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Revisão de Neoplasias > Alterações de crescimento e diferenciação celular Adaptações são alterações reversíveis no tamanho, número, fenótipo, atividade metabólica ou funções das células, em resposta a modificações em seu meio ambiente, assim essas adaptações podem assumir várias formas distintas. METAPLASIA: mudar a função para se adaptar a agressão crônica. Alteração no fenótipo das células diferenciadas, frequentemente em resposta à irritação crônica, tornando as células mais capazes de resistir ao estímulo nocivo; normalmente induzida por alteração na via de diferenciação de células-tronco do tecido; pode resultar em funções reduzidas ou aumento da propensão para a transformação maligna - Esôfago de Barret: ácido e inflamação - Metaplasia escamosa do colo uterino: inflamação com atrito, microrganismos e pH HIPERTROFIA: aumento do tamanho das células e órgãos, em resposta ao aumento da carga de trabalho; induzida por fatores de crescimento produzidos em resposta ao esforço mecânico ou outros estímulos; ocorre em tecidos incapazes de divisão celular HIPERPLASIA: aumento do número de células em resposta aos hormônios e outros fatores de crescimento; ocorre em tecidos cujas células sejam capazes de se dividir ou contenham abundantes células tronco teciduais DISPLASIA: Crescimento desordenado. No processo displásico, ou ele estaciona, ou evolui para uma neoplasia. ATROFIA: redução do tamanho das células e órgãos, como resultado da diminuição do fornecimento de nutrientes ou seu desuso; associada à diminuição da síntese de elementos constituintes celulares e degradação crescente de organelas celulares HIPOPLASIA: é a diminuição da população celular de um tecido, órgão ou parte dele. A região afetada é menor e menos pesada que o normal, mas conserva o padrão arquitetural básico. Há várias formas de hipoplasia. Durante a embriogênese, pode ocorrer defeito na formação de um órgão ou de parte dele (hipoplasia pulmonar e renal). Após o nascimento, a hipoplasia resulta da diminuição do ritmo de renovação celular, aumento da taxa de destruição celular ou ambos os fenômenos > Neoplasias É uma proliferação descontrolada. A célula sofre uma mutação e após isso ou estaciona ou se torna mais instável, tendo mutações subsequentes e se tornando uma célula maligna. Segundo Sir Rupert Willis a “neoplasia é uma massa anormal de tecido cujo crescimento excede e não está coordenado ao crescimento dos tecidos normais e que persiste mesmo cessada a causa que a provocou”. NOMENCLATURA Considerando as características gerais das neoplasias, todos os tumores benignos e malignos apresentam dois componentes básicos: · Parênquima: composto por células neoplásicas em proliferação que determinam o comportamento e as consequências patológicas. · Estroma: tecido de sustentação formado por tecido conjuntivo e vasos sanguíneos, o qual define o crescimento e a evolução do tumor. As mutações ocorrem em um: ◦ Proto-oncogenes: fatores de crescimento / receptores de fatores de crescimento / proteínas ligadoras de GTP / proteínas citoplasmáticas com atividade cinase / ciclinas / fatores de transcrição ◦ Genes supressores de tumor: envolvidos no controle do crescimento e da diferenciação celulares (freios da divisão celular) ◦ Genes de reparo do DNA: reconhecem e reparam lesões do DNA ◦ Genes pró apoptose A carcinogênese é um processo lento, gradual e complexo, onde funções celulares são alteradas acarretando o surgimento de um tumor. São múltiplas etapas no qual ocorrem mutações herdadas ou somáticas. - Vias de sinalização - Apoptose - Mecanismos de reparo - Adesão celular MALIGNO X BENIGNO A neoplasia benigna, também chamada de tumor benigno, caracteriza-se por apresentar células bem semelhantes às do tecido original, ou seja, apresentam diferenciação; crescem de forma lenta; são bem vascularizadas; comprimem os tecidos vizinhos, no entanto, não os infiltram. A migração dessas células só ocorre em caso de lesão ou rompimento do tecido. Embora seja denominada de benigna, essa neoplasia também pode gerar complicações, pois comprime órgãos e vasos, além de poder causar a secreção em excesso de algumas substâncias, o que pode ser prejudicial. Um exemplo de neoplasia benigna que pode causar complicações severas são as pancreáticas, pois podem desencadear uma secreção excessiva de insulina, podendo levar a uma hipoglicemia fatal. A neoplasia maligna, também chamada de tumor maligno ou câncer, caracteriza-se por um crescimento mais rápido do que a benigna e suas células são menos diferenciadas, o que faz com que muitas percam a sua função no tecido original. Como essas células apresentam uma redução das estruturas juncionais e moléculas de adesão, elas apresentam maior mobilidade, invadindo os tecidos adjacentes. Além de serem agressivas localmente, as neoplasias malignas podem também se propagar pelo organismo em um processo denominado de metástase, em que há a formação de uma nova massa tumoral a partir de uma primeira sem que haja, no entanto, continuidade entre elas. Isso ocorre porque as células da massa tumoral primária podem desprender-se e entrar na corrente sanguínea ou vasos linfáticos, deslocando-se pelo organismo e fixando-se em outro local, no qual dará origem a um novo tumor. ANAPLASIA • Falta de diferenciação • Associada a outras alterações morfológicas: - Pleomorfismo - Anormalidade nuclear - Mitoses atípica - Perda de polaridade celular DIFERENCIAÇÃO Tipo histológico com padrão necrótico interno “couve-flor branco com pontinhos pretos” – CEC Onde tiver CEC terá perolas córneas DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA Típica dos Sarcomas Os pulmões e o fígado são locais comuns de metástase hematogênica, porque recebem o efluxo sistêmico e venoso respectivamente. Outros locais importantes de disseminação hematogênica incluem o cérebro e os ossos. Cânceres próximos à coluna vertebral (próstata e tireoide) podem dar metástases para o plexo venoso para vertebral. DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA Típica dos Carcinomas No entanto, existem numerosas interconexões entre os sistemas linfático e vascular, de modo que todas as formas de câncer podem se disseminar através de um ou ambos os sistemas. Um “linfonodo sentinela” é o primeiro linfonodo regional que recebe o fluxo linfático de um tumor primário. Disseminação por Semeadura As neoplasias invadem uma cavidade corporal natural. Este modo de disseminação é particularmente característico dos cânceres do ovário, que muitas vezes cobrem amplamente as superfícies peritoneais.
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