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c e n t r o s o c i a l P E N E D O B ia n ca S ia ne Or la nd i n Or i entad or pro f. Edua r d o Wes tpha l Trab a l ho d e Concl us ã o d e Cu r s o Ma tr í c u la 17202 276 Dep a r ta mento d e A r qu i tetu ra e Ur b a n i s mo Un i v er s id ad e Fed era l d e S a nta Ca ta r i na 2023 / 2 uma proposta de renovação do cenário cultural da cidade de Vitória-ES S U M Á R I O 0 1 . 0 2 . 0 3 . 0 4 . 0 5 . 0 6 . APRESENTAÇÃO DO TEMA APROXIMAÇÃO À CIDADE DE VITÓRIA-ES O CENÁRIO CULTURAL CAPIXABA PROPOSTA DE RENOVAÇÃO DO CENÁRIO CULTURAL O PROJETO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS fonte: autoria própria características geográficas equipamentos culturais existentes circuito vitória cultural local de implantação a proximidade com o mar cais das artes e sua trajetória cortes de vias programa de necessidades plantas baixas as dinâmicas portuárias o entendimento local acerca do cenário cultural capixaba a integração de modais por meio do transporte marítimo proposta volumétrica cortes o centro histórico de vitória e suas lacunas intenções projetuais esquema estrutural/estratégias bioclimáticas imagens perspectivadas do projeto características da ocupação urbana a g r a d e c i m e n t o s Agradeço, em primeiro lugar, a Deus pela oportunidade de viver tudo que vivi até aqui. A oportunidade que me foi dada de estudar em uma universidade dessa dimensão é grande responsável pela pessoa que me tornei e foi ele quem me acompanhou e me deu forças nesse processo. Agradeço a mim por ter perseverado diante de todas as dificuldades e acreditado no sonho de ser Arquiteta e Urbanista. Sem a minha coragem de enfrentar novos desafios, como morar em um estado completamente novo, nada disso teria se tornado realidade. Agradeço à minha mãe, Marlei, e ao meu pai, Douglas, por tudo que fizeram e continuam fazendo por mim nesses anos de vida. Obrigada por nunca limitarem a minha vontade de crescer e por incentivarem todos os meus desejos e sonhos. Vocês são o meu maior espelho e os admiro infinitamente. Agradeço a minha irmã caçula Débora, que merece um parágrafo só para ela, por me acompanhar até aqui e ser tão especial para mim. A sua admiração pela minha trajetória só me impulsiona para querer ser uma pessoa melhor. Agradeço a todos meus familiares que sempre torceram por mim e são presentes mesmo morando em estados diferentes. Agradeço aos meus amigos que a faculdade me deu, a nossa troca durante essa graduação foi muito especial e não será esquecida. Obrigada Emanuelle, Maria Eduarda, Luís Paulo, Gabriela, Anelise, Truppel, Gilberto, Vitória, Porto, e tantos outros por marcarem minha vida. Agradeço às minhas amigas companheiras que estão longe e mesmo assim não deixaram de estar perto. Obrigada Júlia e Letícia. Agradeço aos meus professores do ensino médio, em especial Luiza, Nelson e Hélio, que tanto contribuíram para minha formação, e aos meus professores da graduação, em especial Eduardo, Fábio e Maria Inês, que fizeram eu me apaixonar por essa profissão incrível. Agradeço aos escritórios Occa Arquitetas Associadas e Vitorino Kokowise Arquitetos que me oportunizaram ver na prática a atuação profissional e me ensinaram grande parte do conhecimento técnico que tenho hoje em dia. Por fim, agradeço ao meu orientador Eduardo Westphal pela troca que tivemos ao longo deste trabalho e pela paciência ao me acalmar quando foi preciso; e à Universidade Federal de Santa Catarina por ser a extensão da minha casa durante tantos anos e por me tornar Arquiteta e Urbanista, com certeza deixará saudades. 01 | APRESENTAÇÃO DO TEMA 0 4 fonte: Pinterest TERCEIRA PONTE MORRO DO MORENO CAIS DAS ARTES VALE - COMPLEXO DE TUBARÃO ENSEADA DO SUÁ PIER DOM BOSCO BENTO FERREIRA JESUS DE NAZARETH ILHA DA FUMAÇA PEDRA DO PENEDO CONVENTO DA PENHA PRAINHA VILA VELHA VITÓRIA MOTIVAÇÕES E OBJETIVOS PORTO DE VITÓRIA CENTRO DE VITÓRIA PORTO DE VILA VELHA BAÍA DE VITÓRIA FORTE SÃO JOÃO CURVA DO SALDANHA Desde que iniciei o curso de Arquitetura e Urbanismo, eu pensava em, de alguma forma, abordar o estado do Espírito Santo nos meus estudos, já que vivi durante alguns anos no estado e tanto contribuiu para a minha trajetória. Ao iniciar a faculdade em outra cidade, é muito comum que os estudos concentrem-se no local vivido, mas a vontade de expandir permaneceu, a fim de compreender o Espírito Santo através da perspectiva de arquiteta, e não somente de moradora. Assim, optei por abordar esse estado em meu trabalho de conclusão de curso, na tentativa de realizar estudos mais aprofundados em relação aos aspectos que me instigaram a investigar e, além disso, oportunizaria um retorno social para o lugar que me fez chegar até aqui através de uma educação pública de qualidade. Para escolha do tema, procurou- se desvendar as lacunas atuais existentes nas dinâmicas sociais e urbanas presentes na cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, para que o trabalho pudesse se debruçar em como supri-las. O cenário cultural, em especial, se destacou por apresentar-se em uma realidade de pouca valorização, com equipamentos escassos e sem uma lógica de funcionamento integrada. Além disso, o descontentamento de amigos e familiares residentes de Vitória em relação à inconclusividade do complexo cultural Cais das Artes, por Paulo Mendes da Rocha e METRO, fez com que surgisse o anseio por investigar melhor este cenário e preencher essas lacunas com propostas urbanísticas e arquitetônicas. Assim, identificou-se a extrema fragilidade no âmbito cultural capixaba, com poucas garantias de acesso democratizado a esse uso, e com possibilidade de perda do que seria um importantíssimo ícone cultural para o estado, o Cais das Artes, que está em jogo atualmente, podendo ser entregue para outros usos distintos do cultural. Como objetivos deste trabalho, pretende-se compreender o atual funcionamento do cenário cultural, a fim de evidenciar as conexões entre os equipamentos existentes para que estes funcionem em uma lógica integrada; democratizar o acesso à cultura e tornar esta parte do cotidiano dos moradores de Vitória e adjacências; reforçar a conexão da cidade com a Baía de Vitória, convidando a cidade para vivenciar a interface entre o urbano e o porto; proporcionar um local de encontro estratégico na cidade de Vitória que atenda a demanda da cultura, lazer e trabalho cotidianos. 0 5 fonte: Pinterest 02 | APROXIMAÇÃO À CIDADE DE VITÓRIA-ES 0 6 fonte: Prodest ES b a í a d e v i t ó r i a e s p í r i t o s a n t o m a p a d e v i t ó r i a e s c 1 : 3 5 0 0 0 v i t ó r i a c a r a c t e r í s t i c a s g e o g r á f i c a s r e c o r t e d e e s t u d o a m p l i a d o Vitória está localizada no estado do Espírito Santo, região Sudeste do Brasil, e conta com uma população aproximada de 365.000 habitantes, de acordo com o censo do IBGE de 2020. A cidade está localizada em uma ilha, que possui elementos naturais bastante evidentes na paisagem, como montanhas e formações rochosas, além da porção continental resultado do crescimento populacional. A cidade é marcada pela presença de morros e colinas espalhados por todo o território e contribuem para a paisagem da região, além de oferecerem vistas panorâmicas da cidade, da baía e do oceano. Alguns dos morros mais conhecidos são o Morro do Moreno e o Morro do Penedo. Ao longo da costa, há extensas áreas planas que são propícias para a urbanização e abrigam a maior parte da infraestrutura da cidade. Já nas áreas mais elevadas da cidade, principalmente nas proximidades dos morros, são encontradas encostas que tornam-se elementos marcantes na topografia de Vitória. Além disso, a região costeira de Vitória também abriga extensos manguezais, responsáveis por realizar a transição entre a terra e o mar. No mapa ao lado, é possível identificar elementos da topografia determinantes no desenvolvimento urbanoda cidade. A baía de Vitória, que será comentada em seguida, possui papel importante na relação da cidade com o mar e que, junto com o Morro da Fonte Grande, foram grandes responsáveis por orientar a ocupação urbana ao longo das planícies costeiras. O morro onde está localizado o bairro Jesus de Nazareth, por sua vez, é o único ponto em que a via principal de veículos não tangencia a baía de Vitória. Assim, faz-se necessário destacar nesse trabalho a relevância dos elementos naturais na paisagem e na formação da cidade para uma compreensão mais completa desta urbanidade. O recorte escolhido para ser analisado com maior atenção neste trabalho, está localizado entre a Segunda e a Terceira Ponte, caracterizado por conter o centro histórico, tangenciar a Baía de Vitória e l e g e n d a t o p o g r a f i a m o r r o f o n t e g r a n d e c u r v a s d e n í v e l v i a s b a i r r o j e s u s d e n a z a r e t h i l h a d o b o i e s c 1 : 2 5 0 0 0 concentrar os equipamentos culturais da cidade, além da forte presença do porto de Vitória e todas as dinâmicas que envolvem essa atividade. Ao investigar as relações dessa porção da cidade, de características bastante específicas e únicas, pretende-se entender as lacunas identificadas a fim de propor soluções exequíveis para o cenário cultural local. A investigação mais ampla da cidade tem como finalidade compreender o contexto ampliado para que uma solução mais pontual na microescala seja estratégica e lógica no contexto macro. 0 7 a proximidade com o mar e as dinâmicas por tuárias c a r a c t e r í s t i c a s d a o c u p a ç ã o u r b a n a d a c i d a d e A cidade de Vitória, por estar localizada numa ilha, possui forte relação com o mar e as dinâmicas que envolvem esse fator geográfico. A proximidade com a paisagem marítima cria condições específicas no território, como a alta valorização da moradia próximo a essas áreas, As características geográficas, como mencionado anteriormente, foram fatores determinantes que moldaram a ocupação urbana de Vitória. A presença de morros, baía e a proximidade com o mar influenciaram a forma como a cidade se expandiu ao longo dos anos. Os mapas abaixo foram desenvolvidos com a finalidade de identificar as c h e i o s e v a z i o s l e g e n d a c h e i o s v a z i o s p r a ç a d o p a p a o r l a e s c 1 : 2 5 0 0 0 l e g e n d a u s o c o m e r c i a l u s o m i s t o u s o r e s i d e n c i a l o u t r o s m a p a d e u s o s e s c 1 : 2 5 0 0 0 responsável pelo desenvolvimento da gentrificação nesses espaços, uma vez que possibilita essa proximidade somente às classes mais altas. Dessa forma, a população de baixa renda concentra-se no limite entre a topografia acidentada e a faixa costeira de rendas mais elevadas, relacionando-se de forma menos direta com essa paisagem. Além disso, a presença do porto de Vitória é outro fator determinante no que tange a relação da cidade com o mar, visto que é responsável por movimentar a economia local e ser um grande gerador de empregos, contribuindo para o desenvolvimento da cidade. Ademais, localiza Vitória no cenário nacional e traz a dinâmica portuária para dentro da cidade, que convive diariamente com o trânsito de navios em sua baía, além de servir como pano de fundo para o cotidiano do litoral capixaba. características dessa ocupação para compreender a atual configuração urbana. No mapa de cheios e vazios, identifica-se os pontos mais adensados e com grãos menores, que em sua maioria representam as regiões de ocupação próximas a morros e de renda menos elevada. É possível visualizar também onde estão os grãos maiores e mais espaçados, que em sua maioria estão concentrados próximos à costa e localizam os locais de renda mais elevada. Já o mapa de usos, identifica a forte predominância do uso comercial tangenciando a baía e o uso residencial se espalhando no interior da ilha e nas áreas próximas às praias. Após compreender algumas características gerais predominantes no território, busca-se, então, investigar o cenário cultural e as lacunas existentes nesse contexto, para que a proposta deste trabalho seja capaz de suprir vazios encontrados nas análises desenvolvidas. 0 8 fonte: autoria própria 03 | O CENÁRIO CULTURAL CAPIXABA 0 9 fonte: A Gazeta m a p a e q u i p a m e n t o s c u l t u r a i s 0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 1 0 1 2 1 1 1 4 1 5 1 6 1 7 cais das artes 1 3 i m a g e m 0 1 : s a m b ó d r o m o s a m b ã o d o p o v o i m a g e m 0 5 : b i b l i o t e c a p ú b l i c a m u n i c i p a l a d e l p h o p o l i m o n j a r d i m i m a g e m 0 2 : c e n t r o c u l t u r a l c a r m é l i a m a r i a d e s o u z a i m a g e m 0 6 : g a l e r i a h o m e r o m a s s e n a i m a g e m 0 3 : n ú c l e o a f r o o d o m o d ê i m a g e m 0 8 : e s p a ç o c u l t u r a l F A F I i m a g e m 0 7 : a r q u i v o p ú b l i c o e s t a d u a l i m a g e m 0 4 : m u c a n e / m u s e u c a p i x a b a d o n e g r o 0 1 0 50 2 0 60 3 0 80 70 4 i m a g e m 0 9 : c e n t r o c u l t u r a l s e s c g l ó r i a i m a g e m 1 3 : e s c o l a t é c n i c a m u n i c i p a l d e t e a t r o , d a n ç a e m ú s i c a F A F I i m a g e m 1 4 : c a s a p o r t o d e a r t e s p l á s t i c a s i m a g e m 1 0 : t e a t r o c a r l o s g o m e s i m a g e m 1 1 : m u s e u e i g r e j a d e s ã o b e n e d i t o d o r o s á r i o i m a g e m 1 5 : b i b l i o t e c a p ú b l i c a m u n i c i p a l | e n s e a d a d o s u á i m a g e m 1 2 : m u s e u d e a r t e s d o e s p í r i t o s a n t o i m a g e m 1 6 : m e m o r i a l d a p a z / p r a ç a d o p a p a 0 9 1 3 1 41 0 1 1 1 51 2 1 6 equipamentos culturais existentes No diagnóstico das particularidades do contexto cultural de Vitória, destaca-se a existência de pequenos equipamentos culturais que atuam na capital capixaba. Estes, em sua maioria, localizam-se no centro da cidade, um dos bairros mais antigos de Vitória, e concentra museus, galerias, teatros e bibliotecas. Apesar de existirem, os espaços culturais são ainda pouco explorados ao observar a potencialidade que possuem. Grande parte deles localiza-se em edificações datadas de séculos passados, o que contribui para que os moradores e turistas possam, ao mesmo tempo, vivenciar a cultura e a história do estado e que assim, o patrimônio esteja presente na vivência dos usuários da cidade. Para além disso, é possível perceber a proximidade dos equipamentos culturais com a baía de Vitória, sendo um indicador possível de ser explorado para reforçar a conexão da cidade com o mar, que foi se perdendo ao longo dos anos graças à preocupação com a abertura de vias rápidas para automóveis e a extensa verticalização próxima as áreas de orla. O traçado do mapa, que interliga os equipamentos voltados à cultura, ilustra a linearidade na qual estes se espalham pelo território e a tendência à formação de um eixo nesse sentido voltado à cultura. Nesse contexto, cabe destacar a presença do Complexo Cultural Cais das Artes, projetado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha e o escrotório METRO, onde aparece como ponto final deste traçado adjacente ao mar, e traz consigo a intenção explícita de revalorização das dinâmicas portuárias e a reconexão do meio urbano com o meio natural. Ainda, concentra um programa mais ampliado a fim de dar espaço a atividades culturais ainda inexploradas em Vitória. Dessa forma, configura-se como um objeto arquitetônico de caráter essencial para a cidade que busca lentamente conviver com a cultura e, após finalizado, trará vida a eventos ainda inexplorados na capital do Espírito Santo. e s c : 1 : 2 5 0 0 0 1 0 20 10 20 13 20 16 20 18 20 22 20 12 20 15 20 18 20 20 /2 0 21 iníciodas obras retomada das obras após nova licitação a obra já neces- sitava de reparos devido à ação do tempo e abandono previsão de entre- ga do empreendi- mento prometida em 2015 lançamento de nova licitação que concede o projeto à iniciativa privada, com ocupação com base cultural, tec- nológica e de inovação previsão de entrega inicial do empreendimento segunda paralisa- ção das obras gra- ças à impedimento judicial nova empresa é licitada para dar sequência a obra, no entanto, alguns meses depois, a li- citação é suspensa novas previsões de retomadas da obra que não foram cumpridas O Cais das Artes surge como um ponto de partida para que a população local se aproxime de um cotidiano atre- lado à cultura, à arte, à educação e à po- lítica. Localizado no bairro Enseada do Suá, o projeto se dá em uma esplanada às margens da Baía de Vitória e das ativi- dades do porto, tendo o compromisso de dia logar com essas dinâmicas de forma a potencializá-las. A implantação, que se dá em 3 volumes prismáticos, con- forma diferentes atividades e convidam o corpo a adentrar o espaço construído. A proposta para o complexo cultural Cais das Artes começou a ser delineada por Paulo Mendes da Rocha e pelo escritório METRO em 2008, voltada para o desenvolvimento econômico, turístico e cultural do estado do Espírito Santo. A obra de grande porte, que caracteriza-se como o maior exemplar destinado a usos culturais do estado, começa a sair do papel em 2010 e, desde então, passa por momentos conturbados envolvendo a conclusão das obras. No diagrama a seguir, é possível compreender a trajetória que vai desde o canteiro de obras até a gestão pública. As informações são de Pedro Permui, 2021, A Gazeta. O complexo cultural do Cais das Artes, projetado pelo arquiteto capixaba Paulo Mendes da Rocha e pelo escritório METRO, insere-se na cidade de Vitória - ES a fim de evidenciar a importância de um equipamento cultural e exemplar arquitetônico no cenário do estado. Com o abandono da construção do complexo e seu atual estado de degradação, colo- ca-se em pauta o prejuízo para a popu- lação local que a situação representa. A fim de investigar o que permeia o imaginário local da população no que tange o cenário cultural de Vitória, considerando-se o contexto de abandono e ociosidade a qual se encontra o Cais das Artes, realizou-se uma consulta pública por meio de formulário on-line que busca dialogar com as comunidades envolvidas e entender seus anseios e perspectivas. A pesquisa alcançou 37 pessoas da região da Grande Vitória e propõe questionamentos de livre argumentação a respeito do Cais das Artes e do incentivo à cultura no estado, focalizando no seu significado para a cidade e as relações que envolvem as obras não concluídas. O propósito da pesquisa é dar espaço aos moradores para compreender as reais necessidades locais e embasar as análises urbanas realizadas. Dentre as respostas recebidas, destacam-se os comentários ao lado, que compõem a opinião majoritária. Nos comentários citados, observa-se a grande demanda que existe na sociedade capixaba pelo acesso à cultura. Apesar de existirem cais das artes e sua trajetória o entendimento local acerca do cenário cultural capixaba ... ... ... i m a g e m 0 1 i m a g e m 0 2 i m a g e m 0 3 i m a g e m 0 4 i m a g e m 0 5 i m a g e m 0 6 i m a g e m 0 7 i m a g e m 0 8 f o n t e : A G a z e t a , 2 0 21 . f o n t e : A G a z e t a , 2 0 21 . f o n t e : A G a z e t a , 2 0 21 . f o n t e : A G a z e t a , 2 0 21 . f o n t e : A G a z e t a , 2 0 21 . f o n t e : A G a z e t a , 2 0 21 . f o n t e : A G a z e t a , 2 0 21 . f o n t e : A G a z e t a , 2 0 21 . M U S E U T E AT R O C A F É S P R A Ç A c o r t e f o n t e : A r c h d a i l y , 2 0 1 1 . “Existe um deficit no que tange o co- nhecimento e interação do capixaba em relação a culturas diversas. Acredito que uma estrutura da magnitude do projeto do cais das artes traria ao estado pos- sibilidades inimagináveis em relação ao contato com suas raízes e demais culturas.” “Extremamente necessário. Valoriza a cultura, nos insere na agenda do cenário cultural internacional. Nos dará acesso a obras e peças que muitas vezes temos que viajar para outros Estados e países para ver e apreciar.” “Muito bom. Principalmente por que o es- tado não valoriza cultura, são poucos es- paços destinados a eventos desse tipo.” equipamentos culturais próximos ao centro da cidade, sua atuação ainda é incipiente e pouco mobiliza os moradores, não por deixarem de promover eventos e exposições pois estes acontecem com certa frequência, mas por não estarem ligados à uma lógica integrada de funcionamento e por não receber o devido incentivo do poder público. Essa dinâmica acaba por enfraquecer a tentativa de artistas locais por uma mobilização da sociedade. Dessa forma, conclui-se que o cenário cultural capixaba necessita de maior atenção, a fim de trazer o devido incentivo aos eventos que já ocorrem nos pequenos teatros e museus existentes e, ainda, abrir espaço para que grandes eventos possam acontecer, como é pretendido com a implantação do Complexo Cultural Cais das Artes. Entende-se, então, que uma proposta de renovação cultural para Vitória seja o passo inicial deste trabalho para alcançar possíveis soluções para as problemáticas e ausências encontradas. 1 1 04 | PROPOSTA DE RENOVAÇÃO DO CENÁRIO CULTURAL 1 2 fonte: GOV.BR c i r c u i t o v i t ó r i a c u l t u r a l Z E I S + U s o C u l t u r a l P r a ç a s / F e i r a s + U s o E s p o r t i v o F a c h a d a s A t i v a s + C o m é r c i o d e I n c e n t i v o à C u l t u r aÁ r e a d e I n t e r v e n ç ã o l e g e n d a c i r c u i t o v i t ó r i a c u l t u r a l e q u i p a m e n t o s c u l t u r a i s s e n t i d o d a v i a t e r r e n o s o c i o s o s a o l o n g o d o c i r c u i t o Com a finalidade de democratizar o acesso à cultura para todas as camadas da sociedade capixaba e trazê- la para o cotidiano dos moradores, surge o Circuito Vitória Cultural. Ao entender a cultura como instrumento fundamental para a formação da identidade de uma comunidade e fortalecimento do sentimento de pertencimento e valorização da diversidade, estabelece- se como prioridade deste trabalho. Além disso, ela oferece oportunidades de expressão criativa, enriquece a vida cotidiana e proporciona experiências enriquecedoras e contribui para a criação de ambientes mais vibrantes, estimulantes e inspiradores. (JUNIOR; PERUCELLI, 2019) A proposta para o circuito divide zonas de intervenção de acordo com as carências observadas em cada trajeto. Para a região do Centro, que possui diversas edificações atualmente sem ocupação e sem cumprir sua função social, propõe-se a alocação de ZEIS a fim de incentivar a presença da população de renda inferior na região central, onde há maior concentração de infraestrutura e cultura e colocando como pauta o acesso democratizado ao que é considerado privilégio na cidade. Já na região próxima à ilha da Fumaça, onde concentra o uso predominantemente institucional e, por isso, caracteriza-se por ser um local apenas de passagem de automóveis, é previsto a distribuição de praças e espaços destinados ao uso esportivo a fim de promover locais de permanência e trazer maior vitalidade para essa porção do circuito. Por último, a zona mais próxima ao Cais das Artes onde contém serviços específicos como mecânicas de automóveis e mais uma gama de edificações ociosas, também configura um local apenas de passagem, visto que não há atrativos que convidem os usuários da cidade a se deslocar e permanecer neste local. Dessa forma, propõe-se a criação de fachadas ativas que possam trazer vitalidade à essa parte do trajeto e incentivos fiscais por parte do poder público a comércios relacionados à cultura, turismoe alimentação como restaurantes e cafeterias. Assim, o circuito busca não somente incentivar o acesso à cultura no estado do Espírito Santo, como também solucionar incompletudes na cidade para que o trajeto seja agradável para pedestres, ciclistas e demais usuários. O desenho do percurso é feito de forma circular, de maneira que o acesso aos equipamentos culturais seja o mais facilitado para os diversos modais de transporte. Por fim, no mapa acima também é destacado a presença de terrenos ociosos que tangenciam o circuito e podem conter diretrizes de propostas que visam fomentar o acesso à cultura. 1 3 a i n te g ra ç ã o d e m o d a i s p o r m e i o d o t ra n s p o r te ma r í t i m o V i a s d o c i r c u i t o P r a ç a sM o l h e s c o m e s p a ç o s d e c o n t e m p l a ç ã o P R A I A D A C O S T A / V I L A V E L H A P R A I N H A / V I L A V E L H A O Circuito Vitória Cultural também sugere a integração dos modais de transportes possíveis na capital a fim de facilitar o acesso aos equipamentos culturais e serve como estratégia de incentivo. No trajeto, propõe-se a manutenção das vias de automóveis existentes, a locação de ciclovias ao longo de todo o trajeto e a criação de uma linha de ônibus circular que realize o trajeto do Circuito. A criação de uma lógica integrada de meios de locomoção sugere alternativas ao automóvel que, além de sustentáveis, aliviam o abarrotamento das vias destinadas a veículos. Nessa toada, surge a proposta de integração ao transporte marítimo, com partidas de Vila Velha, na região da Praia da Costa e Prainha, 5 pontos de chegada em Vitória, e vice-versa. Os pontos de chegada e partida são alocados nos locais de maior circulação de pessoas, como a rodoviária da cidade, o porto e alguns pontos onde já existem molhes. Assim, Vitória é contemplada com um sistema alternativo de transporte e, ao mesmo tempo, é convidada a voltar-se para o mar e recuperar as relações esquecidas no passado. Como diretrizes urbanísticas para o circuito, é estabelecido que as vias sejam arborizadas, contenham ciclovias, ciclofaixas ou ciclorotas, calçadas largas, vias compartilhadas destinadas ao pedestre quando possível, iluminação pública, mobiliário urbano, pontos de ônibus ao longo de toda a via, linha de ônibus circular e placas de sinalização com indicação dos equipamentos culturais e do Circuito Vitória Cultural. Para o funcionamento do circuito em uma lógica integrada, estabelece- se como diretrizes a setorização dos eventos, onde os de maior escala ocorram no Cais das Artes e os de menor escala ocorram nos equipamentos culturais existentes no Centro. É sugerido a implantação de praças que podem abrigar feiras locais, cuja programação deve ser pensada de forma conjunta de acordo com as demandas de cada trecho e um complexo esportivo próximo à região central que possa complementar o circuito a fim de trazer a cultura aliada ao lazer e a práticas esportivas, entendendo essas atividades como essenciais para educação, bem- estar e qualidade de vida da população. Por fim, com a reorganização dessas zonas, percebe-se ainda a falta de um espaço destinado ao encontro de pessoas que atenda o uso cotidiano. A existência de um local estratégico na cidade de fácil acesso, próximo às principais localidades, é capaz de trazer vitalidade para aquele ponto na cidade e atender o uso popular, do dia- a-dia, descompromissado. Em resumo, propõe-se neste trabalho a implantação de um novo equipamento que possa enriquecer a vida cotidiana, promover o diálogo entre culturas e contribuir para a educação e a formação integral das pessoas e sua idealização será descrita de maneira minuciosa posteriormente. 1 4 Com o surgimento da idealização de um novo equipamento que atenda a vida cotidiana da população, investiga-se com maior atenção possíveis locais do problemáticas que permeiam esses espaços para que a proposta final possa suprir as lacunas encontradas e costurar o tecido urbano de forma coesa. Circuito Vitória Cultural que demandam sua implantação. Como forma de compreender as divergências existentes no recorte, procurou-se perceber as Dessa forma, 6 zonas foram delimitadas de acordo com o caráter das edificações e os usos predominantes, sendo divididas em Zona Portuária, Zona Comercial/ z o n a s z o n a c o m e r c i a l / c u l t u r a l z o n a i n s t i t u c i o n a l 0 1 0 2 0 3 z o n a p o r t u á r i a p o r t o d e v i t ó r i a p o r t o d e v i t ó r i a c e n t r o i l h a d a f u m a ç ac u r v a d o s a l d a n h a Próxima à Segunda Ponte, a zona portuária, localizada no interior da baía, comporta a estrutura voltada ao Porto de Vitória, onde tem-se diariamente o trânsito de navios cargueiros, de maquinários de grande porte e trabalhadores do ramo. Isolado das edificações e da movimentação característica do Centro da cidade, o porto conta com antigos armazéns em processo de deterioração que na dinâmica atual, atuam como um obstáculo, uma vez que estão em sua maioria sem uso. A via de sentido único conta com 3 faixas para automóveis, ciclovia e calçada ao lado dos armazéns portuários. Para além dos armazéns, grandes esplanadas de concreto são destinadas aos usos do porto e realizam a conexão ilha-mar. Localizada no Centro da cidade de Vitória, esta zona abrange uma grande concentração de comércios e serviços, responsáveis por um intenso fluxo de automóveis e pedestres que pretendem usufruir desses usos ou que vão em direção à segunda ponte e à cidade vizinha Cariacica. Possui edificações de 2 a 4 pavimentos datadas do século passado e que se encontram sem uso e em processo de deterioração, com comércios concentrados no térreo e edifícios verticalizados que chegam a 20 pavimentos cuja concepção é recente. Caracteriza-se por ser polo da cultura na capital, onde estão os museus, galerias, teatros e bibliotecas. Há, apesar dessas características, pouca vida noturna no local , o que torna-o inseguro para frequentar durante este período do dia. Esta zona compreende, em sua maioria, usos institucionais que distribuem-se ao longo de toda via principal e possuem duas tipologias de edificação predominantes, as de caráter mais horizontal, de 2 a 3 pavimentos, e as mais verticalizadas. As edificações baixas concentram usos como faculdade privada, Instituto Nacional do Seguro Social e Secretaria Municipal de Saúde de Vitória. Já as edificações verticalizadas concentram um programa mais denso, dando espaço à Receita Federal e Justiça Federal. Caracteriza-se por ser uma zona de passagem, pois recebe os fluxos de estudantes universitários e trabalhadores das instituições, e não conta com espaços de permanência para o pedestre e o morador da região. No entanto, possui uma ampla visão da baía, ainda pouco explorada. e s c 1 : 2 5 0 0 0 e s c 1 : 2 5 0 0 0 e s c 1 : 2 5 0 0 0 z o n a e m c o n s o l i d a ç ã o z o n a c o n s o l i d a d az o n a d e t r a n s i ç ã o A Zona de Transição conta com alguns vazios urbanos e uma vasta gama de edifi- cações abandonadas e deterioradas pela ação do tempo. Esta é a única zona sem ligação com a baía, uma vez que possui uma barreira geográfica que a separa do encontro com o mar. Assim como a Zona Institucional, também assume a caracte- rística de local de passagem, uma vez que a via abarca um trânsito rápido e não há atrativos que estimulem a permanência do pedestre, como bares, cafés, restau- rantes e praças. Concentra um misto de edificações residenciais de 3 a 5 pavimen- tos, serviços em edificações térreas como mecânicas de automóveis e assistên- cias técnicas e alguns lotes ociosos, sem conexões de um lado da via com o outro. Esta zona possui edificações verticalizadas e ainda bastante espaçadas em relação ao seu entorno imediato. Isso porque ainda apresenta-se em proces- so de consolidação, com o surgimento de prédios corporativos, hotéis e con- domíniosverticais de alto padrão. Apesar de ainda pouco explorada, essa re- gião tende a se desenvolver graças ao incentivo dado pelo plano diretor para construção nessa área. Foi um dos fatores determinantes para a escolha do terreno para implantação do Cais das Artes, uma vez que o objetivo era co- nectar com espaços da cidade com potencial de crescimento e que pudes- sem colocar o complexo em uma centralidade importante da cidade de Vitória. Por fim, a zona consolidada, cuja característica predominante até o início do sé- culo era o uso residencial, passa a dar espaço a usos comerciais e de serviço, como clínicas médicas. O bairro Enseada do Suá passa a assumir um caráter misto, mas ainda bastante horizontal e de ruas estreitas, características predo- minantes nos bairros residenciais. É nela que está implantado o Cais das Artes, graças à sua proximidade com o mar, com a dinâmica portuária e com a vista para a paisagem natural de Vitória e Vila Velha , questões essenciais na con- cepção do projeto pelo renomado arquiteto capixaba Paulo Mendes da Rocha. 0 4 0 5 0 6 e s c 1 : 2 5 0 0 0 e s c 1 : 2 5 0 0 0 e s c 1 : 2 5 0 0 0 Cultural, Zona Institucional, Zona de Transição, Zona em Consolidação e Zona Consolidada. A seguir, os mapas destacam a localização e as características de cada zona, colocando em pauta as fragilidades presentes no território. c a i s d a s a r t e s c a i s d a s a r t e s t e r c e i r a p o n t e 1 5 aproximação ao centro histórico porto de vitória c e n t r o Após analisar as características das zonas definidas, identificou- se maiores problemáticas e potencialidades a serem exploradas na região central da cidade. O Centro Histórico de Vitória concentra a maior parte dos equipamentos culturais, sendo composto por museus, bibliotecas e teatros. Possui edificações datadas do século passado e que se encontram sem uso e em processo de deterioração e edifícios verticalizados que chegam a 20 pavimentos cuja concepção é recente. No entanto, apresenta diversas lacunas, como a sensação de perigo para quem frequenta esse espaço no período noturno, onde os comércios encontram-se fechados e não há muita movimentação de pessoas. Contém, ainda, os armazéns do porto datados do século passado que encontram-se em estado de deterioração, aumentando a sensação de abandono dessa porção da c o r t e - z o n a 0 2 e s c 1 : 1 0 0 0 cidade. Outra problemática identificada é a falta de mobiliários urbanos e espaços de estar, além da presença de calçadas que muitas vezes não estão acessíveis ao pedestre cadeirante e dificultam o trajeto por esses espaços. A percepção de abandono dessa porção da cidade sugere a implantação do equipamento idealizado, na tentativa de trazer vitalidade no período diurno e segurança no período noturno. A proximidade de um equipamento desse caráter com o centro histórico, a baía e o porto, será capaz de conectar esses elementos da cidade e da paisagem atualmente isolados e sem relação entre si. Ao trazer uma nova potencialidade para este local, intenciona-se recuperar a relação da cidade com o mar, atualmente separada por uma via de trânsito rápido, sem atrativos que convidem o morador a contemplar a paisagem do cotidiano. c o r t e - z o n a 0 1 e s c 1 : 1 0 0 0 F o n t e : M i r a n d a , 2 0 0 1 . F o n t e : M i r a n d a , 2 0 0 1 . F o n t e : M i r a n d a , 2 0 0 1 . F o n t e : M i r a n d a , 2 0 0 1 . i m a g e m 0 1 : a r m a z é m 2 d o p o r t o d e v i t ó r i a v i s t o a p a r t i r d a b a í a i m a g e m 0 2 : a r m a z é m 5 d o p o r t o d e v i t ó r i a v i s t o a p a r t i r d a v i a i m a g e m 0 3 : i m a g e m a é r e a d o p o r t o e s e u s a r m a z é n s i m a g e m 0 4 : a r m a z é m 3 d o p o r t o d e v i t ó r i a v i s t o a p a r t i r d a v i a 1 6 fonte: Google Staelite 05 | O PROJETO 17 fonte: Prodest ES l o c a l d e i m p l a n t a ç ã o p r a ç a p r i n c e s a i s a b e l b a í a d e v i t ó r i a c u r v a d o s a l d a n h a h o t e l i n s t i t u i ç ã o f i n a n c e i r a e d i f í c i o c o m e r c i a l e r e s i d e n c i a l e d i f í c i o c o m e r c i a l e r e s i d e n c i a l a v . m a l . m a s c a r e n h a s d e m o r a e s ru a g o v e r n a d o r j o s é s e t t e r u a d r . a r i s t í d e s c a m p o s 0 1 0 3 0 2 0 4 a v . p r i n c e s a i s a b e l e d i f í c i o r e s i d e n c i a l e d i f í c i o c o m e r c i a l e d e s e r v i ç o s e d i f í c i o c o m e r c i a l e d i f í c i o s c o m e r c i a i s f a c u l d a d e d e m ú s i c a i g r e j a e d i f í c i o s r e s i d e n c i a i s c o m é r c i o d e e l e t r o d o m é s t i c o s e r o u p a s c o m é r c i o d e e l e t r o d o m é s t i c o s e r o u p a s v i s t a 0 1 v i s t a 0 3 v i s t a 0 2 v i s t a 0 4 r e l a ç ã o d o t e r r e n o c o m a v i a p r i n c i p a l e o M o r r o d o P e n e d o a o f u n d o r e l a ç ã o d o t e r r e n o c o m a p r a ç a p r i n c e s a i s a b e l r u a l a t e r a l r u a d e “ f u n d o s ” c o m e s t a c i o n a m e n t o O terreno escolhido para a implantação do novo equipamento que irá compor o Circuito Vitória Cultural está localizado na Avenida Marechal Mascarenhas de Morais, de frente para a Baía de Vitória, na região próxima ao Porto de Vitória e ocupa um quarteirão inteiro, onde todas as fachadas dão frente para rua. Dentre as razões que motivaram a escolha desse terreno, destacam-se a: - Proximidade com o porto, proporcionando maior relação cotidiana da cidade e seus habitantes com as atividades portuárias tão importantes para a economia local e nacional; - Proximidade à comunidades de baixa renda, com a intenção de democratizar o acesso ao equipamento, que pretende atender a sociedade como um todo; - Conexão com a praça, permitindo a realização de atividades ao ar livre e espaços de estar arborizados; - Conexão com a baía, na intenção de valorizar e aproximar o cotidiano das pessoas à paisagem natural de Vitória e as atividades portuárias que ocorrem como plano de fundo diariamente. O terreno pertence ao Instituto Federal do Espírito Santo - IFES e encontra-se desocupado atualmente, fator que torna possível a execução do projeto uma vez que este já é pertencente à União. A tangência com 4 ruas e sua localização privilegiada requerem a implementação de um equipamento público destinado a atender as demandas da sociedade. A seguir, o projeto a ser implantado será apresentado, sempre buscando respeitar seu entorno imediato e fortalecer vínculos com a cidade. 1 8 fonte: Google fonte: Google Satelite p r o g ra ma d e n e c ess i d a d es p r o p o s ta v o l u m é t r i c a A t i v i d a d e s c o r p o r a i s e a t i v i d a d e s d e c o n c e n t r a ç ã o C i r c u l a ç ã o v e r t i c a l P e l e d e m a d e i r a p a r a c o n f o r t o t é r m i c o A u d i t ó r i o e a t i v i d a d e s c o l e t i v a s C o b e r t u r a e l e v a d a d e c o n t e m p l a ç ã o A t i v i d a d e s c o l e t i v a s e c a f é E s t r u t u r a d a c o b e r t u r a T É R R E O 1 P A V 2 E 3 P A V 01/ 04/ 02/ 05/ 03/ 06/ O projeto, que tem como premissa ser um ativador social e urbano no contexto cultural da cidade de Vitória e através do nome referencia a paisagem do seu entorno, conta com espaços flexíveis que podem ser adaptados de acordo com a função desejada. A flexibilidade proposta busca abranger diversas atividades, uma vez que dá prioridade aos grupos que pretendem encontrar-se e não encontram locais para tal. Seja para jogar dominó, realizar aulas de dança ou fazer trabalhos em grupo para a faculdade, o local visa inserir-se na cidade como o ponto de encontro. Assim, distribui-se no térreo um café como atrativo,um grande espaço verde livre e salas amplas, com possibilidade de integração e mobiliário flexível. No primeiro pavimento, também há salas com possibilidade de integração, além de um auditório possível de ser dividido em dois e varandas com espaços de estar. No segundo pavimento, é proposto salas para atividades corporais e jogos, juntamente com uma cobertura verde acessível de contemplação. Por fim, o terceiro e último pavimento é composto por salas para atividades de concentração como reuniões e corredores com mobiliários de estar. A distribuição do programa se dá em 3 volumes, sendo um deles uma cobertura que faz a transição entre a paisagem e o ambiente construído. A cobertura estende- se até a praça ao lado, visto que a rua será destinada para pedestres na tentativa de integrar o projeto com a praça, e se aproxima à escala do pedestre. A disposição dos volumes conforma um espaço central cuja principal função é incentivar o encontro de pessoas e também garantir a segurança dos usuários, uma vez que em diversos pontos do projeto é possível visualizar o que acontece nos demais pontos. Os volumes que concentram a maior parte do programa são perpendiculares e possuem varandas que também instigam a permanência dos usuários. A proposta para a pele do edifício e para o piso elevado da cobertura de contemplação é desenhada de forma a quebrar a racionalidade do objeto arquitetônico e referenciar a paisagem de morros e colinas que preenche o cotidiano de Vitória. 1 9 O novo equipamento, que pretende suprir a necessidade da população local quanto à realização de atividades coletivas e manifestações populares sejam elas lúdicas ou de concentração, incorpora o objeto construído ao meio natural através de espaços arborizados responsáveis por fazer a transição entre os elementos. A utilização da madeira e terra como materialidades no projeto buscam, juntamente com a vegetação, unificar a arquitetura com o meio que se insere e o acréscimo de mobiliários convidam os usuários a permanecer e contemplar esses espaços. A remodelação da Praça Princesa Isabel acontece na tentativa de unificar os espaços públicos. Assim, propõe-se apenas a modificação dos canteiros para condizer com a linguagem do projeto e aproveitar as espécies de vegetação já existentes, além da troca do piso para o mesmo do projeto. O térreo do edifício é acessado através de portas pivotantes que, quando abertas, unificam o interior com a praça do edifício e, quando fechadas, mantém o edifício fechado sem possibilidade de acesso. Um mobiliário solto padrão é distribuído para atender o café e as salas com possibilidade de integração, de forma que estes possam ser empilháveis e deslocados para a utilização livre dos ambientes. Nos corredores, caixas de madeira com bancos delimitam espaços individualizados que trazem a vegetação para dentro do térreo. O primeiro pavimento é possível de ser acessado pelo núcleo de circulação vertical ou por uma escada que é acessada entre os pilares de madeira da cobertura de contemplação. A função da escada é servir de arquibancada para reunir grupos de pessoas e, por ser um ponto mais elevado, também servir de espaço de contemplação da paisagem. As varandas i n te n ç õ es p r o j e tu a i s do primeiro pavimento possuem o mesmo intuito e também conta com mobiliário solto com a possibilidade de empilhar. O auditório de pequena escala localizado neste pavimento, assim como as salas de atividades coletivas, possui uma divisória com portas de correr acústicas que possibilitam a utilização do espaço ampliado. O segundo pavimento concentra salas de atividades lúdicas e corporais integrado à cobertura de contemplação. O desenvolvimento deste tipo de atividades é setorizado a fim de manter a qualidade acústica dos ambientes que necessitam de maior concentração e, assim como todos os pavimentos, possui mobiliário ao longo da circulação que permite a ocupação para trabalho, refeições, descanso, entre outros. Das três salas propostas, uma é destinada para jogos, outra é ambientada com tatames e a última possui barras e espelhos que proporcionam o desenvolvimento de aulas de yoga e dança, por exemplo. Já a cobertura visitável conta com um deck destinado à contemplação da paisagem, momentos de descontração, encontro e relaxamento e, mais uma vez, prioriza o contato com a vegetação. Por fim, o terceiro e último pavimento repete a lógica de paredes e estrutura do segundo pavimento que configuram um bloco do projeto. No entanto, este setor destina-se para atender usos de trabalho, que necessitam de maior silêncio e concentração, como reuniões de trabalho, de grupos comunitários, oficinas das mais diversas atividades, entre outros. Conta, ainda, com um espaço de copa para dar apoio aos usos propostos, além de espaços de estar nas circulações, sendo uma das premissas do projeto, de forma que todos os espaços possam ser apropriados pelos usuários e garante a vitalidade do projeto. 2 0 GSPublisherVersion 0.7.100.100 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 1 2 3 4 5 6 N 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 2.000 2.000 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 +0.00 +0.00 +0.00 +0.10 +0.10 +0.10 +0.10 +0.00 +0.00 +0.00 +0.10 -1.90 +0.10 -0.28 +0.12 -0.08 +0.12 A A D D 01 02 03 04 04 05 06 06 06 06 07 AVENIDA MARECHAL MASCARENHAS DE MORAES R U A D R . A R IS T ÍD E S C A M P O S R U A G O V E R N A D O R JO S É S E T T E RUA ALDA MARIA LYRA VICENTINI 08 09 09 10 PRAÇA PRINCESA ISABEL B B C C A A B B C C D D E E F F G G H H I I J J K K L L M M N N O O 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 10 10 11 11 9 9 G G p l a n t a b a i x a t é r r e o 21 5 1 0 1 5 2 0 2 5 legenda 01 - sala para atividades coletivas 02 - espaço para refeições (café) 03 - cozinha (café) 04 - banheiro 05 - circulação vertical 06 - corredor 07 - área externa 08 - bicicletário 09 - estacionamento 10 - anfiteatro 11 - auditório 12 - sala de jogos 13 - sala de tatames 14 - sala de espelhos 15 - copa 16 - cobertura visitável 17 - sala de reuniões GSPublisherVersion 0.7.100.100 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 1 2 3 4 5 6 N A A D 5 0 0 5 0 0 4 9 9 5 0 1 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 2.000 2.000 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 +3.33 +5.00 +5.00 +0.00 +0.00 +0.00 +0.00 +5.00+5.00 +0.10 +0.10 +0.10 +0.10 +5.30 AVENIDA MARECHAL MASCARENHAS DE MORAES R U A D R . A R IS T ÍD E S C A M P O S R U A G O V E R N A D O R JO S É S E T T E RUA ALDA MARIA LYRA VICENTINI 0606 06 01 09 09 04 04 05 11 BC A A B B C C D D E E F F G G H H I I J J K K L L M M N N O O 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 10 10 11 11 9 9 G G p l a n t a b a i x a 1 p a v 2 2 2 , 5 5 7, 5 1 0 1 2 , 5 1 5 legenda 01 - sala para atividades coletivas 02 - espaço para refeições (café) 03 - cozinha (café) 04 - banheiro 05 - circulação vertical 06 - corredor 07 - área externa 08 - bicicletário 09 - estacionamento 10 - anfiteatro 11 - auditório 12 - sala de jogos 13 - sala de tatames 14 - sala de espelhos 15 - copa 16 - cobertura visitável 17 - sala de reuniões GSPublisherVersion 0.7.100.100 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 N A A D +8.75 +8.75 +8.75 BC 12 13 14 04 04 05 15 06 06 06 06 A A B B C C D D E E F F G G H H I I J J K K L L M M N N O O 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 10 10 11 11 9 9 G G +10.10 +8.90 16 p l a n t a b a i x a 2 p a v 2 3 2 , 5 5 7, 5 1 0 1 2 , 5 1 5 legenda 01 - sala para atividades coletivas 02 - espaço para refeições (café) 03 - cozinha (café) 04 - banheiro 05- circulação vertical 06 - corredor 07 - área externa 08 - bicicletário 09 - estacionamento 10 - anfiteatro 11 - auditório 12 - sala de jogos 13 - sala de tatames 14 - sala de espelhos 15 - copa 16 - cobertura visitável 17 - sala de reuniões GSPublisherVersion 0.6.100.100 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1213 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 N A D BC +14.20 +10.10 +9.05 +9.05 +9.05 15 04 04 05 15 06 06 06 06 15 15 A A B B C C D D E E F F G G H H I I J J K K L L M M N N O O 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 10 10 11 11 9 9 G G 2.000 2.000 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 5 0 0 5 0 0 4 9 9 5 0 1 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 +8.90 p l a n t a b a i x a 3 p a v 2 4 2 , 5 5 7, 5 1 0 1 2 , 5 1 5 legenda 01 - sala para atividades coletivas 02 - espaço para refeições (café) 03 - cozinha (café) 04 - banheiro 05 - circulação vertical 06 - corredor 07 - área externa 08 - bicicletário 09 - estacionamento 10 - anfiteatro 11 - auditório 12 - sala de jogos 13 - sala de tatames 14 - sala de espelhos 15 - copa 16 - cobertura visitável 17 - sala de reuniões 17 17 17 GSPublisherVersion 0.6.100.100 N A D BC 2.000 2.000 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 5 0 0 +18,200 +8,900 +10,100 +9,050 +9,050 +9,050 LAJE PLANA IMPERMEABILIZADA i = 2% LAJE PLANA IMPERMEABILIZADA i = 2% DECK i = 2% CALHA C A L H A PLATIBANDA H = 20 CM PLATIBANDA H = 20 CM PLATIBANDA H = 20 CM A A B B C C D D E E F F G G H H I I J J K K L L M M N N O O 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 10 10 11 11 9 9 G G +23,700 LAJE PLANA IMPERMEABILIZADA i = 2% 2 5 p l a n t a b a i x a c o b e r t u r a 2 , 5 5 7, 5 1 0 1 2 , 5 1 5 legenda 01 - sala para atividades coletivas 02 - espaço para refeições (café) 03 - cozinha (café) 04 - banheiro 05 - circulação vertical 06 - corredor 07 - área externa 08 - bicicletário 09 - estacionamento 10 - anfiteatro 11 - auditório 12 - sala de jogos 13 - sala de tatames 14 - sala de espelhos 15 - copa 16 - cobertura visitável 17 - sala de reuniões GSPublisherVersion 0.6.100.100 C C D D E E F F H H I I J J K K L L M M N N O O A A B B +890 ±0 +500 +410 +800 ±0 +500 +890 +1.020 +1.420 +1.820 +2.120 +2.220 +2.370 +1.320 +1.720 +800 2.000 2.000 500 500 500 1.000 500 500 500 500 500 500 500 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 ±0 +1.020 +1.420 +1.820 +1.320 +1.720 +750 +905 +500+500 ±0 +1.020 +1.420 +1.820+1.820 +2.120 +2.220 +2.370 ±0±0 +500 +890 +1.020 +1.420 +1.820 +288 c o r t e A A c o r t e B B 2 6 2 , 5 5 7, 5 1 0 2 , 5 5 7, 5 1 0 1 2 , 5 1 5 GSPublisherVersion 0.6.100.100 A A B B C C D D E E F F H H I I J J K K L L O O 2.000 2.000 500 500 500 1.000 500 500 500 500 500 500 500 +10 +1.020+1.020 +1.420+1.420 +1.820+1.820 +1.320 +1.720 +905 +1.010 +1.010 +12 -63 +750 +10+10+10 ±0 ±0±0 ±0 M M N N 1 5 6 7 8 9 10 11 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 ±0±0 +500 +890 +410 +800 +1.010 +905 +750 ±0±0 2 3 4 c o r t e D D c o r t e C C 2 7 2 , 5 5 7, 5 1 0 2 , 5 5 7, 5 1 0 1 2 , 5 1 5 GSPublisherVersion 0.6.100.100 GSPublisherVersion 0.6.100.100 e s q u e m a e s t r u t u r a l p e l e d o e d i f í c i o c o r t e e s q u e m á t i c o e s c 1 : 5 0 0 A estrutura do projeto é pensada em um malha racional de 5x5 metros, onde toda a estrutura e desenho arquitetônico são pensados de acordo com essa diretriz. São utilizados dois tipos de estrutura: vigas, lajes e pilares tradicionais de concreto armado para a estrutura principal do edifício e madeira para toda a estrutura da cobertura visitável. Uma das premissas do projeto é a unificação com as características naturais do meio que está inserido; dessa forma, a materialidade da cobertura é proposta na tentativa de realizar a transição entre a paisagem natural e o ambiente construído. Para a cobertura de madeira, são O emprego da vegetação é bastante presente no projeto do Centro Social Penedo. Tal estratégia, como já exposto anteriormente, pretende trazer a paisagem da cidade para dentro do projeto. Para além disso, o uso da vegetação possui uma série de benefícios no que diz respeito ao microclima dos ambientes. Dentre os motivos para a sua utilização, cabe destacar sua capacidade de manter uma temperatura agradável no interior do edifício, visto que Vitória é uma cidade de altas temperaturas o ano todo, es q u e ma es t r u tu ra l estratégias bioclimáticas pensados pilares em “V” que reduzem os pontos de apoio no térreo; dessa forma, mantém-se esse espaço mais livre para circulação e aglomeração de um número maior de pessoas em grandes eventos, como por exemplo o carnaval de rua. A fim de inserir a cobertura como um elemento leve na paisagem, são pensadas vigas de madeira chanfradas que sustentam a projeção da cobertura em que não há pilares, de forma que a espessura da mesma seja reduzida. Para a laje da cobertura, que não será diretamente acessada, propõe-se placas de osb apoiadas em barrotes de madeira e com posterior tratamento de impermeabilização, contrapiso para realizar a proteção dessa estrutura contra umidade e a preparação para o plantio das espécies de vegetação. Para o edifício, é pensada uma estrutura convencional de concreto armado independente das paredes de alvenaria, onde a maioria dos vãos varia entre 5 e 10 metros para que não se tenha vigas maiores que 1 metro de altura. O vão de 15 metros existente no térreo conta com vigas de maior largura a fim de aumentar a àrea de ferragem para suportar o vão sem que seja preciso modificar a altura. Forros de gesso são aplicados em todos os pavimentos na altura das vigas a fim de embutir as instalações prediais. uma vez que evita a insolação direta. Além disso, contribui para a absorção do ruído, visto que o projeto está localizado em uma via movimentada de veículos, para a purificação do ar e para o bem-estar dos usuários. No desenho arquitetônico, também teve-se o cuidado para concentrar o programa no interior do edifício, criando varandas e espaços de circulação no perímetro imediato dos volumes. Dessa forma, esses espaços servem como filtros entre o ambiente externo e interno. Ademais, uma “pele” E s t r u t u r a d e c o n c r e t o a r m a d o c o m v ã o s d e 5 , 1 0 e 1 5 m e t r o s C o b e r t u r a e m m a d e i r a c o m p i l a r e s e m “ V ” M o n t a n t e s d e m a d e i r a f a z e m a f i x a ç ã o à e s t r u t u r a d o e d i f í c i o R i p a s d e m a d e i r a c o m p õ e m a f a c h a d a d o e d i f í c i o GSPublisherVersion 0.6.100.100 I n c i d ê n c i a d o s o l d a t a r d e é f i l t r a d o p e l a p e l e d e m a d e i r a de madeira é pensada de forma a manter um fechamento transparente no edifício, o policarbonato, que garante a entrada de iluminação em todos os espaços, e realizar a filtragem da incidência de raios solares. Este elemento é responsável por dar identidade ao projeto, referenciando o desenho da paisagem, mas principalmente, por transformar o edifício em um lugar agradável de estar nas mais diversas horas do dia. 5 1 0 1 5 2 0 2 5 5 1 0 1 5 2 0 2 5 2 8 2 9 fachada nordeste fachada noroeste fachada sudoeste fachada sudeste 3 0 TÉRREO // área externa TÉRREO // acesso externo ao primeiro pavimento SEGUNDO PAVIMENTO // cobertura visitável TÉRREO // área externa 3 1 TÉRREO // corredor de acesso às salas com espaços de trabalho individualizados SEGUNDO PAVIMENTO // corredor de acesso às salas com espaços de estar TÉRREO // feira acontecendo na rua alda maria lyra vicentini PRAÇA PRINCESA ISABEL // anfiteatro referencial teórico ARTIGAS, Rosa (org.).Paulo Mendes da Rocha. São Paulo: Cosac & Naify, 2000. GICA FERNANDES. Cais das Artes / Paulo Mendes da Rocha + METRO. 23 Dez 2011. ArchDaily Brasil. Acessado 19 Dez 2022. 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