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Botulismo e Tétano em Animais

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BOTULISMO
Intoxicação altamente fatal de bovinos, ovinos, caprinos, eqüinos, muares e raramente suínos caracterizada pela parcial ou completa paralisia flácida dos músculos da locomoção, mastigação e deglutição. 
É uma intoxicação pela ingestão das toxinas elaboradas pelo Clostridium botulinum.
· Etiologia
Clostridium botulinum: 
grupo de bacilos Gram positivos anaeróbios 
formadores de esporo altamente resistentes
· Neurotoxinas
Produzem pelo menos oito neurotoxinas farmacologicamente similares, mas sorologicamente distintas. 
Toxina botulínica: produção intracelular e é liberada por autólise após completar o ciclo de crescimento.
· Epidemiologia
Bovinos, equinos, muares, ovinos, caprinos, suínos, pássaros aquáticos, perus, patos e cães. 
Equinos são os mais susceptíveis aos efeitos da toxina botulínica 
Suínos e carnívoros são os mais resistentes 
Bovinos, ovinos e caprinos são igualmente susceptíveis 
Esporos encontrados solo, água e ambiente marinho 
Habitantes do trato intestinal de equinos, bovinos e aves 
Tipos C e D predominam no hemisfério sul. 
– Episódios de botulismo: 
Associação com deficiência de fósforo e osteofagia. 
Ingestão de alimento ou água com a toxina. 
Cama de frango como suplemento alimentar tem sido largamente incriminada nos casos de botulismo em bovinos. 
Osteofagia resultante de pastagem deficiente em fósforo no Brasil 
Brachiaria decumbens é responsável por episódios de botulismo
· Patogenia
Toxina ingerida 
destruída por processos digestivos 
dose letal oral é muito maior 
Ingestão crônica: efeito cumulativo. 
Absorção 
distribuída por todo o organismo 
ação farmacológica nas terminações nervosas dos nervos periféricos cujo o neurotransmissor é a acetilcolina. 
Paralisia flácida pela inibição da liberação da acetilcolina nas junções neuromusculares. 
ligações irreversíveis nos receptores 
paralisia da musculatura da respiração sendo a provável causa mortis.
· Sinais clínicos
Quadros hiperagudos, agudos, subagudos e crônicos. 
Incubação varia entre 18 horas a 16 dias 
Morte pode ocorrer em até 17 dias. 
Não apresentam febre 
Paralisia parcial ou completa das musculaturas da locomoção, mastigação e deglutição. 
Não há alterações de apetite
· Patologia
Não existe lesões macroscópicas ou microscópicas características de botulismo. 
Enterite catarral e petéquias no intestino delgado e endocardio. 
Equinos: excesso de fluído no pericardio e necrose focal ou abscesso podem ocorrer no fígado, pulmões, pele e musculatura.
· Diagnostico
Histórico 
ausência de vacinação contra o botulismo 
osteofagia 
diminuição da incidência após a administração da vacina 
resposta dos animais doentes após a utilização de soro. 
Demonstração da toxina botulínica 
Soro, fezes e conteúdo ruminal 
Equinos indica-se conteúdo do ceco e tecidos necróticos do trato gastrointestinal.
· Controle
Não existe tratamento específico 
Administração de anti-soro específico nos estágios iniciais da doença 
Nos casos de botulismo cuja a causa foi osteofagia: 
Vacinação 
Correção da deficiência de cálcio e fosforo 
Remoção da fonte de intoxicação 
Deve-se vacinar animais que serão alimentados com cama de frango.
TÉTANO
· Etiopatogenia
Clostridium tetani 
Solo e intestino de herbívoros 
Introduzida em ferimentos 
Multiplicação local 
Produção de neurotoxina quando reduz tensão de O2 
Tetanospasmina: lipoprotéica, se difunde pelos tecidos e vasos 
Tetanolisina: necrose 
Toxina-não espasmogênica
· Tetanospasmina
Área pré-sináptica das placas motoras 
Interfere na liberação de neurotransmissores: glicina e GABA > hiperexcitabilidade 
Espasmos e contrações da musculatura voluntária 
Excesso de toxina chega ao SNC 
Morte por paralisia da musculatura respiratória
· Epidemiologia
Todas as espécies > Equino mais susceptível 
Locais mais quentes dos continentes 
Ruminantes jovens: alta letalidade 
Ruminantes adultos: altas taxas de cura 
Equino: 50% de letalidade na forma aguda 
Ferimentos e umbigo 
Produção de toxinas no intestino (surto)
· Sinais clínicos
3 semanas após a infecção 
Andar com membros rígidos 
Tremores musculares 
Prolápso da 3º pálpebra 
Orelhas eretas 
Constipação e retenção urinária 
Morte após 5 a 10 dias
· Controle e profilaxia
Bovinos respondem ao tratamento: antibiótico, anatoxina, relaxante muscular 
Vacinação com toxoide 
Potro, cordeiro e cabrito: 2,3 e 6 meses; reforço com 1 ano 
Éguas: reforço anual 1 – 2 meses antes da parição 
Revacinação anual
REFERENCIAS
· BIENVENU, J.G. et al. Poultry litter associated botulism (type C) in cattle. Canadian Veterinary Journal, v.31, p.111, 1990.
· BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa no 8 de 25 de março de 2004. Diário Oficial da União, Brasília, 26 de março de 2004, Seção 1, p.5.

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