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Cadu – 8°β / TIII • Distúrbio metabólico em que há hiperglicemia persistente devido deficiência na síntese e / ou na ação da insulina. - Metabolismo de carboidratos é alterado. CLASSIFICAÇÃO 1 - 5 – 10%. • Deficiência na síntese de insulina. - Devido destruição das células β pancreáticas. • Associada à autoimunidade. • Abrupta. - Propensão à cetose e cetoacidose. • Manifestação entre 11 – 15 anos. - Sem idade limite para diagnóstico. - A - Imunomediado. • Ação de Ac detectados no início do quadro. - Anti _ GAD. - Anti – IA2. - Anti – ZnT8. - Anti – insulina. - B - Idiopático. • Peptídeo C < 0,6 após 5+ anos. - É um metabólito da conversão da pró - insulina em insulina. - A insulina, por ser metabolicamente ativa, não pode ser mensurada devido sua meia – vida curta, mas o peptídeo C sim, visto que é metabolicamente inativo tendo meia – vida maior. - Devido a destruição das células β, menos insulina é sintetizada. Consequentemente, menos peptídeo C. 2 - 90%. • Multifatorial. • Insidioso. • > 45 anos. • Resistência à insulina. - Inicialmente. • Incretinas disfuncionais. - Quando há alimentação, o intestino libera as incretinas, que sinalizam para o pâncreas a necessidade de liberação de insulina. - Também geram a saciedade. IMUNE LATENTE DO ADULTO • Ação de Ac. - Anti – GAD. - Destruição das células β é mais lenta que no DM1. Sendo assim, normalmente não há necessidade de uso de insulina nos primeiros 6 meses após o diagnóstico. • > 30 anos. GESTACIONAL • Devido ação do hormônio lactogênio placentário, cortisol, estrógeno... - Causam resistência insulínica. DIABETES MELLITUS Cadu – 8°β / TIII MODY - QUANDO SUSPEITAR • < 25 anos. • Ac negativos. • Manifestação de diabetes em jovens em 2 – 3 gerações. • Peptídeo C ≥ 0,6. - Mensuração após 5 anos de diagnóstico para confirmação. - TIPOS • 1 - Mutação da HNF4A. - Responde às sulfoniluréias. - Associado com macrossomia fetal. - Hipoglicemia neonatal. • 2 - Mutação da GCK. - Mais comum. - Hiperglicemia desde o nascimento. - Assintomática. - Não progressiva. - Sem evolução para complicações. • 3 - Mutação da HNF1A. - Inicia na infância. - Quadro de hiperglicemia e glicosúria importantes. - Responde às sulfoniluréias. • 5 - Mutação da HNF1B. - Malformações urogenitais. - Cistos renais. - Atrofia pancreática. - Disfunção exócrina associada. POR SD GENÉTICAS - Situações que cursam com aumento na secreção dos contrarreguladores da glicemia: glucagon, cortisol, GH e epinefrina. • Diabetes lipoatrófico. • Leprechaunismo. • Resistência à insulina tipo A. • Down. • Turner. • Klinefelter. • Ataxia de Friedreich. • Huntington. ASSOCIADO A OUTRAS ENCRINOPATIAS - Situações que cursam com aumento na secreção dos contrarreguladores da glicemia: glucagon, cortisol, GH e epinefrina. • Cushing. • Feocromocitoma. • Hipertireoidismo. • Acromegalia. • Hiperaldosteronismo. • Glucagonoma. • Somatostatina. MITOCONDRIAL • De herança materna. • Associado à surdez ou oftalmoplegia progressiva. DOENÇAS DO PÃNCREAS EXÓCRINO • Pancreatite crônica. • Pancreatectomia pós – traumática. Cadu – 8°β / TIII • Neoplasia pancreática. • Hemocromatose. • Fibrose cística. INDUZIDO POR DROGAS • Glicocorticoides. • Ác. nicótico. • Tiazídicos. • Diazóxido. • Fenitoína. • β – agonistas adrenérgicos. • Imunoterapia. DEVIDO INFECÇÃO • Rubéola. • Citomegalovírus. • Coxsackie tipo B. • Caxumba. • Adenovírus. • COVID. NEONATAL DIAGNÓSTICO GLICEMIA DE JEJUM • Jejum de 8 – 12h. - Influenciada pela rotina do paciente no dia anterior. - INTERFERÊNCIAS • Jejum prolongado ou incorreto. • Rotina do dia anterior. • Medicamentos. • Atividade física. • Estresse. TOTG - 75g de glicose anidra ou 82,5g de dextrose. • Avalia DM2 e pré – diabetes, gestantes e serve para casos inconclusivos. • Desconfortável. Hb GLICADA • Sem necessidade de preparação prévia. • Níveis médios de glicemia nos últimos 90 dias. - Forte interferência da rotina nos últimos 30 dias. - INTERFERÊNCIAS • Redução - Anemia hemolítica. - Hipertireoidismo. - Queimadura. - Leucemia. - Excesso de vit. C e E. - Hbpatias. • Aumento - Deficiência de Fe. - Presença de Hb acetilada (abuso de AAS ou carbamida na DRC). - Hipertrigliceridemia grave. - Alcoolismo. TESTE ALEATÓRIO DE GLICOSE PLASMÁTICA - Glicemia ao acaso. • Sem necessidade de jejum. Cadu – 8°β / TIII • Válido se sintomas inequívocos de diabetes. CRITÉRIOS • 2 exames alterados na mesma amostra. - Glicemia de jejum e Hb glicada. - Se apenas um dos exames alterados, repete o alterado (2 alterados em amostras diferentes) ou pede TOTG. Veio alterado = diagnóstico. ou • 2 exames, preferencialmente o mesmo, alterados em amostras diferentes. ou • Sintomas inequívocos + glicemia ao acaso ≥ 200. DM1 ETIOPATOGÊNESE • Interação entre fatores genéticos e ambientais. • Desenvolvida autoimunidade. - Sintetizados Ac que destroem as células β. - Glicemia normal. • Pré – diabetes. • Diabetes. - Células β completamente destruídas. APRESENTAÇÃO CLÍNICA • Perda ponderal. • Polidipsia. • Polifagia. • Poliúria. • Paciente emagrecido com hiperglicemia súbita. • Cetoacidose. - Em alguns casos é a primeira manifestação. TRATAMENTO - METAS - Alvos glicêmicos menos rígidos: < expectativa de vida, neoplasia avançada, DCV, DR, DM avançado, risco de hipoglicemia grave ou não percebida, função cognitiva comprometida e capacidade funcional comprometida. - NÃO FARMACOLÓGICO • Adulto - 150min / 3 dias / semana de atividade física de intensidade moderada – vigorosa. • Criança - 60min / dia de atividade física por pelo menos 3 dias / semana. Cadu – 8°β / TIII • Assistência psicossocial. • Cessar tabagismo. - INSULINOTERAPIA • Primeiros 6 meses o paciente consegue manter bons níveis glicêmicos com baixas doses ou sem insulina exógena. - Lua de mel: < 0,25 – 0,5U / Kg / dia. - Pode até mesmo euglicemia sem insulina. Mesmo assim introduzir a insulina em baixas doses. • ESQUEMA BASAL - BOLUS - Objetivo de mimetizar o fisiológico: uso de insulina basal e prandial. - Dose de 0,4 – 1UI / Kg / dia, salvo se puberdade, gestação e infecções que são situações que necessitam de doses maiores. - A dose diária é feita 50% com a basal e os outros 50% com bolus. - Basal: 2 – 3 aplicações / dia, sendo que NPH 4x / dia tem maior eficácia que 2x / dia. - Bolus: 3 – 6 aplicações / dia, a depender da quantidade de refeições que o paciente faz por dia. - Problema: dose fixa, o que resulta em muita restrição alimentar. EXEMPLO: paciente 40Kg. - Dose 0,5UI / Kg / dia: 20UI / dia. - Basal (NPH): 10UI, sendo 2 / 3 (6UI) pela manhã, avaliação da dose pela glicemia pré – prandial, e 1 / 3 (4UI) à noite, avaliação da dose pela glicemia jejum. - Bolus (REGULAR): 10UI, sendo 3UI pro café da manhã, 4UI para o almoço e 3UI para o jantar. Avaliação das doses pela glicemia pós – prandial 2h após cada refeição. - AJUSTE DE DOSE (se não houver alcance da meta ou hipoglicemia): aumentar ou reduzir 2 – 3UI a cada 2 – 3 dias até obtenção do controle. • BOLUS DE CORREÇÃO - A glicemia do paciente não vai ser constante, visto que a alimentação varia diariamente e, com isso, a glicemia fica fora da meta. - Fator de sensibilidade: quanto da glicemia 1UI reduz. 1700 (ultrarrápidas) ou 1500 (regular) / dose total diária. - Bolus total: habitual + correção.EXEMPLO: paciente em dose diária de 20UI, sendo 4UI para o almoço. - 1500 / 20 = 75, ou seja, 1UI reduz a glicemia em 75. - Estabelecida meta de pré – prandial de 100 e em um dia de descontrole está 230. - Após o almoço haverá descontrole, sendo necessário o bolus de correção para voltar para a meta. - Pré – prandial estava 130 acima da meta e é sabido que 1UI reduz 75. Assim, são necessários 2UI para reduzir os 130 de excesso. - Bolus total: 4 (habitual) + 2 (correção) = 6UI. • CONTAGEM DE CARBOIDRATOS - Método da lista de substituição: é estabelecida a quantidade fixa de insulina e nutricionista estabelece a lista de carboidratos que o paciente pode ingerir a depender dessa dose. - Método da contagem de carboidratos: paciente pode ter alimentação variada, e na quantidade que desejar, e após aplica a insulina a depender do quanto de carboidrato foi ingerido. Não é muito ideal, visto que o paciente fica sujeito ao ganho de peso e menor consumo de fibras e proteínas. EXEMPLO: contagem de carboidratos. Dose diária de 20UI. 1°: cálculo da razão insulina / corboidratos. - 500 (quantidade habitual de carboidratos ingerida) / dose total de insulina diária. 500 / 20: 25 = 1UI reduz glicemia em 25. 2°: cálculo da quantidade de carboidratos ingeridos na refeição e o bolus de insulina necessário. PRÉ – DM • Marca a antecedência ao DM. RISCO DE POGRESSÃO - Nos primeiros 3 – 5 anos. • Obesidade. • Sobrepeso. Cadu – 8°β / TIII • HF de DM2. • HPP de doença cardiovascular. • DMG. • Uso crônico de antipsicótico. • Hb glicada > 6. • Glicemia jejum ≥ 110. TRATAMENTO - MEV • 150min / semana de atividade física aeróbica de intensidade moderada. - Máximo 2 dias de descanso. • Redução de 7% do peso corporal. - MEDICAÇÃO - > 60 anos, IMC > 35, DMG, SD metabólica, HAS e GJ > 110 • Metformina 500 – 1000mg. - Preferência. • Se intolerância à metformina - Liraglutida. - Pioglitazona. - Orlistate. - Arcabose. DM2 FATORES DE RISCO • Sobrepeso. • Obesidade. • Aumento da circunferência abdominal. • Dislipidemia. • Sedentarismo. • HF de 1° grau. • Pré DM. • PIG. • GIG. • Medicamentos. • Dieta rica em carne vermelha e processados. • Bebidas açucaradas. • Tabagismo. • Asiáticos. • Hispânicos. • Negros. • Americanos. ETIOPATOGÊNESE • Hiperglicemia. • Aumento da síntese de insulina. • Células interiorizam a glicose. • Hiperglicemia. • Células sem necessidade de glicose. • Sintetizado mais insulina. • Células reduzem a exposição de receptores de insulina. - Resistência. • Células β aumentam a síntese de insulina. - Até o ponto em que entram em falência. • Glucagon passa a agir. - Consumo do estoque hepático e lipólise. • Mais hiperglicemia e resistência insulínica. APRESENTAÇÃO CLÍNICA • Perda ponderal discreta. Cadu – 8°β / TIII • Redução da acuidade visual. • Disfunção erétil. • Fadiga. • Inquietação. • Irritabilidade. • Infecção de repetição. - Principalmente ITU. RASTREAMENTO NO ADULTO - POPULAÇÃO • ≥ 45 anos. - ADA: 35 anos. • Obesos ou com sobrepeso com +1 fatores de risco. - HF de 1° grau. - Afro descendentes. - Hispânicos. - Indígenas. - HPP de doença cardiovascular. - HAS. - HDL < 35. - TG > 250. - SOP. - Sedentarismo. - Acantose nigricans. - Pré – diabéticos. - HPP de DMG. - HIV. - PERIODICIDADE • 3 em 3 anos. - Antes se alteração de peso ou modificação de fatores de risco. • 12 em 12 meses. - +1 fator de risco. RASTREMANETO EM CRIANÇA E ADOLESCENTE ASINTOMÁTICOS - CRITÉRIOS • Sobrepeso ou obesidade e pelo menos 1 fator de risco. - Histórico de diabetes materno. - HF de DM2 em 1° ou 2° grau. - Etnia de risco. - Sinais de resistência à insulina. - Acantose nigricans. - HAS. - Dislipidemia. - SOP. - Baixo peso ao nascer. TRATAMENTO - METAS - Alvos glicêmicos menos rígidos: < expectativa de vida, neoplasia avançada, DCV, DR, DM avançado, risco de hipoglicemia grave ou não percebida, função cognitiva comprometida e capacidade funcional comprometida. - NÃO FARMACOLÓGICO • Adulto - 150min / 3 dias / semana de atividade física de intensidade moderada – vigorosa. Cadu – 8°β / TIII • Criança - 60min / dia de atividade física por pelo menos 3 dias / semana. • Assistência psicossocial. • Cessar tabagismo. - MEDICAÇÕES • Fatores que influenciam na escolha - Hb glicada. - Comodidade e comorbidades do paciente. - Função renal. • Metformina é 1ª escolha. • ECOLHA DA 2ª E 3ª DROGAS - Segurança: comorbidades do paciente e CI. - Características da doença: grau de resistência e deficiência à insulina. - Características da droga: potência hipoglicemiante e ação no jejum e pós – prandial. - Características do paciente: peso, nível socioeconômico, risco de hipoglicemia e preferência pessoal. • 3ª DROGA - Tentar medicação com mecanismo diferente por 3 meses. - Insulinoterapia se resposta inadequada. • ESCOLHA DA DROGA - DRC: ISGLT2 e agonista do receptor GP1. - Cardiopatia: ISGLT2 e agonista do receptor GLP1. - IC: evitar sulfonilureias e pioglitasona. - Idoso: evitar sulfonilureias, visto risco de hipoglicemia. - Obeso: agonista do receptor GLP1, ISGLT2, IDPP4 e evitar sulfonilureias. - INSULINOTERAPIA • ESQUEMA BEDTIME - Inicialmente 0,1 – 0,2UI / Kg / dia à noite. Começar com 5 – 10UI. - Monitorar pelo jejum e fazer o ajuste de 2 – 3UI a cada 2 – 3 dias até atingir a meta. - Dividir a dose em 2 / 3 pela manhã e 1 / 3 à noite a partir de 0,5UI / Kg / dia. • ESQUEMA BASAL - PLUS - NPH + regular antes da principal refeição do paciente no dia (a que causa maior variabilidade glicêmica, normalmente o almoço). • ESQUEMA BASAL – BOLUS - 0,5 – 1,5UI / Kg / dia. • COMBINAÇÃO DE MEDICAÇÕES - Metformina: normalmente mantem devido menor ganho de peso e risco de hipoglicemia noturna. - IDPP – 4: leva a menor necessidade de insulina, sendo mantida também. - ISGLT2: levam a terapia mais efetiva, com maior redução da Hb glicada. Mantem também, porem facilita o ganho de peso. - Sulfonilureias: suspende assim que iniciar insulinoterapia. SITUAÇÕES ESPECIAIS • COMO DIFERENCIAR - Solicitar que o paciente mensure a glicemia às 2h da manhã. - Se hiperglicemia: alvorecer. - Se hipoglicemia: Somogyi. FENÔMENO DO ALVORECER • Hiperglicemia matinal causada pelos contrarreguladores. - GH e cortisol. - CD • Aumentar a dose noturna de insulina basal. Cadu – 8°β / TIII EFEITO SOMOGYI • Hiperglicemia matinal por liberação de contrarreguladores em resposta a uma hipoglicemia noturna. - Possivelmente devido ingesta aumentada de carboidratos para corrigir hipoglicemia. - CD • Reduzir a dose noturna de insulina basal e orientar que faça a aplicação mais cedo. ACOMPANHAMENTO NÃO INSULINIZADO • Hb glicada. • Frutosamina. - Mensura o conjunto de proteínas que sofrerem glicação. - Quando: anemia ferropriva, talassemia, anemia faciforme, DRC. Doenças que interferem na Hb glicada. INSULINIZADO • Hb glicada. • Diário glicêmico. - 2h após café da manhã, antes do almoço, 2h após o almoço, antes do jantar, 2h após o jantar e antes de dormir.