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Clínica cirúrgica 1 / Osce/ Isabella Afonso Paramentação cirúrgica Você está de plantão em um Hospital Municipal e realizará um procedimento cirúrgico. Considere que tenha realizado a técnica correta de lavagem da mão cirúrgica, conduza os próximos passos da paramentação e colocação da luva cirúrgica. 1. Apresentação 2. Considerar Higienização das mãos prévia ▪Se tiver higienizado as mãos, pedir para abrir os materiais=>pacote do capote/ avental cirúrgico e das luvas estéreis . ▪Se no comando, não especificar, abrir os pacotes do capote e luvas sem contaminar=> considerar lavar as mãos 》 retornar para próxima etapa 3. Secar as mãos com a compressa dentro do capote ▪secar cada dedo, palma, dorso, punhos e antebraços sem tocar no cotovelo, somente até o terço médio do antebraço 4. vestir avental cirúrgico ☑ Pegar o capote, sem tocar na mesa ou em qualquer outro objeto=> Vestir o capote => pedir para auxiliar amarrar o capote ☑LEMBRANDO NÃO ABRIR PACOTE DO AVENTAL SE TIVER LAVADO AS MÃOS ☑ se tiver cordas de amarração na cintura, inclinar um pouco o tronco pra frente=> entregar as pontas para o auxiliar => auxiliar que amarra !!! 5. Calçar as luvas estéreis ☑lembrar que no pacote está escrito o lado : direito ou esquerdo, iniciar sempre pegando pela parte interna da luva, introduzir, deixando pra organizar os dedos depois que colocar a segunda luva -Pedir a luva estéril de acordo com sua numeração, exemplo 7.5. -LEMBRANDO NÃO ABRIR PACOTE DA LUVA SE TIVER LAVADO AS MÃOS 6. Terminou: mãos pra cima, sem tocar nada!!! Clínica cirúrgica 1 / Osce/ Isabella Afonso Sutura Paciente, 20 anos, chega ao PS após ter cortado a ponta do dedo com uma faca há 30 minutos. Apresenta ferida em falange distal, medindo 2 cm de comprimento. Realize a técnica de sutura com pontos simples. 1- Apresentar 2- informar que está com as mãos higienizadas +EPI's+ confirmar material utilizado ☑ Luva, capote, gorro, máscara, óculos, etc.. ☑Pedir os materiais necessários- fio, lâmina de bisturi, cabo, Campos estéreis e caixa de sutura 3- Macrodegermação ou degermação grosseira ☑água e sabão caso no comando citar grande sujidade no local da lesão ( aqui pode ser feito com luvas de procedimento, mas ao terminar Macrodegermação, lavar as mãos e calçar luvas estéreis) 4- Antissepsia ☑ antisséptico clorexidina ou PVPI, utilizando gazes, pinça cheron, Cuba rim ☑ movimento circulares : do centro para extremidades 5. Colocar campos estéreis 6. Anestesia ☑ Sem vaso=> ponta de nariz, dedos e lóbulo da orelha ☑ COM Vaso=> restante ☑ não abrir nenhum material pedir pro auxiliar abrir, exemplo seringas e agulhas ☑Seringa + agulha rosa 40x12=> aspirar ☑ Pedir o anestésico, não tocar!!! ☑ Lidocaína a 2% ☑Trocar a agulha pela preta. ☑Lembrar que ao trocar de agulha NÃO REENCAPAR COM A MÃO O BISEL DA AGULHA, UTILIZAR A TÉCNICA DE “MERGULHO/ PESCAR” ☑Realizar Botão anestésico no vértice da ferida , não esquecer de aspirar, para confirmar que não pegou vasos . Depois ir infiltrando toda a lesão, sempre aspirando antes de injetar o anestésico 7. Sutura ☑Montar o porta agulha de forma certa ( porta agulha no meio da agulha, na ponta do porta agulha) ☑Segurou a pinça e o porta agulha corretamente=> 1° e 4° dedo ☑Usar um porta agulha, pinça anatômica, preferencialmente dente de rato, tesoura de mayo ou metzembaum ☑se só estiver a pinça anatomica, mesmo assim peça a dente de rato ! ☑Ponto simples - tracionar uma borda a lesão com a pinça, entra/sai com a agulha=> na outra borda entra/ sai. - porta agulha no centro da lesão, na vertical, 02 voltas com o fio/ sentido horário=> porta agulha no mesmo lugar!! só movimenta a mao que segura o fiooo! => 01 volta com o fio/ sentido antihorario=> 01 volta/ horário => lateraliza o ponto e cortar com a tesoura Sutura interrompida simples - Como… ☑Donatti-> áreas de grande tensão-> áreas articulares=> longe/ longe perto/perto=> Finaliza com o ponto simples Sutura de Donatti - Como realizar https://www.youtube.com/watch?v=ViXSCQBqigk https://www.youtube.com/watch?v=OSeg9dg8_q0 Clínica cirúrgica 1 / Osce/ Isabella Afonso Drenagem torácica ♡técnica cirúrgica que consiste em acesso à cavidade pleural ou mediastínica, com inserção de dreno acoplado a um sistema de drenagem》 a manutenção ou restabelecimento da pressão negativa do espaço pleural. Com isso, é possível a remoção de ar, líquidos e sólidos (fibrina) do espaço pleural e mediastino. ☑Indicações ▪ Pneumotórax ▪ Hemopneumotórax ▪ Derrame pleural ▪Quilotórax ☑Contra-Indicações ▪relativas: coagulopatias, pacientes em uso de anticoagulantes. 1. Separar Materiais ☑Avental, máscara, gorro, luvas ☑ Solução antisséptica para a pele (clorexidina alcoólica) ☑Seringa 20ml ☑ Agulhas rosa e preta ☑ Anestésico local (lidocaína a 2%) ☑ Lâmina de bisturi 22/23/24 ☑ Kit de pequena cirurgia ☑ Luvas esterilizadas + campo fenestrado + dreno torácico ☑Frascos de drenagem; água esterilizada se for com selo d’água ☑ Fios de sutura 2. Posicionamento ☑Decúbito dorsal, cabeceira em 45°, MMSS atrás da cabeça 3. Macrodegermação + antissepsia+ campo estéril ☑ todo o hemitórax, incluindo a região lateral e axila, movimento em um círculo concêntricos 4. Local da punção ☑Limites de segurança: “Triângulo de Safety” => Borda anterior do latíssimo do dorso, borda inferior do peitoral maior e o centro da axila. ☑O sítio de punção deve se localizar no 4°/5° EI, entre a linha axilar média e anterior. 5. Anestesia ☑ 3 “Ps”: pele, periósteo e pleura. ☑ Com uma seringa de 10-20 ml, faça um botão superficial para anestesia da pele + profundo. ☑ Anestesie generosamente os tecidos subcutâneos e prossiga com a agulha até sentir “bater a costela”. 6. Incisão ☑ Incisão vertical de 1,5-2cm (deve entrar seu dedo) com bisturi frio até TCSC 5° EIC, linha axilar média ☑ Divulsão dos planos musculares com a pinça Kelly até a pleura parietal. ☑ deve ser feita na borda superior da costela inferior. ☑ Introduza seu dedo indicador, para verificar a presença de aderências ☑ Introduza o dreno no orifício clampeado com a Kelly curva Observação ☑Deve Medir o tubo desde o local da inserção até o ápice pulmonar e colocar uma pinça de Kelly reta para marcar. ☑ o último furo do dreno esteja a 3 centímetros dentro do espaço pleural. 7. Introduzir o tubo ☑ ultrapassou a pleura, retirar a Kelly curva e introduzir o restante no sentido posterior e superior até o local marcado previamente. Clínica cirúrgica 1 / Osce/ Isabella Afonso 8. Conectar o dreno no tubo coletor ☑ LEMBRAR : NÃO TOQUE NO DRENO COLETOR, PEÇA AO AUXILIAR QUE FAÇA!!! ☑Fixar o dreno em bailarina ☑ Fazer um ponto em U ao redor do dreno ☑. Conferir se está oscilando/ borbulhando ( +/- 500 ml de AD ou SF) 9. Confirmar por meio do RAIO-X o posicionamento o dreno. ♡ Decisão de Retirada do dreno: ▪Drenagem < 200 ml nas últimas 24h ▪Aspecto claro/seroso do líquido ▪Re-expansão pulmonar em RX de tórax ▪Melhora clínica do paciente IOT Paciente, 30 anos, vítima de politraumatismo, com trauma torácico, provavelmente com fraturas de costelas (acidente carro x carro), evoluindo com rebaixamento do nível de consciência, Glasgow 6, esforço respiratório, FR= 50 IRPM, FC= 120 BPM, pulso fraco e escoriações. Quais os próximos passos no manejo desse paciente? Diante de um trauma torácico que evoluiu para insuficiência respiratória aguda, necessitando do manejo de intubação orotraqueal e ventilação mecânica. Indicações:Insuficiência respiratória aguda; Ventilação ou oxigenação inadequada; Proteção de vias aéreas em paciente com rebaixamento de nível de consciência (ECG <=8) Contra-indicação: -Obstrução completa das vias aéreas; -Perda completa dos pontos de referências faciais : trauma de Face; -Desvio da traqueia Definição de uma via aérea definitiva: É um tubo flexível que passa pela traqueia e oferece Oxigenio a 100%, conectado a ventilador mecânico. Procedimento Clínica cirúrgica 1 / Osce/ Isabella Afonso 1. Preparação : Checar todo o material disponível ☑Laringoscópio: montar e testar ☑Tubo orotraqueal:testar o cuff + colocar fio guia metálico ☑Dispositivo bolsa-valva-máscara (Ambu) ☑Luvas, seringa, medicações, atadura pra fixação e estetoscópio 2. Posicionamento do paciente ☑decubito dorsal ☑Colocar um coxim na região occipital para alinhar os eixos faringeo (EF), eixo laringeo (EL) e eixo oral (EO), com hiperextensão da cabeça; 3. PRÉ OXIGENAÇÃO ☑pré-oxigenando pelo tempo adequado - 3 a 5 minutos ☑Fornecer oxigênio a 100% 4.PRÉ TRATAMENTO + PARALISIA POR INDUÇÃO ▪Pré sedativos/ opioide Fetanil 3-5mcg/kg Lidocaína 1-2mg/kg (máx. 100) ▪ PARALISIA POR INDUÇÃO É UM HIPNÓTICO + BLOQUEADOR NEUROMUSCULAR ☑Sedativos/ hipnóticos Midazolam 0,2-0,3mg/ Kg Etomidato 1-2mg/Kg Cetamina 1-2mg/Kg Propofol 1-2 mg/Kg ☑Bloqueadores neuromusculares Succinilcolina 1-1,5 mg/Kg Rocurônio 0,6-1,0 mg/Kg 5. Manobras ☑A mão direita deve ser colocada na região occipital para segurar a cabeça e abrir a boca; ☑Segurar o laringoscópio com a mão esquerda ☑ Introduzir o laringo pela rima labial direita da boca, ☑ lateralizar a língua para esquerda até visualizar epiglote ☑ Manobra de “Manche do avião” -Cuidado em não fazer manobra de alavanca e quebrar os dentes do paciente -O laringoscópio é tracionado para cima e para a frente em um plano perpendicular à mandíbula; ☑ Falar em voz alta a visualização da epiglote, e identificação do esôfago e da abertura da traquéia (com visualização das pregas vocais) -Posicionar a lâmina na valécula, elevando-a, até visualizar a cordas vocais 5. Após visualizar as cordas vocais → introduzir o tubo orotraqueal junto com o guia ☑Cuidado para não ultrapassar a ponta do guia no final do tubo ☑Avance o tubo até a posição média de 22cm. ☑Retirar laringoscópio e desligar ☑ Retire o guia do tubo e infle o baronete com 10ml de ar 6. Confirmação : Ausculta dos focos ☑ Realize a ventilação através do tubo com o dispositivo bolsa-válvula-máscara ☑epigástrio→ bases→ápices pulmonares, nessa ordem, para saber se a IOT está adequada ☑ fixar tubo orotraqueal 7. Conectar a ventilação mecânica 8. Conferir a posição do tubo ☑ Solicitar Raio-X de tórax para checar a posição do tubo Clínica cirúrgica 1 / Osce/ Isabella Afonso 7PS PREPARAÇÃO Deve durar <5 min. Avaliar paciente, conferir os materiais, monitorizar, preparar as drogas e o acesso venoso. PRÉ-OXIGENA ÇÃO Deve durar entre 3-5 min. Oferta O2 a 100%, sem realizar ventilações, através de máscara com reservatório. PRÉ-TRATAME NTO Deve durar entre 3-5 min. Administrar medicação pré-sedativa, objetivo: diminuir os efeitos indesejáveis da laringoscopia e intubação. Classificar Mallampati e Cormack-Lehane. INDUÇÃO DA PARALISIA Uso de droga hipnótica + um bloqueador neuromuscular (BNM). Via aérea difícil (Mallampati III e IV) é contra indicação ao BNM. POSICIONAME NTO Posicionar o paciente para alinhar os principais eixos da via aérea (posição olfativa/cheirador). PASSAR O TUBO Tracionar para cima e para frente Evitar o movimento de alavanca na laringoscopia Deslocar língua e epiglote para visualizar a glote e cordas vocais Introduzir tubo até que a ponta distal do cufff ultrapasse as cordas vocais, devendo estar a 5-7 cm da carina Insuflar cuff até 20 mmHg Dados sugestivos de bom posicionamento: vapor no tubo, expansão torácica, ausculta em 5 pontos (epigástrio. bases e ápices pulmonares). PÓS- IOT Fixação do tudo Monitorização Raio- X de tórax Sedação de acordo com estratégias ventilatória
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