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Daniela Junqueira Gomes Teixeira (farmacodermias) Síndrome de Stevens-Johnson (ssj) e Necrólise epidérmica tóxica (net) DROGAS MAIS COMUNS Sulfonamidas; Penicilinas; Quinolonas; Cefalosporinas; Anticonvulsivantes aromáticos; Alopurinol; AINE DEFINIÇÃO Mesma doença, dois espectros. 15d após exposição ao fármaco Autolimitada (1 mês): sem sequelas cutâneas e com sequelas mucosas) Microorganismos (Mycoplasma pneumoniae 15%) SSJ: menos de 10% de pele desnudada Overlap SSJ-NET: 10 a 30% de pele desnudada NET: mais de 30% de pele desnudada MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Estágio prodrômico (1 a 14 dias): febre, mal-estar, cefaleia, coriza, angina (comprometimento orofaríngeo), mialgias, artralgias (síndrome gripal) e eventualmente vômitos e diarreia. Quadro cutâneo: erupção eritematosa maculopapular (tronco e na face e progredindo centrifugamente para as extremidades) Lesões em alvo atípicas (achatadas, com centro violáceo ou pigmentado e halo eritematoso) Bolhas hemorrágicas. Sinal de Nikolsky positivo: descolamento da epiderme após tração manual. Lesões mucosas obrigatórias: ≥ 2 áreas (oral, ocular e genital) TRATAMENTO Internação + Terapia de suporte 1. Reposição hidroeletrolítica: guiada pelos sinais vitais, hematócrito e eletrólitos séricos; 2. Nutrição enteral (a maioria dos pacientes não tolera ingestão oral); 3. Asseio traqueobrônquico; 4. Medidas oftalmológicas preventivas (lubrificantes oculares, limpeza e remoção de adesões); 5. Debridamento da pele necrótica apenas quando terminar a progressão da doença (fase estável), recobrindo-se as lesões com gaze embebida em soro fisiológico ou curativos hidrocoloides. Deve ser evitada a sulfadiazina de prata, pelo risco de agravamento do mecanismo de destruição imunológica. O USO DE ANTIBIOTICOTERAPIA SISTÊMICA PROFILÁTICA NÃO É PRECONIZADO. Entretanto, qualquer sinal focal ou sistêmico de infecção deve imediatamente indicar coleta de material para cultura e início de antibióticos.
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