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CISTITE 1. O QUE É: É uma infecção do trato urinário que acomete a bexiga; Todas as vezes que os mecanismos de defesa não funcionarem e a bactéria(E.coli) colonizar, ocorre: → E.coli adere ao epitélio através das fimbrias P ou pelos do tipo 1: fimbrias se ligam aos receptores presentes na superfície do epitélio urinário da bexiga denominados uroplaquinas (glicoproteínas manosiladas) e isso induz a internalização da bactéria no interior do epitélio → A bactéria depois de internalizada, replica indiscriminadamente já que ela esta protegida no interior da célula. Conforme ela replica, a célula epitelial “percebe”, inicia uma série de eventos de sinalização celular, alterando sua função. → Uma dessas sinalizações vai induzir a produção de quimiocinas e citocinas (IL-6 e IL-8) que atraem polimorfos nucleados na região, principalmente neutrófilos. Essas células tentam depurar essas bactérias mas algumas ficam dentro das células e os polimorfos não conseguem ser tão eficientes → O epitélio “percebe” que há ainda infecção ativa no seu interior e por isso, ativa vias de apoptose e exfoliação. As células infectadas na superfície entram e m apoptose e se desligam do epitélio como forma de defesa. Como forma corpos apoptóticos e fragmentos celulares, a célula consegue liberar a bactéria (que estava no seu interior) para ser eliminada junto com a urina. Isso é denominado exfoliação 2. Cistite de repetição: · infecções recorrentes do trato urinário isso é normal em mulheres e geralmente não estão a associados a problemas anatômicos no trato urinário. Nos homens, por outro lado, a ITU é uma ocorrência rara, quando ocorre com frequência, quase sempre é porque há alguns problemas estrutural no sistema urinário. · Cistite repetitiva caracteriza quando paciente relata três episódios de cistite em um ano ou dois episódios em seis meses. De 20 a 50 % das mulheres com diagnósticos de cistite poderão apresentar recorrência. SINTOMAS DA CISTITE: Quando a infecção é somente na uretra dificilmente ocorrerão sinais e sintomas, eles ocorrem quando os microrganismos já chegaram na bexiga. Os principais sintomas são demonstrados na próxima figura e são eles: → Disuria: dor ou desconforto na micção. → Frequência urinaria aumentada: além da dor, paciente vai várias vezes ao banheiro mas faz pouco xixi. → Urgência urinaria: paciente não consegue segurar. Assim que sente vontade, precisa ir ao banheiro. → Mudança da cor: pode estar mais escura , mais clara e turva. É sinal de que há mais bactérias crescendo. → Presença de sangue: devido processo inflamatório, pode ocorrer lesões. → Odor desagradável: é característico da ITU a urina ficar com cheiro diferente. → Desconforto supra pubiano ou dorsal: sensação de pressão no abdome inferior, bem próximo de onde fica a bexiga. Isso acaba induzindo a frequência e urgência a urinar. Paciente refere dor. → Noctúria: quando es tá com ITU, paciente sente vontade de urinar varias vezes durante a noite. → Febre e mal estar: não é muito comum, estão associados a casos mais graves. Normalmente, estão associados a cistite: disuria, frequência aumentada e urgência urinária. 3. FATORES DE RISCOS: Na imagem abaixo ,há um resumo do que ocorre na cistite. 1. Ocorre contaminação da uretra que pode atingir bexiga ; 2. Quando atinge bexiga, ocorre adesão de fimbrias P ou pelos do tipo 1 ao epitélio da bexiga ; 3. Microrganismo começa a multiplicar depois de endocitado; 4. A célula epitelial começa ativar seu sistema de apoptose e produção de quimiocinas e citocinas; 5. Ocorre influxo dos polimorfos nucleares ( indução de um processo inflamatório) ao mesmo tempo que células ativam a exfoliação para eliminar as bactérias; 6. Se isso não for suficiente para conter o processo infeccioso, as bactérias podem atingir o ureter e os rins levando ao quadro de pielonefrite. Grande problema é quando essas bactérias atingem a corrente sanguínea (11), causando bacteremia, podendo evoluir para choque séptico Com o esquema acima, deve-se considerar os fatores de risco: → Refluxo vesicoureteral: na micção fisiológica, conforme aumenta a pressão vesical, a valva entre ureter e bexiga fecha devido a posição obliqua no ureter. Com isso, todo o liquido na bexiga é eliminado para fora. Quando essa valva está insuficiente por incompetência primaria (defeito congênito – valva menor ou não contração correta) ou secundária (problema no ureter, bexiga ou uretra como obstrução, divertículos e inflamação que lesiona a valva) isso favorece a volta da urina, ou seja, refluxo vesicoureteral. → Sexo: as mulheres são mais suscetíveis devido a uretra mais curta, vizinhança de cavidades contaminadas (vagina e reto) e traumatismo nas relações sexuais. Homem tem formação de liquido prostático que tem atividade antibacteriana e por isso, é raro homens jovens apresentarem I TU. É mais comum após os 55 anos já que após os 50 anos pode ocorrer hiperplasia prostática, o que diminui o lúmen da uretra e obstrui o fluxo urinário. → Gravidez: é um fator de risco porque é comum bacteriúria assintomática devido a estase urinaria. A estase ocorre como consequência das dilatações fisiológicas do ureter e da pelve renal e diminuição do peristaltismo. Assim, não consegue eliminar toda a urina. → Obstruções urinárias: diminui a eliminação da urina, favorecendo a colonização. → Refluxo intrarrenal: quando está ocorrendo filtração, a urina chega no ducto coletor e deve passar para o cálice menor, cálice maior e para pelve. Se a papila apresenta algum defeito estrutural, parte da urina que está sendo trazida pelo ducto coletor volta para o parênquima renal. Isso acontece nas hidronefrose. → Isquemias renais: as regiões dos rins que estão sofrendo isquemia são mais sujeitas a infecções. Quando diminui o fluxo sanguíneo em determinada região, ocorre hipoxia e dificulta a chegada de leucócitos. Assim, a depuração de qualquer microrganismo fica prejudicada, o que facilita a ITU. → Imunossupressão e transplantes: aumenta o risco de infecção porque não há uma resposta imunológica adequada para realizar depuração dos microrganismos. → Dispositivos urológicos: o uso de dispositivos facilita a ocorrência de ITU. Conforme imagem anterior, esses mecanismos podem facilitar a ocorrência de pielonefrite que pode ser aguda ou crônica. A pielonefrite pode levar a quadro mais severos. Fatores de Riscos: · Diabetes mellitus; · Presença de cistocele (bexiga caída); · Retenção de urina ou incontinência urinaria · Menopausa; O Tratamento inclui a administração de antibióticos que irão combater a bactéria responsável pela infecção. Porém, em caos de cistite de repetição é muito importante também que outros cuidados sejam tomados pelo paciente para se evitar uma nova ocorrência; Medidas de profilaxia · Beber Água : beba bastante água de preferência mais de 2 litros por dia. A ingestão de líquidos mantem a urina mais diluída e faz com que o paciente sinta necessidade de urinar com mais frequência, ajudando a expelir bactérias que estejam no trato urinário; · Vá ao Banheiro: Evite segurar a urina por muito tempo e evite ficar intervalos maiores que 4 horas sem urinar . A urina parada na bexiga facilita a proliferação de bactérias ; · Roupas leves e limpas: Use roupas leves de algodão, use roupas leves de forma a não deixar a região genital muito úmida pelo suor. A pele úmida, e fechada por muito tempo debaixo de roupas que não permitem a circulação do ar favorece a proliferação de bactérias. Evite o uso de roupa molhadase troque suas roupas intimas regularmente; · Higiene Íntima: Fazer a adequada higiene das partes intimas, mantendo os bons hábitos de higiene pessoal, sempre tomando o cuidado de manter limpa a região íntima e anus. E sempre passar o papel higiênico da frente para trás, para não levar bactérias do ânus para região íntima ; · Estilo de vida Saúdável: Praticar exercícios físicos e manter hábitos de alimentação, saudáveis para aumentar a imunidade; Mapa Mental
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