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Reumatologia 5

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REUMATOLOGIA 5
Febre reumática:
· Epidemiologia:
· Sexo feminino.
· 5 – 15 anos.
· Fisiopatologia:
· Infecção de orofaringe pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A. 
· Após 1 – 5 semanas (período de incubação), ocorre a reação autoimune “cruzada”. 
· Reação autoimune “cruzada”:
· Quadro clínico:OBS: “A febre reumática lambe a articulação, mas morde o coração".
· Artrite (60 – 80%):
· Poliartrite.
· Migratória (1 a 5 dias por articulação). 
· Assimétrica.
· Grandes articulações. 
· Duração de 2 a 4 semanas. 
· Não deixa sequelas. 
· Cardite (50 – 60%):
· Dura em média 2 meses.
· Lesões:
· Endocardite (lesão valvar):
· Sempre presente se houver cardite. 
· Valva mitral mais acometida, seguido pela valva aórtica. 
· Lesão mais comum: insuficiência mitral (regurgitação valvar). 
· Pode se tornar crônico. 
· Miocardite:
· Maioria assintomática.
· Pericardite:
· Atrito pericárdico. 
· Supra ST disseminado.
· Dor torácica ventilatório dependente. 
· Eritema marginado (~1%):
· Indolor.
· Sem prurido.
· Migratório.
· Associado à cardite. 
· Nódulos subcutâneos (<1%):
· Indolores. 
· Firmes.
· Tamanho de 0,5 a 2 cm. 
· Sem sinais inflamatórios.
· Duração de, no máximo, 1 mês.
· Associados à cardite. 
· Coreia de Sydenham (20%):
· 1 a 6 meses após a febre reumática aguda. 
· Movimentos bruscos e involuntários (extremidades e face).
· Mais comum em meninas. 
· Melhora com o repouso. 
· Piora com estresse.
· Labilidade emocional. 
· Laboratório:
· Reagentes da fase aguda:
· Proteína C reativa (PCR > 3 mg/dL):
· Primeiro parâmetro que aumenta.
· Primeiro parâmetro que normaliza. 
· VHS (> 30 mm/h):
· Segundo parâmetro que aumenta.
· Normaliza com o tratamento. 
· Mucoproteína (alfa-1-glicoproteína ácida e mucoproteína B):
· Apenas normaliza com o término da inflamação. 
· Exame utilizado para acompanhamento. 
· Outros:
· Leucocitose neutrofílica.
· Anemia. 
· Diagnóstico:
· Critérios de Jones modificados (2015):
· Critérios maiores:
· Artrite.
· Cardite.
· Coreia de Sydenham.
· Eritema marginado.
· Nódulos subcutâneos.
· Critérios menores:
· Artralgia. 
· Febre.
· Alargamento de PR no ECG (BAV de 1º grau).
· Aumento da VHS ou da PCR.
· Critério obrigatório:
· Infecção faríngea estreptocócica recente:
· Sorologia (ex.: ASLO).
· Cultura.
· Teste rápido. 
· Diagnóstico:
· 2 critérios maiores OU;+ critério obrigatório.
· 1 critério maior + 2 critérios menores;
OBS: Coreia de Sydenham isolada = febre reumática. 
· Tratamento:
· Fase aguda: 
· Erradicação do estreptococo beta-hemolítico do grupo A:
· Penicilina G benzatina IM dose única. 
· Artrite:
· AAS.
· Naproxeno. 
· Cardite:
· Corticoide. 
· Coreia de Sydenham:
· Benzodiazepínico, fenobarbital, haloperidol.
· Ácido valproico, carbamazepina.
· Corticoide. 
· Profilaxia:
· Primária (até 9 dias de infecção):
· Penicilina G benzatina IM dose única. 
· Secundária:
· Penicilina G benzatina IM a cada 21 dias:
· Sem cardite:
· Até 21 anos (mínimo de 5 anos após o último surto). 
· Com cardite leve curada ou insuficiência mitral leve:
· Até 25 anos (mínimo de 10 anos após o último surto). 
· Lesão valvar residual moderada ou grave:
· Até 40 anos (ou toda a vida, dependendo do risco do paciente em entrar em contato com o estreptococo beta-hemolítico do grupo A). 
Gota:
· Artrite por cristais de urato monossódico. 
· Metabolismo do ácido úrico:
· Excesso de ácido úrico (> 7 mg/dL):
· Superprodução:
· > 800 mg de ácido úrico na urina de 24 horas.
· Diminuição da eliminação renal. 
· Fatores secundários:
· Álcool.
· HAS.
· Obesidade.
· Diuréticos (tiazídicos).
Hiperuricemia assintomática:
· Hiperuricemia por anos.
Artrite gotosa aguda:
· Início da doença propriamente dita.
· Quadro clínico:
· Monoartrite:
· Início súbito.
· Duração de 3 a 10 dias.
· Articulações mais envolvidas:
· Grande artelho (podagra).
· Metatarsos. 
· Tornozelos. 
· Calcanhares.
· Joelhos.
· Pode acontecer com ácido úrico normal.
· Diagnóstico:
· Monoartrite:
· Análise do líquido sinovial (punção articular).
· Forte birrefringência negativa dentro dos leucócitos. 
Gota intercrítica:
· Período assintomático da doença. 
Gota tofosa crônica:
· Acúmulo de cristais.
· Tecido granulomatoso em cartilagens, tendões, partes moles, rins. 
· Tratamento:
· Crise de artrite gotosa:
· AINEs (1ª linha).
· Colchicina (2ª linha). 
· Corticoide intra-articular ou sistêmico. 
· Anakinra (inibidores de IL-1). OBS: NÃO fazer AAS ou Alopurinol na crise aguda. 
· Profilaxia das crises:
· Colchicina (0,5 mg 12/12 horas).
· Avaliar fatores secundários.
· Álcool.
· Obesidade.
· Diuréticos (tiazídicos).
· Dieta. 
· Redução da uricemia:
· Redução da síntese (inibe a xantina oxidase):
· Alopurinol:
· Não usar em HLA-B*5801.
· Febuxostat. 
· Aumento da eliminação (uricosúrico):
· Probenecida. 
· Sulfimpirazona.
· Benzbromarona. OBS: NÃO usar se possuir histórico de nefrolitíase. 
· Tratamento da hiperuricemia assintomática:
· Prevenção da síndrome da lise tumoral. 
· Uricemia > 9 mg/dL. 
· Excreção de ácido úrico > 1100 mg/24h. 
Osteoartrite (artrose):
· Artrite degenerativa. 
· Perda de cartilagem articular.
· Epidemiologia:
· Sexo feminino.
· Idosos. 
· Quadro clínico:
· Dor crônica que melhora com o repouso.
· Rigidez pós repouso menor que 30 minutos. 
· Dor uniarticular no início que se torna progressiva.
· Sinovite. 
· Deformidade articular. 
· Nódulos de Bouchard (interfalangeanas proximais).
· Nódulos de Heberden (interfalangeanas distais). 
· Sem manifestações sistêmicas. 
· Diagnóstico:
· VHS normal.
· Fator reumatoide negativo. 
OBS: 20% dos idosos podem apresentar fator reumatoide positivo. 
· Radiografia:
· Osteófitos. 
· Redução do espaço articular. 
· Esclerose subcondral. 
· Tratamento:
· Fisioterapia.
· Redução de peso.
· Órteses.
· AINEs (oral ou tópico).
· Duloxetina (antidepressivo).
· Creme de capsaicina.

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