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Pontos, nós e suturas

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Alice Santos de Lima 4º período 2022/1 Esse resumo não está isento de erros 
 
Pontos, nós e suturas 
 
PROPRIEDADES DOS FIOS DE SUTURA 
Fio de sutura é a porção de um material sintético ou 
derivado de fibras vegetais ou estruturas orgânicas, se 
secção circular com diâmetro muito reduzido em relação 
ao comprimento 
Fio ideal: 
- Boa segurança no nó 
- Adequada resistência tênsil 
- Fácil manuseio 
- Baixa reação tecidual 
- Não possuir ação carcinogênica 
- Não provocar ou manter infecção 
- Manter as bordas da ferida aproximadas até a 
fase proliferativa de cicatrização 
- Ser resistente ao meio no qual atua 
- Esterilização fácil 
- Calibre fino e regular 
- Baixo custo 
CLASSIFICAÇÃO DOS FIOS 
Quanto à estrutura 
Monofilamentar 
- Um único filamento de fio 
- Menor propensão a infecção 
Multifilamentar 
- Vários filamentos de fio 
- Maior propensão à infecção (evitar em locais 
infectados) → quando cai algum detrito, os 
espaços entre os fios entremeados, propicia a 
infecção 
Quanto ao calibre 
Quanto maior o número de “zeros”, menor o diâmetro 
dos fios 
4-0 é menor que 2-0, por exemplo, mas o fio 2 é maior 
que esses 
Quanto mais rígida for a estrutura, maior deverá ser o 
calibre do fio 
Quanto à absorção 
Fios absorvíveis: perdem sua força tênsil em até 60 dias 
→ se rompem por reação de fibrose 
- Simples 
- Cromado 
Fios inabsorvíveis: retêm sua força tênsil por mais de 60 
dias 
 
 
Em qualquer cirurgia pode usar tanto o absorvível 
quanto o inabsorvível, a depender do que se deseja 
como finalidade ao paciente 
NÓS 
É o entrelaçar das extremidades de um fio, formando 
uma alça, para comprimir, ligar ou aproximar estruturas 
ou bordas das estruturas 
Contribuem para o afrouxamento (que deve ser 
evitado): 
- Tipo de nó 
- Treinamento do cirurgião 
- Grau de tensão dos tecidos a serem 
aproximados 
- Natureza do fio 
Fios monofilamentares sintéticos, como fio Nylon e 
Polipropileno são mais propensos a afrouxamento 
Os nós têm que ser dado em sentidos opostos para que 
tenha mais atrito e evitar o afrouxamento 
Estrutura básica do nó 
1º seminó: contenção → duplo 
2º seminó: fixação 
A partir do 3º seminó: segurança 
Tipos de nós cirúrgicos 
Alice Santos de Lima 4º período 2022/1 Esse resumo não está isento de erros 
 
Os mais utilizados são o nó duplo ou “nó do cirurgião” e 
o nó simples 
A. Nó duplo (cirurgião) 
Dois entrecruzamentos na formação do 1º seminó + 2º 
seminó no sentido oposto 
Garante maior segurança 
É o primeiro a ser realizado 
Propriedade auto-estática 
B. Nó simples 
Realizado em subsequência do primeiro nó duplo, em 
sequência de sentidos opostos 
Pode ser executado de algumas maneiras 
Princípios técnicos 
Movimentos iguais das mãos (opostas) executam um nó 
quadrado 
A ponta do fio que muda de lado após a execução do 
primeiro seminó deve voltar ao lado inicial para realizar 
o próximo seminó, em sentido oposto 
O dedo indicador conduz o seminó até o local de 
contenção e fixação 
Os nós podem ser manuais, com uso de instrumentais ou 
mistos 
Nós manuais 
A. Técnica de Pauchet (com dedo médio) 
B. Seminó do cirurgião (nó duplo) 
É o primeiro a ser executado 
C. Técnica de Pauchet (com dedo indicador) → “nó 
francês” 
D. Técnica do sapateiro 
Nós com instrumentais 
1º seminó: girar porta-agulha em torno do fio no sentido 
horário 
2º seminó: girar por-agulha em todo do fio no sentido 
anti-horário 
SUTURAS 
A maioria dos pontos começa contralateral 
Se entre 0,5 cm da borda, o ideal é andar o dobro depois 
Normas para uma boa sutura 
Assepsia e antissepsia adequada 
Unir tecidos similares, de acordo com os diferentes 
planos 
Hemostasia adequada 
Abolir/ reduzir espaços mortos 
Bordas das feridas limpas e bem coaptadas 
Ausência de corpos estranhos entre as bordas da ferida 
Ausência de tecidos desvitalizados e necrosados 
Utilizar fios e a sutura (pontos) mais adequados de 
acordo com o tecido 
Classificação das suturas quanto à junção das bordas 
Coaptantes: posicionamento das bordas em aposição 
(confrontamento) 
Invaginantes: posicionamento das bordas em inversão 
- Muito utilizada em suturas gastrintestinais → 
protege contra fístulas 
Evaginantes: posicionamento das bordas em eversão 
Sobreposição: posicionamento das bordas em 
sobreposição → quando pega muito intestino 
Classificação das suturas quanto à inclusão das 
camadas 
Ponto total: sero-mucoso → pega todas as camadas 
Ponto parcial: sero-muscular ou apenas seroso → faz 
invaginação do plano 
Classificação das suturas quanto à continuidade da 
sutura 
Pontos separados 
- Se um afrouxar, não interfere nos demais 
- Pontos menos isquemiantes 
- São mais demorados e trabalhosos 
Ponto simples, ponto simples invertido, ponto Donatti 
“longe-longe, perto-perto” ou em “U” vertical, ponto em 
“U” horizontal (Wolff), ponto em “X” vertical (Sultan), 
ponto em Lembert, ponto em Halsted 
Pontos contínuos 
- Se um afrouxar, compromete os demais 
Alice Santos de Lima 4º período 2022/1 Esse resumo não está isento de erros 
 
- Pontos mais isquemiantes 
- São mais rápidos e menos trabalhosos 
Chuleio simples, chuleio festonado, sutura em colchoeiro, 
sutura Schimieden, sutura em Lembert, sutura em 
Cushing, sutura intradérmica 
Pontos separados 
A. Ponto simples 
Mais usado entre todas as suturas 
Aposição entre as bordas 
Agulha entra e sai a 0,5 cm da borda incisada 
Distância entre os pontos: 0,5 a 1 cm 
Local a ser utilizado: pele, mucosa, maioria dos tecidos 
 
B. Ponto simples invertido 
O nó fica para dentro da ferida → começa pela borda 
ipsilateral, de forma que o ponto ficará invertido 
Aposição entre as bordas 
Local a ser utilizado: subcutâneo → faz com que não 
infecte 
C. Ponto Donatti/ em “U” vertical/ “longe-longe, perto-
perto” 
Primeira passagem (ida) do fio a 0,5 cm → sustentação 
Segunda passagem (volta) do fio a 2 a 3 mm sobre a 
anterior → eversão das bordas, garantindo mais 
hemostasia 
Tensão (aposição completa) entre as bordas (primeira 
passagem) e eversão das bordas (segunda passagem) 
Local a ser utilizado: pele + subcutâneo 
 
D. Ponto de Woll/ em “U” horizontal 
Forma um quadrado perfeito no tecido suturado 
Eversão entre as bordas 
Promove hemostasia 
Agulha entra e sai a 0,5 cm da borda incisada e retorna 
paralelamente na mesma distância 
Local a ser utilizado: músculos, tendões, aponeurose e 
vasculares 
 
E. Ponto de Sultan/ em “X” vertical 
Dois pontos simples dados em sequência, cortando-se o 
fio após a segunda passagem do fio 
Aposição entre as bordas 
Promove hemostasia 
Agulha entra e sai a 0,5 cm da borda incisada e repete-
se a manobra para em seguida cortar o fio 
Local a ser utilizado: músculos, tendões, aponeurose 
 
F. Ponto em Lembert 
Pontos realizados perpendicularmente em relação ao 
eixo 
Invaginante para as bordas de órgãos ocos 
Pontos sero-musculares 
Local a ser utilizado: vísceras, órgãos gastrointestinais 
 
Alice Santos de Lima 4º período 2022/1 Esse resumo não está isento de erros 
 
G. Ponto em Halsted 
Executados em sequência 
Lembram pontos em “U” horizontal 
Invaginante para as bordas de órgãos ocos 
Pontos sero-musculares 
Local a ser utilizado: vísceras, órgãos gastrintestinais 
 
H. Bolsa de Tabaco 
Sutura circular 
Invaginante 
Local a ser utilizado: cirurgias gastrintestinais, 
anastomoses, fixação de sondas e cânulas 
 
Pontos contínuos 
A. Chuleio simples 
Sequência de pontos simples com nó no início e no final 
Coaptantes para as bordas dos tecidos 
Plano total 
Local a ser utilizado: aponeuroses, músculos, vasos, 
subcutâneo 
 
B. Chuleio festonado (ancorada de Reverdien) 
Sequência de pontos simples em que o fio é ancorado ao 
ponto passado anteriormente, com nó no início e no final 
Coaptantes 
Pode promover necrose se houver muita tensão 
Planototal 
Local a ser utilizado: aponeuroses, músculos, subcutâneo 
→ garante mais hemostasia porque terá entrelace dos 
fios → trauma na cabeça muito sangrante 
 
C. Sutura em colchoeiro 
Sequência de pontos em “U” horizontal 
Eversão de bordas 
Promovem hemostasia 
Plano total 
Local a ser utilizado: músculos, suturas vasculares 
 
D. Sutura Schimieden 
Sutura realizada da “serosa para a mucosa” – “serosa 
para a mucosa” 
Aposição das bordas 
Aspecto “espinha de peixe” 
Contaminada 
Plano total 
1ª linha se sutura de vísceras ocas 
Local a ser utilizado: sutura gastrintestinal 
Alice Santos de Lima 4º período 2022/1 Esse resumo não está isento de erros 
 
 
E. Sutura contínua de Lembert 
Sequência de pontos de Lembert 
Invaginantes 
Plano sero-muscular 
2ª linha de sutura de vísceras ocas 
Local a ser utilizado: sutura gastrintestinal, vísceras 
ocas 
 
F. Sutura Cushing 
Sequência de pontos de Halsted 
Invaginantes 
Plano sero-muscular 
2ª linha de sutura de vísceras ocas 
Local a ser utilizado: sutura gastrintestinal, vísceras 
ocas 
 
G. Sutura intradérmica 
Sutura realizada sob a derme no tecido celular 
subcutâneo 
Coaptantes 
Local a ser utilizado: cirurgia plástica

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