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Antibacterianos Antiparasitários Professor Davi Campos La Gatta Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Campo Grande 2020 Anti-helmínticos (trematódeos, cestódeos e nematódeos) Anti-protozoários Agentes utilizados em ectoparasitoses Praziquantel, Benzimidazois, Imidiazotiazois, Tetra-hidropirimidinas, Avermectinas e Milbemicinas Organofosforados Isoxazolinas Anticoccidianos, tratamento farmacológico da toxoplasmose, babesiose, giardíase, tricomoníase e criptosporidiose Nematelmintos Helmintos Platelmintos -Cestódeos -Trematódeos Ascaris lumbricoides Haemonchus contortus Taenia sp Fasciola hepatica Anti-helmínticos Anti-helmínticos Praziquantel e epsiprantel Indicado para tratamento de infecções por cestódeos em animais domésticos -Taeniidae (Echinococcus) e Dipylidiidae em cães, gatos e ovinos -Anoplocephalidae em equinos -Davaineidae de aves Humanos: neurocisticercose e esquistossomose Efeitos farmacológicos Aumentam a concentração de cálcio nas células musculares, levando a uma paralisia espástica do parasito Praziquantel e epsiprantel Vias de administração -Administração por via oral na forma de comprimidos ou tabletes (cães e gatos) Spot-on Subcutânea em ovinos Intramuscular em frangos Efeitos tóxicos: vômitos, diarreia, inflamação no local da injeção Anti-helmínticos Benzimidazois Albendazol Fembendazol Mebendazol Oxibendazol Tiabendazol Triclabendazol Uso clínico: nematódeos gastrintestinais e pulmonares de ruminantes, equinos, suínos, cães e gatos -Estágios adultos e imaturos de Fasciola hepática Resistência: alterações estruturais na tubulina (Haemonchus contortus) Mecanismo de ação: Liga-se na tubulina e impede a polimerização dos microtúbulos Benzimidazóis Anti-helmínticos Benzimidazois Interferência com a divisão celular, desestruturação do tegumento, transporte de nutrientes Benzimidazois Farmacocinética Pouca absorção gastrintestinal (15 - 20%) Passagem lenta no ceco de equinos e no rúmen alta atividade intestinal Administração em dose única Metabolismo: bactérias do rúmen ou do intestino 60 a 70% eliminados nas fezes Benzimidazois Vias de administração e efeitos tóxicos Via oral: suspensão, solução, grânulo, pellets Via intraruminal, intramuscular e subcutânea Efeitos adversos: teratogenicidade (ovinos > bovinos) Avermectinas Milbemicinas Ivermectina Abamectina Doramectina Espironomectina Selamectina Derivados semissintéticos de produtos do fungo Streptomyces avermitilis Milbemicinas Moxidectina Induzem paralisia flácida de parasitos e artrópodes ↑ Frequência de abertura do canal de Cl- Influxo de Cl- Hiperpolarização Relaxamento muscular ↑ Influxo de Cl- ↑ Hiperpolarização ↑ Relaxamento muscular Potencialização da ação do GABA paralisia flácida Avermectinas e Milbemicinas Mecanismo de ação Avermectinas Milbemicinas Avermectinas e Milbemicinas Espectro de ação antiparasitário -Estágios adultos e imaturos de nematódeos gastrintestinais e pulmonares de ruminantes, equinos, suínos, microfilárias de Dirofilaria immitis em cães -Ectoparasitas (sarna e pulga) -Desprovidos de atividade contra cestódeos e trematódeos. Resistência Polimorfismos no canal de cloreto Expressão de glicoproteína-P: bomba de efluxo Associação com verapamil: inibidor da glicoproteína-P Avermectinas e Milbemicinas Farmacocinética -Administração oral, intramuscular, subcutânea, intraruminal e transdérmica (pour-on), misturados à ração (suínos) ~98% são excretados na fezes -Bovinos: resíduos no leite por até 35 dias. -Maioria das espécies: pouco efeito sobre o SNC Presença de glicoproteína-P na barreira hematoencefálica Avermectinas e Milbemicinas Efeitos tóxicos Collie, Shetland Sheepdogs, Old English Sheepdog e Australian Sheepdog Distúrbios neurológicos: depressão, convulsões, tremores, ataxia, vômitos, salivação, midríase Alterações funcionais na glicoproteína P: ↑ SNC -Teratogenicidade Imidazotiazois Tetra-hidropirimidinas Levamisol Tetramisol Pirantel Morantel Oxantel Estágios adultos e imaturos de nematódeos gastrintestinais, especialmente de equinos, cães, ruminantes, suínos e aves Induzem contrações musculares paralisia espástica Receptor Nicotínico Influxo Na+ Despolarização + - Membrana Celular Na+ + - Contração muscular Imidazotiazois Tetrahidropirimidinas Na ausência da ligação da Ach o canal está fechado..... 17 Imidazotiois e Tetra-hidropirimidinas Efeitos tóxicos Equinos, cães e gatos: efeitos da ativação do sistema nervoso autônomo Cólicas, diarreia, salivação, miose (4-6 horas) Não são teratogênicos ↓ Uso permitido em cadelas prenhes e em lactação Antiprotozoários -Microorganismos unicelulares, eucariontes -Trofozoítos ação patogênica -Oocisto: disseminação Anticoccidianos Coccidiose Eimeria, Isospora, Cystoisospora e Cryptosporidium Capacidade de penetração na parede intestinal, levando à síndrome de má absorção de nutrientes e sangramento Animais de produção: bovinos, ovino e aves Anticoccidianos para tratamento X Anticoccidianos para prevenção /Etopabato* Sulfas, etopabato, pirimetamina e amprólio Ácido p- aminobenzóico Folato Tetraidrofolato Nucleotídeos DNA Diidropteroato sintase Diidrofolato redutase Sulfas Etopabato Pirimetamina Amprólio: inibe o transportador de tiamina (vit. B1) Interferem com a síntese, utilização de ácido fólico e captação de vitaminas Associação Amprólio + sulfas + etopabato/pirimetamina sinergismo contra eimérias Não recomendada em aves de postura em produção (ovos defeituosos e redução da postura) Sulfas, etopabato, pirimetamina e amprólio Toltrazurila e Diclazurila -Interfere na cadeia respiratória e enzimas mitocondriais -Uso metafilático: fase subclínica -Administração entre as 3ª a 5ª semanas de idade Fármacos usados na prevenção de coccidiose em aves Interferência com enzimas mitocondriais e na fosforilação oxidativa Se ligam a cátions mono e bivalentes (Na, K, Ca), favorecendo a sua entrada na célula Lise celular por excesso de água Morte celular por déficit energético -Carência para consumo da carne: 3 a 5 dias após a interrupção -Administração por premix (misturado à ração) ou água -Não devem ser administrados a aves em período de postura Fármacos usados na prevenção de coccidiose em aves Toxicidade Equinos e perus são mais sensíveis à intoxicação do que frangos de corte Anorexia, depressão, fraqueza, paralisia das pernas, dispneia, alterações da frequência respiratória Lasalocida: interfere no ganho de peso e reduz a fertilidade na recria Toxoplasmose Toxoplasma gondii Presente no intestino delgado de animais domésticos Tratamento para cães e gatos: clindamicina (inibidora da tradução de proteínas) 50S 30S Sítio P Sítio A RNAm aa RNAt aa RNAt aa RNAt Clindamicina: inibem a translocação do RNAt entre o sítio A e o sítio P Babesiose Causada pelo parasito hemotrópico do gênero Babesia Cães, roedores, bovinos e equinos Transmissão: carrapato 1-Diminazeno (Ganaseg®, Diminazine B12®) Cães: lesão nervosa, degeneração gordurosa no fígado, rins, músculo esquelético Bovinos: degeneração gordurosa 2-Imidocarbe -Dose única em bovinos por via I.M. ou S.C. Resíduos no rins e fígado por até 170 dias. -Equinos: 2 dias consecutivos -Cães: uma dose IM, SC a cada 3 semanas Tricomoníase e Giardíase Trichomonas foetus: trato genitourinário em bovinos Giardia sp: enterite em cães e gatos Metronidazol 1-É internalizado pelo protozoário 2- Sofre redução intracelular radicais livres lesão do DNA Touros: via oral, ducha uretral (solução a 1%) e pomada Cães e gatos com enterite por giárdia: via oral Outros: quinacrina, tinidazol giardíase canina Criptosporidiose Cryptosporidium parvum Oocistos altamente resistentes ao estresse ambiental Transmissão: água contaminada Nitazoxanida Inibe a piruvato-ferrodoxina oxidorredutase déficit energético Outros usos Protozoários (Trichomonas, Giardia intestinalis e Entamoeba) Helmintos (Taeniae Hymenolepis spp.) Usada em ruminantes, cães e gatos. Agentes utilizados em ectoparasitoses Organofosforados Isoxazolinas Clorofenvinfós Cumafós Diclorvós Fentiona Fosmete Foxim Triclorfom Organofosforados Agonistas colinérgicos de ação indireta A sinapse colinérgica Organofosforados: ↓ metabolismo da acetilcolina na sinapse Inibem irreversivelmente a enzima acetilcolinesterase, prolongando o tempo de ação da acetilcolinanos receptores Hiperexcitabilidade, convulsões e morte do parasito Organofosforados Usos clínicos e toxicidade Carrapaticida, bernicida em bovinos Sarnas e piolhos em ovinos e suínos Xampu ou coleira antipulgas em cães e gatos Administração: preferencialmente por via tópica Intoxicação: cólica, diarreia, incontinência urinária, falta de ar, salivação, convulsões e coma Inibição irreversível da acetilcolinesterase Duração do efeito: > 100 horas Tratamento de intoxicação por organofosforados P Pralidoxima 35 Isoxazolinas Afoxolaner Flurolaner Sarolaner Acaricida e antipulgas utilizado em cães e gatos Mecanismo de ação Bloqueia receptores de GABA e ativa receptores de glutamato ↓ Hiperexcitabilidade e morte do parasito Administração: via transdérmica, a cada 8 a 12 semanas Toxicidade??