam a se enovelar, tornando o filamento que antes estava distendido, cada vez mais compacto. Os 
genes quando estão inacessíveis formam a heterocromatina. 
 
 
2 Gene é o segmento da molécula de DNA que contém uma sequência de bases nitrogenadas capaz de determinar a síntese de uma proteína. Na 
genética, diz-se que o gene é a unidade fundamental da hereditariedade. 
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Quando a célula inicia sua divisão celular (mitose e meiose), a cromatina passa por um 
processo de condensação, tornando-se cada vez mais curta e visível. Este processo envolve uma 
sucessão de dobramentos da molécula de cromatina sobre si mesma, que vai ficando cada vez mais 
espessa, até dar, finalmente, origem a uma das cromátides do cromossomo. 
 
Figura 3. Níveis de condensação do cromossomo. Primeiro, uma estrutura em forma de alças é formada. A seguir, o enrolamento dessasalças 
dá origem a um solenoide3. Por fim, a compactação do solenoide origina uma cromátide: a estrutura cromossômica a qual estamos 
acostumados a ver nos livros. 
 
Fique ligado! 
Nos organismos procariontes não existem histonas associadas à molécula de DNA. 
 
Cromossomo 
Vimos que os cromossomos são formados por proteínas histonas e DNA. Como encontram-
se ultra compactados, os genes distribuem-se ao longo de toda a molécula, tornando-a um centro 
de comando das atividades celulares. Costumamos vê-los representados nos livros como um X; isso 
nada mais é do que uma cromátide duplicada. 
De modo geral, o cromossomo possui algumas regiões de estrangulamento em seu 
comprimento chamadas de constrições cromossômicas. Essas constrições correspondem às regiões 
de heterocromatina (onde ficam os genes inativos). 
A constrição primária (a mais central na estrutura da cromátide) é o centrômero. É nele que 
se inserem as fibras do fuso, especificamente em um corpúsculo proteico chamado cinetócoro. 
Veremos na próxima aula como essas fibras se relacionam com a movimentação cromossômica 
durante a divisão celular. As regiões não afuniladas são chamadas de braços do cromossomo. 
 
 
3 Solenoide: fio condutor enrolado em hélice, como espiral, em torno de um eixo. 
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Segundo a posição do centrômero no cromossomo, este pode ser classificado de quatro 
maneiras: 
❖ Metacêntricos: localizados na região média; 
❖ Submetacêntricos: próximo a uma das extremidades; 
❖ Acrocêntricos: localizados quase no final da extremidade do braço; 
❖ Telocêntricos: localizados na região terminal, unindo os dois braços do cromossomo. 
 
 
Figura 4. Classificação dos cromossomos de acordo com a posição do centrômero (A). Repare na variação do tamanho dos braços do 
cromossomo: quando o centrômero é metacêntrico, os braços superior e inferior apresentam tamanhos iguais. No cromossomo 
submetacêntrico, um braço é ligeiramente maior que o outro. No cromossomo acrocêntrico, um braço é muito maior que o outro. E no 
centrômero telocêntrico, os dois braços são unidos. (B) Representação do cinetócoro, estrutura de onde partem os microtúbulos formadores 
das fibras do fuso. 
 
As constrições secundárias do cromossomo dão origem a outra região extremamente 
importante do cromossomo, os telômeros. O telômero está relacionado ao envelhecimento celular 
da seguinte maneira: a cada divisão celular que a célula sofre, parte do telômero (a extremidade do 
braço superior) perde alguns nucleotídeos e, com isso, diminui de tamanho. Mas a célula repara essa 
perda através da atuação da enzima telomerase, que repõe os nucleotídeos perdidos e restaura o 
tamanho do cromossomo. Contudo, nas células em processo de envelhecimento (senescência) a 
ação da telomerase é alterada (ou inibida). A partir daí os cromossomos não recuperam mais seu 
tamanho original após as divisões celulares, tornando-se cada vez mais curtos. Quando atingem seu 
tamanho mínimo, as células morrem. 
Um outro tipo de constrição secundária está presente somente em alguns cromossomos e é 
chamada de constrição nucleolar ou zona SAT. Essa constrição delimita uma porção globular na 
extremidade oposta ao telômero, denominada satélite. O satélite é responsável pela reorganização 
do nucléolo ao final da divisão celular, pois contém o trecho de DNA que transcreve o RNAm e une-
se a enzimas, acumulando-se ao redor dos braços. 
 
Cromossomos vs. Genes 
Os cromossomos podem ocorrer sozinhos ou aos pares. Quando ocorrem aos pares, cada par 
consiste em um cromossomo vindo da mãe e um cromossomo vindo do pai. Esses dois cromossomos 
não são iguais, mas possuem genes relacionados com as mesmas características. Por exemplo, no 
cromossomo de origem materna existe um gene em uma determinada posição que determina a cor 
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dos olhos (gene 1). O mesmo gene ocorre na mesma posição no cromossomo de origem paterna. 
Dizemos, portanto, que esses cromossomos são homólogos. Essa região onde o gene se situa é 
chamada locus e esses genes que determinam a mesma característica são chamados genes alelos. 
 
Figura 5.Cromossomos homólogos de uma célula somática (2n). Fonte: Shutterstock. 
 
Células que possuem pares de homólogos, ou seja, que possuem dois cromossomos para cada 
gene, são chamadas diploides e representadas por 2n. É o caso das células somáticas (que 
constituem o nosso corpo). Elas contêm 46 cromossomos organizados aos pares; possuem, portanto, 
23 pares de cromossomos homólogos. 
Mas há algumas células que possuem apenas um cromossomo para cada gene, por exemplo 
as células sexuais (gametas). Tanto o óvulo quanto o espermatozoide possuem apenas 23 
cromossomos e são chamados de células haploides, representados por n. Já o zigoto formado na 
fecundação do óvulo pelo espermatozoide é diploide (2n). 
 
O conjunto haploide de cromossomos existentes em células de uma espécie recebe o nome 
de genoma. Assim, cada gameta haploide possui um único genoma. Já as células diploides possuem 
dois genomas cada, o de origem materna e o de origem paterna. 
 
 
 Figura 6. Células haploide (n=4 cromossomos) e célula diploide (2n=8 
cromossomos). Dizer que o número 2n de uma espécie é igual a 8 
significa dizer que em cada célula diploide dessa espécie, existem 8 
cromossomos distribuídos aos pares. Isto é, em cada célula diploide 
dessa espécie, existem 2 pares de cromossomos homólogos. Do mesmo 
modo, quando se diz que o número haploide de uma espécie é igual a 4 
(n = 4), significa que em cada célula haploide dessa espécie existem 4 
cromossomos. Fonte: Paulino, 2002 (adaptada, pg.84). 
 
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Cariótipo 
Cariótipo é o conjunto de informações referentes ao número, à forma, ao tamanho e às 
características dos cromossomos presentes nas células de uma espécie, sendo que cada espécie 
possui um padrão único de cariótipo. 
 
Gene é a unidade física e funcional básica da hereditariedade. Consiste em uma sequência 
específica de nucleotídeos em uma determinada posição em um determinado cromossomo que 
codifica uma proteína específica (ou, em alguns casos, uma molécula de RNA). 
 
 
Figura 7. Cariótipo humano, com seus 23 pares de cromossomos homólogos. O 23º par difere em relação ao gênero: se o cariótipo representar 
uma mulher, os cromossomos sexuais serão XX; caso represente um homem, os cromossomos sexuais serão XY. Fonte: Shutterstock. 
 
 
 
 O DNA foi descoberto em meados do século XIX pelo cientista Johann Friedrich Miescher, 
através de um experimento com glóbulos brancos (leucócitos) retirados do pus de um 
ferimento infeccionado. Ele percebeu que havia uma substância rica em nitrogênio e 
fósforo que era muito abundante nos núcleos dessas células. Essa substância apresentava 
ainda um pH ácido e daí a nomeou ácido nucleico. 
No entanto, somente na década de 1960 que os cientistas decifraram o código da vida, ou 
seja, o sistema de que transmissão de informações que determina as características 
necessárias à existência e continuidade da vida no planeta. 
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PROJETO GENOMA HUMANO 
 O projeto genoma foi iniciado em 1990, liderado pelo Departamento de Energia e pelo 
Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, com a missão de sequenciar e de mapear os genes 
das células humanas, bem como depositar as informações obtidas em um banco de dados mundial. 
Inicialmente, o projeto envolvia cerca de 5000 cientistas de 17 países e 250 laboratórios 
diferentes, e um orçamento de mais de 25 bilhões de dólares. 
 Sequenciar significa descobrir a ordemem que os pares de bases nitrogenadas aparecem num 
dado gene. Já mapear significa conhecer a ordem dos genes no cromossomo. 
 Em 14 de abril de 2003, foi anunciado que o projeto havia sido concluído com sucesso, com 
o sequenciamento de 99% do genoma humano (com precisão de 99,99%), dando início a uma nova 
fase no conhecimento genético: entender a estrutura e funcionamento de cada gene. 
Os resultados obtidos pelo Projeto Genoma Humano foram a criação de testes para 
predisposição a doenças de início tardio, como a doença de Parkinson, além de permitir a 
investigação em questões evolutivas através do conhecimento de regiões que são altamente 
conservadas em todas ou diversas espécies. 
 Ao todo, foram sequenciados em torno de 25.000 genes, que constituem pouco mais de 10% 
do material genético total humano. 
Os 90% de material genético restantes são regiões aparentemente não codificantes, com 
função ainda não conhecida ou com possíveis funções estruturais e/ou regulatórias. Essas porções 
são conhecidas como DNA não-codificante (ou íntrons). Os íntrons são inicialmente transcritos 
em RNA no núcleo, mas não estão presentes no RNAm final no citoplasma, não sendo representada 
no produto proteico final. As regiões codificantes são chamadas éxons. 
 
 
 
Lembre-se que as regiões de éxon correspondem à eucromatina (região da fita de DNA mais 
frouxa) e as regiões de íntron, à heterocromatina (região mais compactada da fita de DNA). 
 
 
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2. SÍNTESE PROTEICA 
Vimos na primeira aula do nosso curso que existem dois tipos de ácidos nucleicos, DNA e RNA. 
Os genes no DNA codificam moléculas de proteínas que realizam todas as funções necessárias à 
vida, como por exemplo, as enzimas. Elas metabolizam nutrientes, sintetizam novos constituintes 
celulares, produzem cópias de DNA durante a divisão celular, entre outras funções importantes. 
Mas, para sintetizá-las, o ribossomo necessita interpretar a informação genética contida nos genes 
do DNA. 
No sentido mais simples, expressar um gene significa fabricar sua proteína correspondente, 
e esse processo tem dois passos principais. No primeiro passo, a informação no DNA é transferida 
para uma molécula de RNA mensageiro (RNAm) por meio de um processo chamado transcrição 
gênica. No segundo passo, o RNAm é lido de acordo com o código genético e traduzido em 
aminoácidos que vão montar uma proteína específica, em um processo chamado tradução gênica. 
 
 
 
Esse fluxo direcional de informação é conhecido como o dogma central da biologia 
molecular. Assim, expressão gênica é o nome dado ao processo pelo qual a informação contida nos 
genes gera em um primeiro momento as moléculas de RNA (na etapa de transcrição gênica) e depois 
as proteínas (na etapa de tradução gênica). 
 
Vamos ver como isso acontece? 
 
2.1 Transcrição 
Todo RNA é produzido a partir de uma molécula de DNA. A diferença entre eles, como vimos, 
está no fato de o RNA utilizar nucleotídeos que contém uma ribose no lugar da desoxirribose 
presente no DNA. Essa produção de RNA ocorre no núcleo é chamada de transcrição gênica. 
A transcrição se inicia com a separação das duas cadeias de DNA no trecho da molécula onde 
está inserido o gene que será transcrito. A enzima RNA polimerase se liga a uma sequência de 
nucleotídeos específica do DNA, chamada região promotora, e inicia a separação da dupla hélice 
rompendo as ligações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas. 
Uma das fitas de DNA é usada como molde para a produção do RNA, enquanto a outra fita 
permanece inativada. 
A RNA polimerase orienta a inserção de ribonucleotídeos (nucleotídeos que possuem a ribose 
no lugar da desoxirribose) complementares à fita molde de DNA, movendo-se sobre ela. A adição 
sucessiva de ribonucleotídeos promove o alongamento (ou crescimento) da fita de RNA, e eles se 
ligam uns aos outros por meio de ligações fosfodiéster. 
DNA
(informação genética)
RNAm
(transcrição da 
informação genética)
Proteínas
(tradução do RNAm)
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O emparelhamento dos ribonucleotídeos à cadeia molde ocorre respeitando a 
complementariedade das bases nitrogenadas: a base uracila se emparelha à adenina da cadeia 
molde (U=A), a adenina se emparelha à timina (A=T), a citosina se emparelha à guanina (C≡G) e a 
guanina se emparelha às citosina (G≡C). 
 
 Atente-se que a enzima incorpora a base uracila (U) no lugar da timina, trocando a ligação 
T=A pela U=A, uma vez que a uracila é exclusiva do RNA, e não ocorre no DNA. 
 
Conforme os ribonucleotídeos se emparelham ao DNA molde, a RNA polimerase realiza a 
união entre as bases nitrogenadas, sintetizando a molécula de RNAm. Assim, com exceção das 
uracilas e timinas, a sequência de bases do RNAm é exatamente a mesma sequência de bases do 
DNA. 
 
Figura 8. A primeira etapa da expressão gênica, a transcrição, acontece dento do núcleo. Fonte: modificada de Shutterstock. 
 
 
 A transcrição usa uma das duas fitas de DNA expostas como molde. Essa fita é chamada 
de fita molde. O produto, isto é, o RNA recém-sintetizado é complementar à fita molde e é 
quase idêntico à outra fita de DNA (inativa), que é chamada de fita não-molde (ou fita 
codificante). 
 
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Então, suponha que a seguinte sequência gênica esteja presente na cadeia modelo do DNA: 
ATCGGCATGCCTATTACG. A transcrição ficaria da seguinte maneira: 
 
O alongamento da fita continua até que a RNA polimerase encontre um sinal de término, ou 
seja, uma sequência de nucleotídeos que promove o seu desligamento e a liberação do RNA recém-
sintetizado, chamado de transcrito primário ou pré-RNAm. 
Após a liberação da fita de pré-RNAm, ocorre um processo conhecido como splicing. Já 
sabemos que os genes são segmentos de uma molécula de DNA que contém um código para a 
produção dos aminoácidos da cadeia polipeptídica. Contudo, no genoma humano existem grandes 
sequências nucleotídicas não-codificantes, os íntrons. 
Posteriormente à transcrição, os íntrons são removidos do pré-RNAm, e desta forma eles não 
expressados. O splicing, portanto, é o processo que remove os íntrons e emenda os éxons depois 
da transcrição, e é exclusivo das células eucarióticas, já que os procariontes não possuem íntrons. 
 
Chamamos de RNAm a fita de RNA já madura, somente com os éxons. 
 
Figura 9. O DNA é composto por sequencias codificantes (chamadas de éxons, representadas em rosa) e não codificantes (chamadas de íntrons, 
representadas em vermelho). A fita de RNA é transcrita a partir de uma fita molde de DNA e então passa por um processo de remoção dos 
íntrons – splicing. Desta forma, o RNAm, produto final da transcrição, apresenta apenas as sequencias que de fato serão expressas em 
aminoácidos e, consequentemente, proteínas. 
 
Essa excisão (remoção) dos íntrons do pré-RNAm é um evento muito importante e requer 
uma extrema precisão das moléculas envolvidas no processo. A análise das sequências de milhares 
de genes dos eucariotos permitiu a definição de íntrons comuns a várias espécies: a maioria deles 
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começa com uma sequência “GU” e termina com “AG”, recebendo, por essa razão, o nome 
consenso. 
Por fim, a molécula de RNAm se desprende da cadeia molde de DNA e é liberada para o 
citoplasma da célula, através do poro nuclear. A cadeia molde se une novamente à cadeia inativa e 
reconstitui a estrutura de dupla hélice do DNA. O próximo passo é a tradução dessa molécula de 
RNAm. 
 
 
Splicing alternativo 
 
Vimos, até agora, que durante a expressão de um gene codificantede proteína, a 
informação flui do DNA → RNA → proteína. Essa ideia de que cada gene codifica uma 
única proteína é denominada dogma central da biologia molecular, mas não é 
exatamente correta. 
O splicing permite um processo chamado splicing alternativo, em que mais de um 
RNAm pode ser formado a partir do mesmo gene, através de agrupamentos dos éxons 
de maneiras diferentes. Por exemplo, na figura abaixo, o mesmo pré-RNAm pode sofrer 
splicing de três maneiras diferentes, dependendo de quais éxons sejam mantidos no 
RNAm. 
Isso resulta em três RNAm maduros diferentes, sendo cada um deles traduzido em uma 
proteína de estrutura diferente. Ou seja, na realidade, um gene pode dar origem a mais 
de uma proteína. A ilustração abaixo demonstra como isso é possível. 
 
 
 
Figura 10. Splicing alternativo, processo em que mais de um RNAm pode ser formado a partir do mesmo gene, a partir de 
diferentes rearranjos dos éxons. 
 
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Nas bactérias, o transcrito primário de RNA pode servir diretamente como um RNA 
mensageiro, ou RNAm. A localização da transcrição também é diferente entre procariontes e 
eucariontes. Enquanto a transcrição eucariótica acontece no núcleo, onde o DNA é guardado, a 
transcrição procariótica (e a síntese proteica como um todo) ocorre no citoplasma. 
 
2.3 Tradução 
O próximo passo é a tradução dessa molécula de RNAm. 
A linguagem da vida baseia-se em um sistema de codificação bioquímica em que cada três 
bases nitrogenadas correspondem a um aminoácido. Pense da seguinte maneira: o nosso genoma 
funciona como uma estante cheia de livros sobre diversos assuntos. Cada livro dessa estante 
corresponde a um cromossomo, e cada capítulo de livro corresponde a um gene. Imagine, então, a 
quantidade de informações que carregamos! Agora, pense que em um capítulo inteiro de um livro, 
nem tudo o que está escrito ali é relevante para o desfecho da história. Muitos parágrafos funcionam 
apenas como uma contextualização para os personagens. Assim, as sentenças que são importantes 
para o desfecho da história correspondem aos nossos éxons, isto é, às sequências gênicas que 
contém informação relevante para a síntese proteica. Dentro destas sentenças, cada palavra 
corresponde a um códon (isto é, a um conjunto de três bases nitrogenadas) e cada letra corresponde 
a uma base nitrogenada (que especifica um nucleotídeo). A linguagem da vida baseia-se nesses 
códons. 
 
Figura 11. A linguagem da vida baseia-se em trincas de bases nitrogenadas, chamadas códons. 
 
Quando a fita molde de DNA é transcrita em RNAm, cada trinca de bases no RNAm constitui 
um códon, e cada códon determina um aminoácido específico. No nosso exemplo, os códons são: 
 
Logo, existem 64 trincas possíveis a partir da combinação das quatro bases nitrogenadas, e, 
destas, somente 61 trincas correspondem a aminoácidos. As três trincas restantes são usadas como 
ponto final (códigos de parada), indicando quando a célula deve terminar de codificar a proteína. A 
sequência de RNAm é, portanto, usada como um modelo para montar – na ordem – a cadeia de 
aminoácidos que formam uma proteína. 
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A tabela abaixo mostra a codificação dos 20 aminoácidos essenciais que existem na natureza. 
Essa codificação é dada pela combinação entre as posições da primeira, segunda e terceira base 
nitrogenada. Como temos 61 combinações possíveis e apenas 20 aminoácidos, cada aminoácido 
pode ser codificado por mais de um códon. 
 
 
Figura 12. Tabela de códons com as 64 combinações de bases nitrogenadas que dão origem aos 20 tipos de aminoácidos. Três dessas 
combinações não codificam aminoácidos porque funcionam como código de parada: UAA, AUG e UGA. Fonte: Clancy & Brown, 2008 
(modificada). 
 
Os códons são lidos, sempre, no sentido 5'→3', conforme aparecem no RNAm. 
Há dois pontos a se observar sobre o código genético: 
❖ ele é universal, ou seja, toda a vida na Terra usa o mesmo código; 
❖ ele é degenerado. Cada aminoácido pode ser codificado por mais de um códon. Por exemplo, 
AGA e AGG codificam o aminoácido arginina. 
Já comentamos que alguns códigos não codificam aminoácidos e são usados como ponto 
final, indicando quando a célula deve terminar de codificar a proteína. Elas são chamadas de códons 
de terminação (parada) e são: UAA, UAG e UGA, destacadas em vermelho na tabela e indicados pela 
palavra STOP (do inglês, parada). 
Além desses códons de terminação, o códon do aminoácido metionina (AUG, destacado em 
azul na tabela) funciona como códon de iniciação, sinalizando a região a partir da qual a transcrição 
deve ocorrer. Desta maneira, uma unidade de transcrição de DNA, na qual a RNA polimerase se liga 
para fazer a transcrição da fita molde, corresponde a uma região promotora (que precede o códon 
Tabela de códons 
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de iniciação), uma região codificante de RNAm (composta pelo gene de interesse) e uma região de 
terminação (que sucede o códon de terminação), como exemplificado na figura abaixo. 
 
 
 
Bom, agora que já sabemos ler a informação transcrita do RNAm, vamos conhecer toda a 
maquinaria que realiza a produção das proteínas nos ribossomos. Mas, antes disso, vale lembrar que 
além do RNAm, o RNA transportador (RNAt) e o RNA ribossômico (RNAr) também são sintetizados a 
partir de uma molécula de DNA, pelo mecanismo de transcrição. A diferença é que eles já são os 
produtos finais, não sendo posteriormente traduzidos, como acontece com o RNAm. 
Nos eucariotos, as moléculas de RNAm deixam o núcleo e viajam para o citoplasma, onde os 
ribossomos estão localizados. Um ribossomo, como já sabemos, é composto de duas subunidades: 
a subunidade maior e a subunidade menor. Cada subunidade existe separadamente no citoplasma, 
e, no início da tradução, elas se unem envolvendo a molécula de RNAm e formando um complexo 
de tradução. 
 
Figura 13. Estrutura do ribossomo, com as duas subunidades unidas em torno do RNAm, prontas para iniciar a tradução. Fonte: adaptado de 
Shutterstock. 
 
As subunidades ribossômicas contêm proteínas, RNAt e RNAr. 
O RNAt tem uma extremidade que pode ler o códon no RNAm (por meio de emparelhamento 
de bases complementares) e outra extremidade que se liga a um aminoácido específico. Já o RNAr 
catalisa a ligação de cada novo aminoácido à cadeia polipeptídica (proteína) crescente. 
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Figura 14. RNAt ligado ao RNAm, formando o complexo de tradução. Lembre-se que isso acontece dentro dos ribossomos. Fonte: Shutterstock. 
 
A tradução se inicia quando o RNAt carregando a metionina liga seu anticódon ao códon de 
iniciação AUG no RNAm. Quando as bases se emparelham, a metionina é liberada e se torna o 
primeiro aminoácido da cadeia polipeptídica em crescimento. A partir daí, o ribossomo se move ao 
longo do RNAm na direção 5’→3’, em um processo chamado translocação, que requer energia. 
O RNAt, livre do aminoácido metionina, deixa o complexo para buscar os próximos 
aminoácidos que serão incorporados. Assim, como uma esteira, o ribossomo percorre o RNAm e os 
RNAt entram e saem nesse complexo, depositando as moléculas de aminoácidos. Este processo é 
repetido até que todos os códons no RNAm tenham sido lidos pelo RNAt, e os aminoácidos por ele 
carregado tenham sido incorporados à cadeia polipeptídica em ordem apropriada. 
Esse ciclo finaliza quando um dos três códons de terminação (parada) aparece no RNAm. 
Como o RNAt não reconhece nenhum desses códons, o processo termina e o complexo se desfaz, 
com a separação das subunidades do ribossomo. Neste ponto,a tradução termina e a cadeia 
polipeptídica (proteína) é liberada do RNAm e do ribossomo. Veja o esquema abaixo: 
 
Figura 15. Resumo do processo de síntese proteica. 
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Agora que vimos a estrutura e atividade do núcleo durante a intérfase, o período entre duas 
divisões celulares sucessivas, sabemos que as células apresentam intensa atividade metabólica, 
especialmente intensa síntese proteica. 
 
 
Comparando a tradução eucariótica e procariótica 
 
O processo de tradução é muito semelhante entre os procariotos e eucariotos e o código 
genético é geralmente idêntico. 
Como observado anteriormente, nas bactérias a transcrição e a tradução ocorrem 
simultaneamente no citoplasma. Nos eucariotos, no entanto, os RNAm estão sujeitos a 
modificações e devem sair do núcleo para serem traduzidos. Essas múltiplas etapas 
oferecem oportunidades adicionais para regular os níveis de produção de proteína e, assim, 
ajustar a expressão gênica, que acaba sendo mais complexa. 
 
 
(FUVEST/2016) De que maneira o DNA determina a sequência de aminoácidos das moléculas de 
proteínas? 
Comentários 
O DNA possui genes, regiões que onde estão as informações genéticas. Essas informações, do 
modo como estão no DNA, são inacessíveis. A célula precisa transcrevê-las e depois traduzi-las, para 
que haja a síntese proteica. 
Existem três tipos de RNA: RNA ribossômico (RNAr), RNA transportador (RNAt) e RNA 
mensageiro (RNAm). Durante a transcrição (1ª etapa da síntese proteica), o DNA de um gene serve 
como molde para o pareamento de bases complementares e a formação de uma molécula de RNAm. 
O RNAm resultante é uma cópia do gene, que traz informações sobre quais aminoácidos deverão 
ser produzidos. 
No citoplasma, ocorre a 2ª etapa da síntese proteica, a tradução. O RNAm se associa ao 
ribossomo e este traduz a informação transcrita, orientando a união dos aminoácidos corretos. A 
cada 3 bases nitrogenadas (códon), lê-se um aminoácido diferente. Sequencias de aminoácidos 
diferentes resultam em proteínas diferentes. À medida em que o ribossomo (junto do RNAt) 
percorre a fita de RNAm, a molécula proteica cresce, até que se torne completa. 
Assim, o DNA irá ser transcrito em RNAm e este dita quais aminoácidos a célula deve reunir 
para formar uma proteína. 
 
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(FUVEST/1999) Existe um número muito grande de substâncias com funções antibióticas. Essas 
substâncias diferem quanto à maneira pela qual interferem no metabolismo celular. Assim, 
tetraciclina liga-se aos ribossomos e impede a ligação do RNA transportador, a mitomicina inibe a 
ação da polimerase do DNA e a estreptomicina causa erros na leitura dos códons do RNA 
mensageiro. 
Essas informações permitem afirmar que: 
I) a tetraciclina impede a transcrição e leva a célula bacteriana à morte por falta de RNA mensageiro. 
II) a mitomicina, por inibir a duplicação do DNA, impede a multiplicação da célula bacteriana. 
III) a estreptomicina interfere na tradução e leva a célula bacteriana a produzir proteínas defeituosas. 
Das afirmativas acima: 
a) apenas I é correta. 
b) apenas I e II são corretas. 
c) apenas II e III são corretas. 
d) apenas I e III são corretas. 
e) I, II e III são corretas. 
Comentários 
A afirmativa I está errada porque diz que a tetraciclina impede a transcrição. O enunciado diz 
que a tetraciclina se liga ao ribossomo, impedindo a ligação do RNAt. Isso acontece na tradução, ou 
seja, na hora de traduzir os códons do RNAm transcritos do DNA. 
A afirmativa II está certa. A mitomicina inibe a DNA polimerase, que é a enzima responsável 
pela duplicação do DNA e, portanto, a divisão das células. Veremos isso no capítulo seguinte. 
A afirmativa III está certa. A estreptomicina causa erros na leitura de códons do RNAm, 
portanto, interfere diretamente na tradução do código, levando a bactéria a sintetizar proteínas com 
defeito. 
 Gabarito: C. 
 
3. DUPLICAÇÃO DO DNA 
A maior parte do tempo a célula se encontra em intérfase, realizando intensa atividade 
metabólica (síntese proteica e de organelas, como mitocôndria e retículos endoplasmáticos) e 
crescimento. Essa fase, no entanto, divide-se em três momentos bem definidos: G1, S e G2. 
Quando a célula recebe a sinalização de que deverá se dividir, seus cromossomos são 
duplicados na fase S. Assim, ela cresce na fase G1, continua crescendo na fase S (enquanto copia 
seus cromossomos) e cresce mais ainda na fase G2, enquanto completa as preparações para iniciar 
sua divisão celular. 
Vamos ver neste capítulo como ocorre a duplicação dos cromossomos durante a fase S da 
intérfase. 
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Duplicação (ou replicação) do DNA 
 Antes de mais nada, duplicar ou replicar o DNA significa copiá-lo. São sinônimos. 
A dupla hélice do DNA explica uma das propriedades mais importantes da molécula: ela pode 
ser copiada, pois cada fita pode atuar como um modelo para a síntese da uma fita complementar. 
Na fase S, o DNA se desenrola (deselicoidização) para dar início à duplicação. Isso é feito por 
uma enzima chamada topoisomerase. Com a cadeia em estrutura linear, entra em ação a enzima 
helicase. Ela quebra as ligações de hidrogênio que mantém as duas fitas unidas, separando-as e 
abrindo o DNA, como se abrisse um zíper, e formando o que se conhece como forquilha de 
replicação do DNA. 
A seguir, a enzima DNA-polimerase catalisa a síntese da nova fita, adicionando nucleotídeos 
complementares à fita molde, sempre no sentido 5’→3’. Como o DNA é composto por duas fitas 
antiparalelas, ou seja, uma fita possui sentido 5→3’ e a outra possui sentido 3’→5’, a replicação em 
ambas as fitas molde ocorre em sentidos contrários e de maneira diferente. 
 
Figura 16. Duplicação do DNA. Fonte: Shutterstock. 
 
A fita molde com direcionalidade 3’→5’ passa por um processo de replicação contínua, 
permitindo que a DNA-polimerase siga a forquilha de replicação sem interrupção, montando a nova 
fita no sentido 5’→3’. 
Já na fita molde com direcionalidade 5’→3’, a replicação não consegue seguir de maneira 
contínua, o que causa interrupções periódicas no processo de criação da nova fita. A DNA-
polimerase precisa parar e recomeçar a replicação repetidamente para dar tempo de a DNA helicase 
abrir as cadeias. Ela consegue isso por meio de um primer de RNA (um trecho curto de RNA 
complementar ao molde, que inicia a síntese de DNA, permitindo que a DNA-polimerase se ligue a 
ele e então o amplie, formando a nova fita). Assim, pequenos fragmentos da fita recém-sintetizada 
são produzidos (chamados de fragmentos de Okazaki). Posteriormente, a enzima DNA ligase os 
conecta em uma única fita contínua e o 
Todo o processo de duplicação possui um mecanismo de verificação de erros chamado 
revisão e reparo. Isso porque as células sempre tentam prevenir mutações ou mudanças 
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permanentes na sequência de DNA. Então, durante a cópia da molécula, as DNA-polimerases 
checam e corrigem erros de mal pareamento de bases. 
Imagine que na cadeia molde haja uma base nitrogenada adenina (A). A DNA-polimerase 
precisa de uma timina (T) para ser pareada corretamente. Ela verifica se é uma base T que será 
incorporada na nova cópia e, caso não seja, ela mesma já corrige esse erro. Essa é a revisão. 
Mas, suponha que mesmo com todo esse cuidado, uma citosina se ligue à adenina. Algumas 
bases incorretamente pareadas conseguem escapar dessa verificação. Daí entra em ação um 
segundo mecanismo chamado reparo. 
Qualquer base mal pareada pode ser detectada e substituída no reparo, porqueexiste um 
sistema que percorre a cópia do DNA recém-sintetizado à procura de erros, removendo os 
segmentos que contém os nucleotídeos incorretos e inserindo novos segmentos com a base correta 
na lacuna formada. 
 
A duplicação do DNA é, portanto, semiconservativa: ela garante que as células-filhas que irão 
ser formadas após a divisão recebam material genético idêntico ao da célula-mãe. 
 
4. MUTAÇÕES GENÉTICAS 
Mutações são alterações na sequência dos nucleotídeos do material genético de um 
organismo. Elas podem afetar a estrutura e a função da proteína, sendo responsáveis pela grande 
diversidade de genes que existe entre os organismos. São, portanto, fonte fundamental de 
variabilidade genética. 
Neste capítulo, trataremos das mutações pontuais, ou seja, aquelas que envolvem alterações 
em um único par ou poucos pares de nucleotídeos de um gene. Quando essas mutações ocorrem 
nos gametas, elas podem ser transmitidas à descendência, aumentando a diversidade genética da 
população. 
Essas variações geradas no conjunto de genes de uma população podem ser neutras, 
desfavoráveis (ou deletérias) ou favoráveis (benéficas ou vantajosas). Quando as mutações são 
desfavoráveis, elas são reduzidas na população pela atuação da seleção natural. Contrariamente, 
quando são favoráveis, elas podem resultar em mudanças evolutivas adaptativas. Veremos como 
isso acontece na aula de Evolução. 
Existem dois tipos básicos de mutações genéticas: as substituições e as inserções/deleções. 
 
Substituições 
Em relação às substituições, elas consistem na substituição de um par de bases que pode ou 
não afetar a proteína que será codificada. Podem ser de três tipos: mutações silenciosas, mutações 
de troca de sentido e mutações sem sentido. 
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As mutações silenciosas são aquelas nas quais a alteração de um par de bases não causa 
nenhum efeito no produto final de síntese proteica; isto acontece porque o código genético é 
degenerado, ou seja, um aminoácido pode ser codificado por mais de um códon. Por exemplo, 
suponha que a fita molde de um trecho de DNA apresente a sequência – CCG –, e uma mutação de 
substituição a modifique para – CCA. Na sequência original, o códon gerado no RNAm seria GGC, 
mas na sequência mutada, o códon passa a ser GGU. No entanto, ambos os códons codificam o 
mesmo aminoácido glicina. Esta, portanto, é uma mutação silenciosa. 
As mutações de troca de sentido (missense) são aquelas nas quais o novo aminoácido pode 
possuir propriedades similares às do aminoácido que ele substituiu ou estar em uma região da 
proteína onde a sequência exata de aminoácidos não é essencial à sua função. Dessa forma, o códon 
apesar de alterado, ainda codifica um aminoácido, embora não seja o aminoácido correto. 
Por exemplo, um códon AAA sofre mutação para AGA, modificando a proteína final: antes 
esta receberia uma arginina e, depois da mutação, recebe uma lisina. Contudo, esses aminoácidos 
são quimicamente muito semelhantes e podem não ter um efeito perceptível na função final da 
proteína sintetizada. 
As mutações sem sentido (nonsense) induzem ao término prematuro da tradução, resultando 
em um peptídeo menor do que aquele codificado pelo gene normal. Normalmente, essas mutações 
acarretam proteínas não funcionais. 
 
Figura 17. Na anemia falciforme, a substituição do aminoácido ácido glutâmico pelo aminoácido valina em uma das cadeias da hemoglobina 
conduz a uma alteração na forma da proteína como um todo, alterando o formato das células vermelhas (hemácias). Estas células passam a 
apresentar formato de foice, tornando-se incapazes de transportar oxigênio e podendo encaixar umas nas outras, obstruindo os capilares 
sanguíneos. Fonte: Shutterstock. 
 
Inserções e Deleções 
Mutações causadas por inserções ou deleções de um número de nucleotídeos diferente de 
três ou não múltiplo de três (ex.: 1, 2, 4, 5, 7, ...) em uma determinada sequência de DNA modificam 
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toda a matriz de leitura da sequência de códons, resultando em um produto gênico completamente 
diferente do original. 
Dessa forma, ao menos que a alteração ocorra bastante próxima ao final do gene, o seu 
produto provavelmente será uma proteína não funcional. Além disso, quanto mais inicial for a 
inserção ou deleção, mais alterado será o produto gênico. 
 
Figura 18. Representação das mutações gênicas ocasionadas por deleções ou inserções de nucleotídeos. Acima temos o DNA original, cuja 
cadeia molde origina a proteína original. No centro, o DNA sofreu uma deleção e, abaixo, uma inserção. Compare a sequência de aminoácidos 
nas proteínas originadas em cada situação. 
 
De maneira geral, as mutações ocorrem como consequência de erro no processo de 
duplicação do DNA, acontecendo em uma baixíssima frequência. Muitas delas, inclusive, são 
corrigidas por mecanismos especiais de reparo (veremos isso na próxima aula). Há, no entanto, 
certos agentes do ambiente que são mutagênicos podem aumentar a taxa de ocorrência de erros 
genéticos: por exemplo substâncias existentes no fumo, os raios X, a luz ultravioleta, o gás mostarda, 
ácido nitroso e alguns corantes existentes nos alimentos. 
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5. LISTA DE QUESTÕES 
 
1. (FUVEST SP/2012) 
Uma mutação, responsável por uma doença sanguínea, foi identificada numa família. Abaixo 
estão representadas sequências de bases nitrogenadas, normal e mutante; nelas estão destacados 
o sítio de início da tradução e a base alterada. 
 
O ácido nucleico representado acima e o número de aminoácidos codificados pela sequência 
de bases, entre o sítio de início da tradução e a mutação, estão corretamente indicados em: 
a) DNA; 8. 
b) DNA; 24. 
c) DNA; 12. 
d) RNA; 8. 
e) RNA; 24. 
 
2. (FUVEST SP/2006) 
Assinale a alternativa que, no quadro abaixo, indica os compartimentos celulares em que 
ocorrem a síntese de RNA e a síntese de proteínas, em animais e em bactérias. 
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3. (FUVEST SP/2003) 
Qual das alternativas se refere a um cromossomo? 
a) Um conjunto de moléculas de DNA com todas as informações genéticas da espécie. 
b) Uma única molécula de DNA com informação genética para algumas proteínas. 
c) Um segmento de molécula de DNA com informação para uma cadeia polipeptídica. 
d) Uma única molécula de RNA com informação para uma cadeia polipeptídica. 
e) Uma sequência de três bases nitrogenadas do RNA mensageiro correspondente a um aminoácido 
na cadeia polipeptídica. 
 
4. (FUVEST SP/2001) 
Um pesquisador estudou uma célula ao microscópio eletrônico, verificando a ausência de 
núcleo e de compartimentos membranosos. Com base nessas observações, ele concluiu que a célula 
pertence a: 
a) uma bactéria. 
b) uma planta. 
c) um animal. 
d) um fungo. 
e) um vírus. 
 
5. (FUVEST SP/1996) 
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Uma célula animal está sintetizando proteínas. Nessa situação, os locais indicados por I, II e 
III apresentam alto consumo de: 
 
 
6. (FUVEST SP/1995) 
Considere a seguinte tabela que indica sequências de bases do RNA mensageiro e os 
aminoácidos por elas codificados. 
 
Com base na tabela fornecida e considerando um segmento hipotético de DNA, cuja 
sequência de bases é AAG TTT GGT, qual seria a sequência de aminoácidos codificada? 
a) Aspargina, leucina, valina 
b) Aspargina, lisina, prolina 
c) Fenilalanina, lisina, prolina 
d) Fenilalanina, valina, lisina 
e) Valina, lisina, prolina.7. (FUVEST SP/1994) 
Um gene de bactéria com 600 pares de bases nitrogenadas produzirá uma cadeia 
polipeptídica com número de aminoácidos aproximadamente igual a 
a) 200 
UUU
UUC
UUA
UUG
CCU
CCC
CCA
CCG
AAU
AAC
AAA
AAG
GUU
GUC
GUA
GUG
Fenilalanina
Leucina
Prolina Valina
Lisina
Asparagina
I II III
a.
b.
c.
d.
e.
bases nitro-
genadas
aminoácidos oxigênio
oxigênio
oxigênio
oxigênio
aminoácidos
aminoácidos
bases nitro-
genadas
bases nitro-
genadas
aminoácidos
bases nitro-
genadas
 gás
carbônico
 gás
carbônico
 gás
carbônico
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b) 300 
c) 600 
d) 1200 
e) 1800 
 
8. (FMP RJ/2019) 
A mutação conhecida como 35delG que ocorre no gene conexina 26, encontrado no braço 
longo do cromossomo 13, é responsável pela surdez congênita. Esse locus é conhecido como hot 
spot (ponto quente) do gene, um lugar suscetível a alterações, provavelmente por causa da 
repetição da base guanina. 
A base nitrogenada que se repete no gene conexina 26 é 
a) exclusiva do ácido desoxirribonucleico 
b) presa ao fosfato do DNA por ligações fosfodiéster 
c) classificada como púrica ou purina 
d) unida à base adenina por duas ligações de hidrogênio 
e) complementar à base uracila 
 
9. (UFT/2019) 
A estrutura da molécula de DNA proposta por Watson e Crick foi bem aceita porque, além de 
ser coerente com as propriedades físicas e químicas da molécula, também explicava como ela se 
duplica. Quanto à duplicação do DNA, assinale a afirmativa INCORRETA: 
a) síntese de DNA é catalisada por uma enzima chamada RNA-polimerase, que orienta o 
emparelhamento de nucleotídeos livres à fita-molde. 
b) pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas são rompidas e as duas cadeias de uma 
molécula de DNA separam-se. 
c) nucleotídeos livres existentes na célula encaixam-se nas fitas de forma complementar (adenina 
com timina e citosina com guanina). 
d) cada molécula resultante da duplicação conserva uma das cadeias originais da “molécula-mãe” e 
tem uma cadeia nova, complementar à que serviu de molde. 
 
10. (ACAFE SC/2019) 
O esquema a seguir representa o Dogma Central da Biologia Molecular, indicando o fluxo de 
informações do código genético. 
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Fonte: BROWN, T.A. Genética: um enfoque conceitual. São Paulo: Saraiva, 2016. (adaptada) 
 
De acordo com o esquema e dos conhecimentos relacionados ao tema, analise as afirmações 
a seguir. 
I. O processo indicado em I ocorre na subfase S e é denominado replicação semiconservativa. 
Nesse processo, a incorporação de um novo nucleotídeo à cadeia de DNA requer energia, que 
é fornecida pelo próprio nucleotídeo através da quebra das ligações entre os fosfatos. 
II. Em II, está representada a transcrição, processo de formação de uma molécula de RNA a 
partir de uma molécula molde de DNA. Nesse processo, as fitas do DNA se separam e uma 
serve de molde para o RNA enquanto a outra fica inativa. Ao fim da transcrição as fitas de DNA 
que foram separadas voltam a se unir. 
III. Tradução é o nome que se dá ao processo indicado por III. Nesse processo, os ribossomos 
irão percorrer e ler os códons presentes em uma molécula de RNAm, sintetizando uma 
proteína. Dessa forma, toda alteração na sequência de bases dos códons leva à alteração na 
estrutura da proteína formada. 
IV. Durante o ciclo celular o processo I ocorre no núcleo e os processos II e III ocorrem no 
citoplasma. 
V. O produto obtido em IV é uma molécula de DNA complementar (cDNA) sintetizada a partir 
de uma molécula de RNA mensageiro. Essa síntese é catalisada pela enzima transcriptase 
reversa. 
Todas as afirmações corretas estão em: 
a) I - II - IV 
b) I - II - V 
c) II - III - IV 
d) I - III - V 
 
11. (IFMT/2019) 
O núcleo celular é uma característica das células eucarióticas; cada célula quase sempre 
contém um núcleo, cujo tamanho e forma variam, dependendo do tipo celular. Entretanto, há 
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células com dois ou mais núcleos: protozoários ciliados, por exemplo, apresentam um núcleo 
pequeno, o micronúcleo, e outro maior, o macronúcleo. As fibras musculares estriadas do 
nosso corpo, resultantes da fusão de várias células precursoras, têm dezenas de centenas de 
núcleos. Ao contrário, as hemácias dos mamíferos não apresentam núcleo, pois ele degenera 
no decorrer do amadurecimento celular. 
(Amabis e Martho. Biologia Moderna vol. 1 - 1ª ed. Ed. Moderna. Pg. 78-109. 2016) 
Com relação ao núcleo celular, analise as afirmativas e marque a única alternativa com todas 
as informações corretas: 
a) A única importância do núcleo se deve ao fato dele armazenar os cromossomos. No 
entanto, todos os processos de transcrição e tradução, que originam novas proteínas, ocorrem 
no citoplasma das células. 
b) O núcleo armazena os cromossomos e é o grande responsável pela síntese de todas as 
proteínas que ocorrem nas células, pois os processos de transcrição e tradução ocorrem no seu 
interior. 
c) O núcleo, quando não está em processo de divisão, apresenta um limite definido, devido 
à presença da carioteca ou membrana nuclear, e é nele que se encontra o DNA genômico (o 
material genético), organizado em cromossomos. 
d) O núcleo é um filamento constituído de uma molécula de DNA linear associada a várias 
proteínas, é nele que são encontrados os genes, unidades que contêm as características 
informacionais e hereditárias. 
e) O núcleo é delimitado pela carioteca, que é constituída por duas membranas lipogliceicas 
muito bem ajustadas uma à outra. Tem a função de regular o metabolismo, bem como 
armazenar as informações genéticas das células. 
 
12. (UniRV GO/2019) 
A replicação do DNA ocorre de forma semiconservativa, é iniciada em origens únicas e 
geralmente ocorre de forma bidirecional, a partir de cada origem de replicação. Avalie as 
afirmativas abaixo e assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as alternativas. 
a) Para cada fragmento de Okazaki a ser gerado na síntese de DNA, será necessária a adição 
de um primer, caracterizando a síntese descontínua da fita de DNA. 
b) A cadeia de DNA que cresce no mesmo sentido que o deslocamento da forquilha de 
replicação, e cuja síntese ocorre descontinuamente, é chamada de cadeia leading. A cadeia 
que cresce no sentido oposto ao deslocamento da forquilha de replicação, e cuja síntese ocorre 
continuamente, é chamada de cadeia lagging. 
c) A DNA pol I reconhece defeitos diversos no DNA, inclusive a presença de RNA, como por 
exemplo, o primer. Através de uma atividade exonucleotídica 5’-3’, ela retira esse primer e 
ressintetiza o espaço deixado, desta vez com uma molécula de DNA. 
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d) As helicases quebram as pontes de hidrogênio entre as bases, para que as duas fitas de 
DNA se separem, podendo desta forma abrir a forquilha de replicação e permitir que ela se 
movimente à medida que a síntese de DNA evolui. 
 
13. (USF SP/2018) 
Nos eucariontes, o RNA transcrito a partir de um gene normalmente é chamado de pré-
RNAm, pois ele ainda não está pronto para ser traduzido em proteína. O pré-RNAm seria, assim, uma 
versão ainda não acabada do RNA mensageiro, que precisa ser primeiramente processado no (I) 
para, em seguida, migrar ao (II). 
Os íntrons são retirados do pré-RNA por meio de enzimas especiais e, em seguida, os éxons 
são unidos uns aos outros. O RNAm formado apenas por éxons recém-unidos está pronto para sair 
do núcleo e ser traduzido pelos (III), resultando na formação de uma proteína. 
SILVA, Jr, Cesar da & SASSON, Sezar. 
Biologia: volume 3 8ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 58 e 59. 
Considere a sequência de códons a seguir e selecione a alternativa que preenche 
corretamente (I), (II) e (III) e que apresenta o número de aminoácidos incorporados à cadeia 
polipeptídica. 
 CCGAUCUACAUGCGGUCUUCAUCAAAUCGGCCGUAGGUAAAUUCCGUA 
a) (I) núcleo; (II) citoplasma; (III) polissomos; 13. 
b) (I) membrana; (II) citoplasma; (III) ribossomos; 16. 
c) (I) núcleo; (II) citoplasma; (III) retículos endoplasmáticos rugosos; 09. 
d) (I) núcleo; (II) citoplasma; (III) ribossomos; 08. 
e) (I) citoplasma; (II) núcleo; (III) retículo endoplasmático; 04. 
 
14. (FPS PE/2018) 
Os genes presentes na molécula de DNA têm a função de comandar e coordenar todo o 
funcionamento celular, e são responsáveis pelas características hereditárias. Acerca desse tema, 
assinale a alternativa correta. 
a) Os genes são transcritos em moléculas de RNA. 
b) O RNAm leva a informação do gene para o citoplasma, onde ela é traduzida em moléculas de 
glicídios. 
c) Todos os tipos de RNA são produtos da tradução gênica. 
d) O DNA é representado por uma dupla hélice e formado por várias proteínas. 
e) Timina e guanina são bases nitrogenadas púricas. 
 
15. (UFRGS/2018) 
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A sequência abaixo corresponde a um trecho de DNA específico que sofreu uma mutação 
gênica por substituição de um nucleotídeo na 5ª posição. 
 
RNAm: AUG = metionina; CAC = histidina; CUC = leucina; CUG = leucina; ACU = treonina; CCU = prolina 
 
Sobre a mutação que ocorreu na sequência de DNA acima, é correto afirmar que 
a) gera uma cadeia polipeptídica com um aminoácido a menos. 
b) aumenta o número de códons do RNAm. 
c) é silenciosa, aumentando a variabilidade genética da espécie. 
d) altera o módulo de leitura do RNAm e o tamanho da proteína. 
e) causa a substituição de um aminoácido na proteína. 
 
16. (UDESC SC/2018) 
Um determinado segmento de DNA apresenta a seguinte sequência de nucleotídeos: 
5’ A – T – C – G – G – C – T – A – A – T – G – C 3’ 
3’ T – A – G – C – C – G – A – T – T – A – C – G 5’ 
Analise as proposições que apresentam os RNA mensageiros no sentido da tradução 
 
I. G – C – A – U – U – A – G – C – C – G – A – U 
II. A – U – C – G – G – C – U – A – A – U – G – C 
III. U – A – G – C – C – G – A – U – U – A – C – G 
IV. C – G – U – A – A – U – C – G – G – C – U – A 
Desconhecendo-se o lado sense (codificante) do DNA, indique a alternativa na qual são 
apontados, no sentido de sua tradução, os dois segmentos de RNA mensageiro possíveis de serem 
formados. 
a) Somente as sequências indicadas em III e IV podem ser formadas. 
b) Somente as sequências indicadas em II e III podem ser formadas. 
c) Somente a sequência indicada em II pode ser formada. 
d) Somente a sequência indicada em I pode ser formada. 
e) Somente as sequências indicadas em I e II podem ser formadas. 
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17. (UDESC SC/2018) 
A micrografia eletrônica, abaixo, mostra duas organelas celulares, indicadas pelas letras A e 
B. 
 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/ 
biologia/a-origem-das-mitocondrias.htm acesso em 25/03/2018 
 
Analise as proposições em relação a essas organelas. 
I. A estrutura indicada pela letra A é responsável pelo fornecimento de energia para a célula. 
II. A estrutura indicada pela letra B está envolvida com a síntese proteica. 
III. A estrutura indicada pela letra A possui DNA próprio. 
IV. A estrutura indicada pela letra B liga-se à membrana nuclear. 
V. Ambas organelas são envoltas por uma membrana lipoproteica. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas II e V são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas I, II, IV e V são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
 
18. (UERJ/2018) 
Em células eucariotas, a cromatina pode se apresentar como eucromatina, uma forma não 
espiralada, ou como heterocromatina, uma forma muito espiralada. Na metáfase, muitas 
regiões de eucromatina se transformam em heterocromatina, formando cromossomos 
bastante espiralados, conforme mostra o esquema. 
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Considerando uma mitose típica, a formação do cromossomo bastante espiralado favorece o 
seguinte processo: 
a) transcrição dos genes pela RNA polimerase 
b) distribuição do DNA para células-filhas 
c) síntese de proteínas nos ribossomos 
d) redução do cariótipo original 
 
19. (UniRV GO/2018 – modificada) 
A biologia celular, antes conhecida como citologia, é a ciência que estuda a unidade básica de todos 
os seres vivos, as células que possuem diversas estruturas na sua constituição. A respeito desse 
assunto, assinale abaixo a alternativa correta: 
a) O retículo endoplasmático rugoso (RER) participa principalmente da síntese de esteroides e de 
outros lipídios, aos quais são destinados à exportação ou ao uso intracelular por organelas, como 
por exemplo, pelos lisossomos. 
b) O citoesqueleto é composto por microtúbulos, filamentos de actina, filamentos intermediários e 
diversas proteínas motoras. Os filamentos de actina são estáveis, desempenhando somente a 
função de sustentação, sem participar dos movimentos celulares. 
c) Quando a proteína carreadora ou transportadora da membrana plasmática atua movimentando 
solutos contra um gradiente favorável, está ocorrendo um transporte passivo. 
d) A matriz mitocondrial é composta por diversas enzimas, ribossomos, íons e material genético 
mitocondrial que estão envolvidos em processos como a geração de energia, por exemplo. 
 
20. (IFMT/2018) 
Sabe-se que a célula é a unidade funcional básica de todos os seres vivos, a qual, no curso da 
evolução, especializou-se em inúmeras funções nos organismos. Se compararmos a célula a uma 
fábrica podemos dizer que o núcleo da célula é o escritório onde todas as decisões são tomadas. As 
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organelas seriam departamentos onde cada produto é processado, transportado, empacotado e 
armazenado. Dessa forma, podemos dizer que a produção de proteínas pela célula é realizada pela 
organela: 
a) reticulo endoplasmático liso 
b) mitocôndrias 
c) reticulo endoplasmático granuloso (rugoso) 
d) lisossomos 
e) aparelho de Golgi ou complexo de Golgi 
 
21. (UNITAU SP/2018) 
O núcleo celular responsável pelo comando das funções e da estrutura celular é composto pelo 
envoltório nuclear, o nucleoplasma, o nucléolo e a cromatina. 
Assinale a alternativa que apresenta informação INCORRETA referente aos componentes 
nucleares. 
a) O envoltório nuclear é constituído por uma membrana lipoproteica simples, que apresenta 
muitos poros, para a passagem de moléculas. 
b) O nucleoplasma apresenta constituição semelhante à do citosol, com presença de água, 
proteínas e outras substâncias. 
c) Os nucléolos são compostos de ácidos nucleicos e de proteínas, sendo responsáveis pela 
transcrição e pela montagem de RNA ribossomal. 
d) A cromatina é composta por DNA associado a proteínas, como as histonas. 
e) A carioteca apresenta membrana externa, que se comunica diretamente com o retículo 
endoplasmático rugoso. 
 
22. (UCB DF/2017) 
A informação hereditária das células está contida no respectivo material genético, o DNA. As 
instruções genéticas contidas nos genes são expressas ou lidas por meio da transcrição e da 
tradução. Acerca dos processos de transcrição e de tradução em eucariotos, assinale a alternativa 
correta. 
a) No processo de transcrição gênica, a polimerase do RNA reconhecea região promotora do gene, 
separa a dupla fita de DNA e promove a síntese do RNA, utilizando ambas as fitas como molde, 
até encontrar a sequência de nucleotídeo sinalizadora do fim da transcrição. 
b) O RNA transportador possui, na respectiva estrutura, uma porção onde se liga um aminoácido 
específico e outra região denominada de anticódon, composta por uma trinca de bases de 
nucleotídeo, por meio do qual se emparelha, por complementaridade, à região do códon no RNA 
mensageiro. 
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c) O splicing é um processo pós-transcricional, em que ocorre a retirada de éxons do pré-RNA 
mensageiro. 
d) O splicing ocorre no citoplasma e é realizado por um complexo ribonucleoproteico denominado 
spliciossomo. 
e) A síntese da cadeia polipeptídica é realizada pelo deslocamento do ribossomo pelo RNA 
mensageiro, e esse processo só é finalizado quando o ribossomo atinge o fim da molécula de RNA. 
 
23. (UTF PR/2017) 
O núcleo celular contém todas as informações sobre a função e a estrutura da célula. Analise 
as afirmativas a seguir sobre a estrutura do núcleo celular eucariótico. 
I. O material genético do núcleo localiza-se em estruturas chamadas cromossomos. 
II. Os nucléolos são orgânulos delimitados por uma membrana e constituídos de DNA. 
III. A carioteca ou membrana nuclear é dupla e porosa. 
IV. O nucleoplasma ou suco nuclear é formado por água, ribossomos e material genético. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) III e IV. 
d) I e III. 
e) II e IV. 
 
24. (FCM MG/2017) 
O desenho abaixo está relacionado com 
 
 
 
a) classificação dos cromossomas de acordo com a posição do centrômero. 
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b) posição do centrômero de acordo com as diferentes fases da mitose. 
c) cromossomas humanos observados durante a prófase da mitose. 
d) cromossoma normal e outros com diferentes tipos de deleção. 
 
25. (UEPG PR/2017) 
O núcleo pode ser considerado o centro controlador do metabolismo, já que o mesmo carrega 
os cromossomos, portadores dos genes, os quais são responsáveis em comandar a produção 
das proteínas celulares. Com relação ao núcleo celular, assinale o que for correto. 
01. Os nucléolos são organelas presentes no núcleo e são delimitados por uma bicamada 
lipídica, formando massas repletas de RNA ribossômico e proteínas associadas. 
02. A maioria das células eucarióticas possui apenas um núcleo. Porém, as fibras musculares 
esqueléticas são multinucleadas, resultado da fusão de um grande número de células 
embrionárias, os mioblastos. 
04. Na intérfase, o DNA celular fica organizado na forma de cromossomos compactados, 
altamente condensado e ativo, proporcionando o acontecimento de eventos importantes da 
divisão celular, como a replicação do DNA na fase S. 
08. O envoltório nuclear fragmenta-se e o núcleo desaparece temporariamente enquanto a 
célula está se dividindo, espalhando os cromossomos pelo citoplasma. 
16. Visto que a carioteca é formada por duas membranas lipoprotéicas, contínua em toda a 
sua extensão, qualquer substância produzida no núcleo e que deva atuar no citoplasma deve 
ser transferida por transporte ativo, com gasto de energia (ATP). 
 
26. (UFRGS/2017) 
Observe a figura abaixo, que ilustra os diferentes modelos propostos para a replicação do DNA. 
 
O experimento de Meselson e Stahl, realizado em 1957, comprovou que o modelo correto para 
a replicação do DNA é o 
a) I, porque a dupla-hélice original não contribui com a nova dupla-hélice. 
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b) I, porque, na replicação dispersiva, a densidade do novo DNA é a metade da densidade do 
DNA original. 
c) II, porque a dupla-hélice original é preservada, e uma nova molécula é gerada. 
d) III, porque cada nova molécula de DNA contém uma fita nova e uma antiga completas. 
e) III, porque, na replicação semiconservativa, uma das fitas do DNA original é degradada. 
 
Comuns às questões: 20, 21, 22 
Analise a figura abaixo que representa alguns anticódons associados aos seus respectivos 
aminoácidos. 
 
27. (OBB/2015) 
A sequência da molécula de DNA correspondente aos éxons do transcrito primário do gene 
que traduz esta proteína é: 
a) TTT-CGA-AAG-TGC-GTC 
b) UUU-CGA-AAG-UGC-GUC 
c) AAA-GCT-TTC-ACG-CAG 
d) AAA-CGU-UUC-ACG-CAG 
e) impossível determinar 
 
28. (OBB/2015) 
A sequência da molécula de DNA correspondente aos íntrons do transcrito primário do gene 
que traduz esta proteína é: 
a) TTT-CGA-AAG-TGC-GTC 
b) UUU-CGA-AAG-UGC-GUC 
c) AAA-GCT-TTC-ACG-CAG 
d) AAA-CGU-UUC-ACG-CAG 
e) impossível determinar 
 
29. (OBB/2015) 
Suponha que outra proteína possua o mesmo trecho de aminoácidos destacado na figura. O 
DNA codificante desta região na segunda proteína será: 
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a) igual ao da primeira uma vez que os nucleotídeos codificantes do RNAm serão os mesmos. 
b) igual ao da primeira uma vez que os nucleotídeos codificantes do RNAt serão os mesmos. 
c) igual ao da primeira uma vez que os nucleotídeos codificantes dos íntrons serão os mesmos. 
d) diferente ao da primeira uma vez que o código genético é degenerado. 
e) diferente ao da primeira uma vez que os RNAr podem ter variado. 
 
30. (OBB/2014) 
A garantia da expressão gênica com a consequente produção da proteína depende de um 
intermediário que migrará do núcleo ao citoplasma para garantir sua codificação. A molécula que 
possui esta função é o: 
a) DNA 
b) RNAt 
c) RNAm 
d) Transcripto primário 
e) RNAr 
 
31. (PUCCamp/ 2011) 
A fenilalanina é um aminoácido que está presente em quase todos os alimentos, com 
importância na constituição das proteínas e também como precursor de outras moléculas. 
Uma pequena parte da fenilalanina ingerida é incorporada pelo organismo na síntese protéica, 
mas o excedente, que geralmente corresponde à maior parte, é naturalmente convertido em 
outro aminoácido, a tirosina, por uma enzima produzida no fígado e denominada fenilalanina 
hidroxilase 
Um pequeno grupo de indivíduos, estimadamente uma a cada 24.310 crianças nascidas na 
população brasileira, apresenta uma deficiência genética que impede a produção da enzima 
fenilalanina hidroxilase, impossibilitando o organismo de converter o excesso de fenilalanina 
em tirosina. O grande problema causado pela falta da enzima é o acúmulo do excedente da 
fenilalanina ingerida (hiperfenilalaninemia) que, nessa condição, é convertida em outra 
substância, o ácido fenilpirúvico (encontrado na urina e também no suor). No organismo, o 
ácido fenilpirúvico é um inibidor de vias metabólicas responsáveis pela produção de 
determinados lipídeos importantes na constituição da membrana de mielina, fundamental 
para o funcionamento dos tecidos neurais, o que compromete gravemente o desenvolvimento 
neurológico do indivíduo. São denominados fenilcetonúricos os indivíduos incapazes de 
converter a fenilalanina em tirosina. 
(Revista Genética na Escola, v. 5, n. 2, 2010) 
 
Professora Bruna Klassa 
Aula 04: FUVEST 
 
 
 
Aula 04 – Citologia IV: núcleo 
www.estrategiavestibulares.com.br 
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78 
A presença de fenilalanina durante a síntese de uma proteína é determinada pelo códon UUU 
ou pelo códon UUC no RNA mensageiro. Já a presença de tirosina é determinada pelo códon UAU 
ou pelo códon UAC. A partir dessas informações, é possível afirmar que o código genético é 
a) universal. 
b) redundante. 
c) ambíguo. 
d) característico para cada pessoa. 
e) diferente nos fenilcetonúricos. 
 
32. (PUCCamp/2009) 
Sobre a proteína fluorescente GFP, composta por

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