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Diabetes Roberta, 45 anos, DM2 • Dificuldades para controlar a glicemia sempre alta (>250 mg/dl), e quando baixa mais do que isso passa mal • Metformina 850 mg (café-almoço-jantar) • Glibenclamida 5 mg (café-almoço) começou a tomar e passou mal, por isso parou HbA1c: 8,5% Prevalência 175 milhões não sabem! O que é? • Hiperglicemia, resultante de insuficiência relativa ou absoluta da secreção de insulina e/ou vários graus de resistência periférica à ação da insulina Célula β Célula α Célula Delta Célula PP Polipeptídeo Pancreático Somatostatina Glucagon Insulina O que acontece no organismo? E se a insulina falta ou se ela não funciona? • Redução na captação da glicose pelo músculo, fígado e tecido adiposo; • Aumento da produção hepática de glicose; • Hiperglicemia, no jejum e no pós-prandial; • Aumento na produção de ácidos graxos livres a partir da lipólise; • Depleção de proteínas e aumento de aminoácidos plasmáticos. Se o DM está descompensado os valores de triglicerídeos do paciente permanecem elevados E se a insulina falta ou se ela não funciona? Ácidos graxos + def. insulina Lipoproteínas conversão hepática de ácidos graxos em fosfolipídios e colesterol Classificação DM1 DM2 Gestacional Outros >99% DOS CASOS Pâncreas Normal DM1 DM2 Insulina Glicose Diabetes tipo 1 O pâncreas perde a capacidade de produzir insulina (rápida ou lentamente – LADA) • Destruição das células β pancreáticas • Deficiência absoluta de insulina • O paciente precisará invariavelmente de insulina Diabetes tipo 2 Graus variáveis de resistência e deficiência insulínica • Inicialmente ocorre aumento da quantidade de insulina • Em longo prazo pode ocorrer disfunção das células β pancreáticas • O paciente PODE precisar de insulina DM1 (5-10%) • Destruição autoimune das células beta (tipo 1A) ▪ Rápida (crianças / jovens) ▪ Lenta (LADA) • Idiopática (tipo 1 B) DM2 (90-95%) • Hiperglicemia, resistência à insulina, e deficiência parcial na secreção de insulina • Prevalência aumenta com obesidade DM 2 – Fatores de risco Clínicos Estilo de vida Gordura visceral Obesidade Etnia História familiar Condições clínicas Medicamentos Metabólicos Hemoglobina glicada de 5 a 6,5% Glicemia de jejum alterada Tolerância a glicose diminuída Outros Amamentação Hormônios sexuais F a to re s d e R is c o D M 2 100 X com IMC >35kg/m2 Como acontece? 1. Resistência a insulina tecidos periféricos + hiperinsulinemia compensatória 2. ilhotas de Langerhans perdem gradualmente sua habilidade de responder às flutuações na glicemia (PP) 3. Liberação basal de insulina é afetada 4. Falência DM 2 (90-95%) DM 2 - Prevenção • Benefícios da redução do peso (se sobrepeso ou obesidade) e da prática de atividades físicas regulares (150 minutos/semana) na prevenção do diabetes • Dieta • Necessidade de controle de comorbidades que aumentam o risco cardiovascular (hipertensão, dislipidemia, tabagismo, doença renal) • Medicamentos Resumindo Síndrome metabólica • Coexistência de um conjunto de fatores de risco cardiovasculares, usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência à insulina. Estes fatores incluem a obesidade abdominal, a hiperglicemia, a dislipidemia e a hipertensão. Síndrome metabólica A síndrome metabólica ocorre quando pelo menos 3 critérios são observados simultaneamente Diagnóstico DM • Glicemia casual ≥200 mg/dl + sintomas (sede, poliúria, perda de peso, visão embaçada) Glicemia jejum ≥126 TOTG ≥200 HbA1c ≥6,5% Um resultado anormal deve ser confirmado Pré-DM Glicemia jejum 100- 125 TOTG 140-200E Tolerância a glicose diminuída Glicemia de jejum alterada Glicemia jejum 110-125 Complicações Agudas • Infecções • Condições críticas • Medicamentos (Corticosteroides, α e β bloqueadores, pentamidina, agentes simpatomiméticos, diuréticos) • Privação de tratamento Complicações Agudas Glicemia (mg/dl) 90 36 18 54 Normoglicemia Sintomas de hipoglicemia Neuroglicopenia Neuroglicopenia severa Classificação Contrarregulação ou consequência fisiológica ↓ insulina endógena Hipoglicemia GH: hormônio do crescimento Liberação glucagon e adrenalina Liberação GH Liberação cortisol Início sintomas autonômicos Prejuízo da cognição Coma, convulsão Complicações Agudas Hipoglicemia na farmácia: o que fazer? • Sintomas do paciente e esta deve preferencialmente confirmados por teste de glicemia capilar; • Administração de tabletes de glicose via oral ou carboidratos de absorção rápida tais como balas, suco de frutas com açúcar, refrigerantes, mel, açúcar puro, entre outros; • Para pacientes inconscientes, caso os familiares disponham de kit para injeção de glucagon (intramuscular ou subcutânea), administrar. Apesar das evidências conflitantes, a maioria dos especialistas recomendam a aplicação de açúcar diretamente sobre a mucosa oral do paciente, massageando a fim de promover a absorção local. Complicações crônicas Nefropatia • Principal causa de doença renal crônica • Rastreamento a partir do diagnóstico • Microalbuminúria e é marcador precoce para o desenvolvimento de doença renal crônica Nefropatia • Prevenção controle da glicemia e PA • IECA e BRA (redução albuminúria) • Hipolipemiantes • AAS • Cessação tabagismo Retinopatia • A retinopatia diabética é uma complicação crônica do DM que, após 20 anos de duração da doença, ocorre em 99% dos pacientes com diabetes tipo 1 e em 60% dos pacientes com diabetes tipo 2 • Níveis de glicemia e PA elevados, junto com longo tempo de duração do DM, são os principais fatores de risco ▪ Exame oftalmológico completo ▪ Tratamento medicamentoso controverso ▪ Fotocoagulação – Cx a laser Neuropatia • A polineuropatia diabética é a complicação mais frequente e tem sua prevalência aumentada de acordo com o tempo de diagnóstico (50%) Neuropatia • Controle metabólico • Tratamento da dor ADP tricíclicos (amitriptilina: 25-150mg/d), pregabalina (150-600mg/d), gabapentina (900-1800mg/d) Manifestação clínica: dormência ou queimação, formigamento, pontadas, choques, agulhadas, desconforto ou dor ao toque e diminuição ou perda de sensibilidade tátil. Autonômica: hipotensão postural, arritmias, retenção urinária, gastroparesia, pele seca, redução do reflexo fotomotor e miose Disfunção erétil • 6-75% de acordo com a idade • Tratamento Mecanismo que sinaliza o estímulo erétil pode ser afetado por alterações vasculares, neurológicos, hormonais e psicológicas ▪ Controle da glicemia ▪ Mudança de estilo de vida, aconselhamento psicossocial, abandono do tabagismo e terapia de reposição hormonal ▪ Inibidores de fosfodiesterase Pé diabético • Transtornos tróficos que ocorrem na pele e estrutura osteoarticular do pé de indivíduos diabéticos podendo levar a ulceração, infecção e gangrena • Até 25% dos pacientes desenvolvem ulceração no pé em alguma fase da evolução da doença ▪ Neuropatia periférica ▪ Vasculopatia periférica ▪ Alteração biomecânica do pé Pé diabético Doença vascular periférica Neuropatia periféricaNeuropatia autonômica Ateros- clerose Embolia distal Aporte reduzido de oxigênio, nutrientes, antibióticos Gangrena extensa Síndrome do dedo azul Retardo na cicatrização Infecção Gangrena Amputação Déficit reação de alerta Déficit sudorese Auto- simpatectomia Pele seca Redução fluxo Sanguíneo Aumento reabsorção óssea Colapso articular Pé de Charcot Novos pontos de pressão Sensitiva Motora Perda da sensibilidade protetora Predisposição a trauma Atrofia de inter-ossos Deformidades dos dedos Ulceração Pé diabético • Exame pés 1x/ano ou a cada visita a profissional de saúde O que investigar? ▪ Dor ▪ Câimbras ▪ Parestesia ▪ Eritema ▪ calosidades ou algum problema ou alteração nos pés ou nas unhas ▪ dificuldade de marcha ou no equilíbrio Pé diabético • Tratamento ▪ Retirarcarga: evitar estresse mecânico sobre a área afetada ▪ Debridamento ▪ Curativo: solução salina 3-4 x/dia ▪ Tratamento da infecção: não indicar neomicina+bacitracina (ineficaz e pode prejudicar o tratamento) ▪ Reconstrução vascular ▪ Amputação Pé diabético • Orientações ▪ Cigarro: restrição absoluta ▪ Sapatos ▪ Couro macio, salto baixo, frente folgada e profundidade suficiente para acomodar a deformidade dos dedos. Tênis para caminhada, com essas mesmas características, também são adequados. ▪ Examinar os sapatos antes de calçá-los a fim de identificar presença de objetos estranhos. ▪ Não usar sandálias abertas, com tiras entre os dedos, nem sandálias ou sapatos de plástico. Nunca andar descalço. Pé diabético • Orientações ▪ Higiene dos pés ▪ Usar espelho para ver região plantar ▪ Lavar os pés diariamente enxugando bem entre os dedos ▪ Procurar por calos, bolhas, frieiras, ferimentos ▪ Aplicar hidratante neutro (ex. Ureia 10% creme), exceto entre os dedos. ▪ Temperaturas extremas ▪ Evitar bolsa de água quente, evitar deixar os pés de molho em água quente ou exposição ao frio excessivo. Pé diabético • Orientações ▪ Unhas e calos ▪ Cortar as unhas retas ▪ Não cortar calos ou usar calicidas ▪ Não tirar cutícula ▪ Unhas encravadas e calosidades devem ser avaliadas por equipe de saúde ▪ Evitar tratar pés/unhas em salão de beleza ▪ Não usar lixa metálica ▪ Cuidado com animais e insetos: evitar ferimentos e picadas Doenças Macrovasculares Fatores Patogênicos • Disfunção endotelial • Microangiopatia diabética • Dislipidemia • Resistência a insulina • Estresse oxidativo • Glicação não-enzimática • Alteração da hemostasia Doenças Macrovasculares • O risco cardiovascular de um paciente diabético aumenta na medida em que se soma a presença de fatores de risco • IAM ▪ Apenas diabetes - 2,5X ▪ Diabetes + hipertensão – 8X ▪ Diabetes + hipertensão + dislipidemia – 19X Doenças Macrovasculares • Novidades quanto ao risco cardiovascular!!! Doenças Macrovasculares • Novidades quanto ao risco cardiovascular!!! *Estratificadores de risco: idade > 49 anos no homem e > 56 anos na mulher; tempo de diagnóstico do diabetes > 10 anos (válido para pacientes que receberam o diagnóstico de diabetes após os 18 anos de idade); história familiar de parente de primeiro grau com DCV prematura (< 55 anos para homem e < 65 anos para mulher); tabagismo (pelo menos um cigarro no último mês); hipertensão arterial sistêmica; síndrome metabólica; presença de albuminúria > 30 mg/g de creatinina; retinopatia; Taxa de filtração glomerular < 60 mL/min; retinopatia diabética; neuropatia diabética. AAS E ESTATINA Doenças Macrovasculares • Prevenção secundária ▪ Hipoglicemiantes ▪ Estatina ▪ AAS ▪ Betabloqueador ▪ IECA ou BRA Tratamento DM Gestão da doença por equipe multiprofissional Farmacoterapia anti- hiperglicemiante Educação do paciente para autocuidado e monitoramento Mudança de estilo de vida Não-farmacológico • Redução de peso • Atividade física • Dieta ▪ Reduzir consumo de gordura (exceto poli-insaturados – ômega 3 e 6) ▪ Reduzir consumo de carboidratos ▪ 30 a 45 gramas de carboidratos nas refeições e 15 a 20 gramas de carboidratos para lanches, com o objetivo de não menos de 130 gramas de carboidratos/dia. Preferir alimentos com menor índice glicêmico (impacto relativo de alimentos contendo carboidratos na glicose sanguínea) Não-farmacológico • Dieta Antidiabéticos orais • Hipoglicemiantes 1. Medicamentos que aumentam a secreção de insulina • Anti-hiperglicemiantes 2. Medicamentos que não aumentam a secreção de insulina • Dependente de glicose • Supressão de glucagon 3. Medicamentos que aumentam a secreção de insulina de forma dependente Medicamentos que aumentam a secreção de insulina Hipoglicemiantes • Sulfoniluréias Célula Hiperglicemia ATP ADP Canais K+ATP fechados Ca++ Ca++ Sulfoniluréias e Glinidas Liberação de insulina Redução de 50-60 mg/dl e de 1,5-2% na HbA1c Hipoglicemiantes • Sulfoniluréias Hipoglicemiantes • Sulfoniluréias Reações Adversas 1. Hipoglicemia 2. Ganho de peso Hipoglicemiantes • Sulfoniuréias Orientações aos pacientes ▪ Monitorar sinais/sintomas de hiperglicemia ou hipoglicemia e relatar dificuldades no controle glicêmico, especialmente durante períodos de estresse causado por infecção, febre, trauma ou cirurgia ▪ Hipoglicemia, que pode prejudicar a concentração e os tempos de reação, o paciente deve ter cuidado ao fazer atividades que exigem prontidão ou coordenação mental, tais como dirigir ou operar máquinas pesadas Hipoglicemiantes • Sulfoniuréias Orientações aos pacientes ▪ Não ingerir bebidas alcoólicas enquanto estiver tomando este medicamento, pois isso pode aumentar o risco e a gravidade da hipoglicemia ▪ Tomar o medicamento após a refeição e não permanecer em jejum por períodos prolongados, a fim de evitar hipoglicemia ▪ Se o paciente pular uma refeição, não deve tomar a dose do medicamento neste horário. Hipoglicemiantes • Glinidas ▪ Início de ação rápido (30 min) e curta duração (até 4h) – Útil para reduzir a glicemia pós- prandial ▪ Redução na glicemia pós-prandial entorno de 50 mg/dl, e da HbA1c em 1,0-1,5% ▪ Menos episódios de hipoglicemia ▪ 3 tomadas por dia Hipoglicemiantes • Glinidas Reações Adversas 1. Hipoglicemia (16-31%) **Cautela com pacientes com doença renal Por quê não pegou? Medicamentos que não aumentam a secreção de insulina Anti-hiperglicemiantes • Inibidores da alfa-glucosidase (Acarbose) ▪ Retardam a absorção de carboidratos no intestino delgado, com resultados principalmente na glicemia pós-prandial ▪ Redução de 15-130 mg/dl na glicemia PP e 0,5-1,0% de HbA1c ▪ Modesta redução nos níveis de triglicerídeos ▪ Devido à baixa eficácia, são raramente utilizados isoladamente e não são recomendados como terapia inicial em pacientes com hiperglicemia moderada a grave (HbA1c ≥9%) ▪ Dose: 25mg 1-2x ao dia 100mg 3x ao dia (máximo) Anti-hiperglicemiantes • Inibidores da alfa-glucosidase (Acarbose) Reações Adversas 1. Desconforto abdominal (11%-21%) 2. Diarreia (28%-33%) 3. Flatulência (41%-77%) Anti-hiperglicemiantes • Inibidores da alfa-glucosidase (Acarbose) Orientações aos pacientes ▪ O paciente deve ingerir o medicamento com a primeira porção de comida em cada refeição principal ▪ Se a dose for esquecida e a refeição já foi completa, o paciente deve ignorar a dose Anti-hiperglicemiantes • Glitazonas ▪ Alteração na função dos adipócitos (metabolismo de ácidos graxos) ▪ Redução de 20-40% (reduz lipotoxicidade) ▪ Melhora a ação da insulina nos músculos (efeito sensibilizador) ▪ Reduz glicemia de jejum em 35-40 mg/dl e HbA1c em 1,0-1,5% ▪ Reduz triglicerídeos ▪ Pioglitazona: 15mg 1x ao dia 45 mg/d (dose máxima) ▪ Rosiglitazona: 4-8 mg/d Anti-hiperglicemiantes • Glitazonas Reações Adversas 1. Ganho de peso (2 kg) 2. Edema em membros inferiores (redução na excreção renal de sódio e aumento da retenção de água) **Precauções em doença hepática e ICC Anti-hiperglicemiantes • Glitazonas Orientações aos pacientes ▪ Aconselhar mulheres na pré-menopausa e pacientes anovulatórias a utilizar método contraceptivo, pois o medicamento pode estimular a ovulação ▪ Instruir o paciente para relatar imediatamente sinais/sintomas suspeitos de insuficiência cardíaca congestiva(por exemplo, falta de ar, edema, rápido ganho de peso), disfunção hepática, ou qualquer tipo de alteração visual Anti-hiperglicemiantes • Glitazonas Orientações aos pacientes ▪ Indicar ao paciente que o controle glicêmico pode não ocorrer durante cerca de 2 semanas e o efeito completo não pode ser realizado até 2-3 meses de terapia ▪ Aconselhar o paciente para monitorar sinais/sintomas de hipoglicemia e relatar dificuldades com o controle glicêmico Anti-hiperglicemiantes • Biguanidas ▪ Diminui a produção hepática de glicose ▪ Aumenta a utilização de glicosemediada por insulina em tecidos periféricos (tais como músculos e fígado) ▪ Reduz eventos cardiovasculares ▪ 50-80 mg/L e HbA1c de 1,5-2% ▪ Primeira escolha para o tratamento oral da diabetes do tipo 2 ▪ Redução de mortalidade cardiovascular e por todas as causas Metformina: 850mg 1x ao dia 3 x ao dia/ 500mg XR 1x ao dia 2g 1x ao dia (ou fracionado em 2 doses) Anti-hiperglicemiantes • Biguanidas Reações Adversas 1. Gastrointestinais (20-30%) 2. Acidose Lática **Precauções em doença renal : Não recomendado quando ClCr 30-45ml/min e contra-indicado quando ClCr <30ml/min O que fazer se o paciente tem intolerância GI? Agentes que aumentam a secreção de insulina dependente de glicose e que diminuem a secreção de glucagon Incretinas • Sistema de incretinas GIP: Polipeptídeo inibitório gástrico GLP-1: Peptídeo semelhante ao glucagon 1 Incretinas • Análogo do GLP-1 • Exenatina-4 ▪ dose-dependente e glicose-dependente ▪ 1% HbA1C ▪ SC ▪ Redução de peso 5-10mcg a cada 12 horas Incretinas • Análogo do GLP-1 Reações Adversas 1. Náuseas e vômitos 2. Pancreatite e IR (raros) **não deve ser utilizada em pacientes com clearance de creatinina inferior a 30 mL/min Anti-hiperglicemiantes • Exenatida Orientações aos pacientes ▪ Instruir o paciente a procurar atendimento médico imediato em casos de sintomas de pancreatite: dor abdominal intensa, quase sempre de início abrupto, na região superior do abdômen, que pode se irradiar para as costas ▪ Aconselhar o paciente a relatar reações no local da injeção (por exemplo: nódulos, abscesso, celulite, ou necrose) ▪ Caso uma dose tenha sido omitida, instruir que o paciente pule a dose. Não administrar a dose após uma refeição Tratamento • Análogo GLP1 • Liraglutida ▪ 1% HbA1C ▪ Não é tratamento de 1° Linha ▪ SC ▪ 0.6mg 1x ao dia 1,2mg 1x ao dia 1,8mg 1x ao dia Tratamento • Inibidores da DPP-IV (Gliptinas) ▪ Dipeptidil peptidase-4 (DPP-4) desativa peptídeos bioativos ▪ Sitagliptina, saxagliptina, linagliptina, vildagliptina e alogliptina ▪ Redução de HbA1C 0,6-0,8% Tratamento • Inibidores da DPP-IV (Gliptinas) Reações Adversas 1. Dor de cabeça 2. Infecção do trato respiratório superior 3. Pancreatite aguda (raro) Tratamento • Inibidores do co-transportador glicose-sódio do tipo 2 (SGLT2) ▪ Promovem a excreção renal de glicose ▪ Reduzem modestamente a elevação dos níveis de glicose (0,5-1,0%) ▪ Efeito limitado pela quantidade de filtração de glicose renal ▪ Dapaglifozina (5-10mg 1x/d) ▪ Empaglifozina (10-25mg 1x/d) ▪ Canaglifozina (100-300mg 1x/d) Glifozinas Glifozinas • Inibidores do co-transportador glicose-sódio do tipo 2 (SGLT2) Reações Adversas 1. Candidíase 2. ITU 3. Câncer de bexiga (raro) Como escolher o tratamento Monitoramento Metas GLICEMIA DE JEJUM GLICEMIA PRÉ- PRANDIAL GLICEMIA PÓS PRANDIAL HbA1C ADA/EASD <100 mg/dl <130mg/dl <180mg/dl <7% <6,5% em populações específicas* <8% em populações específicas** SBD <100mg/dl <100mg/dl Até 160mg/dl Em torno de 7% em adultos, entre 7,5-8,5% em idosos dependendo do estado de saúde** ADA: American Diabetes Association; EASD: European Association for the Study of Diabetes; SBD: Sociedade Brasileira de Diabetes. *Sem risco de hipoglicemia ou outros efeitos colaterais da medicação, com duração curta de DM. **Com história de hipoglicemia grave, expectativa de vida limitada, complicação micro ou macrovascular avançada, muitas comorbidades associadas ou duração prolongada de DM. OBSERVAÇÃO: Jejum definido como 8 horas sem ingestão calórica; pré-prandial definido como imediatamente antes de uma refeição; pós-prandial definido como 1-2 após o horário do início de uma refeição Como monitorar a GC? Tipo 1 ou 2 usuários de insulina, 2 testes /dia horários diferentes Tipo 2, 2 testes /semana horários diferentes Insulinas Caso • Luis, professor, procura o farmacêutico e pede para falar com o farmacêutico “João, to precisando de ajuda com a insulina, de uns tempos para cá parece que isso não funciona mais” • Identificação (ID): 50 anos, caucasiano, 1.82m, 85kg (IMC 25,86 – Sobrepeso) • História Médica Pregressa (HMP): Diabetes tipo 2 (DM2), diagnosticada há 5 anos e dislipidemia, diagnosticada há 2 anos. • Condições e hábitos de vida: nega tabagismo ou etilismo, e refere restringir açúcares e gorduras. • Medicamentos em uso: o Insulina NPH – 30U manha e 10U após jantar o Insulina regular – 7U após almoço e 3U após jantar o AAS 100mg após o almoço o Sinvastatina 40mg antes de dormir. HbA1C = 8,2% Caso Monitoramento Glicêmico (mg/dl) Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Jejum 109 143 124 99 133 103 128 Após café 180 168 185 134 Antes almoço 178 214 190 205 Após almoço 265 250 199 248 Antes jantar 125 101 138 129 112 141 109 Após jantar 241 293 281 232 Hora de dormir 214 273 242 208 Madrugada Insulinas - Origem Tipo/duração da ação Origem Nome comercial® Lispro / Ultra Rápida Análoga Humalog Aspart / Ultra Rápida Análoga NovoRapid Regular / Rápida Humana Novolin R, Humulin R, Insuman R, Biohulin R Suína Purificada / Mista* Neosulin R, Iolin R Suína monocompetente Actrapid MC NPH / Intermediária Humana Novolin N, Humulin NPH, Insuman N, Biohulin N Suína Purificada / Mista* Neosulin N, Iolin N Zíncica / Intermediária Humana Novolin L§ Ultralenta / Longa Humana Novolin U§ Detemir Análoga Levemir Glargina Análoga Lantus Degludeca Análoga TresibaTM Insulinas - Ação Insulinas humanas Perfil de ação* Preparação/ação Aparência Início da ação Pico Duração Ultra-rápida Lispro Límpida 15-30 min 0,5-3 h 3-5 h Aspart Límpida 15-30 min 0,5-3 h 3-5 h Glulisina Límpida 15-30 min 0,5-3 h 3-4 h Inalada - 10-20 min 0,5-3 h ~6 h Rápida (R) Regular (cristalina) Límpida 30-60 min 2-4 h 6-8 h Intermediária NPH§ (Isofana) Turva 1-2 h 6-12 h 18-24 h Lenta (Zíncica) Turva 1-3 h 6-12 h 18-26 h Insulinas - Ação Longa Aparência Início de ação Pico de ação Duração Ultralenta Turva 4-6 h 10-16 h 24-48 h Protamina zinco (PZI) Turva 3-8 h 14-24 h 24-40 h Detemir Límpida 3-4 h Mínimo > 24 h Glargina (Lantus®) Límpida 4-6 h Mínimo¤ > 24 h Degludeca (Tresiba®) Límpida Após 2h Sem pico > 40 h Insulinas animais Perfil de ação* Preparação/ação Aparência Início da ação Pico Duração Rápida (R) 0,5-2 h 3-4 h 6-10 h NPH (N) 4-6 h 8-14 h 20-24 h Lenta (L) 4-6 h 8-14 h 20-24 h Ultralenta (U) 8-14 h Mínimo 24-36 h INSULINAS Início de terapia insulina • Segunda linha • Pacientes com HbA1C >8,5% • Não alcançam metas com associação de ADO • Primeira linha • Pacientes com HbA1C >10,0% • Glicemia jejum >250 mg/dl • Glicemia casual >300 mg/dl • Cetonúria • Perda de peso • Estresse metabólico agudo (Pacientes críticos) Como ajustar a insulina NPH 10-15U ou 0,2U/Kg/dia à noite Verificar GJ e aumentar a dose, 2U 3/3 dias, até atingir níveis em jejum na faixa alvo (110- 120mg/dl). 4-6UI se GJ >180mg/dl A1c ≥ 7% após 2-3 meses? Hipoglicemia ou glicemia <70 mg/dl reduzir a insulina da hora de dormir em ≥4U ou 10- 20% se a dose for > 60U. Não Sim Checar HbA1c a cada 3 meses Como ajustar a insulina? Sim Se a glicemia em jejum está na faixa alvo (70-130 mg/dl), monitorar glicemia pré-prandial (almoço e jantar) e na hora de dormir. Se resultados estiverem acima de 130 mg/dl, adicionar uma segunda injeção diária. Pode-se iniciar com 4UI e ajustar 2-3UI a cada 3 dias até alcançar a meta. Glicemia pré-almoço fora da faixa: adicionar insulina de ação rápida no café da manhã* Glicemia pré-jantar fora da faixa: adicionar insulina NPH no café da manhã ou de ação rápida no almoço Glicemia na hora de dormir fora da faixa: adicionar insulina de ação rápida antes do jantar Esquemas comuns 1. Uma injeção diária de insulina de ação intermediária antes do desjejum, para minimizar a hiperglicemia pós-prandial do almoço e pré-prandial do jantar, ou à noite, para reduzir a hiperglicemia matinal. 0,2X 90 18 UI NPH noite ou após desjejum (T ½ vida 20-24h) 90 kg Esquemas comuns 2. Duas injeções diárias de insulina de ação intermediária 0,5 X 90 45 UI/dia 25 UI NPH manhã e 20 NPH noite (antes do jantar) 90 kg Não melhorei! Esquemas comuns 3. Duas injeções (misto) 0,5 X 90 45 UI/dia 90 kg Não melhorei. Problemas com a “pré-almoço e antes de dormir” 2/3 manhã 1/3 noite 2/3 NPH 1/3 Reg 1/2 NPH 1/2 Reg 30 UI 20 UI 10 UI 8 UI 7 UI Esquemas comuns 4. Três injeções 0,5 X 90 45 UI/dia 90 kg Ainda não estou bem! 2/3 manhã 1/3 noite 2/3 NPH 1/3 Reg 1/2 NPH 1/2 Reg 30 UI 20 UI 10 UI 8 UI antes de dormir 7 UI antes da janta Deslocar a insulina de ação intermediária de antes da janta para antes de dormir: evita hipoglicemia noturna e otimiza CG ao amanhecer Esquemas comuns 4. Três injeções outra possibilidade 0,5 X 90 45 UI/dia 90 kg Ainda não estou bem! 2/3 manhã 1/3 noite 2/3 NPH 1/3 Reg 1/2 NPH 1/2 Reg 30 UI 20 UI 10 UI antes do almoço 8 UI 7 UI O objetivo principal da insulina regular é reduzir a glicemia pós-prandial do almoço e pré-jantar Esquemas comuns 5. Quatro injeções 0,7 X 90 63 UI/dia 90 kg Não deu certo! Problema durante o dia (pós-prandial) 1/2 refeições 1/2 antes de dormir Café Janta NPH ou de longa ação 11 UI 11 UI 31 UI Almoço 10 UI Insulina UR antes de cada refeição Tratamento intensivo raro em DM 2 e comum em DM1. Recomenda-se contagem de carboidratos INSULINAS Dose noturno diminuir a produção hepática de glicose, com efeito principal na glicemia de jejum Hiperglicemia pós prandial, esquema basa- plus após a principal refeição. INSULINAS Hiperglicemia pós prandial em mais de uma refeição, esquema basa-plus deve ser ampliado. Paciente não responde aos esquemas anteriores, insulinização plena. INSULINAS Opção 1: Cobertura mais uniforme de insulina basal 24h. Opção 2: Ultra-longa basal e cobertura prandial análogos de curta. INSULINAS • Vias de aplicação e velocidade de absorção • SC>IM>IV • Insulina H* • Análogos IH INSULINAS • Rodizio pontos de aplicação • Prega cutânea • Ângulo de aplicação Insulinas Caso • Luis, professor, procura o farmacêutico e pede para falar com o farmacêutico “João, to precisando de ajuda com a insulina, de uns tempos para cá parece que isso não funciona mais” • Identificação (ID): 50 anos, caucasiano, 1.82m, 85kg (IMC 25,86 – Sobrepeso) • História Médica Pregressa (HMP): Diabetes tipo 2 (DM2), diagnosticada há 5 anos e dislipidemia, diagnosticada há 2 anos. • Condições e hábitos de vida: nega tabagismo ou etilismo, e refere restringir açúcares e gorduras. • Medicamentos em uso: o Insulina NPH – 30U manha e 10U após jantar o Insulina regular – 7U após almoço e 3U após jantar o AAS 100mg após o almoço o Sinvastatina 40mg antes de dormir. Insulina/dia – ??? HbA1C = 8,2% Caso Monitoramento Glicêmico (mg/dl) Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Jejum 109 143 124 99 133 103 128 Após café 180 168 185 134 Antes almoço 178 214 190 205 Após almoço 265 250 199 248 Antes jantar 125 101 138 129 112 141 109 Após jantar 241 293 281 232 Hora de dormir 214 273 242 208 Madrugada Caso Monitoramento Glicêmico (mg/dl) Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Jejum 109 143 124 99 133 103 128 Após café 180 168 185 134 Antes almoço 178 214 190 205 Após almoço 265 250 199 248 Antes jantar 125 101 138 129 112 141 109 Após jantar 241 293 281 232 Hora de dormir 214 273 242 208 Madrugada O que fazer? Contagem de carboidratos CONTAGEM DE CARBOIDRATOS • O que é a contagem de carboidratos? Glicemia Carboidrato Insulina CONTAGEM DE CARBOIDRATOS EFEITO NA GLICEMIA CONTAGEM DE CARBOIDRATOS • Regra geral: 1 UI – 15g CONTAGEM DE CARBOIDRATOS Contagem de carboidratos INSULINAS • Bolus de correção: quantidade de insulina para corrigir a glicemia • Sensibilidade insulínica: • 1800/dose total de insulina (regula, lispro ou aspart) • 1500/dose total de insulina (Regular) INSULINAS • Vamos praticar? • Paciente em uso de 35 UI diária. 1 U de insulina ultra rápida baixa 51 pontos na glicemia do paciente! INSULINAS • Antes do almoço: glicemia=300 mg/dl (meta 120-150). • UAU!! Estou com a glicemia muito alta! PRECISO CORRIGIR ISSO! • Para CORRIGIR a glicemia já elevada, precisarei de 3 unidades de insulina, pois FS (fator de sensibilidade) diz que 1 unidade abaixa a minha glicemia em 51mg/dl e minha meta é ficar com glicemia normal de 150mg/dl. 300-150/51: 3 UI Rastreamento na farmácia • Etapa 1 Rastreamento na farmácia • Etapa 2 Serviço farmacêutico SERVIÇOS FARMACÊUTICOS CLÍNICOS • Contextualizando: Não Adesão aos ADO Até 64% Não adesão a insulina DM2 Até 40% 25 estudos PROBLEMAS COMUNS • Paciente não entende a necessidade do medicamento... Ou sua condição clínica. • O paciente desenvolve um evento adverso e entende que o medicamento está fazendo mais mal do que bem. • O paciente tira férias dos seus medicamentos, principalmente nos finais de semana. • O paciente tem uma “experiência prévia”... Que define suas escolhas! Abordagem centrada no paciente melhor estratégia para ADESÃO!!! Concordar para aderir... resultados • Paciente 65 anos, 85Kg, 1,75m, IMC: 29,9 • Diabetes, Hipertensão, DAC – 2 IAMs prévios • A1c 8,5% • PA relatada 160/90 • Prontuário HAS e DM de difícil controle!!! Consulta Farmacêutica resultados MEDICAMENTO 7h30 Café 12h30 Almoço 16h Lanche 19h Jantar 22h Ceia A D A D A D A D A D Enalapril 20 mg 1 1 Carvedilol 12,5 mg 1 1 AAS 100mg 1 Glibenclamida 5mg 1 1 Metformina 850mg 1 1 Sinvastatina 40mg 1 Tosse Esquece Problemas GI “Medo” 5 tomadas/dia resultados MEDICAMENTO 7h30 Café 12h30 Almoço 16h Lanche 19h Jantar 22h Ceia A D A D A D A D A D Enalapril 20 mg 1 1 Carvedilol 12,5 mg 1 1 AAS 100mg 1 Glibenclamida 5mg 1 1 Metformina 850mg 1 1 Sinvastatina 40mg 1 Losartana Alimento? XR? 3 tomadas/dia resultados • Paciente 65 anos, 85Kg, 1,75m, IMC: 29,9 • Diabetes, Hipertensão, DAC – 2 IAMs prévios • A1c 7,0% • MRPA 123/79 Roberta, 45 anos, DM2 • Dificuldades para controlar a glicemia sempre alta (>250 mg/dl), e quando baixa mais do que isso passa mal • Metformina 850 mg (café-almoço-jantar) • Glibenclamida 5 mg (café-almoço) começou a tomar e passou mal, por isso parou HbA1c: 8,5% Diabetes
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