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Aula x (lorena) - procedimento comum ordinário, sumário e sumaríssimo

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Procedimento comum ordinárioLEGENDA
Conceito
Prazo
Destaque
Cai em prova
Jurisprudência/súmula
· Oferecimento de denúncia ou queixa
· Rejeita (art. 395): cabe RESE (art. 581, I) em 5 dias, razões em 2 dias, contrarrazões em 2 dias
· Manifestamente inepta (art. 41, CPP)
· Faltar pressuposto processual ou condição de procedibilidade
· Falta justa causa
· Recebe a denúncia: cabe habeas corpus (não há previsão de recurso criminal, mas pode impugnar por HC – não é recurso e sim ação autônoma de impugnação).
· Recebimento da denúncia interrompe a prescrição (primeiro momento possível no processo de interrupção da prescrição)
· Recebimento por juízo incompetente absolutamente não interrompe a prescrição
· Competência relativa interrompe
Não há defesa antes do recebimento da denúncia (ordinário).
STJ: não precisa fundamentar minuciosamente para receber a denúncia. Não precisa de motivação expressa para receber porque não há defesa antes. Pode fundamentar somente com base na presença do art. 41 (manifestação implícita).
	Diferente da lei de drogas (e 9.099) em que há defesa prévia e o recebimento da denúncia deve ser motivado e fundamentado.
	Na lei 9.099, da rejeição da denúncia ou queixa cabe apelação (não há rese)
· Recebida a denúncia
· Ordena a citação para resposta a acusação em 10 dias
· Citação por edital: começa a contar do comparecimento pessoal do réu ou defensor
· Processo fica suspenso e a prescrição também
· Resposta a acusação: a defesa escolhe a profundidade da defesa. Princípio da concentração da defesa (estrategicamente pode apresentar alegações em outro momento). Peça de resposta a acusação é obrigatória – se citado e não apresenta, nomeia defensor para oferecer, dando vista aos autos por 10 dias. Defensoria pública tem prazo em dobro.
· Preliminares: não preclui, pode fazer depois
· Alegar defesa: não preclui, pode fazer depois
· Documentos: não preclui, pode fazer depois
· Justificações: não preclui, pode fazer depois
· Especificar provas*: se não especificar, preclui
· Arrolar testemunhas*: se não arrolar, preclui
· Exceção (art. 95) em peça em apartado: tramita separadamente
· Impedimento
· Suspeição
· Incompetência, coisa julgada, litispendência
· **Doutrina (não há previsão legal): vista ao MP ou querelante para se manifestar sobre as preliminares ou documentos da resposta a acusação. Aplica por analogia o art. 409, 5 dias para MP se manifestar. STF aceita.
· Só precisa abrir vista se há alegações mesmo, e se há alegações que possam acarretar em absolvição sumária.
· Se só trouxe alegações genéricas, ou se se reservou a alegar em momento posterior, não precisa dar vista a acusação.
· Absolvição sumária: julgamento antecipado da lide = cabe apelação
· Existência manifesta de excludente de ilicitude
· Existência manifesta de excludente de culpabilidade, salvo de inimputabilidade
· Fato narrado evidentemente não constitui crime
· Extinta a punibilidade do agente
Da absolvição sumária cabe apelação, pois dá fim ao processo
Não há absolvição sumária pela inimputabilidade (incidente de insanidade mental que concluiu que na época dos fatos não era imputável): não há condenação, mas sim absolvição imprópria, com a aplicação de sanção penal de medida de segurança.
	Não pode absolver impropriamente no momento de absolvição sumária, porque a imposição de medida de segurança exige devido processo legal, com ampla defesa, contraditório, e produção de prova.
Não sendo o caso de absolvição sumária (“recebida a denúncia ou queixa” do art. 399):
· Designação de audiência de instrução e julgamento
· Intimação de todos: acusado, defensor, MP, querelante e assistente
· Acusado preso: requisição ao poder público para apresentar o preso
· Juiz que presidiu a instrução deverá proferir sentença: princípio da identidade física do juiz
· Não é absoluto: férias, licença, afastamentos = juiz substituto profere sentença
· Prazo máximo para realização da audiência: em 60 dias
· Entre a designação e a realização
· Prazo impróprio
· Prazo é importante para verificação de excesso de prazo da prisão preventiva
· Verificar quem deu causa ao excesso
· Pacote anticrime: revisão periódica da preventiva
· Audiência é una (unidade da audiência): provas serão produzidas todas na audiência e com prolação de sentença
· Princípio da unidade/concentração: não é absoluto
· Ordem da colheita de provas:
· Declaração do ofendido
· Testemunhas (art. 212)
· Acusação (salvo carta precatória). Testemunhas são arroladas na denúncia: até 8 testemunhas por fato e por réu
· A testemunha comum (arrolada também com a defesa) também é ouvida logo.
· Defesa (salvo carta precatória). Testemunhas são arroladas na resposta à acusação: até 8 testemunhas por fato e por réu
· *Cartas precatórias: não precisa esperar ouvir no juízo deprecado para fazer a audiência. Expedição de carta para ouvir testemunha não suspende o processo.
· *Não entram no número máximo de 8 as que não prestam compromisso: informantes
· *Não entram no número as testemunhas referidas
· *Testemunhas do juízo: art. 209. Também não entram no número.
· Esclarecimento de peritos: deve ser requerido previamente pelas partes para que o perito compareça a audiência
· Acareações
· Reconhecimento de pessoas e coisas
· Interrogatório do acusado
· *Lei de drogas prevê que o interrogatório é o primeiro ato. Tribunais superiores decidiram que independentemente de previsão em contrário em leis especiais, o interrogatório é sempre o último ato da instrução, por beneficiar o réu.
· Militares, eleitorais e quaisquer procedimentos penais regidos por legislação especial: sempre será o último ato da instrução.
· Finalizada a instrução: MP, querelante, assistente e acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução. **O que deveria ter sido requerido na denúncia ou na resposta à acusação já precluiu.
· Abre primeiro para o acusado requerer
· Depois abre para MP ou querelante
· Depois para o assistente, se houver
· Fase de diligências, se houver
· Faz a diligência
· 5 dias para acusação apresentar memoriais
· 5 dias para a defesa apresentar memoriais
· 10 dias para o juiz proferir sentença
· Sem necessidade de diligências: 
· Alegações finais orais
· 20 minutos para acusação, prorrogáveis por mais 10 minutos
· 20 minutos para a defesa, prorrogáveis por mais 10 minutos
· Havendo mais de 1 acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual
· 10 minutos para o assistente, prorrogáveis por mais 10 minutos
· Possibilidade de alegações finais por escrito (memoriais), em 5 dias sucessivamente (primeiro a acusação, depois defesa) e o juiz profere sentença em 10 dias
· Caso complexo (mesmo sem diligência) ou o número de réus e pessoas ouvidas
· Quando há necessidade de diligências: primeiro faz a diligência, depois abre prazo para as partes, para então abrir prazo para memoriais em 5 dias, e o juiz terá 10 dias para sentença.
· Prolação da sentença de forma oral
· STJ: válida a sentença proferida de forma oral e registrada em meio audiovisual, ainda que não haja a sua transcrição por escrito
· Ausência de degravação da sentença não prejudica o contraditório ou a segurança
Forma de colheita de provas:
· Ler CPP:
· Vítimas e testemunhas: art. 212
· Arts. 202 a 208
· Interrogatório do réu: art. 222
· Arts. 185 a 191
Diferenças entre o procedimento ordinário e sumário
· Crimes com pena superior a 2 anos e inferior a 4 anos.
· Do recebimento da denúncia ou queixa até a designação da audiência de instrução e julgamento, os procedimentos são iguais.
· Audiência de instrução e julgamento:
· Prazo entre a designação e a realização: 30 dias
· Ao fim do interrogatório, vai para os debates orais
· Não há previsão da fase de diligências complementares
· Se tiver necessidade de diligências, no caso concreto, pode fazer, mas não previsão legal
· Poderão ser inquiridas até 5 testemunhas por fato e por réu
· Tempo de debates orais: mesmo tempo
· Não há previsão legal de alegações finais por escrito. Se as partes concordarem, é possível determinarpor escrito
Lei 9.099
· Procedimento sumaríssimo
· Infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei (art. 394, CPP):
· Contravenções penais
· No âmbito federal não há julgamento de contravenções, serão todas julgadas pelo juizado especial criminal (estadual), independentemente se cometidas em detrimento de bens, serviços ou interesses da União = competência residual
· Contravenção penal no contexto da lei maria da penha: não vai para o juizado especial criminal.
· Terá auto de prisão em flagrante
· Vai para a vara com competência de maria da pena e, se não houver vara especializada, vai para a vara criminal comum
· Crimes com pena máxima igual ou inferior a 2 anos, cumulada ou não com multa
· Causas de aumento ou diminuição de pena: maior aumento e menor diminuição
· Agravantes e atenuantes: não leva em consideração
· Concurso de crimes: soma a pena máxima ou faz a exasperação no caso de concurso formal próprio ou continuidade delitiva
· Não há, no Jecrim, como forma de investigação criminal o inquérito
· Há termo circunstanciado de ocorrência: também apura o fato e a autoria, mas de uma forma mais simplificada.
· Lei de drogas: art. 28
· Posse de entorpecente para consumo próprio: é de menor potencial ofensivo.
· Termo circunstanciado de ocorrência (não lavra auto de prisão em flagrante e não fica preso, só assina um termo de compromisso)
· Regras de conexão e continência:
· Infrações de menor potencial ofensivo atraídas pelo crime conexo mais grave – devem ser apurados no mesmo processo. Soma de penas superior a 2 anos.
· Reunidos os processos perante o juízo comum ou tribunal do júri: devem ser respeitadas as regras de composição civil dos danos ou transação penal em relação aos crimes de menor potencial ofensivo. Os institutos despenalizadores pré-processuais serão observados no juízo mais complexos, e o processo segue em relação aos demais crimes
Declínio de competência:
· Infrações de menor potencial ofensivo: se o juiz do Jecrim encaminhar ao juízo comum os autos processuais para a adoção de outro procedimento, será observado o procedimento sumário = não pula do sumaríssimo para o ordinário
· Art. 66: citação pessoal do acusado. Não encontrado o acusado para ser citado, encaminha o processo para o juízo comum
· Se necessária uma citação ficta (por hora certa ou edital), vai para a vara comum
· Doutrina aceita a citação por hora certa no Jecrim, enunciado FONAJE
· Em nenhuma hipótese há citação por edital no Jecrim
· No Jecrim só há citação pessoal do acusado, segundo a lei
· Na vara comum, cita por edital, e continua o processo na vara comum pelo procedimento sumário (mais próximo do sumaríssimo)
· Art. 77, §2º: complexidade ou circunstâncias do caso não permitem a formulação da denúncia (verificação caso a caso)
· O MP pode requerer ao juiz o encaminhamento dos autos à vara comum, onde o processo seguirá pelo procedimento sumário
· Só o fato de necessitar de perícia não é causa por si só de declínio de competência para a vara comum
Juízes leigos: concurso ou procedimento simplificado que atua no juizado sob supervisão do juiz togado.
Princípios norteadores:
· Oralidade
· Simplicidade
· Informalidade
· Economia processual
· Celeridade
Objetivos:
· Sempre que possível:
· Reparação dos danos sofridos pela vítima
· Aplicação de pena não privativa de liberdade
Competência territorial
· CPP: teoria do resultado = onde se consumou a infração ou o último local da tentativa
· Lei 9.099: teoria da atividade = lugar em que foi praticada a ação, art. 63
· Doutrina adota teoria da ubiquidade, mas a letra da lei é onde foi “praticada” a ação
Atos processuais: art. 64 a 67
· Públicos e podem ser realizados no horário noturno, em qualquer dia da semana
· Válidos sempre que preencherem as finalidades para as quais foram realizados
· Não há pronúncia de nulidade sem demonstração de prejuízo
· Prática de atos em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer meio hábil de comunicação = informalidade
· Somente serão objeto de registro os atos havidos por essenciais. Atos da audiência de instrução e julgamento podem ser gravados
· Citação pessoal por mandado
· No próprio juizado sempre que possível
· Se não encontrado, os autos do processo são encaminhados para o juízo comum com adoção do procedimento sumário
· Pessoa jurídica ou firma individual: correspondência
· Indicação no mandado sobre a necessidade de apresentação com advogado – defesa técnica é obrigatória. Se não indicar, será apontado defensor
Juizado especial criminal
· Termo circunstanciado de ocorrência
· Crimes de potencial ofensivo ou contravenções: na delegacia não há auto de prisão em flagrante e não há inquérito policial
· Lavratura do termo circunstanciado: assina termo de compromisso para comparecer em juízo quando for chamado e é liberado sem fiança
· Se o agente se recusar a assumir o compromisso, o delegado lavrará o auto de prisão em flagrante e imporá fiança (delegado pode fixar fiança nas infrações com pena máxima inferior a 4 anos)
· Também há auto de prisão em flagrante quando o crime de menor potencial ofensivo for conexo a outra infração e as penas máximas superam 2 anos.
· Termo circunstancial colhe elementos de autoria e materialidade
· Encaminhamento para o juizado pode ser imediato
· Audiência preliminar: imediatamente ou marcada (réu e vítima são chamados)
· Procedimento pode ser resolvido aqui por (fase pré-processual):
· Composição civil dos danos: acordo (se não houver acordo, vai pra transação penal)
· Audiência pode ser conduzida por um conciliador (preferencialmente bacharéis em direito, excluídos os que exerçam funções na administração da justiça criminal) ou pelo juiz
· Composição civil será reduzida a escrito, homologada pelo juiz, é irrecorrível e tem eficácia de título executivo judicial, a ser executado no juízo cível competente
· Efeitos da composição do dano:
· Crime de ação penal privada ou pública condicionada a representação: acordo homologado acarreta renúncia ao direito de queixa ou representação
· Crimes de ação penal pública incondicionada: não tem efeitos penais, MP pode oferecer denúncia ou verificar se é o caso de transação penal
· Não obtida a composição dos danos civis, será dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representação verbal, que será reduzido a termo
· O não exercício de representação na audiência não implica em renúncia ao direito, devendo o ofendido observar o prazo de 6 meses para representar
· Não obtida a composição civil por qualquer motivo, cabe ao MP analisar o cabimento da transação penal
· *Transação penal: aplicação imediata de pena não privativa de liberdade = tópico específico abaixo
*Transação penal: diferentemente da suspensão condicional do processo, a transação penal só tem aplicabilidade no juizado (exceto quando vai para o juízo comum se aplicando o procedimento sumário, art. XX)
	*Transação penal: aplicação imediata de pena não privativa de liberdade
· Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada e não sendo caso de arquivamento (falta de indícios de autoria ou materialidade)
· Se for caso de arquivamento, deve arquivar
· Proposta oferecida pelo MP:
· Juiz pode intervir na proposta:
· Quando a pena de multa for a única aplicável, quando poderá reduzir até a metade
· Não se admitirá a proposta:
· Agente condenado pela prática de crime a pena privativa de liberdade por sentença definitiva
· Condenado por contravenção: pode ter proposta
· Condenado a pena restritiva de direito: pode ter proposta
· Condenado nos termos do caput, mas a sentença não transitou em julgado: pode ter proposta
· Agente beneficiado anteriormente, no prazo de 5 anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa
· Não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida
· Caso o promotor não faça a proposta e o juiz entender ser possível (controle judicial)
· Súmula 696, STF: juiz deve aplicar por analogia oart. 28, CPP, relativa ao controle judicial da decisão de arquivamento:
· Juiz deve remeter ao PGJ para analisar. PGJ poderá:
· Confirmar o arquivamento
· Designar promotor para atuar como longa manus e, nesse caso, oferecer a proposta
· Pacote anticrime alterou o art. 28, CPP = alteração está suspensa, então se aplica o art. 28 na redação anterior (ainda existe o controle judicial)
· Aceita a proposta pelo agente e seu defensor, submete a apreciação do juiz
· Juiz homologa a proposta de transação penal: aplica a pena restritiva de direitos ou multa:
· Benefício não importa em reincidência, mas fica registrada pelos próximos 5 anos, apenas para impedir novamente o mesmo benefício em infração futura dentro do prazo de 5 anos
· Dessa sentença cabe apelação: essa sentença homologatória é entre órgão acusatório e agente.
· 10 dias, art. 82
· Não terá efeitos civis = cabe aos interessados propor ação cível no juízo competente
· Descumpridas as cláusulas, retoma-se o processo e o MP oferece denúncia ou requisita inquérito policial, para depois oferecer a denúncia
· Cumprida 
Julgados importantes de transação penal:
A transação penal não tem natureza jurídica de condenação criminal, não gera efeitos para fins de reincidência e maus antecedentes e, por se tratar de submissão voluntária à sanção penal, não significa reconhecimento da culpabilidade penal nem de responsabilidade civil = Juris em teses, STJ.
	Da sentença homologatória de transação penal não cabe revisão criminal (um dos requisitos da revisão criminal é a existência de condenação penal por decisão definitiva). Juris em teses, STJ.
	Transação penal nos casos de ação penal privada: enunciado 112, do Fonaje = apesar da discussão doutrinária, é possível a transação penal nos casos de ação penal privada (entendimento do CESPE).
	A homologação da transação penal não faz coisa julgada material e, descumpridas as suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao MP a continuidade da persecução penal mediante oferecimento da denúncia ou requisição de inquérito policial = súmula vinculante 35, STF.
	Súmula 337, STJ – diz respeito a suspensão condicional do processo, mas se aplica a transação penal. No caso de desclassificação de crime ou procedência parcial da pretensão punitiva estatal, encaminha os autos para o MP analisar o cabimento da transação penal (e sursis). Detalhes da súmula estarão no tópico de suspensão condicional do processo.
	Lei de crimes ambientais (lei 9.605/98): nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata da pena restritiva de direitos ou multa (transação penal), somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, do art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade.
Retomando o procedimento:
· Caso não realizada composição civil dos danos nas ações penais privadas ou condicionadas a representação ou
· Caso não realizada transação penal
· Caso ausente o autor do fato
· Rito sumaríssimo propriamente dito – audiência de instrução e julgamento
· Oferecimento da peça inicial acusatória (denúncia ou queixa):
· Denúncia ou queixa oral: reduzida a termo
· Possível realização de diligências imprescindíveis
· Citação para comparecimento na audiência de instrução e julgamento:
· Diferente dos procedimentos ordinário ou sumário, não há análise de recebimento ou rejeição da denúncia ou queixa
· Citação pode ocorrer na própria audiência preliminar, ou se não estiver presente deve ser citado pessoalmente e intimado para a audiência de instrução e julgamento
· Eventuais testemunhas arroladas devem ser trazidas pelo ofendido, ou requerer ao juízo a intimação, com pelo menos 5 dias de antecedência da audiência
· Audiência de instrução e julgamento
· Dá a palavra ao defensor para defesa prévia
· Juiz pode receber ou rejeitar a denúncia ou queixa
· Recebimento: atos instrutórios
· Rejeitada: cabe apelação para a turma recursal
· Possibilidade ou não de suspensão condicional do processo: próx. aula
· Atos instrutórios: todos orais e realizados na audiência
· Ouve ofendido
· Testemunhas
· Acusação
· Defesa
· Interrogatório do réu
· Debates orais
· Lavrado termo da audiência: resumo dos atos e assinado por todos
· Profere sentença
· Sentença: dispensado o relatório pelos princípios norteadores do juizado
· Turma recursal
· *recursos cabíveis na lei 9.099
· Da composição civil dos danos: irrecorrível
· Da homologação da transação penal: apelação
· Decisão de rejeição da denúncia ou queixa: apelação
· Da sentença final, seja absolutória ou condenatória: apelação
· Na lei 9.099 não existe RESE, apenas apelação e embargos de declaração
· Embargos de declaração: em 5 dias, para corrigir obscuridade, contradição ou omissão, por escrito ou oralmente
· Interrompem o prazo para a interposição de recurso
· Erros materiais podem ser corrigidos de ofício
· Apelação: em 10 dias (em uma peça só é a interposição e as razões), apenas escrita
· Contrarrazões: em 10 dias
· Transcrição da gravação da audiência: pode ser requerida pelas partes
· Partes são intimadas da sessão de julgamento
· Composta por 3 juízes de primeira instância
· Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão
Súmula 640, STF – cabe recurso extraordinário de decisão de turma recursal
Súmula 203, STJ – não cabe recurso especial contra decisão de turma recursal
Súmula 690, STF cancelada – habeas corpus (e MS) contra decisão de juiz de juizado especial é de competência da turma recursal.
	Se a turma recursal é a autoridade coatora (decisão de turma), a competência é do colegiado do Tribunal de Justiça (ou TRF quando for na justiça federal)
Revisão criminal de decisões dos juizados especial criminal: a turma recursal deverá julgar.
Suspensão condicional do processo: art. 89
· Crimes
· Abrangidos ou não pela lei 9.099
· Aplicado na vara criminal comum
· Pena mínima cominada igual ou inferior a 1 ano
· Exemplos fora da lei 9.099
· Receptação
· Furto simples
· Estelionato
· Acusado não esteja sendo processado por outros delitos
· Se o acusado é investigado na fase de inquérito, é possível a suspensão condicional do processo
· A existência de ações penais em curso impede a concessão da suspensão condicional do processo = STF decidiu pela constitucionalidade da previsão
· Não cabe também se o acusado responde a outro processo criminal no momento do oferecimento da denúncia, mesmo que este venha a ser posteriormente suspenso ou que ocorra a superveniente absolvição do acusado
· Acusado não tenha sido condenado por outro crime
· Se condenado por contravenção: é possível a suspensão condicional do processo
· Ministério Público, ao oferecer a denúncia
· Mitigação do princípio da indisponibilidade a ação penal (previsto art. 42 e 576, CPP) = não é uma desistência, mas sim oferecendo um benefício (instituto despenalizado) com autorização legal e se preenchidos os requisitos legais
· Em regra, se aplica a ação penal pública
· Excepcionalmente na ação penal privada: enunciado 112, Fonaje – cabe suspensão condicional do processo e transação penal para ação privada
· Suspensão do processo
· Período de prova: de 2 a 4 anos
· Autor do fato estará submetido a condições
· Também suspende a prescrição durante o período de prova
· Não se aplica à Lei Maria da Penha (art. 41, lei 11.340/06) = súmula 536, STJ
· Concurso de crimes/continuidade delitiva/qualificadoras/causas de aumento e diminuição/conexão e continência: soma das penas máximas para verificar o procedimento a ser adotado e soma as penas mínimas para verificar a possibilidade de aplicação do benefício da suspensão condicional do processo:
· Súmula 243, STJ = não se aplica quando a pena mínima cominada, seja pelo somatório ou pela incidência de majorante, ultrapassar o limite de 1 ano
· Súmula 723, STF = não se aplica a crime continuado se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de 1/6 for superior a 1 ano
· Momento de oferecimento do benefício da suspensão condicional do processo· Lei 9.099 = MP no oferecimento da denúncia já fala se vai oferecer ou não
· Impossibilidade de composição civil dos danos
· Impossibilidade de transação penal
· Ciência do acusado para audiência
· Na audiência, há a defesa prévia
· Juiz decide se recebe ou não a denúncia ou queixa
· Só se recebida a denúncia, que abre a hipótese de concessão da suspensão condicional do processo
· No procedimento comum ordinário/sumário:
· MP oferece a denúncia e já oferece o benefício
· Juiz analisa se recebe ou não a denúncia
· Há a citação do réu e resposta a acusação
· Juiz analisa se é caso de absolvição sumária
· Só se o juiz concluir pela ausência de causa de absolvição sumária que poderá analisar a concessão do benefício da suspensão condicional do processo
· STJ – o juiz deve chegar até a análise da absolvição sumária, para então verificar a possibilidade de suspensão condicional do processo
· Isto porque, se o juiz concluir pela absolvição sumária, é muito mais benéfico para o réu do que cumprir o período de prova
· Súmula 696, STF – promotor se recusa a propor a concessão condicional do processo, mesmo reunidos os pressupostos para a concessão
· Juiz deve remeter ao PJG, nos moldes do art. 28, CPP
· A aceitação da suspensão condicional do processo não inviabiliza o habeas corpus, visto que é possível a continuação do processo se descumpridas as condições
· HC porque a consequência do descumprimento das condições é a retomada da ação penal
· A extinção da punibilidade do agente pelo cumprimento das condições da suspensão condicional do processo, operada em processo anterior, não pode ser valorada em seu desfavor como maus antecedentes, personalidade do agente e conduta social
· Os benefícios de institutos despenalizadores não implicam em reconhecimento de culpa
· O cumprimento dos benefícios não acarreta em condições desfavoráveis ao agente
· Condições no período de prova da lei 9.099, art. 89, §1º
· Reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
· Proibição de frequentar determinados lugares;
· Proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz;
· Comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades
· Condições no período de prova previstos pela jurisprudência (STJ)
· Perda do valor da fiança - STJ
· Obrigações equivalentes a sanções penais do art. 44, CP - STJ, tese de repetitivo, tema 930. Como por exemplo:
· Prestação de serviços comunitários
· Prestação pecuniária
· Multa
· Assistente de acusação não tem legitimidade para conceder suspensão condicional do processo e não pode influir nas condições impostas
· Lei de crimes ambientais, art. 28: em caso de crime ambiental, é possível a suspensão condicional do processo, deve seguir as modificações do art. 28.
· Após o período de prova, cumpridas as condições: extinção da punibilidade, sem que o benefício caracterize condenação, reincidência ou maus antecedentes
· Causas de revogação:
· Obrigatória = a suspensão será revogada se no período de prova:
· O beneficiário vier a ser processado por outro crime ou
· Não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano
· Facultativa = a suspensão poderá ser revogada se no período de prova:
· O beneficiário vier a ser processado por contravenção ou
· Descumprir qualquer condição imposta
· Descumpridas as condições: o processo volta a seguir
· Tema 920, repetitivo, STJ: descumpridas as condições durante o período de prova, o benefício poderá ser revogado, mesmo se já ultrapassado o prazo legal, desde que referente a fato ocorrido durante a sua vigência
· Mesmo se a descoberta ocorrer após o período da prova, mas que o fato tenha ocorrido dentro do período de prova
· Súmula 337, STJ – é cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva
· Desclassificação: o crime original tinha pena mínima acima de 1 ano, mas antes de sentenciar o juiz verifica que é hipótese de desclassificação para um crime com pena mínima igual ou inferior a 1 ano = juiz não sentencia e intima o MP para oferecer o benefício
· Parcial procedência: processado por 2 crimes e antes de sentenciar juiz verifica que é caso de parcial procedência, e o crime ao qual cabe condenação tem pena mínima igual ou inferior a 1 ano (e a soma dos crimes anteriormente não permitia o sursis) = intima MP para oferecer benefício
· Juris em teses STJ: opera-se a preclusão se o oferecimento da proposta de suspensão condicional do processo ou de transação penal se der após a prolação da sentença penal condenatória.
· STF: a competência para julgar HC impetrado contra ato da Turma Recursal é do Tribunal de Justiça (se for turma recursal estadual) ou do Tribunal Regional Federal (se a turma recursal for do JEF)

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