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Lesão

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LESÃO
O art. 156 do CC define o que vem a ser estado de perigo. 
Art. 156 do CC. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. Parágrafo único. 
Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias. O estado de perigo representa a assunção de uma obrigação excessivamente onerosa (exorbitante) para evitar um dano pessoal que é do conhecimento da outra parte contratante. 
Grosseiramente falando, o declarante se encontra diante de uma situação em que deve optar entre dois males: Sofrer o dano ou participar de um contrato que lhe é excessivamente oneroso. Vejamos alguns clássicos exemplos de estado de perigo: 
a) doente que concorda com altos honorários exigidos pelo médico cirurgião; 
b) venda de bens abaixo do preço para levantar o dinheiro necessário ao resgate do sequestro do filho ou para pagar uma cirurgia médica urgente; 
c) promessa de recompensa ou doação de quantia vultosa feita, por um acidentado, a alguém, para que o salve etc. Boa parte da doutrina entende que, para se configurar o estado de perigo, a outra parte deve conhecer a situação de necessidade. 
Pegando o exemplo(a), para se configurar o estado de perigo é necessário que o médico conheça a doença grave do paciente e, por isso, cobre os altos honorários. Tal conhecimento é chamado de dolo de aproveitamento.

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