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O exame físico é de extrema importância para conduta de um bom diagnóstico clínico, é através dele que nos orientamos para uma solicitação efetiva de exames complementares. Ele é composto por quatro técnicas: inspeção, palpação, percussão e ausculta. Importante lembrar que ele não inclui somente estas técnicas, o exame físico completo também inclui a avaliação do peso do paciente, altura, sinais vitais e exame céfalo caudal de todos os sistemas corporais, este último utiliza as técnicas citadas acima. Para realizar esta avaliação utilizamos de alguns sentidos, são eles: visão, olfato, tato e audição. O exame físico é realizado com os objetivos de (POTTER; PERRY, 2021): fazer o levantamento de dados de base sobreo o estado de saúde do paciente, validar dados subjetivos identificados na anamnese, identificar e confirmar o diagnóstico de enfermagem, tomar decisões clínicas relacionadas ao quadro clínico do paciente e tratamento prescrito e avaliar os resultados das intervenções realizadas. Métodos do exame físico: • Inspeção: É uma observação concentrada, acontece o tempo todo, até mesmo durante as outras técnicas. Utilizamos dos sentidos da visão e do olfato para identificar as possíveis alterações estruturais ou funcionais que o paciente pode estar apresentando. É considerada a primeira etapa do exame físico. Acontece a partir do primeiro contato com o paciente. Esta técnica exige uma avaliação minuciosa, realizada de forma atenta e cuidadosa, primeiro do indivíduo como um todo e, depois, de cada sistema do corpo. Requer uma boa iluminação e exposição adequada da região a ser observada. Ocasionalmente são utilizados alguns instrumentos para aumentar o campo visual: otoscópio, lanterna, etc. Pode ser estática, ou seja, quando observamos apenas os contornos estruturais anatômicos do corpo do paciente, ou pode ser dinâmica onde o foco está centrado nos movimentos que são próprios do segmento corporal que está sendo analisado, nesta avaliamos movimentos. Avaliamos também as expressões não verbais deste paciente, em relação aos estados emocionais e mentais. • Palpação: Nesta etapa vamos acompanhar e confirmar os dados que obtivemos através da inspeção. Utilizamos o sentido do tato, para conseguir determinar alterações estruturais e funcionais de algum órgão ou tecido em relação a textura, temperatura, umidade, localização e tamanho. Também é possível observar aumentos de volumes, vibração ou pulsação, rigidez ou espasticidade, crepitação, presença de nódulos ou massas e existência de dor ou hipersensibilidade a palpação. Pode ser superficial quando for realizada uma pressão em uma profundidade de 1 centímetro, e será profunda quando a profundidade for de aproximadamente 4 centímetros. É importante realizar a superficial antes da profunda, para evitar interferências no exame físico. • Percussão: Consiste em golpear a pele da pessoa com toques curtos e firmes, utilizando- se as pontas dos dedos, para avaliar as estruturas subjacentes (JARVIS, 2012). Através da percussão, obtemos a produção de vibrações, quando realizamos estes golpes na pele do paciente, que são produzidas nos tecidos e nos órgãos, e a partir destas vibrações conseguimos avaliar em relação a resistência que a região está apresentando. Existem sons característicos destas vibrações que representam a localização, o tamanho e a densidade do órgão subjacente, são elas: Som maciço: é obtido percutindo regiões desprovidas de ar (osso, fígado); Som submaciço: identifica a presença de ar em pequena quantidade; Som timpânico: é obtido em regiões que contêm ar, recobertas por membrana flexível, como no estômago. • Ausculta: Obtém os ruídos corporais considerados normais ou patológicos, com o auxílio do estetoscópio ou sem instrumentos. Os sons são caracterizados pela intensidade, frequência e qualidade e irá variar de acordo com a estrutura auscultada. Implica em ouvir os sons produzidos pelo corpo que são inaudíveis sem o uso de instrumentos ou de uma técnica adequada. Devemos realizar esta técnica em um ambiente sem presença de ruídos externos. • Olfato: Em algumas referências o olfato é uma das habilidades do exame físico, embora não tenha a mesma importância que as outras etapas, ele tem a sua relevância, porque quando avaliamos um determinado odor, podemos ter alguma informação que irá subsidiar o diagnóstico do paciente. Permite o reconhecimento da origem dos odores corporais, onde muitos odores podem estar relacionados a doenças ocultas e detecta anormalidades não observadas em outras técnicas do exame físico. Os exames complementares são solicitados após a anamnese e exame físico, para confirmar ou descartar um diagnóstico clínico. Podem ser eles, por exemplo, exames laboratoriais como de sangue, fezes, urina, secreções, também podem ser de imagem como o raio x, ressonância magnética e ecografias. Devem ser solicitados com uma indicação clínica específica, sendo precisos e eficazes. Estes exames servem de auxílio para compreender melhor a possível condição do paciente e irão direcionar para o tratamento correto.
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