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BOTANICA OR'GANOGfcAFIA QUADROpfNOTICOS ILUSTRADOS DE FANEROGAMOS-\ $ , * •wt * tilA 5s Edigao BOTANICA ORGANOGRAFIA QUADROS SINOTICOS ILUSTRADOS DE FANEROGAMOS UniversidadeFederal de Vifosa Reitor Demetrius David da Silva Rejane Nascentes JoseAmbrosio Ferreira Neto Derly Jose Henriques da Silva Alexandre Santos Brandao (Presidente) Andre Gomes Torres Andre Luiz Lopes de Faria Derly Jose Henriques da Silva Edson JoseTeixeira Edson Marcio Mattiello JoyceCorrena Carlo Maria Carmen Aires Gomes Rodrigo Siqueira Batista Vice-Reitora Pro-Reitor de Extensao e Cultura Diretor da Editora UFV Conselho Editorial A Editora UFV 6 filiada a Asociacidn de Editoriales Universitarias de America Latina y el Caribe Associafao Brasileira das Editoras Universitarias Waldomiro Nunes Vidal Maria Rosaria Rodrigues Vidal Claudio Coelho de Paula BOTANICA ORGANOGRAFIA QUADROS SINOTICOSILUSTRADOS DE FANEROGAMOS 52Edi?ao Revista e ampliada EdiTORA UFV Universidade Federal de Vi^osa 2021 © 2021 by Waldomiro Nunes Vidal, Maria Rosriria Rodrigues Vidal e Cldudio Coelho de Paula Dircitos de cdipAo reservados ft Editora UFV. Todos os dircitos reservados. Nenhuma parte desta publicapao pode ser reproduzida, apropriada e estocada, pr,qualqucr forma ou incio, sem autorizapao escrita e prdvia do detentor dos seus direitos de edipao. lmprcsso no Brasil Ficha catalografica elaborada pela Biblioteca Central da Universidade Federal de Viposa - Campus Viposa Vidal, Waldomiro Nunes, 1933- Botanica : organografia : quadros sinoticos ilustrados de fanerogamos / Waldomiro Nunes Vidal, Maria Rosaria Vidal [e] Claudio Coelho de Paula — 5. ed. rev. e ampl. — Viposa,MG : Ed. UFV, 2021. x, 113 p. : il. ; 27 cm. — (Cientifica) V648b 2021 Bibliografta: p. 113. ISBN 978-65-5925-021-9 1. Botanica-Organografia. 2. Fanerogamo-Anatomia. 3. Botanica -Obras ilustradas. I. Vidal, Maria Rosaria, 1933-. n. Paula, Claudio Coelho de, 1965-. HI. Titulo. IV. Serie. CDD 22. ed. 581.4 Bibliotecaria responsavel: Alice Regina Pinto Pires CRB6 2523 Capa:Miro Saraiva Foto da capa: Diego Arthur Candido de S£ Revisao linguistica: Luciano Candido Abreu Editorapao eletronica: Miro Saraiva Impressao e acabamento: Divisao Gr^fica da Editora UFV A nao citapao de fonte em tabelas e figuras indica que os detentores dos seus direitos autorais patrimoniais sao osautores dos respectivos capitulos desta obra. As ideias e informapoes presentes nesta obra sao de responsabilidade dos autores e nao obrigatoriamente refletema opiniao da Editora UFV. Editora UFV Edificio Francisco Sao Jos6, s/n Universidade Federal de Viposa 36570-900 Viposa, MG, Brasil Caixa Postal 334 Tel. (31) 3612-2080/2074 www.editora.ufv.br E-mail: editora@ufv.br Pedidos Tel. (31) 3612-2064/2067 E-mail: editoravendas@ufv.br livraria@ufv.br Livraria Virtual: www.editoraufv.com.br SUMARIO Prefdcio, vii Apresentafao, ix Espermatofitas, 1 Organiza^ao geral, 1 Raiz. 2 Introducao, 2 Generalidades, 3 Morfologia, 4 Classificafao quanto a origem e ao habitat - aereas, 5 Classifica?ao quanto ao habitat - aquaticas e subterraneas, 8 Adaptafoes das raizes, 8 Caule, 10 Introdufao, 10 Generalidades, 11 Classificapao quanto ao habitat - aereos, 12 Classificapao quanto ao habitat - subterraneos e aquaticos, 16 Classificafao quanto ao habitat - subterraneos, 17 Classificafao quanto a ramifica?ao, 18 Classifica^ao quanto ao desenvolvimento, 19Classifica^ao quanto a consistencia e a forma, 20Adapta?oes dos caules, 20 Diferenfas entre raiz e caule, 22 Folha, 23 Introdufao, 23 Generalidades, 24 Nomenclatura, 25 Limbo, 29 Folha composta, 37 Filotaxia, 38 Folhas reduzidas, 39 Folhas modificadas, 41 Prefoliafao, 43 Inflorescencia, 44 Generalidades, 44 Inflorescencias racemosas, 45 v Inflorcscfincias cimosas, 47 lnflorcscdncias compostas, 49 Flor, 50 lnlrodu?ao, 50 Generalidadcs, 51 Nomcnclatura, 52 Bnfcteas. 56 Perianto, 58 Preflora?ao, 65 Androceu, 66 Gineceu, 72 Diagrama e formula floral, 79 Esporogenese e gametogenese nas Angiospermas, 81 Forma?ao do ovulo, 83 Eventos da reprodugao sexuada, 85 Poliniza?ao, 86 Forma?ao do tubo polmico, 90 Fecunda?ao, 91 Fruto, 92 Introdu?ao, 92 Constitui?ao, 93 Generalidades e classifica?ao, 94 Frutos simples secos, 96 Frutos simples camosos, 100 Frutos multiplos, pseudofrutos e infrutescencias, 101 Semente, 103 Tegumentos, reservas e embriao, 104 Partes constituintes, 105 Dispersao de diasporos, 107 Germina?ao, 110 Planta, 112 Classifica?ao, 112 Referencias, 113 vi PREFACIO A Ciencia das Plantas e essencial para o enfrentamento de alguns dos desafios contemporaneos.Acrescente populafao humana precisa consumir cada vez mais alimentos, medicamentos, fibrase tantosoutros insumos vegetais, bem comoconservarareasde vegeta^aonatural, imprescindfveis a manuten^ao dos servifos ecossistemicos,especialmente diantedocenariodo aquecimentoglobal.Oconhecimentoea caracterizafaode plantasedos ambientes onde vivem essesorganismos, de modo a garantir seu adequado manejoe uso,saoelementos- chave para oenfrentamento desses desafios. O Brasil abriga a maior diversidade de plantas do mundo, e preservar essa riqueza e uma responsabilidade dos cidadaos que habitam esse pais, que tem nome de planta. Nesse contexto, toma-se necessario atrairecapacitar maisemais pessoas para a lidacom a Botanica, quer diretamente em areas comoa Biologia,Agronomia, Engenharia Florestal, Farmacia e Paisagismo, quer em areas correlatas. Eessa tarefa tem seu irucio, na maioria das vezes, em salas deaula, nos diferentes niveis deensino, com professores imbuidos da convicgaodeque e necessario aprendereensinar sobre plantas. O estudo da morfologia externa das plantas constitui-se, de modo geral, os passos iniciais para os aprendizes de Botanica em diferentes niveis de ensino. Identificare nomear as partes vegetais pode se tornar uma atividade ludica, especialmente quando o uso desse conhecimento leva a descoberta de suas diferentes formas, propiciando reconhecer especies ou variedades de plantas que o aprendiz pode encontrar ao seu redor. Esse olhar ludico para as descobertas das diferen^as e semelhan?as, as vezes sutis, despertaa curiosidade e, por que nao, o amor do aprendiz pelas plantas e pela Ciencia das Plantas. Alem do conteudo programatico, a dimensao afetiva do ensino de Botanica, quando perpassa pelas estrategias utilizadas na docencia, motiva e impulsiona futuros botanicos. Chega em boa hora a 5-edifao do livro Botanica Organografia - Quadros Sinoticos llustrados de Fanerogamos,que ja tem vida longa e permanencia de sucesso em salas de aula.Antes da sua l- edifao, a obra, entao em constru?ao, foi apresentada aos professores Graziela Maciel Barrosoe Luiz Emygdio de Mello Filho.Ambos a leram e discutiram com contagianteentusiasmo. Eles vivenciavam, como os autores, oensino de Botanica mediado por aulas teoricas seguidas de aulas praticas, e tambem saidas a campo. Para esta 5- edi^ao, revista e ampliada, os autores, usando do mesmo expediente,discutiram a obra com os professores Dr. Claudio Coelho de Paula, Dra. Rita Maria de Carvalho-Okano e Dra. Ana Paula Santos Gonsalves e foram mais adiante: convidaram o prof. Dr. Claudio Coelho de Paula para juntar-se a eles na autoria. O conhecimento cientificoea vivencia dos autores no ensino da morfologia vegetal, aliados aos professores que souberam escolher para discutirem a obra, a qualificam. Enriquecida com ilustragoes, em sua maioria, elaboradas pelos proprios autores, sua organizafao 6 objetiva e vii aparentemenle simples, dentro do complexo que 6 identificar e nomear as partes das plantas,essesseres peculiarese fascinantesque moldam nosso ambiente. Que os conhecimentos adquiridos atravds deste livro possam ajudar na formafaode cidadaos com uma cultura mais cientificae zelosa pela riquezaediversidadede plantas,bem como pelos ambientes ondeelas vivem. Dra.ArianeLuna Peixoto Professora Titular Aposentada da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro -UFRRJ Pesquisadora do Jardim Botanico do Rio de Janeiro- JBRJ viiiAPRESENTAgAO Ocampodeestudo da Botanica,ou Ciencia das Plantas, emuito amploediversificado. Por meio da investigagao descritiva ecomparativa da morfologia dos vegetais, procura-se chegar a compreensao da historia evolutiva de todoo ReinoVegetal, nos diferentes perfodos geologicos, duranteo desenvolvimento de nosso planeta. AOrganografia Vegetal, que se dedica ao estudo da morfologia externa das plantas, representa nao so um piano basico para o conhecimento da Botanica no seu mais amplo sentido, como tambem e um campo fecundo para o trabalho botanico. Esta obra, que trata especialmente das Espermatofitas, constitui um preparo basico e um treinamento na terminologia aos queiniciam oestudoda Botanica, na area de Sistematica. A experiencia obtida por varios anos com estudantes levou-nos a ordenar o conteudo de modo aparentemente simples, praticoeobjetivo, a fim dequeo leitor pudesseassimilar os assuntos com relativa facilidade.Assim,o conteudoe apresentado na Integra soba forma de quadras sinoticos,acompanhados, integralmente,deexemplos bem familiaresedas respectivas ilustragbes. Estas seencontram, em regra, na mesma folha do texto ou na pagina seguinte, o que facilita, sobremaneira, a consulta ea compreensao. As ilustragoes,cujo numeroeelevado,saoem geral baseadasemexemplares de plantas vivaseacompanhadas dos nomes cientificos.Com vistas a facilitar ainda mais a consulta do leitor, nesta 5-edigao o numero das figuras segue o numero da pagina. Logo, esperamos queesta nova edigao, revistaeampliada, mas com a mesma estrutura das edigoes anteriores, sirva a exemplo destas, de grandeauxilio aos estudantes dos ensinos medio e superior,econstitua tambem fonte deconsulta para professores. Nossos agradecimentos, in memoriam,a Dra. Graziela Maciel Barrosoe ao Dr. Luiz Emygdio de Mello Filho pela atengaoe paciencia na leitura deste livro,e pelas criteriosas e enriquecedoras sugestoes. Estendemos os agradecimentos as professoras Dra. Rita Maria de Carvalho-Okano e Dra. Ana Paula Santos Gongalves pelo empenho, dedicagao e comprometimento na revisao da 5-edigao desta obra. Finalmente, mas nao em ultimo lugar, agradecemos a todos que, de algum modo, deram a sua contribuigao neste livro. OsAutores. ix Espermatdfitas 1 ESPERMATOFTTAS Organiza^ao geral semente , m folha — caule — raiz — Figura 1 - Planla completa: Crotalaria zanzibarica Benth. (xique-xique ou guizo-de-cascavel). As plantas com scmentes dispoem, na sua organiza^ao geral, de drgaos vegetativos,raiz, caule e folhas, e de 6rgaos reprodutores, como inflorescencias, flores, frutos e (Fig. 1). Por apresentarem flores e sememes, sao chamadas Fancrdgamas e como scmentes Espermatdfitas, respectivamente. Botanica - Organografig2 RAIZ Introdu^ao Figure 2 - A raiz com detalhes dos tecidos condutores. Por ser uma das finalidades das raizes fixar o vegetal no solo, estas se ramificam ou se apresentam em feixes, de modo a formar um conjunto de raizes chamado sistema radicular, ampliando, assim, a base de fixagao dos vegetais. Pertinente a essa fungao, os tecidos do seu corpo, ffequentemente, desenvolvem um macigo cilindro central de resistencia e, nao raro, produzem celulas, fibres e esclereideos, que, pela forma e membrana especiais, sao estruturas de resistencia mecanica. A raiz (Fig. 2) destina-se a absorver do solo as substancias quimicas indispensaveis ao metabolismo dos vegetais. Desse modo, ramificando-se, a raiz aumenta sua area de absorgao, que, por sua vez, e ampliada ainda mais pela existencia de uma regiao do seu corpo onde se formam os pelos absorventes, que sao projegoes das celulas epidermicas. Exercendo ainda as fungSes de transporte e de reserva de alimentos, sao encontrados, no amago do seu corpo, tubos intercomunicantes, no interior dos quais circulam as substancias nutritivas, que sao, assim, conduzidas e distribuidas para os diferentes tecidos. Entretanto, se a maioria das raizes se enterra no solo, muitas nao o fazem, permitindo a certos vegetais uma adaptagao mais precisa a condigoes especiais de vida, como nas epifitas, parasitas e paludosas; como nao poderia deixar de ser, tais raizes adquirem morfologia e estrutura especializadas. A seguir sao apresentadas, com mais detalhes, as raizes e suas variagoes estruturais. 3Rail Generalidades fixayao da planta, absor^ao e distribui^ao de nutrientes;rescrva; uso medicinal; uso alimentar e econdmico. corpo ndo segmentado em n6s e entrcnds; sem folhas e sem gemas; geralmcnte subtenraneas, com excefao das raizes aereas; geralmente aclorofiladas, com exce?ao de orquldeas e ardceas (raizes aereas); com caliptra ou coifa e com pelos radiculares; geralmente com geotropismo positivo (Fig. 3a); crescimento subterminal. IMPORTANCIA CARACTERES GERAIS fixapao da planta no solo; absorgao de dgua e sais minerais; condu^ao de substincias nutritivas;reservas de nutrientes, como na batata-doce, cenoura etc.FUNGOES embriondria: na radlcula doembriao da semente (raiz principal) (Fig.3a); end6gena: a partir de tecidos profundos ( raizes secundarias e a maioria das advent(cias) (Fig. 3b).ORIGEM Idrgao geralmente subterraneo que fixa a planta no solo, retira edistribuinutrientes e funciona como orgao de reserva.DEFINICAO caullculo t raizes secunddriasradlcula raiz principal pelos absorvenles - raiz principal Origemembiondria a) Phaseolus vulgaris L. (feijao) Origem enddgena b) Esquema Figura 3 - Ongem das raizes. 4 Botdnica - Organografia Morfologia |de dedal ou dedo de luva. protegiio contra o atrito e a transpiragao excessiva; protege, sobretudo, o tecido meristemdtico da zona lisa. forma [fungaocoifa ou caliptra rtecido que reveste e protege o cone |_vegetativo da raiz. Festatdlitos sao graos de amido da coifa que indicam a diregao da gravidade. definigao observagao multiplicagao celular (regiao meristematica); caracteristicas . desenvolvimento celular (regiao de alongamento), em que as divisoes celulares sao mais raras. zona lisa,de crescimento ou dedistensaoMORFOLOGIA EXTERNA (Fig.4) {promove o crescimento da raiz, que 6subterminal.fungao rpresenga de pelos que sao prolongamentos 4 das cdlulas epiddrmicas. Esta regiaoja |_apresenta tecidos diferenciados.caracteristicaszona pilifera ou dos pelosabsorventes j absorgao.fungao l^ efemera.duragao regiao geralmente suberificada,onde oconem as radicelas (ramificagoes da raiz principal). Com a queda dos pelos, fica protegida pela exoderme. zona suberosa ou caracteristicas de ramificagao fungao |regiao de transigao entre raiz e caule. forma as radicelas. colo ou coleto colo raiz principal id zona de ramificagao raiz secundaria L 1 zona de ramificagao zona b**zona pilifera zona lisa zona lisa coifa —+11 Morfologia da raiz b) Eichhornia cmmpfs (Mart ) SoW* (aguapd) coifa a) Esqucma da morfologia da raiz Figura 4 - Regioes da raiz. Raiz Classificayao quanto a origeni e ao habitat - aereas normais - sao aquclas que se dcscnvolvem a partir da radicula. Sao elas: a raiz principal e todas as suas ramiftcafdes, isto d, raizes secundirias. adventicias - sao aquelas que nao se originam da radicula do embriao on da raiz principal por ela formada. Podem fomiar-se nas partes aercas das plantas c em caulcs subterr&neos. Ex.: as demais raizes, como grampiformcs, ftilcreas etc. (Fig.5). QUANTOA ORIGEM cinturas ou estranguladoras-sao adventicias que abradant outm vegetal, e.muitas vezes.o hospedeiro morre. Ex.:cipds, maia-pau (Fig.6c). grampifornies ou aderentcs-sao adventicias com a forma dc grampus, que Fixam a planta trepadeira num suporte (seja outra plants ou nilo). Ex.: hem (Fig.6a). respiratorius ou pneumatdforos-sJo raizes com gcotropismo negativo, que funcionam, ao fomecer oxigdnio its partes submersas, como drgios de respiratao. Apresentam oriflcios (lenticelus),chamados pneumatridios. em toda a sua extensao e, internumentc, um ncrenquimu muito desenvolvido. Estas raizes atingem o nfvel das marts alias. Ex.: plantas de mangues (Fig.6d). sugadoras ou haustdrios - sao adventicias com brgiios dc contato(apressdrios) em cujo interior surgem raizes finns (haustdrios), drgfios sugadores que penetram no corpo da hospedeiro, absorvendo os nutrientes, isto if, parasitando-a. Ex.:cipd-chuntbo (holoparasita - parasita total), erva-de-passarinho (hemiparasita - parasita parcial) (Fig. 6b). suportes ou Tiilcrcas - silo adventicias que, brotando cm dircv'Uo ao solo, nele se fixam c se aprofundum, podendo utingir grandes dimensOes. Elas auxiliam a sustenta?ao do vegetal. Ex.: pfindano (Fig. 7a), milho (Fig. 7b). tubulures ou sapopenms-silo us que atingem grande dcscnvolvimcntn e tomam o aspecto de tdbuas pcrpendiculares ao solo, ampliando a base da planta, dando- lhe maior eslabilidudc. Sao em parte nifreus c em parte subterrflneas. Ex.: puu-d’ulho, figucim (Fig. 7c). QUANTO AO HABITAT aereas A /r S, £— raizes adventicias Rai/ adventicia Kahiruhoe pinnaia ( Lam.) Pers. (folha-da-fortuna ) Figura 5 - Raizes adventicias dcsenvolvcndo'sc na murgem do limbo foliar. Botdnica - Organografia6 Classifica$ao quanto ao habitat - aereas & Raiz sugadora b) Struthanthus sp. (erva-de-passarinho) grampiformes Raiz grampiforme a) Ficus pumila L. (hera) raiz respiratoria pneumat6dio planta hospedeira Raiz cintura c) Fuus bp. ( mala pau ) Raiz rcspiraidriu d) Avicennia xtrmiruins (L) L. f igur'd 6 Tlpo* dt* raizes airtras. Raiz 7 Classifieayao quanto ao habitat - aereas Raiz suporte b) Zea mays L. (milho) Raiz suporte a) Pandanus sp. (pandano) *— raiz suporte s'* // '* / /* raiz suporte — Raiz tabular ou sapopcma c) Ficus microcarpa L.f. (figueira) raiz tabular — Figure 7 - Tipos de raizes atfreas. Botdnica - Organografia8 Classifica^ao quanto ao habitat - aquaticas e subterraneas quando se desenvolvem na agua. Ex.: aguape (Fig. 8a). axial ou pivotante - raiz principal muito desenvolvida e raizes secunddrias pouco desenvolvidas, em rela^ao a raiz principal.Tfpicade Gimnospermas e Eudicotiledoneas. Ex.: quebra-pedra (Fig.8b). ramificada-a raiz principal logo se ramifica em secundariase estas em tercidrias, e assim sucessivamente. Frequente em Eudicotiledoneas (Fig.9a). fasciculada - aquela que, por atrofia precoce da raiz principal, e constituida por um feixe de raizes, no qual nao se distingue, nem pela forma nem pela posi?ao, uma raiz principal, pois todas tern espessura semelhante. Tipica de Monocotiledoneas. Ex.: capim-pe-de-galinha (Fig.9b). tuberosa - raiz dilatada pelo acumulo de reservas nutritivas. Pode ser axial tuberosa, como na cenoura (Fig. 9c), beterraba, nabo, rabanete (Fig. 9d); ou adventicia tuberosa, como na dalia (Fig. 9e); ou secundaria tuberosa, como na batata-doce (Fig. 9f). aquaticas QUANTOAO HABITAT subterraneas Adapta^oes das raizes DEFINICAO sao as modifica^oes das raizes normais, muitas vezes como consequencia das funfdesque exercem ou por causa da influencia do meio fisico. tuberosa-(Figs.9c-0- raizes aereas- (Figs. 6a-d; 7a-c).TTPOS \\li i / / / i 1 raizes secundar**> raiz principal Kut7a)iial b) Phyltanlhus mrurt t (quebra podra ) fUu aquauca a) tuhhorrUa i rasstpts (Mart.) Solma tafuap^) Ftftura 8 - Raiz aquitica (a) e raiz subterrdnea (b). 9Raiz Classifica?ao quanto ao habitat - subterraneas Raiz fasciculada b) Eleusine indica (L.) Gaertn. (capim-p6-de-galinha) Raiz ramificada a) Baccharis serrulata (Lam.) Pers. R Raiz axial tuberosa d) Raphanus sativus L. (rabanete)raiz principal raizes i \ l LI*— raiz principal ‘<v Raiz axial tuberosa c) Dcuicus carota L. (cenoura) Raiz adventlcia tuberosa e) Dahlia sp. (dAlia) raiz secundiria tuberosa Raiz secundaria tuberosa 0 Ipomoea batatas (L.) Lam. (batnta-doce) Figura 9 - Raiz ramificada (a), raiz fasciculada (b) e raiz tuberosa (c-f). Botanica - Organografr10 CAULE Introdu^ao Figura 10 - Caules. Com a conquista da terra firme, estabeleceu-se nas Fanerdgamas urn eixo do qual uma parte cresce em direfao a terra e a\ se ramifica: a raiz; e outra parte cresce em direfao contraria ao solo e tambdm se ramifica: o caule. Os caules (Fig. 10), por meio das suas ramificafoes, tern o seu trabalho bioldgico anipliado pelos diferentes ramos. Na epoca da reprodu^ao, as gemas caulinares podem dar origem asflores, que produzirao frutos e sementes. Com a adapta?ao cada vez mais acentuada & terra Firme, tornou-se possivel a essas plantas produzir caules sublerraneos, como rizomas, tubdrculos e bulbos, que asseguram a esses vegetais o poder de se multiplicarem vegetativamenle. A seguir sao apresentados, com mais detalhes, os caules e suas variagoes morfoldgicas. Caule 11 Generalidades sustenta^ao de folhas, flores, firutos e sementes:condufao de substancias nutritivas; alimentar (reservas: a?ucar, amido etc.).Ex.: batata-inglesa; industrial (borracha, corantes, resinas, ldpis, mdveis, gomas etc.); coraercial (madeiras).Ex.:eucalipto; medicinal.Ex.: gengibre, alcafuz. "corpo dividido em nos e entrenos; presenfa de folhas e botoes vegetativos; geralmente aclorofilados, exceto os caules herbdceos; geralmente aereos, exceto bulbos, rizomas etc.; geralmente geotropismo negativo; fototropismo positivo. ~ produfao e suporte de ramos, flores e firutos; condu?ao da seiva (distribui?ao dos nutrientes); crescimento e propagafao vegetativa;_ as vezes, fotossfntese e reserva de nutrientes e agua. embriondria: na gemula do embriao da semente; exogena: a partir das gemas caulinares. -drgao vegetativo, geralmente aereo, com fun?ao de produzir e sustentar- folhas, flores e firutos, transportar seiva nutritiva, armazenar reservas nutritivas e, por vezes, efetuar a propagafao vegetativa. no-regiao caulinar, em geral dilatada, onde se originam as folhas. entreno ou meritalo- regiao caulinar entre dois nds consecutivos. gema terminal - situada no dpice, constitui'da por escamas, ponto vegetativo (regiao meristemdtica de forma conica) e primdrdios foliares que o recobrem. Pode produzir ramo folioso ou florifero e promover o crescimento. Hd gemas nuas, isto 6 , sem escamas. gema lateral-de constitui^ao semelhante a anterior e que pode produzirramo folioso ou florifero. Situada na axila de folhas, chama-se tambem gema axilar. Muitas vezes, permanece dormente, isto 6.nao se desenvolve. LMPORTANCIA CARACTERESGERAIS FUNCOES ORIGEM DEF1NICAO MORPOLOGIA EXTERNA (Fig. 11) gema terminal Mi gema lateral nd/ / entrcnd nd Morfologia do caule Cwnanea saiim Mill, (caslanheiro) Figure 11 - Panes constituintes do caule. i: Botdnica - Organografia Classifiea^ao quanto ao habitat - aereos tronco - lenhoso, resistente, cilindrico ou cfinico, ramificado. Ocorre em drvores e arbustos. Ex.: magndiia (Fig. 13a). haste - herbdceo ou fracamente lenhificado, pouco resistente. Ocorre nas ervas e nos subarbustos. Ex.: serralha, botao-de-ouro (Fig. 13c). estipe-tambdm chamado espiqueou estipite, resistente, cilindrico, longo, em geral nao ramificado, com capitel de folhas na extremidade.E o caule das palmeiras (Fig. 14d), ocorrendo raramenteentreEudicotiledoneas.Ex.:mamao. colmo - silicoso, cilindrico, com nos e entrenos bem marcantes. Pode ser cheio, oco ou fistuloso. Ex.:Poaceae: milho, bambu (Fig. 14c), cana-de-afucar (Fig. 14b). escapo-afilo, nao ramificado, com flores na extremidade, originado de rizoma, bulbo etc. Ocorre em plantas cujo caule e muito reduzido ou subterraneo e suas folhas aparentam nascer diretamente do solo. Ex.: lirio, falsa- tiririca (Fig. 14a). sao apoiados e paralelos ao solo, com ou sem raizes, de trechos em trechos. Ex.: abobora (Fig. 15a). eretos (desenvolvimento quase vertical) aereos (acima da superficie do solo) QUANTO HABITAT AO [rastejantes voluveis - enroscam-se, mas sem auxilio de orgaos de fixagao. Podem ser sinistrorsos (ao passar por detras do suporte, dirigem-se para a esquerda). Ex.: enrola-semana (Fig. 15c); ou dextrorsos (dirigem-se para a direita). Ex.: madressilva (Fig. 15b). nao voluveis - sao os que sobem num suporte por meio de elementos de fixagao. Ex.: hera (Fig. 13b), por meio de raizes adventicias; chuchu, uva (Fig. 12), por meio de gavinhas. trepadores estolaoou estolho-broto lateral horizontal, aereo, subterraneo ou aqudtico, delgado, formando, de espago em espago, rosetas foliares e raizes fasciculadas, assegurando a multiplicagao vegetativa; entre as rosetas foliares pode haver nos dotados de escamas. Ex.: aguape, morangueiro (Fig.15d). NOTA gavinha Vitis vinifera L. (uva) Figura 12 - Caule trepador com gavinhas. 13Caule Classifica^ao quanto ao habitat - aereos Tronco a) Magnolia champaca (L.) Baill. ex Pierre (magnolia) 1 zr raizes grampiformes Trepador nao voluvel b) Ficus sp. (hera) Figura 13 - Tipos de caules aereos. c) Galinsoga parviflora Cav. (botao-de-ouro) Botdnica - Organografia14 habitat - aereosClassifica^ao quanto ao flores escapo Escapo a) Hypoxis decumbens L. (falsa-tiririca) Colmo cheio b) Saccharum officinarum L. (cana-de-a?ucar) t colmo oco a--i* ilj. i Estipe d) Roystonea oleracea (Jacq.) O.F.Cook. (palmeira-imperial) Colmo oco c) Bambusa sp. (bambu) Figura 14 - Tipos de caules aereos. Caule 15 Classifica^ao quanto ao habitat - aereos Rastejante a) Cucurbita pepo L. (abobora) Trepador voluvel sinistroso c) Ipomoea cairica (L.) Sweet, (enrola-semana) W J estolao *Estolao d) Fragaria vesca L. (morangueiro) Figura 15 - Tipos de caules aereos: rastejante (a), trepadores voluveis (b, c) e estolao (d). 16 Botdnica - Organografig Classifiea^ao quanto ao habitat - subterraneos e aquaticos rizoma - geralmente horizontal, emitindo, de espa?o cm espafo, brotos adreos foliosos e floriferos; dotado de n6s, entren6s, gemas e escamas, podendo emitir raizes. Ex.: bambu, bananeira, espada- de-sao-jorge (Fig. 17b). Pode ser tambdm adreo (ex.: orquidca) ou aqudtico (ex.: taboa). tuberculo-geralmente ovoide, com gemas ou “olhos” nas axilas de escamas ou de suas cicatrizes; dotado de reservas nutritivas, como amido, inulina etc. Ex.: batata-inglesa (Fig. 16a).O tuberculo pode ser aereo, como no cara-do-ar. (Fig. I7f). formado por um eixo reduzido que constitui o prato (caule), dotado de gema, rodeado por catafilos, em geral com acumulo de reservas. Pode ser: bulbo solido ou cheio-prato mais desenvolvido queas folhas modificadas (catafilos). Por vezes e chamado cormo. Ex.: falsa-tiririca (Fig. 17d), inhame (Fig.17g). bulbo escamoso - prato menos desenvolvido que as folhas modificadas (catafilos), sendo que as extemas recobrem parcialmente as intemas (imbricadas). Ex.: apucena, lirio (Fig.17c). bulbo tunicado-prato menos desenvolvido queas folhas modificadas (catafilos), sendo que as extemas recobrem totalmente as intemas (concentricas) Ex.: jacinto, cebola (Fig. 17e). bulbo composto - e o conjunto de bulbos pequenos (bulbilhos).Ex.: trevo, alho (Fig.17a). aquaticos j^desenvolvem-seem meio liquido.pseudobulbo ou caulobulbo-dilata?ao entre o caulee folha com acumulo de reservas, comum nas Orchidaceae.Ex.: orquidea (Fig.16b). subterraneos (abaixo da superficie do solo) QUANTOAO HABITAT bulbo 0NOTA \VV folha ramo estolonifero tuberculo jovemV57 raiz *> ' pseudobulbotuberculo que originou a planta X gema v* '' Jcicatriz nodal Tuberculo a) Solanum tuberosum L. (batata-inglesa) Figura 16 - Morfologia do tuberculo (a) e pseudobulbo (b). Pseudobulbo b) Orchidaceae (orquidea) 1Caule Classificagao quanto ao habitat - subterraneos I lim bulbilho |I catafilos U w Bulbo composto a) Allium sativum L. (alho) . AS Kraizes adventitias Inzoma 57 no Rizoma b) Sansevieria hyacinthoides (L.) Druce (espada-de-sao-jorge) licatifilo , <*-catafilo i h] > prato (caule) folhas rl gemaBulbo escamoso c) Lilium longiflorum Thunb. (lirio) f*—catafilos —II rvvm 4 tunicasV- (catafilos) prato (caule) Bulbo solido d) Hypoxis decumbens L. (falsa-tiririca) gema prato Bulbo tunicado e) Allium cepa L. (cebola) <28®/ / 1 ' . . I\ Bulbo sdlido g) Colocasia esculenta (L.) Schott (inhame) >N'<'Tub6rculo f f) Dioscorea bulbifera L. (cara-do-ar) Figura 17 - Tipos de caules subterraneos. As figuras (c), (d) e (e) estao tambem representadas com seus respectivos cortes longitudinals. Botdnica - OrganografigIS Classifica^ao quanto a ramifica^ao indivisos - nao ramificados. Ex.: estipes (Fig. 14d). ramificados - com ramos laterais. Ex.: maioria dos caules. monopodia!-gema terminal persistente; logo, hi predominio do eixo principal sobre os ramos laterais que surgem abaixo da extremidade. O eixo principal 6 constitufdo, portanto, por tecidos formados pela mesma gema terminal. Ex.: casuarina, pinheiro (Figs. 18a, d). simpodial-gema terminal de curia dura?ao, substitufda por uma lateral, que passa a ser a principal; logo depois esta tambdm e substitufda por outra lateral,eassim por diante.Desse modo, a gema principal atrasa seu crescimento e uma gema lateral, que crescemais, coloca-se noeixoda planta,deixando para o lado a primeira, e assim sucessivamente.O eixo principal da planta e formado por tecidos originados das diversas gemas que se substitulram paulatinamente. Ex.: magnolia (Fig. 13a), oiti (Figs.18b, e). em dicasio-duas gemas laterais do caule principal crescem mais do quea sua gema terminal, formando ramos; depois, duas gemas em cada um desses ramos, e assim por diante. Ex.: pimentao (Figs. 18c, f). QUANTO A RAM1F1CAQAO Tipos de ramificafao | j ' J' | 11i 1 a) Monopodial b) Simpodial c) Em dicasio Dicasio f) Capsicum annuum L (pimentao) Simpodial e) Licania tomentosa (Benth.) Fritsch. (oiti) Monopodial d) Pirns elliottii Engelm. (pinheiro) Figura 18 - Tipos de ramifica?6es caulinares: esquema (a-c) e ilustrafoes (d-f). Caule 19 Classifica^ao quanto ao desenvolvimento erva - pouco desenvolvida, clorofilada, flexivel em virtude da pequena ou nenhuma lignificafao. Ex.: crista-de-galo, botao-de-ouro (Figs. 13c, 19a). subarbusto - arbusto pequeno, ate 1 m de altura, base lenhosa e o restante herbaceo, ramos tenros (Fig. 19b). arbusto-tamanho medio inferior a 5 m, resistente e lenhoso inferiormente e tenro e suculento superiormente, sem um tronco predominante, porque ramifica a partir da base (Fig. 19c). arvore - grande tamanho, superior a 5 m, geralmente com tronco nitido e despido de ramos na parte inferior; a parte ramificada constitui a copa (Figs. 13a, 19d). arvoreta - com a mesma arquitetura da arvore, porem de pequeno porte; alcanna no maximo 5 m (Fig. 19e). trepadeira-cipo nao lenhificado (Figs. 15b, c; 19f) ou lenhificado (liana) (Fig. 19f). QUANTO AO DESENVOLVIMENTO a) Erva b) Subarbusto c) Arbusto d) Arvore Figura 19 - Esquemas de caules quanto ao desenvolvimento. e) Arvoreta 0Trepadeira 20 Botdnica - Organografia Classifica^ao quanto a consistencia e a forma herbacco- que tem aspecto de erva, principalmente por nao ser lenhificado. Ex.: serralha, botao-de-ouro (Fig.13c). sublcnhoso-duro na base, que 6 lenhificada, e tenro, nao lenhificado no dpice. Ex.: crista-de-galo. lenhoso - consistente e resistente por causa da lenhificafao, e de considered crescimento em diametro. Ex.: arvores. QUANTO A CONSISTENCIA cih'ndrico-Ex.: palmeira. conico-Ex.: arvores. comprimido ou achatado-Ex.: cipo, cacto. anguloso-Ex.: tiririca (trigonal), macae (tetragonal), sulcado-Ex.:cipo-do-rego. estriado-Ex.:cacto. bojudo ou barrigudo-Ex.:palmeira, barriguda. QUANTO A FORMA Adaptafoes dos caules [sao as modificafdes dos caules normais, muitas vezes como consequencia dasfunfoes que exercem ou em razao da influencia do meio ffsico.DEFINigAO cladodios ou filocladios-segmentos caulinares camudos ou nao, verdes, achatados ou ate laminares, podendo lembrar folhas que estao ausentes ou rudimentares. Ex.: cacto (Fig. 20a), tenia (Fig. 20b). espinhos-estruturas caulinares, endurecidas, pontiagudas e vascularizadas. Ex.: limao, laranja (Fig. 21c). gavinhas - estruturas filamentosas para fixafao, em geral nas axilas de folhas, enroscando-se em helice, em tomo desuportes.Ex.: maracuja (Fig.21b), uva (Fig. 12). rastejantes-(Fig. 15a). trepadores-(Fig. 12; 13b; 15b, c). subterraneos-(Fig. 16a; 17a-e, g). TIPOS raculeos-sao tricomas rfgidos e pontudos, de origem puramente epidermica, ao contrario dosiespinhos, que sao lenhificados e dotados de tecido vascular. Ex.: roseira (Fig. 21a).NOTA espinhos cladodio cladodio CladodioCladodio a) Opuntia sp. (cacto) b) Homalocladium platycladum(F. Muell.) L.H.Bailey (tenia)Figura 20 - Tipos de adapta^oes do caule. 21Caule Adapta^oes dos caules i P A Aculeo a) Rosa sp. (roseira) *«— aculeo l %s '/ gavinha espinho Gavinha b) Passiflora edulis Sims (maracujd) Espinho c) Citrus x aurantium L. (laranja) Figura 21 - Tipos de adaptapoes do caule. Botdnica - Organografig22 Diferen^as entre raiz e caule CauleRaiz Diferenfas embrionarias 1) Origem:gemula, noembriao.1) Origem: radicula, no embriao. Diferenfas morfologicas 1)Comcoifa; 2) Sem gemas terminais e laterais; 3) Com regiao de pelos absorventes; 4) Sem folhas, flores e frutos; 5) Corpo sem divisao em nos e entrenos; 6) Com radicelas deorigem endogena. 1) Sem coifa; 2) Com gemas terminais e laterais; 3) Sem regiao de pelos absorventes; 4) Com folhas, flores e frutos; 5) Corpo com divisao em nos e entrenos; 6)Com ramos de origem exogena (nas gemas axilares). Diferen^as fisiologicas 1) Abso^ao de dgua e sais minerals;2) Crescimento subterminal; 3) Geotropismo positivo; 4) Raros fotossintetizantes; 5) Fototropismo negativo; 6) Responsavel pela fixa?ao da planta no solo. 1) Condu?ao da seiva; 2) Crescimento terminal; 3) Geotropismo negativo; 4) Fotossintetizantes ou nao; 5) Fototropismo positivo; 6) Responsavel pela sustenta^ao de todosos elementos provenientes da gemula. 23Folha FOLHA Introdu^ao Figura 23 - Folha e detalhe de sua anatomia. Tudo nas folhas (Fig. 23)- a sua forma achatada favordvel a exposif ao solar; a sua cor verde fomecida pela clorofila, que possibilita a fotossmtese para a produ?ao de fotoassimilados; as suas nervuras, que contem celulas especializadas para transporte da seiva; os seus “poros” microscopicos, os estomatos, que permitem a circula?ao de ar e a elimina?ao de vapor d’agua- mostra estar este orgao perfeitamente adaptado ao exercfcio das fungoes metabolicas das plantas: fotossmtese e distribui^ao dos nutrientes, respiragao e transpirapao. Este orgao vegetativo das plantas alcan?ou extensa variedade de formas e de estruturas. Tais modifica?oes podem ocorrer associadas a orgaos subterraneos, bem como a drgaos adreos, muitas vezes em consequencia das fun^Ses que exercem ou devido a influencia do meio fisico. A seguir, sao apresentadas as folhas e suas variapoes estruturais. 24 Botdnica - Organo^raria Generalidades metabolismo da planta; purifica?ao do ar; uso alimentar, medicinal, industrial, em aduba?ao etc. expansao lateral do caule; drgao laminar com simetria bilateral; crescimento limitado; colora?ao verde (clorofilado); insergao nodal; gemas nas axilas. IMPORTANCIA CARACTERESGERAIS fotossmtese (nutri?ao); respirapao e transpira^ao;conduf ao e distribui^ao da seiva. FUNCOES lembrionaria: gemula do embriao da semente;exogena: como expansoes laterals dos caules.ORIGEM expansao lateral e laminar do caule, de simetria bilateral e crescimento limitado, constituindo-se num orgao vegetativo com importantes fungoes metabolicas. DEFINICAO limbo ou lamina-parte laminare bilateral, peciolo-eixo que sustenta o limbo. bainha-e a parte basilar e alargada da folha que abra?a o caule. Ex.: tinhorao (Fig. 24a). estipulas-cada um dos apendices, geralmente laminares e em numero de dois, que se formam de cada lado da base foliar. Ex.:brinco-de-princesa (Fig. 24b). PARIES CONSTTTUINTES (Figs. 20a, b) 7/ /’ i0m?limbo ' L limbo peciolo peciolo estipula bainha Bainha a) Caladium bicolor (Aiton) Vent, (tinhorao) Estipulas b) Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa) Figura 24 - Partes constituintes da folha. 25Folha Nomenclatura folha conipleta-quando apresenta pelo menos tres das quatro partes constituintes (Figs.24a, b). folha incomplete-quando apresenta uma ou duas das quatro partes constituintes (Figs 25a, b). folha peciolada-quando apresenta peciolo. Ex.: abdbora (Fig. 25a). folha sessil-sem peciolo. Ex.: espada-de-sao-jorge (Fig. 26d). folha amplexicaule-folha cuja base do limbo abraga o caule. Ex.:serralha (Fig.25b). folha perfolhada ou perfoliada - quando as duas metades da base do limbo desenvolvem-se, circundando o caule, de modo que este parece atravessar o limbo.Ex.: Specularia sp. (Fig. 26b). folhas adunadas - sao folhas opostas, sdsseis, soldadas por suas bases, aparentando ser perfuradas pelo caule. Ex.: barbasco (Fig. 26c). folha fenestrada-limbo com perfuragoes. Ex.: costela-de-adao (Fig. 26a). folha invaginante-com bainha que envolve o caule em grande extensao. Ex.: Poaceae:capim-pe-de-galinha (Fig. 26f). filodio-peciolo dilatado e achatado, assemelhando-se ao limbo que, em geral, e totalmente ausente. Ex.: Acacia sp. (Fig. 27b). heterofilia-e o polimorfismo marcante das folhas normais. Ex.: cabomba (Fig. 27d), eucalipto (Fig.28a) emacae (Fig.27c). peciolo alado-peciolo com expansoes aliformes foli&ceas laterals.Ex.: laranjeira (Fig.26e). peciolulo - e o peciolo dos foliolos das folhas compostas. Ex.: espatodea (Fig. 27a). pseudocaule - falso caule, constituido pela sobreposigao das bainhas foliares, densamente superpostas. Ex.: bananeira (Fig. 28b). pulvino e pulvinulo - 6 uma porgao espessada da base foliar ou foliolar, respectivamente, que provoca nas folhas movimentos de curvaturas (nastias). Ex.: sensitiva, fedegoso, carrapicho (Fig. 39c). NOMENCLATURA FOLIAR pecioloVS 7; y Amplexicaule b) Sonchus oleraceus (L.) L. (serralha) Peciolada a) Cucurbita pepo L. (abobora) Figura 25 - Folha: nomenclatura. Botdnica - Organografia26 Nomenclatura Fenestrada a) Monstera deliciosa Liebm. (costela-de-adao) Perfoliada b) Specularia sp. i fli periolo alado bainha - Ie) Citrus x aurantium L. i n(laranja) Sessil d) Sansevieria hyacinthoides (L.) Druce (espada-de-sao-jorge) Invaginante f) Eleusine indica (L.) Gaertn. (capim-pd-de-galinha) Figura 26 - Folha: nomenclatura. 27Folha Nomenclatura A3 folfolo filodio raque peciolulo pecfolo Folha composta a) Spathodea campanulata P. Beauv. (espatodea) Filodio b) Acacia sp. Heterofilia c) Leonurus sibiricus L. (macae) folha da superficie - inteira folha submersa - filamentosa Heterofilia d) Cabomba caroliniana A.Gray (cabomba) Figura 27 - Folha composta (a), filodio (b) e heterofilia (c, d). Botdnica - Organografia28 Nomenclatura folhas superiores folhas inferiores Heterofilia a) Eucalyptus sp. (eucalipto) peciolo ; pseudocaule/ sec?ao do pseudocaule r Pseudocaule b) Musa x paradisiaca L. (bananeira) Figura 28 - Heterofilia (a) e pseudocaule (b). Folha 29 Limbo {Quanto itface superior, ventral ou adaxial (Fig. 29);inferior, dorsal ou abaxial (Fig. 29). folhas uninerveas-com uma unica nervura. Ex.: maioria das confferas. folhas paralelinerveas-com nervuras secundarias paralelas a principal, quando esta existe. Ex.: Poaceae: capim-pe-de-galinha (Fig. 30a). folhas peninerveas- com nervuras secundarias ao longo da principal. Ex.: laranjeira, vinca (Fig.30b). folhas curvinerveas - com nervuras secundarias curvas em relaqao a principal. Ex.: quaresmeira, Hngua-de-vaca (Fig. 30d). folhas palminerveas ou digitinerveas-com nervuras que irradiam do ponto de inserfao do peciolo que se insere na base do limbo. Ex.: brinco-de-princesa (Fig.24b), mamoeiro (Fig.30c). folhas peltinerveas-com nervuras que irradiam do ponto de inserfao do peciolo que se insere no centra ou proximo, na face dorsal do limbo.Ex.: mamona, chagas (Fig. 29). Quanto a nervafao ESTUDO DO LIMBO carnosa ou suculenta-limbo espessado, em geral, com reservas d’agua. Ex.: fortuna, babosa. coriacea-textura semelhante a couro. Ex.: abacateiro, magnolia, herbacea-consistencia de erva. Ex.: mamona. membranacea-consistencia de membrana, fina e flexivel.Ex.:escamas extemas do bulbo de cebola (Fig. 17e), escamas do rizoma da espada-de- sao-jorge (Fig. 17b). glabra-desprovida de pelos. pilosa- revestida de pelos. lisa -sem rugosidades. rugosa-com rugosidades. Quanto a consistencia Quantoa superficie / i / V face ventral face dorsal Tropaeolum majus L. (chagas) Figura 29 - Folha peltinervea: faces foliares ventral e dorsal. 30 Botdnica - Organografia Limbo ! ; ! i I ii j Paralelinervea a) Eleusine indica (L.) Gaertn. (capim-pe-de-galinha) Peninervea b) Lochnera rosea (L.) Rchb. ex Spach (vinca) % Jp 'Atit Palminervea c) Carica papaya L. / jY (mamoeiro) urnS Curvindrvead) Plantago hirtella Kunth (Ii'ngua-de-vaca) Figura 30 - Tipos de nerva?ao foliar. 31Folha Limbo acicular-forma de agulha longa, fina, rigida e pontiaguda. Ex.: pinheiro (Fig. 31a), cordiforme - forma de corafao, base mais larga, reentrante, com lobos arredondados. Ex.: capeva (Fig. 32a). deltoide-forma de delta, triangular. Ex.: cardeal (Fig. 32c). eliptica-forma de elipse, mais larga no meio, comprimento duas vezes a largura. Ex.: figueira (Fig. 31e). ensiforme - forma de espada, longa, bordos paralelos, afilados. Ex.: espada-de-sao-jorge (Fig. 26d). escamiforme- forma e aspecto de escamas. Ex.: cipreste (Fig. 31b). espatulada-forma de espatula, apice mais largo, comprimento maior que duas vezes a largura. Ex.: escama-de-sapo (Fig. 32d). falciforme-forma de foice, plana e encurvada. Ex.: eucalipto (Fig. 28a). hastada ou alabardina - forma de seta, semelhante a sagitada, porem com lobos basilares voltados para os lados. Ex.: guaco (Fig. 32f). lanceolada - forma de lan?a, mais larga no meio ou perto da base, geralmente estreitando-se nas extremidades, comprimento maior que duas vezes a largura. Ex.: espirradeira (Fig. 3Id), linear- forma estreita e comprida, bordos paralelos ou quase, comprimento acima de quatro vezes a largura.Ex.: capim-pe-de-galinha (Fig. 30a). oblonga - forma mais longa que larga, bordos quase paralelos, comprimento tres a quatro vezes maior que a largura.Ex.: vinca (Fig. 30b). ovada - forma de ovo, mais larga perto da base, comprimento ate duas vezes maior que a largura.Ex.: vassoura (Fig.32b). obovada-forma ovada com a parte mais larga no apice, isto e, ovada invertida. Ex.: amendoeira, buxo (Fig. 32e). orbicular-forma mais ou menos circular. Ex.: chagas (Fig. 29). peltada - forma de escudo, com o peciolo inserido no meio ou proximo, na face dorsal do limbo, a maneira de um cabo.Ex.: chagas (Fig. 29). reniforme-forma de rim, mais largo que longo. Ex.: centela (Fig. 32g). sagitada-forma de seta, base reentrante, com os lobos pontiagudos voltados para baixo. Ex.: tinhorao. (Fig. 32h). subulada-cilindrica, estreitando-se para o apice pontiagudo. Ex.: cebola (Fig. 31c). ESTUDO DO UMBO QUANTO A FORMA escamas & Acicular Escamiforme Subulada Eliptica c) Allium cepa L. d) Nerium oleander L. e) Ficus microcarpa L.f. (espirradeira) Lanceolada a) Pinus elliottii Engelm. b) Cupressus sp. (pinheiro) (cipreste) (cebola) (figueira) Figura 31 - Limbo foliar quanto a forma. Botdnica - Organografia32 Limbo \ 43 Ovada ® b)S/da micrantha A.St.-Hill. (vassoura) Cordiforme a) Pothomorphe sp. (capeva) r j ,MV Deltoide c) Salvia splendens Sellow ex Wied-Neuw (cardeal) Espatulada d) Gnaphalium purpureum L. (escama-de-sapo) Obovada e) Buxus sempervirens L. Sagitada h) Calatliuni sp- (tinhorao) Hastada f) Mikania salviifolia Gardner (guaco) Figura 32 - Limbo foliar quanto a forma. Reniforme g) Centella asiatica (L.) Urb. (centela) 33Folha Limbo aculcado-com pontas agudas e rigidas na margem do limbo. Ex.: abacaxi (Fig. 34a). creuado - com dentes obtusos ou arredondados. Ex.: folha-da-fortuna (Fig. 34b). dentado-com dentes regulares nao inclinados. Ex.: roseira, brinco-de- princesa (Fig. 34c). inteiro-liso, sem deformapao ou divisao. Ex.: buxo (Fig. 34d). ondulado-com ligeiras ondulapoes. Ex.: magnolia (Fig. 34e). serrado-dentes como os de serra, inclinados para o apice. Ex.: beijo-de- frade (Fig. 34f). serrilhado ou serrulado - serrado, porem com dentes diminutos. Ex.: capim-pe-de-galinha (Fig. 34g). sinuoso-com recortes marginais, com aspecto de seno, isto e, ondulapoes mais profundas. lobado- limbo dividido em lobos mais ou menos arredondados. Lobos menores que a metade do semilimbo (nas folhas peninerveas) ou do limbo (nas folhas palminerveas). As folhas lobadas chamam-se, segundo a nervapao, pinatilobadas (bico-de-papagaio, Fig. 34h) e palmatilobadas (guaxima, Fig. 34i). O mesmo se diz em relapao ao numero de lobos: trilobada, quinquelobada, multilobada etc.As lobadas assemelham-se as fendidas, porem tern lobos marcantes e arredondados. ESTUDO DO LIMBO QUANTOAO BORDO fido ou fendido - recortes que chegam proximo ou ate a metade do semilimbo (folhas peninerveas) ou do limbo (folhas palminerveas). Quanto a nervapao, as folhas podem ser pinatifidas (folfolo do cinamomo, Fig. 34j) e palmatifidas (batata-doce, Fig. 34k). partido - recortes que alcanpam alem da metade do semilimbo (folhas peninerveas) ou do limbo (folhas palminerveas), sem alcanpar a nervura mediana ou a base, respectivamente. Segundo a nervapao, as folhas partidas podem ser pinatipartidas (flor-de-maio, Fig. 341) e palmatipartidas (mamoeiro, Fig. 34m). Quanto ao numero, podem ser bipartidas, multipartidas etc. secto ou cortado - os recortes alcanpam a nervura mediana (folhas peninerveas) ou a base (folhas palminerveas). Segundo a nervapao, as folhas podem ser pinatissectas (picao, Fig. 34n) e palmatissectas (enrola- semana, Fig. 34o). Botdnica - Organografia34 Limbo a) Aculeado b) Crenado c) Dentado d) Inteiro e) Ondulado f) Serrado g) Serrilhado h) Pinatilobada i) Palmatilobada k) Palmatifidaj) Pinatifida m) Palmatipartida n) Pinatissecta o) Palmatissecta a) Ananas comosus (L.) Merr. (abacaxi); b) Kalanchoe pinnata (Lam.) Pers. (folha-da-fortuna); c) Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa); d) Buxus sempervirens L. (buxo); e) Magnolia champaca (L.) Baill. ex Pierre (magnolia); f) Impatiens balsamina L. (beijo-de-frade); g) Eleusine indica (L.) Gaertn. (capim-pe-de-galinha); h) Euphorbia pulcherrima Willd. ex Klotzsch (bico-de-papagaio); i) Urena lobaia L. (guaxima); j) Melia azedarach L. (foliolo de cinamomo); k) Ipomoea batatas (L.) Lam. (batata-doce); 1) Montanoa bipinnatifida (Kunth) K.Koch (flor-de-maio); m) Carica papaya L. (mamoeiro); n) Bidens pilosa L. (picao); o) Ipomoea cairica (L.) Sweet, (enrola-semana). 1) Pinatipartida Figura 34 - Limbo foliar quanto ao bordo. Folha 35 Limbo acuminado-limbo estreitando-se de forma gradual para o apicee terminando em ponta, excessivamente aguda. Ex.: capim-elefante (Fig. 36a). agudo-terminando em angulo agudo. Ex.: espirradeira (Fig. 36b). cuspidado-terminando, subitamente, em ponta fina. Ex.: cardeal (Fig. 36c). emarginado-terminando com uma reentrancia pouco profunda. Ex.: caruru (Fig. 36d). mucronado-terminando, subitamente, em ponta curta, dura e isolada. Ex.: vinca (Fig. 36e). obtuso-terminando em angulo obtuso. Ex.: bucho (Fig. 36f). retuso-apice truncado e ligeiramente emarginado, as vezes com um apfculo central. Ex.: buxo (Fig.36g). truncado-apice parecendo ter sido cortado transversalmente. Ex.: folfolo de carrapicho (Fig. 36h). Quanto ao apice acunheada ou cuneiforme - em forma de cunha, base de bordos retos e convergentes. Ex.: botao-de-ouro (Fig. 36i). atenuada-estreitando-segradualmente para a base.Ex.: espirradeira (Fig.36j). auriculada-terminando por partes ou apendices com forma de orelha. Ex.: serralha (Fig. 36k). cordada - base reentrante, com lobos arredondados. Ex.: violeta, capeva (Fig. 361). hastada - base reentrante, com os lobos agudos e voltados para os lados. Ex.: guaco (Fig.36m). oblfqua-terminando por lados desiguais, assimdtrica. Ex.: cardeal (Fig. 36n). obtusa-terminando em angulo obtuso. Ex.: brinco-de-princesa (Fig. 36o). reniforme-base reentrante, com lobos largos e arredondados. Ex.: centela (Fig.36p). sagitada - base reentrante, com lobos pontiagudos voltados para baixo. Ex.: tinhorao (Fig. 36q). truncada-base parecendo ter sido cortada em piano transversal. Ex.: capim- elefante (Fig.36r). UMBO (cont.) Quanto a base folha simples-com limbo unico, nao dividido em folfolos. Ex.:cafe, batata- doce (Fig. 34k). folha composta-limbo dividido em folfolos. Ex.: feijao, espatddea (Fig.27a), paineira (Fig. 37d). Quanto a divisao do limbo NOTA • - cada uma das partes individuals, laminares, dotadas de articula?ao, de uma folha composta. Ex.: espatodea (Fig. 27a). Botdnica - Organografia36 Limbo fi a) Acuminado b) Agudo c) Cuspidado d) Emarginado e) Mucronado f) Obtuso g) Retuso h) Truncado i) Acunheada j) Atenuada k) Auriculada 1) Cordada m) Hastada n) Obllqua o) Obtusa p) Reniforme r) Truncadaq) Sagitada a) Pennisetum purpureum Schumach. (capim-elefante); b) Nerium oleander L. (espirradeira); c) Salvia splendensSellow ex Wied-Neuw (cardeal); d) Amaranthus viridis L. (caruru);e) Lochnera rosea (L.) Rchb. ex Spach (vinca); f) Buxus sempervirens L. (buxo); g) Buxus sempervirens L. (buxo); h) Desmodium sp. (carrapicho); i) Galinsoga ciliata (Rafin.) Blake (botao-de-ouro); j) Nerium oleander L. (espirradeira); k) Sonchus asper (L.) Hill, (serralha); 1) Pothomorphe sp. (capeva); m) Mikania salviifolia Gardner (guaco); n) Salvia splendens Sellow ex Wied-Neuw (cardeal); o) Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de- princesa); p) Centella asiatica (L.) Urb. (centela); q) Caladium sp. (tinhorao); r) Pennisetum purpureum Schum. (capim-elefante). Figura 36 - Limbo foliar quanto ao apice (a-h) e base (i-r). Folha 37 Folha composta DEFINICAO: limbo dividido em foliolos. -|com um foliolo.Ex.: limoeiro (Fig.37a). -j^com dois foliolos.Ex.:Vicia sp. unifoliolada bifoliolada £com tres foliolos, podendo ser penada ou palmada.Ex.: feijao,trifoliolada carrapicho (Fig. 37b). foliolos saindo de ambos os lados da raque (eixo da folha acima do peciolo); com os subtipos: paripenada-terminando com um par de foliolos.Ex.:fedegoso (Fig. 37c). imparipenada-com um foliolo terminal.Ex.: roseira,espatodea (Fig. 37d). TTPOS penadaou penaticompostay com tres ou mais foliolos saindo do apice do peciolo ou raque.Ex.: paineira (Fig. 37e). palmada,digitada ou palmaticomposta recomposta - quando os foliolos sao, por sua vez, compostos, isto e, sao folhas duplamente NOTA • compostas. Podem ser bipenadas (duas vezes penadas), tripenadas (tres vezes penadas) etc. Ex.:muitas mimosas,angico (Fig.37f ).ij I Paripenada c) Cassia bicapsularis L. (fedegoso) Trifoliolada b) Desmodium sp. (carrapicho) Unifoliolada a) Citrus xLimon (L.) Osbeck (limoeiro) Imparipenada d) Spathodea campanulata P.Beauv. (espatodea) Figura 37 - Tipos de folhas compostas. Recomposta (bipenada) f) Piptadenia contorta (DC.) Benth. (angico) Palmada e) Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna (paineira) 38 Botdnica - Organografig Filotaxia I uma folha em cada n6, com entrends evidentes. Ex.: brinco-de-princesa(Fig.38a).alterna um par de folhas em cada n6, uma em frente da outra. Pode ser: oposta distica - pares de folhas sobrepostos, em n6s consecutivos. Ex.: cafe (Fig. 38b). oposta cruzada ou decussada-pares de folhas nao sobrepostos, formando um angulo reto com o par consecutivo, ou seja, cruzados. Ex.: cardeal (Fig.38c). oposta TIPOS • {um par de folhas em cada no, inseridas num mesmo ponto. Ex.: orquidea(Fig. 38d).geminada com tres ou mais folhas inseridas em pontos distintos no no.Ex.: espirradeira (Fig. 38e).verticilada {com tres ou mais folhas inseridas num mesmo ponto no no, isto e, reunidasem feixes.Ex.:pinheiro (Fig. 38f).fasciculada uma folha por no, inserida espiraladamente em nos consecutivos, com - entrenos muito curtos, a semelhan?a de uma roseta, na base ou no apice do_ caule.Ex.: alface, bromelia, palmeira, falsa-tiririca (Fig.38g). rosulada ou rosetada Alterna a) Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa) Oposta cruzada c) Salvia splendens Sellow ex Wied-Neuw (cardeal) Oposta distica b) Cojfea arabica L. Rosulada g) Hypoxis decumbens L. (falsa-tiririca) Geminada d) Coelogyne sp. (orqufdea) Verticilada e) Nerium oleander L. (espirradeira) Fasciculada f) Pirns elliottii Engelm. (pinheiro) Figura 38 - Tipos de filotaxia. Folha 39 Folhas reduzidas DEFINICAO: sao as que, comparadas com as folhas normals, tern grau menor de organizafao. catafilos-sao folhas reduzidas, aclorofiladas, membranaceas, que protegem a gema na regiao nodal, geralmente em caules subterraneos (Figs. 17c; 40a, f ). cot iledone-a primeira ou cada uma das primeiras folhas do embriao, tambem chamado folha primordial, embrionaria ou seminal. Em geral, em numero de um nas Monocotiledoneas (Fig. 106c) e de dois nas Eudicotiledoneas (Figs. 11la; 40c). hipsofilos - sao folhas reduzidas situadas entre as folhas e as flores na parte superior da planta (Fig. 40b), especialmente as bracteas e bracteolas (Fig. 40d). estipula-ecada um dos apendices, em geral em numero de dois, de forma e tamanho variaveis, que se formam de cada lado da base foliar (Fig. 40e). estipelas ou estipelulas-sao as estipulas dos foliolos. Ex.: carrapicho (Fig. 39c). ligula-e um apendice, quase sempre membranoso, que se localiza entre o limboe a bainha. Ex.: cana-de-a?ucar, capim-elefante (Fig. 39b). ocrea-e o conjunto de duas estipulas axilares membranosas e totalmente concrescentes, por ambos os lados, circundando o caule como uma bainha e ultrapassando o ponto aparente de inserfao da folha. Ex.: erva-de-bicho (Fig. 39a). HPOS : 6crea ,/J estipela ! pulvino pulvmulo 6crea Ligula b) Pennisetum purpureum Schumach. (capim-elefante) Estipela c) Desmodium sp. (carrapicho) a) Polygonum acuminatum Kunth (erva-de-bicho) Figura 39 - Tipos de folhas reduzidas. 40 Botdnica - Organografia Folhas reduzidas hips6filo! escamas A folhaprimarial AWit A epic6tilo cotiledone Gema terminal a) Castanea sativa Mill, (castanheiro) b) Bougainvillea glabra Choisy (tres-marias) !hipocotilo \ h 1M Plantula yc) Phaseolus vulgaris L.(feijao) bracteola\AVV ]; bractealimbovf,Vi Brdctea d) Spathodea campanulata P.Beauv. (espatodea) peciolo estipula KJcatafilos rizoma 'A ' z'.r/Estipula e) Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa) Rizoma - catdfilo f) Sansevieria hyacinthoides (L.) Druce (espada-de-sao-jorge) Figura 40 - Tipos de folhas reduzidas. 41Folha Folhas modificadas DEFINI^AO: sao as modificafoes das folhas normals, muitas vezes como consequencia das funfoes queexercem ou devido k influencia do meio ffsico. folhas insetivoras - sao folhas que aprisionam e digerem pequenos animals. Ocorrem nas plantas camfvoras, cujas folhas apresentam pelos glandulares, destinados k tal nutrifao. Ex.: Drosera sp. (Fig. 41b). As folhas insetivoras compreendem os tipos: ascidios - metamorfose total ou parcial das folhas vegetativas, convertendo-se em estruturas utriculares ou urceoladas. No seu interior, encontram-se glandulas especiais que secretam enzimas capazes de digerir os organismos que af caem. Ex.: nepentes (Fig. 41a). utrfculos - metamorfose foliar total ou parcial, convertendo-se em pequenas vesiculas adaptadas a deglutifao de pequenos animais aquaticos. Ex.: Utricularia sp. (Fig. 42a). espinhos - folhas ou partes foliares espinhosas, endurecidas e pontiagudas, lenhificadas e dotadas de tecido vascular. Ex.: cacto (Fig. 42c), jua (Fig. 42d). gavinhas - estruturas filamentosas para fixa?ao, enroscando-se em torno de suportes, resultantes da modificafao total ou parcial das folhas, inclusive de estfpulas. Ex.: cipo-de-sao- joao (Fig. 42b). reservantes-folhas modificadas que acumulam reservas nutritivas.Ex.: catafilos dos bulbos, como os bulbos de cebola (Fig. 17e). heterofilia-(Figs. 27c, d). folhas reduzidas-(Figs. 40a-f). TIPOS tampabase foliar •*- folha insetivora i ascfdio tricoma glandular spAscfdio a) Nepenthes sp. (nepentes) Folhas insetivoras b) Drosera sp. Figura 41 - Tipos de folhas modificadas. Botdnica - Organografia4 2 Folhas modificadas utriculo / folha submersa Utriculo a) Utricularia sp. gavinha folfoloWA %espinhos [> v\XT. Gavinha b) Pyrostegia venusta (KerGawl.) Miers (cipo-de-sao-joao)if.'.i fM •'. ‘j espinho- £myMm M 6#?/ [ g'r ' Espinho c) Opuntia sp. (cacto) ?/' A &' irt, z L Espinho d) Solanumreflexum Schrank (ju£) Figura 42 - Tipos de folhas modificadas. Folha 43 Prefolia^ao DEFINICAO: disposifao das folhas ou primdrdios foliares antes de seu completo desenvolvimento. Tambem denominada verna?ao. convoluta-folha enrolada longitudinalmente ao longo da nervura principal, formando um tubo. Ex.: cana-de-afucar (Fig. 43a). circinada- folha enrolada transversalmente do apice para a base. Ex.: samambaia (Fig. 43b). involuta-folha com margens enroladas sobre a faceadaxial. Ex.: ninfeia. (Fig. 43c). revoluta- folha com margens enroladas sobrea faceabaxial. Ex.:alamanda (Fig.43d). conduplicada-folha dobrada longitudinalmente ao longo da nervura principal.Ex.: tiririca (Fig.43e). plicada-folha pregueada ou plissada,como um leque.Ex.:curculigo(Fig. 43f). TTPOS Convoluta a) Saccharum officinarum L. (cana-de-afiicar) Circinada b) Dicksonia sellowiana Hook, (samambaia) Involuta c) Nymphaea alba L. (ninfeia) Plicada f) Curculigo capitulata (Lour.) Kuntze (curculigo) Conduplicada e) Cyperus rotundus L. (tiririca) Revoluta d) Allamanda cathartica L. (alamanda) Figura 43 - Tipos de prefoliafao. Botdnica - Organografig44 INFLORESCENCIA Generalidades DEFINIQAO: 6 a disposifao dos ramos florais e das flores sobre eles. axilar ou lateral - inflorescencia na axila das folhas. terminal ou apical - inflorescencia no dpice do ramo. QUANTO A POSIQAO uniflora- uma unica flor na axila da folha ou no apice do ramo.Ex.: magnolia, brinco- de-princesa (Fig. 55b). pluriflora-mais de uma flor na axila da folha ou no dpice do ramo. Ex.:xique-xique (Fig. 45a). QUANTO AO NUMERO DE FLORES Esquemas: indefinida, racemosa, centripeta ou monopodial - gema apical de longa duragao;as floresseabremda baseparaodpice (Figs.45a-d) ou da periferia para o centro (Figs.46b, c). deflnida, cimosa, centrifuga ou simpodial - gema apical de curta dura?ao;oextremodoeixoprimdriocessaoseu crescimento, termina ou nao numa flor que e a primeira a se abrir. O mesmo ocorrecom eixos secundarios,quese desenvolvem sucessivamente (Figs. 47a, b; 48a, b) ou quando as flores se abrem do centro para a periferia (Figs.48c-e). QUANTO A RAMIFICAQAO simples-flores inseridas no eixo primario (Figs.45a-d). composta-flores inseridas nas ramificagoes do eixo primario (Figs.49a-e). - cacho ou racemo- flores pediceladas, em diferentes nfveis no eixo primdrio, atingindo diferentes alturas.Ex.: mostarda, xique-xique (Fig. 45a). corimbo- flores pediceladas, em diferentes nfveis no eixo primdrio, atingindoaproximadamentea mesma altura. Ex.:espatddea (Fig.45b). espiga - flores sdsseis ou subsdsseis, em diferentes nfveis no eixo primdrio. Ex.: lfngua-de-vaca (Fig.45c). espadice-variafao da espiga em que o eixo primdrio e camoso e as flores sao geralmente unissexuais, sendo o conjunto envolvido por uma grande brdctea chamada espata.Ex.:Araceae:anturio, banana-de-macaco(Fig.45d). amento - variafao da espiga em que o eixo primdrio geralmente 6 flexfvel e pendente, com flores, em geral, unissexuais. Ex.: castanheira, rabo-de-gato (Fig.46a). umbela -flores pediceladas inseridas no mesmo ponto no dpice doeixo primdrio, atingindo aproximadamente a mesma altura. Ex.:agapanto (Fig. 46b). capftulo-flores hermafroditas, unissexuais ou estdreis inseridas em um receptdculo concavo, pianoou convexo, envolvidas por um conjunto de brdcteas denominado periclfnio, constituindo uma estrutura capitada. Ex.:_ Asteraceae: girassol, margarida (Figs. 46c; 57e). Ambos os grupos podem ser: SIMPLES INDEFINIDAS OU . RACEMOSAS Tipos Inflorescencia 45 Inflorescencias racemosasi Lonmbo b) Spathodea campanulata P.Beauv. (espatodea) a) Crotalaria zanzibarica Benth. (xique-xique) espata Espiga c) Plantago major L. (Hngua-de-vaca) Espddice d) Monstera deliciosa Liebm. (banana-de-macaco) Figura 45 - Tipos de inflorescencias racemosas. 46 Botanica - Organografia Inflorescencias racemosas Amento a) Acalypha sp. (rabo-de-gato) Umbela ' b) Agapanthus africanus (L.) Hoffmanns, (agapanto) flor tubulosa receptaculo secfao longitudinal -vista frontal Capftulo c) Chrysanthemum leucanthemum L. (margarida) Figura 46 - Tipos de inflorescencias racemosas. 47Inflorescencia Inflorescencias cimosas Esquemas: monocasio ou cima unipara-eixo primario terminado por flor, formando abaixo dela um s6 eixo secunddrio lateral, tambem terminado por flor, e assim sucessivamente. Pode escorpioide - os eixos secundarios saem sempre do mesmo lado. Ex.: miosotis (Fig. 47a). helicoide-os eixos secundarios saem de um lado e do outro, alternadamente. Ex.: assistacia (Fig. 47b). dicasio ou cima bipara-eixo primario terminado por uma flor, formando abaixo dela dois eixos secundarios opostos, tambem terminados por flor, e assim sucessivamente. O dicasio pode carecer de flor terminal.Ex.: begonia (Fig. 48a). pleiocasio ou cima multipara-do apice do eixo primario terminado por flor partem varioseixos secundarios, tambem terminados por flor, e assim sucessivamente. Ex.: geranio (Fig. 48b). glomerulo- flores sesseis ou subsesseis, muito proximas entre si, aglomeradas, de configuraqao mais ou menos globosa. Ex.: macae, cordao-de-frade (Fig. 48c). ciatio - formado por uma flor feminina, aperiantada, pedicelada, rodeada por uma ou varias flores masculinas e todo o conjunto envolvido por um involucre caliciforme de bracteas, altemando-se com glandulas. Ex.: coroa-de-cristo (Fig.48d). siconio- flores unissexuais inseridas em um receptaculo escavado, formando uma cavidade quase fechada. Ex.: figo (Fig. 48e). fa ser: SIMPLES DEFINIDASOU < CIMOSAS B Monocasio escorpioide a) Heliotropium indicum L. (miosotis) Monocdsio helicoide b) Asystasia sp. (assistacia) Figura 47 - Tipos de inflorescencias cimosas. Botdnica - Organografia48 Inflorescencias cimosas m Pleiocasio ou cima multipara b) Pelargonium sp. (geranio) Glomerulo c) Leonotis nepetifolia (L.) R.Br. (cordao-de-frade) FlorC? bractea colorida — '' glandula K */ 1' h receptdculo secfao longitudinalCiatio d) Euphorbia milii var. splendens (Bojer ex Hook) Ursch & Leandri (coroa-de-cristo) Siconio e) Ficus carica L. (figo) Figura 48 - Tipos de inflorescencias cimosas. Inflorescencia 49 I Inflorescencias compostas Esquemas: homogenea-ramificafao da racemosa ou da cimosa, porem do mesmo tipo. Ex.: umbela de umbelas (Fig.49a), pamcula (cacho de cachos) (Fig. 49b), monocdsio de monocasios (Fig. 49c). heterogenea-ramificafao da racemosa ou da cimosa, porem entre diferentes tipos. Ex.:dicasio de ciatios, como na coroa- de-cristo (Fig. 49d). mista - mistura entre racemosa e cimosa. Ex.: cacho de dic£sios, como na trepadeira-rosa (Fig. 49e). TIPOS INFLORESCENCIAS HOMOGENEAS Cacho de cachosUmbela de umbelas a) Petroselinum crispum (Mill.) Fuss Pamcula (salsa) Monoc&sio de monocasios c) Hemerocallis lilioasphodelus L. (IMo)b) Yucca gloriosa L. (yuca) INFLORESCENCIAMISTAINFLORESCENCIA HETEROGENEA Dicasio de ciatios d) Euphorbia milii var. splendens (Bojer ex Hook) Ursch & Leandri (coroa-de-cristo) Figura 49 - Inflorescencias compostas: homogeneas (a-c), heterogenea (d) e mista (e). Cacho de dicdsios e) Podranea ricasoliana (Tanfani) Sprague (trepadeira-rosa) Botdnica - Organografia50 FLOR Introdu^ao Figura 50 - Da flor ao fruto. A sequencia mostrada na Fig. 50 indica que as flores produzem frutos. Sem elas, estes nao se formam. O fato de as flores se revestirem das mais variadas e lindas cores, apresentarem formas perfeitas ou bizarras, ou desprenderem aromas geralmente agradaveis, como o dos jasmins ou o das magnolias, alem de produzirem nectar, revela um mecanismo natural de atragao de animais, os quais, ao visita-las em busca de alimentos, promovem a poliniza?ao, marcando o inicio dos fenomenos que conduzirao a formafao dos frutos e sementes. As flores e suas varia^oes morfologicas serao apresentadas detalhadamente nos topicossubsequentes. 51Flor Generalidades reprodufao sexuada; - classificafao das plantas (taxonomia); industrial, medicinal, ornamental etc. constituida de folhas modificadas (metamorfosefoliar), com diferentes especializagoes. £ reprodufao sexuada. metamorfose foliar progressiva. um eixo com folhas metamorfoseadas que, em conjunto, constituem o aparelho reprodutor sexual das plantas (Fanerdgamas). bracteas e bracteolas-folhas modificadas, localizadas proximo aos verticilos florais; geralmente denominadas hipsofilos. pedunculo-eixo de sustenta?ao da inflorescencia. pedicelo-eixo de sustentafao da flor. receptaculo-porgao dilatada, onde se inserem os verticilos florais. IMPORTANCE CARACTERES GERAIS FUNCAO ORIGEM DEFINigAO PARTES CONSTTTUINTES (Fig.51) J-calice- conjunto de sepalas.1 corola-conjunto de petalas.extemos ou protetores:perianto ou perigonioVerticilos florais androceu-conjunto de estames. gineceu - conjunto de carpelos.intemos ou reprodutores {perigonio-ha uma tendencia de se chamar de perigonio o perianto de flores homoclamideas,sendo as pe?as do cdlice e da corola chamadas tepalas.NOTA fjH estame - gineceu p6tala receptaculo "1 s6pala pedicelo bract6ola pedunculo bractea Figura 51 - Esquema das partes constituintes da flor. 52 Botdnica - Organografia Nomenclatura pedunculada-com pedunculo (Fig. 51). pedicelada- com pedicelo. Ex.: xique-xique (Fig.45a). sessil - sem pedunculo ou sem pedicelo. Ex.: cordao-de-frade (Fig. 48c). Quanto ao pedunculo ou pedicelo ciclica - pe?as florais dispostas em clrculos concentricos no receptdculo, formando verticilos. Ex.: llrio, quaresma, mostarda (Fig.53a). aciclica-pe$as florais, dispostas em espiral,em tomo do receptdculo. Ex.: magnolia (Fig.53b). Quanto a disposi?ao das pe?as florais aperiantada, aclamidea ou nua - ausencia dos dois verticilos protetores. Ex.: Poaceae, pimenta-do-reino (Fig.54a). monoperiantada, monoclamidea ou haploclamldea-ausencia de um deles. Ex.: mamona (Fig. 54c). diperiantada, diclamidea ou diploclamidea- presenta de cilice e corola. Ex.: llrio (Fig.54b), brinco-de-princesa (Fig.55b). Quanto ao numero de pe?as do perianto homoclamldea - sepalas e petalas semelhantes em numero, cor e forma, sendo chamadas tepalas. Ex.: llrio (Fig.54b). heteroclamidea - sepalas e petalas diferentes entre si. Ex.: brinco- de-princesa (Fig.55b). Quanto a homogeneidade do perianto NOMENCLATURA FLORAL bissexual, hermafrodita ou androgina-dois sexos na mesma flor. Ex.: llrio (Fig.54b), brinco-de-princesa (Fig. 55b). unissexual feminina ou pistilada-ausencia de androceu e present de gineceu. Ex.: mamona (Fig.54c). unissexual masculina ou estaminada - ausencia de gineceu e presen<?a de androceu. Ex.: mamona (Fig.54c). esteril ou neutra - androceu e gineceu nao funcionais ou ausentes. Ex.: Arum sp., margarida (Fig. 57e). Quanto ao sexo oligostemone - numero de estames menor que o de pdtalas. Ex.: cardeal. isostcmonc-numero de estames igual ao de pdtalas. Ex.: cafe, fumo. diplostemone-numero de estames 6 o dobro do numero de pdtalas. Ex.:quaresma, llrio, feijao. polistemone- numero de estames superior (exceto o dobro) ao de pdtalas. Ex.: goiaba. Quanto ao numero de estames em relafao ao de petalas hipogina - receptdculo piano a convexo, nao concrescido com a parede do ovdrio;demais verticilos abaixodo gineceu; ovdrio supero. Ex.: fumo (Fig. 75a). pcrlgina-receptdculo escavado, livre ou Us vezes concrescente atd a metade do ovdrio; demais verticilos em tomo do gineceu; ovdrio supero (rosa, Fig.75b) ou semi-lnfero (quaresmeira, Fig.75c). eplgina-receptdculoescavado,concrescentecom todooovdrio;demais_ verticilos acima do gineceu;ovdrio Infero.Ex.:Fuchsia sp.(Fig.75d). flor completa-quando apresenta todos os verticilos florais, ou seja, cdlice, corola, androceu e gineceu. Ex.: brinco-de-princesa (Fig. 55b). flor incompleta-quando falta um ou mais verticilos florais. Ex.: mamona (Figs. 54c; 89a). flor calcarada - aquela dotada de uma espora ou calcar, situada no cdlice, na corola ou em ambos. Ex.: chagas (Fig. 55a). Quanto d posif ao relativa do gineceu NOTA 53Flor Nomenclatura estame gineceu Florciclica a) Sinapis alba L. (mostarda) pistilo ; A estame m tepala 7)> / Floracfclica b) Magnolia champaca (L.) Baill. ex Pierre (magnolia) Figura 53 - Disposigao das pe?as florais. 54 Botdnica - Organografia Nomenclatura gineceu '3I ftepala interna androceu /7 /. estame Vl*/• tepala externa 0 gineceu bractea A Flor aperiantada, hermafrodita. a) Piper nigrum L. (pimenta-do-reino) Flor diperiantada, homoclamfdea, hermadrodita. b) Hemerocallis lilioasphodelus L. estigma ovario Flores monoperiantadas, unissexuais masculina e feminina. c) Ricinus communis L. (mamona) Figura 54 - Flores quanto ao perianto e quanto ao sexo. Flor 55 Nomenclatura calcar (espora) estigmas Flor calcarada, diperiantada, heteroclamfdea. a) Tropaeolum majus L. (chagas) androceu monadelfo Tcorola & / //' \-'cXw estilete ramificado. & y*"'-</ estigmaMt l antera reniformei •icalice calfculo (bracteas) . estilete androceu monadelfo petala sepala 6vulo ovdrio secfao longitudinal da flor Flor pentamera, diperiantada, heteroclamfdea, hermafrodita. b) Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa) Figura 55 - Flor quanto ao perianto: calcar (a) e androceu monadelfo e estilete ramificado (b). 56 Botdnica - Organografia Bracteas DEF1N1CA0: folhas reduzidas localizadas entre as folhas e as flores na parte superior da planta (Fig. 56). Podem ser fdrteis, com flores na axila (Fig. 56), ou estdreis, sem flores na axila, tambdm chamadas vazias. caliculo-tambdm chamado epicalice; um conjunto de bracteas dispostas em circulo, na base do calice, dando a impressao de um calice suplementar. Ex.: brinco-de-princesa (Fig.55b). espata - bractea desenvolvida, envolvendo as flores de uma inflorescencia. Ex.: anturio, banana-de-macaco (Fig.57b). glumas - duas br&cteas estereis que integram a espigueta, que e a inflorescencia elementardas Poaceae. Ex.:arroz (Fig.57c). periclinio-conjunto de bracteas que circundam a base da inflorescencia em capitulo. Ex.: margarida (Fig.57e). TIPOSDE BRACTEAS cupula-estrutura endurecida persistente na base de certos frutos, que os envolve em maior ou menor grau; por vezes considerada como bracteas. Ex.: carvalho (Fig.57a); sassafras (Fig.99d). involucro- termo generico que se refere ao conjunto de bracteas que rodeiam ou envolvem flores em maior ou menor grau.Ex.: tres-marias (Fig.56); salsa (Fig.57d). NOTA flor flori I' ! monoperiantada )) hipsofilo!li '1hipsofilo (bractea) 7/ m |i! Invdlucro Bougainvillea glabra Choisy (tres-marias) Figura 56 - Bractea: invdlucro. 57Flor Bracteas frutoi V\sx, > v \. / ;4N -- i JT I espataji «» cupula* Espata b) Monstera deliciosa Liebm. (banana-de-macaco) Cupula a) Quercus sp. (carvalho) antera lii estigma plumosofilete palea * lemalodicula gluma superior gluma inferior Espigueta - glumas c) Oryza sativa L. (arroz) V 1 mmbrdctea periclmio5 V7 Invdlucro „ d) Petroselinum crispum (Mill.) Fuss (salsa) Figura 57 - Tipos de bracteas (b, c, e), cupula (a) e invdlucro (d). Periclmio e) Chrysanthemum leucanthemum L. (margarida) 58 Botdnica - Organografia Perianto geralmente verde; quando da mesma cor que a da corola, o cdlice 6 chamado petaloide. Ex.: brio (Fig.54b). gamossepalo ou sinsepalo - quando as sdpalas estao soldadas entre si, em maior ou menor extensao.Ex.: cardeal (Fig.64a). dialissdpalo ou corissepalo-quando as sdpalas sao livres ou isoladas. Ex.: mostarda (Fig.62a). "trimero-sepalas em numero de tres ou seus multiplos. Ex.: Monocotiledoneas (Fig. 54b). tetramero-sdpalas em numero de quatro ou seus multiplos. Ex.: Eudicotiledoneas (Fig.53a). pentamero-sepalas em numero de cinco ou seus multiplos. Ex.: Eudicotiledoneas (Fig.55b). caduco-quando cai antes de a flor ser fecundada. persistente-quando persiste no fruto. Ex.: laranja (Fig.59a). marcescente-persistente, porem murcha. Ex.: goiaba (Fig.59b). deciduo-quando cai logo apos a corola. Ex.: mostarda. acrescente-alem de persistente, desenvolve-seeenvolveo fruto.Ex.: fisalis, jua-de-sapo (Fig.59c). actinomorfo ou radial-com varios pianos de simetria. zigomorfoou bilateral-um so piano de simetria. assimetrico-sem piano desimetria. branca ou diversamente colorida; quando verde, a corola e chamada sepaloide. gamopetala ou simpetala-quando as petalas estao soldadas entre si, em maior ou menor extensao (Fig. 64b). dialipetala ou coripetala-quando as petalas estao livres entre si (Fig.62a). trimera- petalas em numero de tres ou seus multiplos. Ex.: Monocotiledoneas (Fig.54b). tetramera- petalas em numero de quatro ou seus multiplos. Ex.: Eudicotiledoneas (Fig. 53a). pentamera-pdtalas em numero de cinco ou seus multiplos. Ex.: Eudicotiledoneas (Fig.55b). caduca-quando cai antes de a flor ser fecundada. Ex.: goiaba. marcescente-persistente, pordm murcha; rara ocorrencia.Ex.: chapeu- de-couro. Quanto & cor Quanto h soldadura das sdpalas Quanto ao numero de sepalas CAUCE (1- verticilo ou verticilo protetor extemo) Quanto a durafao Quanto a simetria (Quantoa cor Quanto a soldadura das petalas Quanto ao numero de p6talas COROLA (29 verticilo ou verticilo protetor intemo) Quanto a durafao actinomorfa ou radial-com varios pianos de simetria. Ex.: rosa (Fig.60a). zigomorfa ou bilateral-um s6 piano de simetria. Ex.:ervilha (Fig. 60b). assimetrica-sem piano de simetria. Ex.: cana-da-fndia. limbo-porfao laminar. unha ou unguicula-por?ao basal, geralmente estreita (Fig. 59d). Quanto a simetria IMorfologiada petala Flor 59 Perianto cdlice cdlice Calice persistente a) Citrus x aurantium L. (laranja) Cdlice marcescente b) Psidium guajava L. (goiaba) Cilice acrescente c) Physalis sp. (jud-de-sapo) P6tala - morfologia d) Dianthus chinensis L. (cravina) Figura 59 - Calice quanto a dura?ao (a-c) e morfologia da p&ala (d). Botdnica - Organografia60 Perianto Simetria actinomorfa a) Rosa sp. (rosa) corola desmembrada vexilo carena Simetria zigomorfa b) Pisum sativum L. (ervilha) corola desmembrada Figura 60 - Tipos de simetria. Flor 61 Perianto DIALIPETALAS EACTINOMORFAS: crucifera ou cruciforme - petalas em cruz, opostas duas a duas. Ex.: mostarda (Fig. 62a). rosacea - cinco petalas de unha curta e bordo arredondado. Ex.: rosa (Figs. 60a; 62b). cariofilacea ou cariofilada - cinco petalas de unha longa e bordos lacinulados. Ex.: brinco-de-princesa, cravina (Fig.62c). DIALIPETALAS E ZIGOMORFAS: orquidacea ou orquidiforme-com tres petalas:duas laterals, as asas,e uma mediana, o labelo. Ex.: orqufdea (Fig.62d). papilionada ou papilionacea-com cinco petalas desiguais: uma maior e superior, chamada estandarte ou vexilo; duas menores laterals, chamadas asas; duas inferiores mais intemas, envolvidas pelas asas, chamadas carena ou quilha. Ex.: ervilha (Figs. 60b; 62e). GAMOPETALAS EACTINOMORFAS: tubulosa ou tubular - petalas formando um tubo cilmdrico ou quase, comprido, enquanto o limbo da corola e curto ou quase nulo. Ex.: margarida (Fig.63f). rotacea, rotada ou rotata-corola estrelada, tubo muito curto, limbo piano, de lobos agudos. Ex.: tomate (Fig. 63e). infundibuliforme- tubo estreito na base, alargando-se gradualmente para o apice,em forma de funil. Ex.: enrola-semana (Fig. 63c). campanulada-tubo inicialmente largo, ampliando o diametro gradualmente desde a base, em forma de sino. Ex.: campainha (Fig. 63d). urceolada- tubo alargando-se rapidamente na base e estreitando-se para o apice (em forma dejarro ou uma). Ex.: Erica sp. (Fig. 63a). hipocrateriforme - tubo comprido e estreito, terminando com o limbo perpendicularmente piano (patente). Ex.: vinca (Fig.63b). GAMOPETALAS E ZIGOMORFAS: COROLA (cont.) Quanto a forma labiada-limbo dividido em um ou dois ldbios. Ex.: cardeal (Fig.64a). personada, mascarina ou mascarila-com dois ldbios justapostos; o ldbio inferior tern uma dilatagao que fecha a abertura da corola. Ex.: boca-de-leao (Fig. 64b). ligulada-limbo em forma de lingua, com o dpice denteado. Ex.: margarida (Fig. 64c). digitaliforme-forma de dedal ou dedo de luva. Ex.: dedaleira (Fig. 64d). ANOMALA: nao se enquadra em nenhum dos tipos anteriores. Ex.: cana- da-india (Fig.64e). ( » 2 Botdnica - Organografia Perianto DIALIPETALAS EACTINOMORFAS I : X X Crucifera a) Sinapis alba L. (mostarda) Rosacea b) Rosa sp. (rosa) '\ i- r" Cariofilacea c) Dianthus chinensis L. (cravina) DIALIPETALAS E ZIGOMORFAS /7.H Orquidacea d) Cattleya sp. (orquldea) Papiliondcea e) Pisum sativum L. (ervilha) Figura 62 - Corolas dialipetalas e actinomorfas (a-c) e zigomorfas (d, e). Flor 63 Perianto GAMOPETALAS EACTINOMORFAS u r' W / /, /,ye Urceolada a) Erica sp. Hipocrateriforme b) Lochnera rosea (L.) Rchb. ex Spach (vinca) ,y W \ v ii MM/7 kM Campanulada d) Campanula sp. (campainha) Infundibuliforme c) Ipomoea cairica (L.) Sweet (enrola-semana) mi V/ mm% mhi m Rotacea 1 e) Solanum lycopersicum L. (tomate) Tubulosa f) Chrysanthemum leucanthemum L. (margarida) Figura 63 - Corolas gamopetalas e actinomorfas. Botdnica - Organografia64 Perianto Labiada a) Salvia splendens Sellow exWied-Neuw. (cardeal) Personada b) Antirrhinum majus L. (boca-de-leao) Ligulada c) Chrysanthemum leucanthemum L. (margarida) 40hm : ! •Ii‘‘‘ !<: • i , Ii i Zk• : foi Digitaliforme d) Digitalis sp. (dedaleira) Anomala e) Canna sp. (cana-da-mdia) Figura 64 - Corolas gamopetalas e zigomorfas (a-d) e corola anomala (e). Flor 65 Preflora^ao DEFINigAO: 6 a disposifao das pe?as florais, sdpalas ou pdtalas, no botao antes da antese. quando as pe?as florais, sepalas ou p6talas, nao se recobrem, mas apenas se tocam pelos bordos (Figs. 65a-c). Pode ser: simples- bordos nao dobrados (Fig. 65a). induplicada-bordos dobrados para dentro (Fig. 65b). reduplicada-bordos dobrados para fora (Fig. 65c). valvar quando as pegas florais, sepalas ou petalas, se recobrem, total ou parcialmente (Figs.65d-g). Pode ser: torcida, espiralada ou contorta - todas as pe?as florais sao semi-intemas (Fig. 65d). quincuncial - duas pe?as extemas, duas intemas e uma semi-intema (Fig.65e). coclear-imbricada, em que a pe?a externa nao e imediata a interna. Pode ser: vexilar-o vexilo e a pe?a externa (Fig. 65f). carenal-uma das pe?as da carena ea externa (Fig.65g). PREFLORACAO OUESTIVAgAO Tipos imbricada r >0o a) Valvar simples b) V. induplicada c) V. reduplicada e) I.quincunciald) Imbricada espiralada vexilo vexilo carenascarena g) I. coclear carenalf) I. coclear vexilar Figura 65 - Esquemas dos tipos de preflorafoes. Botdnica - Organografia66 Androceu DEFIN1QAO: parte masculina da flor, constitufda por um ou mais estames. filete-haste geralmente filamentosa,encimada pela antera. conectivo-tecido pouco ou muito desenvolvido que une as tecas da antera. antera - por?ao dilatada, geralmente com duas tecas, onde sao formados os graos de polen. Morfologia do estame (Fig. 67a) isodinamo ou homodinamo - estames do mesmo tamanho. Ex.: margarida (Fig.68c). heterodfnamo - estames de diferentes tamanhos. Ex.: enrola- semana (Fig.67b). didinamo-quatroestames, dois maiores edois menores.Ex.: ipe- mirim (Fig.67c). tetradmamo- seis estames, quatro maiores e dois menores. Ex.: mostarda (Fig. 67d). Quanto ao tamanho relativo de estames dialistemone-estames livres entre si (Figs. 67b-d). adelfo-estames com filetes soldados entre si em maior ou menor extensao, formando um ou mais feixes (Figs. 55b; 68b).Pode ser: monadelfo- filetes soldados entre si, em um unico feixe.Ex.:brinco-de-princesa (Fig.55b). diadelfo-filetes soldados em dois feixes ou um feixee um estamelivre.Ex.:ervilha (Fig.68b). triadelfo-filetes soldados em tres feixes. poliadelfo- filetes soldados em mais de tres feixes.Ex.: laranja (Fig.68d). sinantero- estames soldados pelas anteras com os filetes livres. Ex.: margarida (Fig.68c). sinfisandro ou sinandro - estames totalmente soldados entre si, em uma unicaestrutura (Fig.68a). ANDROCEU (conjunto de * estames) Quanto a soldadura dos estames gamostemone (estames unidos entre si) Quanto & ramifica^ao dofilete simples- filete nao ramificado (Figs. 67b, c). composto (meristemone)-filete ramificado, terminandocada ramo numa antera.Ex.:
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