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REUMATOC A P I TA L
1
#23
FIBROMIALGIA
QUANDO A DOR BATE NA 
PORTA DO REUMATOLOGISTA
REUMATOLOGISTA, 
O CLÍNICO DA DOR
O PACIENTE COMO 
PROTAGONISTA
Nº 23 | Jun | Jul | Ago |2022
 
REUMATOC A P I TA L
2
Atuarte
42
DIRETORIA
Presidente: Jamille Nascimento Carneiro
Vice-presidente: Ana Cristina V. Oliveira
1º secretário: Anna Beatriz Assad Maia
2º secretário: Ana Paula Monteiro Gomides
1º tesoureiro: Clarissa de Castro Ferreira
2º tesoureiro: Ana Carolina Emy V. Hidaka
Diretor científico: Lícia Maria Mota
COMISSÕES ESPECIAIS
 
Diretor Revista Capital Reumato: 
Anna Beatriz Assad Maia
Diretor Conselho fiscal e consultivo: 
Carlos Eduardo de Carvalho Lins
DIRETOR COORDENAçãO DE EVENTOS 
E DIVULGAçãO: 
Ravena Fontenele Belchior Cabral
Luciana Feitosa Muniz - colaboradora
Gabriela Profirio Jardim Santos - colaboradora
DIRETOR COORDENAçãO REUMATO 
E COMUNIDADE: Ana Patrícia de Paula
PALAVRA DA EDITORA
ÍNDICE
02
Palavra 
da Editora
03
Mensagem
da Presidente
04
Aconteceu
08
A vez e a voz
do especialista
13
19
25
35
Reumato
na prática
Humanidades 
Médicas
Ponto de vista
Sala de apoio 
ao pesquisador
DIRETORIA - GEsTãO 2021/2022
Editora da Revista Capital 
Reumato 2021/2022
ANNA BEATRIz 
ASSAD MAIA
 “A vida – única possibilidade para se cobrir de folhas, tomar fôlego na areia, voar com 
asas; ser um cão ou acariciar seu pelo quente; diferenciar a dor de tudo que não é ela”
 Wislawa Szymborska, poema Anotação.
Palavras tem magia e rebeldia, há que se acercar delas com arte e humildade. 
Recebo a editoria da Capital Reumato sentindo-me honrada pela distinção. 
Entretanto, sou invadida pela angústia provocada pela responsabilidade, pois trata-se 
de um primoroso periódico. 
A curadoria editorial da revista contou com editoras fantásticas desde sua concepção. 
Isadora Jochims, de quem recebi a missão, exerceu o ofício com maestria.
Viver é tentar estar à altura não só da responsabilidade, mas, sobretudo, da liberdade 
de que se é possuidor. 
Agradeço de antemão o incentivo e orientações recebidas da nossa Presidente, das 
curadoras que me antecederam. Sou grata aos autores colaboradores, experts da área, e à 
Anna Valéria, minha irmã, que confeccionou e doou as aquarelas que ilustram essa edição.
O tema central desta edição é a dor, sempre amaldiçoada por minar a existência de muitos.
É da nossa lida diária, no consultório, acolher e tratar o doente em meio à onipresença 
surda, pesada, das dores do corpo e da alma. Nosso ofício, senão fazê-la desaparecer, 
objetivo no mais das vezes utópico, é minimizá-la. 
Fornecer ao paciente as competências necessárias para lidar com ela, visando a preservação 
da funcionalidade e de uma vida que valha a pena ser vivida, é esta a arte a ser perseguida. 
Como bem resumiu Wislawa, diferenciar a dor de tudo que não é ela. 
 
Anna Beatriz Assad Maia 
CAPA
DOR
TéCNICA 
AQUARELA
ARTISTA
ANNA VALéRIA 
ASSAD MAIA
REUMATOC A P I TA L
3
MENSAGEM DA PRESIDENTE
EXPEDIENTE:
Reumatologistas revisoras: Ana Paula Gomides, Isadora Jochims, Licia Maria Mota, 
Ravena Fontenele Belchior Cabral, Gabriela Profirio Jardim santos, 
Jamille Nascimento Carneiro e Luciana Feitosa Muniz
Envie seu texto para ser publicado na revista: reumatobrasilia@gmail.com 
Material de distribuíção exclusiva para área médica. A revista Capital Reumato não se responsabiliza por serviços, produtos 
e imagens publicadas pelos anunciantes. As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não 
expressam, necessariamente, a opinião da Revista Capital Reumato. 
A responsabilidade de conteúdo médico científico do material recebido para publicação, bem como por eventuais conceitos 
emitidos ou conflitos de interesses, é exclusiva dos autores.
DRA. JAMILLE 
NASCIMENTO 
CARNEIRO
Presidente da Sociedade 
de Reumatologia de 
Brasília 2021/2022
Baixe todas as edições da Revista 
Capital Reumato no site:
www.reumatodf.com.br 
Contato SRB: 
reumatobrasilia@gmail.com
(61) 3245-1671 | (61) 99668 0935
Editoração e Design Gráfico:
CS DESIGN
Contato: Cristiane (61) 98131 7287
www.csdesigngrafico.com.br
cristiane@csdesigngrafico.com.br
 A gestão 2021/22 da Sociedade de Reumatologia de Brasília (SRB) sente-se honrada 
em contribuir e estar bem próxima de todos os Reumatologistas do Distrito Federal, 
promovendo ações que visam desbravar e solidificar o caminho desta especialidade. 
 Para o ano de 2022 vamos dar seguimento ao trabalho de excelência que vem sendo 
realizado desde gestões anteriores. 
 O intuito é manter o calendário científico de qualidade, incluindo os eventos que já se 
tornaram conhecidos por sua importância e extrema relevância local e nacional: 
 • Encontro ATUAR: Atualização em Reumatologia
 • ATUARTE: Arte e Reumatologia
 • Reuniões Científicas
 Com relação ao ATUARTE, projeto que visa, a partir do diálogo da arte com a saúde, 
promover bem-estar mental aos pacientes reumatológicos, associados da SRB e 
profissionais de saúde da área, ficamos felizes em apoiá-lo por mais um ano.
 Nossa publicação, a Revista Capital Reumato, tão consolidada no nosso meio, manterá 
sua periodicidade trimestral. Trazendo, também, sempre a interface com a arte incorporada 
ao conteúdo técnico/científico no formato virtual. 
 A Campanha Espondiloartrites continuará e outros projetos estão em andamento, 
especialmente aqueles que envolvem nosso papel no ensino e na Residência Médica em 
Reumatologia no DF, bem como junto à comunidade, divulgando nossa especialidade, 
conscientizando sobre as doenças reumatológicas e promovendo ações com o propósito 
de cooperação junto aos gestores em saúde, para formulação de políticas públicas efetivas. 
 Reiteramos que toda nossa produção será pautada em preceitos éticos e com base em 
melhorias das práticas clínicas em Reumatologia. 
 Convido os Reumatologistas do DF e demais colegas a continuarem prestigiando nossa 
SRB, associando-se e participando dos nossos eventos. 
 
 Dra. Jamille Nascimento Carneiro
REUMATOC A P I TA L
4
ACONTECEU
REUNIãO CIENTIFICA HÍBRIDA
• No dia 17 de março de 2022, às 19:30h, foi realizada a 1ª REUNIÃO CIENTIFICA HÍBRIDA. 
A reunião apresentou a seguinte agenda:
Foi a primeira reunião da SRB, com público, após 
os 2 anos de pandemia onde pudemos congregar 
cientificamente com queridos colegas!
REUMATOC A P I TA L
5
ACONTECEU
REUNIãO CIENTIFICA- DIsCUssãO DE CAsOs CLÍNICOs
• No dia 12 de abril de 2022, às 19:30h, foi realizada a Reunião Científica 
Discussão de Casos Clínicos (virtual) patrocinada pela ABBVIE.
A Reunião Científica- Discussão de Casos Clínicos (virtual) apresentou a seguinte agenda:
• No dia 19 de maio de 2022, às 19:30h, foi realizada a Reunião Científica 
Discussão de Casos Clínicos (virtual) patrocinada pela PFIZER.
O evento virtual foi extensamente divulgado nas redes sociais e e-mail marketing com um grande alcance.
O evento virtual foi extensamente divulgado nas redes sociais e e-mail marketing com um grande alcance.
REUMATOC A P I TA L
6
ACONTECEU
GRUPO ANALGEsIA- LABORATóRIO DE 
VIVêNCIAS EM ARTE E SAúDE
• Ação de Humanização Hospitalar que objetiva a promoção da saúde mental 
ao realizar oficinas de Arte Contemporânea e Medicina Narrativa para pacientes 
portadores de doenças crônicas. A Reunião Científica apresentou a seguinte agenda:
LOCAL: Hospital Universitário de Brasília.
COORDENAçãO: Dra. Isadora Jochims
ASSEMBLéIA GERAL ESTRAORDINÁRIA
• Foi realizada a Assembléia Geral Extraordinária de forma híbrida no Hospital de Base do 
DF e pela plataforma “zoom”, no dia 05 de abril de 2022 que resultou na:
APROVAçãO DE PROJETO DE ALTERAçãO DO ESTATUTO DA REGIONAL, PARA 
ADEqUAçãO AO EsTATUTO DA sOCIEDADE BRAsILEIRA DE REUmATOLOGIA (sBR) 
NACIONAL E PROVIDêNCIAS DE FILIAçãO.
REUMATOC A P I TA L
7
ACONTECEU
Informações: Dra. Jamille Nascimento Carneiro
Presidente SRB | Gestão 21/22
SAVE THE DATE:Convido a todos para o ATUAR 2022 que será realizado nos dias 14 e 15 de outubro de 2022.
Esperamos vocês para, mais uma vez, celebrar a “Arte da Reumatologia”!
site do evento: http://www.atuar2022.com.br
REUMATOC A P I TA L
8
ROBERTO EzEQUIEL HEyMANN
Médico do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein
Membro da comissão de dor, fibromialgia e outros 
reumatismos de partes moles da SBR
A VEZ E A VOZ DO ESPECIALISTA
 O tratamento da fibromialgia deve ser individualizado e multidisciplinar, 
envolvendo terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas. Deve ser focado 
na redução dos principais sintomas, principalmente a dor crônica generalizada, 
fadiga, distúrbios do sono, alterações do humor e a disfunção cognitiva. A 
melhora da qualidade de vida dos pacientes deve ser o objetivo final.
 A educação do paciente sobre sua doença é primordial. O médico deverá 
fornecer informações e elucidar dúvidas sobre todos os aspectos da doença, do 
tratamento e seus resultados, para que não haja falsas expectativas. Um plano 
de metas e objetivos deve ser amplamente discutidas entre o médico e seu 
paciente, para que este possa-se engajar totalmente no tratamento. 1
 Comorbidades específicas que podem afetar adversamente a gravidade 
da doença e a resposta ao tratamento devem ser identificadas e tratadas. 
Pacientes com distúrbios do sono devem ser instruídos realizar uma higiene do 
sono adequada. Quando há suspeita clínica de envolvimento de um distúrbio 
especifico agravando o sono do paciente, deve-se solicitar uma polissonografia. 
Na presença de apnéia do sono devemos pedir a assistência de um especialista 
do sono para auxiliar-nos na adaptação do paciente a aparelhos respiratório 
com C-PAP.
 Não existe tratamento de fibromialgia que não incorpore a atividade física. É 
a modalidade terapêutica que mais reúne evidências cientificas, demonstrando 
eficácia significativa na redução da dor, melhora do status funcional, da fadiga 
e do sono. Recomenda-se o treinamento de condicionamento cardiovascular 
aeróbico de baixo impacto, como caminhada, ciclismo, natação ou hidroginástica, 
que são mais bem-sucedidas. O início do programa pode ser difícil para alguns 
ATUALIZACAO 
TERAPEUTICA: 
FIBROMIALGIA
REUMATOC A P I TA L
9
pacientes, pois percebem que sua dor e fadiga pioram quando começam 
a se exercitar. Assim, é importante que o programa de atividade física seja 
individualizado e respeite a capacidade funcional do paciente, e que sua 
“intensidade” seja aumentada gradativamente, proporcionando melhor 
adesão ao tratamento. A modalidade deve ser baseada na preferência 
do paciente e na presença de outras comorbidades. Outras modalidades 
de exercício mostraram algum benefício na fibromialgia, como o tai 
chi e a ioga, exercícios de fortalecimento muscular e em menor grau de 
alongamento. 2,3 
 A abordagem das alterações do humor ou distúrbios psiquiátricos 
com suporte psicológico e psiquiátrico facilita a terapêutica e a melhora 
clínica. Uma considerável porcentagem destes paciente apresentam 
quadros de catastrofização, que afetam negativamente a adesão ao 
tratamento e contribuem para piora da dor e demais sintomas. Para 
estes casos, a terapia cognitiva comportamental (TCC) demais terapias 
corpo-mente podem trazer benefícios, revertendo o comportamento 
mal adaptativo para com a doença crônica.4 
 Nos últimos tem surgido evidencias sobre a eficácia da eletroterapia 
no manejo da dor relacionada à fibromialgia. Estas técnicas são não 
invasivas e estão relacionadas a poucos efeitos colaterais. A Estimulação 
Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC ) parece ser uma 
intervenção segura, quando aplicada na região do córtex motor primário 
esquerdo, com potencial de diminuir a intensidade da dor. No entanto, 
são necessários mais estudos experimentais para conhecer exatamente 
os mecanismos cerebrais que influenciam estes resultados bem como 
determinar alvos neurais mais eficazes e os parâmetros de estimulação 
adequados.5,6 
 O emprego de medicamentos em pacientes com fibromialgia 
tem como principal objetivo o controle da dor e demais sintomas. 
Os fármacos devem ser utilizados com muita parcimônia, pois estes 
doentes apresentam uma sensibilidade maior para seus efeitos 
colaterais. Geralmente iniciamos o tratamento com doses reduzidas 
e a aumentamos gradualmente, conforme a tolerância do paciente. A 
associação de fármacos, as vezes em doses menores as que utilizadas 
na prática diária é frequente. Os medicamentos mais utilizados na 
fibromialgia são os antidepressivos e os neuromoduladores. 
 
 Os antidepressivos atuam aumentando a disponibilidade 
de serotonina e noradrenalina no tecido cerebral, melhorando a 
performance do trato descendente inibitório de dor. Fazem parte deste 
grupo os antidepressivos tricíclicos, os duais, e os inibidores específicos 
de recaptação de serotonina.
REUMATOC A P I TA L
10
 Os primeiros agentes empregados com sucesso 
na fibromialgia foram os antidepressivos tricíclicos. A 
amitriptilina é um antidepressivo tricíclico que tem 
demonstrado respostas positivas na redução da dor e na 
melhora da qualidade de sono e possivelmente na fadiga. 
Sua dose inicial é de 12,5 a 25 mg duas a três horas antes do 
paciente se deitar. Raramente ultrapassamos doses acima 
de 75 mg, pois os efeitos adversos aumentam muito. A 
ciclobenzaprina, embora não seja um antidepressivo, 
apresenta mecanismos semelhantes aos antidepressivos 
tricíclicos pois sua estrutura é similar à da amitriptilina. Tem 
ação miorelaxante central sendo empregada em doses 2,5 
mg a 20 mg duas a três horas antes do sono. Tem ação 
semelhante à amitriptilina na redução da dor e melhora 
da qualidade do sono. Dentre os efeitos colaterais mais 
frequentes nesta classe de medicamentos, observamos 
boca seca, constipação, retenção de líquidos, ganho de 
peso, sonolência e dificuldade de concentração.7,8,9
 O resultado de estudos com os bloqueadores 
seletivos de recaptação de serotonina na fibromialgia são 
desapontadores. Destes somente a fluoxetina isolada em 
doses acima de 20 mg ou associada a ciclobenzaprina ou 
a amitriptilina, apresentou eficácia no controle da dor. Esse 
grupo de antidepressivos isolados ou associados aos triciclicos 
são uma boa opção nos quadros depressivos. 10,11.
 Dentre os antidepressivos que atuam inibindo 
de modo especifico a recaptação de serotonina e 
noradrenalina (duais), a duloxetina e o milnaciprano se 
destacam no tratamento da fibromialgia. Ambas as drogas 
são eficazes na redução da dor e da fadiga, na melhora 
da cognição e nos distúrbios de humor. O milnaciprano 
não é comercializado em nosso meio. A duloxetina deve 
ser iniciada com uma dose de 30 mg pela manhã e após 
uma semana deve-se atingir 60 mg, dose preconizada no 
tratamento da fibromialgia. Doses maiores acrescentam 
pouco na redução da dor, mas podem auxiliar no controle 
dos distúrbios de humor. A venlaflaxina é um antidepressivo 
com ação dual somente em doses acima de 150 mg. 
Mesmo com poucas evidências científicas é empregada 
no tratamento da fibromialgia em doses de 150 a 300 
mg diários divididas em uma ou duas vezes ao dia. Este 
grupo de antidepressivos pode ser utilizado em pacientes 
cujo quadro doloroso encontra-se ou não associado a 
depressão. Os efeitos colaterais mais comuns observados 
nesta classe de medicamentos foram cefaleia, sonolência, 
náusea, perda e ganho de peso, constipação, diminuição 
do apetite, diarreia e disfunção erétil. Alterações na função 
hepática e aumento da pressão sanguínea também foram 
descritas.10, 11, 12
 Os neuromoduladores atuam reduzindo a liberação 
de neurotransmissores pro-nocicepticos na fenda pré-
sináptica do corno posterior da medula, reduzindo a 
aferência nociceptiva central.
 As drogas que fazem parte deste grupo são 
a gabapentina e a pregabalina. A pregabalina foi 
extensivamente estudada na fibromialgia demonstrando 
eficácia no controle da dor, melhora no padrão do sono, 
ansiedadee qualidade de vida. Geralmente iniciamos com 
doses de 75 mg a noite e realizamos incrementos de 75 em 
75 mg, divididos em duas ou três vezes ao dia. A gabapentina 
provavelmente apresenta os mesmos mecanismos de 
ação que a pregabalina, mas suas evidências na literatura 
para o tratamento da fibromialgia são escassas. Deve ser 
utilizada em doses de 1200 mg a 2400 mg diários divididos 
em 3 dosagens. Iniciamos geralmente com 300 mg à noite 
e fazemos incrementos de 300 em 300 mg divididas em 
REUMATOC A P I TA L
11
três doses diárias. Os principais eventos adversos dos neuromoduladores são o edema 
periférico, ganho de peso, xerostomia, tonturas, sonolência.13,14.
 O uso de opióides não é indicado exceto pelo tramadol, isoladamente ou em 
associação ao paracetamol, mostrou-se eficaz no controle da dor sendo bem tolerado 
pelos pacientes. É uma boa opção nas exacerbações dolorosas ou nos casos de difícil 
controle da sintomatologia dolorosa. Deve-se ter cautela quando usado em conjunto 
com outros antidepressivos, pois aumentam os riscos de convulsões.15
 A trazodona, um antidepressivo atípico é uma boa opção para o tratamento 
dos distúrbios do sono. Geralmente empregamos doses de 50 a 150 mg à noite. Ao 
contrário do que ocorre com os benzodiazepínicos e indutores do sono, a trazodona 
pode ser empregada por longos períodos.16
 O pramipexol, um agente antiparkinsoniano, em doses de até 4,5 mg é opção 
interessante para pacientes com distúrbios do sono associados à síndrome de 
movimentos involuntários dos membros inferiores. 17
REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(1. Macfarlane GJ, et al: EULAR revised recommendations for the management of fibromyalgia. Ann Rheum Dis. 2017 Feb;76(2):318-328.
2. Bidonde J, et al: Aerobic exercise training for adults with fibromyalgia. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Jun 21;6(6):CD012700.
3. Sosa-Reina MD, et al: Effectiveness of Therapeutic Exercise in Fibromyalgia Syndrome: A Systematic Review and Meta-Analysis of Randomized Clinical Trials. 
Biomed Res Int. 2017;2017:2356346
4. Aman MM, et al: Evidence-Based Non-Pharmacological Therapies for Fibromyalgia. Curr Pain Headache Rep. 2018; 4;22(5):33. 
5. Lloyd DM et al. Is Transcranial Direct Current Stimulation (tDCS) Effective for the Treatment of Pain in Fibromyalgia? A Systematic Review and Meta-Analysis. 
J Pain. 2020 Nov-Dec;21(11-12):1085-1100
6. Zhu CE et al. Effiectiveness and safety of transcranial direct current stimulation in fibromyalgia: A systematic review and meta-analysis. JRehabil Med. 2017; 19;49(1):2-9.
7. Lawson K. A Brief Review of the Pharmacology of Amitriptyline and Clinical Outcomes in Treating Fibromyalgia. Biomedicines. 2017; 17;5(2):24.
8. Rico-Villademoros F, Slim M, Calandre EP. Amitriptyline for the treatment of fibromyalgia: a comprehensive review. Expert Rev Neurother. 2015 Oct;15(10):1123-50.
9. Tofferi JK, Jackson JL, O’Malley PG. Treatment of fibromyalgia with cyclobenzaprine: A meta-analysis. Arthritis Rheum. 2004 ;51(1):9-13.
10. Häuser W, Wolfe F, Tölle T, Uçeyler N, Sommer C. The role of antidepressants in the management of fibromyalgia syndrome: a systematic review and meta-
analysis. CNS Drugs 2012;26:297-307.
11. Uçeyler N, Häuser W, Sommer C. A systematic review on the effectiveness of treatment with antidepressants in fibromyalgia syndrome. Arthritis Rheum 
2008; 59:1279.
12. Welsch P, Üçeyler N, Klose P, Walitt B, Häuser W. Serotonin and noradrenaline reuptake inhibitors (SNRIs) for fibromyalgia. Cochrane Database Syst Rev. 2018, 
28;2(2):CD010292.
13. Bhusal S, Diomampo S, Magrey MN. Clinical utility, safety, and efficacy of pregabalin in the treatment of fibromyalgia. Drug Healthc Patient Saf. 2016; 17;8:13-23.
14. Tzellos TG, Toulis KA, Goulis DG, Papazisis G, Zampeli VA, Vakfari A, Kouvelas D. Gabapentin and pregabalin in the treatment of fibromyalgia: a systematic 
review and a meta-analysis. J Clin Pharm Ther. 2010;35(6):639-56) 
15. Häuser W, Ablin J, Perrot S, Fitzcharles MA. Management of fibromyalgia: practical guides from recent evidence-based guidelines. Pol Arch Intern Med.2017 
4;127(1):47-56.
16. Bossini L, Coluccia A, Casolaro I, Benbow J, Amodeo G, De Giorgi R, Fagiolini A. Off-Label Trazodone Prescription: Evidence, Benefits and Risks. Curr Pharm 
Des. 2015;21(23):3343-51.
17. Holman AJ. Fibromyalgia and pramipexole: promise and precaution. J Rheumatol.2003; 30(12):2733.
Enfim, o tratamento da fibromialgia é complexo, multidisciplinar. 
Exige comprometimento do paciente e atenção do médico assistente. 
REUMATOC A P I TA L
12
A Dor Tem um Elemento de Vazio
A Dor - tem um Elemento de Vazio - 
Não se consegue lembrar 
De quando começou - ou se houve 
Um tempo em que não existiu - 
Não tem Futuro - para lá de si própria - 
O seu Infinito contém 
O seu Passado - iluminado para aperceber 
Novas Épocas - de Dor. 
Emily Dickinson, in “Poemas e Cartas”
Ilustração: Anna Valéria Assad Maia
REUMATOC A P I TA L
13
DRA. ANA PAULA GOMIDES
QUANDO A DOR 
BATE NA PORTA DO 
REUMATOLOGISTA
humanidades medicas
Reumatologista com área de atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira.
Mestrado e Doutorado pela Universidade de Brasília-UnB.
Professora titular do Centro Universitário de Brasília.
Membro das Comissões de dor, fibromialgia, reumatismos de partes moles e 
artrite reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
 COMO O REUMATOLOGISTA ENCARA A ABORDAGEM 
DA DOR CRôNICA ATUALMENTE?
 Esta é uma pergunta interessante para esta breve discussão.
 Sabemos que a maioria dos reumatologistas se sente confortável na 
abordagem da dor inflamatória decorrente de uma doença imunomediada. 
Somos especialistas interessados, empáticos e engajados no tratamento de 
uma paciente jovem com um quadro de lúpus eritematoso sistêmico ou de 
um paciente com artrite reumatoide exuberante, por exemplo. As múltiplas 
faces de doenças causadas por alterações do sistema imune nos encantam 
e na maioria das vezes foram o chamariz para nossa escolha da área de 
atuação. Mas será que todo o nosso interesse teórico e nossos esforços 
na prática clínica se mantém com aqueles pacientes que apresentam dor 
crônica não inflamatória ou de causa indeterminada? Provavelmente não. 
Vemos que um grande número de médicos não tem disposição e às 
vezes apresentam nítido descontentamento em atender casos cuja dor 
 A dor é o sintoma mais frequente das doenças musculoesqueléticas 
e a maior motivação para o paciente procurar atendimento com um 
reumatologista. Este sintoma sempre baterá à nossa porta, por isso 
todas as reflexões e debates sobre o tema são válidos e necessários.
REUMATOC A P I TA L
14
é persistente mas não tem nenhum processo inflamatório evidente, como 
ocorre na dor nociplástica. Este fato é no mínimo preocupante quando 
acontece dentro de uma especialidade que deveria acolher e otimizar o 
controle das dores musculoesqueléticas que são altamente prevalentes na 
população.
 E por que isso acontece? Não é difícil supor. A avaliação, diagnóstico e 
tratamento da dor são extremamente complexos e difíceis para o médico 
assistente. 
DIFICULDADES RELACIONADAS à AVALIAçãO CLÍNICA
 A avaliação correta do paciente com dor crônica exige tempo, 
disponibilidade, empatia e escuta qualificada. Sabemos que o fenômeno 
doloroso é altamente subjetivo e sofre fortes influências dos fatores 
psicossociais mas não fomos adequadamente treinados na abordagem 
destes aspectos. Pelo contrário, a formação e educação médica continuada 
em suas diversas formas ainda priorizam a objetividade, a racionalidade e 
a tomada rápida de decisões. Tudo isso com foco nos aspectos puramente 
biológicos. 
 Os pacientes com dor crônica são reiteradamente rotulados pelos 
próprios profissionais da saúde. Segundo estudo interessante de Castelhano 
LM (2015), os médicos, por exemplo, tendem a classificar os pacientes como 
“difíceis” quando demandam mais do seu tempo, causam frustração e 
irritação em quem está prestando o atendimento ou quando não conseguem 
identificar uma causapara o problema. Ou seja, fatores inerentes ao próprio 
médico podem dificultar ainda mais o seguimento destes pacientes. 
 Isso pode ser agravado pelo número alarmante de profissionais da 
saúde com jornadas excessivas de trabalho, pouco descanso e quadros de 
burnout estabelecidos. Será que as alterações psíquicas dos profissionais 
que fazem o atendimento influenciarão sua maior ou menor disposição para 
atender pessoas com dor crônica? Este tema merece uma discussão a parte.
 Além disso o fator tempo de atendimento é com frequência relatado 
como um limitador para uma adequada avaliação destes pacientes. Como 
abordar os pacientes com alta carga emocional ou distúrbios psiquiátricos 
concomitantes no cenário das múltiplas tarefas que precisamos cumprir 
durante um atendimento? 
DIFICULDADES RELATIVAS à AVALIAçãO COMPLEMENTAR
 Não dispomos de biomarcadores ou outros testes objetivos para 
mensuração da dor. Os exames complementares atualmente disponíveis 
podem confundir ao invés de ajudar, vide as nossas conhecidas “protrusões 
discais” e outros achados de imagem de ressonâncias magnéticas de coluna 
desprovidas de significado clínico na maioria dos casos.
Ilustração: Anna Valéria Assad Maia
REUMATOC A P I TA L
15
DIFICULDADES RELATIVAS 
AO TRATAMENTO
O tratamento medicamentoso 
para dor crônica ainda é 
limitado quando o assunto 
é eficácia. Se dissociado de 
uma terapia multidisciplinar 
estruturada pode ser ainda 
mais inefetivo. Se basearmos 
o nosso tratamento 
unicamente nas abordagens 
farmacológicas, como 
fomos treinados, a chance 
de insucesso certamente 
será alta. Ademais os efeitos 
colaterais das drogas são 
frequentes e impedem a 
terapia em um número 
considerável de pacientes. 
Obviamente, um resultado 
ruim é extremamente 
frustrante para o médico e 
para o paciente. Será que 
sabemos lidar com isso? 
REUMATOC A P I TA L
16
E A SOLUçãO?
Não existe solução fácil para os inúmeros desafios na abordagem da dor mas uma 
série de atitudes e condutas podem ser implementadas para nos auxiliar no dia a dia. 
Algumas delas estão sumarizadas abaixo:
a) Dê uma chance ao estudo profundo e detalhado da dor. Avanços na etiopatogenia e 
fisiopatologia da dor acontecem contínua e rapidamente. E isso pode ser tão interessante e 
rico quanto o estudo das doenças imunomediadas. 
b) Invista na educação em Dor para os pacientes. Dispomos de bons materiais gratuitos 
(textos, livros, vídeos e cursos) que podem ser indicados. Quando o doente entende 
seu processo e os fatores que o influenciam, a mudança é nítida e muito positiva para o 
tratamento. 
c) Tenha uma rede de apoio/equipe multidisciplinar definida, em todos os locais: rede 
pública, saúde suplementar ou privado. Mesmo sem as condições ideais, outros profissionais 
nos ajudarão a ter um melhor resultado.
d) Pratique outras habilidades e melhore as que você já tem. Escuta ativa, empatia 
e comunicação médico-paciente são alguns dos exemplos. As chamadas “soft skills” 
(competências comportamentais e socioemocionais) serão as mais valorizadas no mercado 
de trabalho futuro.
e) Faça o alinhamento de expectativas com os pacientes. Nem sempre teremos o controle 
completo ou ideal da dor, ainda assim podemos melhorar enormemente a qualidade de 
vida. Isso pode diminuir as frustração de ambos os lados.
f) Esteja disposto a melhorar sua abordagem da dor através de novos conhecimentos. 
A sensação de um trabalho bem feito e a percepção do impacto positivo na vida destas 
pessoas decorrentes do seu trabalho funcionarão como um estímulo contínuo.
g) Se com tudo isso, você não estiver disposto a acompanhar adequadamente um paciente 
com dor crônica, encaminhe para algum colega que o faça! É uma boa opção para todos. 
REUMATOC A P I TA L
17
A excelência da nossa prática e uma correta valorização da 
especialidade está diretamente relacionada à capacidade dos 
médicos de manejo dos sintomas dolorosos. O reumatologista deve 
assumir com determinação o seu protagonismo na área de dor. 
Somos capazes e sabemos, como poucos, avaliar o paciente de forma 
completa. Casos desafiadores? Estamos prontos. Vamos juntos.
REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Cooper RG, Booker CK, Spanswick CC. What is pain management, and what is its relevance to the rheumatologist? 
Rheumatology. 2003;42(10):1133-7. 
Borenstein D. The role of the rheumatologist in managing pain therapy. Nat Rev Rheumatol. 2010;6(4):227-31. 
Castelhano, Laura Marques. As emoções do médico na relação com o paciente: uma abordagem da psicologia junguiana. 
2015. Tese de doutorado. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Serour M, Al Othman H, Khalifah GA. Difficult Patients or Difficult Doctors: an analysis of problematic consultations. Eur J Gen 
Med. 2009; 6 (2): 87-93. 
Croskerry P, Abbass AA, Wu AW. How doctors feel: affective issues in patients’ safety. Lancet. 2008;372(9645):1205-6. 
Kushnir T, Kushnir J, Sarel A, Cohen AH. Exploring physician perceptions of the impact of emotions on behaviour during 
interactions with patients. Fam Pract. 2011;28(1):75-81. 
REUMATOC A P I TA L
18
Quem me roubou a minha dor antiga, 
E só a vida me deixou por dor? 
Quem, entre o incêndio da alma em que o ser periga, 
Me deixou só no fogo e no torpor?
Fernando Pessoa, in “Cancioneiro”
Ilustração: Anna Valéria Assad Maia
REUMATOC A P I TA L
19
 A medicina da dor é a área da medicina dedicada ao alívio da dor e à 
melhora da qualidade de vida dos pacientes que convivem com a dor crônica. 
Desde a antiguidade diversas culturas tinham conhecimentos sobre as 
propriedades analgésicas das plantas. Registros egípcios em papiros do 
século 3000 A.C. já tinham descrito o uso do suco da papoula e da cannabis no 
tratamento da dor. A cultura chinesa identificou os pontos de dor distribuídos 
pelo corpo todo e acabou desenvolvendo a terapia com acupuntura. Os 
primeiros filósofos gregos, como Platão, reconheceram que o cérebro era o 
local de percepção da dor e mostraram sua ligação com o sistema nervoso 
periférico. 1q
Mas foi apenas durante a Segunda Guerra Mundial que um anestesiologista 
do exército americano, chamado John Bonica, iniciou uma abordagem 
multidisciplinar no manejo da dor dos veteranos com dor crônica, o que 
chamou atenção de uma forma geral para o sub tratamento da dor e, em 
especial para a dor crônica.
 Em 1953, publicou sua maior obra, o tratado O Manejo da Dor. Durante 
sua vida, Bonica publicou dezenas de livros e artigos científicos os quais o 
conduziram ao seu papel universalmente reconhecido de fundador do 
manejo da dor moderna. 2
FERNANDO CHIUCHETA
Residência em Clinica Médica e Reumatologia pela UFPR
Especialista em Reumatologia pela Sociedade Brasileira de Reumatologia
Certificado de Atuação na Área de Dor pela Associação Médica Brasileira
Preceptor de Reumatologia para a Residência do Hospital da XV - Curitiba
Coordenador da Comissão de Dor da Sociedade Brasileira de Reumatologia
Presidente da Sociedade Paranaense de Reumatologia - 2019-2020
PONTO DE VISTA
Reumatologista, 
o clinico da dor 
REUMATOC A P I TA L
20
 Após a segunda guerra mundial John Bonica trabalhou 
na Universidade de Washington em Seattle e em 1973 
reuniu 300 pesquisadores e endossaram a criação da 
IASP (Associação Internacional para o Estudo da Dor - 
International Association for the Study of Pain). Atualmente 
a IASP tem mais de 7000 membros representando 133 
países e 90 regionais em todo o mundo. 2 
 O primeiro exame de certificação por uma sociedade 
de medicina foi aplicado em 1993, pelo Comitê Americano 
de Anestesiologistas. Em 2001, o congresso americano 
reconheceu a Medicina Intervencionista da Dor como 
especialidade. 
 No Brasil o exame de suficiência para obtenção do 
Certificado de Area de Atuação em Dor é realizada pela 
Comissão de Dor da Associação Médica Brasileira, em 
conjunto com a Associação Brasileira de Medicina Física 
e Reabilitação, a Sociedade Brasileira de Reumatologia, 
a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, a Sociedade 
Brasileirade Ortopedia e Traumatologia, a Sociedade 
Brasileira de Anestesiologia, a Sociedade Brasileira de 
Clínica Médica, a Academia Brasileira de Neurologia, a 
Sociedade Brasileira de Pediatria e o Colégio Médico 
Brasileiro de Acupuntura.
 O ideal seria que durante a graduação todos os alunos 
recebessem treinamento obrigatório em medicina da dor 
antes de se formarem na faculdade de medicina. 
 A dor está quase sempre presente nos pacientes 
no dia a dia do consultório do reumatologista. Raras 
exceções como nas dúvidas sobre exames laboratoriais 
ou em pacientes assintomáticos com osteopenia ou 
osteoporose.
 Então é de suma importância que o Reumatologista 
possua um amplo conhecimento no estudo da Dor.
 Estamos há mais de 10 anos na Comissão de Dor da 
Associação Médica Brasileira e notamos nestes anos 
a baixa procura dos reumatologistas no exame de 
Certificação de Dor.
 Em conjunto com o Dr. Marcos Aurelio de Freitas 
Machado, que foi Coordenador da Comissão de Dor em 
2018-2020 e atualmente é o representante titular da SBR 
na Comissão de Dor na AMB, resolvemos criar um curso 
de dor da SBR.
REUMATOC A P I TA L
21
REUMATOC A P I TA L
22
Com apoio total da Diretoria 
Executiva e de toda a 
Comissão de Dor da sBR 
conseguimos realizar este 
sonho de iniciar o Primeiro 
Curso de Dor da SBR em 
setembro de 2021 durante 
o Congresso Brasileiro de 
Reumatologia.
Um curso totalmente gratuito 
exclusivo para sócios adimplentes da 
SBR. Esta medida valoriza ainda mais 
os nossos associados!
E foi uma grata surpresa a alta procura 
dos Sócios da SBR pelo nosso curso. 
Neste primeiro ano estamos com 
aproximadamente 90 alunos inscritos 
e realizamos módulos seguindo todos 
os temas do o exame de suficiência 
para obtenção do Certificado de Area 
de Atuação em Dor da AMB.
Por tudo isto acreditamos que o 
Reumatologista é o clinico da Dor 
e que deve estar apto a trazer 
melhor qualidade de vida aos nossos 
pacientes para que vivam sem dor!
REUMATOC A P I TA L
23
REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1-Santoro D, Bellinghieri G,Savica V, Development of the concept of pain in history. J Nephrol. May-Jun 2011;24 Suppl 17:S133-6..
2-Raj PP. The 2009 John J. Bonica award lecture: the impact of managing pain in the practice of medicine through the ages. Reg 
Anesth Pain Med. 2010 Jul-Aug;35(4):378
E é desde então que eu sinto este pavor, 
Este frio que anda em mim, e que gelou 
O que de bom me deu Nosso Senhor! 
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!! 
Sinto os passos da Dor, essa cadência 
Que é já tortura infinda, que é demência! 
Que é já vontade doida de gritar!
Florbela Espanca, in “Livro de Mágoas”
Ilustração: Anna Valéria Assad Maia
REUMATOC A P I TA L
24
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 
UniVErSidAdE dE BrASíliA
Sala de Apoio 
ao Pesquisador
REUMATOC A P I TA L
25
CLEANDRO PIRES DE ALBUQUERQUE
Médico reumatologista do Hospital Universitário de Brasília / UnB
Coordenador da Comissão de Ética da Sociedade Brasileira de Reumatologia
Editor-Associado Advances in Rheumatology 
Reumatologia na academia
LICIA MARIA H. DA MOTA
Médica reumatologista, Hospital Universitário de Brasília, Universidade de Brasília
Professora dos Programas de Pós-graduação em Ciências Médicas e Patologia 
Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília
Diretora Científica da Sociedade de Reumatologia de Brasília
Ouvidora da Sociedade Brasileira de Reumatologia
1. O QUE é A SALA DE APOIO AO PESQUISADOR?
 A Sala de Apoio ao Pesquisador é um espaço dentro 
de uma unidade de saúde ou meio acadêmico, onde os 
projetos de pesquisa são incentivados e apoiados por meio 
de discussões e orientações. A ideia é oferecer orientação e 
suporte técnico aos interessados em realizar pesquisas. Isso 
inclui, mas não se limita a:
• profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos de 
laboratório, etc.) que pretendam realizar investigação pela 
primeira vez em seus locais de trabalho;
• investigadores em início de carreira em busca de orientação;
• cientistas experientes que procuram opiniões externas 
qualificadas (por pares) para melhorar sua investigação.
Nesse espaço, ocorre a discussão sobre métodos de pesquisa 
e desenvolvimento de projetos. O objetivo é incentivar 
estudos de boa qualidade, utilizando métodos adequados, 
seguindo padrões éticos e alcançando resultados relevantes.
REUMATOC A P I TA L
26
2. O PROJETO SALA DE APOIO AO PESQUISADOR NO HOSPITAL 
UNIvERsITáRIO DE BRAsÍLIA- UNIvERsIDADE DE BRAsÍLIA
 Em março de 2020, quando foi declarada a pandemia do COVID-19, o 
Hospital Universitário de Brasília – Universidade de Brasília (HUB-UnB) reuniu 
um comitê para dar apoio institucional a quaisquer iniciativas relevantes 
de pesquisa na temática COVID-19. Além de professores e pesquisadores 
experiente, profissionais que há muito desejavam se envolver em pesquisa e 
pesquisadores menos atuantes na área nos últimos anos foram incentivados a 
se juntar a esse esforço institucional. Os reumatologistas Licia Mota e Cleandro 
Pires, do HUB-UnB foram convidados pela superintendência do hospital a 
coordenar os esforços de pesquisa, com várias frentes de atuação simultâneas, 
por sua experiência prévia em pesquisa clínica, metodologia científica e 
coordenação de projetos. 
 
Muitos projetos de pesquisa em COVID-19 foram propostos, submetidos aos 
processos de aprovação ética, aprovados e executados, resultado em diversas 
publicações em um curto período de tempo (1-5)
 Os profissionais envolvidos no comitê de pesquisa com enfoque em 
COVID-19 perceberam que havia uma necessidade não atendida subjacente 
a esse cenário que se estendia para além do escopo da pandemia. Isso ficou 
patente, além dos resultados objetivos obtidos com publicações relevantes, 
pelo entusiasmo de profissionais da instituição, que há muito desejavam se 
envolver com pesquisa clínica, mas lidavam com questões metodológicas e 
outras dificuldades práticas que os impediram de alcançar a meta.
 O HUB reconheceu a necessidade não atendida como uma oportunidade 
e criou, em outubro de 2020, a Sala de Apoio ao Pesquisador, um serviço 
permanente para oferecer suporte aos profissionais de saúde - e todos que 
desejam realizar pesquisas em saúde - na concepção e desenvolvimento de 
qualquer projeto de pesquisa em saúde .
REUMATOC A P I TA L
27
3. POR QUE CRIAR UMA SALA DE APOIO AO PESQUISADOR?
 Com a devida orientação e respaldo metodológico, a maioria dos profissionais 
que procuram auxílio da Sala de Apoio ao Pesquisador tem a possibilidade de 
aumentar a participação na pesquisa clínica, resultando em mais evidências e, 
consequentemente, melhoria da prática clínica.
• A Sala de Apoio ao Pesquisador também é importante para networking e 
potencializar ou catalisar colaborações e redes entre cientistas que buscam 
apoio e outros pesquisadores mais experientes que trabalham no campo 
específico e que podem oferecer orientação.
• Além disso, a Sala de Apoio ao Pesquisador fornece uma plataforma para 
estimular os profissionais que procuram o serviço e aumentar sua motivação 
para buscar um programa formal de pós-graduação.
4. O QUE A SALA DE APOIO AO PESQUISADOR DO HOSPITAL 
UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA REALIzOU ATé O MOMENTO?
Desde a inauguração da Sala de Apoio ao Pesquisador no HUB-UnB em 
outubro de 2020, já foram realizadas mais de 115 sessões de assessoria técnica 
e metodológica online ou presencial, relacionadas a mais de 40 projetos, 
atendendo mais de 80 profissionais interessados.
Dezesseis pesquisadores ingressaram em programa formal de pós-
graduação (Mestrado ou Doutorado) sob a orientação direta da Sala, por 
meio de orientação metodológica ou intermediação de acesso a professores 
orientadores da Universidade de Brasília e de outras Instituições.
REUMATOC A P I TA L
28
Dada a experiência acumulada no mapeamento e tratamento das dificuldades dos 
pesquisadores, a Sala de Apoio ao Pesquisador também foi convidada a participar, 
juntamente com outras contrapartes institucionais,da revisão e desenvolvimento 
contínuos da política geral de pesquisa do nosso hospital.
Além disso, a Sala de Apoio ao Pesquisador tornou-se uma ponte entre os grupos de 
pesquisa do nosso hospital e das Faculdades da Universidade de Brasília e de outras 
Instituições, inclusive no exterior.
5. COMO FUNCIONA A SALA DE APOIO AO PESQUISADOR
5.1. Montagem da Sala de Apoio à Pesquisa
5.1.1-Recursos Humanos
• Orientadores de pesquisa qualificados, já que são necessários conhecimentos formais 
e experiência em pesquisa clínica e metodologia científica.
• Idealmente e sempre que possível, cada projeto deve ser avaliado e discutido por dois 
assessores simultâneos.
• Ter um estatístico na Sala de Apoio ao Pesquisador é útil, mas não é essencial se os 
orientadores tiverem uma boa compreensão dos métodos quantitativos em pesquisa 
clínica (incluindo estatísticas básicas).
• Se possível, é útil ter uma secretária que receba (por e-mail, telefone ou aplicativos de 
mensagens) as solicitações de agendamento e organize a agenda da Sala.
5.1.2. Recursos físicos
 • Um ambiente adequado dentro do hospital ou instituição ¬ pode ser compartilhado 
com outros grupos, mas não ao mesmo tempo. 
• Uma mesa para a reunião ¬ às vezes pode haver um grupo de até 8-10 pesquisadores 
envolvidos em um mesmo projeto 
• Um computador com acesso à internet ¬ pois serão necessárias algumas plataformas 
de reuniões virtuais ou softwares para agendamentos online.
REUMATOC A P I TA L
29
5.1.3. Tempo
• O recurso mais importante para a Sala de Apoio ao Pesquisador é o tempo. A leitura cuidadosa dos projetos e 
a compreensão dos objetivos, interesses e ideias dos pesquisadores é essencial para identificar imperfeições e 
sugerir melhorias. Os orientadores de pesquisa devem ter tempo alocado a cada semana para as atividades da 
Sala de Apoio à Pesquisa.
• O tempo total necessário para executar o projeto dependerá da demanda local.
5.2. Operações do dia a dia na sala de Apoio ao Pesquisador
• Equipes ou Indivíduos em busca de suporte marcarão primeiro um horário.
• Cada sessão dura 1h30
• Os encontros podem ser online ou presenciais, de acordo com a preferência dos pesquisadores
5.2.1- Primeiro Encontro: A questão da Pesquisa
• No primeiro encontro, a equipe de apoio se concentra em entender os reais interesses do(s) pesquisador(es) e 
ajudar a desenvolver uma boa questão de pesquisa. Muitos pesquisadores têm apenas uma ideia geral sobre o 
que querem estudar naquele momento. Outros trazem um projeto de pesquisa em mãos.
• De qualquer forma, a equipe passará por essas questões em detalhes, com o objetivo de ajudar o pesquisador 
a chegar a uma ou mais questões de pesquisa claras, focadas, bem estruturadas, relevantes, éticas e factíveis 
que ainda devem ser interessantes e motivadoras para eles .
• Pode levar um ou mais encontros para chegar a uma questão de pesquisa adequada.
5.2.2- Encontros Subsequentes: Metodologia de Pesquisa
Uma vez que a questão de pesquisa é estabelecida (e uma hipótese testável é claramente formulada no caso 
de estudos analíticos), procede-se uma revisão detalhada, junto com o(s) pesquisador(es), dos métodos 
necessários para responder à questão.
REUMATOC A P I TA L
30
Essa etapa contentra-se no desenho geral do estudo, incluindo:
• delimitação clara da população-alvo
• técnicas de amostragem e tamanho da amostra
• recrutamento, randomização (quando apropriado)
• intervenções, comparações,
• resultados e seus prazos
• variáveis em estudo
• ferramentas de medição
• Métodos estatísticos
• análise de dados
• requisitos éticos
5.2.3. Encontros Finais: Implementação
Por fim, serão abordados os aspectos operacionais do projeto:
• Submissão de projetos a conselhos de revisão institucional,
• Registro e disponibilização de protocolos através de repositórios públicos,
• Requisitos de perícia técnica,
• Acesso a recursos específicos necessários (equipamentos, ferramentas, 
materiais, etc.),
• Procedimentos padronizados para coleta e monitoramento de dados,
• Orçamento de pesquisa e fontes de financiamento, e
• Cronogramas realistas para a condução de todos os processos de pesquisa.
• Percorrer todas as etapas pode levar vários encontros, dependendo da 
experiência prévia do(s) pesquisador(es).
“O Hospital Universitário de Brasília, apesar de ser uma unidade de saúde terciária, voltada para a 
assistência de alta complexidade, é um hospital de porte médio em tamanho e quadro funcional. Assim, 
essas conquistas em tão pouco tempo são surpreendentes. Acreditamos que estamos contribuindo para 
solucionar necessidades não atendidas em nosso hospital, por meio da Sala de Apoio ao Pesquisador, e 
que este Projeto (uma vez replicado) também poderá beneficiar outros hospitais onde pesquisadores 
clínicos possam encontrar desafios como os que temos observado em nossa Instituição.”
A iniciativa da Sala de Apoio ao Pesquisador do HUB-UnB vem funcionando tão bem que a experiência 
de sucesso foi recentemetne compartilhada pela REDe – The Global Health Network, da Universidade 
de Oxford, como um modelo a ser seguido em outros países. A toolkit publicada pode ser acessada no 
link – https://globalhealthtrials.tghn.org/toolkits/research-support-room/
REUMATOC A P I TA L
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“No Hospital Universitário de Brasília, por exemplo, a Sala de 
Apoio ao Pesquisador é aberta ao público (reserva antecipada) 
em dois períodos de 4 horas semanais. A secretária está 
disponível para receber solicitações de agendamento durante 
o horário normal de trabalho, cinco dias por semana. O contato 
para agendamento na Sala de Apoio ao Pesquisador do HUB-
UnB é feito pelo email pesquisaclinica.hub@ebserh.gov.br
REUMATOC A P I TA L
32
REUMATOC A P I TA L
33
REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2. Fernandes GM, Motta F, Sasaki LMP, Silva ÂPD, Miranda AM, Carvalho AO, Gomides APM, Soares AASM, 
Santos ACMD Jr, Alves CO, Gomes CM, Siracusa CC, Araújo DA Jr, Mendonça-Silva DL, Jesus JAL, Costa KN, 
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Protocol for a Multicenter, Prospective Cohort Study. JMIR Res Protoc. 2021 Apr 20;10(4):e26477. doi: 
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Lima SMB, Mota LMH, Gomes CM. Molecular and Cellular Biomarkers of COVID-19 Prognosis: Protocol for the 
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4. Pinho RDNL, Costa TF, Silva NM, Barros-Areal AF, Salles AM, Oliveira AP, Rassi C, Valero CEB, Gomes 
CM, Mendonça-Silva D, Oliveira F, Jochims I, Ranulfo I, Neves JBS, Oliveira L, Dantas MN, Rosal M, Soares 
M, Kurizky P, Peterle VU, Faro YF, Gomides AP, da Mota L, Albuquerque C, Simaan CK, Amado VM. Mental 
Health and Burnout Syndrome Among Postgraduate Students in Medical and Multidisciplinary Residencies 
During the COVID-19 Pandemic in Brazil: Protocol for a Prospective Cohort Study. JMIR Res Protoc. 2021 Jan 
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5. Aires RB, Soares AASM, Gomides APM, Nicola AM, Teixeira-Carvalho A, da Silva DLM, de Gois ET, Xavier FD, 
Martins FP, Santos GPJ, Schulte HL, Luz IS, Espindola LS, do Amaral LR, Felicori LF, Naves LA, de Carvalho MRM, 
Gomes MS, NóbregaOT, Albuquerque P, Fontes W, Gomes CM, Kurizky PS, Albuquerque CP, Martins-Filho 
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severe COVID-19 patients and has applicability as a decision algorithm for intervention. PLoS One. 2022 Jan 
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REUMATOC A P I TA L
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REUMATOC A P I TA L
35
MARCO ANTONIO GONçALVES PONTES FILHO
Reumatologista pelo HC-FMUSP; Especialista em Reumatologia pela SBR/AMB;
Membro Titular da SBR; Certificação de Área em Dor pela SBR/AMB; Certificação de 
Área em Densitometria Óssea pela SBR/CBR; Coordenador da Comissão de Medicina 
Física e Reabilitação da SBR; Membro da Comissão de Dor, Fibromialgia e Outras 
Síndromes de Partes Moles da SBR.
 A fibromialgia (FM) é uma síndrome de sensibilização central 
caracterizada por dor generalizada, frequentemente acompanhada 
de sintomas como ansiedade, depressão, distúrbios do sono, fadiga e 
problemas cognitivos (Figura 1). Apesar de anos de investigação na FM, 
nenhuma causa definida ou fisiopatologia definidora ainda foi descoberta. 
No tratamento desta patologia, seu objetivo é reduzir os sintomas, 
melhorar a função, manter a amplitude de movimento e a flexibilidade, 
minimizar os fatores precipitantes ou perpetuadores de piora e melhorar 
a qualidade de vida do paciente1-7.
 
 É amplamente aceito que o manejo da FM requer uma abordagem 
multidisciplinar, combinando tratamentos não farmacológicos como 
abordagem inicial, principalmente educação do paciente, exercícios físicos 
e psicoterapia, e iniciando os tratamentos farmacológicos a partir daí1-7. O 
uso de medicamentos promove um alívio apenas modesto dos sintomas, 
com doses geralmente menores do que as sugeridas, por intolerância 
reumato na pratica
TRATAMENTO NAO 
FARMACOLOGICO 
DA FIBROMIALGIA, 
O PACIENTE COMO 
PROTAGONISTA
REUMATOC A P I TA L
36
dos pacientes. Por isto, há a necessidade de revisão contínua do risco-benefício do 
tratamento medicamentoso. Os dados da prática clínica refletem a importante limitação 
dos tratamentos farmacológicos da FM. De acordo com um estudo realizado nos EUA, 
após um ano do início do tratamento farmacológico, apenas 25% dos pacientes continuam 
com a opção inicial. Consistente com esse achado, foi relatado que menos da metade dos 
pacientes com FM estão satisfeitos com a medicação que estão recebendo1-3,7.
 Neste cenário, o tratamento não medicamentoso, associado ou não a drogas, 
está recomendado em vários consensos. Dentro desta modalidade de tratamento, os 
exercícios físicos são atualmente a intervenção não medicamentosa mais importante e 
com maior nível de evidência no tratamento da FM1-7.
FADIGA
GENERALIzADA
FIBROMIALGIADOR
SONO ANSIEDADE
ALTERAçÕES 
COGNITIVAS
RECOMENDAçãO NÍVEL DE EVIDêNCIA GRAU
FORçA DA 
RECOMENDAçãO CONCORDÂNCIA
Exercícios aeróbicos 
e de fortalecimento Ia A Forte 100
100
71-73
71-73
93
93A
A
A Fraca
Fraca
Fraca
Fraca
FracaA
A
Ia
Ia
Ia
Ia
Ia
TCC
Acupuntura
Hidroterapia
Terapias meditativas
Mindfulness
Baseado no artigo Macfarlene GJ, et al. EULAR revised recommendations for the management of fibromyalgia. Ann Rheum Dis. 2017; 76:318-328.
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CLAssIFICAçãO DO TRATAmENTO NãO FARmACOLóGICO DA Fm.
TABELA 1.
FÍSICAS
Terapias passivas: ultrassom, massagem, laser e ondas curtas
Terapias ativas: exercícios e reabilitação, hidroterapia, acupuntura
PsICOLóGICAs
Educação do paciente
Terapia cognitivo comportamental
Estratégias e intervenção mente-corpo
Meditação
TRATAmENTO NãO FARmACOLóGICO
O tratamento não farmacológico é classificado tradicionalmente como 
abordagens físicas e psicológicas2. Essa classificação e exemplos são 
mostrados na Tabela 1.
TERAPIAs PsICOLóGICAs
Educação
A educação individual ou em grupo tem sido recomendada como 
uma intervenção central. É importante reafirmar a benignidade 
e a cronicidade da doença, reforçar a importância da adesão do 
paciente ao tratamento e entender o conceito de abordagem 
multidisciplinar (Tabela 2)2,8-11.
 
 Todas as diretrizes recentes recomendam que o diagnóstico 
de FM seja comunicado ao paciente logo após seu diagnóstico. Essa 
abordagem visa diminuir a ansiedade e reduzir procedimentos 
diagnósticos desnecessários repetidos e tratamentos 
medicamentosos inadequados. As seguintes informações são 
úteis a todos os pacientes2,3,8-11:
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Terapia Cognitivo Comportamental
Crenças disfuncionais e as informações defeituosas, dentro de um modelo cognitivo. Já é 
conhecido que os portadores de FM possuem traços de personalidade dominada pela luta na 
conquista de elevados padrões pessoais e sociais, o que os induz a terem como objetivo principal 
a busca do perfeccionismo em todas suas ações. Cinco revisões sistemáticas avaliadas incluíram 
30 ensaios e pelo menos 2.031 participantes e mostraram sua eficácia. Apesar do grau fraco de 
recomendação, a TCC é considerada segura e eficaz na redução da dor e da incapacidade, com 
resultados mantidos a longo prazo1-3,5,7,11-14.
Estratégias de intervenção Corpo e Mente
Também chamadas de terapias de atenção plena, terapia corpo-mente ou mindfulness, consiste 
na prática de se estar no momento presente da maneira mais consciente possível. Ou seja, foca 
sua atenção em cada movimento, situação e respiração. Seis revisões incluíram 13 ensaios e 
1.209 participantes. Elas mostraram que houve redução do estresse e melhora na dor, sendo 
que 4 de 6 programas também incluíram a prática diária em casa mais um retiro único em um 
dia inteiro. Contudo, elas possuem grau de recomendação fraco1-3,5-7,15-18.
Meditação
As terapias de relaxamento usam técnicas para regular o equilíbrio simpático/parassimpático 
e reduzir os sintomas de excitação simpática presente na dor crônica, incluindo estresse 
situacional, tensão muscular e respiração superficial. Seis revisões, incluindo até oito ensaios 
e 559 participantes, focados em qigong, ioga, tai chi ou uma combinação dessas terapias para 
FM não mostrou evidências suficientes para recomendações individuais. Uma revisão que 
incluiu sete ensaios (362 participantes) randomizados para tai chi, ioga, qigong ou terapia de 
consciência corporal observaram melhora no sono e na fadiga, as quais foram mantidas em 
longo prazo. A meditação possui grau de recomendação moderado1-3,5,17,18.
OBJETIVOS PARA OS PACIENTES COM FM.
TABELA 2.
OBJETIVOS GERAIS
Foco no ganho de função
Desenvolver estratégias para autonomia funcional
Evitar a cinesiofobia
Ergonomia
Equipe multidisciplinar
• Os sintomas não são causados por uma doença orgânica (mas baseados em um distúrbio funcional);
• Reconhecer a legitimidade da doença;
• Os sintomas não levam à incapacidade e não diminuem a expectativa de vida;
• A maioria dos pacientes aprende a se adaptar aos sintomas ao longo do tempo;
• Ressaltar a capacidade do paciente em controlar os sintomas por meio de sua autonomia.
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TERAPIAS FÍSICAS
Acupuntura
Possui bases filosóficas da Medicina Chinesa Tradicionais e fundamentos 
contemporâneos amparados na neurofisiologia. Consiste na aplicação de 
agulhas finas introduzidas na superfície do corpo. Oito revisões incluíram 16 
ensaios e 1.081 participantes. Uma revisão de alta qualidade incluiu nove 
ensaios (395 pacientes), e adicionada à terapia padrão, a acupuntura resultou 
em melhora na dor. A eletroacupuntura também foi associada a melhora da 
dor e da fadiga. Atualmente, a acupuntura possui recomendação de evidência 
moderada1-3,6,7,19,20.
Hidroterapia
Quatro revisões avaliaram até 21 ensaios e 1.306 participantes com FM. Uma 
revisão de alta qualidade incluiu 10 ensaios com 446 participantes, sendo que 
a maioria consistia em banhos de água ou lama à temperatura corporal de 36 
a 37°C, ou ligeiramente acima (40 a 45°C). Houve uma melhora significativa na 
dor, mantida a longo prazo, embora os autores da revisão tenham notado que 
nenhumestudo conduziu uma análise intention-to-treat. Houve benefícios para 
hidroterapia e balneoterapia, embora poucas evidências sugiram superioridade 
de uma sobre a outra. Seu grau de recomendação é fraco1-3,5,6,7,21.
Exercícios Físicos
São atividades físicas planejadas, estruturadas e repetitivas. No contexto 
da FM, observa-se benefícios nos domínios dor, fadiga, humor (ansiedade 
e depressão), sono e qualidade de vida. Entretanto, a baixa aderência é o 
principal motivo para o insucesso. Há relatos de piora da dor de forma aguda 
causada pelo exercício. Isso se deve ao fato de que músculos mais destreinados 
são mais susceptíveis a microlesões, as quais causam inflamação e aumento da 
sensibilidade dolorosa1-3,5,6,27.
Ainda não há uma definição precisa para melhor intensidade, frequência, 
duração e modalidade dos exercícios na FM. Usamos o lema “start low, go 
slow” que significa uma progressão lenta do treino, com sessões mais curtas e 
menos intensas no início1-3,27.
Vinte revisões incluíram até 34 ensaios e pelo menos 2.494 pacientes com FM. 
A maior, uma revisão da Cochrane, considerou 47 intervenções de exercícios 
diferentes, sendo o exercício aeróbico associado a melhora na dor e função 
física. Já Busch et al revisaram 5 ensaios com 219 participantes e concluíram 
que o treinamento de resistência resultou em uma melhora significativa na dor 
e na função. No geral nos estudos, os programas de exercícios tinham duração 
de 2,5 a 24 semanas, sendo o exercício aeróbico ≥20 min (uma vez por dia [ou 
duas vezes por ≥10 min]), 2 a 3 dias por semana; e o treinamento de força com 
≥8 repetições por exercício, também 2 a 3 vezes por semana1-3,22-27.
De forma geral, há uma melhora importante dos sintomas na FM com 
os exercícios aeróbicos e de fortalecimento, embora não haja evidências 
suficientes para sugerir superioridade de um sobre o outro; exercícios no solo 
e aquáticos parecem igualmente eficazes1-3,5,6,22-27. Um esquema de orientações 
para prescrição de exercícios físicos na FM podem ser encontrados na Tabela 3.
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TABELA 3.
ORIENTAçÕES PARA PRESCRIçãO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NA FM.
EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE (recomendação A, evidência grau 3)
Terapias passivas: 20 minutos de duração
2x/semana
30 segundos por exercício
ExERCÍCIOs AERóBIOs (recomendação A, evidência grau 1)
2-3x/semana
40-60% da FC max
Caminhadas, corridas e bicicletas estacionárias
Exercícios na água são mais tolerados
EXERCÍCIOS DE FORçA (recomendação A, evidência grau 2)
2-3x/semana
Intensidade 40-80% de 1RM
1-3 séries
Priorizar posições confortáveis (sentado, deitado ou com algum apoio)
Priorizar membros inferiores (devido maior fraqueza)
Baseado nas referências Lancha Junior AH et al. Avaliação e prescrição de exercícios físicos: 
normas e diretrizes. São Paulo: Manole, 2016 e Lima FR, Peçanha T. Prescrição de atividade física 
em pacientes com doenças reumáticas. Rev Paul Reumatol, 2019;18(4):17-24.
CONCLUSÃO
 O diagnóstico da FM requer experiência clínica, uma boa anamnese e a adequada 
exclusão de doenças que apresentam sinais e sintomas semelhantes e que requerem 
abordagens terapêuticas diferenciadas. O intuito deste artigo foi resumir as principais 
possibilidades de tratamentos não farmacológicos para auxiliar os profissionais 
da saúde nas suas tomadas de decisão clínica (Figura 2). Ressalta-se ainda que as 
características individuais devem ser levadas em consideração para a escolha do 
tratamento devido a heterogeneidade dos sintomas presentes na FM. Por fim, sugere-se 
que o acompanhamento seja multiprofissional, composto por médico, fisioterapeuta, 
educador físico e psicólogo, em razão do quadro clínico multifatorial desta patologia.
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ATUARTE
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Dor
Fernando Pessoa, in “Cancioneiro” 
 
O que Me Dói não É
O que me dói não é 
O que há no coração 
Mas essas coisas lindas 
Que nunca existirão... 
São as formas sem forma 
Que passam sem que a dor 
As possa conhecer 
Ou as sonhar o amor.

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