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PSICO SOCIAL - Tarefa Avaliativa

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Aluna: Helena Kira
Professoras: Lais Medeiros Amado e Silvana Mendes Lima
Disciplina: Psicologia Social, Corpo e Subjetividade
Avaliação 1 – Ética e moral (Espinosa)
Segundo Espinosa, a moral se expressa individualmente, mas é uma construção da sociedade, e tem a função de regular a convivência social entre os indivíduos. Ela é essencialmente histórica, pois os valores sociais mudam ao longo do tempo, dessa forma, pode-se afirmar que a moral possui historicidade. 
Na sociedade contemporânea, a moral reproduzida será a burguesa. Assim, ela revela os valores da classe dominante. Essa moral, também, é passada de geração em geração de forma lenta e gradual e há o processo de adesão, como por exemplo, você pode aprender a ser egoísta ao longo de sua vida, mas ninguém nasce egoísta. Além disso, ela sofre alterações, já que é atravessada por diversas concepções e construída a partir da vida real cotidiana.
A moralidade se expressa no cotidiano, ou seja, é na esfera do cotidiano que a moral irá se expressar e é nele que se produz a imediaticidade (necessidade de responder às questões impostas de forma imediata); a superficialidade (junto com a imediaticidade, impossibilita a observação da raiz do problema); e, por fim, a heterogeinidade (que, devido aos dois fatores anteriores, parece não haver concordância). O resultado de tudo isso é a ultrageneralização, o qual tomam o todo pela parte, ou seja, a parte passa a explicar o todo.
Portanto, a moral é produto da sociabilidade humana e existe para responder à determinadas necessidades concretas dos indivíduos de normas e deveres. Cumpre a função social de garantir a sociabilização dos indivíduos entre sim e a convivência social, assim pode-se dizer que ela regula a convivência entre as pessoas e possibilita que os indivíduos adquiram um “senso” moral, como por exemplo, a justiça. Ela não é imposta, ela á aderida ao longo da vida e a ética questiona a moral instituída – o combate da liberdade possível, segundo Espindola. 
A ética, por outro lado, permite o sujeito transitar de sua singularidade à genericidade. É um campo de reflexão crítica sobre os fundamentos da moral e do cotidiano, onde toma a moral como objeto de análise, a partir da suspensão do cotidiano, ou seja, refletir a situação após o fim da ação.
Um sujeito ético moral é consciente de si e dos outros, dotado de vontade e de capacidade para deliberar e decidir, responsável (autor da ação) e livre, mas nossa sociedade não nos aproxima da condição de um sujeito ético, pelo contrário, ela afasta.
Uma situação que pode ser utilizada como exemplo de combate entre a ética e moral: Imagine um país que, a partir da lei islâmica, condenada à morte - por apedrejamento - uma mulher que traiu seu marido. Isso faz parte da moral daquela sociedade, mas não é eticamente correto. Dessa forma, a liberdade passa a ser relativa e somos julgados a partir de valores socialmente construídos.
Outro exemplo seria a situação de uma pessoa caminhando na rua e , após comer uma bala, decide jogar a embalagem no chão, ao invés de descartá-la no lixo. Pela ética, ela deve jogar esta embalagem no lixo (isso seria o correto tanto pela ética, quanto pela moral), porém ela pode decidir jogar a embalagem na rua, ignorando, inclusive, uma lei federal.
Desse modo, como Espinosa defende, “o exercício ético implica em nos movermos na direção da produção de uma liberdade possível, porém essa liberdade é sempre efeito da relação que estabelecemos com a vida, em suas diferentes formas de expressão e que nos convoca a uma espécie de combate”.

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