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Aula 5 20/01/2022LEGENDA Conceito Prazo Destaque Cai em prova Jurisprudência/súmula Créditos sujeitos à recuperação judicial: art. 49 Todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos estão sujeitos · Crédito existente: STJ · Aqueles decorrentes da atividade do empresário antes do pedido de recuperação judicial · Fatos praticados ou negócios celebrados antes do pedido · Excluídos os expressamente apontados · Existência do crédito: determinada pela data em que ocorreu o seu fato gerador · Enunciado 100, jornada: independe da data de eventual acordo, sentença ou trânsito em julgado · Ex: numa ação de indenização de danos morais ajuizada antes do pedido de recuperação judicial, o proferimento de sentença em momento posterior não exclui o crédito da submissão à recuperação · *Crédito de honorários advocatícios: tem natureza extraconcursal, ou seja, não está sujeito ao plano de recuperação, se a sentença que os arbitrou foi proferida em momento posterior ao pedido de recuperação judicial · Diferente do fato gerador da ação · Crédito trabalhista: · Prestação de serviço depois do pedido de recuperação judicial: crédito extraconcursal · Prestação de serviço antes do pedido de recuperação judicial: se tem uma relação de continuidade (parte é anterior e parte é posterior ao pedido) = continua com a natureza extraconcursal, quando o acordo trabalhista for celebrado posteriormente ao pedido · Créditos trabalhistas anteriores ao pedido de recuperação: natureza concursal, entram no plano de recuperação · Art. 49, §2º: obrigações seguem condições originalmente contratadas ou ao disposto em lei, inclusive em relação aos encargos · Salvo de o plano de recuperação judicial dispuser de modo diverso · Art. 59: plano de recuperação judicial implica novação dos créditos anteriores ao pedido e obriga o devedor e todos os credores · Sem prejuízo das garantias (art. 50, §1º): para liberar a garantia real é necessária manifestação expressa do detentor da garantia · Garantias fidejussórias: precisa do voto favorável do titular da garantia para liberar · Novação recuperacional: se a recuperação judicial for convolada em falência, há o retorno às condições originalmente contratadas, preservando as obrigações já cumpridas Créditos do devedor (coobrigados, fiadores ou obrigados de regresso) · Art. 49, §1º: os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso · Deferimento da recuperação judicial obsta o ajuizamento e prosseguimento de ações pelos credores do devedor em recuperação · Não impossibilita, no entanto, o ajuizamento e prosseguimento em execuções contra devedores solidários da empresa em recuperação · Nem contra coobrigados em geral por garantia cambial, real ou fidejussória · Não impossibilita nem induz suspensão ou extinção das ações, nem atrai a competência do juízo universal da recuperação · Casos de fiança e aval · Súmula 581, STJ: a recuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento das ações e execuções ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória · Não é o caso do sócio solidário (o que tem responsabilidade ilimitada) · Sócio solidário garantidor de título não entra nesse caso (o crédito é sujeito a suspensão, e ao juízo da falência) · Ex de sócio solidário: sócio da sociedade em nome coletivo, sócio comanditado na sociedade comandita simples, sócio administrador na sociedade comandita por ações Créditos não sujeitos à recuperação judicial: · Alienação fiduciária: credor proprietário fiduciário · Recuperação judicial não impede ação de busca e apreensão e a efetiva apreensão do bem objeto da busca (art. 6º-A, DL 911/69) · Se for bem de capital essencial a atividade da recuperanda, não será possível a busca e apreensão do bem · Disposições sobre impossibilidade de alienação não são aplicáveis a alienação fiduciária em garantia, locação ou arrendamento de aeronave e partes (ex: recuperação judicial de companhia aérea) = art. 199, §§1º e 2º · STJ: não é necessário o registro · Se há a busca e apreensão do bem, mas não é suficiente para quitação da dívida, e há saldo remanescente, esse saldo é considerado crédito quirografário, e está sujeito à recuperação judicial · Arrendamento mercantil (leasing): arrendador mercantil · Proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias · Proprietário em contrato de venda com reserva de domínio · STJ: independe de registro no cartório · Cessão fiduciária de direitos sobre coisas móveis e títulos de crédito · Possuem natureza de propriedade fiduciária = STJ · STJ: não é necessário o registro · Contrato de adiantamento de câmbio (art. 86, II): art. 49, §4º · Celebração de contrato com sociedade estrangeira: é feito contrato de câmbio com instituição estrangeira autorizada pelo banco central · É comum que haja adiantamento de câmbio · Credor tem direito de pleitear de imediato a restituição: não se submete a recuperação · A quantia não está submetida, mas os encargos estão (STJ) · Crédito fazendário: art. 6º, §7º-B · Execuções fiscais não são suspensas · Em cooperação jurisdicional, o juiz da recuperação analisa e decide sobre os atos de constrição que recaírem sobre os bens de capital essenciais às atividades · Nova lei e interpretação do STJ · Créditos do produtor rural: art. 49, §§6º ao 9º · Somente estão sujeitos os créditos que decorram exclusivamente da atividade rural e estejam discriminados nos documentos a que se referem os §§2º e 3º do art. 48 (créditos regularmente contabilizados nos livros) · Não se sujeitam: recursos controlados e abrangidos pelo financiamento/crédito rural da lei 4.829/65 · Se não tiver havido renegociação entre o devedor e a instituição financeira antes do pedido de recuperação, o crédito se sujeitará a recuperação (art. 49, §8º) · Não se sujeitam: dívida constituída nos 3 últimos anos anteriores ao pedido de recuperação, que tenha sido contraída com a finalidade de aquisição de propriedades rurais, e as respectivas garantias · Regras: · São créditos extraconcursais · As obrigações não podem ser modificadas pelo plano de recuperação judicial · Prevalece a propriedade sobre a coisa · Prevalecem as disposições contratuais · NÃO É PERMITIDA A VENDA OU RETIRADA DO ESTABELECIMENTO DO DEVEDOR DOS BENS DE CAPITAL ESSENCIAIS A SUA ATIVIDADE EMPRESARIAL, durante o prazo de suspensão do art. 6º, §4º (180 dias contados do deferimento do processamento da recuperação, prorrogável uma única vem por igual período, em caráter excepcional = a recuperanda não tenha contribuído para o não estabelecimento do plano) = stay period · Se for bem de capital essencial a atividade da recuperanda, não será possível a alienação do bem · STJ: bem de capital essencial · Dinheiro não é · Recebíveis também não · Bem de capital para o STJ: bem corpóreo móvel ou imóvel, utilizado no processo produtivo da recuperanda, e que não seja perecível ou consumível · Essencialidade do bem: ônus do devedor provar (enunciado 99, jornada) · Juiz competente para definir se é bem de capital essencial e se pode ou não ser apreendido: juiz universal da recuperação · Quem decide também nos casos de alienação fiduciária em que não se aplica a proteção de não alienação também se submetem à análise do juízo da recuperação (STJ) · Mesmo após o prazo de 180 dias de suspensão, ainda é competente para decidir sobre atos de execução sobre o patrimônio da recuperanda o juízo da recuperação (STJ) · Cooperação jurisdicional entre os dois juízos, art. 6º, §7º-A · Juízo da busca e apreensão ou da ação possessória e o juízo da recuperação · Não aplicável a alienação fiduciária em garantia, locação ou arrendamento de AERONAVE e partes (recuperação judicial de companhia aérea): art. 199, §§1º e 2º
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