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FISIOLOGIA SISTEMA DIGESTÓRIO

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O SISTEMA DIGESTÓRIO 
O sistema digestório humano é formado por um longo tubo musculoso, ao qual estão 
associados órgãos e glândulas que participam da digestão. Apresenta as seguintes regiões; boca, 
faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. 
 
A parede do tubo digestivo, do esôfago ao intestino, é formada por quatro camadas: 
mucosa, submucosa, muscular e adventícia. 
BOCA 
A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a boca. Aí encontram-se os 
dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação. Os dentes 
reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura 
ação das enzimas. 
Características dos dentes 
 
Imagem: http://www.webciencia.com/11_06dente.htm 
Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar superior e mandíbula, cuja 
atividade principal é a mastigação. Estão implicados, de forma direta, na articulação das 
linguagens. Os nervos sensitivos e os vasos sanguíneos do centro de qualquer dente estão 
protegidos por várias camadas de tecido. A mais externa, o esmalte, é a substância mais dura. 
Sob o esmalte, circulando a polpa, da coroa até a raiz, está situada uma camada de substância 
óssea chamada dentina. A cavidade pulpar é ocupada pela polpa dental, um tecido conjuntivo 
frouxo, ricamente vascularizado e inervado. Um tecido duro chamado cimento separa a raiz do 
ligamento peridental, que prende a raiz e liga o dente à gengiva e à mandíbula, na estrutura e 
composição química assemelha-se ao osso; dispõe-se como uma fina camada sobre as raízes dos 
dentes. Através de um orifício aberto na extremidade da raiz, penetram vasos sanguíneos, 
nervos e tecido conjuntivo. 
Tipos de dentes 
Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o nome de dentes de 
leite. À medida que os maxilares crescem, estes dentes são substituídos por outros 32 do tipo 
permanente. As coroas dos dentes permanentes são de três tipos: os incisivos, os caninos ou 
presas e os molares. Os incisivos têm a forma de cinzel para facilitar o corte do alimento. Atrás 
dele, há três peças dentais usadas para rasgar. A primeira tem uma única cúspide pontiaguda. 
Em seguida, há dois dentes chamados pré-molares, cada um com duas cúspides. Atrás ficam os 
molares, que têm uma superfície de mastigação relativamente plana, o que permite triturar e 
moer os alimentos. 
 
Imagem: http://www.webciencia.com/11_06dente.htm 
A língua 
 
A língua movimenta o alimento empurrando-o em 
direção a garganta, para que seja engolido. Na superfície da 
língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células 
sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo 
(A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua 
combinação resultam centenas de sabores distintos. A 
distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na 
superfície da língua, não é homogênea. 
As glândulas salivares 
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimulam as glândulas 
salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e 
outras substâncias. A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o 
glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Três tipos de glândulas 
salivares lançam sua secreção na cavidade bucal; parótida, submandibular e sublingual: 
 
Imagem: 
www.webciencia.com/11_11glandula.htm 
• Glândula parótida - Com massa variando entre 
14 e 28 g, é a maior das três; situa-se na parte 
lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da 
orelha. 
• Glândula submandibular - É arredondada, mais 
ou menos do tamanho de uma noz. 
• Glândula sublingual - É a menor das três; fica 
abaixo da mucosa do soalho da boca. 
O sais da saliva neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um pH neutro (7,0) a 
levemente ácido (6,7), ideal para a ação da ptialina. O alimento, que se transforma em bolo 
alimentar, é empurrado pela língua para o fundo da faringe, sendo encaminhado para o esôfago, 
impulsionado pelas ondas peristálticas (como mostra a figura do lado esquerdo), levando entre 5 
e 10 segundos para percorrer o esôfago. Através dos peristaltismo, você pode ficar de cabeça 
para baixo e, mesmo assim, seu alimento chegará ao intestino. Entra em ação um mecanismo 
para fechar a laringe, evitando que o alimento penetre nas vias respiratórias. 
Quando a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permite a passagem do alimento para 
o interior do estômago. 
http://www.webciencia.com/11_11glandula.htm
FARINGE E ESÔFAGO 
 
Imagem: CD O CORPO HUMANO 2.0. 
Globo Multimídia. 
A faringe, situada no final da cavidade bucal, é 
um canal comum aos sistemas digestório e respiratório: 
por ela passam o alimento, que se dirige ao esôfago, e o 
ar, que se dirige à laringe. 
O esôfago, canal que liga a faringe ao estômago, 
localiza-se entre os pulmões, atrás do coração, e 
atravessa o músculo diafragma, que separa o tórax do 
abdômen. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos 
para percorre-lo. 
 ESTÔMAGO E SUCO GÁSTRICO 
 
Imagem: 
www.webciencia.com/11_09estom.htm 
O estômago é uma bolsa de parede musculosa, 
localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, logo 
abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular 
que liga o esôfago ao intestino delgado. Sua função 
principal é a digestão de alimentos protéicos. Um 
músculo circular, que existe na parte inferior, permite 
ao estômago guardar quase um litro e meio de 
comida, possibilitando que não se tenha que ingerir 
alimento de pouco em pouco tempo. Quando está 
vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas 
duas partes se unem por ângulos agudos. 
 
Segmento superior: é o mais volumoso, chamado "porção vertical". Este compreende, 
por sua vez, duas partes superpostas; a grande tuberosidade, no alto, e o corpo do estômago, 
abaixo, que termina pela pequena tuberosidade. 
Segmento inferior: é denominado "porção horizontal", está separado do duodeno pelo 
piloro, que é um esfíncter. A borda direita, côncava, é chamada pequena curvatura; a borda 
esquerda, convexa, é dita grande curvatura. O orifício esofagiano do estômago é o cárdia. 
As túnicas do estômago: o estômago compõe-se de quatro túnicas; serosa (o peritônio), 
muscular (muito desenvolvida), submucosa (tecido conjuntivo) e mucosa (que secreta o suco 
gástrico). Quando está cheio de alimento, o estômago torna-se ovóide ou arredondado. O 
estômago tem movimentos peristálticos que asseguram sua homogeneização. 
O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que 
contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido clorídrico mantém o pH do interior do 
estômago entre 0,9 e 2,0. Também dissolve o cimento intercelular dos tecidos dos alimentos, 
auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela mastigação. 
A pepsina, enzima mais potente do suco gástrico, é secretada na forma de pepsinogênio. 
Como este é inativo, não digere as células que o produzem. Por ação do ácido cloródrico, o 
http://www.webciencia.com/11_09estom.htm
pepsinogênio, ao ser lançado na luz do estômago, transforma-se em pepsina, enzima que catalisa 
a digestão de proteínas. 
 
 
Imagem: CD O CORPO HUMANO 2.0. Globo 
Multimídia. 
A pepsina, ao catalizar a hidrólise de 
proteínas, promove o rompimento das ligações 
peptídicas que unem os aminoácidos. Como 
nem todas as ligações peptídicas são acessíveis 
à pepsina, muitas permanecem intactas. 
Portanto, o resultado do trabalho dessa enzima 
são oligopeptídeos e aminoácidos livres. 
 A renina, enzima que age sobre a 
caseína, uma das proteínas do leite, é 
produzida pela mucosa gástrica durante os 
primeiros meses de vida. Seu papel é o de 
flocular a caseína, facilitando a ação de outras 
enzimas proteolíticas. 
 
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da agressão do 
sucogástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa densa camada de muco, 
as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. 
Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja 
totalmente reconstituída a cada três dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a 
proteção, o que resulta em inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento 
de feridas dolorosas que sangram (úlceras gástricas). 
A mucosa gástrica produz também o fator intrínseco, necessário à absorção da vitamina 
B12. 
O bolo alimentar pode permanecer no estômago por até quatro horas ou mais e, ao se 
misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas contrações da musculatura estomacal, transforma-se 
em uma massa cremosa acidificada e semilíquida, o quimo. 
Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo vai sendo, aos poucos, liberado 
no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da digestão. 
INTESTINO DELGADO 
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de 
diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) 
e íleo (cerca de 1,5 cm). 
A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro, esfíncter 
muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no intestino. 
A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do 
jejuno. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm 
diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado e 
armazenada na vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares têm ação 
http://www.webciencia.com/11_09estom.htm
detergente, emulsificando ou emulsionando as gorduras (fragmentando suas gotas em milhares 
de microgotículas). 
 
Imagem: CD O CORPO HUMANO 2.0. Globo 
Multimídia. 
O suco pancreático, produzido pelo 
pâncreas, contém água, enzimas e grandes 
quantidades de bicarbonato de sódio. O pH do 
suco pancreático oscila entre 8,5 e 9. Sua 
secreção digestiva é responsável pela hidrólise 
da maioria das moléculas de alimento, como 
carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos 
nucléicos. 
A amilase pancreática fragmenta o amido 
em moléculas de maltose; a lípase pancreática 
hidrolisa as moléculas de um tipo de gordura – 
os triacilgliceróis, originando glicerol e álcool; 
as nucleases atuam sobre os ácidos nucléicos, 
separando seus nucleotídeos. 
O suco pancreático contém ainda o tripsinogênio e o quimiotripsinogênio, formas inativas 
em que são secretadas as enzimas proteolíticas tripsina e quimiotripsina. Sendo produzidas na 
forma inativa, as proteases não digerem suas células secretoras. Na luz do duodeno, o 
tripsinogênio entra em contato com a enteroquinase, enzima secretada pelas células da mucosa 
intestinal, convertendo-se me tripsina, que por sua vez contribui para a conversão do precursor 
inativo quimiotripsinogênio em quimiotripsina, enzima ativa. 
 
A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam polipeptídios, transformando-os em 
oligopeptídeos. A pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem ligações peptídicas específicas 
ao longo das cadeias de aminoácidos. 
A mucosa do intestino delgado secreta o suco entérico, solução rica em enzimas e de pH 
aproximadamente neutro. Uma dessas enzimas é a enteroquinase. Outras enzimas são as 
dissacaridades, que hidrolisam dissacarídeos em monossacarídeos (sacarase, lactase, maltase). 
No suco entérico há enzimas que dão seqüência à hidrólise das proteínas: os oligopeptídeos 
sofrem ação das peptidases, resultando em aminoácidos. 
Suco digestivo Enzima pH ótimo Substrato Produtos 
Saliva Ptialina neutro polissacarídeos maltose 
Suco gástrico Pepsina ácido proteínas oligopeptídeos 
Suco pancreático 
Quimiotripsina 
Tripsina 
Amilopepsina 
alcalino 
alcalino 
alcalino 
proteínas 
proteínas 
polissacarídeos 
peptídeos 
peptídeos 
maltose 
Rnase 
Dnase 
Lipase 
alcalino 
alcalino 
alcalino 
RNA 
DNA 
lipídeos 
ribonucleotídeos 
desoxirribonucleotídeos 
glicerol e ácidos graxos 
Suco intestinal ou entérico 
Carboxipeptidase 
Aminopeptidase 
Dipeptidase 
Maltase 
Sacarase 
Lactase 
alcalino 
alcalino 
alcalino 
alcalino 
alcalino 
alcalino 
oligopeptídeos 
oligopeptídeos 
dipeptídeos 
maltose 
sacarose 
lactose 
aminoácidos 
aminoácidos 
aminoácidos 
glicose 
glicose e frutose 
glicose e galactose 
No intestino, as contrações rítmicas e os movimentos peristálticos das paredes musculares, 
movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que este é atacado pela bile, enzimas e outras 
secreções, sendo transformado em quilo. 
A absorção dos nutrientes ocorre através de mecanismos ativos ou passivos, nas regiões 
do jejuno e do íleo. A superfície interna, ou mucosa, dessas regiões, apresenta, além de 
inúmeros dobramentos maiores, milhões de pequenas dobras (4 a 5 milhões), chamadas 
vilosidades; um traçado que aumenta a superfície de absorção intestinal. As membranas das 
próprias células do epitélio intestinal apresentam, por sua vez, dobrinhas microscópicas 
denominadas microvilosidades. O intestino delgado também absorve a água ingerida, os íons e 
as vitaminas. 
 
Imagem: www.webciencia.com/11_13intes.htm 
Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino passam ao fígado para serem 
distribuídos pelo resto do organismo. Os produtos da digestão de gorduras (principalmente 
glicerol e ácidos graxos isolados) chegam ao sangue sem passar pelo fígado, como ocorre com 
outros nutrientes. Nas células da mucosa, essas substâncias são reagrupadas em triacilgliceróis 
(triglicerídeos) e envelopadas por uma camada de proteínas, formando os quilomícrons, 
transferidos para os vasos linfáticos e, em seguida, para os vasos sangüíneos, onde alcançam as 
células gordurosas (adipócitos), sendo, então, armazenados. 
INTESTINO GROSSO 
É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma 
pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das 
http://www.webciencia.com/11_13intes.htm
secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, 
facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus. 
 
Imagem: www.webciencia.com/11_14intest.htm 
Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, cólon ascendente, cólon 
transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e reto. A saída do reto chama-se ânus e é fechada 
por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal. 
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em 
dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o 
organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades. 
As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, 
contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença 
torna as fezes macias e fáceis de serem eliminadas. 
O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só 
absorve água, em quantidade bastante consideráveis. Como o intestino grosso absorve muita 
água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados. 
GLÂNDULAS ANEXAS 
 Pâncreas 
 
Imagem: www.webciencia.com/11_17pancreas.htm 
O pâncreas é uma glândula 
mista, de mais ou menos 15 cm de 
comprimento e de formato triangular, 
localizada transversalmente sobre a 
parede posterior do abdome, na alça 
formada pelo duodeno, sob o 
estômago. O pâncreas é formado por 
uma cabeça que se encaixa no quadro 
duodenal, de um corpo e de uma 
cauda afilada. A secreção externa 
dele é dirigida para o duodeno pelos 
canais de Wirsung e de Santorini. O 
canal de Wirsung desemboca ao lado 
do canal colédoco na ampolade 
Vater. O pâncreas comporta dois 
órgãos estreitamente imbricados: 
pâncreas exócrino e o endócrino. 
http://www.webciencia.com/11_14intest.htm
http://www.webciencia.com/11_17pancreas.htm
O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas, em estruturas reunidas denominadas 
ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados através de finos condutos, por onde sua secreção é 
levada até um condutor maior, que desemboca no duodeno, durante a digestão. 
O pâncreas endócrino secreta os hormônios insulina e glucagon, já trabalhados no sistema 
endócrino. 
Fígado 
 
Imagem: CD O CORPO HUMANO 2.0. Globo 
Multimídia. 
É o maior órgão interno, e é ainda um 
dos mais importantes. É a mais volumosa de 
todas as vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no 
homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 
e 1,4 kg. Tem cor arroxeada, superfície lisa 
e recoberta por uma cápsula própria. Está 
situado no quadrante superior direito da 
cavidade abdominal. 
O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de lobos, 
compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos 
(canalículos), pelos quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para 
formar o ducto hepático que, junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o ducto 
comum da bile, que descarrega seu conteúdo no duodeno. 
As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os 
materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, estrógenos e outros hormônios. O fígado 
é um órgão muito versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a 
partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. Sintetiza 
também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas outras substâncias. O termo hepatite é 
usado para definir qualquer inflamação no fígado, como a cirrose. 
Funções do fígado: 
• Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, 
assim, a ação da lipase; 
• Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar 
glicogênio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido 
em moléculas de glicose, que são relançadas na circulação; 
• Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células; 
• Metabolizar lipídeos; 
• Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação 
e de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras; 
• Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do organismo; 
• Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua 
hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile. 
 
 
O COLESTEROL 
O colesterol é um membro da família dos lipídios esteróides e, na sua forma pura, é um 
sólido cristalino, branco, insípido e inodoro. Apesar da má fama, o colesterol é um composto 
essencial para a vida, estando presente nos tecidos de todos os animais. Além de fazer parte da 
estrutura das membranas celulares, é também um reagente de partida para a biossíntese de 
vários hormônios (cortisol, aldosterona, testosterona, progesterona, estradiol), dos sais biliares e 
da vitamina D. 
É obtido por meio de síntese celular (colesterol endógeno -70%) e da dieta (colesterol 
exógeno- 30%). Exceto em pessoas com alterações genéticas do metabolismo do colesterol, o 
excesso dele no sangue resulta dos péssimos hábitos alimentares que possuímos (que são 
adquiridos desde a infância) e que nos levam a grande ingestão de colesterol e gorduras 
saturadas (geralmente de origem animal). 
O colesterol endógeno é sintetizado pelo fígado, em um processo regulado por um sistema 
compensatório: quanto maior for a ingestão de colesterol vindo dos alimentos, menor é a 
quantidade sintetizada pelo fígado. 
Como é insolúvel em água e, conseqüentemente, no sangue, para ser transportado na 
corrente sanguínea liga-se a algumas proteínas e outros lipídeos através de ligações não-
covalentes em um complexo chamado lipoproteína. 
Existem vários tipos de lipoproteínas, e estas podem ser classificadas de diversas 
maneiras. O modo pelo qual os bioquímicos geralmente as classificam é baseado em sua 
densidade. Entre estas, estão as "Low-Density Lipoproteins", ou LDL, que transportam o 
colesterol do sítio de síntese - o fígado - até as células de vários outros tecidos. Uma outra classe 
de lipoproteínas, as "High Density Lipoproteins", ou HDL transportam o excesso de colesterol 
dos tecidos de volta para o fígado, onde é utilizado para a síntese dos sais biliares. 
 
LIPOPROTEÍNAS 
As lipoproteínas são 
classificadas em várias classes, de 
acordo com a natureza e quantidade 
de lipídeos e proteínas que as 
constituem. Dentre as classes de 
lipoproteínas destacam-se: 
• Quilomicrons: grandes 
partículas que transportam as 
gorduras alimentares e o colesterol 
para os músculos e outros tecidos. 
• Very-Low Density 
Lipoproteins (VLDL) e 
Intermediate Density Lipoprotein (IDL): transportam triglicerídeos (TAG) e 
colesterol endógenos do fígado para os tecidos. A medida em que perdem 
triglicerídeos, podem coletar mais colesterol e tornarem-se LDL. 
• Low-Density Lipoproteins (LDL): transportam do fígado para os 
tecidos, cerca de 70% de todo o colesterol que circula no sangue. São pequenas e 
densas o suficiente para se ligarem às membranas do endotélio (revestimento interno 
dos vasos sangüíneos. Por esta razão, as LDL são as lipoproteínas responsáveis pela 
aterosclerose (ver O colesterol no sangue) – deposição de placas lipídicas (ateromas) 
http://www.afh.bio.br/digest/digest2.asp#ateroma#ateroma
nas paredes das artérias. Conseqüentemente, níveis elevados de LDL estão associados 
com os altos índices de doenças cardiovasculares. 
• High-Density Lipoproteins (HDL): é responsável pelo transporte 
reverso do colesterol ou seja, transporta o colesterol endógeno de volta para o fígado. 
O nível elevado de HDL está associado com baixos índices de doenças 
cardiovasculares. 
 
A maior parte do colesterol está ligada a lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e o 
restante, a proteínas de alta densidade (HDL). O colesterol ligado à LDL é o que se deposita nas 
paredes das artérias, quando em excesso. Por isso é denominado “mau colesterol”. Por outro 
lado, o HDL pode ser considerado o "bom colesterol", pois ele retira o LDL colesterol da parede 
das artérias e o transporta para ser metabolizado no fígado, "como se limpasse as artérias por 
dentro", desempenhando assim papel de proteção contra a aterosclerose. 
 
VALORES PARA ADULTOS (mg/dL) 
 DESEJÁVEIS LIMÍTROFES AUMENTADOS 
Colesterol 
total 
Abaixo de 200 200-240 Acima de 240 
LDL* 
colesterol 
Abaixo de 130 130-160 Acima de 160 
HDL 
colesterol 
Acima de 40 35-40 Abaixo de 35 
Triglicerídeos Abaixo de150 150-200 Acima de 200 
 * Se a pessoa já manifestou eventos como infarto, cirurgia de 
revascularização, angioplastia ou fez coronariografia que o LDL precisa ficar 
abaixo de 130. Se existem fatores de risco associados como diabetes, 
hipertensão e fumo, deve ficar abaixo de 100. 
 
As lipoproteínas transportam o colesterol no sangue. As LDL levam o colesterol do fígado 
e dos intestinos para diversos tecidos, onde ele é usado para reparar membranas ou produzir 
esteróides. As HDL transportam o colesterol para o fígado, onde ele é eliminado ou reciclado. 
 
O COLESTEROL NO SANGUE 
 
1- O 
colesterol 
forma um 
complexo 
com os 
lipídeos e 
proteínas, 
chamado 
lipoproteína. 
A forma que 
realmente 
apresenta 
malefício, 
 
2- Nesta 
interação, 
a LDL 
pode 
acabar 
sendo 
oxidada 
por 
radicais 
livres 
presentes 
na célula. 
 
quando em 
excesso, é a 
LDL. 
 
 
3- Esta 
oxidação 
aciona o 
mecanismo de 
defesa, 
desencadeand
o um processo 
inflamatório 
com infiltração 
de leucócitos. 
Moléculasinflamatórias 
acabam por 
promover a 
formação de 
uma capa de 
coágulos sobre 
o núcleo 
lipídico. 
 
 
4- Após 
algum 
tempo 
cria-se 
uma placa 
(ateroma) 
no vaso 
sanguíneo
; sobre 
esta placa, 
pode 
ocorrer 
uma lenta 
deposiçã
o de 
cálcio, 
numa 
tentativa 
de isolar a 
área 
afetada. 
 
 
5- Isto pode 
interromper o 
fluxo 
sanguíneo 
normal 
(aterosclerose) 
e vir a 
provocar 
inúmeras 
doenças 
cardíacas. De 
fato, a 
concentração 
elevada de 
LDL no 
sangue é a 
principal 
causa de 
cardiopatias. 
 
 
O METABOLISMO DO COLESTEROL 
Síntese do colesterol 
Nos seres humanos, o colesterol pode ser sintetizado a partir do acetil-CoA. O fígado, 
seguido do intestino, são os principais locais da síntese do colesterol, podendo produzi-lo em 
grandes quantidades. Pode também ser produzido nos testículos, ovários e córtex adrenal. 
 
Transporte de colesterol 
O colesterol proveniente da dieta, chega ao fígado a partir de quilomícrons remanescentes 
e daí provoca a inibição da síntese da enzima da HMG-CoA redutase, diminuindo com isto a 
síntese endógena. 
Antes de deixar os hepatócitos (células do fígado), o colesterol incorpora-se nas 
lipoproteínas VLDL (lipoproteína de densidade muito baixa). Estas, na corrente sanguínea, 
recebem as apoproteínas E e C2 das HDL (lipoproteína de alta densidade) e, ao passar pelos 
capilares dos tecidos periféricos, são transformadas em IDL (lipoproteína de densidade 
intermediária) e depois em LDL. Em indivíduos normais, aproximadamente metade das IDL 
retornam ao fígado, através dos receptores LDL, por endocitose (LDL e IDL contêm 
apoproteínas que se ligam especificamente aos receptores LDL – aproximadamente 1.500 
receptores por célula), e os remanescentes IDL são convertidos em LDL. 
Após ligação com LDL, a região da membrana contendo o complexo receptor-
lipoproteína, invagina-se, migra através do citoplasma celular e funde-se lisossomos. A LDL é 
degradada nestas organelas e os ésteres de colesterol hidrolisados pela enzima colesterol-
esterase lisossômica. O colesterol liberado é ressintetizado a éster dentro da célula e pode inibir 
a produção da redutase dentro de poucas horas, diminuindo com isto, a síntese do colesterol 
intracelular. 
 
 
 
 
Regulação da síntese do colesterol 
a- Inibição por “feed-back”: o colesterol proveniente da dieta inibe a síntese de 
colesterol no fígado, mas não no intestino, através da inibição da síntese da HMGCoA redutase. 
b- Ritmo circadiano: a síntese de colesterol atinge o pico 6 horas após ter escurecido e o 
mínimo aproximadamente 6 horas após a reexposição à luz. A atividade é regulada ao nível da 
enzima HMGCoA redutase. 
c- Regulação hormonal: insulina aumenta a atividade de HMGCoA redutase enquanto 
glucagon e cortisol inibem a atividade da enzima. 
ATEROSCLEROSE E RECEPTORES DE LDL 
Para algumas pessoas, exercícios e dieta não são suficientes para diminuir o nível de 
colesterol. Elas sofrem de uma doença genética denominada hipercolesterolemia familiar. 
Estudos indicam que existe um defeito na capacidade das LDL de se ligarem aos receptores, e 
não há inibição por “feed-back” da síntese de colesterol. Sabe-se que na forma grave da doença, 
os níveis sangüíneos de colesterol freqüentemente excedem 700mg/dL, o que provoca 
deposição excessiva de colesterol na parede das artérias. As manifestações clínicas incluem 
nível elevado de LDL (colesterol “ruim”) no plasma, depósitos nos tendões, pele (xantomas) e 
artérias, e, dependendo do caso, podem ocorrer na infância, o que é geralmente fatal. 
Esse é um dos vários motivos pelos quais a indústria farmacêutica investe milhões de 
dólares na pesquisa de fármacos capazes de reduzir o nível de colesterol. 
 
ALGUMAS ARMAS QUÍMICAS CONTRA COLESTEROL 
Existem 4 tipos de drogas para o tratamento da hipercolesterolemia: 
➔ Inibidores competitivos da HMG-CoA redutase: agem inibindo uma das etapas na 
biossíntese do colesterol; também aumentam o número de sítios receptores de LDL no 
fígado. Inibidores como a mevinolina (Iovastatina) podem reduzir em 50% os níveis de 
colesterol. 
 
➔Misturas de Fibras e Proteínas: conduzem ao aumento do catabolismo do colesterol 
com o objetivo de repor a perda de sais biliares. O conseqüente decréscimo do nível sérico de 
LDL induz à síntese de receptores LDL (exceto na hipercolesterolemia familiar). Infelizmente, 
a queda do colesterol plasmático também induz a síntese da enzima HMG-CoA redutase, a 
qual eleva a biossíntese do colesterol, resultando numa queda de apenas 15 a 20% do nível 
sérico do lipídeo 
➔ Sequestradores de ácido biliar: administração de resinas que se ligam aos ácidos 
biliares. Reduzem a reabsorção dos ácidos biliares e assim mais colesterol do fígado e das 
LDL é desviado para produzir os ácidos biliares. Dessa maneira, diminuem a concentração de 
colesterol em 15-20%, por promoverem a conversão de parte do colesterol plasmático em 
ácidos biliares. 
 
➔ Ácido Nicotínico: também conhecido com vitamina B3, esta droga é capaz de diminuir a 
concentração de VLDL; o que acaba por reduzir a concentração de LDL e aumentar a 
concentração de HDL.. 
O QUE FAZER NA DIETA: Substituição de ácidos graxos saturados por ácidos graxos 
poliinsaturados (ex.: ácido linoleico): são mais rapidamente metabolizados no fígado, 
diminuindo a concentração de colesterol plasmático 
 
Portanto, concluímos que o uso combinado de medicamentos e dieta poderá resultar numa 
queda plasmática do colesterol de 50 a 60%, de um histórico familiar de hipercolesterolemia; 
alerta a necessidade de instituir o tratamento desde a infância do indivíduo como conduta 
preventiva indispensável. 
CONTROLE DA ATIVIDADE DIGESTIVA 
A presença de alimento na boca, a simples visão, pensamento ou o cheiro do alimento, 
estimulam a produção de saliva. 
Enquanto o alimento ainda está na boca, o sistema nervoso, por meio do nervo vago, 
envia estímulos ao estômago, iniciando a liberação de suco gástrico. Quando o alimento chega 
ao estômago, este começa a secretar gastrina (1), hormônio produzido pela própria mucosa 
gástrica e que estimula a produção do suco gástrico. Aproximadamente 30% da produção do 
suco gástrico é mediada pelo sistema nervoso, enquanto os 70% restantes dependem do estímulo 
da gastrina. 
Com a passagem do alimento para o duodeno, a mucosa duodenal secreta outro hormônio, 
a secretina (2), que estimula o pâncreas a produzir suco pancreático e liberar bicarbonato. 
Ao mesmo tempo, a mucosa duodenal produz colecistocinina (ou CCK) (3), que é 
estimulada principalmente pela presença de gorduras no quimo e provoca a secreção do suco 
pancreático e contração da vesícula biliar (4), que lança a bile no duodeno. 
Em resposta ainda ao quimo rico em gordura, o duodeno secreta enterogastrona (5), que 
inibe os movimentos de esvaziamento do estômago, a produção de gastrina e, indiretamente, de 
suco gástrico. 
 
 
NUTRIÇÃO E SAÚDE 
A nutrição é fator essencial na manutenção da saúde. Os hábitos alimentares, ou seja, os 
tipos de alimentos escolhidos pelas pessoas para fazer parte de sua dieta usual, bem como o 
modo de preparar esses alimentos, variam muito de um povo para outro. Encontramos essa 
variedade até dentro de um mesmo país, que pode apresentar diferenças regionais quanto à 
alimentação 
Apesar disso, é indispensável que os nutrientes essenciais sejam ingeridos diariamente em 
quantidades adequadas 
Os nutrientes presentes nos alimentos podem ser enquadrados em três grupos, de acordo 
com suas funções: plásticos ou estruturais (1), energéticos (2) e reguladores (3). 
Os nutrientes plásticos são representados principalmente pelas proteínas, que entram na 
construção de diversas partes da célula. Já os açúcares (carboidratos) e as gorduras (lipídios) 
são predominantemente nutrientes energéticos, uma vez que fornecem a maior parte da energia 
do corpo. Essa divisão, porém, não é rigorosa: nosso organismo pode queimarproteínas 
ingeridas em excesso para obter energia, caso a dieta seja pobre em açúcares e gorduras; por 
outro lado, os açúcares e as gorduras também tomam parte na formação de certas estruturas do 
corpo 
Para manter o bom funcionamento de nosso organismo não basta apenas ingerir 
quantidades adequadas de nutrientes plásticos e energéticos. Para que nosso corpo trabalhe em 
harmonia, são necessários nutrientes reguladores, como as vitaminas, que controlam a queima 
de açúcares, a produção de proteínas, a formação dos ossos etc. 
Já os sais minerais desempenham tanto funções reguladoras quanto funções plásticas. 
 
Nutrição e Equilíbrio do Corpo 
Todos os sistemas de um organismo trabalham em conjunto no sentido de manter suas 
condições internas compatíveis com a vida (homeostase). Uma falha nesse controle pode 
determinar uma doença ou até mesmo a morte do organismo. Todos os processos vitais, por 
mais variados que possam ser, têm apenas uma única finalidade, que é a de manter constantes as 
condições de vida do ambiente interno do corpo. Essa capacidade de auto-regulação presente em 
todas as formas de vida foi denominada homeostase. 
 SAIS MINERAIS 
Quem tem uma dieta equilibrada entre carnes, vegetais, ovos e leite não precisa se 
preocupar com a falta desses ingredientes químicos. Alguns estão presentes em maior 
quantidade nos vegetais verdes, outros na carne, mas todos são comuns na maioria dos 
alimentos 
Vários elementos químicos, como selênio, zinco e cobre são importantes para o bom 
funcionamento do organismo, apesar das quantidades diárias necessárias serem pequenas - 
inferiores a 20 mg por dia; por isso, são considerados micronutrientes (nutrientes necessários 
em pequenas quantidades, mas essenciais ao bom funcionamento do organismo). Outros 
elementos, como cálcio, fósforo, enxofre, potássio, sódio, cloro e magnésio, são necessários em 
quantidades relativamente altas, que ultrapassam os 100 mg por dia - são os macronutrientes 
O homem necessita de cerca de 21 elementos químicos diferentes. Desses, a matéria viva 
se constitui principalmente de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Por isso, os quatro 
são chamados de elementos de constituição. O carbono forma a estrutura básica de todas as 
moléculas orgânicas 
Os sais minerais podem ser encontrados sob forma não-solúvel, como constituintes 
estruturais de certas partes do corpo (ossos), ou sob a forma solúvel em água, sendo, nesse caso, 
dissociados em seus íons constituintes. É sob a forma de íons que exercem importante papel no 
metabolismo. 
 1- FLÚOR: combina-se com o fosfato de cálcio presente nos dentes, formando 
fluoropatita, muito mais resistente. Com isso os dentes ficam protegidos da ação corrosiva dos 
ácidos produzidos pela fermentação de bactérias da boca, evitando a cárie. É encontrado na água 
fluorada. A ingestão excessiva favorece o aparecimento de manchas nos dentes. 
2- POTÁSSIO: influencia a contração muscular e a atividade dos nervos, sendo o 
principal cátion (íon positivo) intracelular. Participa, juntamente com o sódio e o cloro, da 
manutenção do equilíbrio osmótico celular, ajudando a eliminar água em excesso do corpo e 
regulando o pH do sangue. Atua no metabolismo de carboidratos e proteínas. É encontrado em 
carnes, leite e muitos tipos de frutas, verduras e legumes. Estudos demonstram que dietas ricas 
em potássio previnem a hipertensão e doenças cardiovasculares; sua deficiência ou excesso 
pode levar a problemas cardíacos. 
 
3- SÓDIO: principal cátion (íon positivo) do líquido extracelular. Importante no balanço 
de líquidos do corpo (atua na retenção de líquidos corporais); essencial para a condução do 
impulso nervoso. É encontrado no sal de cozinha, em alimentos marinhos, os de origem animal 
e industrializados. O consumo excessivo predispõe à hipertensão e sobrecarrega os rins. 
4- COBRE: Atua na integridade cardiovascular e na saúde do SNC, 
funcionando em equilíbrio com o zinco e a vitamina C na formação da 
elastina, uma proteína da pele. Componente de muitas enzimas, dentre elas, 
enzimas respiratórias e enzimas que participam da síntese da hemoglobina. 
Encontrado no fígado, ovos, peixe, mariscos, chocolate, trigo integral e feijão. 
Se o consumo de vitamina C ou ferro for muito alto, há interferência no 
metabolismo do cobre. 
 
5- MANGANÊS: necessário para a ativação de diversas enzimas; importante no 
mecanismo de amadurecimento celular; ajuda o selênio a eliminar os radicais livres. Encontrado 
em cereais integrais, gema de ovo e vegetais verdes. 
 
6- CÁLCIO: é o mineral mais abundante no corpo humano, sendo 
componente importante dos ossos e dos dentes. É essencial para a coagulação 
do sangue e necessário ao funcionamento normal de nervos e músculos, 
inclusive o cardíaco, bem como ao funcionamento normal da membrana 
plasmática (permeabilidade seletiva). 
Previne a osteoporose (degeneração óssea que ocorre principalmente em mulheres na 
idade pré e pós-menopausa, devido à redução drástica do estrógeno, hormônio sexual feminino 
responsável, entre outras funções, pela fixação de cálcio nos ossos), coágulos e ajuda a reduzir a 
pressão arterial. Participa da estrutura protéica dos ácidos nucléicos (histonas). É encontrado 
em vegetais verdes (pouca quantidade), leite e derivados, ostra, sardinha, soja. Os sinais de 
deficiência incluem cãibras, nervosismo, palpitações e unhas quebradiças. 
7- SELÊNIO: faz parte das enzimas destruidoras de radicais livres (glutadiona 
peroxidase, uma enzima antioxidante), moléculas instáveis liberadas durante a produção de 
energia, que estão prontas para se ligarem a quaisquer moléculas que encontram pela frente, 
para roubar elétrons. Os radicais são acusados de causar o envelhecimento e várias doenças, 
como problemas no coração e câncer. Está associado ao metabolismo de gorduras e vitamina E. 
Encontrado na cebola, na castanha-do-pará, na carne, no peixe e frutos do mar em geral, em 
grãos, no leite e na água. 
8- MOLIBDÊNIO: ajuda na eliminação de radicais livres e na conversão das gorduras 
ingeridas em outros outras facilmente metabolizáveis pelo organismo. Indispensável para que o 
organismo processe o nitrogênio, sendo essencial para o funcionamento normal das células. É 
encontrado em folhas verdes, legumes e cereais. 
9- FERRO: componente da hemoglobina (proteína encontrada nas hemácias, responsável 
pelo transporte de oxigênio), mioglobina e enzimas respiratórias; fundamental para a respiração 
celular. Associado a proteínas e zinco, é essencial durante a fase de crescimento e na 
gravidez. A vitamina C pode aumentar a absorção de ferro em até 30%. Encontrado no fígado, 
coração, ostras, feijão, carnes, gema de ovo, legumes e vegetais verdes. Quantidades excessivas 
de zinco ou ingestão conjunta com cálcio interferem na absorção de ferro. Ferro em excesso 
aumenta a produção de radicais livres e está associado a doenças cardíacas. Sua deficiência 
provoca anemia, hemorragia intestinal e fluxo menstrual excessivo. 
10- ZINCO: componente de muitas enzimas, atua em várias funções metabólicas vitais, 
como digestão, síntese de proteínas e de ácidos nucléicos, estando relacionado à multiplicação 
celular; mantém os níveis sanguíneos de vitamina A; auxilia na cicatrização de ferimentos; faz 
parte da molécula de muitas enzimas antioxidantes. Encontrado em carne, ovos, peixe, 
crustáceos, leite e legumes, farelo de trigo. 
11- IODO: componente dos hormônios da glândula tireóide, que estimulam o 
metabolismo do corpo e controlam o fluxo de energia; ajuda no metabolismo de gorduras. 
Encontrado em frutos do mar, sal de cozinha iodado e laticínios. Sua carência pode acarretar 
bócio (papo formado pelo crescimento da glândula tireóide), falta de memória, dificuldade de 
aprender a ler, cansaço diário e retardamento físico e mental (em crianças). 
12- FÓSFORO: indispensável para a formação do ATP, sendo essencial para oarmazenamento e transferência de energia nas células, componente importante dos ácidos 
nucléicos, sendo indispensável à multiplicação celular. Componente dos ossos e dos dentes. 
Desempenha papel importante no metabolismo de gorduras, carboidratos e proteínas. Mantém a 
integridade do sistema nervoso central e dos rins. Auxilia o corpo na utilização de vitaminas. 
Encontrado em leite e derivados, carne, peixe, ovos, nozes e cereais. Tanto o excesso quanto a 
deficiência interferem na absorção de cálcio e no metabolismo. 
13- COBALTO: componente da vitamina B12, essencial para a produção das hemácias. 
Sua falta leva à anemia perniciosa. Encontrado em carnes e laticínios. 
14- ENXOFRE: componente de muitas proteínas, essencial para a atividade metabólica 
normal; importante na conversão de alguns metais pesados tóxicos em compostos solúveis em 
água, ajudando na sua eliminação. Encontrado em carnes e legumes. 
15- MAGNÉSIO: É vital para a estrutura dos ossos. Componente de muitas coenzimas, 
sendo essencial para a síntese de ATP; necessário para o funcionamento normal de nervos e 
músculos. Ativa diversas enzimas que atuam no processo digestivo. Juntamente com o cálcio, 
atua na permeabilidade das membranas. Participa, nas plantas, da molécula de clorofila, 
indispensável para o processo de fotossíntese. Atua como protetor do músculo cardíaco. 
Encontrado em cereais integrais, amêndoa, castanha de caju, milho, ervilha, soja, vegetais 
verdes e alimentos marinhos. 
16- CROMO: seu papel não é totalmente conhecido, mas sabe-se que ele participa, junto 
com a insulina na metabolização de açúcares dentro do organismo, mantendo os níveis ideais de 
açúcar no sangue. Reduz os níveis de colesterol. Encontrado em carne, queijos e laticínios, 
cereais integrais, batata, fígado, levedo de cerveja, frutas e legumes verdes. 
17- CLORO: principal ânion (íon negativo) do líquido extracelular. Importante no 
balanço de líquidos do corpo e na manutenção do pH. Encontrado no sal de cozinha e muitos 
tipos de alimentos 
Descobriu-se, recentemente, que o germânio tem ação antioxidante em tubos de ensaio. É 
encontrado na babosa, confrei, alho, ginseng, cogumelo shitake e cebola. 
VITAMINAS 
 A descoberta das vitaminas e seu papel no metabolismo foi um dos grandes feitos 
científicos do século XX. Vitaminas são substâncias orgânicas essenciais, que têm de ser 
obtidas do alimento, uma vez que o organismo não consegue fabricá-las. Atuam como 
coenzimas em diversas reações enzimáticas, sendo fundamentais ao bom funcionamento do 
organismo. Na ausência de uma determinada vitamina, não se forma a holoenzima 
correspondente, o que altera o metabolismo das células. 
O ritmo da vida moderna é um notório ladrão de nutrientes. Em primeiro lugar, porque 
quase ninguém tem tempo para fazer uma refeição adequada. Em segundo, porque o estressante 
corre-corre se traduz no corpo como uma descarga de hormônios que atrapalham a ação das 
vitaminas; sem contar outros hábitos que prejudicam essas substâncias. Um comprimido de 
aspirina faz com que a vitamina C de um suco de laranja tenha um prazo três vezes menor para 
agir, antes de ser eliminada pela urina. Os componentes das pílulas anticoncepcionais acabam 
com boa parte das moléculas de vitamina B disponíveis no sangue. 
 
O alcoolismo é a maior causa de deficiência vitamínica no país, pois o álcool interfere na 
sua absorção e as vitaminas B estocadas no corpo são usadas para degradar a bebida no fígado. 
A molécula de vitamina C termina aniquilada pela nicotina do cigarro, quando as duas se 
esbarram na corrente sanguínea. De 1/3 a 100% de toda a vitamina ingerida pode terminar 
inutilizada desse jeito. 
A falta de vitamina C é uma das explicações para a incidência de aterosclerose - as placas 
de gordura nas artérias, comuns nos fumantes. Dentro dos vasos sanguíneos, a vitamina C, a E e 
uma família de moléculas protetoras chamadas fenóis (presentes nas uvas vermelhas), formam 
uma barreira para impedir a reação dos radicais livres com o colesterol que, depois da reação, se 
depositam com facilidade nas paredes das artérias, criando placas que crescem até o sangue não 
conseguir passar. 
 
Os atletas também não se encontram fora de risco: ao suar a camisa, o esportista está 
perdendo muitas moléculas de vitamina B12. Na verdade, ele perde todas as do complexo B e a 
C, que se dissolvem na água do suor. 
As refeições do nosso dia-a-dia já são desvitaminadas: na preparação 
dos alimentos são perdidas muitas vitaminas: algumas vitaminas dissolvem-
se rapidamente na água, usada na preparação de ensopados e vegetais 
cozidos, como as vitaminas do complexo B e vitamina C. 
 
As vitaminas A, D, E e K, como são lipossolúveis, dissolvem-se facilmente no óleo usado 
na preparação dos alimentos. Além disso, a alta temperatura usada no preparo das refeições 
estraga as moléculas de muitas vitaminas. 
Existe uma larga faixa de pessoas com a chamada deficiência marginal: elas têm vitamina 
a menos, mas não chegaram a ponto de apresentarem sintomas específicos de doença. Sentem 
coisas diversas como cansaço, falta de apetite e irritação constantes, sintomas que geralmente 
são rotulados como estresse. Outras manifestam os sintomas da avitaminose, apresentados no 
quadro a seguir. 
VITAMINA USO NO CORPO 
AVITAMINOSE 
(DEFICIÊNCIA) 
PRINCIPAIS 
FONTES 
A 
(retinol) 
Componente de pigmentos 
visuais, importante na 
manutenção e integridade dos 
epitélios; combate os radicais 
livres; evita a “cegueira 
noturna”. 
cegueira noturna, 
xeroftalmia (olhos 
secos); 
espessamento da 
córnea, lesões de 
pele. 
vegetais amarelos 
(cenoura, abóbora, 
batata doce, milho), 
pêssego, nectarina, 
ovo, leite e derivados. 
B1 
(tiamina) 
Auxilia na oxidação dos 
carboidratos (coenzima da 
respiração celular); estimula o 
apetite, mantém o tônus 
muscular e o bom 
funcionamento do sistema 
perda de apetite, 
fadiga muscular, 
nervosismo, 
beribéri (deficiência 
cardíaca, neurite) 
cereais integrais, 
feijão, fígado, carnes, 
ovos, fermento de 
padaria, vegetais 
folhosos. 
nervoso, previne o beribéri 
(enfraquecimento dos 
músculos que pode levar a 
uma total paralisia). 
B2 
(riboflavina) 
Auxilia a oxidação dos 
alimentos (componente do FAD 
e de outras coenzimas do 
metabolismo energético). 
Essencial à respiração celular; 
mantém a tonalidade saudável 
da pele. Atua na coordenação 
motora. 
lesões de epitélios: 
ruptura da mucosa 
da boca, dos lábios, 
da língua e das 
bochechas. 
vegetais folhosos 
(couve, repolho, 
espinafre etc), carnes 
magras, ovos, 
fermento de padaria, 
fígado, leite. 
B3 
(niacina ou ácido 
nicotínico) 
Mantém o tônus nervoso e 
muscular e o bom 
funcionamento do aparelho 
digestivo. Componente do NAD 
e do NADP, importantes na 
respiração celular e 
fotossíntese, respectivamente. 
inércia e falta de 
energia, 
nervosismo 
extremo, distúrbios 
digestivos, pelagra 
(diarréia crônica, 
dermatite e 
alterações 
neurológicas). 
fermento de padaria, 
carnes magras, ovos 
fígado, leite, cereais 
integrais, legumes. 
B6 
(piridoxina) 
Auxilia a oxidação dos 
alimentos, mantém a pele 
saudável; coenzima do 
metabolismo dos aminoácidos. 
doenças de pele, 
distúrbios nervosos, 
inércia e extrema 
apatia, cálculos 
renais. 
fermento de padaria, 
cereais integrais, 
fígado, carnes magras, 
leite, peixe, cereais 
integrais e verduras. 
B12 
(cianocobalamina) 
Importante na fabricação dos 
glóbulos vermelhos do sangue 
e no bom funcionamento das 
células do corpo (coenzima do 
metabolismo dos ácidos 
nucléicos; importante na 
divisão celular). 
anemia perniciosa, 
hemácias 
malformadas, 
alterações 
neurológicas. 
fígado, peixe, carne, 
ovos. 
Ácido fólico (*) 
Coenzima do metabolismo dos 
ácidos nucléicos e dos 
aminoácidos. 
anemia, diarréia 
folhas verdes, cerais 
integrais, fígado. 
Ácido pantotênico 
Componente da coenzima A, 
sendo importantena respiração 
celular. 
fadiga, distúrbios do 
sono, 
incoordenação 
motora. 
amplamente 
distribuído na dieta. 
Biotina 
Coenzima do metabolismo dos 
aminoácidos. 
fadiga, depressão, 
náusea, dermatite, 
dor muscular. 
verduras, legumes e 
carnes. 
C (*) 
(ácido ascórbico) 
Mantém a integridade dos 
vasos sanguíneos e a saúde 
dos dentes. Importante na 
cicatrização de feridas e 
queimaduras, na absorção de 
ferro e no combate aos radicais 
inércia e fadiga em 
adultos, insônia e 
nervosismo em 
crianças, 
sangramento das 
gengivas, dores nas 
frutas cítricas (limão, 
lima, laranja), tomate, 
couve, repolho e 
outros vegetais 
folhosos, pimentão. 
livres. Previne infecções e o 
escorbuto (hemorragias 
espontâneas nas mucosas, 
redução na ossificação e 
deficiência nos processos de 
cicatrização) 
juntas, dentes 
alterados, 
escorbuto 
D (**) 
(calciferol) 
Atua no metabolismo do cálcio 
e do fósforo; mantém os ossos 
e os dentes em bom estado; 
previne o raquitismo 
(alterações e deformidades do 
esqueleto) em crianças e a 
osteomalácia (amolecimento 
dos ossos) nos adultos. 
problemas nos 
dentes, ossos 
fracos, contribui 
para os sintomas 
de artrite, 
raquitismo 
óleo de fígado de 
bacalhau, fígado, 
ovos, leite e derivados, 
cereais. 
E 
(tocoferol) 
Promove a fertilidade, previne o 
aborto; atua no sistema 
nervoso involuntário, no 
sistema muscular e nos 
músculos involuntários; previne 
danos à membrana celular; 
ajuda a combater os radicais 
livres. 
esterilidade em 
homens, aborto 
óleo de germe de 
trigo, carnes magras, 
laticínios, alface, óleo 
de amendoim, peixes, 
folhas verdes. 
K 
(naftoquinona) 
Atua na coagulação do sangue 
(produção de fatores de 
coagulação pelo fígado), 
previne hemorragias 
hemorragias 
graves, 
sangramentos 
internos 
vegetais verdes, 
tomates, castanha, 
sementes oleaginosas. 
(*) As vitaminas assinaladas não resistem ao cozimento; são termolábeis. 
(**) A vitamina D não é encontrada pronta na maioria dos alimentos; estes contêm, em 
geral, um precursor que se transforma na vitamina, quando exposto aos raios ultravioleta da 
luz sol. 
 
 
Imagem: AVANCINI & FAVARETTO. Biologia – Uma abordagem evolutiva e ecológica. Vol. 2. São Paulo, Ed. 
Moderna, 1997. 
 
Hormônio 
Local de 
produção 
Órgão-alvo Função 
Gastrina estômago estômago 
Estimula a produção de 
suco gástrico. 
Secretina intestino delgado pâncreas 
Estimula a liberação de 
bicarbonato. 
Colecistocinina intestino delgado 
pâncreas e vesícula 
biliar 
Estimula a liberação da 
bile pela vesícula biliar 
e a liberação de 
enzimas pancreáticas. 
Enterogastrona intestino delgado estômago 
Inibe o peristaltismo 
estomacal e a 
produção de gastrina. 
CONTROLE DA GORDURA CORPORAL 
Quando o valor calórico dos alimentos ingeridos em um determinado tempo supera o total 
da energia consumida no mesmo período, os alimentos excedentes são convertidos em gorduras 
corporais. Essa conversão acontece mais facilmente quando ingerimos gorduras do que quando 
ingerimos proteínas ou carboidratos. 
Enquanto houver glicose disponível, ela será usada, e o metabolismo das gorduras será 
interrompido. O estoque de glicose é representado pelo glicogênio, armazenado no fígado e nos 
músculos. Em um adulto em jejum, o estoque de glicogênio esgota-se dentro de 12 a 24 horas. 
A seguir, são consumidas as reservas de gordura e, se necessário, as de proteína, posteriormente. 
As células podem usar até 50% de suas proteínas como fonte de energia, antes que ocorra morte 
celular. 
 
 
OBESIDADE 
 A obesidade é o maior problema de saúde da atualidade e 
atinge indivíduos de todas as classes sociais, tem etiologia hereditária 
e constitui um estado de má nutrição em decorrência de um distúrbio 
no balanceamento dos nutrientes, induzindo entre outros fatores pelo 
excesso alimentar. O peso excessivo causa problemas psicológicos, 
frustrações, infelicidade, além de uma gama enorme de doenças 
lesivas. O aumento da obesidade tem relação com: o sedentarismo, a 
disponibilidade atual de alimentos, erros alimentares e pelo próprio 
ritmo desenfreado da vida atual. 
A obesidade relaciona-se com dois fatores preponderantes: a 
genética e a nutrição irregular. A genética evidencia que existe uma 
tendência familiar muito forte para a obesidade, pois filhos de pais 
obesos tem 80 a 90% de probabilidade de serem obesos. 
A nutrição tem importância no aspecto de que uma criança superalimentada será 
provavelmente um adulto obeso. O excesso de alimentação nos primeiros anos de vida, aumenta 
o número de células adiposas, um processo irreversível, que é a causa principal de obesidade 
para toda a vida. Hoje, consumimos quase 20% a mais de gorduras saturadas e açúcares 
industrializados. Para emagrecer, deve-se pensar sempre, em primeiro lugar, no compromisso de 
querer assumir o desafio, pois manter-se magro, após o 
sucesso, será mais fácil. 
Por que estamos tão gordos 
 Num tempo em que as formas esguias e os músculos 
esculpidos constituem um avassalador padrão de beleza, o 
excesso de peso e a obesidade transformaram-se na grande 
epidemia do planeta. Nos Estados Unidos, nada menos de 97 
milhões de pessoas (35% da população) estão acima do peso 
normal. E, destas, 39 milhões (14% da população) pertencem 
à categoria dos obesos. O problema de forma alguma se 
restringe aos países ricos. 
Com todas as 
suas carências, o Brasil 
vai pelo mesmo 
caminho: 40% da 
população (mais de 65 
milhões de pessoas) está com 
excesso de peso e 10% dos 
adultos (cerca de 10 milhões) são 
obesos. A tendência é mais acentuada entre as mulheres (12% a 13%) 
do que entre os homens (7% a 8%). E, por incrível que pareça, cresce 
mais rapidamente nos segmentos de menor poder econômico. 
O inimigo, desta vez, consiste num modelo de comportamento 
que pode ser resumido em três palavras: sedentarismo, comilança e 
stress. Estamos vivendo a era da globalização de um modo de vida 
baseado na inatividade corporal frente às telas da TV e do computador, 
no consumo de alimentos industrializados, cada vez mais gordurosos e açucarados, e num 
altíssimo grau de tensão psicológica. 
A "mcdonaldização" 
 Em ritmo acelerado e escala planetária, as culinárias tradicionais vão sendo atropeladas 
pelo fast-food. E bilhões de seres humanos estão migrando dos carboidratos para as gorduras. 
As conseqüências dessa alimentação engordurada podem não ser inocentes. Artérias 
entupidas e diabetes são apenas algumas das possíveis conseqüências do excesso de peso. Mas, 
independentemente das conseqüências, existe hoje uma unanimidade entre os médicos para se 
considerar a própria obesidade como uma doença. E o que é pior: uma doença crônica e 
incurável. Como a gordura precisa ser estocada no organismo, todo obeso tem um aumento do 
número de células adiposas (obesidade hiperplástica) ou um aumento do peso das células 
adiposas (obesidade hipertrófica) ou uma combinação das duas coisas. 
Esse é um dos fatores que faz com que, uma vez adquirida, a obesidade se torne crônica. 
O indivíduo pode até emagrecer, mas vai ter que se cuidar pelo resto da vida para não engordar 
de novo. É por isso também que, a longo prazo, os regimes restritivos não resolvem. Com eles, a 
pessoa emagrece rapidamente. Mas não consegue suportar, por muito tempo, as restrições 
impostas pelo regime. E volta a engordar. É o chamado "efeito sanfona", o massacrante vai-e-
vem do ponteiro da balança. 
 O primeiro passo: levantar da poltrona e mexer o corpo 
 O sedentarismo é a causa mais importante do excesso de peso e da obesidade. Por esse 
simples motivo, a atividade física tem que ser o primeiro item de qualquer programa realista de 
tratamento da doença. A pessoa sedentária deve começar reeducando-se em suas atividades 
cotidianas. Se ela mora em apartamento, por exemplo, pode utilizar as escadas, em vez do 
elevador. Mesmo isso, porém, deve serfeito gradativamente. A pessoa que mora no sétimo 
andar pode subir apenas um lance de escada no primeiro dia e o restante de elevador. E ir 
aumentando o esforço, dia após dia, até conseguir galgar todos os andares. 
A partir daí, abre-se espaço para uma atividade física sistemática. Mas é preciso que seja 
uma atividade aeróbica (caminhada, esteira, corrida, bicicleta, hidroginástica, natação, remo, 
dança, ginástica aeróbica de baixo impacto etc.), com elevação da freqüência cardíaca a até 75% 
de sua capacidade máxima. 
Nessas condições, a primeira coisa que o organismo faz é lançar mão da glicose, 
armazenada nos músculos sob a forma de glicogênio. Depois de aproximadamente 30 minutos, 
quando o glicogênio se esgota, o organismo começa a queimar gordura como fonte de energia. 
As dietas restritivas devem ser evitadas. Até porque, exatamente pelo fato de serem 
desbalanceadas, o organismo se defende espontaneamente delas, fazendo com que, após um 
período de restrição, a pessoa coma muito mais. O que o indivíduo precisa, isto sim, é buscar 
uma mudança no estilo de vida, pois os fatores comportamentais desempenham, de longe, o 
papel mais importante no emagrecimento. 
Segure a compulsão 
• Faça um diário alimentar e anote tudo o que você come. 
• Obedeça rigorosamente ao horário das refeições, comendo com intervalos de 4 a 5 horas. 
• Jamais pule refeições. 
• Quando, fora dos horários, surgir a vontade de comer, busque uma alternativa (caminhada, 
exercícios físicos etc.) que reduza a ansiedade. 
• Antes de cada refeição, planeje o que você vai comer e prepare cuidadosamente a mesa e o 
prato. 
• Preste a máxima atenção ao ato de comer. Não coma enquanto lê ou assiste televisão. 
• Mastigue bem e descanse o garfo entre cada bocada. Isso ajuda a controlar a ansiedade. 
Mas é eficiente também porque existem dois mecanismos que promovem a saciedade. Um, 
de natureza mecânica, atua rapidamente, com o preenchimento do estômago. O outro, mais 
lento, depende da troca de neurotransmissores no cérebro. Comendo devagar, a pessoa dá 
tempo para que esse segundo mecanismo funcione. 
• Jamais faça compras em supermercados de estômago vazio, para não encher o carrinho com 
guloseimas. 
• Não estoque comidas tentadoras (doces, sorvetes, salgadinhos) em casa. Tenha sempre à 
mão opções saudáveis. 
• Não vá a festas de estômago vazio. Se, chegando lá, você não resistir à tentação de comer 
alguma coisa, escolha aquilo de que mais gosta e dispense o resto. 
Da acupuntura à cirurgia de estômago 
Além da fórmula "atividade física + reeducação alimentar + psicoterapia”, há 
uma vasta gama de tratamentos auxiliares, que vão desde a acupuntura até a 
cirurgia. A acupuntura entra em cena porque o acúmulo de gorduras ocorre em 
determinadas partes do corpo onde existe uma queda do metabolismo 
muscular. 
A cirurgia - que não se confunde com a mera lipoaspiração e destina-se a 
reduzir o volume do estômago - pode ser uma alternativa nos casos de 
obesidade mórbida, quando o excesso de gordura coloca em sério risco a saúde 
da pessoa. 
O estômago é inervado pelo nervo vago, que o conecta ao hipotálamo. Quando a pessoa 
fica com o estômago dilatado de tanto comer e o hipotálamo ainda produz uma sensação de 
fome, mesmo estando perfeitamente alimentada, a pessoa continua comendo, até que o 
estômago se encha mais. O resultado é uma dilatação ainda maior. Em tais casos, esse 
órgão, que foi drasticamente alterado pelo hábito alimentar, talvez precise ser cirurgicamente 
refeito. Com o estômago diminuído, o indivíduo passa a se satisfazer com menos comida 
 
 
 
Distúrbios alimentares 
Os distúrbios alimentares são responsáveis pelos maiores índices de mortalidade entre 
todos os tipos de transtornos mentais, ocasionando a morte em mais de 10% dos pacientes. 
A grande maioria - mais de 90% - daqueles que sofrem de transtornos alimentares são 
mulheres adolescentes e jovens. Uma das razões pelas quais mulheres dessa faixa etária são 
mais vulneráveis a esses transtornos é a tendência de fazerem regimes rigorosos para obterem a 
silhueta "ideal". 
Falaremos de cada um deles agora. Leia com atenção e, ao se identificar com algum deles, 
procure um especialista. 
Anorexia nervosa 
É muito bom redescobrir as formas do corpo à medida que o ponteiro da balança começa a 
descer, mas tem gente que, mesmo sem nunca ter sido gorda, alimenta um desejo obsessivo de 
ficar magérrima! 
 
O problema é que essas pessoas não ficam só na vontade de 
emagrecer. Elas desenvolvem um tipo de rejeição à comida que as faz 
perder o controle. Isso é a anorexia nervosa, uma disfunção que pode 
aparecer sozinha ou em parceria com a bulimia (compulsão pela comida, 
seguida de culpa que faz a pessoa utilizar métodos de expulsão do que 
comeu, de seu corpo). 
A rejeição à comida (anorexia, com incidência de 1%) é classificada como um transtorno 
alimentar e suas vítimas são quase sempre (95% dos casos) mulheres jovens, de 15 a 20 anos, 
excessivamente preocupadas com a aparência e mais sensíveis às influências dos padrões de 
beleza em vigor para firmar sua personalidade. A doença também ataca mulheres na faixa dos 
30 e raramente as acima dos 40. Porém não quer dizer que a adolescente que adora estar na 
moda esteja sujeita a manifestar o problema. 
Um dos primeiros sintomas é a perda da noção 
que a pessoa tem da sua imagem corporal, mesmo 
magra ela se vê gorda, acredita que precisa 
emagrecer ainda mais, e que o melhor jeito é parar de 
comer. Normalmente essas mulheres não acreditam 
que este medo de engordar possa ser sinal de alguma 
disfunção. A prática mostra que uma das partes mais 
difíceis do atendimento para tratar a anorexia 
nervosa é convencer a pessoa de que ela está doente. 
Normalmente, essas pessoas só são levadas à 
tratamento quando a anorexia já está em nível 
elevado, ou seja, quando os sinais já são perceptíveis, 
quando o emagrecimento já é exagerado, aí é que os 
parentes (pois a pessoa não se vê tão magra) ou 
amigos próximos percebem que já ultrapassou o 
limite do normal. 
 
 
A família sempre deve insistir no tratamento mesmo que a doente queira parar. O 
atendimento especializado é a única saída para controlar o problema antes que o corpo exija 
atendimento médico por causa de uma emergência. 
Sem tratamentos, a anorexia nervosa: 
• Desgasta emocionalmente. 
• Debilita os órgãos. 
• Provoca distúrbios associados à desnutrição. 
• Lesa o aparelho digestivo quando há vômitos constantes. 
• Provoca arritmias cardíacas. 
Nas adolescentes, os principais sinais da anorexia são o enfraquecimento, a perda de peso 
visível e a ausência de menstruação. 
Tratamento 
• Reidratar o organismo, recomeçando a alimentação à base de soros e líquidos (o estômago 
reduzido por não comer a tempos não suporta alimentos sólidos). 
• Introduzir gradualmente alimentos pastosos até chegar aos sólidos. 
• A pessoa também vai precisar reaprender a conviver com os outros durante as refeições, 
entrar em supermercados, fazer compras, ir a festas, participar dos almoços com a família, 
enfim, voltar a lidar com o lado social da comida. 
Quanto à imposição, ela só é feita em casos que já estão muito graves, com perigo de 
morte (arritmia cardíaca, vômitos espontâneos). Para os demais casos ela deixou de ser 
recomendada porque tira o paciente da vida social, o que dificulta ainda mais a sua readaptação. 
A psicoterapia é muito importante para a eficácia do tratamento. Através dela a pessoa vai 
alterar os hábitos adquiridos e voltou a comer. 
É recomendado também que a família do paciente participe de sessões de terapia familiar 
em grupo para auxiliar a paciente em seu ambiente. 
Sintomas 
• Preocupação excessiva com a alimentação. A pessoa passa a maior parte do tempo 
pensando no medo de engordar. 
• Sensação intensa de culpa e uma ansiedade desproporcional por eventualmente ter saído um 
poucoda dieta. 
• As pessoas dizem que você está muito magra, suas roupas estão cada vez mais largas, mas 
você não se acha magra e ainda quer perder peso. 
• Menstruação irregular, ou não existente. 
Obs: se você se identificou com um desses tipos, consulte um médico psiquiatra ou 
endocrinologista. 
As estatísticas revelam que 90% dos pré-adolescentes com problemas de bulimia e 
anorexia são filhos de pais obesos ou excessivamente preocupados em emagrecer. 
Bulimia nervosa 
 
Pessoas com bulimia nervosa 
ingerem grandes quantidades de alimentos 
e depois eliminam o excesso de calorias 
através de jejuns prolongados, vômitos 
auto-induzidos, laxantes, diuréticos ou na 
prática exagerada e obsessiva de exercícios 
físicos. 
Devido ao "comer compulsivo 
seguido de eliminação" em segredo, e ao 
fato de manterem seu peso normal ou com 
pouca variação deste, essas pessoas 
conseguem muitas vezes esconder seu 
problema das outras pessoas por anos. 
Assim como a anorexia, a bulimia 
caracteristicamente se inicia na 
adolescência. A doença ocorre mais 
freqüentemente em mulheres, mas também 
atinge os homens. 
 
Indivíduos com bulimia nervosa, mesmo aqueles com peso normal, podem prejudicar 
gravemente seu organismo com o hábito freqüente de comerem compulsivamente e se 
"desintoxicarem" em seguida. 
Sintomas comuns da bulimia 
• Interrupção da menstruação. 
• Interesse exagerado por alimentos e desenvolvimento de estranhos rituais alimentares. 
• Comer em segredo. 
• Obsessão por exercício físico. 
• Depressão. 
• Ingestão compulsiva e exagerada de alimentos. 
• Vômitos ou uso de drogas para indução de vômito, evacuação ou diurese. 
• Alimentação excessiva sem nítido ganho de peso. 
• Longos períodos de tempo no banheiro para induzir o vômito. 
• Abuso de drogas e álcool. 
Personalidade: pessoas que desenvolvem bulimia quase sempre consomem enormes 
quantidades de alimentos, geralmente sem valor nutritivo, para diminuir o estresse e aliviar a 
ansiedade. Entretanto, com a extravagância alimentar, surgem a culpa e depressão. 
Pessoas com profissões ou atividades que valorizam a magreza, como modelos, bailarinos 
e atletas, são mais suscetíveis ao problema. 
Tratamento 
Quanto mais cedo for diagnosticado o problema, melhor. Quanto mais tempo persistir o 
comportamento alimentar anormal, mais difícil será superar o distúrbio e seus efeitos no 
organismo. 
O apoio e incentivo da família e dos amigos podem desempenhar importante papel no 
êxito do tratamento. O ideal de tratamento é que a equipe envolva uma variedade de 
especialistas: um clínico, um nutricionista, um psiquiatra e um terapeuta individual, de grupo ou 
familiar. 
Comer-compulsivo 
 
É um dos transtornos alimentares que se assemelha à bulimia, pois 
caracteriza-se por episódios de ingestão exagerada e compulsiva de 
alimentos e, no entanto, difere da bulimia, pois as pessoas afetadas não 
produzem a eliminação forçada dos alimentos ingeridos (tomar laxantes 
e/ou provocar vômitos). 
Pessoas com esse transtorno sentem que perdem o controle 
quando comem. Ingerem grandes quantidades de alimentos e não 
param enquanto não se sentem "empanturradas". 
Geralmente apresentam dificuldades em emagrecer ou 
manter o peso. Quase todas as pessoas com esse transtorno são 
obesas e apresentam história de variação de peso. São propensas a 
vários problemas médicos graves associados à obesidade, como o 
aumento do colesterol, hipertensão arterial e diabetes. 
 
É um transtorno mais freqüente em mulheres. 
Sintomas 
• Comer em segredo. 
• Depressão. 
• Ingestão compulsiva e exagerada de alimentos. 
• Abuso de drogas e álcool. 
Tratamento 
O êxito é maior quando diagnosticados precocemente. Precisa de um plano de tratamento 
abrangente, em geral, um clínico, nutricionista ou um terapeuta, para lhe dar apoio emocional 
constante, enquanto o paciente começa a entender a doença de uma forma de terapia que ensine 
os pacientes a modificar pensamentos e comportamentos anormais, que em geral, são mais 
produtivas. 
Na calada da noite 
A ingestão exagerada e compulsiva de alimentos, característica da bulimia e do comer 
compulsivo foi batizada, em inglês, com o nome de binge eating (orgia alimentar). Elas 
geralmente ocorrem na calada da noite, longe do olhar de censura de outras pessoas, e são 
acompanhadas por uma sensação subjetiva de perda de controle, seguida de culpa. 
Assim como ocorre na compulsão pelo álcool, pelas drogas, pelo sexo, ou em outras 
formas de dependência, as causas profundas do comer compulsivo continuam a ser um mistério 
para os estudiosos. 
Indivíduos obesos têm maior risco de doenças cardíacas e alguns tipos de câncer 
(estômago/intestino) 
 
 
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