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O PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE TRIBUTO CONFISCATÓRIO

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O PRINCÍPIO DA 
VEDAÇÃO DE 
TRIBUTO 
CONFISCATÓRIO 
Esse princípio é encontrado no Artigo 150, IV, da CF de 1988, com 
redação simples, em que se afirma que é proibida a utilização de 
tributo com efeito confiscatório. A partir dessa definição legal, é 
possível afirmar que existe limite para atuação do Fisco, ou seja, 
o quantum que o poder público pode subtrair do contribuinte. 
Esse princípio impede, por exemplo, que o Fisco, ao efetuar a cobrança 
de um tributo, se aposse dos bens desse contribuinte. 
Observe que sua finalidade é manter a ordem e a lealdade tributária, 
permitindo que os tributos exigidos atuem de forma coerente, e não 
tenham o efeito de confiscar (expropriar) a propriedade e os bens dos 
contribuintes. 
No entanto, existe uma hipótese constitucional que permite o 
confisco, mas essa situação não está relacionada com a tributação, e 
sim com a questão de proteção social, visto que retira da sociedade o 
cultivo de ervas psicotrópicas. 
Leia a previsão constitucional no art. 243: 
Art. 243. As glebas de qualquer região do País onde forem 
localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão 
imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao 
assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e 
medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem 
prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido 
em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins serão 
confiscados e reverterá em benefício de instituições e pessoal 
especializados no tratamento e recuperação de viciados e no 
aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle, 
prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias. 
Tal perda de propriedade com finalidade punitiva tem a denominação 
de Desapropriação Confiscatória, sem indenização, e oriunda de um 
ato ilícito. 
Disso se conclui que o confisco, nesse caso, tem caráter punitivo, 
diferentemente do Tributo, que não pode ser utilizado como sanção de 
ato ilícito e não pode ter efeito confiscatório.

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